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TEMA DA SEMANA

29 de abril de 2016

A persistência do racismo na
sociedade brasileira contemporânea
PROPOSTA

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos


conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o
tema: A persistência do racismo na sociedade brasileira contemporânea.
Apresente proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e
fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO 1 TEXTO 2

(...)
111 presos indefesos
Mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos
Ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres 
E todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe 
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no
bloqueio a Cuba
Pense no Haiti
Reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
(Comentários racistas na página em rede social da atriz e modelo
(letra original da música “Haiti”, Taís Araújo, 2015)
Tropicália 2, Caetano Veloso e Gilberto Gil, 1993

TEXTO 3

Faça o 'teste do pescoço' e saiba se existe racismo no Brasil


Aplique o Teste do Pescoço em todos os lugares e depois tire sua própria conclusão. Questione-se se de fato somos um país
pluricultural; uma Democracia Racial

Andando pelas ruas, meta o pescoço dentro das joalherias e conte quantos negros/as são balconistas. Vá em quaisquer
escolas particulares, sobretudo as de ponta como; Objetivo, Dante Alighieri, entre outras, espiche o pescoço pra dentro das
salas e conte quantos alunos negros/as há . Aproveite, conte quantos professores são negros/as e quantos estão varrendo o
chão. Vá em hospitais tipo Sírio Libanês, enfie o pescoço nos quartos e conte quantos pacientes são negros, meta o pescoço
a contar quantos negros médicos há, e aproveite para meter o pescoço nos corredores e conte quantos negros/as limpam o
chão. Quando der uma volta num Shopping, ou no centro comercial de seu bairro, gire o pescoço para as vitrines e conte

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quantos manequins de loja representam a etnia negra consumidora. Enfie o pescoço nas revistas de moda , nos comerciais
de televisão, e conte quantos modelos negros fazem publicidade de perfumes, carros, viagens, vestuários e etc. Vá às
universidades públicas, enfie o pescoço adentro e conte quantos negros há por lá: professores, alunos e serviçais. Espiche o
pescoço numa reunião dos partidos PSDB e DEM, como exemplo, conte quantos políticos são negros desde a fundação dos
mesmos, e depois reflitam a respeito de serem contra todas as reivindicações da etnia negra. Gire o pescoço 180° nas 
passeatas dos médicos, em protesto contra os médicos cubanos que possivelmente irão chegar, e conte quantos médicos/as
negros/as marchavam. Meta o pescoço nas cadeias, nos orfanatos, nas casas de correção para menores, conte quantos são
brancos, é mais fácil. Gire o pescoço a procurar quantas empregadas domésticas, serviçais, faxineiros, favelados e mendigos
são de etnia branca. Depois pergunte-se qual a causa dos descendentes de europeus, ou orientais, não são vistos embaixo
das pontes ou em favelas ou na mendicância ou varrendo o chão. Espiche bem o pescoço na hora do Globo Rural e conte
quantos fazendeiros são negros, depois tire a conclusão de quantos são sem-terra, quantos são sem-teto. No Globo
Pequenas Empresas& Grandes Negócios, quantos empresários são negros?

Por Luh de Souza e Francisco Antero.


publicado em 09/07/13, acesso em 12/04/16, disponível em
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/07/teste-do-pescoco-revela-racismo-no-brasil.html

TEXTO 4 TEXTO 5

Jovem negro tem 2,5 vezes mais chance de ser Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
assassinado do que branco qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
Um estudo feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
Pública mostra que o risco de um jovem negro ser propriedade, nos termos seguintes:
assassinado no Brasil tem aumentado e supera em 2,5 (...) XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável
vezes a possibilidade de um jovem branco ser vítima de e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da
homicídio. Elaborado em parceria com a Unesco lei; (...)
(Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura) e a pedido do governo federal, o Índice CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO
de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade BRASIL DE 1988
Racial 2014 apontou que a taxa de jovens negros acesso em 12/04/16, disponível em
assassinados por 100 mil habitantes subiu de 60,5 em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constit
2007 para 70,8 em 2012. Entre os jovens brancos, a taxa uicaoCompilado.htm
de vítimas de homicídio também aumentou: de 26,1 para
27,8.
Ou seja, os riscos aumentaram para os jovens de modo de
geral, mas passaram a ameaçar ainda mais os negros. O
risco de homicídio de um jovem negro superava em 2,3
vezes o de um branco em 2007. A diferença chegou a 2,5
em 2012. (...)

UOL Notícias Cotidiano, última atualização em


07/05/15, acesso em 27/04/16, disponível em
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/201
5/05/07/jovem-negro-tem-25-vezes-mais-chance-de-ser-
assassinado-do-que-branco.htm

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TEXTO 6

Pais não conseguem registrar filha com nome africano e cartório questiona constrangimento

Cizinho Afreeka e Juliana de Paula não conseguiram registrar a filha após o nascimento. A pequena Makeda Foluke,
nascida no dia 16 deste mês, não pode ser registrada porque o cartório do 2º distrito de São João de Meriti decidiu
submeter o registro civil da criança à aprovação de um juiz. Os dois nomes de origem africana significam “grandiosa” e
“entregue aos cuidados de Deus”, respectivamente.
O parágrafo único da lei 6015/73 prevê que “os oficiais do registro civil não registrarão prenomes suscetíveis de expor ao
ridículo os seus portadores”. O registrador civil e oficial do cartório do 2º distrito, Luiz Fernando, afirmou ao R7 que, apesar
de ter compreendido e achado bonito o significado do nome de Makeda, precisou submeter a um juiz para evitar
constrangimentos futuros à criança. Segundo ele, o procedimento é normal.
Nas redes sociais, amigos e parentes do casal questionaram o motivo de um nome africano ter que passar por esse
procedimento e compararam com o fácil registro de nomes de origem europeia. “Nossa pequena Makeda já começa a
experimentar a violência do racismo. E assim tem sido com as nossas crianças negras”, dizia uma das mensagens. “Dê
algum nome inglês, italiano, etc., e saia sorridente e com direito a elogio… Dê um nome africano e sofra todo o
constrangimento do racismo sistêmico que muitos dizem ‘não existir’”, disse outro amigo do casal. Sobre as mensagens, Luiz
Fernando reforçou a necessidade do procedimento quando o nome causa constrangimento ou cacófato.
— Não é o nome, não é o significado. É a pronúncia, a dicção. O racismo realmente está na cabeça das pessoas.

publicado em 23/03/16, acesso em 12/04/16, disponível em


http://www.geledes.org.br/pais-nao-conseguem-registrar-filha-com-nome-africano-e-cartorio-questiona-constrangimento/

ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DO TEXTO SOBRE O PROJETO REDAÇÃO

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: O Projeto Redação cá está para ajudá-lo a
realizar o seu sonho. Acreditamos na
- Tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”. colaboração mútua como meio de evolução e
- A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. nossa proposta é trabalhamos de forma a
- Apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. orientar sua experiência com temas e
avaliações que sejam as mais próximas
possíveis do Enem.

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