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DE LOGÍSTICA PARA
E-COMMERCE
Saiba como aprimorar a estratégia
logística do seu negócio
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PREFÁCIO
Acreditamos que quem aprende mais, vende mais e pode contar com as solu-
ções da Mandaê para descomplicar a logística.
4 INTRODUÇÃO
Entenda melhor o seu negócio e economize na logística
5 CAPÍTULO 1
O que é logística
7 CAPÍTULO 2
Gestão e controle de estoque
13 CAPÍTULO 3
Curva ABC
14 CAPÍTULO 4
Picking e Fulfillment
18 CAPÍTULO 5
Indicadores de desempenho logístico
20 CAPÍTULO 6
Embalagem para e-commerce: o impacto da boa impressão
23 CAPÍTULO 7
PLP – Pré-lista de postagem
25 CAPÍTULO 8
Cálculo de frete
29 CAPÍTULO 9
Política de frete grátis
32 CAPÍTULO 10
Logística reversa
34 CAPÍTULO 11
ICMS
37 CAPÍTULO 12
Prestadores de serviços logísticos
40 CAPÍTULO 13
Glossário de tendências logísticas
INTRODUÇÃO
D
e acordo com uma pesquisa realizada em 2015 pela Associação
Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o frete é responsável
por 62,6% dos custos logísticos, mas nem sempre é pago pelo lojista.
Em contrapartida, 37,4% dos gastos são destinados ao manuseio (17,5%) e arma-
zenagem (19,9%), consumindo uma parcela preciosa do orçamento da empresa.
É justamente para ajudá-lo nessa tarefa que desenvolvemos este e-book. Aqui,
você poderá entender melhor esse setor que tem alta relevância para a compe-
titividade do seu negócio e, assim, poderá criar mecanismos para melhorar o
processo logístico do seu e-commerce.
Boa leitura!
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CAPÍTULO 1
O QUE É LOGÍSTICA
A
lexandre, o Grande, conhecido como um grande estrategista de guer-
ras e conquistas, utilizava a estratégia logística para abater seus inimi-
gos, mapeando toda a região de combate, identificando suas fraquezas
e aproveitando cada oportunidade que tivesse. O planejamento do tempo de
deslocamento e a distância a serem alcançadas diariamente, assim como o de-
senvolvimento de novas armas de combate, permitiu que seu exército fosse o
mais móvel e rápido da época.
Até meados dos anos 1940 o uso da logística era restrito ao setor bélico por
meio do transporte de armas, contingente de pessoas, exércitos e materiais.
Somente após o fim da Segunda Guerra Mundial essa atividade ganhou impulso
e começou a ser utilizada com fins comerciais.
Dessa forma, a logística passou a ser vista com um complexo conjunto de pla-
nejamento, implementação e controle de processos para a eficiência e efetivi-
dade do transporte e armazenamento de mercadorias, incluindo os serviços e
informações relacionados desde o ponto de origem até o ponto de consumo em
conformidade com os requisitos do cliente.
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LOGÍSTICA INTEGRADA
Para aumentar a eficiência de uma empresa, nas últimas quatro décadas a lo-
gística avançou do transporte/depósito/armazenagem para o nível estratégico.
Na base do moderno conceito de logística integrada está a compreensão de
que a logística deve ser vista como uma parte do marketing e das estratégias
de uma empresa, capaz de agregar valor percebido ao produto final e aumentar
a margem de lucro. Se antes era restrita às operações, hoje a logística é tão
importante em uma empresa quanto o departamento financeiro e tem alto im-
pacto na percepção de valor pelo cliente.
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CAPÍTULO 2
GESTÃO E CONTROLE
DE ESTOQUE
A
inda assim, muitas vezes o cliente entra em um site com a intenção de
compra e se deparada com a mensagem “produto indisponível”. Para
evitar esse tipo de situação, é imprescindível uma minuciosa gestão
de estoque e o adequado planejamento de compras. É aí que entra o sales and
operation planning (S&OP), ou seja, o planejamento de vendas e operações.
ATUALIZAÇÃO DE DADOS
Sempre realizada após o fechamento das vendas de cada mês ou período de pla-
nejamento. Você pode realizá-la da seguinte forma: 1) atualização dos arquivos
com os dados do mês anterior, com vendas reais, volumes de produção e níveis
de estoque; 2) geração de informações necessárias para que as equipes comer-
cial e de marketing possam calcular a previsão de vendas; 3) disseminação das
informações para as pessoas apropriadas.
PLANEJAMENTO DA DEMANDA
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Para o correto planejamento, você deve usar opções de cálculos da demanda
que sejam mais adequadas ao seu negócio, entre elas: média móvel, projeção
linear e estimativas comerciais, entre outras.
Alguns fatores são fundamentais para a correta aplicação de S&OP, como com-
prometimento da empresa, planejamento das reuniões, definição de responsa-
bilidades, acompanhamento financeiro, documentação do processo, dinâmica
das reuniões, fluxo de comunicação e informações, assim como o monitora-
mento de desempenho.
Defina uma política clara de estoques: quais níveis de estoque serão manti-
dos, quais serão os critérios e lead-times de reposição e quais critérios serão
adotados para a liquidação de estoques obsoletos e promocionais.
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Conduza inventários permanentes: o que não é medido não é controlado,
por isso, realize inventários frequentes. Não encare o inventário somente como
uma obrigação contábil, faça a conciliação dos itens, mesmo que parcialmente,
com frequência até diária. Além das perdas financeiras, vender e não ter o pro-
duto para atender é um risco fatal para os lojistas.
Não tenha receio de liquidar e queimar estoque: se o produto não está gi-
rando ou chegando ao ponto de obsolescência, queime, faça promoção, seja
criativo no canal de vendas. Poucos itens “valorizam” ao longo do tempo den-
tro de um estoque.
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TIPOS DE ESTOQUE
Os tipos de estoque devem se adequar à empresa. Por exemplo, não faz sentido
ter um estoque pulmão em uma empresa que não tem filiais, assim como o
consignado pode não ser vantajoso para uma empresa que não tenha espaço de
armazenamento suficiente. Conheça abaixo os tipos de estoque mais comuns:
ANTECIPAÇÃO E SAZONAL
CONSIGNADO
CONTINGÊNCIA E SEGURANÇA
PROTEÇÃO OU HEDGE
PULMÃO
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REGULADOR
EM TRÂNSITO
DROPSHIPPING
Como resultado, não é preciso manipular ou ter acesso ao produto, você faz
apenas o intermédio para venda. O lucro com esse processo vem da diferença
de preço entre o valor divulgado na loja online e o que o parceiro dropshipping
cobra, além de diversas outras facilidades.
BENEFÍCIOS DO DROPSHIPPING
Poucas despesas fixas: como você não tem que lidar com a compra e a gestão
do catálogo e do estoque, os custos fixos são bastante baixos. Na verdade, pelo
mundo afora muitas empresas operam a partir de um escritório em casa com
um notebook desembolsando menos de US $ 100 por mês. À medida que cres-
cem, esses custos são suscetíveis a aumentar, mas continuam a ser baixos em
comparação com as de um negócio tradicional.
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Variedade de produtos: como você não precisa comprar com antecedência
os itens para vender, pode oferecer uma ampla variedade de produtos para os
seus clientes potenciais. Desde que o seu fornecedor tenha em estoque, você
pode fazer a inclusão dos produtos na lista de vendas do seu site conforme for
necessário.
Sem trabalho dobrado: com um negócio tradicional, se você recebe três ve-
zes mais pedidos do que o normal geralmente isso exige o triplo do trabalho.
Tendo fornecedores dropshipping, a parte do processamento de encomendas
será feita por eles, permitindo que seu negócio se expanda com menos gastos
e menos trabalho.
DESVANTAGENS DO DROPSHIPPING
Você também pode utilizar outros métodos, como o uso de planilhas no Excel,
ferramentas de controle e a Curva ABC para classificar em categorias conforme
a importância de cada produto.
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CAPÍTULO 3
CURVA ABC
A
daptando o modelo proposto para o estoque, a relação é a mesma:
repara-se que 80% dos produtos mais vendidos de uma loja repre-
sentam, em média, 20% do total de produtos. Na categoria B, os 15%
mais vendidos representam 30%. E nos 5% restantes, concentram-se 50% dos
seus produtos.
Ao começar a construir a curva, escolha um período de até 12 meses para ter da-
dos mais apurados. Em seguida faça uma planilha com todos os seus produtos
e multiplique o volume de vendas de cada um pelo seu custo unitário.
A Curva ABC é utilizada para saber quais são os itens prioritários no estoque e,
dentro dos que representam 5% da receita, que itens ficam na “zona de rebai-
xamento” e cuja comercialização deve ser reavaliada. Terá impacto na tomada
de decisão de:
Agora que você conhece os diferentes tipos de estoque, vamos passar para o
processo de separação e preparação de pedidos.
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CAPÍTULO 4
PICKING E FULFILLMENT
PICKING
D
e acordo com uma pesquisa realizada em 2015 pela Associação
Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o manuseio e a ar-
mazenagem são responsáveis por 37,4% dos custos logísticos de um
e-commerce. Aliado ao custo, o tempo dessa atividade também influencia o
tempo de ciclo de pedido, ou seja, o tempo entre a recepção de um pedido e a
entrega correta dos produtos.
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Organize os pedidos de acordo com a sua localização: cada pedido de pi-
cking deve ser organizado tendo em conta a proximidade entre os produtos
pretendidos, assim como a sua acessibilidade tendo em vista minimizar os
deslocamentos do operador.
O operador deve ser avaliado pelos erros: para que sejam evitados erros na
separação de pedidos, como produtos incorretos ou quantidades incorretas de
produtos, o operador deve ser avaliado pela correta separação dos pedidos. Sua
performance deve ser mensurada e qualquer desvio em torno de uma meta acei-
tável deve ser analisado, identificando se a causa está no sistema ou no operador.
PICKING DISCRETO
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PICKING POR ZONA
BUCKET BRIGADES
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FULFILLMENT
Por exigir uma equipe especializada em cada um dos setores acima e o uso de
softwares para a integração das operações de toda a cadeia produtiva, muitas
empresas optam por terceirizar o fulfillment e, assim, conseguir atender in-
tegralmente às necessidades dos clientes.
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CAPÍTULO 5
INDICADORES DE DESEMPENHO
LOGÍSTICO
T
odos os kpis (key performance indicator ou indicadores chave de per-
formance) que mostramos abaixo podem ser aplicados à logística do
seu negócio: desde os pedidos ao fornecedor ou fabricação, quando
houver, até o momento em que o cliente recebe a encomenda. Tudo o que
você aprendeu nos capítulos anteriores poderá ser colocado em prática com
os Indicadores de Performance.
BACKORDER
Backorder não é apenas o número de produtos que está fora de estoque, mas
o número de pedidos feitos pelo consumidor para produtos fora de estoque.
Quando o consumidor clica em “Avise-me quando chegar” e uma solicitação é
enviada ao e-commerce, esse número pode ser valioso para caçar tendências,
alterar o estoque do produto com base no interesse dos consumidores e fazer
a gestão das prioridades de produção ou de pedidos com o fornecedor.
É importante ressaltar que a LIFR deve ser calculada por cada produto e mede
o tempo de atendimento de cada fornecedor para cada produto no B2B. É o
número de produtos A (cadeira do fornecedor X), B (mesa do fornecedor Y),
C (sofá do fornecedor Z), e assim por diante, ordenados por produto e forne-
cedor, quando houver. Line item Fill Rate (LIFR) é, portanto, a porcentagem
de itens A recebidos sobre os itens A pedidos ao fornecedor.
COMO CALCULAR
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OFR – ORDER FILL RATE
COMO CALCULAR
COMO CALCULAR
A adequada definição dos índices previstos para cada um desses KPIs por meio
de índices de serviço (internos e externos), a clara e adequada comunicação
ao cliente dos prazos e processos alinhando expectativas e a permanente ges-
tão dos números, causas e tendências, promovem melhoria na experiência do
cliente, aumento do NPS - Net Promoter Score, uma métrica com o objetivo
de realizar a mensuração do grau de satisfação e fidelidade dos consumidores
-, redução de contatos pós-venda e consequentemente mais oportunidades de
novas vendas, recomendação de clientes e destaque da sua loja no grande e
crescente universo online.
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CAPÍTULO 6
A
o contrário da crença de que o invólucro do produto tem funcionali-
dade estética, agora vendedores online precisam repensar o acondicio-
namento dos seus objetos, que devem chegar intactos ao consumidor.
Quase dois em cada cinco (38%) admitem que iriam considerar a compra de
um concorrente antes de comprar da loja novamente e um em cinco (20%) não
faria novas compras nessa loja. Apesar dos dados serem referentes ao compor-
tamento de compradores de outro país, é possível ter uma noção do quanto um
produto danificado prejudica o e-commerce.
Para evitar essas situações e garantir uma experiência de marca positiva, é im-
portante que a embalagem tenha o tamanho adequado para o objeto – assim
evita que fique “chacoalhando” de um lado para outro – e seja resistente para
suportar todas as etapas do envio. Itens de proteção como plástico bolha, al-
mofadas de ar e isopor também são fundamentais em decorrência de sua capa-
cidade de proteger as mais diversas mercadorias.
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COMO REDUZIR DANOS NO PACOTE
Para evitar danos e garantir que o cliente tenha uma boa experiência de compra,
escolha uma caixa resistente e adequada ao produto, pois quanto mais espaços
vazios no interior da caixa, mais chances do objeto se mover e ser danificado.
Além disso, invista em materiais de proteção:
PLÁSTICO BOLHA
Utilizado para proteger vidros, porcelanas e objetos que quebram facilmente. Esse
material é usado para envolver todo o produto e forrar a parte interna da caixa.
ISOPOR
Outra opção para proteger objetos frágeis, como cerâmica, cristal e vidros
de aspecto fino. Enrola-se o objeto no plástico bolha e em seguida a caixa é
forrada com isopor.
TRAVESSEIRO DE AR
Usado para preencher o espaço vazio de caixas que contêm produtos leves, para
evitar que o objeto fique balançando.
Utilizado para preencher as embalagens com objetos muito pesados, com cerca
de 10 quilos ou mais.
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COLMEIA
POLPA MOLDADA
Outra vantagem é que esse tipo de empresa normalmente combina diversos tipos
de materiais para embalar um único objeto, a fim de garantir toda a proteção
necessária.
Para oferecer uma boa experiência de compra aos seus clientes, você também
deve oferecer o código de rastreio do produto e definir uma política de frete,
como verá a seguir.
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CAPÍTULO 7
N
ormalmente marketplaces oferecem o serviço de PLP: basta preencher
um formulário com os dados do remetente, destinatário, dimensões,
peso e serviço de entrega desejado para gerar uma etiqueta que deverá
ser colada na embalagem do produto. Nesse momento também é criado um
código para rastrear o objeto depois da postagem em uma agência dos Correios.
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QUE TAL UMA PAUSA?
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CAPÍTULO 8
CÁLCULO DE FRETE
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CARGA FRACIONADA
Quando os itens postados pelo remetente não ocupam um veículo inteiro dos
Correios ou transportadora e o cliente aceita dividir o espaço que sobrou com
outras encomendas.
Quando a carga ocupa todo o espaço do veículo. Esse tipo de serviço é geralmen-
te oferecido por transportadoras, já que os Correios não têm como garantir que
todos os envios irão ocupar o mesmo veículo.
CARGA DEDICADA
Mesmo que a carga não ocupe todo o veículo da transportadora, o cliente so-
licita que o veículo se dedique exclusivamente à entrega da sua encomenda.
Esse serviço é comum em transportadoras privadas, os Correios não têm esse
tipo de entrega.
ENTREGA AGENDADA
É importante ressaltar que a lei se aplica à cidade onde o consumidor fez o pedi-
do, e não à sede do e-commerce. Como uma loja virtual geralmente não controla
de onde virão os seus pedidos, é necessário avaliar o impacto da entrega agenda-
da na logística e na margem de lucro. E, claro, não deixar de oferecer o serviço, a
fim de evitar multas e sanções.
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ADICIONAIS
PESO CÚBICO
Para encomendas até 10kg é cobrado o preço do peso normal. Acima desse peso
é considerado o peso cúbico. O cálculo do peso cúbico não leva em consideração
o peso físico da encomenda, já que o volume ocupado no veículo é de suma im-
portância para as empresas de transporte. Entenda abaixo como calcular o peso
cúbico da sua encomenda.
Imaginemos que você precise enviar dois travesseiros via Correios e que outro
cliente precise enviar um micro-ondas, cuja caixa tem as mesmas dimensões.
Enquanto os travesseiros pesam 1kg, o micro-ondas pesa 25kg, mas ambos ocu-
pam o mesmo espaço no veículo.
*Lembrete: cada uma das dimensões não pode ultrapassar 105cm e a soma das
três não pode ser superior a 200. Clientes sem contrato podem enviar encomen-
das de até 30kg via Entrega Expressa, PAC e Sedex.
O peso cúbico só será desconsiderado se o peso físico for maior que o resultado
do peso cúbico. Nesses casos, sempre será cobrado o valor maior. Vamos voltar
ao exemplo dos travesseiros:
Supondo que a caixa tenha dimensões de 60x50x50cm e o peso físico seja de 1kg,
vamos calcular o peso cúbico:
C * L * A/6000
60*50*50/6000 = 25kg³
Como o peso cúbico é maior do que 10kg³, o preço considerado para a cobrança
será de 25kg³. Para o cálculo do peso cúbico do micro-ondas, ambos os pesos
vão coincidir, pois o peso físico é de 25kg, assim como o peso cúbico. Assim,
quem envia travesseiros pode pagar o mesmo que quem envia um micro-ondas,
dependendo da maneira como empacota a sua encomenda.
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COMO CALCULAR O VALOR DO FRETE DA SUA LOJA VIRTUAL
COM OS CORREIOS
Como você viu acima, para o cálculo do valor de frete o que conta são as dimen-
sões da encomenda, o peso, a forma de envio e o CEP de destino. São fatores tão
específicos que não tem como simplesmente consultar uma tabela de preços para
saber, por isso é preciso fazer uma simulação.
Se você fizer seu envio pelos Correios, você consegue fazer a simulação direto
no site deles. Assim:
COM A TRANSPORTADORA
Muitas empresas também optam pela política de frete grátis, como você
verá adiante.
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CAPÍTULO 9
S
e um e-commerce escolhe cobrar pelo envio, corre o risco de perder um
consumidor para outra loja que ofereça políticas de frete mais flexíveis.
Por outro lado, caso a loja virtual opte por oferecer frete grátis indistin-
tamente, põe em risco a sua margem de lucro. Separamos diferentes políticas
de frete e algumas situações em que podem se aplicar. Quando bem planejado,
o frete grátis pode se transformar em um diferencial competitivo.
Significa que todos os itens da loja têm frete gratuito. A estratégia se aplica me-
lhor quando os produtos são pequenos, como bijuterias, pequenos enfeites e
livros, mas não é uma estratégia interessante para aplicar a longo prazo, a não
ser que a margem de lucro sempre compense o frete. Caso contrário, o preço
médio dos produtos da loja deve ser revisto – e talvez até aumentado. O ideal é
aplicar o frete grátis em curtos períodos, como promoção relâmpago ou em datas
comemorativas.
Quando o frete está atrelado a um valor mínimo de compra. Essa estratégia é útil
se a intenção é o ticket médio e compensar tal aumento na redução da margem
de lucro. Por exemplo “Frete grátis para todo o Brasil nas compras acima de R$
150,00”. É uma das estratégias mais usadas porque o frete grátis, embora deixe
apenas de ser cobrado, é visto como um desconto pelo cliente.
Para definir uma política de frete grátis com base em alguns itens do portfólio
de produtos, o gestor do e-commerce deve fazer uma análise minuciosa dos pro-
dutos mais leves, produtos cujo hábito de compra é regional e coincide com a
região onde está a distribuição do e-commerce, itens com boa margem de lucro
e produtos de fácil distribuição.
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Também é uma tática eficiente para “queimar” os últimos itens, aumentar as
vendas em um perímetro, o giro de produtos pequenos e leves ou até atrair novos
consumidores que vão comprar outros produtos que podem não fazer parte da
política de frete grátis.
POR PERÍODO
Adotar o frete grátis por período também pode abrir precedentes para reclama-
ções caso o serviço de entrega não seja eficiente. Como o cliente vai pagar mais,
de uma só vez, para garantir as entregas, é preciso ter cuidado no manuseio dos
produtos, no cumprimento do prazo estipulado e na gestão do estoque para
evitar muitos produtos esgotados quando o cliente fizer a recompra.
Uma loja virtual pode definir uma política de frete grátis para um perímetro
específico. Pode ser uma solução estratégica para estimular o consumo em
um município/cidade ou para aumentar a margem de lucro em regiões onde a
distribuição seja mais barata.
SAZONAL
TROCAS
De acordo com uma pesquisa da Invesp, cerca de 30% dos produtos compra-
dos online são devolvidos. E, ainda, 92% dos consumidores afirmaram que não
desistiriam da compra se o processo fosse ágil, enquanto 79% acreditam que a
troca não deveria ter custos.
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RETIRADA NA LOJA FÍSICA
Quando o e-commerce conta com uma ou mais lojas físicas, a compra pode
ser estimulada pela retirada no local. Nesse caso, o e-commerce vai funcionar
como uma estação de pré-pagamento do produto. A estratégia pode ser inte-
ressante quando há imediatismo na compra – livros acadêmicos, por exemplo.
Sabendo que o custo do frete para o consumidor é um dos maiores fatores de im-
pacto na conversão, muitos lojistas tentam fazer “mágica” nas contas, ofertando
frete grátis – geral ou a partir de um determinado ticket, subsidiando parte do
frete às custas de sua margem ou diluindo as faturas de transporte em linhas de
“custos gerais” de suas contabilidades, mascarando a ineficiência dos modelos.
A oferta mal planejada de frete grátis pode ter impacto determinante na efi-
ciência, imagem e na saúde financeira do e-commerce. Por isso, uma correta
determinação de custo e preço de frete para os itens vendidos, informação de
prazos e regras de entrega, além de monitoramento permanente dos indicado-
res relacionados, são essenciais na rotina de gestão de uma loja virtual.
Diversos empreendedores virtuais estão cada vez mais atentos a isso. De acor-
do com a pesquisa Webshoppers 2016, conduzida pela Ebit/Buscapé, desde 2014
há uma tendência de diminuição da oferta de frete grátis.
Nos últimos quinze anos, grande parte das operações de e-commerce no Brasil
utilizou o frete grátis como forma de atrair os consumidores e aumentar a
conversão. Apesar dessa estratégia ter sido importante no passado para fomen-
tar vendas e dar mais uma vantagem para os compradores, sua manutenção
causava grande desequilíbrio nos resultados das empresas por gerar elevado
custo de operação.
Como resultado dessa percepção, em 2015 apenas 40% das vendas na internet
foram feitas com frete gratuito.
Para definir a melhor política de frete e evitar perdas em sua loja virtual, avalie
quais são os melhores momentos para aplicar campanhas de isenção da taxa e
defina quando e se elas são realmente fundamentais para a decisão de compra
do e-consumidor. Analise o volume de vendas, o ticket médio da loja, os juros
negociados e valores acordados com as soluções de logística. Realizar um mi-
nucioso planejamento financeiro é essencial para evitar prejuízos.
Outro ponto que merece atenção na hora de definir ou não a política de frete
grátis é em relação à logística reversa.
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CAPÍTULO 10
LOGÍSTICA REVERSA
O
consumidor possui seus direitos quando efetua uma compra pela
internet, por isso, no comércio varejista a imagem da empresa pode
ser afetada caso esses direitos não sejam respeitados. Até mesmo a
forma como a marca lida com as reclamações dos clientes dita o tom da satis-
fação com o serviço prestado. É nesse momento que a logística reversa será
imprescindível.
O ideal é que a devolução não seja necessária e que a compra seja satisfatória,
mas, quando imprevistos acontecerem, a logística reversa de troca ou devolução
precisa ser bem definida.
Para que não haja “surpresas” na hora que o cliente receber o produto, o ideal
é apresentar no site o máximo de detalhes possíveis sobre cada item, como cor,
tamanho, funcionalidade, entre outras especificidades que sejam importantes
para o conhecimento do consumidor. Sem se esquecer, claro, de criar um ótimo
portal de dúvidas e um excelente atendimento ao cliente.
A empresa deve deixar claro para os clientes quais são os procedimentos para
troca e devolução. Isso faz com que o consumidor não seja pego de surpresa, caso
precise desses serviços.
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A loja virtual deve apresentar uma seção específica para informações sobre o
processo de troca, deixando claro quais são os prazos e as condições para a
devolução. Cumprir as regras estabelecidas é fundamental para que o negócio
mantenha a credibilidade.
Além disso, os custos com esse tipo de serviço devem ser levados em consi-
deração na hora de fazer o planejamento financeiro, uma vez que a empresa é
responsável por pagar o valor do frete de volta.
COLETA NO LOCAL
É o tipo de coleta mais comum, mas pode gerar mais custos. Consiste em gerar uma
ordem de coleta no sistema (para isso, você deve ter acesso a algum sistema) e o
agente coletor vai ao endereço do cliente até encontrá-lo para coletar o produto.
A diferença desse para o anterior é que aqui o cliente pode marcar um horário
para atender o agente coletor.
PONTOS DE ENTREGA
Esse tipo de coleta é muito interessante para a empresa, mas nem tanto para o
cliente que, se quiser fazer devolução, deve levar o produto comprado até um
posto onde será atendido e o processo será feito. Para facilitar o processo ao
cliente, seria preciso existir vários postos de atendimento, isso vai depender da
transportadora que você designar para a logística reversa.
No caso de uma devolução para troca de produtos, você pode aplicar essa moda-
lidade. Assim, a retirada do produto indesejado (com defeito ou com problema
de cor, por exemplo) é feita no ato da entrega do novo.
Outro ponto que merece atenção na hora de definir a política de logística reversa
é em relação às taxas e impostos pagos pela loja virtual, como o icms.
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CAPÍTULO 11
ICMS
U
m dos maiores problemas relacionados à cobrança de ICMS é a bitribu-
tação. Além de pagar os impostos relativos ao estado de destino, um
e-commerce tem de arcar também com os impostos do estado de ori-
gem do produto. No fim de 2015, com a aprovação da PEC 197/2012, a tributação
do ICMS foi alterada e gerou ainda mais polêmica ao redor do assunto.
CONVÊNIO ICMS 93
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suspendesse o Convênio 97. Mas, em março, alguns dos itens da medida foram
alterados e a lei voltou a entrar em vigor a partir de março.
ALQ inter: 7%
REGIMES TRIBUTÁRIOS
É importante ressaltar que o cálculo do ICMS deverá ser feito de acordo com o
perfil tributário da empresa: Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Real ou
Substituição Tributária.
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
SIMPLES NACIONAL
Cálculo completo.
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OUTRAS SITUAÇÕES
Como serão feitos os recolhimentos: em três guias, sendo uma para arrecada-
ção de ICMS mensal no estado de origem, uma GNRE para desconto no estado
destinatário e mais uma, caso o estado tenha aderido ao Fundo de Pobreza.
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CAPÍTULO 12
PRESTADORES DE SERVIÇOS
LOGÍSTICOS
A
tendência é que cada vez mais os serviços logísticos operacionais se-
jam subcontratados e as empresas invistam na contratação de capital
intelectual externo para gestão da cadeia de suprimentos ou pessoal
terceirizado com poder de barganha para negociar melhores preços. O tipo de
contrato vai depender da necessidade da empresa.
Os 4PLs não têm ativos operacionais (frota própria e armazéns, por exem-
plo), mas possuem capital intelectual, tecnologia e ferramentas de gestão para
gerenciar todo o processo logístico. Munidos da capacidade de gestão, eles
subcontratam os serviços operacionais e otimizam custos para o cliente;
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5PL – FIFTH PARTY LOGISTICS PROVIDER
5 PL
4PL
GRAFICO
3PL – Terceirização
2PL
1PL – In House
CONTRATOS PSL
ATENDIMENTO
PONTUALIDADE
Quando falamos de logística, uma das únicas partes de todo o processo que passa
pelo crivo do consumidor final é a pontualidade. Por isso é tão importante valori-
zá-la e adotá-la como um dos critérios mais preponderantes na hora de escolher
um prestador de serviço logístico.
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RESPALDO FINANCEIRO
PREÇOS
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CAPÍTULO 13
GLOSSÁRIO DE TENDÊNCIAS
LOGÍSTICAS
N
a Era Digital, tudo pode ser armazenado na nuvem: fotos, vídeos, do-
cumentos, e-mails, o servidor de um e-commerce, softwares. Se antes
a memória de um computador importava porque era a única forma de
garantir o armazenamento e acesso que não fosse via e-mail, hoje já é possível fa-
zer assinaturas no Google Drive, Dropbox, OneDrive e iCloud – e até o pendrive,
invenção recente, está ficando obsoleto. Temos acesso a tudo na palma da mão.
Ok, e onde queremos chegar com isso?
CROSS DOCKING
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LOCKERS
PARCEL SHOP
SELF STORAGE
O self storage pode ser uma solução para gerenciar o estoque de lojas virtuais
cuja sede seja na residência do proprietário ou em um local que não permita o
manejo de estoque, como um espaço de coworking. São espaços a partir de 1m²,
alugados exclusivamente com a finalidade de armazenar coisas. O self storage
pode armazenar todo o estoque de um e-commerce fora do escritório. Uma
localização estratégica pode fazer toda a diferença para a logística.
COWORKING
TERCEIRIZAÇÃO
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DO SEU E-COMMERCE