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AGRICULTURA BRASILEIRA
As atividades econômicas agrárias, também denominadas primárias, são aquelas próprias do meio
rural: agricultura, pecuária e extrativismo. Estão voltadas para a produção de alimentos ou de
matérias-primas a serem transformadas pela atividade secundária, isto é, a indústria.
Vários fatores foram responsáveis pelo avanço da agricultura brasileira: vasta extensão territorial
nacional, abundância de sol, água e outros recursos naturais, desenvolvimento tecnológico,
crescimento da produtividade das lavouras, diversidade de produtos e aumento da demanda dos
países asiáticos.
O Brasil importa alimentos como arroz, pescado, produtos lácteos e trigo. Este é o de maior valor e
relevância.
O governo brasileiro oferece créditos rurais e incentivos à agricultura e criou vários programas
visando ao crescimento da agricultura e do agronegócio. Contudo, em algumas áreas do Brasil,
persiste ainda a baixa produtividade e há subemprego e pobreza no campo. O planejamento agrário
deve, portanto, servir como um modificador da ocupação e expansão do espaço agrícola. As áreas
mais adequadas para o plantio devem ser identificadas e adequadas para que haja máxima
produtividade e rentabilidade. Ao mesmo tempo, é sempre importante considerar os impactos ao
meio ambiente, procurando preservá-lo e desenvolver uma política agrária visando ao
desenvolvimento sustentável.
O Brasil ainda apresenta uma grande concentração de terra nas mãos de poucos. Segundo o Censo
Agropecuário (2006 – 2007), 15% dos proprietários de terra possuem mais de 75% da área produtiva
do país.
Apesar de o Brasil ser muito rico em terras cultiváveis, o país luta contra a fome. Segundo a FAO
(Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), nas últimas duas décadas houve
uma redução na taxa de brasileiros subnutridos – de 15% para 6.9% da população. Contudo, 30% dos
lares brasileiros ainda apresentam algum grau de insegurança alimentar.
Sistema Extensivo
O sistema extensivo é caracterizado pela utilização de mão de obra escassa e não qualificada e por
pouco rendimento em grandes extensões de terras.
Plantation
Plantation – latifúndio monocultor dedicado à produção de gêneros primários e voltada ao mercado
externo – foi o sistema agrícola utilizado, a partir do século 16, na colonização dos países americanos
pela Europa. Esse sistema se caracteriza pelo emprego de volumosos capitais para a produção em
larga escala de monoculturas voltadas para a exportação e pela utilização de farta mão de obra. A
adoção da plantation tem como consequência a concentração de terras por meio de latifúndios e a
maior dependência em relação ao mercado externo.
Com o cultivo da-cana-de-açúcar em terras brasileiras, foi introduzido no país: monocultura, grandes
estabelecimentos, capitais abundantes, mão de obra numerosa e barata, alto nível tecnológico,
trabalho assalariado, aproveitamento agroindustrial de produção, cultivos destinados à exportação e
grande rendimento.
Sistema Intensivo
O sistema intensivo emprega capitais, mecanização e mão de obra qualificada. Em contraste ao
sistema extensivo, é caracterizado por capitalização e por um alto índice de produtividade.
Utilizado em propriedades nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, o sistema intensivo apresenta as
seguintes características: uso permanente do solo, rotação de cultivos, uso de fertilizantes, seleção
de sementes, seleção de espécies, mecanização, grande rendimento, alta produção por hectare,
terra escassa e mão de obra abundante e qualificada.
Agricultura Familiar
A grande maioria dos estabelecimentos rurais brasileiros, 84,4%, são classificados como
“estabelecimentos da agricultura familiar”, mas ocupam apenas 24,3% do território ocupado no
campo brasileiro. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), tais
estabelecimentos rurais são responsáveis por 70% dos empregos no campo e por 40% do total da
produção agrícola no país.
A agricultura familiar apresenta áreas de cultivo menores, em pequenas e médias propriedades, com
o trabalho e administração das terras nas mãos das famílias proprietárias. A agricultura familiar é
responsável pelo fornecimento de boa parte dos alimentos do mercado interno.
Com a agricultura familiar abastecendo o mercado interno, as grandes empresas atuam com maior
participação no mercado exportador.
O pequeno produtor brasileiro é quem mais sofre com a falta de preparo técnico e de incentivos
sociais e econômicos. O somatório da produção de vários pequenos e médios produtores, por meio
do cooperativismo, tem possibilitado aumentar a participação nos mercados nacionais.
Áreas de agricultura familiar, a exemplo do que vem ocorrendo no norte do Paraná, voltaram-se
para cultivos altamente mecanizados como os da soja e do trigo.
As atividades agrárias são muitos influenciadas por fatores naturais, como características tropicais,
que favorecem a produção de cultivos de destaque no mercado mundial. A economia
agroexportadora contribuiu, durante um extenso período, para estabelecer uma organização social
que relacionou a propriedade da terra à concentração do poder político e econômico, favorecendo
os conflitos existentes. A atividade agrícola apresenta forte dualidade entre uma agricultura
comercial, mecanizada e de exportação, e lavouras arcaicas de subsistência, com trabalho familiar.