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Como obter

resultados nos três


níveis da medicina
preventiva

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Sumário

3 Introdução

4 Os três níveis de prevenção

7 Ações de prevenção primária

12 Ações de prevenção secundária

15 Ações de prevenção terciária

19 Conclusão

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Introdução
Segundo definição da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a
medicina preventiva trabalha por meio de ações antecipadas visando a pre-
venção de doenças ao invés do tratamento. Mas as atividades preventivas
na área de saúde não terminam no momento em que a doença se instala.
A ANS também classifica como prevenção qualquer iniciativa que contribua
para evitar complicações no quadro de saúde do paciente após o diagnósti-
co, durante todo o período de tratamento e recuperação.
Partindo da conceituação de Leavell e Clark, 1965, que é a base do atu-
al modelo da história natural das doenças, a ANS reconhece três níveis de
prevenção: primária, secundária e terciária. Cada um deles equivale a dife-
rentes estágios da doença e do tratamento (mais detalhes no decorrer deste
e-book), mas todos se baseiam em ações de promoção à saúde voltadas ao
bem-estar e à qualidade de vida.
Ao conhecer melhor a ampla gama de possibilidades para a aplicação
da medicina preventiva, o gestor de uma operadora de saúde pode planejar
programas e ações capazes de atender todos os três níveis de prevenção
com a mesma eficácia.
Foi pensando nisso que preparamos este e-book. Nas páginas a seguir,
além de apresentar com mais detalhes os diferentes níveis da medicina pre-
ventiva, vamos sugerir ações e apontar caminhos para que sua operadora
possa aplicar na prática o conceito de promoção da saúde nas mais diversas
situações.
Lembrando sempre que uma abordagem preventiva requer investimen-
to, mas é extremamente compensadora se levarmos em conta seu potencial
para reduzir custos assistenciais e promover a qualidade de vida entre os
beneficiários.
Aproveite a leitura!

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Os três níveis de prevenção
Conhecido como “níveis de Leavell”, este sistema de
classificação das ações preventivas baseia-se em um en-
tendimento mais amplo do que comumente entendemos
como prevenção. Leavell e Clark, no livro Medicina Pre-
ventiva, definem prevenção como uma “ação antecipada,
baseada no conhecimento da história natural a fim de tor-
nar improvável o progresso posterior da doença”.
Dessa forma, na conceituação atualmente adotada
pela ANS, prevenir significa evitar o surgimento de uma
doença, impedir ou interceptar a sua evolução ou mesmo
reabilitar o paciente, evitando sua incapacitação.
Nesse contexto, as ações preventivas podem se dar em
três momentos: antes do surgimento da doença, em seus
primeiros estágios assintomáticos ou quando o paciente
já tem sua vida afetada pelas complicações decorrentes.
Veja a seguir mais detalhes sobre os diferentes níveis de
prevenção:

Medicina preventiva primária


É realizada no período de “pré-patogênese”, ou seja,
quando a doença ainda não está instalada. Seu objetivo
principal é evitar o surgimento de alguma doença. Portan-
to, esta fase primária está voltada à questão da educação
da sociedade com relação à saúde e os hábitos de vida
saudáveis. A maioria das doenças não-infecciosas pode
ser vista como tendo um estágio precoce, quando os fato-

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res causais ainda não iniciaram a produção das anormali-
dades fisiológicas.
É o que ocorre com as chamadas “doenças silencio-
sas”, como a arteriosclerose e o diabetes. Dessa forma, o
que a prevenção primária busca é modificar os fatores de
risco em uma direção favorável. Atividades que modificam
a vida, como mudar a dieta, parar de fumar ou praticar al-
guma atividade física, são métodos de prevenção primá-
ria, pois visam evitar a instalação do processo patológico.

Medicina preventiva secundária


A prevenção secundária ocorre no momento em que
a doença já está instalada, mas ainda em sua fase inicial.
Seu principal objetivo é promover o diagnóstico e trata-
mento precoces, de forma a evitar sequelas causadas
pela doença. Mesmo nos casos de doenças assintomá-
ticas, chegará um ponto em que a patologia terá progre-
dido o suficiente para ser detectada por testes e exames
médicos.
É o que se chama de estado latente da doença. Com
a evolução da medicina, o desenvolvimento de testes de
rastreamento vem tornando cada vez mais viável detectar
doenças em seus estágios iniciais. Este diagnóstico pré-
-sintomático e o tratamento através de programas de ras-
treamento são considerados prevenção secundária pois,
apesar da não impedirem o início do processo de doença,
podem prevenir sequelas permanentes.

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Medicina preventiva terciária
Esta fase se dá quando a doença se torna sintomá-
tica e a assistência médica é procurada. As ações de
prevenção terciária buscam reabilitar o paciente porta-
dor de uma enfermidade cuja evolução (ou processo de
tratamento) tenha se tornado um impedimento para sua
capacidade social, laboral ou familiar.
O objetivo é reduzir a progressão da doença, evitar
ou diminuir suas consequências, prevenir recorrências,
controlar e estabilizar os sintomas, além de promover a
adaptação do doente às consequências inevitáveis de-
correntes de condições incuráveis.
Geralmente realizadas na fase de reabilitação de do-
enças agudas ou para minimizar as complicações em
quadros crônicos, as intervenções neste nível são as que
mais exigem recursos das operadoras de saúde.

De acordo com a conceituação


adotada pela ANS, prevenir significa
evitar o surgimento de uma doença,
impedir ou interceptar a sua evolução
ou mesmo reabilitar o paciente,
evitando sua incapacitação

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Ações de
prevenção primária
Campanhas informativas
Existem diversas maneiras de realizar uma campanha
para informar e esclarecer seus beneficiários a respeito
da prevenção de doenças e da promoção da saúde. Mas
para saber que doenças ou temas devem ser abordados
S
com prioridade é preciso conhecer bem o público-alvo e
identificar suas principais necessidades por meio da aná-
lise do perfil epidemiológico.
Escolhido o tema, é importante buscar diversificar
os meios de divulgação. As alternativas são variadas: da
mídia externa (cartazes, banners e outdoors) aos meios
digitais (sites, blogs, redes sociais, vídeos online etc.),

passando pelos impressos (revistas, jornais, cartilhas e
folhetos) e os eletrônicos (rádio e tv). Tudo vai depender
dos objetivos da campanha e do alcance que se queira

D
dar à ela.
Os conteúdos devem ter linguagem acessível e trazer
informações claras e concisas, mostrando impacto das
doenças na vida das pessoas e conscientizando sobre as
formas de preveni-las. E não esqueça: além de informar,
sua campanha tem que ser capaz provocar uma reação
no seu público-alvo e fazê-lo tomar uma atitude - seja
mudar de estilo de vida, seja procurar um médico e fazer
exames preventivos com mais frequência.

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Palestras e workshops
Da mesma forma que as campanhas, estas ações têm o
objetivo de informar e conscientizar o público a respeito de es-
tratégias preventivas em diversas áreas da saúde. A diferença
é que são eventos “ao vivo”, que implicam em um público me-
nor e mais focado, com mais interação e compartilhamento de
experiências. São momentos ideais para disseminar atividades
práticas e dicas sobre saúde, além de responder às dúvidas dos
participantes.
Entre os temas que podem ser abordados estão ansieda-
de, estresse, depressão, alimentação, hábitos saudáveis, auto-
medicação, prevenção do câncer, doenças sexualmente trans-
missíveis, prevenção a quedas, e inúmeros outros. Todos estes
assuntos são acessíveis e de extrema importância para a quali-
dade de vida do público em geral. O importante é conhecer bem
o perfil dos seu beneficiários para saber que tópicos vão gerar
mais interesse.
As palestras e workshops podem ser realizados exclusiva-
mente pela operadora ou em parceria com clientes corporativos.
Seja qual for o ambiente, para realizar tais eventos, assegure-se
de que os participantes tenham acesso a espaços adequados,
com salas climatizadas ou auditórios específicos para esse tipo
de atividade. As palestras são momentos ideais
É fundamental contar com uma equipe bem organizada e para disseminar atividades práticas e
coordenada para que tudo ocorra sem problemas. Desde a se-
leção dos palestrantes até a organização do coffee break, toda
dicas sobre saúde, além de responder
uma produção deve ser pensada e planejada com antecedência às dúvidas dos participantes
para evitar atropelos de última hora e proporcionar uma boa ex-
periência aos participantes.

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Campanhas de vacinação
A imunização é outra forma importante de preven-
ção primária, que não pode ser esquecida. Apesar de
promoverem ações de vacinação voltadas às crian-
ças, muitas operadoras frequentemente têm negli-
genciado a imunização de adultos.
Além da vacinação veiculada em campanhas,
como a da gripe, é preciso verificar - mais uma vez por
meio do perfil epidemiológico - se há indicação de ou-
tras vacinas previstas no calendário vacinal do adulto.
Entre elas estão a vacina contra a bactéria pneu-
mococo (principal causadora de pneumonia), contra
o vírus varicela-zoster (causador do herpes zoster),
contra o tétano, a difteria e a coqueluche, contra a he-
patite B, contra a febre amarela e, mais recentemente,
o Zika vírus.

Reeducação alimentar
Seja na prevenção das complicações decorren-
tes da obesidade, como o diabetes e a hipertensão,
ou para todos aqueles que desejam melhorar seus
hábitos nutricionais, os programas de reeducação ali-
mentar são uma forma bastante eficiente de conse-
guir resultados na adoção de uma alimentação mais
saudável entre os beneficiários.
O atendimento pode se dar de forma individual,
em grupos de apoio ou em palestras voltadas para
públicos maiores. Se a operadora tiver acesso a um
espaço devidamente equipado (como uma cozinha

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experimental, por exemplo), uma boa ideia é realizar oficinas
de culinária com dicas práticas para o dia-a-dia.
O cardápio de temas destas ações incluem introduzir no-
vos modos de preparar os alimentos, incentivando mudanças
no sentido de diminuir frituras, sal e temperos industrializados,
retirar gorduras e peles das carnes antes do preparo, aumentar
o consumo de alimentos assados, grelhados, ensopados sem
gordura, aumentar o consumo de alimentos naturais, reduzin-
do industrializados prontos para o consumo e embutidos.
Além da parte nutricional, os programas de reeducação
alimentar devem abordar também as causas de hábitos noci-
vos à saúde relacionados à comida ou até mesmo a origem de
muitas compulsões alimentares. Por isso é importante contar
com uma equipe multidisciplinar para a execução destes pro-
gramas, incluindo ao menos um nutricionista e um psicólogo
no atendimento.

Prática de atividades físicas


Também ligada ao combate à obesidade, mas com bene-
fícios que vão muito além disso, a prática de exercícios é uma
das maneiras mais eficazes e acessíveis de manter a boa saú-
de. Mais do que ajudar a emagrecer, a atividade física regular
melhora a circulação sanguínea, fortalece o sistema imune,
diminui o risco de doenças cardíacas e fortalece os ossos,
além de melhorar a coordenação dos movimentos, o equilí-
brio e o estado psicológico do indivíduo.
Portanto, uma operadora de saúde que se preocupa com
a prevenção não pode deixar de promover atividades que esti-
mulem a prática da atividade física. É importante envolver to-

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dos os perfis e faixas etárias neste esforço, desde jovens
e adultos até pessoas da terceira idade ou pacientes em
recuperação. Com o devido planejamento e o apoio de
uma equipe composta por médicos, enfermeiros e pro-
fissionais de educação física, é possível criar atividades
destinadas a cada um destes públicos especificamente.
Entres os exemplos mais comuns estão a organiza-
ção periódica de grupos de caminhada e/ou de alonga-
mento, a implantação de ginástica laboral em clientes
corporativos, além de atividades recreativas como lazer
ao ar livre e competições esportivas. Veja que tipo de
ação está mais de acordo com sua estratégia de me-
dicina preventiva e use a criatividade para testar novas
abordagens que possam trazer mais engajamento. O im-
portante é fazer algo para manter seus beneficiários em
movimento e longe das doenças.

Estimular a prática de atividade física


e mudanças nos hábitos alimentares
são ações de prevenção primária
de custo relativamente baixo e
proporcionam um grande retorno em
qualidade de vida para o beneficiário

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Ações de prevenção secundária
Promoção do diagnóstico precoce
Como a prevenção secundária se dá basicamente
após a instalação da doença e enquanto ela ainda não
apresentou seus primeiros sintomas, o diagnóstico pre-
coce é a principal ferramenta para que muitas doenças
possam ser tratadas em seus estágios iniciais. Isso im-
plica em menos custos para a operadora e mais chan-
ces de sucesso no tratamento e recuperação.
Para promover a realização de exames e testes pe-
riódicos entre os beneficiários valem as mesmas estra-
tégias aplicadas nas campanhas informativas do nível
primário. O principal foco aqui é mobilizar as pessoas
para buscar o diagnóstico. Materiais impressos, audio-
visuais e digitais são opções para veicular a campanha,
que pode ser direcionada à população em geral, apenas
os beneficiários da operadora ou mesmo grupos espe-
cíficos de pessoas dentro do universo de beneficiários.
Além de conscientizar as pessoas sobre a impor-
tância de fazer check-ups e exames periódicos, é im-
portante que a operadora de saúde também ofereça a
oportunidade para que os beneficiários possam realizar
estes testes. Ações de mobilização combinando ati-
vidades ao ar livre, no estilo de “mutirão de serviços”,
podem ser uma boa forma de engajamento. Também
fazem parte dessa estratégia pequenas intervenções
nas ruas, com enfermeiros aferindo a pressão arterial

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gratuitamente e aproveitando para repassar material in-
formativo sobre prevenção. As mesmas ações podem ser
feitas em ambiente corporativo, voltada para os colabo-
radores de uma empresa ciente.

Grupos de apoio e acompanhamento


Para pacientes recém-diagnosticados com alguma
doença crônica, participar de um grupo de apoio que re-
úna outras pessoas na mesma situação pode ser uma
ótima oportunidade para prevenir a evolução da doença.
Um paciente diabético, por exemplo, que participa de um
grupo onde pode trocar experiências com outros porta-
dores da doença, recebe acompanhamento de profis-
sionais de saúde, além de orientações sobre atividades
físicas e dieta adequada, terá uma evolução muito lenta

Sempre que houver oportunidade,


sua operadora deve buscar
promover atividades que estimulem
a socialização e a troca de
experiências, como palestras, cursos,
grupos de apoio e caminhadas

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da patologia, diminuindo incrivelmente as possíveis
complicações da doença.
Esse modelo funciona também nos casos de al-
coolismo e uso de drogas, onde os grupos de apoio
também são fundamentais no processo de preven-
ção do uso da substância pelo indivíduo e no seu
relacionamento com famílias. Os familiares tam-
bém se beneficiam deste espaço onde ela pode ou-
vir as experiências de outras famílias, exporem suas
dificuldades num espaço ético, com profissionais
especializados na área, aptos a oferecer o cuidado
e orientação que necessitam.

Fisioterapia preventiva
A prevenção secundária abrange não só o diagnós-
tico precoce, mas também o tratamento imediato.
Portanto, neste nível de prevenção também há es-
paço para iniciativas envolvendo o tratamento com
fisioterapia para pacientes recém-diagnosticados.
O objetivo, nestes casos, é atuar no início da doen-
ça, impedindo seu desenvolvimento antes que sur-
jam maiores complicações.
Um paciente com tendinite em fase aguda, por
exemplo, com o tratamento fisioterapêutico correto
pode evitar a piora desta condição, que pode evoluir
para a diminuição dos movimentos do braço caso
demore para ser tratada.

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Ações de prevenção terciária
Fisioterapia de reabilitação
A fisioterapia preventiva terciária representa a fase final
do processo de reabilitação de grandes incapacitados, reinte-
grando a pessoa à sociedade. Desde alguém que tenha sofrido
um acidente de trânsito e está recuperando a mobilidade do
braço até pessoas que sofreram sequelas irreversíveis (para-
lisia, lesões nervosas ou músculo-tendíneas incapacitantes).
Tal reintegração se dá mediante o treinamento e adaptação
dos pacientes às suas potencialidades, podendo em alguns
casos incluir o uso de órteses e/ou próteses. O objetivo é dar a
maior autonomia possível ao paciente e, consequentemente,
melhorar sua interação social.
A importância da fisioterapia cresce na medida em que
a idade do paciente avança, ganhando grande importância
- juntamente com a atividade física, quando possível - para
fortalecer a estrutura óssea e evitar fraturas a partir dos 60
anos. Na terceira idade, a fisioterapia é uma ferramenta para
aumentar qualidade de vida, minimizando as complicações
respiratórias, restaurando o equilíbrio e reeducando a postura.
É o público ideal para desenvolver uma ação nesta área.

Terapia ocupacional hospitalar


A terapia ocupacional no contexto hospitalar também é
considerada uma atividade preventiva de terceiro nível, pois
tem como objetivo garantir a qualidade de vida durante o pro-
cesso de hospitalização. O foco destas ações é minimizar as

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consequências físicas e psicológicas de longos períodos de
internação ou de hospitalização recorrente.
Por colocar um foco único e imediato sobre as necessida-
des funcionais e sociais dos pacientes, a terapia ocupacional
tem uma associação estatisticamente significativa com redu-
ção das taxas de readmissão hospitalar, principalmente nos
casos de insuficiência cardíaca, pneumonia e infarto agudo do
miocárdio. Investir em terapia ocupacional tem o potencial de
melhorar a qualidade do cuidado, sem aumentar significativa-
mente a despesa global do hospital.
O programa de terapia ocupacional também pode envol-
ver o processo de desospitalização e reintrodução do paciente
ao ambiente doméstico. O profissional da área tem condições
de realizar avaliações de segurança no domicílio e sugerir
modificações para facilitar as atividades diárias, bem como
avaliar a cognição e a capacidade do paciente para manipular
fisicamente coisas como recipientes de medicação, e fornecer
treinamento quando necessário.

Atenção domiciliar
Um diferencial dentro da estratégia de medicina preventi-
va de uma operadora de saúde são os programas de atenção
domiciliar. Neste modelo de atendimento a equipe de saúde
acompanha o paciente em visitas periódicas à sua residência.
Fundamental para cuidar de indivíduos com limitações físicas,
um programa de atenção domiciliar também é uma importan-
te ferramenta para reduzir índices de hospitalização e custos
gerados pelas internações.

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Ao deixar o paciente próximo da família, com um cuida-
dor que ele conhece e em um ambiente ao qual está acostu-
mado, os programas de atenção domiciliar podem acelerar o
processo de recuperação no caso de enfermidades agudas
e melhorar a qualidade de vida de doentes crônicos. Se sua
operadora planeja oferecer este serviço a todos os seus bene-
ficiários, certifique-se de manter uma equipe multidisciplinar
capacitada e bem equipada para atender em domicílio.

Serviços como atenção domiciliar e


monitoramento remoto vêm sendo cada
vez mais procurados pelos clientes
da saúde privada e são considerados
diferenciais de mercado para as
operadoras que investem nessas áreas

Monitoramento remoto
Em um cenário onde as operadoras de saúde precisam
buscar novas estratégias para racionalizar seus custos opera-
cionais, a tecnologia de monitoramento remoto de pacientes
surge como uma ferramenta de imenso potencial para garantir
o bem-estar dos beneficiários, facilitando o acompanhamento
de portadores de doenças crônicas e reduzindo consideravel-
mente a necessidade de hospitalização.

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Com os avanços na área de sistemas embarcados e
tecnologias sem fio tornou-se possível desenvolver equi-
pamentos que realizam tarefas essenciais para monito-
rar a saúde de um paciente aliando baixo custo, consumo
reduzido de energia e uma grande variedade de funcio-
nalidades.
Diante das possibilidades oferecidas pela tecnologia
muitas operadoras estão investindo em programas de
monitoramento remoto de pacientes visando a redução
dos custos assistenciais e a manutenção da qualidade de
vida dos beneficiários. O principal foco são os portadores
de doenças crônicas, em especial hipertensão, diabetes
e doenças cardiovasculares.

Reintegração social
Aplicada à recuperação de usuários de drogas, a
prevenção terciária tem como objetivo essencial evitar
a recaída, visando à reintegração e possibilitando novas
oportunidades de retorno a escola, nos grupos de ami-
gos, na família, no trabalho etc.
O foco é a criação de uma rede de assistência integral
ao dependente, incluindo serviços de orientação familiar
e encaminhamento para tratamento de comorbidades.
Utilizando abordagens cognitivas comportamentais,
esta estratégia pode ser utilizada como parte da pre-
venção terciária em indivíduos dependentes de drogas
psicotrópicas e são consideradas fundamentais para au-
mentar os índices de recuperação.

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Conclusão
Neste e-book procuramos sugerir uma série de iniciativas para que as empresas
da área de saúde suplementar aprimorem suas estratégias de medicina preventiva
de forma a atender com eficácia os três níveis de prevenção definidos pela Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Esperamos que as ideias de ações aqui apresentadas sirvam de inspiração e in-
centivo para que a medicina preventiva ganhe ainda mais importância dentro de sua
operadora de saúde. Investir nessa área é crucial não apenas para a sobrevivência
financeira das empresas do setor como para elevar o nível do serviço prestado e me-
lhorar a qualidade de vida dos beneficiários.
Observando com mais cuidado as oportunidades para atuar nos três níveis de
prevenção - e traçando ações específicas para cada um deles - o gestor de medicina
preventiva certamente conseguirá obter bons resultados em áreas que eram antes
ignoradas ou negligenciadas. Mãos à obra!

Fontes:
Manual técnico de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças na saúde suplemen-
tar (3ª edição revisada e atualizada)
www.eliobarreto.com.br/prevencao
semiologiamedica.blogspot.com.br/2010/05/prevencao-terciaria-saude-estrategias.html

Imagens:
Freepik.com | all-free-download.com

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Veja mais no blog do Previva
Para saber mais sobre a gestão de progra-
mas de medicina preventiva, acesse o blog do
Previva e conheça também os outros e-books
que já publicamos. Entre os temas abordados
estão tecnologias inovadoras, gestão de pro-
cessos e de custos, normativas da ANS, ativi-
dade física, nutrição, entre outros.
Se você ficou com alguma dúvida ou tem
alguma sugestão, entre em contato com a nos-
sa equipe. Estaremos prontos para atendê-lo.

Obrigado pela leitura e até a próxima!

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www.previva.com.br
contato@previva.com.br

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