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DIREÇÃO ACADÊMICA

CURSO DE FILOSOFIA

PROJETO DE PESQUISA

TÍTULO:

A PARTICIPAÇÃO NO SER NA METAFÍSICA ESPIRITUALISTA DE LOUIS


LEVELLE
ÁREA DE CONHECIMENTO SUB-ÁREA DE CONHECIMENTO

7.00.00.00-0 CIÊNCIAS HUMANAS 7.01.00.00-4 FILOSOFIA


ACADÊMICO: ORIENTADOR:

DANIEL CARLOS FERREIRA JOÃO SILVANO DA COSTA


SILVA
RESUMO:

A participação no ser é a questão fundamental da metafísica, pois implica a busca pelo


fundamento e sentido da realidade como um todo e da existência humana em particular.
Entretanto, na sociedade de hoje, perdeu-se o sentido desta comunhão entre o eu e o absoluto;
substituindo, destarte, a solidariedade entre o homem, Deus e a criação pelos sentimentos de
angústia do nada. Neste contexto, a metafísica espiritualista de Louis Lavelle emerge como um
bote salva-vidas em meio ao naufrágio espiritual do mundo contemporâneo. Não é apenas uma
filosofia do ser, mas uma filosofia do espírito, que implica em uma espiritualidade filosófica.
Realizar-se-á esta pesquisa por meio da leitura e consulta de livros, teses, dissertações e artigos
acadêmicos já publicados, consistindo, portanto, em uma pesquisa de índole exploratória e
bibliográfica. Como bibliografia básica utilizar-se-á as obras De L’être, La Présence Totale e
De L’acte do autor. O principal objetivo desta pesquisa é apresentar o conceito de participação
no ser na metafísica espiritualista de Louis Lavelle. Seus objetivos particulares são conceituar
ser, evidenciar a identidade do ser e do ato e analisar a participação do eu no ser no pensamento
de Louis Lavelle. Com esta pesquisa, pretende-se lançar luz sobre o pensamento autor,
respondendo aos dramas e necessidades espirituais do homem contemporâneo.
PALAVRAS - CHAVE:

1. PARTICIPAÇÃO 2. METAFÍSICA 3. ESPIRITUALISMO 4. LOUIS LAVELLE


INTRODUÇÃO

O objetivo deste projeto de pesquisa é apresentar o conceito de participação no ser na


metafísica espiritualista de Louis Lavelle. Portanto, nossa pergunta fundamental é: como Louis
Lavelle entende a participação no ser? Com efeito, a participação no ser é o problema
fundamental da metafísica. A pergunta pelo ser implica a busca pelo fundamento e sentido da
realidade como um todo e da existência humana em particular. Consequentemente, não é apenas
uma questão teórica, mas concreta; talvez, a mais concreta de todas.
Entretanto, na sociedade atual, perdeu-se o sentido desta comunhão entre o eu e o
absoluto; substituindo, destarte, a solidariedade entre o homem, Deus e a Criação pelos
sentimentos de angústia do nada. Neste contexto, a metafísica espiritualista de Louis Lavelle
emerge como um bote salva-vidas em meio ao naufrágio espiritual do mundo contemporâneo.
Não é apenas uma filosofia do ser, mas uma filosofia do espírito, que implica em uma
espiritualidade filosófica. Contudo, a espiritualidade lavelliana não substitui a religião; pelo
contrário, vem em seu auxílio, pois, no mundo de hoje, não se trata apenas de pregar a religião,
mas de devolver ao homem contemporâneo aquela abertura e sensibilidade para o espírito sem a
qual não se pode escutar a sua voz.
Realizar-se-á esta pesquisa por meio da leitura e consulta de livros, teses, dissertações e
artigos acadêmicos já publicados, consistindo, por conseguinte, em uma pesquisa de índole
exploratória e bibliográfica. A bibiliografia proposta como base para este estudo é constituída
pelas obras do autor que tratam particularmente do tema em questão: De L’être, La Présence
Totale e De L’acte, além de outras obras do mesmo autor, bem como de pesquisadores e
comentadores. Primeiro, conceituar-se-á ser segundo Louis Lavelle; depois, evidenciar-se-á a
identidade entre o ser e o ato; finalmente analisar-se-á a participação do eu no ser na metafisica
espiritualista do filósofo francês.
Com esta pesquisa, pretende-se lançar luz sobre o pensamento autor, respondendo aos
dramas e necessidades espirituais do homem contemporâneo.

OBJETO DE PESQUISA

O conceito de participação no ser na metafísica espiritualista de Louis Lavelle.


FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

A participação no ser, ou em outros termos, a relação entre o relativo e o absoluto, é a


questão fundamental da metafísica e o coração da filosofia. Com efeito, perguntar-se pelo ser é
buscar o fundamento de todas as coisas e, por conseguinte, o sentido último realidade e da
existência humana em particular. Ou seja, não se trata meramente de um problema teórico, mas
concreto; talvez, o único verdadeiramente concreto, pois todos os outros problemas dizem
respeito a questões relativas, ao passo que este coloca o homem diante do absoluto, origem e fim
de todas as coisas.
Tal como a conhecemos hoje, a metafísica surgiu na grécia antiga, com Parmênides de
Eléia. Conforme o sábio grego, o ser é uno, imóvel e eterno, ao passo que o não ser não é, ou
seja, não existe. Diante disto, como explicar a multiplicidade, o movimento e o devir da natureza?
Parmênides afirma que estes fenômenos são percebidos pelos sentidos, ao passo que o ser
verdadeiro está para além do mundo sensível, ele é desvelado pelo noûs.
Todavia, Platão não se satisfaz com a explicação de Parmênides: não basta afirmar que o
ser é desvelado pelo noûs e que a multiplicidade e o devir são percebidos pelos sentidos; é
preciso compreender em que consistem ambos, e qual sua relação com o ser uno e eterno. Como
solução, Platão propõe sua teoria das ideias, segundo a qual há dois mundos: o mundo sensível,
sujeito à multiplicidade e ao devir, e o mundo inteligível, o reino das ideias perfeitas e imutáveis.
Conforme o filósofo de Atenas, as coisas deste mundo participam das ideias do outro e mantêm
com elas uma relação de semelhança e dessemelhança.
Entretanto, com o advento do cristianismo e seu encontro com a filosofia, nasce um
novo tipo de pensador: o filósofo cristão; e com ele um novo problema: por que existe o ser e não
antes o nada? Santo Tomás de Aquino é quem responde esta questão: o ser é ato puro e nele não
há distinção entre essência e existência; portanto, ele é ipsum esse subsistens.
Com a revolução copernicana, porém, empreendida por Immanuel Kant no século
XVIII, o sujeito cognoscente é colocado no centro da filosofia, destronando a metafísica de seu
reinado sobre as demais ciências e tornando a questão fundamental o problema da relação entre o
sujeito e o objeto. Diante disso, Kant nega a possibilidade de se conhecer as coisas em si mesmas,
tornando a metafísica uma quimera, e alavancando a ascensão do fenomenismo.
Todavia, no século XX a questão sobre o ser é reproposta por Martin Heidegger e Jean-
Paul Sartre; mas isto não significa um retorno à metafísica, pelo contrário: é a sua negação. Com
efeito, Heidegger subordina o ser ao tempo, transformando-o em devir. Por outro lado, Sartre faz
do ser um produto da relação entre a consciência e o fenômeno. Ambos chegam à mesma
conclusão: o horizonte do ser é o nada. Com isso, a metafísica torna-se antimetafísica.
Porém, nesse contexto destaca-se outro filósofo, que se opõe ao pensamento de Kant,
Heidegger e Sartre; o metafísico francês Louis Lavelle. Segundo Lavelle, o ser é o fundamento
absoluto, eterno, infinito e onipresente de todas as coisas, o qual é conhecido por participação.
Com base nisso, e diante da crise da metafísica no pensamento contemporâneo, pergunta-se:
como, no pensamento de Louis Lavelle, entende-se a participação no ser?

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Apresentar o conceito de participação no ser na filosofia de Louis Lavelle.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Conceituar ser no pensamento de Louis Lavelle, fundamentando sua univdade,


universalidade e univocidade.
 Evidenciar a relação entre o ser e o ato, relacionando o Ato puro e a participação.
 Analisar a participação no ser de acordo com Louis Lavelle, evidenciando seus
aspectos metafísicos, existenciais e espirituais.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A filosofia de Louis Lavelle 1 pode ser definida como uma metafísica espiritualista. Ou
seja, ela é ao mesmo tempo uma filosofia do ser e do espírito. Como explica Bochenski,
“segundo Lavelle, não é possível nenhuma metafísica do objetivo, senão que a metafísica tem
que ser, mais propriamente, a ciência da ‘intimidade espiritual’” 2. Para o pensador francês é na
intimidade do próprio espírito que, descobrindo-se, o eu descobre o ser. De acordo com o autor
de De L’être, “[...] o eu não pode pôr-se senão pondo o todo do ser, de modo que esse todo do ser
seja não posterior à posição do eu por si mesmo, mas suposto e implicado por ela como a
condição da sua própria possibilidade”3. Desta maneira, pode-se afirmar que o eu é interior com
relação ao ser ou, de outro modo, que participa do ser4.
A participação é uma das teses fundamentais da filosofia de Louis Lavelle, e a questão
fundamental da metafísica. Nas palavras de Lavelle, “quando dizemos que o ser está presente
para o eu e que o próprio eu participa do ser, enunciamos o tema único de toda meditação

1
“Louis Lavelle nasceu em 15 de julho de 1883 em Saint-Martin de Villeréal (Lot-et-Garonne) e morreu
em Parranquet, perto de seu povoado natal, em 1º de setembro de 1951. Seu pai era professor primário e sua mãe
possuía uma pequena fazenda. Os pensadores desta região – Montaigne, Fénelon, Maine de Biran – permaneceram
toda a vida particularmente caros a ele. Ele deixa o Périgord com os pais com a idade de sete anos e prossegue seus
estudos em Amiens e Saint-Étienne. Bolsista da Faculdade de Lyon, entusiasma-se com o pensamento de Nietzsche,
participa de manifestações libertárias, mas assiste a muito poucas matérias. Após diversas suplências em Laon –
período durante o qual teve oportunidade de assistir, em Paris, a vários cursos de Brunschvicg e de Bergson – e em
Neufchâteau, ele é agrégé em 1909 e nomeado em Vendôme, e depois em Limoges. De seu casamento em 1913
nasce primeiro um menino, em 1914, e depois três meninas. Quando soa a hora da mobilização, Louis Lavelle,
reformado e posto à disposição do prefeito de Limoges, consegue ir para o front. Enviado a Somme em setembro de
1915, e depois a Verdun em fevereiro de 1916, é feito prisioneiro em 11 de março e passa os últimos anos da guerra
no campo de Giessen. Em cinco cadernetas compradas na cantina do campo, ele escreve o que se tornará sua tese de
doutorado (defendida em Paris em 1922): La Dialectique du Monde Sensible. Nomeado professor num liceu de
Strasbourg após a guerra, desempenha um papel muito ativo nas organizações sindicais de professores da Alsácia-
Lorena. É também nessa época que se diagnostica em seu filho a doença óssea que o matará em 1952, cinco meses
após a morte de seu pai. De 1924 a 1940, Louis Lavelle ensina em Paris em diferentes liceus e cursos particulares. É
dele a coluna de filosofia do jornal Le Temps, e ele codirige em Aubier, com o amigo René Le Senne, a coleção
“Philosophie de l’Esprit”. Nesses mesmos anos são publicados seus primeiros grandes livros: De l’Être (1928), La
Conscience de Soi (1933), La Présence Totale (1934), De l’Acte (1937), L’Erreur de Narcisse (1939). Em 1940, o
armistício o encontra em Bordeaux, onde, após uma breve passagem pelo Ministério da Instrução Pública, é
nomeado inspetor-geral no início de 1941 e escolhido para a cadeira de filosofia do Collège de France em outubro
seguinte. Numerosas obras aparecem após a guerra, enquanto se multiplicam as conferências no estrangeiro. Mas,
paralelamente às graves preocupações causadas pelo estado de seu filho, sua saúde pessoal se altera muito
rapidamente. No ano mesmo de sua morte, em 1951, são publicadas três de suas principais obras: De l’Âme
Humaine, Le Traité des Valeurs e Quatre Saints”. [LAVELLE, Louis. A consciência de si. Trad. Lara Christina de
Malimpensa. São Paulo: É Realizações, 2014, [contra-capa]. (Filosofia atual).].
2
BOCHENSKI, Józef Maria. La filosofia actual. Trad, Eugenio Ímaz. México: Fondo de Cultura
Económica, 1949, p. 226. [Trad. nossa].
3
LAVELLE, Louis. Do ser. Trad. Carlos Nougué. São Paulo: É Realizações, 2019, p. 11, A Dialética do
eterno presente 1. v. (Filosofia atual).
4
LAVELLE, Louis. A presença total. Trad. Carlos Nougué. São Paulo: É Realizações, 2012, p. 31.
(Filosofia atual).
humana”5. De fato, a participação é um tema antigo em filosofia. Remontando a Platão 6;
entretanto, o conceito de de Lavelle é, ao mesmo tempo, novo e original 7. De acordo com
Bechara,

A participação lavelliana não é a solução de um problema, nem o esboço de um sistema.


Lavelle não pretende elaborar categorias nas quais queira enquadrar o real, mas se
envolve na escuta do diálogo vivo da consciência com o Absoluto, para ser, por sua vez,
apenas um intérprete fiel de uma vida que não tem fonte exceto no Amor e que só pode
ser mantida no Amor.8

Por conseguinte, a participação lavelliana difere essencialmente, mas não absolutamente,


da platônica9. Em Platão, a participação aparece como a tentativa de solucionar a aporia eleática –
a tensão entre uno e múltiplo, ser e devir – legada por Parmênides 10 à posteridade11. Segundo
Julián Marías, “o ser verdadeiro [em Platão], que a filosofia vinha buscando desde Parmênides,
não está nas coisas, mas fora delas: nas ideias. [...] O ser das coisas, esse ser subordinado e

5
LAVELLE, 2012, p. 35.
6
Platão nasceu em 427 a.C., na cidade de Atenas, e morreu em 347 a.C. Por volta de 387, fundou a
Academia em Atenas, onde ensinou filosofia. Foi discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles. Destacam-se, dentre
suas obras, Apologia, Górgias, Fédon, Mênon, O Banquete, Fedro, A República, Teeteto, Parmênides, Sofista,
Timeu e As Leis. [Cf. HUISMAN, Denis (dir.). Dicionário dos filósofos. Trad. Claudia Berliner, et al. São Paulo:
Martins Fontes, 2004, p. 774-781].
7
BECHARA, Sargi. La participation à l'être dans la philosophie de Lavelle. Paris: Beauchesne
Éditeur, 1957, p. 11. [Trad. nossa]. Disponível em: < https://excerpts.numilog.com/books/9782701002620.pdf >.
Acesso em: 31. ago. 2020.
8
BECHARA, loc. cit. [Trad. nossa].
9
Nas palavras do próprio filósofo, “há somente duas filosofias entre as quais é preciso escolher: a de
Protágoras, segundo a qual o homem é a medida de todas as coisas, mas a medida que ele se dá é também sua própria
medida; e a de Platão, que é também a de Descartes, na qual a medida de todas as coisas é Deus e não o homem, mas
um Deus que se deixa participar pelo homem, que não é somente o Deus dos filósofos, mas o Deus das almas
simples e vigorosas, que sabem que a verdade e o bem estão acima delas, e não se recusam jamais aos que os buscam
com bastante coragem e humildade”. [LAVELLE, 2019, p. 28.]. Percebe-se, dessa forma, a filiação direta de Louis
Lavelle com respeito a Platão e Descartes. Tarcísio Padilha desenvolve a relação entre Lavelle e Descartes [Cf.
PADILHA, Tarcísio. O platonismo na filosofia de Louis Lavelle. In LAVELLE, Louis. A presença total. Trad.
Carlos Nougué. São Paulo: É Realizações, 295-312. (Filosofia Atual).].
10
Considerado o fundador da metafísica, Parmênides nasceu no início do século V a.C. Escreveu o poema
Da natureza. [HUISMAN, 2004, p. 745-746]. Em seu poema Da Natureza, o filósofo descreve uma espécie de
experiência mística na qual é arrebatado por uma carruagem puxada por cavalos de fogo, guiados pelas filhas do Sol.
O carro leva-o até a Deusa, por quem é instruído nos caminhos do que é e do que não é. Com isso, o ele distingue o
ser do não ser. Conforme o filósofo, o ser é uno, imóvel e eterno, ao passo que o não ser não é, ou seja, não existe.
Mas, como explicar a multiplicidade, o movimento e o devir do mundo? Parmênides nega que esses dados tenham
alguma realidade objetiva, afirmando que não passam de ilusões dos sentidos; a verdade (alétheia) está para além do
mundo sensível, ela é desvelada pelo noûs. [PARMÊNIDES. Da natureza. Trad. José Gabriel Trindade Santos. São
Paulo: Loyola, 2002, p. 2-5. Disponível em: < http://charlezine.com.br/wp-content/uploads/Da-Natureza-Parme%CC
%82nides.pdf >. Acesso em: 31. ago. 2020.].
11
Cf. PLATÃO. Diálogos: Parmênides, Filebo. Trad. Carlos Alberto Nunes. Curtibia: UFPR, 1974, p. 24-
25, 8. v.
deficiente, baseia-se no das ideias de que as coisas participam” 12. Reale acrescenta: “cada ideia
[para o filósofo de Atenas] é uma ‘unidade’ e, como tal, explica as coisas sensíveis que dela
participam, constituindo desse modo uma multiplicidade unificada”13.
Todavia, em Lavelle a participação não surge como a resposta a um problema, senão da
descoberta espiritual da solidariedade entre o absoluto que não cessa de doar-se e o relativo que
não cessa de receber dele sua eficácia14. Segundo ele, “a doutrina da participação é, com efeito, a
de um ser-fonte, que, é preciso dizer, não apreendo senão em seus efeitos, apesar de esses
próprios efeitos serem para mim como nada se não encontro neles o gosto da fonte” 15. Destarte,
assim como Deus na filosofia cristã16, especial em Santo Agostinho17 e Santo Tomás de Aquino18,
o ser é concebido por Lavelle como a origem e o fundamento de tudo.

12
MARÍAS, Julián. História da filosofia. 2. ed. Trad. Claudia Berliner. São Paulo: Martins Fontes, 2015,
p. 52.
13
REALE, Giovanni. História da filosofia grega e romana: Platão. Trad. Henrique Cláudio de Lima
Vaz, Marcelo Perine. São Paulo: Edições Loyola, 2014, p. 74.
14
Cf. LAVELLE, 2019, p. 16.
15
LAVELLE, loc. cit.
16
Segundo Julián Marías, com a advento do cristianismo e seu encontro com a filosofia, surge um novo tipo de
pensador: filósofo cristão. Nesse contexto, “o cristianismo traz uma ideia totalmente nova, que dá sentido à
existência do mundo e do homem: a criação. [...] Desde o cristianismo, o que ameaça o ser é o nada [da criação
contingente]. Para o grego a existência de todas as coisas não constituía questão, e para o grego é isso o estranho que
tem de ser explicado. [...] Assim como existem dois mundos, este mundo e o outro, na ida do cristão haverá dois
sentidos distintos da palavra ser, se é que se pode aplicá-la em ambos os casos: o ser de Deus e o do mundo. O
conceito que permite interpretatar o ser do mundo desde o de Deus é o de criação. [...] É a verdade religiosa que
obriga a interpretar esse ser e coloca o problema filosófico do ser criador e do criado, de Deus e da criatura”.
[MARÍAS, 2015, p. 116.]. Portanto, para a filosofia cristã, Deus é a causa e o fundamento de todas as coisas.
17
Cf. THONNARD, François-Joseph. Saint Augustin et les grands courants de la philosophie
contemporaine. p. 197. Disponível em: < http://www.etudes-augustiniennes.paris-
sorbonne.fr/IMG/pdf/AUGUST_2004_50_195.pdf >. Acesso em: 31. ago. 2020. Santo Agostinho nasceu, na cidade
Tagaste, em 354 e morreu, em Hipona, no ano de 430. Foi bispo, filósofo e teólogo. Converteu-se ao cristianismo aos
vinte e oito anos de idade, após uma tortuosa busca pela verdade, iluminada, porém, pela influência de Cícero e
Platão e Santo Ambrósio. Além de sua autobiografia, as Confissões, escreveu muitos outros livros, dentre os quais
destacam-se Solilóquios, A Vida Feliz, Contra os Acadêmicos, Da Ordem, A Cidade de Deus e Da Trindade. [Cf.
HUISMAN, 2004, p. 14-23.]. Escreve Santo Agostinho em uma das passagens mais icônicas das Confissões: “Pois
eu não existiria, meu Deus, eu de forma alguma existiria, se não estivesses em mim. Ou melhor, eu não existiria se
não existisse em ti, ‘de quem tudo, por quem tudo em quem todas as coisas existem’?” (SANTO AGOSTINHO, I, 2,
2). [SANRO AGOSTINHO. Confissões. Trad. Maria Luiza Jardim Amarante. São Paulo: Paulus, 1997, p. 20., 10. v.
(Patrística).].
18
Cf. PEREIRA, Américo. Estudos sobre a filosofia de Louis Lavelle. Covilhão: Lusosofia, 2013, p. 48.
Disponível em: < http://www.lusosofia.net/textos/20131209-americo_pereira_2013_obras_1_estudos_sobre_a_filoso
fia_de_louis_lavelle.pdf >. Disponível: 31. ago. 2020. Santo Tomás de Aquino, filósofo e teólogo dominicano,
nasceu em Roccasecca, no ano de 1225, e moreu na cidade de Fossa Nova, em 1274. Lecionou na universidade de
París, e foi um prolífico escritor. Dentre suas obras destacam-se: Suma Teológica, Suma contra os Gentios, O Ente e
a Essência, Questões Disputadas sobre a Verdade e seus Comentários às obras de Aristóteles. [Cf. HUISMAN,
2004, p. 977-978, 988.]. Para Santo Tomás, Deus é ipsum esse per se subsistens, pois em Deus não há distinção entre
essência e existência. Deste modo, tudo o que existe e não é Deus, participa do ser de Deus (SANTO TOMÁS DE
AQUINO, I q. 44, a. 1, ad. . [Cf. SANTO TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica: a criação – o anjo – o homem. 2.
ed. Trad. Aldo Vannucchi, et al. São Paulo: Edições Loyola, 2005, p.38, 2. v.].
Entretanto, em que consiste essencialmente esse ser-fonte segundo Louis Lavelle? O
filósofo dedica De L’être, o primeiro volume de sua obra magna, La Dialectique de L'éternel
Présent19, a essa questão. O filósofo começa afirmando o primado do ser sobre todas as distinções
que nele se operam, inclusive a distinção entre o sujeito e o objeto 20; diferindo, assim, do
fenomenismo de Immanuel Kant21, segundo o qual as coisas são conhecidas não com base na
semalhança que possuem com a essência de que participam, mas de acordo com as formas de
representação do próprio sujeito22, e conforme o qual só se pode conhecer o ser como condição
formal do pensamento, não como existência real23; conforme Lavelle, entretanto, o ser não é
fenômeno de nada, antes é conhecido em uma intuição intelectual24. Esse primado, contudo, não é
apenas lógico ou cronológico, mas ontológico 25; é o primado absoluto do ser sobre a nulidade e o
abismo do não-ser, isto é, o nada. De acordo com ele,

as coisas particulares se explicam umas pelas outras. Mas querer que o ser tenha sua
origem no nada constitui uma dupla impossibilidade, pois é preciso supor antes de tudo,
para pôr o nada, um sujeito que o ponha e que deva fazer parte do ser, e a seguir uma
duração ideal que, mesmo em sua essência mais despojada, é uma forma do ser, e que
não podemos dispensar-nos de imaginar para tentar surpreender aí o advento do próprio
ser26.

19
Projetada para cinco volumes, De L’être, De L’acte, Du temps et de L’éternité e De la Sagasse, La
Dialectique de L’éternel Present, a obra magna do metafísico francês, teve apenas os quatro primeiros volumes
publicados, com o último nunca tendo sido publicado, devido a morte do autor. [PADILHA, Tarcísio. Apresentação.
In LAVELLE, 2012, p. 15-16.].
20
Cf. LAVELLE, op. cit., p. 31.
21
Immanuel Kant nasceu no ano de 1724 em Königsberg e morreu em 1804, na mesma cidade, onde viveu
a maior parte de sua vida. São considerados seus principais trabalhos Crítica da Razão Pura, Prolegômenos a Toda
Metafísica Futura, Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Crítica da Razão Prática e Crítica da Faculdade
de Julgar. [Cf. HUISMAN, 2004, p. 552-559.]. Segundo Molinaro, Kant “fechou-se no exame da faculdade de
conhecimento enquanto sensibilidade e intelecto. [...] e é claro que, neste caso, ele se fechou ao acesso ao ser e à
coisa em si e, portanto, à metafísica. [MOLINARO, Aniceto. Metafísica: curso sistemático. Trad. João Paixão Netto;
Roque Frangiotti. São Paulo: Paulus, 2002, p. 44.].
22
Cf. KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. 5. ed. Trad. Manuela Pinto dos Santos. Lisboa,
Fundação Calouste Gulbenkian, 2001, p. 47.
23
Cf. KANT, 2001, p. 527-528.
24
Cf. LAVELLE, 2012, p. 35.
25
Cf. id., p. 32.
26
Op. cit., p. 32-33.
Portanto, Lavelle diverge tanto de Heidegger 27 como de Sartre28. O primeiro, escreve
Sciacca, subordina o ser ao tempo, transformando-o em devir29; com efeito, ao buscar no Dasein
o horizonte para a compreensão do ser, o filósofo alemão depara-se com a angústia do nada 30, de
maneira que o objeto da metafísica deixa de ser, ou o ente, para tornar-se o nada 31, tornando-se
assim antimetafísica32. Sartre, por outro lado, faz da noção de ser um produto da relação entre a
consciência e o objeto33, invertendo-o em nada através de um duplo processo de nadificação no
qual o eu se desidentifica primeiro do ser e depois de si mesmo, mergulhando, assim, no não-
ser34. Levelle, porém, defende o ser concreto. Para ele o ser não é meramente um conceito, nem
um termo entre outros, mas o todo absoluto, objeto de uma intuição intelectual.
Desta maneira, a afirmação do primado absoluto do ser, com a consequente exclusão
absoluta do nada, implica que não há intervalo entre o ser e o não-ser; ou seja, o ser é, ao mesmo
tempo, universal e unívoco35. “E mesmo o fundamento da universalidade não pode estar senão na
univocidade. Pois, se o ser pudesse receber uma multiplicidade de acepções diferentes, não
haveria nenhuma razão para não deixá-lo dispersar-se numa multiplicidade de noções”36. Por
conseguinte, afirma Lavelle, “o ser não se divide porque ele é o todo dado com toda parte,
presente com ela e nela, e não se possa olhá-lo como a uma reunião das partes das quais cada
uma possuiria anteriormente a ele uma existência independente”37. Porém, se o ser é unívoco e
abole, na sua unidade e universalidade, todas as distinções, como é possível a participação?

27
Martin Heidegger nasceu em 1889 e morreu em 1976. Lecionou em Marbugo e, depois, na Universidade
de Friburgo, como sucessor de Husserl. Dentre duas obras, destacam-se: Ser e tempo, Kant e o Problema da
Metafísica, e O que é Metafísica? [Cf. HUISMAN, 2004, p. 472-473, 477.].
28
Nascido em 1905, Jean-Paul Sartre foi um filósofo, professor, dramaturgo, escritor e jornalista francês. Morreu em
1980. Sua obra Ser e nada é considerado seu principal trabalho em filosofia, escreveu também A Náusea e As
Palavras, obra autobiográfica. 867-868. [HUISMAN, 2004, p. 867-868.].
29
SCIACCA, Michele Frederico. História da filosofia: do século XIX aos nossos dias. Trad. Luís
Washington Vita. São Paulo: Mestre Jou, 1962, p. 300.
30
HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. Trad. Fausto Castilho. Campinas: Unicamp; Petrópolis, Vozes,
1012, 527-528. (Multilíngues de Filosofia Unicamp).
31
Cf. HEIDEGGER, Martin. Que é metafísica? Trad. Ernildo Stein. São Paulo: Livraria Duas Cidades,
1969, p. 41-42.
32
Desde Aristóteles, a metafísica, ou filosofia primeira, é considerada a ciência do ser enquanto ser, ou do
ente enquanto ente; portanto, ao colocar o nada como o princípio e a questão fundamental da metafísica, Heidegger a
converte em seu contrário, isto é, antimetafísica. [Cf. ARISTÓTELES. Metafísica. 2. ed. Trad. Edson Bini. São
Paulo: Edipro, 2012, p. 105-106. (Série Clássicos Edipro).].
33
SCIACCA, 1962, p. 305.
34
Cf. SARTRE, Jean-Paul. O ser e o nada: ensaio de ontologia fenomenológica. 20. ed. Petrópolis:
Vozes, 2011, p. 285-286.
35
Cf. LAVELL, 2019, p. 59.
36
LAVELLE, loc. cit.
37
Ibid., p. 66.
Com efeito, Lavelle admite a dificuldade que a tese da univocidade suscita. Escreve ele
em De L’acte, “se existe uma separação absoluta entre o nada e o ser [...] então não há graus de
Ser e a participação parece incompreensível”38. Não obstante, se se concebe o Ser como um Ato,
esse mesmo Ato, enquanto tal, pode doar a cada um dos seres particulares o ato que é próprio de
cada um deles sem, com isto, romper sua própria unidade, fragmentando-se numa multiplicidade
de atos isolados39. Assim, conforme Tarcísio Padilha,

A concepção atualista Lavelle constitui, destarte, um rude golpe no estatismo do ser.


Graças a ela o ser deixou de constituir algo amorfo e de perfeito apenas como conceito
para ganhar, na exuberância de sua realidade, a plenitude de que é dotado, sem a qual
não se explicaria a oferta infinita que não essa de nos atrair e que jamais se esgota,
precisamente porque o Ser é Ato e o Ato é doação infinita que de modo algum se
diminui na munificência do gesto de amor. Nada melhor espelharia essa ideia do que a
compreensão da existência como convivência, porque a convivência é participação 40.

Ou seja, o Ser, como Ato fundador e mantenedor de toda a participação, não se confunde
com os seres particulares, mas permite que cada um deles se realize por meio de um ato livre que
assume, consentindo em participar do Ato absoluto 41. Nas palavras de Américo Pereira, “a
liberdade é, aqui, neste acto, toda do acto criador. Mas é neste e com este mesmo acto que
começa a possibilidade da minha liberdade, com a possibilidade da minha actuação co-criadora
[...]”42. Portanto, a metafísica de Louis Lavelle apresenta-se como uma verdadeira espiritualidade
filosófica; onde o eu e a criação constituem a participação, e o Ser identifica-se com Deus 43.
Nisto, com efeito, consiste a atualidade da filosofia de Lavelle, pois, como afirma Jean-Louis
Vieillard-Baron, “[...] vivemos em uma sociedade totalmente secularizada e, portanto, a
necessidade de uma espiritualidade filosófica é mais evidente agora”44.

38
LAVELLE, Louis. Acerca del acto. Trad. Laura Palma Vilarreal. Valparaíso: Universidad de Playa
Ancha, 2001, p. 55. [Trad. nossa].
39
LAVELLE, loc. cit.
40
PADILHA, Tarcísio. A ontologia axiológica de Louis Lavelle. 2. ed. São Paulo: É Realizações, 2012,
p. 75.
41
LAVELLE, op. cit., p. 133.
42
PEREIRA, Américo. A relação entre o ser e o acto na obra De L’être de Louis Lavelle. Covilhão:
Lusosofia Press, 2008, p. 59. (Teses Lusosofia). Disponível em: <
http://www.lusosofia.net/textos/pereira_americo_acto_e_ser
_em_de_l_acte_louis_lavelle.pdf >. Acesso em: 29. ago. 2020.
43
LAVELLE, 2019, p. 75.
44
VIEILLARD-BARON, Jean-Louis. Liminaire: actualité de Louis Lavelle. Laval théologique et
philosophique. Quebec: Université Laval, v. 69, n. 1, fev. 2013, p. 5-7. Disponivel em: <
https://www.erudit.org/en/journals/ltp/2013-v69-n1-ltp0818/1018351ar/ >. Acesos em: 31. Ago. 2020.
METODOLOGIA

Este trabalho será realizado através da leitura e consulta de livros, teses, dissertações e
artigos acadêmicos já publicados, consistindo, portanto, em uma pesquisa de cunho exploratório e
bibliográfico45. Conforme Souza, Fialho e Otani, a pesquisa exploratória “[...] consiste em
explorar o tema, buscando familiaridade em relação a um fato ou fenômeno, geralmente feita
através de um levantamento bibliográfico”.46 Por outro, segundo Severino,

a pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir do registro disponível,


decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros,
artigos, teses etc. Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já trabalhados por
outros pesquisadores e devidamente registrados. Os textos tornam-se fontes dos
temas a serem pesquisados. O pesquisador trabalha a partir das contribuições
dos autores dos estudos analíticos constantes dos textos 47.

Propõe-se, como bibiliografia básica para a realização desta pesquisa, as obras do autor
que tratam particularmente do tema sugerido: De L’être, La Présence Totale e De L’acte, além de
outras obras do mesmo autor, bem como de pesquisadores e comentadores. Em primeiro lugar,
conceituar-se-á ser segundo Louis Lavelle, fundamentando sua unidade, universalidade e
univocidade; em seguida, evidenciar-se-á a identidade entre o ser e o ato, relacionando o Ato
puro e a participação; por fim, analisar-se-á a participação do eu no ser sob o ponto de vista da
existência humana.
Este projeto de pesquisa visa apresentar o conceito de participação no ser na metafísica
espiritualista de Louis Lavelle, como condição de obtenção de nota para a realização do trabalho
de conclusão de curso para aquisição de nota parcial para a conclusão do curso de graduação em
bacharel de filosofia e a obtenção do respectivo grau.

CRONOGRAMA

Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov.
Etapas da pesquisa 2021 2021 2021 2021 2021 2021 2021 2021 2021 2021

45
Cf. COSTA, Silvano João da; DITTRICH, Maria Glória; LIMA, Renato Vieira. In: FACULDADE SÃO
LUIZ. Metodologia da pesquisa e do trabalho acadêmico. Brusque: Faculdade São Luiz, 2016, p. 14.
46
SOUZA, Antônio Carlos de; FIALHO, Francisco Antonio Pereira; OTANI, Nilo. TCC: Métodos e
Técnicas. Florianópolis: Visual Books, 2007, p. 38.
47
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 24. ed. São Paulo: Cortez, 2017, p. 90.
Revisão da
X X X X
literatura

Coleta dos dados X X X X X X

Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov.
Etapas da pesquisa 2022 2022 2022 2022 2022 2022 2022 2022 2022 2022

Coleta dos dados X X

Análise dos dados X X X X

Finalização da
pesquisa
X

Formatação final do
X X
trabalho

Entrega da
monografia
X

Banca de defesa X

ORÇAMENTO

Material de consumo Quantidade Preço Unitário TOTAL


Resma de papel 3 R$ 20,00 R$ 60,00
Aluguel da impressora 9 (meses) R$ 10,00 R$ 90,00
TOTAL R$ 150,00

Notebook Samsung Essentials E20 1 R$ 2200,00 R$ 2200,00


Pen Drive Multilaser 16 GB 1 R$ 33,00 R$ 33,00
Material Permanente Quantidade Preço Unitário TOTAL
TOTAL R$ 2233, 00

Outros serviços e encargos Quantidade Preço Unitário TOTAL


Encadernação 5 R$ 5,00 R$ 25,00
TOTAL R$ 25,00

Material de Consumo R$ 150,00


Material Permanente R$ 2233,00
Outros serviços e encargos R$ 25,00
TOTAL GERAL R$ 2408,00
REFERÊNCIAS

ARISTÓTELES. Metafísica. 2. ed. Trad. Edson Bini. São Paulo: Edipro, 2012, p. 105-106.
(Série Clássicos Edipro).

COSTA, Silvano João da; DITTRICH, Maria Glória; LIMA, Renato Vieira. In: FACULDADE
SÃO LUIZ. Metodologia da pesquisa e do trabalho acadêmico. Brusque: Faculdade São Luiz,
2016.

BECHARA, Sargi. La participation à l'être dans la philosophie de Lavelle. Paris: Beauchesne


Éditeur, 1957. Disponível em: < https://excerpts.numilog.com/books/9782701002620.pdf >.

BOCHENSKI, Józef Maria. La filosofia actual. Trad, Eugenio Ímaz. México: Fondo de Cultura
Económica, 1949.

Cf. HEIDEGGER, Martin. Que é metafísica? Trad. Ernildo Stein. São Paulo: Livraria Duas
Cidades, 1969.

______. Ser e tempo. Trad. Fausto Castilho. Campinas: Unicamp; Petrópolis, Vozes, 1012.
(Multilíngues de Filosofia Unicamp).

HUISMAN, Denis (dir.). Dicionário dos filósofos. Trad. Claudia Berliner, et al. São Paulo:
Martins Fontes, 2004.

KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. 5. ed. Trad. Manuela Pinto dos Santos. Lisboa,
Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.

LAVELLE, Louis. A consciência de si. Trad. Lara Christina de Malimpensa. São Paulo: É
Realizações, 2014. (Filosofia atual).

______. A presença total. Trad. Carlos Nougué. São Paulo: É Realizações, 2012.

______. Acerca del acto. Trad. Laura Palma Vilarreal. Valparaíso: Universidad de Playa Ancha,
2001.

______. Do ser. Trad. Carlos Nougué. São Paulo: É Realizações, 2019, A Dialética do eterno
presente 1. v. (Filosofia atual).

MARÍAS, Julián. História da filosofia. 2. ed. Trad. Claudia Berliner. São Paulo: Martins Fontes,
2015.

MOLINARO, Aniceto. Metafísica: curso sistemático. Trad. João Paixão Netto; Roque Frangiotti.
São Paulo: Paulus, 2002.
PADILHA, Tarcísio. O platonismo na filosofia de Louis Lavelle. In LAVELLE, Louis. A
presença total. Trad. Carlos Nougué. São Paulo: É Realizações, 295-312. (Filosofia Atual)

______. A ontologia axiológica de Louis Lavelle. 2. ed. São Paulo: É Realizações, 2012.

PARMÊNIDES. Da natureza. Trad. José Gabriel Trindade Santos. São Paulo: Loyola, 2002.
Disponível em: < http://charlezine.com.br/wp-content/uploads/Da-Natureza-Parme%CC
%82nides.pdf >.

PEREIRA, Américo. A relação entre o ser e o acto na obra De L’être de Louis Lavelle.
Covilhão: Lusosofia Press, 2008. (Teses Lusosofia).

____________. Estudos sobre a filosofia de Louis Lavelle. Covilhão: Lusosofia, 2013.


Disponível em: < http://www.lusosofia.net/textos/20131209-
americo_pereira_2013_obras_1_estudos_sobre_a_filosofia_de_louis_lavelle.pdf >.

PLATÃO. Diálogos: Parmênides, Filebo. Trad. Carlos Alberto Nunes. Curtibia: UFPR, 1974, 8.
V.

REALE, Giovanni. História da filosofia grega e romana: Platão. Trad. Henrique Cláudio de
Lima Vaz, Marcelo Perine. São Paulo: Edições Loyola, 2014.

SANTO AGOSTINHO. Confissões. Trad. Maria Luiza Jardim Amarante. São Paulo: Paulus,
1997, 10. v. (Patrística).

SANTO TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica: a criação – o anjo – o homem. 2. ed. Trad.
Aldo Vannucchi, et al. São Paulo: Edições Loyola, 2005, 2. v., 1. pars., 44-119. q.

SARTRE, Jean-Paul. O ser e o nada: ensaio de ontologia fenomenológica. 20. ed. Petrópolis:
Vozes, 2011.

SCIACCA, Michele Frederico. História da filosofia: do século XIX aos nossos dias. Trad. Luís
Washington Vita. São Paulo: Mestre Jou, 1962.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 24. ed. São Paulo: Cortez,
2017.

SOUZA, Antônio Carlos de; FIALHO, Francisco Antonio Pereira; OTANI, Nilo. TCC: Métodos
e Técnicas. Florianópolis: Visual Books, 2007.

THONNARD, François-Joseph. Saint Augustin et les grands courants de la philosophie


contemporaine. Disponível em: < http://www.etudes-augustiniennes.paris-
sorbonne.fr/IMG/pdf/AUGUST_2004_50_195.pdf >.
VIEILLARD-BARON, Jean-Louis. Liminaire: actualité de Louis Lavelle. Laval théologique et
philosophique. Quebec: Université Laval, v. 69, n. 1, fev. 2013, p. 5-7. Disponivel em: <
https://www.erudit.org/en/journals/ltp/2013-v69-n1-ltp0818/1018351ar/ >.

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