Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A Voz Na Esquizofrenia PDF
A Voz Na Esquizofrenia PDF
A VOZ NA ESQUIZOFRENIA
SÃO PAULO
1.998
C
CEFAC
CENTRO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA
VOZ
A VOZ NA ESQUIZOFRENIA
SÃO PAULO
1.998
2
RESUMO
resultados até agora produzidos por este debate científico num momento em que
tratamentos.
e diferenciada das demais com base nas configurações de sua voz, e impressões
simultâneos da linguagem.
3
ABSTRACT
By relating different researches through the years about the possibility or not of
even with relationship to the pathology type), this study investigates the results up
to now produced by this scientific debate in one moment in that the laboratories of
voice improve the acoustic analyses and they monitor mathematics accurately
characterization of the " psychopatological voice" can constitute important tool for
treatments.
found data revealed in a conclusive way that the medical diagnosis in the
psychiatry can be established through the perceptive and acoustic analysis of the
voice. The psychotic personality, especially, the one of the schizophrenic, it can
be detected and differentiated of the others with base in the configurations of its
voice, and specific impressions are determined for the speaker's vocal quality.
And plus, the objectification of such components and the establishment of the
4
AGRADECIMENTOS
5
“É justo ser gratos não só àqueles com os quais condividimos as opiniões,
mas também aos que expressaram opiniões superficiais:
também estes, de fato, contribuíram para a formação do nosso hábito de pensar”.
6
SUMÁRIO
1. Introdução 8
2. Discussão teórica 11
3. Conclusões finais 32
4. Referências bibliográficas 35
7
1. INTRODUÇÃO
atenção.
8
Normalmente atinge adultos jovens com idade entre 16 e 25 anos - nos homens o
sexo feminino ocorre usualmente mais tarde do que no masculino, ou seja, dos
comum depois dos 30 e ainda mais rara após os 40 anos. Também rara é a
forma infantil da enfermidade, que pode atingir até mesmo crianças com idade de
cinco anos.
é ainda uma incógnita, para cuja decifração acena-se com uma hipótese que alia
sociais.
e ainda por uma resistência imóvel para todas as instruções ou tentativas de ser
9
pobre, mau humor, confusão, idéias estranhas, fala freqüentemente incoerente,
1
htpp://www.mentalhealth.com/book/p40-sc02.html.
10
2. DISCUSSÃO TEÓRICA
começam a se avolumar.
11
seguida compará-las entre si e com as de pessoas não afetadas pela patologia.
tratamento.
da investigação.
12
não apenas identificar-lhes uma origem remota como ainda formalizaram uma
fala e perda da fala) o status de cabeçalho de parágrafo. Anos depois, foi a vez
13
de Kahlbaum (1874) encontrar peculiaridades vocais (voz uivante, em urros
ou loucura rígida”.
propondo nova nomenclatura para os efeitos vocais relatados por seus dois
mentais, Stinchfield (1933) os apontou como sendo seu primeiro sintoma. Taylor
14
(1935) introduziu uma análise oscilográfica de interjeições emitidas por falantes
outro lado, embora sem a mesma ousadia de Laswell (1935), Brody (1943)
teoria foi defendida em 1950 por Schilder e retomada mais tarde por Spitz (1965),
15
Rossolato (1974), Vasse (1974) e Anzieu (1976), culminando com os
a sua importância, cabe aqui referir. Embora duas citações de período posterior
foi ainda investigado por Kramer (1963) e de que Mahl e Schulze (1964)
esquizofrenia.
16
de estados maníacos; outra, em constante desenvolvimento, evoluindo a partir da
fronteiras.
em questão seria o caráter dual adquirido pelo paciente, que passaria a viver
duas vidas paralelamente, uma no mundo tal qual o concebemos e outra num
17
mesmo mais destacados, embora menos característicos), que via de regra
apenas).
condições.
Uma descrição clínica da voz esquizofrênica foi dada por Moses (1954),
18
inabilidade do paciente para expressar simpatia; ressonância nasal reduzida;
quanto vocais. O paciente parecia possuído por tais padrões, dos quais não
rítmico, ora registro de cabeça, depois peito, ou fusão dos registros (registros
mistos). O uso isolado do registro de cabeça conferia à voz masculina uma marca
masculina da voz. Ou seja, como era intuito do paciente consumar a fusão dos
se a fala não fosse endereçada ao interlocutor. Tal fenômeno seria causado por
ausência de interesse. Por fim, Moses sugeriu aos psiquiatras que passassem a
19
A monotonia de pitch, apontada por Moskowitz (1952) e Moses (1954), foi
freqüência).
Braunstein e Lorge (1956): primeiro com o próprio Spoerri (1966) e mais tarde
20
isoladamente a qualidade vocal não permitia o diagnóstico da psicopatologia.
registro oscilava entre voz de peito e falsete. Na formação dos sons, consoantes
melodia à monotonia.
isoladas variações de tom de voz. Embora sem realizar testes com pacientes
esquizofrenia.
21
Resultados que esclareciam o modo através do qual um ouvinte respondia
22
pausas pouco freqüentes e pouco prolongadas, sem analogia com o sentido; o
dando lugar após um longo período a outro ainda mecânico mas um pouco mais
como a entonação ligada ao conteúdo e também o timbre, rico para uma voz
aguda. Igualmente rica era a estrutura acústica dos fonemas, sobretudo na leitura
rápido - com redução de palavras, sílabas, fonemas e pausas – para lento, com
impressão de melodia.
23
Brown, Strong e Rencher (1973, 1974) mostraram a correlação entre a
tê-las especificado.
24
Um padrão vocal para a esquizofrenia foi implicitamente sugerido por
Fichter, Wallace, Liberman e Davis (1976), que desenvolveram uma técnica para
conteúdo ser audível a uma distância de três metros, e duração de fala por um
de Brown, Strong e Rencher (1973, 1974), que também manipularam a voz para
25
independentemente da competência de linguagem da mensagem. Alguns
26
fala haviam sido específica e significativamente correlatados com outros da
fala pareciam ser úteis para objetiva e quantitativamente apreciar os efeitos das
Reynolds, 1977), mais maioria de dados temporais, tais como duração das
controles tem sido feito por diversos autores: Chevrie-Muller e Decante (1977),
27
Mesmo assim, as dessemelhanças de qualidade vocal (enunciação e
vocal dos esquizofrênicos, tendo entre eles se mostrado como monótona. Outra
mais pobre, mais baixo, mais lento e mais suave. Em suma, as avaliações
negligenciada.
28
época para a gravação de atividade laríngea, Leff e Abberton (1981) obtiveram
permitiu uma distinção objetiva entre dois tipos de voz monótona produzidas por
esquizofrenia.
depressiva e esquizofrênica.
29
muito baixo; e o relato de um outro caso, por Moses (1954), do predomínio de
e enfático, em alta tonalidade, fala rápida que não permitia interrupções (emprego
30
O potencial diagnóstico das variações acústicas foi sugerido por uma
estudados.
31
3. CONCLUSÕES FINAIS
diferenciada das demais com base nas configurações de sua voz; impressões
específicas são determinadas pela qualidade vocal do falante; por outro lado,
decisões diagnósticas devem ser tomadas também com base em outros fatores,
levamos em conta que a fala do esquizofrênico tem mais valor expressivo do que
32
auspícios. Não há porque duvidar do avanço tecnológico evidenciado nos
laboratórios de voz, que vêm ensejando análises acústicas cada vez mais
ainda mais vasto. O tempo mostrou quem seguiu a pista certa, mas ao mesmo
33
Eis porque os resultados aqui demonstrados encerram apenas um dos
capítulos de uma investigação, bem mais ampla, a qual segue seu curso,
34
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1:61-72, 1974.
Mar 1981.
1976.
BROWN, B. L.; STRONG, W. J.; RENCHER, A. C. - Fifty-four voices from two: the
speech.
35
CHAPPEL, E. D.; CHAPPEL, M.F.; WOOD, L. A.; MIKLOWITZ, A.; KLEINE, N.
S.;
3:160-67, 1960.
36
DODART, F. - La mue vocale chez des adolescents schizophrènes. J.F.O.R.L.,
130:83-94, 1977.
9-4:377-86, 1976.
1992.
of
168:219-23, 1980.
37
HOLLIEN, H. & DARBY, J. K. - Acoustic comparisons of psychotic and
nonverbal
Neurol.
38
MEHRABIAN, A. & WIENER, M. - Decoding of inconsistent communication. J.
Monogr.,19:118-19, 1952.
5:587-92, 1961.
422p.
94,
1974.
11:194-203,1968.
28:371-74, 1963.
39
SPOERRI, T. H. - Speaking voice of the schizophrenic patient. Arch. Gen.
16:130-38, 1964.
S.;
40
SAUNDERS, J. C. - The effect of phenothizines on the interactional
behavior
Internet:
htpp://www.mentalhealth.com/book/p40-sc02.html.
41