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ENSINO MÉDIO
GEOGRAFIA
CONTINENTES E PAÍSES
O deserto do Saara, uma formidável barreira natural, dividiu o continente, em termos étnico-
culturais, em duas porções distintas:
NORTE (DO MAR MEDITERRÂNEO ATÉ O SAARA) - a denominada África Branca, povoada
basicamente por árabes, mouros e bérberes, de religião predominantemente islâmica.
CENTRO E SUL - área conhecida como África Negra, cuja população é composta por bantos,
sudaneses, hotentotes (na Namíbia e no deserto do Kalahari), bosquímanos (no Saara) e pigmeus
(moradores nas áreas florestais do rio Congo), a maioria seguidores de religiões animistas e ritos
fetichistas. Devemos acrescentar que na extremidade setentrional moram minorias brancas de
origem europeia (África do Sul, Zimbábue e Namíbia) e outras provenientes da Ásia, principalmente
indianos e chineses, na África do Sul e Moçambique.
A DEMOGRAFIA
A população africana é distribuída de maneira bastante irregular pela superfície do continente. Os
vales são mais habitados em detrimento de áreas que dificultam a fixação, tais como desertos e
montanhas elevadas.
Entre os séculos XVI e XIX, a população africana permaneceu relativamente estável em função das
lutas intertribais e também da perda de contingentes humanos em função de tráfico negreiro. Esse
último, não só diminuiu a população absoluta, como também coibiu o crescimento vegetativo, pois
aproximadamente 80% dos escravos vendidos para as Américas eram do sexo masculino, o que
desequilibrou a proporção sexual da população, fazendo decrescer as taxas de natalidade. A partir
do final do século XIX, em função da presença europeia e da eliminação do tráfico negreiro, a
população retomou seu crescimento. De fato, a medicina ocidental e a construção de uma
infraestrutura sanitária, proveniente dos modelos europeus, além de altas taxas de natalidade,
possibilitaram uma verdadeira explosão demográfica.
Atualmente, a África apresenta um dos maiores índices de crescimento vegetativo do planeta, com
altas taxas de natalidade e de mortalidade. A África é o segundo maior e o segundo mais habitado
continente. Deve-se ressaltar, também, que o Continente Africano apresenta os menores índices
mundiais de expectativa de vida: menos de 50 anos em muitos países do continente. Como
consequência, predominam os segmentos populacionais mais jovens.
A taxa de fecundidade na África é muito alta. Uma mulher africana tem, em média, 5.2 filhos. Na
Nigéria, o país com a maior taxa de fecundidade, a média é de 7.6 filhos. Já na Europa, a media é de
apenas 1.6 filho.
As nações mais populosas da África são, respectivamente, a Nigéria (174,5 milhões de habitantes), o
Egito (85,3 milhões), a Etiópia (93,9 milhões) e a República Democrática do Congo (75,5 milhões).
CAMPESINATO - maior parcela da população, esse setor é, sem dúvida, a maior vítima da
exploração europeia e da desorganização administrativa que caracteriza a região. Em sua grande
maioria, os camponeses africanos são assalariados temporários, desprovidos de quaisquer
benefícios e sem nenhuma proteção trabalhista;
BUROCRATAS - em termos locais, uma relativa elite civil e militar que controla o aparelho de Estado.
Seus salários, elevados para os padrões locais, são sempre complementados pelas propinas e outras
formas de corrupção, possibilitadas por suas relações com as grandes empresas transnacionais e
com os governos dos ex-colonizadores;
- guerras constantes em razão dos antagonismos tribais e das lutas pelo poder;
- desinteresse governamental pela sorte das populações, já que as lideranças dos quadros
burocráticos locais buscam somente o enriquecimento próprio e o controle político de seus Estados;
- conforme o Relatório de Desenvolvimento Humano, índice organizado pela ONU, medido com base
na expectativa de vida, alfabetização e acesso aos serviços públicos, a África Negra, também
conhecida como Subsaariana, apresenta hoje a mais alta taxa de pobreza absoluta do mundo.