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Aula 03

Estatudo e Ética dos Advogados p/ OAB 1ª Fase - com videoaulas

Professor: Daniel Mesquita


Estatuto e Ética Profissional p/ Exame de
Ordem 1ª Fase. Teoria e exercícios comentados
Prof. Daniel Mesquita Aula 03

AULA 03: Dos honorários advocatícios

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO À AULA 03. 2

2. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 2

2.1. ESPÉCIES DE HONORÁRIOS 2


2.2. ASPECTOS GERAIS 6
2.3. VALORES 16
2.4. EXECUÇÃO DOS HONORÁRIOS 18

3. RESUMO DA AULA 28

4. QUESTÕES COMENTADAS 31

5. REFERÊNCIAS 42

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1. Introdução à aula 03.

Bem vindos à nossa aula 03!


Nesta nossa aula 03, apresentaremos o estudo “Dos honorários
advocatícios.”.
Sem mais delongas, vamos à luta! Rumo à aprovação!

2. Dos honorários advocatícios

Para você que será um advogado, este ponto da nossa matéria é


de fundamental importância. Afinal, é a partir dele que você vai saber
como o advogado tem o seu ganha-pão!

2.1. Espécies de honorários

a) Honorários contratados: São aqueles honorários acordados,


pactuados entre o cliente e o advogado. Não poderá haver vício,
clausulas abusivas, onerosidade excessiva, nem a locupletação
(enriquecimento) indevida por parte do advogado.
A regra geral é que o contrato de prestação de serviços
advocatícios seja escrito. No caso de contrato verbal, faltando um
acordo, os honorários serão determinados por arbitramento judicial e a
sentença será o seu titulo executivo judicial.
Professor existe alguma situação em que o contrato será
obrigatoriamente escrito?
Existe sim! É o caso previsto no art. 50 do Novo Código de Ética, o
contrato com cláusula de quota litis.
Em primeiro lugar, o que vem a ser essa tal quota litis? A “quota
litis” consiste na fixação de honorários em função do resultado, em
concreto, da lide, sobretudo quando esta tem um conteúdo puramente
monetário.
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QUOTA LITIS = RECEBE EM FUNÇÃO DO RESULTADO,


EM PERCENUAL DO PROVEITO ECONÔMICO DO CLIENTE

O contrato com cláusula de quota litis, obrigatoriamente deve ser


por escrito e com recebimento em pecúnia. Outras duas regras
devem ser obedecidas nessa espécie de contrato de honorários:
1. Admite-se recebimento em bens do cliente, desde que comprove
a impossibilidade financeira de pagar em dinheiro.
2. O advogado não pode obter um melhor proveito na demanda do
que o seu cliente, afinal, não se admite a onerosidade excessiva nos
contratos de prestação de serviços advocatícios.
ATENÇÃO: Nesse contrato com a cláusula quota litis, o percentual
do advogado pode ser pago em dinheiro. O recebimento em percentual
de bens de clientes só deverá ocorrer em caráter excepcional, quando o
cliente, comprovadamente, não tiver condições financeiras, e deve estar
previamente ajustado no contrato escrito.
Leia o art. 50, § 1º do Código de Ética:

Art. 50 § 1º A participação do advogado em bens particulares do


cliente só é admitida em caráter excepcional, quando esse,
comprovadamente, não tiver condições pecuniárias de satisfazer o
débito de honorários e ajustar com o seu patrono, em instrumento
contratual, tal forma de pagamento.

E como eu devo cobrar quando eu me tornar advogado, professor?


Como os honorários pactuados devem ser cobrados com
moderação, não se pode cobrar valores nem ínfimos, irrisórios e nem
valores abusivos, que não justifiquem a prestação de serviço.
No exame da ordem, pode aparecer a expressão “aviltar
honorários”. Essa expressão nos remete a um pagamento ínfimo,
abaixo do valor do serviço prestado.

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Para evitar a cobrança de honorários aviltantes, você não pode


cobrar abaixo do valor de honorários mínimo fixado na Tabela de
Honorários da OAB em sua seccional.
Leia com atenção o art. 49 do Código de Ética:

Art. 49. Os honorários profissionais devem ser fixados com moderação,


atendidos os elementos seguintes:
I - a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões
versadas;
II - o trabalho e o tempo a ser empregados;
III - a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros casos,
ou de se desavir com outros clientes ou terceiros;
IV - o valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito para este
resultante do serviço profissional;
V - o caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente eventual,
frequente ou constante;
VI - o lugar da prestação dos serviços, conforme se trate do domicílio do
advogado ou de outro;
VII - a competência do profissional;
VIII - a praxe do foro sobre trabalhos análogos.

Você percebeu que na fixação dos honorários você deverá


considerar a condição econômica do cliente e se o serviço prestado tem
caráter eventual ou permanente?
Não se preocupe com esses critérios ainda, retomaremos nesse
ponto mais adiante.
Saiba, ainda, que é necessário observar o valor mínimo da tabela
até mesmo nas diligências “§ 6º Deverá o advogado observar o valor
mínimo da Tabela de Honorários instituída pelo respectivo Conselho
Seccional onde for realizado o serviço, inclusive aquele referente às
diligências, sob pena de caracterizar-se aviltamento de honorários.”
(Art. 48, § 6º)

b) Honorários arbitrados judicialmente: São aqueles


honorários determinados pelo juiz, seja porque não houve contrato ou
por não existir acordo com o cliente. O juiz então determina, na

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sentença de arbitramento de honorários, o valor que deverá ser pago


ao advogado.
Assim, não havendo estipulação ou acordo, os honorários são
fixados por arbitramento judicial.
c) Honorários de sucumbência: São espécie do gênero
“honorários arbitrados judicialmente”. Vejamos o que diz o Novo Código
de Processo Civil, em seu art. 85:

Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do


vencedor.

Perceba que os honorários de sucumbência são fixados pelo juiz na


sentença que resolve a demanda proposta perante o Judiciário. Eles são
fixados em favor da parte vencedora, ou seja, quem perde a demanda
deve pagar os honorários de sucumbência para a outra parte.
Mas professor, esse valor relativo aos honorários, pago pela parte
vencida, pertence ao cliente (a parte no processo) ou ao advogado?
Boa pergunta! Leia com atenção o art. 23 do Estatuto da OAB:

Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou


sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para
executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando
necessário, seja expedido em seu favor.

ATENÇÃO para essa informação: os honorários de sucumbência


pertencem ao advogado, mesmo que o profissional já tenha recebido
valores relativos aos honorários contratuais celebrados com seu cliente.
Contudo, quando o advogado for promover o acerto final com o seu
cliente, os honorários de sucumbência devem ser levados em conta.
Veja o dispositivo do Código de Ética:

Art. 48, § 5º É vedada, em qualquer hipótese, a diminuição dos honorários


contratados em decorrência da solução do litígio por qualquer mecanismo adequado

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de solução extrajudicial.

Essa eventual compensação entre os honorários contratados e os


de sucumbência só vai haver se houver previsão contratual. Leia, com
atenção, o artigo 48 do Código de Ética:

Art. 48 § 2º A compensação de créditos, pelo advogado, de importâncias


devidas ao cliente, somente será admissível quando o contrato de prestação
de serviços a autorizar ou quando houver autorização especial do
cliente para esse fim, por este firmada.

Outra pergunta: se o seu cliente faz um acordo com a parte


contrária, os seus honorários, sejam eles fixados na sentença ou
contratual, serão reduzidos automaticamente?
Não, meus caros, o acordo feito pelo cliente do advogado e a parte
contrária, salvo aquiescência do profissional, não lhe prejudica os
honorários, quer os convencionados, quer os concedidos por sentença
(art. 24, § 4º, da Lei nº 8.906/94).

2.2. Aspectos gerais

Para você que está estudando agora o regime dos honorários


advocatícios, saiba de uma regra de ouro: o advogado sempre recebe!
Tanto é verdade que será nula toda disposição, cláusula,
regulamento ou convenção individual ou coletiva que retire do
advogado o direito ao recebimento dos honorários de sucumbência (art.
24, § 3º, do Estatuto da OAB).
Veja o que diz o art. 17 do Código de Ética da OAB:

Art. 17. A revogação do mandato judicial por vontade do cliente não o desobriga do
pagamento das verbas honorárias contratadas, assim como não retira o direito do
advogado de receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorária de
sucumbência, calculada proporcionalmente em face do serviço efetivamente prestado.

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A partir da ciência do advogado da destituição por parte do seu


cliente, não há nenhuma responsabilidade por ato futuro.
Sobre o tema, veja o que diz o artigo 48 do Código de Ética:

48 § 1º O contrato de prestação de serviços de advocacia não exige forma


especial, devendo estabelecer, porém, com clareza e precisão, o seu objeto,
os honorários ajustados, a forma de pagamento, a extensão do patrocínio,
esclarecendo se este abrangerá todos os atos do processo ou limitar-se-á a
determinado grau de jurisdição, além de dispor sobre a hipótese de a causa
encerrar-se mediante transação ou acordo.

O Código de Ética orienta, ainda, que se deve dividir os serviços do


advogado em três fases, uma vez que não se pode prever, quando da
fixação dos honorários contratuais, o prazo de tramitação da demanda.
Essas três fases são: procedimentos preliminares (p. ex: orientações,
tratativas prévias no sentido de se fazer um acordo com a parte
contrária, etc.), judicial (trabalho realizado no curso da demanda) e
procedimentos conciliatórios (p. ex: realização de reuniões com a parte
contrária para que se extinga o processo por meio de um acordo).

Outra importante informação trazida pelo Código de Ética da OAB,


com relação aos honorários advocatícios é que:

Art. 52. O crédito por honorários advocatícios, seja do advogado autônomo,


seja de sociedade de advogados, não autoriza o saque de duplicatas ou
qualquer outro título de crédito de natureza mercantil, podendo, apenas, ser
emitida fatura, quando o cliente assim pretender, com fundamento no
contrato de prestação de serviços, a qual, porém, não poderá ser levada a
protesto.

Isso porque, como vimos em aulas anteriores, a atividade de


exercício da advocacia não é uma atividade mercantil.
Outra previsão legal que busca coibir o exercício da atividade
advocatícia como uma atividade mercantil é aquela que proíbe ao
advogado de se valer de agenciador de causas, mediante participação

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nos honorários. Quem recebe honorários é o advogado. Se houver essa


participação, o advogado estará praticando uma infração disciplinar.
Veja:

Art. 34. Constitui infração disciplinar:


III - valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários
a receber;

O advogado tem direito autônomo para executar a sentença nesta


parte, ou seja, na parte em que condena a parte vencida a pagar os
honorários da outra parte. Desse modo, pode o advogado requerer que
o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor.

Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou


sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para
executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando
necessário, seja expedido em seu favor.

Não se esqueça de que os honorários que o advogado irá receber


não pode ser maior do que a vantagem recebida pelo cliente.
Professor, e se o advogado morre, o cliente ainda deve pagar os
honorários? A quem?
A resposta é sim, o cliente continua com a obrigação de quitar os
honorários contratuais e a parte vencida com a obrigação de quitar os
honorários de sucumbência.
O valor deverá ser pago aos sucessores ou representantes legais
do advogado.
Veja o que diz o artigo 24, §2º, do Estatuto da Advocacia e a
Ordem dos Advogados do Brasil:

Art. 24 § 2º Na hipótese de falecimento ou incapacidade civil do advogado, os


honorários de sucumbência, proporcionais ao trabalho realizado, são
recebidos por seus sucessores ou representantes legais.

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Chegamos às primeiras questões desta nossa aula! Vamos treinar?

Questões da
OAB

1. (FGV – 2016 – OAB - Exame de Ordem Unificado – XX) A


advogada Taís foi contratada por Lia para atuar em certo processo
ajuizado perante o Juizado Especial Cível. Foi acordado o pagamento de
honorários advocatícios no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). O
feito seguiu regularmente o rito previsto na Lei nº 9.099/95, tendo o
magistrado, antes da instrução e julgamento, esclarecido as partes
sobre as vantagens da conciliação, obtendo a concordância dos
litigantes pela solução consensual do conflito. Considerando o caso
relatado, assinale a afirmativa correta.
A) Diante da conciliação entre as partes, ocorrida antes da
instrução e julgamento do feito, Taís fará jus à metade do valor
acordado a título de honorários advocatícios.
B) A conciliação entre as partes, ocorrida antes da instrução e
julgamento do feito, não prejudica os honorários convencionados, salvo
aquiescência de Taís.
C) Diante da conciliação entre as partes, ocorrida antes da
instrução e julgamento do feito, deverá o magistrado, ao homologar o
acordo, fixar o valor que competirá a Taís, a título de honorários
advocatícios, não prevalecendo a pactuação anterior entre cliente e
advogada.
D) Em razão da conciliação entre as partes, ocorrida antes da
instrução e julgamento do feito, deverá ser pactuado, por Taís e Lia,
novo valor a título de honorários advocatícios, não prevalecendo a
obrigação anteriormente fixada.

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Mais uma questão sobre honorários!


O acordo feito pelo cliente do advogado e a parte contrária, salvo
aquiescência do profissional, não lhe prejudica os honorários, quer os
convencionados, quer os concedidos por sentença (art. 24, § 4º, da Lei
nº 8.906/94).
Gabarito: Letra B

2. (FGV – 2015 – OAB - Exame de Ordem Unificado - XVII -


Primeira Fase) Laura formou-se em prestigiada Faculdade de Direito,
mas sua prática advocatícia foi limitada, o que a impediu de ter
experiência maior no trato com os clientes. Realizou seus primeiros
processos para amigos e parentes, cobrando módicas quantias
referentes a honorários advocatícios. Ao receber a cliente Telma,
próspera empresária, e aceitar defender os seus interesses
judicialmente, fica em dúvida quanto aos termos de cobrança inicial dos
honorários pactuados.
Em razão disso, consulta o advogado Luciano, que lhe informa,
segundo os termos do Estatuto da Advocacia, que salvo estipulação em
contrário,

a) metade dos honorários é devida no início do serviço.


b) um quinto dos honorários é devido ao início do processo
judicial.
c) a integralidade dos honorários é devida até a decisão de
primeira instância.
d) um terço dos honorários é devido no início do serviço.

O art. 22 3º do EAOAB dispõe que:

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Art. 22. A prestação de serviço profissional assegura aos inscritos na OAB o


direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e
aos de sucumbência.
§ 3º. Salvo estipulação em contrário, 1/3 (um terço) dos honorários é
devido no início do serviço, outro terço até a decisão de primeira instância e o
restante ao final.
Gabarito – Letra D.

3. (OAB – 2015 – Exame Unificado XVIII) Paulo é contratado


por Pedro para promover ação com pedido condenatório em face de
Alexandre, por danos causados ao animal de sua propriedade. Em
decorrência do processo, houve condenação do réu ao pagamento de
indenização ao autor, fixados honorários de sucumbência
correspondentes a dez por cento do apurado em cumprimento de
sentença. O réu ofertou apelação contra a sentença proferida na fase
cognitiva. Ainda pendente o julgamento do recurso, Pedro decide
revogar o mandato judicial conferido a Paulo, desobrigando-se de pagar
os honorários contratualmente ajustados.
Nos termos do Código de Ética da OAB, a revogação do mandato
judicial, por vontade de Pedro,
A) não o desobriga do pagamento das verbas honorárias
contratadas.
B) desobriga-o do pagamento das verbas honorárias contratadas.
C) desobriga-o do pagamento das verbas honorárias contratadas e
da verba sucumbencial.
D) não o desobriga do pagamento das verbas honorárias
sucumbenciais, mas o desobriga das verbas contratadas
O EAOAB em seu art. Art. 22 dispõe que: “A prestação de serviço
profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários
convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de
sucumbência”.
Já o Código de Ética determina em seu art. 17 que: “Art. 17. A
revogação do mandato judicial por vontade do cliente não o desobriga

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do pagamento das verbas honorárias contratadas, assim como não


retira o direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em
eventual verba honorária de sucumbência, calculada proporcionalmente
em face do serviço efetivamente prestado.”.
Gabarito – Letra A.

4. (FGV – 2014 – OAB - Exame de Ordem Unificado) Maria,


após vários anos de tramitação de ação indenizatória em que figurava
como autora, decidiu substituir José, advogado que até então atuava na
causa, por João, amigo da família, que não cobraria honorários de
nenhuma espécie de Maria. Ao final da ação, quando Maria finalmente
recebeu os valores que lhe eram devidos, a título de indenização, foi
procurada por José, que desejava receber honorários pelos serviços
advocatícios prestados até o momento em que foi substituído.
Sobre a hipótese sugerida, assinale a afirmativa correta.
a) José tem direito a receber a integralidade dos honorários
contratuais e de sucumbência, como se tivesse atuado na causa até o
final, uma vez que foi substituído por vontade da cliente e não sua.
b) José não tem direito a receber honorários, porque não atuou
na causa até o seu fim.
c) José tem direito a receber honorários contratuais, mas não tem
direito a receber honorários de sucumbência.
d) José tem direito a receber honorários contratuais, bem como
honorários de sucumbência, calculados proporcionalmente, em face do
serviço efetivamente prestado.
Pessoal, observem o que diz o art. 17 do Código de Ética e
Disciplina da OAB:

Art. 17. A revogação do mandato judicial por vontade do cliente não o


desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas, assim
como não retira o direito do advogado de receber o quanto lhe seja

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devido em eventual verba honorária de sucumbência, calculada


proporcionalmente em face do serviço efetivamente prestado.

Gabarito – Letra D.

5. (FGV – OAB –XI Exame- 2013) O advogado Mário celebrou


contrato de honorários com seu cliente, para atuar em reclamação
trabalhista. No contrato restou estabelecido que, em caso de êxito, ele
receberia, a título de honorários contratuais, o valor de 60% do que
fosse recebido pelo cliente, que havia sido dispensado pelo empregador
e encontra-se em situação econômica desfavorável.
A respeito do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
A) Mário não cometeu infração disciplinar, uma vez que tendo
celebrado contrato de honorários, ele pode cobrar de seu cliente o valor
que entender compatível com o trabalho desenvolvido.
B) Mário não cometeu infração disciplinar, pois causas trabalhistas
são muito complexas, justificando-se, assim, a cobrança de honorários
elevados.
C) Mário violou dispositivo do Código de Ética e Disciplina da OAB,
segundo o qual os honorários profissionais devem ser fixados com
moderação.
D) Mário violou dispositivo do Código de Ética e Disciplina da OAB,
que veda a cobrança de honorários profissionais com base em
percentual do valor a ser recebido pela parte.
Uma das primeiras coisas que vimos foi que os honorários devem
ser fixados com moderação, conforme:

Art. 49. Os honorários profissionais devem ser fixados com moderação,


atendidos os elementos seguintes:
I - a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões
versadas;
II - o trabalho e o tempo a ser empregados;

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III - a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros casos,


ou de se desavir com outros clientes ou terceiros;
IV - o valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito para este
resultante do serviço profissional;
V - o caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente eventual,
frequente ou constante;
VI - o lugar da prestação dos serviços, conforme se trate do domicílio do
advogado ou de outro;
VII - a competência do profissional;
VIII - a praxe do foro sobre trabalhos análogos.

Gabarito: Letra “c”

6. (FGV – 2012 –OAB –IX Exame de Ordem Unificado)Um


advogado é contratado por um empresário para atuar em causas na
área empresarial, formalizando contrato escrito e emitindo fatura para
pagamento dos honorários ajustados. A partir de determinado momento
o empresário passou a não pagar os honorários ajustados. Consoante
as regras do Código de Ética, o advogado para buscar o recebimento
dos honorários pactuados, deverá
A) emitir duplicatas decorrentes da fatura apresentada.
B) levar o contrato de honorários a protesto.
C) emitir debêntures em decorrência do contrato firmado.
D) cobrar os valores por meio de ação judicial.
Bom, ao estudar o art. 54 do Código de Ética, vimos que: Art. 52. O
crédito por honorários advocatícios, seja do advogado autônomo, seja de
sociedade de advogados, não autoriza o saque de duplicatas ou qualquer
outro título de crédito de natureza mercantil, podendo, apenas, ser
emitida fatura, quando o cliente assim pretender, com fundamento no
contrato de prestação de serviços, a qual, porém, não poderá ser levada a
protesto.. Letra “a”, “b” e “c” erradas.

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Alternativa “d” correta, conforme art. 54 do Código de Ética que


veremos logo a seguir:

Art. 54. Havendo necessidade de promover arbitramento ou cobrança judicial


de honorários, deve o advogado renunciar previamente ao mandato que
recebera do cliente em débito

Gabarito: Letra “d”

7. (FGV - 2012 - OAB - VIII Exame de Ordem Unificado) João


postulou, por meio de representação de advogado, ação condenatória
em face da sociedade Cacos e Cacos Ltda., obtendo sentença favorável,
condenando a ré ao pagamento da quantia de R$100.000,00 (cem mil
reais), acrescida de R$15.000,00 (quinze mil reais) de honorários
advocatícios. Após o trânsito em julgado da decisão judicial, João e seu
advogado Pedro são cientificados de que a sociedade está falida,
devendo os seus créditos sofrer procedimento de habilitação. Nesse
caso, a natureza dos créditos correspondentes a honorários
advocatícios, nos termos do Estatuto, é considerada como
A) quirografária.
B) real.
C) privilegiada.
D) natural.

Pessoal, vimos na aula que, nos termos do art. 24 da Lei 8.906/94,


a decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito
que os estipular são títulos executivos e constituem crédito
privilegiado na falência, concordata, concurso de credores, insolvência
civil e liquidação extrajudicial.
Gabarito: Letra “c”.

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8. (FGV - 2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado) No caso de


arbitramento judicial de honorários, pela ausência de estipulação ou
acordo em relação a eles, é correto afirmar, à luz das regras
estatutárias, que
a) os valores serão livremente arbitrados pelo juiz, sem
parâmetros, devendo o advogado percebê-los.
b) a fixação dos honorários levará em conta o valor econômico da
questão.
c) a tabela organizada pela OAB não é relevante para essa forma
de fixação.
d) havendo acordo escrito, poderá ocorrer o arbitramento judicial
de honorários.
A afirmativa da letra “a” está errada, pois, como vimos, o juiz terá
como parâmetro os valores estabelecidos pela tabela organizada pelo
Conselho Seccional da OAB. Letra “a” errada.
Pessoal, a remuneração deverá ser compatível com o trabalho e o
valor econômico da questão. Letra “b” correta.
Pelo mesmo motivo da letra “a”, a alternativa “c” está errada.
Quanto à letra “d”, falamos bastante de contrato escrito no inicio
da aula, havendo acordo escrito, esse deverá ser respeitado. O que
você deve se lembrar é que os honorários pactuados devem ser
cobrados com moderação. E, no caso de inexistência de contrato escrito
ou de acordo verbal com o cliente, é que haverá a determinação dos
honorários por arbitramento judicial e a sentença será o seu titulo
executivo judicial.
Gabarito: Letra “b”.

2.3. Valores

Os valores dos honorários não poderão ser abaixo do valor mínimo


estabelecido pela OAB na tabela de honorários.

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O órgão da OAB competente para estabelecer a tabela de


honorários é o CONSELHO SECCIONAL. Dessa forma, o Conselho
Seccional, aquele que abrange os Estados membros da federação,
fixará os devidos valores.
Quanto aos valores máximos, o critério que se tem, de acordo com
o Código de Ética é a moderação, para que não se cobre honorários
injustificáveis, tendo em vista o posicionamento do advogado no
mercado de trabalho.
Quando o advogado cobra abaixo do valor estabelecido na tabela,
não pense você que ele é sempre bondoso e caridoso. Não mesmo!
Pois, segundo a OAB, o advogado poderá ser visto com intenção de
promover a concorrência desleal em relação aos outros advogados que
cobram o valor fixado na tabela.
Veja a previsão da seguinte infração disciplinar, sujeita a censura,
constante do Estatuto da OAB:

Art. 34. Constitui infração disciplinar:


IV - angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros;

Só não haverá punição em razão desse fato se o advogado estiver


prestando serviço para pessoas carentes e as condições peculiares da
necessidade puderem ser demonstradas com a devida antecedência ao
respectivo Tribunal de Ética e Disciplina.
Por fim, vamos recordar quais os critérios que você deverá ter
quando for fixar os valores dos seus honorários, uma vez que não
existe uma tabela impondo um limite máximo:
 A relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões
versadas;
 O trabalho e o tempo necessários;
 A possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em
outros casos, ou de se desavir com outros clientes ou terceiros;

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 O valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito


para ele resultante do serviço profissional;
 O caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente
avulso, habitual ou permanente;
 O lugar da prestação dos serviços, fora ou não do domicílio do
advogado;
 A competência e o renome do profissional;
 A praxe do foro sobre trabalhos análogos

Cuidado, pois cobranças consideradas abusivas caracterizam-se


como infração disciplinar:

Art. 34. Constitui infração disciplinar:


XX - locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte
adversa, por si ou interposta pessoa;

2.4. Execução dos honorários

E em qual momento serão pagãos os honorários?


A Lei 8.906 nos fala que, salvo estipulação em contrário, um terço
dos honorários é devido no início do serviço, outro terço até a decisão
de primeira instância e o restante no final.
E se o cliente não pagar os honorários contratuais ou se a parte
vencida não pagar os honorários sucumbenciais?
Nesse caso, aplica-se o seguinte dispositivo do Estatuto da OAB:

Art. 24 § 1º A execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos


autos da ação em que tenha atuado o advogado, se assim lhe convier.

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Preste atenção: tanto os honorários fixados em sentença como os


honorários contratuais podem ser cobrados nos mesmos autos em que
foi promovida a demanda do cliente.
Para a cobrança dos honorários contratuais voltada contra o cliente
que não pagou o que, por contrato, lhe devia, basta a juntada do
contrato de prestação de serviços aos autos e o requerimento da
execução, conforme autoriza o art. 24, § 4º, no Estatuto da OAB:

Art. 24 § § 4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de


honorários antes de expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o
juiz deve determinar que lhe sejam pagos diretamente, por dedução da
quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou.

Perceba que a execução dos honorários advocatícios de


sucumbência pode ser requerida pela parte outorgante (= cliente) ou
pelo próprio advogado, nos mesmos autos em que tramitou a ação.
A execução dos honorários contratuais (entre cliente e advogado)
também pode ser requerida pelo advogado, por meio de apresentação
do contrato aos autos e pedido de reserva do valor que o cliente tem a
receber nos autos.
Caso o advogado contrate com o cliente e não receba os
honorários, se o processo está em andamento, o advogado deve
renunciar o patrocínio da causa. Veja o que diz o Código de Ética:

Art. 54. Havendo necessidade de promover arbitramento ou cobrança judicial


de honorários, deve o advogado renunciar previamente ao mandato que
recebera do cliente em débito

Veja bem o código de ética determina que para executar os


honorários o advogado deverá ser representado por outro advogado.
Cabe ressaltar que o advogado substabelecido com reserva de
poderes (aquele substabelecimento em que o advogado que

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substabelece permanece com os poderes e os compartilha com outro


advogado), não pode cobrar honorários sem a intervenção daquele que
lhe conferiu o substabelecimento.
Para encerrar o estudo dos honorários, um tema de grande
importância: o prazo prescricional para a cobrança desses honorários!
A previsão legal é de

5 ANOS!

O prazo começa de qualquer situação que demonstre o fim da


relação com cliente.
Vale a leitura atenta do seguinte artigo do Estatuto a Advocacia e a
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB):

Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de


advogado, contado o prazo:
I - do vencimento do contrato, se houver;
II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar;
III - da ultimação do serviço extrajudicial;
IV - da desistência ou transação;
V - da renúncia ou revogação do mandato.

Questões da
OAB

9. (FGV – OAB –XX Exame- 2016) A advogada Laila


representou judicialmente Rita, em processo no qual esta postulava a
condenação do Município de Manaus ao cumprimento de obrigação de
pagar quantia certa. Fora acordado entre Laila e Rita o pagamento de
valor determinado à advogada, a título de honorários, por meio de
negócio jurídico escrito e válido. Após o transcurso do processo, a
Fazenda Pública foi condenada, nos termos do pedido autoral. Antes da
expedição do precatório, Laila juntou aos autos o contrato de

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honorários, no intuito de obter os valores pactuados. Considerando a


situação narrada, é correto afirmar que
A) Laila deverá executar os honorários em face de Rita em
processo autônomo, sendo vedado o pagamento nos mesmos autos, por
se tratar de honorários contratuais e não sucumbenciais.
B) o juiz deverá determinar que os valores acordados a título de
honorários sejam pagos diretamente a Laila, por dedução da quantia a
ser recebida por Rita, independentemente de concordância desta nos
autos, salvo se Rita provar que já os pagou.
C) Laila deverá executar os honorários em face do município de
Manaus, em processo autônomo de execução, sendo vedado o
pagamento nos mesmos autos, por se tratar de honorários contratuais e
não sucumbenciais.
D) o juiz poderá determinar que os valores acordados a título de
honorários sejam pagos diretamente a Laila, por dedução da quantia a
ser recebida por Rita, caso Rita apresente sua concordância nos autos.
RESPOSTA:
Conforme dispõe Estatuto da OAB: “Art. 24 § 1º A execução dos
honorários pode ser promovida nos mesmos autos da ação em que
tenha atuado o advogado, se assim lhe convier.” . Tanto os honorários
fixados em sentença como os honorários contratuais podem ser
cobrados nos mesmos autos em que foi promovida a demanda do
cliente. Alternativas (A) e (C) erradas, pelos motivos citados.
Alternativa (B) Conforme Estatuto: Art. 24 § 4º Se o advogado
fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários antes de expedir-se
o mandado de levantamento ou precatório, o juiz deve determinar que
lhe sejam pagos diretamente, por dedução da quantia a ser recebida
pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou. Alternativa
Correta.
Como se vê, basta você requerer a reserva dos valores, juntando
aos autos o contrato de honorários antes da expedição do alvará de

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levantamento ou do precatório em favor do seu cliente. Recebido o


pedido e o contrato, o juiz deve determinar que seja abatido do valor
devido ao seu cliente os honorários que este deve a você. Independe de
concordância como afirma alternativa (D).
Gabarito: Letra “C”.

10. (FGV – OAB –X Exame- 2013) Nos termos do Estatuto da


Advocacia existe a previsão de pagamento de honorários advocatícios.
Assinale a afirmativa que indica como deve ocorrer o pagamento,
quando não houver estipulação em contrário.
A) Metade no início e o restante parcelado em duas vezes.
B) Um terço no início, um terço até a decisão de primeira instância
e um terço ao final.
C) Dez por cento no início, vinte por cento na sentença e o restante
após o trânsito em julgado.
D) Cinquenta por cento no início, trinta por cento até decisão de
primeiro grau e o restante após o recurso, se existir.
A Lei 8.906 nos fala que, salvo estipulação em contrário, um terço
dos honorários é devido no início do serviço, outro terço até a decisão
de primeira instância e o restante no final.

Gabarito: Letra “b”.


11. (FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem Unificado) A
prescrição para a cobrança de honorários advocatícios tem como termo
inicial, consoante as normas estatutárias,
a) o início do contrato de prestação de serviços.
b) a sentença que julga procedente o pedido em favor do cliente do
advogado.
c) a data da revogação do mandato.
d) o dia do primeiro ato extrajudicial.

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Ficou moleza! Lembre-se da regrinha: O prazo começa de qualquer


situação que demonstre o fim da relação com cliente.
Mas, por segurança, tenha em mente o seguinte artigo:

Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de


advogado, contado o prazo:
I - do vencimento do contrato, se houver;
II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar;
III - da ultimação do serviço extrajudicial;
IV - da desistência ou transação;
V - da renúncia ou revogação do mandato.

Gabarito: Letra “c”.

12. (FGV – OAB –XI Exame- 2013) Deise, advogada renomada,


com longos anos de experiência na profissão, obtém sentença
condenatória favorável contra o município “X”. Após o trânsito em
julgado, inicia a execução, apurando vultoso valor a receber para o seu
cliente, bem como honorários advocatícios de sucumbência
correspondente a dez por cento do principal. Além disso, a ilustre
advogada possui contrato de honorários escrito, fixando outros dez por
cento em decorrência do resultado final do processo, a titulo de
honorários de êxito. No entanto, para manter cordial a sua relação com
o cliente, não apresenta o contrato em Juízo, esperando o cumprimento
espontâneo do mesmo, o que não veio a ocorrer. Assim, antes do
pagamento do precatório, mas tendo sido o mesmo expedido, requer a
advogada o bloqueio do valor correspondente ao seu contrato de
honorários.
Observado tal relato, segundo as regras do Estatuto da Advocacia,
assinale a afirmativa correta.
A) O destaque correspondente aos honorários advocatícios
definidos em contrato escrito pode ocorrer a qualquer momento antes
do pagamento do precatório.

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B) O advogado, ocorrendo a existência de honorários advocatícios


contratuais fixados por escrito, deve requerer o seu pagamento com a
dedução do valor devido ao cliente antes da expedição do precatório.
C) O pagamento dos honorários contratuais fixados em documento
escrito deve ser realizado pelo cliente ou em ação judicial sem que
possa ocorrer desconto no valor do precatório expedido em favor do
cliente.
D) O Juiz fazendário da condenação, em se tratando de acerto
privado, não possui competência para definir se tal valor é ou não
devido, sendo inviável o desconto no valor do precatório.
Veja que a questão é repetida!

Art. 24 § § 4º Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de


honorários antes de expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o
juiz deve determinar que lhe sejam pagos diretamente, por dedução da
quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou.

Gabarito: Letra “b”

13. (FGV - 2012 - OAB - VIII Exame de Ordem Unificado) João


é contratado para propor ação de cobrança pela sociedade M e P Ltda.,
em face da sociedade C e L Ltda., sendo o valor da causa,
correspondente ao débito, de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). Após
iniciada a ação, mas antes do ato citatório, a sociedade autora vem a
desistir da mesma. Houve contrato de honorários subscrito pelas partes
aventando que, nesse caso, seriam devidos honorários fixos de R$
10.000,00 (dez mil reais). A sociedade notificada regularmente não
pagou os honorários contratuais.
Nesse caso, o prazo para a prescrição da ação de cobrança de
honorários passa a contar da data
A) do trânsito em julgado da decisão judicial.

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B) da desistência judicial formulada.


C) do término do mandato judicial.
D) da ultimação do serviço judicial.
Essa questão é mais de raciocínio, veja bem, como a sociedade
desistiu da ação, seria inviável a prescrição da ação de cobrança
começar a correr do trânsito em julgado da decisão judicial. Letra “a”
errada.
O mais óbvio é a alternativa “b”, da desistência judicial formulada.
Alternativa correta.
A alternativa “c” nem está dentre os critérios de contagem de
prazo.
Quanto a letra “d”, observe que a lei nos fala em ultimação do
serviço extrajudicial. Vamos ler mais uma vez o artigo de prescrição de
contagem de prazo dos honorários advocatícios:

Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de


advogado, contado o prazo:
I - do vencimento do contrato, se houver;
II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar;
III - da ultimação do serviço extrajudicial;
IV - da desistência ou transação;
V - da renúncia ou revogação do mandato.

Gabarito: Letra “b”.

14. (FGV – 2013 – OAB - Exame de Ordem Unificado) Eugênio é


advogado contratado pela empresa Ônibus e Ônibus Ltda. Na empresa
ele é responsável pelas defesas em ações que pleiteiam o
reconhecimento da responsabilidade civil da sua cliente e dos seus
prepostos. O contrato de honorários venceu em 2010 e não foi
renovado. Em dificuldades financeiras, a empresa não pagou os
honorários devidos.

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O termo inicial para a contagem do prazo para a prescrição da


pretensão de cobrança dos honorários advocatícios, observado o
disposto no Estatuto da Advocacia, ocorre a partir da
a) última tentativa de conciliação.
b) data fixada pelo Juiz.
c) última prestação de serviço.
d) data do vencimento do contrato.

Observem o que diz o art. 25 inc. I do EAOAB: “Art. 25. Prescreve


em cinco anos a ação de cobrança de honorários de advogado,
contado o prazo: I - do vencimento do contrato, se houver”.
Gabarito – Letra D.

15. (FGV – 2014 – OAB - Exame de Ordem Unificado) Sobre o


prazo para ajuizamento de ação de cobrança de honorários de
advogado, assinale a opção correta.
a) Prescreve em dois anos a ação de cobrança de honorários de
advogado, contando-se o prazo do vencimento do contrato, se houver.
b) Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de
advogado, contando-se o prazo do trânsito em julgado da decisão que
os fixar.
c) Prescreve em dois anos a ação de cobrança de honorários de
advogado, contando-se o prazo da ultimação do serviço extrajudicial.
d) Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de
advogado, contando-se o prazo da decisão que os fixar,
independentemente do seu trânsito em julgado.
O art. 25 inc. II do EAOAB preconiza que:

Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de


advogado, contado o prazo:
II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar

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Gabarito – Letra B.

16. (FGV – 2014 – OAB - Exame de Ordem Unificado – XV) O


advogado Caio atuava representando os interesses do autor em
determinada ação indenizatória há alguns anos. Antes da prolação da
sentença, substabeleceu, com reserva, os poderes que lhe haviam sido
outorgados pelo cliente, ao advogado Tício. Ao final, o pedido foi
julgado procedente e o cliente de Caio e Tício recebeu a indenização
pleiteada mas não repassou aos advogados os honorários de êxito
contratados, estipulados em 30%. Caio, para evitar desgaste, preferiu
não cobrar judicialmente os valores devidos pelo cliente. Tício, não
concordando com a opção de Caio, decidiu, à revelia deste último
ingressar com a ação cabível, valendo-se, para tanto, do contrato de
honorários celebrado entre Caio e o cliente

A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.


a) Tício pode ajuizar tal ação, pois, embora não tivesse celebrado
o contrato com o cliente, recebeu poderes de Caio para atuar na causa.
b) Tício pode ajuizar tal ação, pois ingressou na causa antes da
prolação da sentença, sendo, assim, igualmente responsável pelo êxito.
c) Tício não pode ajuizar tal ação porque, como Caio e Tício não
requereram o destaque dos honorários contratuais, ele não tem mais
direito a recebê-los
d) Tício não pode ajuizar tal ação porque o advogado
substabelecido com reserva de poderes não pode cobrar honorários sem
a intervenção daquele que lhe conferiu o substabelecimento.
O art.26 do EAOAB dispõe que: “Art. 26. O advogado
substabelecido, com reserva de poderes, não pode cobrar honorários
sem a intervenção daquele que lhe conferiu o substabelecimento”.
Gabarito – Letra D.

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3. Resumo da aula

Vamos aos principais pontos abordados nessa nossa aula. Use o


resumo da aula na semana que anteceder a sua prova, para que o
estudo venha a sua mente quando estiver marcando o gabarito de seu
Exame de Ordem.
Honorários contratados: São aqueles honorários acordados,
pactuados entre o cliente e o advogado. Não poderá haver vício,
clausulas abusivas, onerosidade excessiva, nem a locupletação
(enriquecimento) indevida por parte do advogado.
A “quota litis” consiste na fixação de honorários em função do
resultado, em concreto, da lide, sobretudo quando esta tem um
conteúdo puramente monetário.
O contrato com cláusula de quota litis, obrigatoriamente deve ser
por escrito e com recebimento em pecúnia. Outras duas regras
devem ser obedecidas nessa espécie de contrato de honorários:
1. Admite-se recebimento em bens do cliente, desde que comprove
a impossibilidade financeira de pagar em dinheiro.
2. O advogado não pode obter um melhor proveito na demanda do
que o seu cliente, afinal, não se admite a onerosidade excessiva nos
contratos de prestação de serviços advocatícios.
b) Honorários arbitrados judicialmente: São aqueles
honorários determinados pelo juiz, seja porque não houve contrato ou
por não existir acordo com o cliente. O juiz então determina, na

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sentença de arbitramento de honorários, o valor que deverá ser pago


ao advogado.
Assim, não havendo estipulação ou acordo, os honorários são
fixados por arbitramento judicial.
c) Honorários de sucumbência: São espécie do gênero
“honorários arbitrados judicialmente”. Vejamos o que diz Código de
Processo Civil, em seu art. 20:

Art. 20. A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas


que antecipou e os honorários advocatícios. Esta verba honorária será devida,
também, nos casos em que o advogado funcionar em causa própria.

Perceba que os honorários de sucumbência são fixados pelo juiz na


sentença que resolve a demanda proposta perante o Judiciário. Eles são
fixados em favor da parte vencedora, ou seja, quem perde a demanda
deve pagar os honorários de sucumbência para a outra parte.
O advogado tem direito autônomo para executar a sentença nesta
parte, ou seja, na parte em que condena a parte vencida a pagar os
honorários da outra parte. Desse modo, pode o advogado requerer que
o precatório, quando necessário, seja expedido em seu favor.

Art. 23. Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou


sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para
executar a sentença nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando
necessário, seja expedido em seu favor.

Não se esqueça de que os honorários que o advogado irá receber


não pode ser maior do que a vantagem recebida pelo cliente.
Os valores dos honorários não poderão ser abaixo do valor mínimo
estabelecido pela OAB na tabela de honorários.
Vamos recordar quais os critérios que você deverá ter quando for
fixar os valores dos seus honorários, uma vez que não existe uma
tabela impondo um limite máximo:

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 A relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões


versadas;
 O trabalho e o tempo necessários;
 A possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em
outros casos, ou de se desavir com outros clientes ou terceiros;
 O valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito
para ele resultante do serviço profissional;
 O caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente
avulso, habitual ou permanente;
 O lugar da prestação dos serviços, fora ou não do domicílio do
advogado;
 A competência e o renome do profissional;
 A praxe do foro sobre trabalhos análogos

E em qual momento serão pagãos os honorários?


A Lei 8.906 nos fala que, salvo estipulação em contrário, um terço
dos honorários é devido no início do serviço, outro terço até a decisão
de primeira instância e o restante no final.
E se o cliente não pagar os honorários contratuais ou se a parte
vencida não pagar os honorários sucumbenciais?
Nesse caso, aplica-se o seguinte dispositivo do Estatuto da OAB:

Art. 24 § 1º A execução dos honorários pode ser promovida nos mesmos


autos da ação em que tenha atuado o advogado, se assim lhe convier.

Preste atenção: tanto os honorários fixados em sentença como os


honorários contratuais podem ser cobrados nos mesmos autos em que
foi promovida a demanda do cliente.
Para a cobrança dos honorários contratuais voltada contra o cliente
que não pagou o que, por contrato, lhe devia, basta a juntada do
contrato de prestação de serviços aos autos e o requerimento da
execução, conforme autoriza o art. 24, § 4º, no Estatuto da OAB:

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honorários antes de expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o
juiz deve determinar que lhe sejam pagos diretamente, por dedução da
quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já os pagou.

Para encerrar o estudo dos honorários, um tema de grande


importância: o prazo prescricional para a cobrança desses honorários!
A previsão legal é de 5 anos.

O prazo começa de qualquer situação que demonstre o fim da


relação com cliente. Vale a leitura atenta do seguinte artigo do Estatuto
a Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB):

Art. 25. Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de


advogado, contado o prazo:
I - do vencimento do contrato, se houver;
II - do trânsito em julgado da decisão que os fixar;
III - da ultimação do serviço extrajudicial;
IV - da desistência ou transação;
V - da renúncia ou revogação do mandato.

4. Questões comentadas

1. (FGV – 2016 – OAB - Exame de Ordem Unificado – XX) A


advogada Taís foi contratada por Lia para atuar em certo processo
ajuizado perante o Juizado Especial Cível. Foi acordado o pagamento de
honorários advocatícios no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). O
feito seguiu regularmente o rito previsto na Lei nº 9.099/95, tendo o

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magistrado, antes da instrução e julgamento, esclarecido as partes


sobre as vantagens da conciliação, obtendo a concordância dos
litigantes pela solução consensual do conflito. Considerando o caso
relatado, assinale a afirmativa correta.
A) Diante da conciliação entre as partes, ocorrida antes da
instrução e julgamento do feito, Taís fará jus à metade do valor
acordado a título de honorários advocatícios.
B) A conciliação entre as partes, ocorrida antes da instrução e
julgamento do feito, não prejudica os honorários convencionados, salvo
aquiescência de Taís.
C) Diante da conciliação entre as partes, ocorrida antes da
instrução e julgamento do feito, deverá o magistrado, ao homologar o
acordo, fixar o valor que competirá a Taís, a título de honorários
advocatícios, não prevalecendo a pactuação anterior entre cliente e
advogada.
D) Em razão da conciliação entre as partes, ocorrida antes da
instrução e julgamento do feito, deverá ser pactuado, por Taís e Lia,
novo valor a título de honorários advocatícios, não prevalecendo a
obrigação anteriormente fixada.

2. (FGV – 2015 – OAB - Exame de Ordem Unificado - XVII -


Primeira Fase) Laura formou-se em prestigiada Faculdade de Direito,
mas sua prática advocatícia foi limitada, o que a impediu de ter
experiência maior no trato com os clientes. Realizou seus primeiros
processos para amigos e parentes, cobrando módicas quantias
referentes a honorários advocatícios. Ao receber a cliente Telma,
próspera empresária, e aceitar defender os seus interesses
judicialmente, fica em dúvida quanto aos termos de cobrança inicial dos
honorários pactuados.

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Em razão disso, consulta o advogado Luciano, que lhe informa,


segundo os termos do Estatuto da Advocacia, que salvo estipulação em
contrário,

a) metade dos honorários é devida no início do serviço.


b) um quinto dos honorários é devido ao início do processo
judicial.
c) a integralidade dos honorários é devida até a decisão de
primeira instância.
d) um terço dos honorários é devido no início do serviço.

3. (OAB – 2015 – Exame Unificado XVIII) Paulo é contratado


por Pedro para promover ação com pedido condenatório em face de
Alexandre, por danos causados ao animal de sua propriedade. Em
decorrência do processo, houve condenação do réu ao pagamento de
indenização ao autor, fixados honorários de sucumbência
correspondentes a dez por cento do apurado em cumprimento de
sentença. O réu ofertou apelação contra a sentença proferida na fase
cognitiva. Ainda pendente o julgamento do recurso, Pedro decide
revogar o mandato judicial conferido a Paulo, desobrigando-se de pagar
os honorários contratualmente ajustados.
Nos termos do Código de Ética da OAB, a revogação do mandato
judicial, por vontade de Pedro,
A) não o desobriga do pagamento das verbas honorárias
contratadas.
B) desobriga-o do pagamento das verbas honorárias contratadas.
C) desobriga-o do pagamento das verbas honorárias contratadas e
da verba sucumbencial.
D) não o desobriga do pagamento das verbas honorárias
sucumbenciais, mas o desobriga das verbas contratadas

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4. (FGV – 2014 – OAB - Exame de Ordem Unificado) Maria, após


vários anos de tramitação de ação indenizatória em que figurava
como autora, decidiu substituir José, advogado que até então atuava
na causa, por João, amigo da família, que não cobraria honorários de
nenhuma espécie de Maria. Ao final da ação, quando Maria
finalmente recebeu os valores que lhe eram devidos, a título de
indenização, foi procurada por José, que desejava receber honorários
pelos serviços advocatícios prestados até o momento em que foi
substituído.
Sobre a hipótese sugerida, assinale a afirmativa correta.
a) José tem direito a receber a integralidade dos honorários
contratuais e de sucumbência, como se tivesse atuado na causa até o
final, uma vez que foi substituído por vontade da cliente e não sua.
b) José não tem direito a receber honorários, porque não atuou
na causa até o seu fim.
c) José tem direito a receber honorários contratuais, mas não tem
direito a receber honorários de sucumbência.
d) José tem direito a receber honorários contratuais, bem como
honorários de sucumbência, calculados proporcionalmente, em face do
serviço efetivamente prestado.

5. (FGV – OAB –XI Exame- 2013) O advogado Mário celebrou


contrato de honorários com seu cliente, para atuar em reclamação
trabalhista. No contrato restou estabelecido que, em caso de êxito,
ele receberia, a título de honorários contratuais, o valor de 60% do
que fosse recebido pelo cliente, que havia sido dispensado pelo
empregador e encontra-se em situação econômica desfavorável.
A respeito do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.

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A) Mário não cometeu infração disciplinar, uma vez que tendo


celebrado contrato de honorários, ele pode cobrar de seu cliente o valor
que entender compatível com o trabalho desenvolvido.
B) Mário não cometeu infração disciplinar, pois causas trabalhistas
são muito complexas, justificando-se, assim, a cobrança de honorários
elevados.
C) Mário violou dispositivo do Código de Ética e Disciplina da OAB,
segundo o qual os honorários profissionais devem ser fixados com
moderação.
D) Mário violou dispositivo do Código de Ética e Disciplina da OAB,
que veda a cobrança de honorários profissionais com base em
percentual do valor a ser recebido pela parte.

6. (FGV – 2012 –OAB –IX Exame de Ordem Unificado)Um


advogado é contratado por um empresário para atuar em causas na
área empresarial, formalizando contrato escrito e emitindo fatura para
pagamento dos honorários ajustados. A partir de determinado momento
o empresário passou a não pagar os honorários ajustados. Consoante
as regras do Código de Ética, o advogado para buscar o recebimento
dos honorários pactuados, deverá
A) emitir duplicatas decorrentes da fatura apresentada.
B) levar o contrato de honorários a protesto.
C) emitir debêntures em decorrência do contrato firmado.
D) cobrar os valores por meio de ação judicial.

7. (FGV - 2012 - OAB - VIII Exame de Ordem Unificado) João


postulou, por meio de representação de advogado, ação condenatória
em face da sociedade Cacos e Cacos Ltda., obtendo sentença favorável,
condenando a ré ao pagamento da quantia de R$100.000,00 (cem mil
reais), acrescida de R$15.000,00 (quinze mil reais) de honorários
advocatícios. Após o trânsito em julgado da decisão judicial, João e seu

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advogado Pedro são cientificados de que a sociedade está falida,


devendo os seus créditos sofrer procedimento de habilitação. Nesse
caso, a natureza dos créditos correspondentes a honorários
advocatícios, nos termos do Estatuto, é considerada como
A) quirografária.
B) real.
C) privilegiada.
D) natural.

8. (FGV - 2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado) No caso de


arbitramento judicial de honorários, pela ausência de estipulação ou
acordo em relação a eles, é correto afirmar, à luz das regras
estatutárias, que
a) os valores serão livremente arbitrados pelo juiz, sem
parâmetros, devendo o advogado percebê-los.
b) a fixação dos honorários levará em conta o valor econômico da
questão.
c) a tabela organizada pela OAB não é relevante para essa forma
de fixação.
d) havendo acordo escrito, poderá ocorrer o arbitramento judicial
de honorários.

9. (FGV – OAB –XX Exame- 2016) A advogada Laila


representou judicialmente Rita, em processo no qual esta postulava a
condenação do Município de Manaus ao cumprimento de obrigação de
pagar quantia certa. Fora acordado entre Laila e Rita o pagamento de
valor determinado à advogada, a título de honorários, por meio de
negócio jurídico escrito e válido. Após o transcurso do processo, a
Fazenda Pública foi condenada, nos termos do pedido autoral. Antes da
expedição do precatório, Laila juntou aos autos o contrato de

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honorários, no intuito de obter os valores pactuados. Considerando a


situação narrada, é correto afirmar que
A) Laila deverá executar os honorários em face de Rita em
processo autônomo, sendo vedado o pagamento nos mesmos autos, por
se tratar de honorários contratuais e não sucumbenciais.
B) o juiz deverá determinar que os valores acordados a título de
honorários sejam pagos diretamente a Laila, por dedução da quantia a
ser recebida por Rita, independentemente de concordância desta nos
autos, salvo se Rita provar que já os pagou.
C) Laila deverá executar os honorários em face do município de
Manaus, em processo autônomo de execução, sendo vedado o
pagamento nos mesmos autos, por se tratar de honorários contratuais e
não sucumbenciais.
D) o juiz poderá determinar que os valores acordados a título de
honorários sejam pagos diretamente a Laila, por dedução da quantia a
ser recebida por Rita, caso Rita apresente sua concordância nos autos.

10. (FGV – OAB –X Exame- 2013) Nos termos do Estatuto da


Advocacia existe a previsão de pagamento de honorários advocatícios.
Assinale a afirmativa que indica como deve ocorrer o pagamento,
quando não houver estipulação em contrário.
A) Metade no início e o restante parcelado em duas vezes.
B) Um terço no início, um terço até a decisão de primeira instância
e um terço ao final.
C) Dez por cento no início, vinte por cento na sentença e o restante
após o trânsito em julgado.
D) Cinquenta por cento no início, trinta por cento até decisão de
primeiro grau e o restante após o recurso, se existir.

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11. (FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem Unificado) A


prescrição para a cobrança de honorários advocatícios tem como termo
inicial, consoante as normas estatutárias,
a) o início do contrato de prestação de serviços.
b) a sentença que julga procedente o pedido em favor do cliente do
advogado.
c) a data da revogação do mandato.
d) o dia do primeiro ato extrajudicial.

12. (FGV – OAB –XI Exame- 2013) Deise, advogada renomada,


com longos anos de experiência na profissão, obtém sentença
condenatória favorável contra o município “X”. Após o trânsito em
julgado, inicia a execução, apurando vultoso valor a receber para o seu
cliente, bem como honorários advocatícios de sucumbência
correspondente a dez por cento do principal. Além disso, a ilustre
advogada possui contrato de honorários escrito, fixando outros dez por
cento em decorrência do resultado final do processo, a titulo de
honorários de êxito. No entanto, para manter cordial a sua relação com
o cliente, não apresenta o contrato em Juízo, esperando o cumprimento
espontâneo do mesmo, o que não veio a ocorrer. Assim, antes do
pagamento do precatório, mas tendo sido o mesmo expedido, requer a
advogada o bloqueio do valor correspondente ao seu contrato de
honorários.
Observado tal relato, segundo as regras do Estatuto da Advocacia,
assinale a afirmativa correta.
A) O destaque correspondente aos honorários advocatícios
definidos em contrato escrito pode ocorrer a qualquer momento antes
do pagamento do precatório.
B) O advogado, ocorrendo a existência de honorários advocatícios
contratuais fixados por escrito, deve requerer o seu pagamento com a
dedução do valor devido ao cliente antes da expedição do precatório.

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C) O pagamento dos honorários contratuais fixados em documento


escrito deve ser realizado pelo cliente ou em ação judicial sem que
possa ocorrer desconto no valor do precatório expedido em favor do
cliente.
D) O Juiz fazendário da condenação, em se tratando de acerto
privado, não possui competência para definir se tal valor é ou não
devido, sendo inviável o desconto no valor do precatório.

13. (FGV - 2012 - OAB - VIII Exame de Ordem Unificado) João


é contratado para propor ação de cobrança pela sociedade M e P Ltda.,
em face da sociedade C e L Ltda., sendo o valor da causa,
correspondente ao débito, de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). Após
iniciada a ação, mas antes do ato citatório, a sociedade autora vem a
desistir da mesma. Houve contrato de honorários subscrito pelas partes
aventando que, nesse caso, seriam devidos honorários fixos de R$
10.000,00 (dez mil reais). A sociedade notificada regularmente não
pagou os honorários contratuais.
Nesse caso, o prazo para a prescrição da ação de cobrança de
honorários passa a contar da data
A) do trânsito em julgado da decisão judicial.
B) da desistência judicial formulada.
C) do término do mandato judicial.
D) da ultimação do serviço judicial.

14. (FGV – 2013 – OAB - Exame de Ordem Unificado) Eugênio é


advogado contratado pela empresa Ônibus e Ônibus Ltda. Na empresa
ele é responsável pelas defesas em ações que pleiteiam o
reconhecimento da responsabilidade civil da sua cliente e dos seus
prepostos. O contrato de honorários venceu em 2010 e não foi

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renovado. Em dificuldades financeiras, a empresa não pagou os


honorários devidos.
O termo inicial para a contagem do prazo para a prescrição da
pretensão de cobrança dos honorários advocatícios, observado o
disposto no Estatuto da Advocacia, ocorre a partir da
a) última tentativa de conciliação.
b) data fixada pelo Juiz.
c) última prestação de serviço.
d) data do vencimento do contrato.

15. (FGV – 2014 – OAB - Exame de Ordem Unificado) Sobre o


prazo para ajuizamento de ação de cobrança de honorários de
advogado, assinale a opção correta.
a) Prescreve em dois anos a ação de cobrança de honorários de
advogado, contando-se o prazo do vencimento do contrato, se houver.
b) Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de
advogado, contando-se o prazo do trânsito em julgado da decisão que
os fixar.
c) Prescreve em dois anos a ação de cobrança de honorários de
advogado, contando-se o prazo da ultimação do serviço extrajudicial.
d) Prescreve em cinco anos a ação de cobrança de honorários de
advogado, contando-se o prazo da decisão que os fixar,
independentemente do seu trânsito em julgado.

16. (FGV – 2014 – OAB - Exame de Ordem Unificado – XV) O


advogado Caio atuava representando os interesses do autor em
determinada ação indenizatória há alguns anos. Antes da prolação da
sentença, substabeleceu, com reserva, os poderes que lhe haviam sido

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outorgados pelo cliente, ao advogado Tício. Ao final, o pedido foi


julgado procedente e o cliente de Caio e Tício recebeu a indenização
pleiteada mas não repassou aos advogados os honorários de êxito
contratados, estipulados em 30%. Caio, para evitar desgaste, preferiu
não cobrar judicialmente os valores devidos pelo cliente. Tício, não
concordando com a opção de Caio, decidiu, à revelia deste último
ingressar com a ação cabível, valendo-se, para tanto, do contrato de
honorários celebrado entre Caio e o cliente

A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.


a) Tício pode ajuizar tal ação, pois, embora não tivesse celebrado
o contrato com o cliente, recebeu poderes de Caio para atuar na causa.
b) Tício pode ajuizar tal ação, pois ingressou na causa antes da
prolação da sentença, sendo, assim, igualmente responsável pelo êxito.
c) Tício não pode ajuizar tal ação porque, como Caio e Tício não
requereram o destaque dos honorários contratuais, ele não tem mais
direito a recebê-los
d) Tício não pode ajuizar tal ação porque o advogado
substabelecido com reserva de poderes não pode cobrar honorários sem
a intervenção daquele que lhe conferiu o substabelecimento.

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Gabarito:

1) B 11) C
2) D 12) C
3) A 13) B
4) D 14) D
5) C 15) B
6) D 16) D
7) C
8) B
9) C
10) B

5. Referências

BRASIL. Código de Ética da OAB. Conselho Federal da Ordem dos


Advogados do Brasil, Brasília, DF, 19 Out. 2015.
BRASIL. Lei n.8.906 de 04 de Julho de 1994. Dispõe sobre o
Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 05 jul. 1994.
BRASIL. Regulamento Geraldo Estatuto da Advocacia e da OAB.
Dispõe sobre o Regulamento Geral previsto na Lei nº 8.906, de 04 de
julho de 1994. Sala das Sessões, Brasília, DF 16 de out. e 6 de nov. de
1994.

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MARIN, Marco Aurélio. Como se preparar para o exame da


Ordem, 1ªfase: ética profissional, 9ª Edição, São Paulo, 2012, Método.

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