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Tratamento da Corrosão com Proteção Catódica por corrente Galvânica


A corrosão é maior causadora da deterioração das estruturas de concreto
armado e protendido, pois, além de provocar a redução da seção do aço
estrutural podendo, caso nada seja feito, comprometer a estabilidade da peça,
provoca também trincas, fissuras e desplacamentos do concreto de
recobrimento. Quanto mais tempo se leva para fazer a recuperação maior será
o custo do reparo e o dano a estrutura.
É comum, na recuperação tradicional, fazer a recuperação da estrutura
comprometida apenas levando em consideração a análise visual. Já existem
equipamentos e ferramentas que possibilitam uma radiografia da corrosão,
situando as células de corrosão, onde a expansão da corrosão do aço ainda não
superou a resistência à tração do concreto, ou seja, não houve ainda o
desplacamento. Segundo, normalmente é tratado o efeito, mas não trata-se a
causa. Na recuperação de estrutura tradicional, executa-se um tratamento
físico (barreira), procurando-se, com isso, tentar eliminar a entrada de água
para o interior do concreto e por conseqüência, imagina-se que o aço está
protegido.
Este sistema, na realidade, provoca uma inversão de polaridade, ou seja, onde era anodo (corrosão) vira catodo, e onde era catodo vira
anodo. Saindo então de uma célula de corrosão para duas, só que, com uma velocidade de corrosão bem menor. O tempo de
durabilidade desta recuperação ;é ditada pelo meio em que a peça está incerida. Caso o meio seja muito agressivo o tempo será muito
menor que quando a agressividade não seja muito intensa.

Situação antes da “recuperação” – sem tratamento da Situação após a “recuperação” com tratamento
corrosão. convencional (inversão da polaridade).

A Corrosão – Processo Eletroquímico


A corrosão é um fenômeno eletroquímico de oxi-redução. Para que ela ocorra é necessário que sejam atendidas as bases de sustentação
da corrosão, que são quatro:
1. Uma região anódica para corroer;
2. Uma região catódica para alimentar a região anterior;
3. Um caminho externo formado por uma solução ou eletrólito;
4. Ligação eletrônica ou caminho externo pelo próprio aço para completar o circuito;
O próprio aço utilizado no concreto armado ou protendido, explica os dois primeiros itens acima. Como ele não é um metal nobre,
possuindo uma salada de metais em sua composição, propicia uma salada de níveis de energia. Com isso, promove o aparecimento de
áreas anódicas e catódicas, que ficam em compasso de espera da situação ideal para a corrosão, que é o aparecimento dos dois últimos
itens da base de sustentação da corrosão.
O terceiro item é introduzido no sistema, quando a água e o oxigênio (eletrólito universal), com contaminantes ou não, adentram
através da camada de recobrimento, atingindo as armaduras. Este caminho externo é essencial para o desenvolvimento da corrosão,
pois, a água e o oxigênio propiciam a oxi-redução, ou seja, corrosão, e baixa a resistividade do concreto, facilitando o trânsito dos íons.
Caso também entre contaminantes, como sais, dióxidos de carbonos, etc, estes aceleram o processo de corrosão.
Eletroquímica da Corrosão
A corrosão, como já descrito anteriormente, é um processo eletroquímico,
as reações ocorrem simultaneamente no anodo e no catodo, da seguinte
forma: No anodo átomos de ferro (Fe0) perdem elétrons, que fluem através
das armaduras (corrente elétrica) para o catodo, ficando com íons ferrosos
(Fe++). No catodo, os elétrons reagem com água (H2O) e o oxigênio (O2),
formando a hidroxila (OH-) e gás hidrogênio (H2). A hidroxila será
enviada para o anodo através do eletrólito (corrente iônica) e reagirá com
o íon ferroso, formando os produtos da corrosão, o hidróxido de ferro
[Fe(OH2)].
A partir da detonação da corrosão, este processo será contínuo, até que
seja interrompido por outro processo eletroquímico.

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A proteção catódica por corrente galvânica leva em
consideração que a corrosão é um processo eletroquímico
(oxi-redução), sendo necessário um outro processo
eletroquímico para neutralizá-la. Não se consegue barrar o
processo de corrosão promovendo uma barreira com
argamassas, pois, ela pode até minimizar a entrada de água
de forma líquida, mas a água entra em forma de vapor. A
água em forma de vapor também é um eletrólito, que
propicia meios suficientes para deflagrar a corrosão, só que
com uma velocidade muito menor. Agora, se o meio em que
a peça estiver inserida for muito agressivo (cloretos, chuvas
ácidas, etc.), este eletrólito de forma vapor é potencializado,
Proteção catódica com PASTILHA Z acelerando com isso o processo de corrosão.
Por isso, é muito comum, em meio industrial, marinho, etc, o tratamento tradicional não durar os cinco anos de garantia. Caso isto ocorra
e a peça corroída, precocemente, for analisada. Veremos que a área tratada, com a recuperação tradicional, estará intacta, e a área do aço
próxima a tratada, corroída. A proteção Catódica por corrente galvânica consiste em colocar uma liga de metais (mais eletronegativa que o
aço da construção) interligada por um fio metálico, fazendo com que o aço da construção se transforme, na área de influência do anodo,
em catodo, e CATODO NUNCA CORRÓI. Partindo deste princípio, a ROGERTEC em parceria com a COPE/RJ, desenvolveu e
patenteou uma liga especial de zinco, alumínio e índio, que é muito eletronegativa e é estável em meio alcalino, ou seja, tem uma grande
durabilidade quando ligado ao aço da construção. Esta liga é a material prima para a confecção de todos os anodos de sacrifício
comercializada pela ROGERTEC, para as mais diversas situações e peça estruturais sejam elas de concreto armado ou protendido, com 15
anos de durabilidade.
Sistemas de Proteção Catódica da Rogertec
Medição dos potenciais de corrosão
Eletrodo de cobre-sulfato de cobre Estaca de Concreto Armado ou Protendido JAQUETA G
Estacas de piers e
ponte s (zona de
Estaca Metálica com/sem Miolo de Concreto JAQUETA AG
variação d a m ar é)
Voltímetro JAQ UETA G Consultar departamento técnic o da Rogertec

1. Crava-se o tubo auxiliar RG com ponteira cônica no solo, ao lado


da fundação, até a profundidade de tratamento.
Ligação Metálica
Fu ndação 2. Insere o Terra Anodo G dentro do tubo auxiliar RG.
3. Retira-se o tubo auxiliar, deixando o TAG no solo, ligando-o ao aço
principal da estaca.
TERRA ANODO G

Como a corrosão é um processo Peças com grand e 1. Vara G a cada 40cm (peça larga, malha de 40cm).
eletroquímico, pode ser quantificada e d ensi dade de 2. Faz-se o furo inclinado no concreto preenche metade do furo com
mapeada, utilizando-se uma semi-pilha de armaduras e com pasta de cimento aditivada com 1% de ativador eletroquímico.
3. Coloca a Vara G no orifício e faz a ligação com o aço da estrutura.
ausê ncia da camada
cobre-sulfato de cobre, CPV-4 (normatizada 4. Faz-se o fechamento com argamassa de cimento areia (1:3).
de reco brim ent o VARA G
pela ACI – USA). Com isso, pode ser
executada uma recuperação integral, e não Peças com grande
apenas nos pontos onde houve os densidade de 1. A Tela G é colcada sobre a armadura e fixada com arame recozido,
desplacamentos. arm aduras e com a cada 10cm, nas duas direções.
ca mada de 2. No fechameto aplicar argamassa de cimento e areia (1:3), aditivada
recobrim ento com 1% ativador eletroquímico em peso.
TELA G

Pe ças co m pequen a
1. Instalar o Fio G, justapondo-o em cada uma das barras principais.
de nsidade de Am arrar a cada 10cm com arame recozido.
arm adu ras e com 2. No fechameto aplicar argamassa de cimento e areia (1:3), aditivada
au sên cia de camada com 1% ativador eletroquímico em peso.
de recobrime nto FIO G

Peças com b aixa 1. Instalar a Pastilha Z (8 x 8cm) a cada 50cm, fixzndo-a a armadura.
de nsidade de 2. No fechameto aplicar argamassa de cimento e areia (1:3).
CPV-4 arm aduras e co m
Com o CPV-4 também é utilizado para fazer cama da de Obs.: Pastilha Z de dimensão 6 x 6cm, deve ser utilizada em armaduras
recobrime nto PLASTIL HA Z
de 3/8” e as 4 x 4cm em armaduras isoladas e de pequeno porte, menor
o monitoramento das estruturas tratadas com que 3/8”.
proteção catódica.

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