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UNIDADES OBJETIVOS
Aula 1
O que significa estudar para produzir trabalhos científicos?
FICHAMENTO
1º) autor –
sobrenome em maiúscula, vírgula
prenome completo, colocando-se ponto final após o nome.
Ex: 2.ed.
4º local da publicação-
sem abreviaturas seguido de dois pontos
Editora seguida de vírgula
Data de publicação seguida do ponto final
3
Ex: GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5.ed. São
Paulo:Atlas,1999.
AUTOR:
VÁRIOS AUTORES:
TRIPODI, Tony et al. Análise da pesquisa social: diretrizes para o uso de pesquisa em
serviço social e em ciências sociais. Rio de Janeiro: Atlas, 1987.
ASSUNTO:
PESQUISA CIENTÍFICA
REY, Luís. Como redigir trabalhos científicos. São Paulo: Edgard Blücher, 1978.
RUSSEL, Beltrand. A perspectiva Científica. 4.ed. São Paulo: Nacional, 1977.
SOUZA, Maria Suzana de Lemos. Guia para redação e apresentação de teses. Belo
Horizonte: Huguette, 1992.
4
TRANSCRIÇÃO:
LEITURA
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler; em três artigos que se completam. São
Paulo: Cortez, 1984, p.21 e 47.
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Aula 2
TÉCNICA DE LEITURA
Busca da ideia principal. Cada parágrafo traz uma ideia principal acompanhada
por frases que a detalham e explicam.
Uso de técnicas: sublinhar, esquematizar e resumir.
Veja um exemplo:
Texto:
"As reuniões periódicas de avaliação do progresso são instrumento
fundamental de planejamento e controle da equipe. Como o próprio nome
sugere, o objetivo é avaliar o andamento de uma atividade ou projeto, ou
mesmo o estado geral das tarefas de uma equipe, sob o ponto de vista técnico e
administrativo, e tomar as decisões necessárias a seu controle. Uma reunião
destas também serve para reavaliar em que pé estão as decisões tomadas na
reunião anterior, e pode começar com uma apresentação feita pelo líder, sobre
a situação geral das coisas. Em seguida, cada um dos membros pode fazer um
relato das atividades sob sua responsabilidade. Depois disso, repete-se o
processo para o período que vai até a reunião seguinte, especificando-se então
quais são os planos e medidas corretivas a ser postas em prática nesse período.
Dada essa sua característica de estar orientada para uma finalidade muito
particular, uma reunião desse tipo tende a ser, quando bem administrada,
extremamente objetiva e de curta duração." (Maximiano, 1986, p.60)
ESQUEMA
Reuniões periódicas de avaliação
Características:
- orientada para uma finalidade particular;
- objetiva;
- de curta duração.
Aula 3
RESUMOS
Estado nutre-se de sua anemia; a ideia de cidadão não teria nem conteúdo nem realidade
sem eles, tampouco o luxo e a esmola: os ricos e os mendigos são os parasitas do pobre.
Há mil remédios para a miséria, mas nenhum para a pobreza. Como socorrer os
que insistem em não morrer de fome? Nem Deus poderia corrigir sua sorte. Entre os
favorecidos da fortuna e os esfarrapados, circulam esses esfomeados honoráveis,
explorados pelo fausto e pelos andrajos, saqueados por aqueles que, tendo horror ao
trabalho, instalam-se, segundo sua sorte ou vocação, no salão ou na rua. E assim avança
a humanidade: com alguns ricos, com alguns mendigos e com todos os pobres...
Prezado aluno
Como foi visto anteriormente, há diversas técnicas para se conseguir uma leitura
satisfatória – sublinhar, esquematizar e resumir. Após estas etapas, passaremos para
uma leitura em profundidade, compreendendo a mensagem do autor.
Para isso, leia o arquivo de apoio “Diretrizes para análise textual”.
O contato inicial com o texto nos apresenta a visão do conjunto – pensamento e
estilo do autor. Nesse momento que ainda não se sublinha nada, podemos ir observando
os pontos que exigem maiores esclarecimentos: dados sobre o autor, palavras
desconhecidas, fatos históricos presentes no texto, outros autores citados, etc.
Após a primeira lida do texto, é interessante investigar as informações que nos
faltam consultando dicionários e enciclopédias. Não devemos nos acomodar diante de
termos desconhecidos. Como declara Salomon (2001, p. 70) ―considere-o um desafio;
deixar de esclarecer a dúvida no momento oportuno é sempre prejudicial”.
A elaboração de perguntas é muito útil para a determinação do tema:
De que trata o texto? Que ideia defende? Qual é o argumento utilizado pelo
autor para defender sua ideia? Existem outros subtemas?
Aula 4
UNIDADE II - O CONHECIMENTO
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“O sábio não é o homem que fornece as verdadeiras respostas; é aquele que fornece
as verdadeiras perguntas”
(Claude Lévi Strauss)
TIPOS DE CONHECIMENTOS
Fundamentos do conhecimento:
1. Racionalismo: designa a corrente filosófica que deposita ―total e exclusiva confiança
na razão humana como instrumento de conhecer a verdade‖. O racionalismo moderno
teve início com René Descartes que é considerado o fundador da Filosofia Moderna.
Seu ponto de partida é de que a razão é o instrumento por excelência na construção do
conhecimento em busca da verdade.
2. Empirismo: significa ―experiência". Trata-se de uma corrente que reagiu ao
Racionalismo. Os empiristas aparecem defendendo o primado da experiência sensorial,
ou seja, o conhecimento e as idéias só se formam em nossas mentes a partir das
percepções que nossos sentidos apreendem do mundo exterior. Um representante dessa
corrente é John Locke, para quem não nascemos prontos.
3. Dialética: representa um meio-termo entre empiristas e racionalistas. Nesse prisma,
tanto os sentidos quanto a razão têm participação determinante na origem dos nossos
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Exemplo:
A chave está emperrando na fechadura e, de tanto experimentarmos abrir a porta, acabamos
por descobrir (conhecer) um jeitinho de girar a chave sem emperrar.
CARACTERÍSTICAS:
Obtido ao acaso
Baseado em experiência cotidiana.
Resulta de repetidas experiências.
Transmitido de geração em geração.
É superficial, não chega à essência das coisas.
É sensitivo, refere-se a vivências e emoções cotidianas.
É subjetivo e assistemático, não se pretende uma organização das ideias.
É acrítico, não há preocupação de análise, de chegar à verdade.
Constitui a base do saber,
2-Conhecimento Filosófico
Exemplo:
"O homem é a ponte entre o animal e o além-homem" (Friedrich Nietzsche)
Características:
não perceptíveis pelos sentidos.
São de ordens suprassensíveis, ultrapassam a experiência.
É valorativo, pois parte de hipóteses não verificáveis.
É racional porque seus enunciados são logicamente relacionados.
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3 - Conhecimento Teológico
Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser
confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo.
Exemplo:
Acreditar que alguém foi curado por um milagre; ou acreditar em Duende; acreditar em
reencarnação; acreditar em espírito etc..
Características:
Conjunto de verdades aceitas pelos homens a partir da revelação divina.
É resultado da fé humana.
Apresenta respostas a questões não respondidas pelas outras modalidades do
conhecimento.
Apóia-se em doutrinas cujas proposições são sagradas por terem sido reveladas pelo
sobrenatural.
São consideradas verdades infalíveis
Não são postas em dúvida nem verificáveis pelos que têm fé.
4 - Conhecimento Científico
É o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. Sua origem está
nos procedimentos de verificação baseados na metodologia científica. É resultante da
investigação metodológica e sistemática da realidade.
Podemos então dizer que o Conhecimento Científico:
- É racional e objetivo.
- Atém-se aos fatos.
- Transcende aos fatos.
- É analítico.
- Requer exatidão e clareza.
- É comunicável.
- É verificável.
- Depende de investigação metódica.
- Busca e aplica leis.
- É explicativo.
- Pode fazer predições.
- É aberto.
- É útil (GALLIANO, 1979, p. 24-30).
Exemplo:
Descobrir uma vacina que evite uma doença; descobrir como se dá a respiração dos
batráquios.
Características:
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É um conhecimento real
Lida com fatos.
Testado pela experimentação.
É sistemático e ordenado logicamente, formando teorias.
É verificável.
Hipóteses não comprovadas não constituem conhecimento científico.
É falível, uma vez que não é um conhecimento definitivo.
Difere do popular pelos métodos e instrumentos de apreensão do conhecimento
(TEIXEIRA, 2005)
Atividades:
1- Elabore um conceito para CONHECIMENTO.
2- Identifique, no jornal, exemplos de diferentes abordagens do
conhecimento.
Aula 5
Caro aluno, aproveite a atividade seguinte para aplicar as técnicas trabalhadas nas
unidades I e II.
Textos complementares:
Toda bibliografia deve refletir uma intenção fundamental de quem a elabora: a de atender ou a
de despertar o desejo de aprofundar conhecimentos naqueles ou naquelas a quem é proposta.
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Se falta, nos que a recebem, o ânimo de usá-la, ou se a bibliografia, em si mesma, não é capaz
de desafiá-los, se frustra, então, a intenção fundamental referida.
A bibliografia se torna um papel inútil, entre outros, perdido nas gavetas das escrivaninhas.
Esta intenção fundamental de quem faz a bibliografia lhe exige um triplo respeito: a quem ela
se dirige, aos autores citados e a si mesmos. Uma relação bibliográfica não pode ser uma
simples cópia de títulos, feita ao acaso, ou por ouvir dizer. Quem a sugere deve saber o que
está sugerindo e por que o faz. Quem a recebe, por sua vez, deve ter nela, não uma prescrição
dogmática de leitura, mas um desafio. Desafio que se fará mais concreto na medida em que
comece a estudar os livros citados e não a lê-los por alto, como se os folhasse, apenas.
Estudar é, realmente, um trabalho difícil. Exige de quem o faz uma postura crítica, sistemática.
Exige uma disciplina intelectual que não se ganha a não ser praticando-a.
Isto é, precisamente, o que a ―educação bancária‖ não estimula. Pelo contrário, sua tônica
reside fundamentalmente em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, a
criatividade.
Sua ―disciplina‖ é a disciplina para a ingenuidade em face do texto, não para a indispensável
criticidade.
Este procedimento ingênuo ao qual o educando é submetido, ao lado de outros fatores, pode
explicar as fugas ao texto, que fazem os estudantes, cuja leitura se torna puramente mecânica,
enquanto, pela imaginação, se deslocam para outras situações. O que se lhes pede, afinal, não é
a compreensão, o desafio passa a ser a memorização do mesmo. Se o estudante consegue fazê-
lo, terá respondido ao desafio.
Numa visão crítica, as coisas se passam diferentemente. O que estuda se sente desafiado pelo
texto em sua totalidade e seu objetivo é apropriar-se de sua significação profunda.
Esta postura crítica, fundamental, indispensável ao ato de estudar, requer de quem a ele se
dedica:
a) Que assuma o papel de sujeito deste ato.
Isto significa que é impossível um estudo sério se o que estuda se põe face ao texto como se
estivesse magnetizado pela palavra do autor, à qual emprestasse uma força mágica. Se se
comporta passivamente, ―domesticadamente‖, procurando apenas memorizar as afirmações do
autor. Se se deixa ―invadir‖ pelo que afirma o autor. Se se transforma numa ―vasilha‖ que deve
ser enchida pelos conteúdos que ele retira do texto para pôr dentro de si mesmo.
Estudar seriamente um texto é estudar o estudo de quem, estudando, o escreveu. É perceber o
condicionamento histórico-sociológico do conhecimento. Estudar é uma forma de reivindicar,
de recriar, de reescrever – tarefa do sujeito e não do objeto. Desta maneira, não é possível a
quem estuda, numa tal perspectiva, alienar-se ao texto, renunciando assim à sua atitude crítica
em face dele.
A atitude crítica no estudo é a mesma que deve ser tomada diante do mundo, da realidade, da
existência. Uma atitude de adentramento com a qual se vá alcançando a razão de ser dos fatos
cada vez mais lucidamente.
Um texto estará tão melhor estudado, quanto, na medida em que se tenha uma visão global, a
ele se volte, delimitando suas dimensões parciais. O retorno ao livro para esta delimitação
aclara o significado de sua globalidade.
Ao exercitar o ato de delimitar os núcleos centrais do texto que, em interação, constituem sua
unidade, o leitor crítico irá surpreendendo todo um conjunto temático, nem sempre explicitado,
no índice da obra. A demarcação destes temas deve atender também ao quadro referencial de
interesse do sujeito leitor.
Assim é que, diante de um livro, este sujeito leitor pode ser despertado por um trecho que lhe
provoca uma série de reflexões em torno de uma temática que o preocupa e que não é
necessariamente a de que trata o livro em apreço. Suspeitada a possível relação entre o trecho
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lido e sua preocupação, é o caso, então, de fixar-se na análise do texto, buscando o nexo entre
seu conteúdo e o objeto de estudo sobre que se encontra trabalhando. Impõe-se-lhe uma
exigência: analisar o conteúdo do trecho em questão, em sua relação com os precedentes e com
os que a ele se seguem, evitando, assim, trair o pensamento do autor em sua totalidade.
Constatada a relação entre o trecho em estudo e sua preocupação, deve separá-lo de seu
conjunto, transcrevendo-o em uma ficha com um título que o identifique com o objeto
específico de estudo. Nestas circunstâncias, ora pode deter-se, imediatamente, em reflexões a
propósito das possibilidades que o trecho lhe oferece, ora pode seguir a leitura geral do texto,
fixando outros trechos que lhe possam aportar novas meditações.
Em última análise, o estudo sério de um livro, como de um artigo de revista implica não
somente numa penetração crítica em seu conteúdo básico, mas também numa sensibilidade
aguda, numa permanente inquietação intelectual, num estado de predisposição à busca.
b) Que o ato de estudar, no fundo, é uma atitude em frente ao mundo.
Esta é a razão pela qual o ato de estudar não se reduz à relação leitor-livro, ou leitor-texto. Os
livros em verdade refletem o enfrentamento de seus autores com o mundo. Expressam esse
enfrentamento. E ainda quando os autores fujam da realidade concreta estarão expressando a
sua maneira deformada de enfrentá-la. Estudar é também e sobretudo pensar a prática e pensar
a prática é a melhor maneira de pensar certo. Desta forma, quem estuda não deve perder
nenhuma oportunidade, em suas relações com os outros, com a realidade, para assumir uma
postura curiosa. A de quem pergunta, a de quem indaga, a de quem busca.
O exercício desta postura curiosa termina por torná-la ágil, do que resulta um aproveitamento
maior da curiosidade mesma.
Assim é que se impõe o registro constante das observações realizadas durante uma certa
prática; durante as simples conversações. O registro das ideias que se têm e pelas quais se é
―assaltado‖, não raras vezes, quando se caminha só por uma rua. Registros que passam a
construir o que Wright Mills chama de ―ficha das ideias‖.
Estas ideias e estas observações, devidamente fichadas, passam a constituir desafios que devem
ser respondidos por quem as registra.
Quase sempre, ao se transformarem na incidência da reflexão dos que as anotam, estas ideias
os remetem a leituras de textos com que podem instrumentar-se para seguir em sua reflexão.
c) Que o estudo de um tema específico exige do estudante que se ponha, tanto quanto
possível, a par da bibliografia que se refere ao tema ou ao objeto de sua inquietude.
d) Que o ato de estudar é assumir uma relação de diálogo com o autor do texto, cuja
meditação se encontra nos temas de que ele trata. Esta relação dialógica implica na
percepção do condicionamento histórico-sociológico e ideológico do autor, nem sempre
o mesmo do leitor.
e) Que o ato de estudar demanda humildade.
Se o que estuda assume realmente uma posição humilde, coerente com a atitude crítica, não se
sente diminuído se encontra dificuldades, às vezes grandes, para penetrar na significação mais
profunda do texto. Humilde e crítico, sabe que o texto, na razão mesma em que é um desafio,
pode estar mais além de sua capacidade de resposta. Nem sempre o texto se dá facilmente ao
leitor.
Neste caso, o que deve fazer é reconhecer a necessidade de melhor instrumentar-se para voltar
ao texto em condições de entendê-lo. Não adianta passar a página de um livro se sua
compreensão não foi alcançada. Impo-se, pelo contrário, a insistência na busca de seu trabalho
paciente de quem por ele se sente problematizado.
Não se mede o estudo pelo número de páginas lidas numa noite ou pela quantidade de livros
lidos num semestre.
Estudar não é um ato de consumir ideias, mas de criá-las e recriá-las.
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Nascido em Atenas, Platão (427-347 a C.) pertencia a uma das mais nobres
famílias atenienses. Seu nome verdadeiro era Arístocles, mas, devido a sua constituição
física, recebeu o apelido de Platão, termo grego que significa ―de ombros largos‖.
Platão foi discípulo de Sócrates, a quem considerava ―o mais sábio e justo dos
homens‖. Depois da morte de seu mestre, empreendeu inúmeras viagens, ampliou seus
horizontes culturais e amadureceu suas reflexões filosóficas.
Por volta de 387 a C. retornou a Atenas, onde fundou sua própria escola
filosófica, a Academia. Essa escola foi uma das primeiras instituições permanentes de
ensino superior do mundo ocidental. Uma espécie de universidade pioneira dedicada à
pesquisa científica e filosófica, além de se tornar um centro de formação política.
Um dos aspectos mais importantes da filosofia de Platão é sua teoria das ideias,
com a qual procura explicar como se desenvolve o conhecimento humano. Segundo ele,
o processo de conhecimento se desenvolve por meio da passagem progressiva do
mundo das sombras e aparências para o mundo das ideias e essências.
O MITO DA CAVERNA
Platão criou uma alegoria, conhecida como mito da caverna, que serve para
explicar a evolução do processo do conhecimento.
Segundo ele, a maioria dos seres humanos se encontra como prisioneira de uma
caverna, permanecendo de costas para a abertura luminosa e de frente para a parede
escura do fundo. Devido a uma luz que entra na caverna, o prisioneiro contempla na
parede do fundo as projeções dos seres que compõem a realidade. Acostumado a ver
somente essas projeções, assume a ilusão do que vê, as sombras do real, como se fosse
a verdadeira realidade.
Se escapasse da caverna e alcançasse o mundo luminoso da realidade, ficaria
livre da ilusão. Mas, estando acostumado às sombras, às ilusões, teria de habituar os
olhos à visão do real: primeiro olharia as estrelas da noite, depois as imagens das coisas
refletidas nas águas tranquilas até que pudesse encarar diretamente o Sol e enxergar a
fonte de toda a luminosidade.
crítica que dela podemos fazer, ou seja, na firmação de uma tese qualquer seguida de
uma discussão e negação desta tese, com o objetivo de purificá-la dos erros e equívocos.
E qual a diferença entre conhecimento e opinião?
Quem possui conhecimento tem conhecimento de alguma coisa, isto é, de algo
que existe, pois o inexistente não é nada. Assim, o conhecimento é infalível, já que é
logicamente impossível que se equivoque. Mas a opinião pode estar errada. Como isto é
possível? Não se pode opinar a respeito do que não existe, pois isto é impossível, nem
tampouco a respeito do que existe, pois isto seria conhecimento. Portanto, a opinião tem
que ser tanto do que é como do que não é.
Mas, de que modo é isto possível? A resposta é que as coisas particulares
contêm sempre caracteres opostos: o que é belo é também, sob certo aspecto, feio; o que
é justo é, sob certo aspecto, injusto; e assim por diante. Todos os determinados objetos
sensíveis, afirmava Platão, possuem esse caráter contraditório; são, pois, o intermédio
entre o ser e o não ser e apropriados como objeto de opinião, mas não de conhecimento.
Somente quando saímos do mundo sensível e atingimos o mundo das ideias é
que alcançamos também o domínio do ser absoluto, eterno e imutável. Nesse mundo das
ideias só podemos entrar, segundo Platão, através do conhecimento racional, científico
ou filosófico.
Atividade:
Leia os textos e sublinhe as principais informações.
Comente a respeito do tema predominante.
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Aula 6
UNIDADE III - OS PROJETOS
“(...) não tem conta o número de respostas que estão à espera das perguntas.”
(José Saramago)
A PESQUISA
O que é, afinal de contas, uma pesquisa?
Aula 7
O que é um projeto de pesquisa?
Talvez um bom exemplo de projeto seja, como afirmou Elisa Gonçalves, citando
o professor Dr. Ettore Gelpi, da Universidade de Paris: ―uma planta que se faz para
construir uma casa: é o desejo que está contido ali. A casa não é o melhor momento, não
é fase mais criativa, é o que deu para fazer‖.
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Não existe um padrão único para os projetos de pesquisa. Por isso, é necessário,
quando se vai apresentar um projeto para programas de pós-graduação, solicitar
antecipadamente informações sobre sua formação e organização.
A forma mais clássica de apresentação talvez seja aquela onde aparecem: o
tema, a justificativa, os objetivos, a metodologia, o cronograma e a bibliografia
consultada.
Todo projeto de pesquisa deve responder às seguintes perguntas:
O que pesquisar? (definição do problema, hipóteses, base teórica)
Por que pesquisar? (justificativa da escolha do problema)
Para que pesquisar? (propósitos do estudo, seus objetivos)
Como pesquisar? (metodologia)
Quando pesquisar? (cronograma de execução)
Projeto: Após as ideias iniciais, o Projeto de Pesquisa é a primeira etapa formal de uma
pesquisa. É o documento explicitador das ações a serem desenvolvidas ao longo do
processo de pesquisa. Deve funcionar como um guia do pesquisador em relação aos
próximos passos a serem seguidos, levando em conta o tempo e os recursos.
Estrutura:
Itens pré-textuais:
Capa
Folha de Rosto
Itens textuais:
19
Introdução
1. Tema Geral
2. Delimitação do Problema
3. Objetivos
4. Justificativa
5. Metodologia
6. Cronograma
Itens pós-textuais:
7. Referências Bibliográficas
Aula 8
A ESCOLHA DO ASSUNTO
É a mesma Sônia Vieira que nos dá uma certa noção dos significados de
―importante‖, ―original‖ e ―viável‖:
universo de referência, o assunto que pode dar ensejo ou lugar a alguma coisa. O objeto
é o tema propriamente dito. Consiste no que se quer saber a respeito do sujeito. É o
conteúdo do trabalho.
Por exemplo: no tema ―A formação de recursos humanos‖ tem-se como sujeito,
que é o universo de referência, os recursos humanos, e como objeto ou conteúdo do
trabalho a formação. Em ―A comercialização do produto X‖ , o produto X é o sujeito, e
comercialização é o objeto.
Posteriormente, é necessário fixar a extensão do sujeito e do objeto.
No primeiro exemplo citado, o sujeito refere-se aos recursos humanos em
geral. Um estudo monográfico, entretanto, exige que se reduza a sua extensão, a fim de
se chegar a um tema objetivo e preciso. No caso, pode-se reduzir o sujeito a ― Formação
dos recursos humanos na empresa A‖.
Assim, determinar a extensão do sujeito é fixar o seu universo de referência.
Fixar a extensão do objeto é selecionar os setores, áreas ou tópicos do assunto
que serão focalizados, de forma preferencial em relação a outros. No exemplo citado,
poder-se-ia focalizar a ―formação humana‖, a ―formação profissional‖ e afins.
Circunstâncias de tempo e espaço contribuem para limitar a extensão do assunto.
No caso de ―formação de recursos‖, é relevante acrescentar ―na empresa A‖, dentre
outras possibilidades relacionadas tanto à noção de espaço quanto à de tempo (... no
período de 1995 a 1998).
Atividades:
Aula 9
DEFINIÇÃO DO TÍTULO
O aluno não deve ter, logo de início, uma preocupação excessiva com o título,
uma vez que pode ser alterado ao longo do desenvolvimento do trabalho.
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Aula 10
DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA
Aula 11
Justificativa ou relevância
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Atividades:
Aula 13
Metodologia
Método Dedutivo
Partindo da verdade geral tira-se conclusões sobre aspectos particulares.
A partir de estruturas lógicas, você parte de premissas e chega a conclusões.
A conclusão não pode possuir conteúdos que excedam o das premissas.
Método Indutivo
O método indutivo baseia-se na crença de que é possível confirmar um enunciado
universal (lei) através de certo número de observações singulares.
O Método Experimental
Aqui você desenha sua pesquisa. Em outras palavras, indica como pretende
executá-la. Isto é, se for uma pesquisa qualitativa, de que maneira você pretende coletar
e analisar os dados qualitativos (observação/entrevistas, etc.). Se for uma pesquisa
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quantitativa, de que maneira você pretende coletar dados. Apresente em linhas gerais o
método a ser utilizado para a execução da pesquisa.
É de fundamental importância a metodologia a ser aplicada, pois sem uma
definição clara sobre como vai ser feito o trabalho, possivelmente não haverá
consistência técnica.
A pesquisa pode ser:
1-Quantitativa-conceitos-chave= variáveis; operacionalização; hipóteses;
confiabilidade; validade; significância estatística;
2-Qualitativa – conceitos-chave= sentido; compreensão; construção social; símbolos;
experiência vivida.
As pesquisas Quantitativas e Qualitativas oferecem perspectivas diferentes, mas não
necessariamente pólos opostos. Elementos de ambas as abordagens podem ser usados
conjuntamente em estudos mistos, para fornecer mais informações do que poderia se
obter utilizando apenas um dos métodos isoladamente.
QUANTITATIVA QUALITATIVA
Objetivo subjetivo
Técnicas de Pesquisa
Documentação indireta = fase da pesquisa realizada com intuito de
recolher informações. O levantamento de dados é feito de duas maneiras:
1- pesquisa documental (fontes primárias) – restrita a documentos, escritos
ou não.
2- pesquisa bibliográfica (fontes secundárias)=toda bibliografia já tornada
pública, desde publicações avulsas, boletins, revistas, livros, pesquisas,
monografias, teses, material cartográfico, etc. até meios de comunicação
oral: rádio, fitas,e audiovisuais (filmes e televisão).
outras pessoas
Compilados após o acontecimento pelo Transcritos de fontes primárias
autor retrospectivas
Diários Pesquisa recorrendo a diários ou
Autobiografias autobiografias
Relatos de visitas a instituições
Relatos de viagens
A pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que já foi dito ou escrito, mas
propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a
conclusões inovadoras.
Documentação direta= levantamento de dados no próprio local onde os
fenômenos ocorrem. Podem ser obtidos através de pesquisa de campo ou
pesquisa de laboratório
Vantagens:
Acúmulo de informações e facilidade na obtenção de uma amostragem de
indivíduos.
Desvantagens:
Pequeno grau de controle sobre a coleta de dados e a possibilidade de que
fatores, desconhecidos para o investigador, interfiram no resultado.
O comportamento verbal ser relativamente de pouca confiança, pois os
indivíduos podem falsear suas respostas.
Tipos de perguntas:
Abertas (livres) o informante responde livremente as questões. Ex:
Qual é sua opinião sobre a lei do aborto?
Fechadas (alternativas fixas) aparecem duas opções: Sim ( ) Não ( ). Ex:
Você é favorável ao aborto? Sim ( ) Não ( )
Múltipla escolha (série de alternativas a serem escolhidas)
Atividade:
Aula 14
Cronograma
Exemplo: 2009
Atividades Jan fev mar abr Maio jun julh agost set Out Nov
Seleção do tema X
Pesquisa X
bibliográfica
Elaboração do X
projeto
Redação final do X
projeto
Desenvolvimento X X X X X X X X
da pesquisa
Coleta de dados X X X
Análise dos X X X
Dados
Redação final X X
Ou
Exemplo:
Atividades Período
1. Projeto Fevereiro/2011
1.1. Discussões sobre o tema Março- junho/2011
1.2. Redação do projeto
2. Monografia/Artigo/Relatório Agosto - setembro/2011
2.1. Coleta de dados
2.2. Pesquisa Bibliográfica e documental
2.3. Tratamento dos dados Outubro – novembro/2011
2.3.1. Análise bibliográfica/documental
2.3.2. Comparação dos resultados
2.3.3. Redação Final
4. Entrega do TCC Novembro-dezembro/2011
Bibliografia
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Aula 15
COMO PESQUISAR?
Caro aluno,
Muitas vezes as respostas para nossas indagações estão nos livros. Não de forma
pronta, acabada, num livro só, de um único autor. As informações estão em vários
livros, em revistas especializadas, em documentos dos cartórios, museus, centros de
documentação.
Se procurarmos dados sobre variação do dólar entre 1990 e 2000, podemos nos
reportar ao acervo de jornais da capital, O Estado de São Paulo ou a Folha de São Paulo,
porque sabemos que o caderno de Economia editora desses jornais traz informações
diárias a respeito dos valores de câmbio.
Se procurarmos dados sobre a variação do preço de escravos negros no Brasil,
entre 1850, (quando se deu a proibição do tráfico), e 1888 (quando se deu a abolição da
escravatura), devo me reportar aos arquivos do judiciário, onde estão os inventários
antigos porque como escravos, os negros eram bens patrimoniais, seus valores eram
descritos e variavam de acordo com a idade e sexo, passavam a ser propriedade de
outros de uma hora para outra.
Se desejamos saber quantos garotos, quantas garotas frequentam a Jet 7, ou
ainda, lá dentro, quantos frequentam cada ambiente, devo fazer uma pesquisa de campo,
indo ao local de pesquisa, anotar as frequências e as preferências.
Atividade:
Espero que com estas informações, mais as que você coletar na literatura
especializada, seu projeto de pesquisa já possa ser elaborado.
Experimente relacionar o conteúdo estudado e escreva seu “projeto de pesquisa”.
Bom trabalho!
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Aula 16
O ARTIGO CIENTÍFICO
Estrutura:
Pré-textuais:
• Resumo – palavras-chave (5)
• Abstract – key-words
• Título do artigo
• Nomes dos autores (com respectivas identificações)
Textuais:
• Introdução
• Desenvolvimento
• Considerações Finais
• Referências
1. Título: deve refletir o assunto discutido no texto. Título e subtítulo (se houver)
devem estar na página de abertura do artigo na língua do texto e na língua inglesa. O
autor deve evitar sobrecarregá-lo com informação expressa em forma de abreviatura
(salvo casos em que são universalmente conhecidas ou nomes de projetos) e entre
parênteses.
2. Resumo: texto com quantidade predefinida de palavras, onde se expõe o objetivo do
texto, a metodologia aplicada, e as soluções encontradas. O abstract é o resumo
traduzido para a língua inglesa.
3. Palavras-chave: são palavras características que devem identificar o artigo em bases
de indexação. Constituem item obrigatório e devem estar abaixo do resumo, antecedidas
da expressão palavras-chave separadas entre si por traço.
4. Introdução: deve situar o leitor no contexto do tema estudado, oferecendo uma visão
global da pesquisa realizada, situando a hipótese, a justificativa e a metodologia
empregada.
5. Desenvolvimento e explanação dos resultados: é a fundamentação lógica do
trabalho, na qual o autor deve fazer uma exposição e uma discussão das teorias que
foram utilizadas para o entendimento e o esclarecimento do problema pesquisado e que
devem apresentar uma estreita ligação com a dúvida investigada. Dependendo do
assunto tratado no manuscrito, há a necessidade de subdivisão em etapas que seguem
em seções e subseções.
6. Considerações finais: apresenta os resultados obtidos ao longo do manuscrito que
foram extraídos da pesquisa ou apontados por ela, sendo relacionadas às diversas
questões desenvolvidas ao longo do trabalho, sintetizando os resultados fundamentais,
com comentários do autor e as contribuições resultantes da pesquisa. É importante a
observação de que trata-se do encerramento do trabalho estudado, devendo responder
às hipóteses propostas e aos objetivos apresentados na introdução, não devendo, sob
31
condição alguma, que sejam apresentadas informações novas, que já não tenham sido
apresentadas no desenvolvimento do trabalho.
7. Referências: Conjunto de informações que devem permitir identificar, no todo ou em
parte, documentos impressos ou produzidos em diferentes materiais que foram citados
no decorrer do texto, devendo seguir as normas da ABNT que estão explicadas na
apostila de Metodologia.
8. Linguagem do artigo: O artigo científico é um texto condensado, é importante que
sejam observados a correção e precisão da linguagem, coerência das ideias
apresentadas, inteligibilidade, objetividade e fidelidade às fontes citadas. A redação do
artigo deve ser buscar:
a) impessoalidade: O trabalho é resultado da investigação cientificamente fundamentada
do autor sobre determinado assunto, não cabendo um relato pessoal sobre o trabalho,
haja vista que o estudo deverá ser acessível à comunidade científica sempre que outro
estudioso necessitar explorar o assunto em questão, logo deve ser redigido em terceira
pessoa, caracterizando o teor universal da pesquisa desenvolvida;
b) objetividade: deve ser direto, preciso, sem expressões que possibilitem interpretações
medíocres, sem valor científico. Sendo assim, termos como ―eu penso‖, ―eu acho‖,
―parece-me‖, e outros que denotem dúvida ou desconhecimento de causa devem ser
abolidos do texto;
c) estilo científico: deve ser informativo, racional, baseado em dados concretos, onde
podem ser aceitos argumentos de ordem subjetiva, desde que explanados sob um ponto
de vista científico;
d) vocabulário técnico: a comunicação científica deve ser feita com termos comuns, que
garantam a objetividade da comunicação, sendo, porém que cada área científica possui
seu vocabulário técnico próprio que deve ser observado;
e) correção gramatical: a observação da correção do texto deve ser feita com cuidado,
evitando-se o uso excessivo de orações subordinadas em único parágrafo, o excesso de
parágrafos, lembrando que cada parágrafo encerra uma pequena ideia defendida no
texto, logo, encerrada a ideia, muda-se o parágrafo.
O RELATÓRIO CIENTÍFICO
1. CONCEITO DE RELATÓRIO
Exposição escrita na qual se descrevem fatos verificados mediante pesquisas ou se
historia a execução de serviços ou de experiências. É geralmente acompanhado de
documentos demonstrativos, tais como: tabelas, gráficos, estatísticas e outros.
2. OBJETIVOS
De modo geral, podemos dizer que os relatórios são escritos com os seguintes objetivos:
divulgar os dados técnicos obtidos e analisados;
registrá-los em caráter permanente.
3. TIPOS DE RELATÓRIOS
Os relatórios podem ser dos seguintes tipos:
técnico-científicos;
de viagem;
de estágio;
de visita;
administrativos;
fins especiais.
32
4. RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO
Documento original pelo qual se faz a difusão da informação corrente, sendo ainda o
registro permanente das informações obtidas. É elaborado principalmente para
descrever experiências, investigações, processos, métodos e análises.
5. FASES DE UM RELATÓRIO
Geralmente a elaboração do relatório passa pelas seguintes fases:
a) plano inicial: determinação da origem, preparação do relatório e do programa de seu
desenvolvimento;
b) coleta e organização do material: durante a execução do trabalho, é feita a coleta, a
ordenação e o armazenamento do material necessário ao desenvolvimento do relatório.
c) redação: recomenda-se uma revisão crítica do relatório, considerando-se os seguintes
aspectos: redação (conteúdo e estilo), sequência das informações, apresentação gráfica e
física.
6.3 Sumário
É a relação dos capítulos e seções no trabalho, na ordem em que aparecem.
6.5 Resumo
Resumo é uma síntese do conteúdo apresentado em forma de texto reduzido.
6.6 Texto
Parte do relatório em que o assunto é apresentado e desenvolvido.
Conforme sua finalidade, o relatório é estruturado de maneira distinta. O texto dos
relatórios técnico-científicos contêm as seguintes seções fundamentais:
33
ESTRUTURA da MONOGRAFIA
Os trabalhos acadêmicos são divididos em elementos pré-textuais, textuais e pós-
textuais. Para maior entendimento, acompanhe o quadro abaixo:
Quadro estrutural do trabalho
Pré-textuais Textuais Pós-textuais
Capa* Introdução* Bibliografia*
Folha de rosto* Desenvolvimento* Anexos
Errata Conclusão* Crédito das ilustrações
Folha de aprovação* Crédito de tabelas
Dedicatória Lista de abreviaturas
Agradecimento Índice onomástico
Epígrafe Índice de ilustrações
Resumo em português*
Resumo em inglês*
(abstract) (pós)
34
Sumário*
*indispensáveis
Utilizar papel formato A4 (210x297 mm) e utilizar fonte TIMES NEW ROMAN, 16/14
Deve conter: Nome da instituição (centralizado, na margem superior)
Nome do autor (abaixo do nome da instituição)
Título do trabalho (centralizado na página)
Local (centralizado, na margem inferior)
Ano de entrega (centralizado, abaixo do local)
(modelo de capa)
1.1.3 Sumário
Elemento obrigatório, o sumário é a listagem das principais divisões, seções e outras
partes de um documento refletindo a organização do texto (FRANÇA, 2003). O sumário
é regido pela NBR 6027 revisada em maio de 2003. Não se deve confundir sumário
com índice.
De acordo com a ABNT (2003) a diferença entre eles é a seguinte:
Índice: lista de palavras ou frases, ordenadas segundo determinado critério, que localiza
e remete para as informações contidas no texto.
Sumário: enumeração das divisões, seções e outras partes de uma publicação,na mesma
ordem e grafia em que a matéria nele se sucede.
36
Aula 17
Elementos textuais:
Introdução:
Desenvolvimento:
Aula 18
Conclusão ou Considerações Finais:
Aula 19
Elementos pós-textuais
Bibliografia:
Livros
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia Científica. São Paulo: Mac Graw-Hill,
1975.
Dicionários
JOFFILY, Bernardo. Brasil 500 anos: Atlas histórico. São Paulo: Editora Três, 1998.
Biografias
HAMON, Herve. A vida de Ives Montand. Tradução de Raul de Sá Barbosa. São:
Paulo: Siciliano, 1993.
Enciclopédias
THE FOCAL encyclopedia of photography. 3.ed. Boston: Focal, 1993.
Normas Técnicas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e
documentação: trabalhos acadêmicos, apresentação: NBR 14724. Rio de janeiro:
ABNT, 2002.
Dissertações e teses
SOARES, Rosana de Lima. Imagens veladas, imagens reveladas: narrativas da AIDS
nos escritos do Jornal Folha de São Paulo (1994-1995), 1997. 256 f. Dissertação
(Mestrado em Ciências da Comunicação, Jornalismo) – Escola de Comunicação e Artes,
Universidade de São Paulo, 1997.
Relatórios oficiais
CETESB. Relatório anual de qualidade do ar no estado de São Paulo: 1996. São Paulo,
1997. 86 p. il. (relatórios).
Publicações periódicas
REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939.
Artigos de revistas
ZANARELLA, Luiz Carlos. Ciclo de vida de um restaurante – parte 2. Hotelnews, São
Paulo, n. 287, p. 38-39, nov. / dez. 1998.
Filmes e vídeos
O ANJO AZUL. Direção Josef Von Stemberg. São Paulo: Altaya, 1936. 1 DVD
(95min.), son., pb. Legendado em português.
Fotografias
SALGADO, Sebastião. Trabalhadores. 1997. 1 álbum (28 fot.): color.;17,5 x 13 cm.
Arquivos em disquetes
SAMPAIO, Caio Munhoz. Apostila. Doc. Curitiba, 12 de dezembro de 2002. 1 arquivo
(605 bytes), Disquete 3 ½ , Word 2001.
Documento sonoro
RIEU, André. Vienna Master Series. São Paulo: RCA Victor, 1999, 1 CD.
cadernos especiais: ELEIÇÕES. Folha de São Paulo, São Paulo, 20 ago. 1998.
Especial, p. 1-8.
( Em monografias)
Lista de ilustrações:
Lista de tabelas:
Consiste na relação das tabelas, na ordem em que se sucedem, acompanhadas do
número da página.
Anexo e Apêndice:
Dicas
Não deixe para escrever apenas quando terminar a pesquisa. Procure elaborar
textos a partir dos elementos que já tem em mãos. Quando faltar dados para a
composição do texto, deixe indicações para completar posteriormente.
Use frases curtas ao escrever seu texto. Seja claro, preciso, objetivo e conciso.
Relatos individuais também devem ser evitados. Não use frases feitas
desgastadas. Evite o uso exagerado da voz passiva (será realizado, será iniciado).
Não começar períodos ou parágrafos seguidos com a mesma palavra, nem usar
repetidamente a mesma estrutura de frase.
Comece a redação de sua monografia pelo capítulo que você estiver mais
familiarizado, não necessariamente pelo primeiro.
Aula 20
CITAÇÕES
Citação é "menção de uma informação extraída de outra fonte". (ABNT, 2002b,
p.1).
Também como descreve França et al. (2003, p. 109)
As citações são trechos transcritos ou informações
retiradas das publicações consultadas para a realização do
trabalho. São introduzidas no texto com o propósito de
esclarecer ou complementar as idéias do autor. A fonte de
onde foi extraída a informação deve ser citada
obrigatoriamente, respeitando-se desta forma os direitos
autorais.
Sobre as citações:
Citações menores (até 3 linhas) devem ser feitas entre aspas, no corpo do
texto.
*se a citação inicia o período, as aspas fecham depois do ponto final: ―A
monografia é desgastante, demanda tempo (...) mas é gratificante.‖
*se a citação não inicia o período, as aspas fecham antes da pontuação: A
monografia ―é desgastante, demanda muito tempo (...) mas é gratificante‖.
*caso haja referência bibliográfica, o ponto vem depois dela, em qualquer dos
casos acima mencionados: ―A monografia é desgastante, demanda muito tempo
(...) mas é gratificante‖ (Unesp, 1994).
* Todas as citações devem ter a referência bibliográfica correspondente.
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Exemplos
Wilmore (1988, p. 56) define-a como "a habilidade para executar níveis de ‗AF‘ que
variam de moderados a enérgicos sem fadiga excessiva e a capacidade de mantê-la
durante toda a vida".
(depois da citação)
Ex: A lei não pode ser vista como algo passivo e reflexivo, mas como uma força
ativa e parcialmente autônoma, a qual mediatiza as várias classes e compele os
dominantes a se inclinarem às demandas dos dominados. (GENOVESE, 1974).
Citação de citação
cm da borda superior direito da folha (...) havendo apêndice e anexo, as suas folhas
devem ser numeradas de maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à do
texto principal‖ (NBR 14724:2002).
Subtítulos
alinhados à margem esquerda
separados do texto que os precedem por dois espaços e do texto que os
sucede por um espaço.
BIBLIOGRAFIA
FARIA, Ana Cristina; CUNHA, Ivan da; FELIPE, Yone Xavier . Manual Prático para
elaboração de monografias: Trabalhos de Conclusão de Curso, Dissertações e Teses.
Petrópolis: Vozes, 2007.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese – metodologia. São Paulo: Perspectiva, 2003.
45
PASSOS, Jeane dos Reis, VIEIRA, Simone Maria do Prado, ROKICKI, Cristiane
Camizão (organizadores). Guia de normalização de monografias, dissertações e teses
para alunos das Faculdades SENAC. São Paulo: SENAC, 2003.
SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fontes,
1991.
ANEXO 1
Tipos de trabalhos científicos ou informação científica
1. Artigo científico
2. Comunicação Científica
3. Monografia
4. Periódicos, Anais e Revistas eletrônicas
5. Relatório
6. Seminário
1. Artigo científico
Artigos são comunicações escritas, publicadas em revistas especializadas, com o
objetivo de divulgar junto à comunidade científica os resultados, ainda que parciais, de
pesquisas em uma área específica. Os artigos não costumam ser muito extensos,
variando de 5 a, no máximo, 30 páginas. Quem define o tamanho máximo de um artigo
e a sua formatação básica é, geralmente, a revista na qual ele será publicado.
Exemplo: O que motiva e determina a compra e o consumo de chocolate
3. Monografia
Uma monografia é um trabalho escrito, sistemático e completo sobre um determinado
tema, geralmente fruto de uma pesquisa rigorosa. Uma monografia deve ter um tema
claramente definido, apresentar o resultado de uma pesquisa pormenorizada, detalhada e
aprofundada sobre o tema e que traga contribuições importantes para a área de
conhecimento a que se refere.
Existem vários tipos de monografia:
- TCC
- Monografia da pós graduação lato sensu
- Dissertação de mestrado
- Tese de doutorado.
Exemplo: Monografias feitas pelos alunos de MBA em Gestão Estratégica de Negócios
5. Relatório
O relatório é a redação dos resultados de uma pesquisa. Sua função se assemelha à do
artigo científico, mas sua utilidade é a de uma comunicação mais técnica e, portanto,
47
bem mais detalhada. Normalmente usa-se fazer relatórios ao longo de uma pesquisa
para prestar contas à agência de fomento que estiver financiando as investigações. Uma
pesquisa comporta, portanto, relatórios parciais e um relatório final. Práticas didáticas,
como estágio, também pedem seus relatórios.
6. Seminário
É a apresentação para debate de um estudo aprofundado de uma questão:
- um estudo aprofundado que não se restrinja às características de um fichamento
- um estudo com vistas à comunicação e discussão
- um estudo que só pode ser bem debatido se partir de um texto-roteiro,
preferencialmente entregue aos demais participantes.
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TEXTO 1
Leia a seguir um fragmento de um parecer sobre um caso de plágio em trabalho
acadêmico-universitário:
FONTE:
MARTINEZ, V. C. Plágio em trabalho universitário e o papel do educador. Revista JUS
NAVIGANDI.
Publicado em 06/2006. Disponível em: http://jus.uol.com.br/revista/texto/16692/plagio-
em-trabalho-universitario-e-o-papel-do-educador/2, acesso em 02/12/2010.
TEXTO 2
textos. E como tornar aquela sua crônica bobinha sobre uma família classe média em
algo respeitável? Simples: assine Luís Fernando Veríssimo.
Essas fraudes, apesar de dolorosamente óbvias, acabam sendo aceitas pela
maioria dos leitores. Não é de se surpreender, como exposto em outra coluna, que
matérias de sites humorísticos como o Cocadaboa sejam retransmitidas sem menção da
fonte e tomadas como a mais sacramentada verdade.
Entretanto, esse fenômeno antigo, devidamente ressuscitado pela Internet, está
ameaçando arrastar aos tribunais brasileiros o nome de uma de nossas maiores autoras:
Clarice Lispector.
Links Relacionados:
Desafiat - Blog sobre a polêmica, criado por Edson Marques
Mude - Blog principal de Edson Marques
18 de junho de 2004