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1
DITTRICH, Maria; LIMA, Renato; SILVANO, João. Metodologia da pesquisa e do trabalho
acadêmico. Brusque: Faculdade São Luiz, 2016, p. 15.
2
LAKATOS, Eva; MARCONI, Maria. Fundamentos da metodologia científica. 5. ed. São
Paulo: Atlas, 2003, p. 167.
3
LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 167.
4
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo:
Cortez, 2007, p. 82.
5
DESCARTES, René. Discurso sobre o método, II. Apud. MONDIN, Battista. Curso de
filosofia. 4. ed. São Paulo: Paulus, 1981, 1. v., p. 66.
6
GUITTON, Jean. O trabalho intelectual. São Paulo: Edições Kírion, 2018, p. 95.
compreender os dados coletados na pesquisa bibliográfica é necessário fazer a
anamnese, o retorno dos conceitos à experiência real e concreta do autor.
Entretanto, a análise não se esgota na compreensão dos dados pois estes
não são um fim em si mesmo, mas um meio para se obter respostas ao problema
investigado. Portanto, à meditação 7 segue-se a confrontação dialética por meio da
qual comparamos e sistematizamos os dados coletados na pesquisa à luz da
experiência. Essa confrontação tem por objetivo resolver as contradições e chegar a
um entendimento comumente aceita e mais bem fundamentada a respeito do
problema investigado.
Por fim, à confrontação dialética segue-se a interpretação. Se em primeiro
lugar foi preciso distinguir os dados para torna-los claros e evidentes, em segundo
lugar rastrear sua origem experiencial, e em terceiro lugar confrontar os dados para
chegar a um entendimento mais razoável, por fim é necessário integrar as ideias
construídas no complexo do conhecimento. Nesse sentido, definem Lakatos e
Marconi a interpretação como
Após todo esse processo, pode-se alcançar aquilo que Hugo de São Vítor
chamou se contemplação, isto é, “uma vivacidade da inteligência que abarca todas
as coisas numa visão plenamente manifestada [...]”8. A contemplação é o cume e o
ápice de toda a pesquisa e investigação.
[pular página]
Relatório final
7
“Meditar é pensar frequentemente nas idéias [sic.] e investigar com prudência as causas e
as origens, o modo e a utilidade de cada uma das coisas”. p. 11. [HUGO DE SÃO VÍTOR. Hugo de
São Vitor sobre o modo de aprender e de estudar. p. 11. Disponível em:
https://www.hugodesaovitor.org.br/ebook-hugo-de-sao-vitor/ Acesso em: 1. mai. 2020.]
8
HUGO DE SÃO VÍTOR, p. 15. Acesso em: 01. mai. 2020.
Este capítulo não se propõe apresentar normas técnicas do relatório de
pesquisa, mas sua natureza e finalidade, bem como seu núcleo essencial: composto
por introdução, desenvolvimento e conclusão. As normas técnicas variam de
instituição para instituição, mas seguem de modo geral as possibilidades propostas
pela ABNT: a Associação Brasileira de Técnicas.
Após o processo de análise e interpretação , chega o momento do relatório
final. “É muito importante destacar a diferença existente entre trabalho e pesquisa: o
trabalho [...] representa este ‘relatório final’, cuja finalidade é a apresentação e
socialização dos resultados da pesquisa que, por sua vez, é anterior ao trabalho” 9
No que diz respeito aos relatórios de pesquisas monográficas, Lakatos e
Marconi distinguem três tipos: “monografia, dissertação e tese, que obedecem a esta
ordem ascendente, em relação à originalidade, à profundidade e à extensão” 10.
Entretanto, existem relatórios de trabalhos menores, tais como artigos e resenhas 11.
Conforme Severino, o relatório final é composto genericamente pelos
seguintes elementos: capa inicial, página de rosto, sumário, lista de tabelas e
figuras, introdução, desenvolvimento, conclusão, apêndices e anexos, bibliografia e
capa final12. Entretanto, Lakatos e Marconi incluem outro elemento essencial: a
sinopse, ou abstract13. O núcleo do relatório é composto por introdução,
desenvolvimento e conclusão, ou considerações finais 14.
Segundo Severino, a introdução “manifesta as intenções do autor e o objetivo
do trabalho, enunciando seu tema, seu problema, sua tese e os procedimentos que
serão adotados para o desenvolvimento do raciocínio” 15
De acordo com Dittrich, Lima e Silvano, “O desenvolvimento do conteúdo
obedece à organização em introdução, desenvolvimento e conclusão, observando
requisitos como a gradualidade, coesão, a coerência e a unidade” 16. Segundo os
mesmos autores, o desenvolvimento
9
DITTRICH; LIMA; SILVANO, 2016, p. 15.
10
LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 236.
11
DITTRICH; LIMA; SILVANO, op. cit., p. 15.
12
SEVERINO, 2007, p. 82.
13
LAKATOS; MARCONI, op. cit., p. 229.
14
SEVERINO, op. cit., p. 82.
15
Ibid., p. 149.
16
DITTRICH; LIMA; SILVANO, 2016, p. 46.
é construído com argumentações e demonstrações, e a partir de uma
perspectiva (ponto de vista) claramente definida. Deve ser organizado
em seções ou capítulos, e estes, por sua vez, em subseções, tantas
quantas forem necessárias para que o assunto seja bem explanado 17
[pular página]
Conclusão
17
Ibid., p. 47.
18
LAKATOS; MARCONI, 2003, p. 232.
19
Loc. cit.
20
DITTRICH; LIMA; SILVANO, 2016, p. 47.
importância para os trabalhos acadêmicos, pois com ela pode-se alcançar
resultados rigorosos e confiáveis para o conhecimento científico.
Bibliografia
DESCARTES, René. Discurso sobre o método, II. Apud. MONDIN, Battista. Curso de
filosofia. 4. ed. São Paulo: Paulus, 1981.
LAKATOS, Eva; MARCONI, Maria. Fundamentos da metodologia científica. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2003, p. 167.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo:
Cortez, 2007.