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FUNEC – Unidade Riacho

Ensino Médio Integrado ao Técnico

Ensino Remoto Emergencial

A REPÚBLICA VELHA III

Prezada (o) estudante,


Nesta continuação do conteúdo da República Velha, vamos iniciar a análise da economia da República
Oligárquica, especialmente o período de 1894-1930.

REPÚBLICA OLIGÁRQUICA – Contexto Econômico

A produção de café constituiu, no período da República Velha, o principal motor da economia


brasileira. O produto liderava a pauta de exportação, seguido da borracha, do cacau, do açúcar e
outros produtos agrícolas. São Paulo liderava a produção de café neste período e determinava o
cenário político da época. Da economia cafeeira, decorrem outros eventos interligados e
interdependentes: a imigração intensiva, o aumento da urbanização e a industrialização.
A economia cafeeira se organizou em um complexo econômico: imigrantes que vinham para o
trabalho nas lavouras de café se deslocavam para os núcleos urbanos (fundamentais para a
distribuição da produção, bem como a ampliação das ferrovias). As cidades passaram por um processo
de acelerada e desordenada expansão. A crescente urbanização acelerou a demanda por empregos
urbanos e outras fontes de renda (como o artesanato, fabriquetas de pequeno porte e profissões
liberais).
Novas formas de trabalho, a maior estrutura urbana (e mercado consumidor), além dos
recursos provenientes da produção cafeeira favoreceu o aumento da entrada e circulação de produtos
manufaturados e do desenvolvimento industrial.

IMIGRAÇÃO
Primeira “onda”: segunda metade do século XIX, sobretudo europeus, necessidade de mão de obra
para as lavouras de café.
Segunda “onda”: após o término da Primeira Guerra Mundial, ocupação de trabalho nos centros
urbanos e industriais.

INDUSTRIALIZAÇÃO
Concentradas nos grandes centros (Rio de Janeiro e São Paulo). Crescimento acelerado entre 1910 e
1920, com investimento dos produtores de café (diversificação produtiva e redução da demanda
externa). Concentração nos setores têxtil, de bebidas e de alimentos. Ausência de uma política
econômica realmente voltada ao desenvolvimento industrial, por parte do Estado.
ATIVIDADE III
REPÚBLICA OLIGÁRQUICA – ECONOMIA

ORIENTAÇÕES
o Escolha 2 (duas) questões para responder.
o As respostas devem ser abordar o máximo de informações possíveis e incorporar diferentes
pontos de vista, se houver.
o As fontes de pesquisa DEVEM ser citadas.

Questão 1. Sobre o processo de imigração, analise as frases abaixo, identifique a que está incorreta e
a retifique.
 A grande maioria dos imigrantes se estabeleceu nas regiões Sudeste e Sul.
 A presença dos imigrantes foi importante para a ampliação do mercado consumidor no Brasil.
 A grande maioria destes imigrantes era europeia, mas o país também recebeu imigrantes
asiáticos, como japoneses, sírios e libaneses.
 Chegou a existir uma campanha governamental para atrair imigrantes para trabalharem nas
fábricas brasileiras

Questão 2. A partir das imagens abaixo, estabeleça uma associação entre a cafeicultura e a expansão
ferroviária.
Questão 3. Sobre o chamado “Ciclo da Borracha” (1889-1918), descreva os interesses envolvidos na
produção do látex e as repercussões deste ciclo econômico.

o Utilize as imagens abaixo como referência de sua argumentação.

o Se possível, assista o vídeo indicado: https://www.youtube.com/watch?v=G91AtX6i7hE

O Teatro Amazonas – Manaus


Questão 4. A industrialização brasileira no início do século XX é definida como um "processo de
substituição de importações". Pesquise o significado do conceito e explique seu contexto histórico.

Utilize as imagens abaixo (apresentam cenários de São Paulo no início do século XX) para fundamentar
sua argumentação.

Questão 5. Observe as tabelas abaixo e, com base nas informações e dados, estabeleça duas
afirmativas sobre a economia brasileira durante a Primeira República.

Tabela 2:Principais Produtos da Exportação


Brasileira na República Velha, 1889-1929 (em
%)
Períodos Café Açúcar Cacau Fumo Algodão Borracha Outros

1889-
67,6 6,5 1,5 1,2 2,9 11,8 8,3
1897

1898-
52,7 1,9 2,7 2,8 2,1 25,7 12,1
1910

1911-
61,7 0,3 2,3 1,9 2,1 20,0 11,7
1913

1914-
47,4 3,9 4,2 2,8 1,4 12,0 28,3
1918

1919-
58,8 4,7 3,3 2,6 3,4 3,0 24,2
1923

1924-
72,5 0,4 3,3 2,0 1,9 2,8 17,1
1929

Fonte: Anníbal Villannova Vilela e Wilson Suzigan. In:


Fausto, Boris. História do Brasil. S. Paulo, Edusp, 1995, p.
292.

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