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DISTRIBUIÇÃO POTENCIAL DE Lutzomyia longipalpis ASSOCIADA A

MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO BRASIL


Camila Lorenz1*, Thiago Salomão Azevedo2*, Francisco Chiaravalloti-Neto3
1
Departamento de Epidemiologia, Faculdade de Saúde Pública - USP, Av. Dr. Arnaldo 715, SP, Brasil, camilalorenz@usp.br; 2
Departamento de Geografia, Universidade Estadual Paulista, Avenida 24A 1515, Rio Claro, SP, Brasil, azevedots@gmail.com; 3
Departamento de Epidemiologia, Faculdade de Saúde Pública - USP, Av. Dr. Arnaldo 715, SP, Brasil.

*Esses autores contribuíram igualmente.

RESUMO 1. INTRODUÇÃO

A leishmaniose visceral é um importante problema de saúde No Brasil o vetor primário de Leishmania infantum chagasi
pública no Brasil, e mudanças na distribuição de seu é a Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae:
principal vetor, Lutzomyia longipalpis, estão entre os fatores Phlebotominae), uma das espécies de flebotomíneos mais
que mais contribuem para o aumento de sua incidência. bem estudadas na região Neotropical [1,2]. Esse parasito
Neste estudo nós mapeamos a distribuição atual desse vetor causa leishmaniose visceral (LV), também conhecida como
assim como fizemos previsões para cenários futuros. O fator calazar, que é caracterizado por episódios irregulares de
mais determinante para sua ocorrência foi a sazonalidade da febre, perda de peso, aumento do baço e fígado, e anemia
temperatura, contribuindo com cerca de 83% para o modelo. [3]. É uma doença tropical negligenciada importante que
Com o aumento de temperatura em cenários futuros, haverá está distribuída por todo o mundo [4] e geralmente está
uma mudança no padrão de distribuição desse vetor: áreas associada com condições de vida precárias [5].
atualmente sem a presença de Lu. longipalpis, como o Devido aos fatores socioeconômicos, a urbanização tem
Paraná e regiões do Norte, serão prováveis para sua sido um dos desafios mais importantes para o controle da
ocorrência. Por outro lado, a região costeira, que atualmente LV. O êxodo massivo de cães infectados de áreas rurais para
apresenta registros, será menos provável como seu habitat. urbanas leva a um crescimento desordenado de más
Os resultados gerados a partir deste estudo poderiam ser condições sanitárias onde Lu. longipalpis se estabelece com
usados para otimizar e prever estratégias de controle e sucesso e ocorre sua dispersão [6]. Fatores climáticos
vigilância. também estão relacionados com sua dispersão. Existem
vários estudos que mostram a forte correlação da
Palavras-chave — temperatura, vetor, leishmaniose temperatura com a distribuição de vetores competentes de
visceral, vigilância. LV e cães infectados em áreas endêmicas do Brasil [7,8]. A
temperatura regula importantes parâmetros biológicos dos
ABSTRACT flebotomíneos [9]. Especificamente, baixas temperaturas
reduzem o metabolismo e a taxa de picada desses insetos
Visceral leishmaniasis is an important public health [10,11], e também aumentam o período extrínseco de
problem in Brazil, and changes in distribution of its main incubação do parasito, afetando suas taxas de reprodução
vector, Lutzomyia longipalpis, contribute to the increase of [9]. Desse modo as mudanças climáticas, especialmente as
its incidence. In this study, we mapped the current mudanças na temperatura, podem acelerar a taxa de
distribution of this vector as we made predictions for future expansão geográfica de Lu. longipalpis e,
scenarios. The most determining factor for its occurrence consequentemente, da LV. Em relação ao Brasil, Lorenz et
was the seasonality of the temperature, contributing with al [12] mostrou que as temperaturas médias do país estão
about 83% for the model. As temperature increases in future aumentando gradativamente, e com isso, há um consequente
scenarios, there will be a change in the distribution pattern aumento na incidência de várias doenças tropicais
of this vector: areas currently without Lu. longipalpis, such negligenciadas.
as the Paraná and Northern regions, are likely to occur. On Sendo assim, o principal objetivo deste estudo foi
the other hand, the coastal region, which currently has mapear a distribuição atual do vetor Lu. longipalpis no
records, will be less likely as its habitat. The results Brasil e prever como as mudanças climáticas,
generated from this study could be used to optimize and principalmente o aumento de temperatura, irão afetar sua
predict control and surveillance strategies. distribuição geográfica no futuro.

Keywords – temperature, vector, visceral leishmaniasis,


surveillance.
2. MATERIAIS E MÉTODOS projetados em dois períodos distintos (2046-2065 and 2081-
2100) para identificar as áreas adequadas para a distribuição
2.1 Área de estudo e fonte de dados do vetor.

Os pontos de ocorrência de Lu. longipalpis foram 3. RESULTADOS


identificados através de bancos de dados online sobre a atual
biodiversidade (www.gbif.org) e de registros na literatura. Através da PCA dos fatores climáticos foi possível
Os dados provenientes da literatura foram exaustivamente identificar que aqueles relacionados com a temperatura
coletados através de buscas no PubMed e Google Scholar foram mais representativos: temperatura média anual,
(termos de busca: “Lutzomyia longipalpis” E “Brasil” OU variação diária da temperatura e sazonalidade da
“Brasil”) e na biblioteca da Universidade de São Paulo. Nós temperatura tiveram os maiores valores dos eingenvectors,
incluímos todos os registros de ocorrência. de acordo com a Tabela 1. Depois de selecionar essas três
Para determinar as condições ecológicas e climáticas variáveis mais importantes, foi construído um modelo no
associadas com a ocorrência de Lu. longipalpis nós Maxent (Figura 1) para determinar quais áreas são mais
examinamos cinco variáveis: precipitação anual (mm), prováveis para sua ocorrência.
temperatura anual (ºC), sazonalidade da temperatura,
sazonalidade da precipitação e variação diária da Eigenvectors
temperatura. Todos os dados climáticos foram obtidos em Variáveis F1 F2
arquivos com formato ASCII-raster, utilizando o sistema de
Temperatura média anual -0,567 -0,165
coordenadas “LAT/LONG” (Datum WGS-84). Esses dados
foram obtidos dos bancos de dados WorldClim-Global [13] Variação diária da temperatura 0,091 0,738
e AMBDATA [14], que contém dados observacionais de Sazonalidade da temperatura 0,649 -0,031
1950 até 2000, interpolados numa resolução de 30 arc- Precipitação média anual -0,166 0,651
segundos (aproximadamente 1km). Sazonalidade da precipitação -0,471 0,069
Tabela 1. Importância de cada variável ambiental na PCA. As
2.2 Análise dos dados mais influentes (valores extremos em vermelho) foram usadas
nas análises posteriores no software Maxent.
A PCA foi realizada utilizando o software R para eliminar a
redundância entre as covariáveis e pré-selecionar quais
explicaram melhor a distribuição do vetor [15]. Após a
PCA, foram selecionadas as três variáveis mais
representativas dos eingenvectors (com maior contribuição),
que foram usadas nas análises do Maxent v3.3.3k (um
algoritmo para modelagem de distribuição de espécies
baseado em dados existentes e variáveis ambientais) [16].
Os mapas de distribuição potencial foram gerados através da
interpolação de pontos de ocorrência e medidas de
similaridade das variáveis ambientais em cada pixel.
Os dados climáticos futuros foram integrados utilizando
o modelo climático global MIROC-5 [17]. A resolução
espacial desse modelo foi a mesma das variáveis ambientais
(30 arc-segundos, aproximadamente 1km). O método de
construção dos mapas foi o mesmo utilizado no modelo do
Maxent, embora o cálculo da probabilidade do modelo
MIROC-5 foi incorporado para comparação entre as
temperaturas atuais e futuras. Para obter os cenários
climáticos futuros através do modelo climático MIROC-5
também é necessário escolher uma condição para a emissão
de gases com efeito estufa (GEE) durante o período em que
a projeção foi feita. Em nosso modelo preditivo nós Figura 1. Mapa do Brasil mostrando as áreas prováveis de
utilizamos dois cenários diferentes: baixa emissão (RCP 2.6) ocorrência atual do vetor Lu. longipalpis.
e alta emissão (RCP 8.5), detalhados no relatório do Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) [18]. A contribuição de cada variável no modelo foi: 83,8%
No primeiro cenário, a temperatura global aumentará para sazonalidade da temperatura, 12,7% para temperatura
1,0ºC e no segundo aumentará de 2,0ºC a 3,7ºC. Os modelos média anual e 3,5% para variação diária da temperatura. De
futuros para a expansão de Lu. longipalpis no Brasil foram acordo com o mapa de distribuição existe uma concentração
de Lu. longipalpis principalmente no Sudeste, Centro-Oeste diferentes condições climáticas, tendo atividade durante
e região costeira do Brasil. todos os meses do ano [19]. Apesar da importância da
Também foram construídos mapas de probabilidade umidade e precipitação em seu ciclo de vida [7], as análises
para duas projeções climáticas futuras (Figura 2). Os de PCA não mostraram grande contribuição dessas variáveis
resultados revelam uma mudança progressiva nas áreas de no modelo. Embora existam estudos que mostrem uma alta
distribuição do vetor, com um aumento de sua ocorrência densidade desse flebótomo após a estação chuvosa [20-22],
especialmente no Sul do país (estado do Paraná). Também é também existe alta densidade em regiões mais secas da
possível observar que haverá uma diminuição da ocorrência Costa Rica [23] assim como no estado do Mato Grosso do
nas áreas costeiras. Em todos os cenários surgirão áreas Sul na estação mais seca do ano [22].
importantes com a presença do vetor na região Norte do O aumento da temperatura pode mudar a distribuição
país; essa região não apresenta registros de Lu. longipalpis dos vetores e do protozoário, que podem migrar para outras
até o presente momento. Tanto na projeção com baixa áreas com condições mais favoráveis para sua proliferação
emissão de GEE quanto naquela com alta emissão não [12]. Além disso, a temperatura pode acelerar o
haverá mudanças drásticas na distribuição geográfica deste desenvolvimento dos estágios imaturos desse inseto [24] e,
vetor. consequentemente, alterar as taxas de transmissão de LV.
Essa informação é bastante preocupante, visto que as
análises temporais do clima mostram que a temperatura
média do Brasil está aumento gradativamente ao longo das
décadas [12]. Além disso, o relatório do IPCC [25] aponta
que as ondas de calor serão mais propensas a ocorrer nos
próximos anos com mais frequência e duração. Os eventos
de precipitação extrema também serão mais frequentes e
intensos nas superfícies continentais, e em regiões tropicais
úmidas como o norte do Brasil. Consequentemente, essas
alterações climáticas podem interferir diretamente na
distribuição dos vetores de LV, particularmente Lu.
longipalpis.
As mudanças climáticas também afetam a atividade
humana e a migração das pessoas, assim como a
redistribuição dos vetores, e um ambiente mais favorável
para a propagação das doenças [26]. Portanto, as estimativas
de risco futuras devem considerar esses fatores. No entanto,
apesar de todos os esforços e conhecimentos acumulados na
literatura, ainda é difícil identificar os principais fatores que
deflagram uma epidemia [27] assim como determinar os
métodos de controle mais eficiente do vetor. Dessa forma,
nossos achados indicam que as variáveis relacionadas à
temperatura parecem desempenhar um papel central na
distribuição do vetor de LV Lu. longipalpis. As atividades
Figura 2. Expansão futura estimada de Lu. longipalpis com humanas, principalmente urbanização, agricultura e criação
base no modelo climático MIROC-5 em dois cenários distintos: de animais domésticos resultam na proliferação das
com baixa e alta emissão de gases com efeito estufa (GEE). populações dos vetores, aumentando seu contato humano e
o risco de infecção [26, 28].
Considerando que a dispersão do vetor Lu. longipalpis
4. DISCUSSÃO está correlacionada com a dispersão dos casos de LV, é
necessário um monitoramento cuidadoso tanto das variáveis
Nossos resultados mostram que a distribuição do vetor Lu. climáticas quanto dos casos de LV humanos e caninos. Os
longipalpis será bastante afetada pela mudança de resultados gerados a partir deste estudo poderiam ser usados
temperatura nas próximas décadas. Se hoje ele está restrito para otimizar as estratégias de controle e vigilância,
principalmente à região central do país, no futuro haverá prevendo áreas prioritárias para aplicações de inseticidas ou
ocorrência também no estado do Paraná e em várias áreas da vacinação/encoleiramento nos cães. Entretanto, são
região Norte. Dentre os fatores climáticos analisados, foi necessários outros estudos abordando não somente variáveis
possível constatar que a sazonalidade da temperatura foi o ambientais, como também as socioeconômicas, para
mais importante determinante para sua ocorrência: trata-se descobrir quais estão mais relacionadas com a ocorrência de
do desvio padrão das temperaturas médias mensais. O vetor Lu. longipalpis.
Lu. longipalpis está adaptado a diferentes habitats com
5. CONCLUSÕES factors on neglected emerging arboviral diseases.” PLOS
Neglected Tropical Diseases, 11(9), 12-20, 2017.
Nossos resultados mostram que a temperatura, mais [13] Instituto Nacional de Meteorologia. Banco de Dados
especificamente a sazonalidade da temperatura, tem uma Meteorológicos para Ensino e Pesquisa. Disponível em:
http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=bdmep/bdmep Acesso
contribuição importante na expansão do principal vetor de em 20 Ago 2018.
LV no Brasil. Com cenários gradativamente mais quentes
[14] Amaral, S.; Costa, C.B.; Arasato, L.S.; Ximenes, A.C.; Renno,
nas próximas décadas, haverá mudança na distribuição de C.D., “AMBDATA: Variáveis ambientais para Modelos de
Lu. longipapis ao longo do país. Regiões com poucos ou Distribuição de Espécies (SDMs). Disponível em:
nenum registro até agora se tornarão áreas de alta ocorrência http://urlib.net/3ERPFQRTRW34M/3E7GH36 Acesso em 18 Out
2017.
desse vetor, como o estado do Paraná e regiões do norte do
país. Por outro lado, haverá diminuição de sua ocorrência na [15] R Development Core Team. R: A Language and Environment
for Statistical Computing. ISBN 3-900051-07-0. R Foundation for
áreas costeiras. É necessário o monitoramento dessas Statistical Computing, Vienna, Austria. 2008.
regiões para possíveis futuras epidemias de LV.
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