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Um enfoque analítico-comportamental
RESUMO
2
MOURA, Cynthia. O monstro do problema: ajudando as crianças a entender a Psicoterapia. Londrina, 2008.
3
HISATUGO, Carla Luciano Codani. Conversando sobre a morte. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.
acordo com Micheletto (1997), a ação do homem tem origem a partir da relação com o ambiente
em que vive e com o outro. Nesse sentido, Skinner (1991 apud MARINHO, 2001), complementa
dizendo que: “mostrar e dizer são maneiras de ‘incitar’ comportamentos, de levar as pessoas a se
comportarem de uma da maneira pela primeira vez, de modo que se possa reforçar seu
comportamento” (p.16/17)
Com a leitura do livro foi possível perceber que o cliente sentiu-se desconfortável, pois
algumas vezes pediu para parar a leitura, falou que estava chato, pareceu ficar incomodado e
triste, contudo foi realizada a leitura do livro todo com o cliente. Dessa forma, foi iniciado um
trabalho voltado para expressões de sentimentos, uma vez que expressar sentimentos é importante
para a saúde, sendo que ter dificuldades em relação à expressão de sentimentos pode prejudicar
ou colocar em risco a saúde (NETO E SAVOIA, 2003). Para os mesmos autores existem
maneiras assertivas de expressar os sentimentos, mesmo quando se refere à raiva, rancor, mágoa,
irritação com algo que aconteceu. Nesse sentido, foram trabalhadas com o cliente maneiras
assertivas de expressão de sentimentos, com a utilização de algumas técnicas e atividades, tais
como: rabiscar papel com giz de cera, atividades da cartilha de Inteligência Emocional4, Saco das
sensações, Relógio dos sentimentos, história “Marina e Mônica: Em tantas expressões5”, recorte
e colagem de expressões; livro “Se liga em você 36”, atividades do livro “Quando algo terrível
acontece7”, “Jogo das Expressões” e atividades com tinta.
Conforme Del Prette e Del Prette (2007) falar sobre sentimentos e nomear as emoções
são habilidades importantes, pois “ajudam a criança a transformar uma sensação assustadora e
incomoda em algo definível e natural, o que pode ter um efeito calmante imediato” (p.119).
Para o encerramento dos atendimentos, cliente e terapeuta confeccionaram um jogo da
memória dos sentimentos, leram o final do livro “O Primeiro Livro da Criança sobre
Psicoterapia8” com o objetivo de trabalhar o fim da terapia, e fizeram atividades que durante os
atendimentos foram reforçadoras para o cliente, tais como: jogar ludo, jogo da memória e
4
ZANELLA, Lúcia Cristina. Inteligência Emocional: Cartilha. Disponível em: <http://www.gruposer.com. br >
Acessado em: 28 mai. 2008.
5
SOUZA, Maurício de. Mônica e Marina: Em tantas expressões. Disponível em:
<http://www.monica.com.br/comics/tantas/welcome.htm > Acessado em: 30 mar. 2008.
6
GASPARETTO, Luiz Antonio. Se liga em você 3. São Paulo: Espaço Vida e Consciência, 1999.
7
HEEGAARD, Marge. Quando alguma coisa terrível acontece. Porto Alegre: ArtMed, 1998.
8
ANNUNZIATA, Jane; NEMIROFF, Marc A. O Primeiro Livro da Criança sobre Psicoterapia. Porto Alegre:
Artemed, 1995.
desenhar. Posteriormente, a terapeuta deu à devolutiva do processo terapêutico para a mãe do
cliente.
Através dos atendimentos realizados foi possível observar que o cliente tinha
dificuldades em expressar sentimentos, principalmente os relacionados com a morte, tais como:
tristeza, saudade, raiva. Expressar sentimentos, para Neto e Savoia (2003), é de suma importância
tanto para a saúde física quanto para a mental do indivíduo. De acordo com Del Prette e Del
Prette (2007) expressividade emocional refere-se à:
Reconhecer e nomear as emoções próprias e dos outros, controlar a ansiedade,
falar sobre emoções e sentimentos, acalmar-se, lidar com os próprios
sentimentos, controlar o humor, tolerar frustrações, mostrar espírito esportivo,
expressar emoções positivas e negativas (p.46).
Com o domínio da fala, de acordo com Ingberman e Löhr (2003), o homem pôde falar
sobre o outro e ouvir o que esse diz sobre ele. Possibilitando ao mesmo se conhecer melhor, bem
como ter condições de descrever-se e definir-se, distinguindo suas qualidades, assim como suas
fraquezas, ou seja, o autoconhecimento. Conforme os mesmos autores, tanto a fala como o
autoconhecimento “são fruto de um processo de construção que envolve aprendizado dentro de
um grupo social e variáveis biológicas” (p.88). A aprendizagem social acontece na interação da
criança com o contexto em que está inserida, dessa forma:
“Quando os pais e o contexto reagem ao comportamento das crianças de modo
consistente, estão passando valores, favorecendo a construção da autopercepção,
mostrando limites, mas em essência, estão treinando novas habilidades,
preparando, dentro da sua percepção de mundo, as crianças para viverem em
sociedade. A criança, aos poucos, vai desenvolvendo de forma integrada, a
percepção do que gosta ou não, do que faz quando algo acontece, o que lhe é
permitido ou vedado, ou seja, adquire, nas suas relações, o autoconhecimento”
(INGBERMAN E LÖHR, 2003, p.88).
De acordo com Kübler-Ross (2003 apud TEIXEIRA, s/d), a reação das crianças frente à
morte do pai ou da mãe depende do modo que foram criadas antes da ocasião desta perda, ou
seja, se os pais não tinham medo da morte, se não preservaram os filhos de situações de perdas
significativas, como a morte de um animal de estimação ou a morte de um ente querido, não
ocorrerão problemas com a criança. Sendo assim, as crianças reagirão diante da morte segundo
vivências do mundo dos adultos (TEIXEIRA, s/d).
Conforme Hisatugo (2000) a dificuldade de falar sobre a morte tem relação direta com a
nossa cultura, pois a morte representa perda, abandono, medo, desconhecido. E do mesmo modo
é difícil falar sobre os sentimentos despertados pela morte, uma vez que se necessita “falar com o
coração” (HISATUGO, 2000, p. 16).
De acordo com a mesma autora os adultos, geralmente, têm receio de abordar o assunto
morte com a criança e acabam comunicando o ocorrido por meio de indiretas, utilizando termos
antigos e aparentemente úteis para confortar as pessoas. Contudo, é importante ressaltar que a
criança tem uma maneira mágica de pensamento, e dessa forma fica muito mais confusa com o
emprego das metáforas. A autora complementa dizendo que “usar metáforas para explicar a
morte é um erro que prejudica a criança entender, confundido-a e muitas vezes aterrorizando-a.
Isso acontece porque ela irá entender as metáforas literalmente” (p.13). Por exemplo, ao falar
para a criança que a pessoa que morreu agora pode descansar, pode-se passar a idéia de
sofrimento relacionada com dormir, deitar, descanso. Então, a criança fica confusa, pois
“descansar parece ser bom, mas há um clima de sofrimento (o luto) frente à este descanso”
(HISATUGO, 2000, p.18). De acordo com Kovács (2007) as expressões como “sono eterno” ou
“viagem eterna” podem confundir as crianças, uma vez que elas podem não fazer distinção do
sono cotidiano e ou das viagens de fim de semana, que tem ida e volta, com isso a criança pode
ter medo de dormir sozinha, ter pavores noturnos, enurese, medo de escuro, entre outros
(HISATUGO, 2000). Do mesmo modo:
Associar a idéia de abandono com a morte, também é ruim para a criança.
Mesmo porque, a idéia de ser culpada pela “perda” de alguém pode ficar muito
forte em seus pensamentos. Ao se sugerir a morte relacionada com uma viagem,
ir embora, fugir de casa, etc, o adulto pode aumentar o medo da criança de ser
abandonada pelos demais, temer ficar sozinha, passear, brincar fora de casa,
viajar, etc (HISATUGO, 2000, p.18).
Para complementar a idéia recorre-se à Bromberg (1998 apud TEIXEIRA, s/d), que
ressalta a importância da forma de se comunicar a uma criança que alguém faleceu, pois o uso de
algumas expressões pode confundi-la, tais como: “afinal, descansou”, "a mamãe está dormindo",
"foi para o céu", "foi fazer uma longa viagem". Essas frases podem levar uma criança a pensar
que se a pessoa dormir e descansar poderá voltar algum dia ou até mesmo pode pedir para ir
visitá-la no céu (SILVA, s/d; BROMBERG, 1998 apud TEIXEIRA, s/d). Segundo Kovács
(2000) estas expressões até podem diminuir a dor, contudo tendem a causar confusão, medo e
sofrimento.
Conforme a queixa relatada pela mãe, o cliente, após o falecimento do pai, apresentou
comportamentos referentes ao medo, dessa forma, hipotetiza-se que tais comportamentos estão
relacionados com a morte do pai, uma vez que pode não estar claro para o cliente os reais
motivos dessa morte, ou até mesmo pela dificuldade em compreender/aceitar o falecimento do
pai.
De acordo com Kovács (2007), filmes e desenhos animados contribuem para que as
crianças entendam a morte como reversível, causando confusão com a experiência vivida, já que
mostram cenas fantásticas de violência e a morte como espetáculo, levando a criança a acreditar
que é possível morrer “só um pouco” ou que se pode “desmorrer” (p.74).
Conforme Hisatugo (2000) em muitos casos dizer a verdade é o melhor caminho para
permitir o amadurecimento, uma vez que falar sobre a morte, também é falar sobre a vida. Silva
(s/d) sugere que para explicar a morte é melhor dizer que a pessoa que morreu não sente mais
nada, e se a pessoa estava hospitalizada, pode-se dizer que antes sentia dor, mas agora não sente
mais. Kovács (2007) relata que é necessário explicar que as pessoas que morreram não voltarão, e
que um dia todos morrerão, mas que não se sabe quando e nem como. E para o amadurecimento
afetivo é fundamental esclarecer para a criança que a morte de uma pessoa querida não significa
que ela ou as pessoas próximas irão desaparecer ao mesmo tempo (KOVÁCS, 2007).
A mãe relatou que quando o pai faleceu, ela contou ao filho que o pai morreu, que o pai
não iria sentir mais dor (o pai do cliente teve câncer por dois anos e sentia muita dor) e que iria
para o céu, ficar perto de Deus e que isso só acontece no tempo certo. O cliente relatou para a
terapeuta que sabia que o pai estava no céu.
É importante, de acordo com Silva (s/d), mostrar para criança através de atitudes e afeto
que ela não está desamparada, do mesmo modo, é necessário deixar a criança falar de seus
sentimentos e chorar, e se ela fizer perguntas a respeito da morte, o adulto não deve ter medo de
respondê-las. Segundo Hisatugo (2000) “a prática clínica e muitos estudos a respeito da morte
ensinam que a criança necessita de respostas que muitas vezes são simples embora os adultos
tenham medo de respondê-las” (p.13). Sendo assim, para a criança as respostas mais simples e
sinceras são as mais saudáveis, e o que não se sabe sobre a morte deve ser respondido com “não
sei” (HISATUGO, 2000). De acordo com a mesma autora:
Falar sobre a morte para a criança é contar-lhe sobre a vida, já que nela
passamos por alegrias, tristezas, perdas e ganhos. Deve-se dizer o que se sabe e
o que não se sabe (...). Quando estamos de luto pode parecer mais difícil
conversar com a criança sobre a morte. Mas, ao sermos sinceros quanto ao que
sabemos e sentimos estamos propiciando seu amadurecimento (...). Os adultos
devem deixar claro que não sabem tudo e que provavelmente estão sofrendo de
modo semelhante a ela (p.17).
Conforme Kovács (2007) a morte de animais, embora cause sofrimento, ajuda a criança
a compreender os ciclos da vida e a superar frustrações que terá que lidar durante a vida. O que
pôde ser observado em atendimento, o cliente relatou que tem três cachorros, mas que um
morreu, ele repetiu essa fala várias vezes, fazendo relação com as atividades trabalhadas em
sessão, também falou que o cachorro não late mais, o que mostra que o cliente compreendeu que
depois que morre não se faz as coisas que fazia enquanto estava vivo.
De acordo com Hisatugo (2000), a criança também fica de luto e ao mesmo tempo
percebe o clima de luto, sendo assim, sofre com a perda, sente a ausência da pessoa que morreu e
percebe que os adultos estão tristes, mesmo que não chorem em sua presença, desse modo, para
não confundir a percepção da criança não se deve fingir estar feliz quando está triste, pois é
importante para ela acreditar no que percebe. Da mesma forma, os sentimentos devem ser
respeitados e demonstrados, uma vez que a criança se sentirá mais segurança ao perceber que seu
sofrimento é semelhante ao dos demais (HISATUGO, 2000).
Segundo Teixeira (s/d) é importante ressaltar que o processo de luto (conjunto de
reações diante de uma perda) acontece para cada criança de muitas e variadas maneiras. Do
mesmo modo, quanto maior o investimento afetivo, tanto maior a energia necessária para o
desligamento (TEIXEIRA, s/d). Segundo Kovács (2007) é preciso tempo para elaborar e
processar a perda. O primeiro passo para a elaboração do luto é a aceitação que a morte se deu,
para tanto, os adultos não podem excluir as crianças da experiência de perda como forma de
poupá-las, uma vez que essa atitude poderá bloquear o processo de luto (TEIXEIRA, s/d).
Conforme Kovács (2007), o desligamento é essencial para que a criança vivencie a ausência, pois
algumas crianças, no início do processo de elaboração de luto, podem manifestar o desejo de
unir-se à pessoa que faleceu, podendo as colocar em situações de risco.
Para elaborar o luto, conforme Kovács (2007), é necessário que as crianças recebam
informações claras sobre a morte de uma pessoa querida, senão abre-se espaço para o medo e
para a culpa, desse modo, “as tentativas de ocultar o fato ou diminuir sua importância tendem a
dificultar a compreensão” (p.74). Sendo assim, pensar que as crianças não percebem os
acontecimentos ou que irão facilmente superar as perdas distraindo-se com brincadeiras, é um
erro (KOVÁCS, 2007).
De acordo com a mesma autora, falar sobre o assunto pode não eliminar a dor, contudo,
possibilita as crianças recorrerem às pessoas com as quais se sintam mais seguras. E do mesmo
modo, “poupá-las da vivência e sonegar informações pode causar insegurança e deflagrar
comportamentos auto-destrutivos; ao contrário, deve-se convidá-las a participar dos rituais e
compartilhar sentimentos” (KOVÁCS, 2007, p. 76). Segundo essa autora, o modo de lidar com o
sofrimento de forma construtiva é favorecer a conversa e compartilhar sentimentos, e não evita-
lo. Para complementar essa idéia recorre-se à Hisatugo (2000) quando essa afirma que:
Falando claramente sobre a morte de alguém, permite-se maior segurança e
amadurecimento infantil. Enganar a criança é privá-la de desenvolver-se e pode
causar sérios danos psicológicos. A idéia de poupar a criança sobre a morte
muitas vezes é um argumento adulto para não tratar do assunto. É claro que não
há necessidade de contar fatos mórbidos ocorridos com o falecido, mas é
importante explicar sobre a finitude humana, a irreversibilidade e nossos
sentimentos em relação à morte (p.18-19).
Para finalizar a revisão teórica em torno do tema morte recorre-se a Hodge (apud CRUZ
et al, 1984), o qual cita dez estágios de tristeza pelos quais todos passam após perder um ente
querido:
1. Choque e surpresa: nunca estamos realmente preparados para a morte de
alguém. Nosso equilíbrio emocional é momentaneamente abalado, e podemos
expressar isso através de choro ou silenciosa introspecção.
2. Alívio emocional: a oportunidade de expressar a tristeza num culto
memorial estruturado oferece uma ocasião para alívio emocional.
3. Solidão: isolamento e depressão sempre se seguem à experiência de
perder um ente querido, e precisam ser enfrentados e compartilhados.
4. Desconforto físico e ansiedade: podem desenvolver-se sintomas físicos
semelhantes ao da pessoa falecida.
5. Pânico: o enlutado não supera a ansiedade e acredita que apresenta
distúrbios psíquicos. Esse sentimento leva 6 a 12 semanas para ser
completamente superado.
6. Culpa: o estágio de culpa, real ou imaginário, é causada por lembranças
daquilo que a pessoa poderia ter feito em favor do falecido.
7. Hostilidade - projeção: após o sentimento de culpa e autocomiseração
surge a hostilidade projetada irracionalmente na tentativa de evitá-los. É
essencial a compreensão e tolerância ao ouvinte.
8. Desinteresse: o cansaço e desinteresse ocorrem várias semanas após a
morte. A pessoa apresenta atitudes de retraimento, sendo comum a ocorrência de
suicídio na ausência de assistência adequada.
9. Vitória gradual sobre a tristeza: o reajustamento inicia quatro semanas
após a morte, e leva doze semanas ou mais. O individuo retorna as atividades
diárias reassumindo as dimensões da realidade gradualmente.
10. Reajustamento à realidade: esse período se estende, ás vezes, por dois
anos, variando conforme as condições do processo (HODGE apud CRUZ et al,
1984, p.41).
DIFICULDADE EM
EXPRESSAR
SENTIMENTOS
ATENÇÃO DA PROFESSORA
BAIXO RENDIMENTO
E COLEGAS
FALECIMENTO DO PAI ESCOLAR
(reforço positivo)
(estímulo aversivo)
Considerações finais
Após as análises feitas e os atendimentos realizados, foi possível perceber mudanças
significativas nos comportamentos do cliente, como melhora no rendimento escolar, diminuição
do medo e dos comportamentos agressivos, mudanças que também foram relatadas pela mãe do
cliente. Do mesmo modo, foi possível constatar que, ao finalizar os atendimentos, o cliente estava
expressando de forma mais adequada seus sentimentos, contudo, pode-se observar que ainda
tinha dificuldade em expressar sentimentos relacionados com luto, tais como: saudades, solidão,
tristeza e raiva, uma vez que essas questões foram gradualmente trabalhadas, porém não
totalmente exploradas em função da aversividade que geravam no cliente.
Sendo assim, ao encerrar o processo terapêutico, o qual foi finalizado devido ao término
do estágio em Psicologia Clínica, a terapeuta sinalizou para a mãe do cliente a importância em
dar continuidade ao mesmo, pois o cliente ainda tem dificuldades em expressar sentimentos,
principalmente os relacionados com luto, sendo importante trabalhar com mais atividades que
reforcem a expressão de sentimentos, bem como com atividades relacionadas com a morte e com
o medo, que poderia ser feito por meio do emprego de desenhos animados e histórias infantis que
possam reforçar o cliente a falar de seus sentimentos, medos e lembranças, o ajudando a conviver
com a ausência do pai.
De acordo com Skinner (1991, apud MARINHO, 2008, p. 17):
Modelação é uma forma de ensino, mas a permanência de seu efeito depende do
reforçamento positivo ou negativo; (...) não aprendemos por imitação nem
porque nos dizem o que fazer. Devem ocorrer conseqüências após o
comportamento. (...) Quando ocorrem conseqüências reforçadoras, nós
aprendemos (p.17).
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