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ONDULATÓRIA

Prof. Fernando
2014
Noções gerais de ondas
1. Perturbação: é a variação de pelo
menos uma Grandeza Física de um
meio.
2. Onda: é a propagação da
perturbação.
3. Propriedade fundamental da onda
Toda onda transmite energia sem
transporte de matéria.
4. Natureza das ondas
- Mecânicas: são as constituídas por
impulsos mecânicos que se propagam
por meio de vibrações das partículas
que constituem o meio.
Daí a razão pela qual não se propagam
no vácuo.
Exs: ondas sonoras, em cordas, em
molas, superfície dos líquidos, etc.
- Eletromagnéticas: são as constituídas
por dois campos perpendiculares entre
si, um elétrico e um magnético.
Exs: ondas de rádio e TV,
microondas, infravermelho, luz visível,
raios-X, raios-γ
5. Propagação das ondas:
-Longitudinais: são aquelas nas quais as
direções de perturbação e propagação
são coincidentes.
Exs: som nos fluidos, onda na
mola, etc.
-Transversais: são aquelas nas quais
as direções de perturbação e
propagação são perpendiculares
entre si.
Exs: todas as eletromagnéticas,
onda na corda, etc.
- Mistas: são ondas que vibram
longitudinal e transversalmente, ao
mesmo tempo.
Exs: ondas nos líquidos, som nos
sólidos, etc.
VALE RECORDAR
• Toda eletromagnética é transversal e
nem toda transversal é
eletromagnética.
• As ondas mecânicas podem ser
longitudinais, transversais ou mistas.
• A Luz é uma onda transversal.
• O Som nos fluidos é uma onda
longitudinal.
• O Som nos sólidos é uma onda mista.
6. Frente de onda e raio de onda
Frente de onda, num dado instante, é
o conjunto dos pontos atingidos pela
perturbação no instante considerado.
Raio de onda é a trajetória dos
pontos da frente de onda.
7. Quanto à frente de onda

-Puntiforme: a frente de onda é um


ponto.

-Reta: a frente de onda é um


segmento de reta.

-Circular: a frente de onda é uma


circunferência.

-Esférica: a frente de onda é uma


superfície esférica.
8. Quanto à dimensão

Unidimensional: um único plano.

Bidimensional: dois planos.

Tridimensional: três planos.


Estudo matemático da onda
1. Período: intervalo de tempo
necessário para que um ponto
vibrante realize um ciclo completo.
2. Frequência: número de ciclos
realizados por um ponto vibrante na
unidade de tempo.
3. Amplitude: distância de uma crista
ou um vale ao nível de equilíbrio.
4. Comprimento de onda: distância
percorrida pela perturbação durante
um período.
5. Velocidade da onda
Reflexão das ondas
É o fenômeno pelo qual uma onda
retorna ao meio de origem, após
incidência em superfície refletora.
- Unidimensional
- Bidimensional (válida para tridimensional)
Reflexão de ondas circulares
Vale lembrar
Na reflexão da onda, a frequência, o
comprimento de onda e a velocidade

PERMANECEM CONSTANTES!
Refração das ondas
- Unidimensional
- Bidimensional (válida para tridimensional)
Leis da Refração
1ª: A onda incidente, a refratada e a
normal estão num mesmo plano.

2ª :
Vale lembrar
Na refração, a única grandeza que
permanece constante é a FREQUÊNCIA.

Velocidade e comprimento de onda


variam proporcionalmente.
Difração de ondas
É a capacidade da onda em contornar
obstáculos e/ou fendas.
- Ondas longas de rádio difratam-se
mais que as ondas de FM.

- A luz vermelha difrata-se mais que a


luz violeta.

- Os sons graves difratam-se mais que


os sons agudos.
Princípio de Huygens
Cada ponto de uma frente de onda se
comporta como uma nova fonte de
ondas elementares, que se propagam
para além da região já atingida pela
onda original e com a mesma
freqüência que ela.
Polarização da onda
Polarizar uma onda significa
transformar, através do polarizador,
uma onda transversal não
polarizada,que vibra em várias
direções, numa onda polarizada, que
vibra numa única direção.
- Somente ondas transversais, como a
luz, podem ser polarizadas.
- O som, que é uma onda longitudinal,
não pode ser polarizado.
Ressonância
Qualquer sistema físico possui uma ou
mais freqüências naturais de vibração.
Quando ele é “excitado” por algum
agente externo, agindo no ritmo de
uma dessas freqüências, surge o
fenômeno da ressonância, ou seja, ele
começa a oscilar gradativamente até
atingir uma dessas freqüências, onde
sua amplitude é máxima.
Interferência de ondas
Ocorre o fenômeno quando há
superposição de ondas de mesma
natureza se propagando num mesmo
meio.
Tipos particulares de
interferência
• Construtiva (unidimensionais)
• Destrutiva (unidimensionais)
• Construtiva e Destrutiva (bi ou
tridimensionais)
Fontes em concordância de fase:
Δx = | x1 – x2 | Δx = n. λ/2
n = par I.C. n = ímpar I.D.
Fontes em oposição de fase:
As condições anteriores se invertem.
Batimentos
Designamos por BATIMENTO ao fenômeno
que acontece quando existe uma
superposição entre duas fontes emissoras de
ondas que produzam ondas que possuam a
mesma direção, amplitude e frequências
próximas "f1" e "f2". Pelo fato das
frequências diferirem uma da outra, haverá
momentos de interferência construtiva, onde
a amplitude resultante será grande e
momentos de interferência destrutiva,
acarretando numa amplitude diminuta.
FB = f2 – f1
FR = f1 + f2 /2
Considere dois alto-falantes que
emitem sons simples de frequências
fA e fB , respectivamente, com fA>
fB. Sabendo-se que fB= 1540 Hz e
que há formação de batimentos à
razão de quatro por segundo,
determinar:

a) A frequência fA;
b) A frequência do som resultante.
Interferência de ondas
luminosas
• Uma fonte luminosa F é colocada próxima à fenda do
anteparo A.
A fenda funcionando como uma fonte emite luz que
atinge as fendas F1 e F2 simultaneamente.
As fendas F1 e F2 passam a funcionar como fontes
de luminosas de mesma frequência, amplitude e em
fase, uma vez que recebem a mesma onda luminosa
ao mesmo tempo.
A imagem da interferência da luz proveniente das
fendas F1 e F2 é formada no anteparo C, sendo
constituída por regiões claras e escuras alternadas
que serão denominadas de franjas de interferência.
As franjas claras corresponderão a uma
interferência com reforço e as franjas escuras a
uma interferência com anulação.
franja escura >>> d1 - d2 = (2k + 1). λ/ 2 I.D.

franja clara >>> d1 - d2 = 2k.λ / 2 I.C.


para k = 0, 1, 2, 3........
Δx = a . y / D
λ = 2a . y / N .D
Numa experiência de interferência de
Young, os orifícios são iluminados com
luz monocromática de comprimento de
onda igual a 6 x 10-5 cm, a distância a
entre eles é 1mm e a distância D deles
ao anteparo é 3m. Qual a posição da
primeira franja brilhante em relação ao
ponto O (ignorando a franja central) ?
Quantização
Em 1900, Max Planck fez uma proposta que ele considerou
desesperadora, mas que revelou-se revolucionária.
Planck impôs que, os osciladores só podiam emitir
energia em determinadas quantidades. Mais
precisamente, em quantidades inteiras de hf, onde h
passou a ser chamada de constante de Planck, e f é
a freqüência da radiação emitida. Esta suposição é
hoje conhecida como quantização da energia. Em
notação moderna, E = n h f
Sabendo que uma lâmpada de vapor de
sódio emite preferencialmente luz na cor
laranja-amarelada, λ = 600 nm, qual a
energia apresentada por um fóton
emitido por essa lâmpada, em Joule ?

Dados: h = 6,6 x 10-34 J.s


c = 3 × 108 m/s
1nm = 10 -9 m
A distância de Marte ao Sol é
aproximadamente 50% maior do que
aquela entre a Terra e o Sol.
Superfícies planas de Marte e Terra,
de mesma área e perpendiculares aos
raios solares, recebem por segundo as
energias de irradiação solar UM e UT,
respectivamente. Determine a razão
UM/UT .
Variação da intensidade de onda com as
grandezas características da onda

Considerando uma onda esférica com freqüência f e


amplitude a, que acaba se propagando em um meio que não
absorve energia, podemos dizer que a intensidade de onda é
dada por:

Na qual, K representa constante de proporcionalidade, que


é dependente do meio e do módulo da velocidade de
propagação.
Ondas estacionárias
É importante sabermos que as ondas estacionárias são o
resultado da superposição de ondas idênticas que se
propagam em sentidos contrários no mesmo meio.
Por mais que essas ondas possuam energia, elas não
a transmitem, por possuir uma velocidade de
propagação nula. É por esse fato que ela recebe
este nome.

Os ventres podem ser chamados também de antinodos, que são


pontos onde sempre ocorre a interferência construtiva, onde
esses pontos vibram com uma amplitude máxima Av, que é dada
por:

Os nós podem ser chamados de nodos, que são pontos onde


sempre ocorre a interferência destrutiva, onde esses pontos
vibram com amplitude An nula, que é dada por:

Obs.: os ventres e os nós não se propagam, permanecendo o


tempo todo nas mesmas posições.
Acústica
É a parte da ondulatória que estuda
especificamente o som: sua geração, propagação
e captação pelo ouvido humano.
Chamamos de som as vibrações mecânicas
periódicas que ao atingirem nossos órgãos
auditivos nos dão a sensação da audição.
Principais fontes sonoras

Cordas vibrantes: todos os instrumentos de cordas,


como o violão, a viola, o banjo, a cítara, a harpa, o
violino, o violoncelo, etc.

Colunas de ar em vibração: todos os instrumentos de


sopro, como a flauta, o trompete, o oboé, o
saxofone, o trombone, etc.

Membranas e placas vibrantes: as cordas vocais


(membranas), os alto-falantes, os tambores em
geral, os gongos, etc.
Qualidades Fisiológicas do som
Altura: é a qualidade que permite distinguir um
som baixo (grave) de um som alto (agudo).

Som baixo (grave) – baixa freqüência


Som alto (agudo) – alta freqüência

Intensidade auditiva ou sonoridade: é a qualidade


que permite distinguir um som fraco de um som
forte.

Som fraco – pequena intensidade


Som forte – grande intensidade
A intensidade sonora (I) é definida fisicamente
como a potência sonora recebida por unidade de
área de uma superfície, ou seja:

Mas como a potência pode ser definida pela


relação de energia por unidade de tempo:

Então, também podemos expressar a intensidade


por:

As unidades mais usadas para a intensidade são


J/m².s e W/m².
É chamada mínima intensidade física, ou limiar de
audibilidade, o menor valor da intensidade sonora
ainda audível:

É chamada máxima intensidade física, ou limiar


de dor, o maior valor da intensidade sonora
suportável pelo ouvido:

Conforme um observador se afasta de uma fonte


sonora, a intensidade sonora ou nível sonoro (β)
diminui logaritmicamente, sendo representado
pela equação:

A unidade utilizada para o nível sonoro é o Bel


(B), mas como esta unidade é grande comparada
com a maioria dos valores de nível sonoro
utilizados no cotidiano, seu múltiplo usual é o
decibel (dB), de maneira que 1B=10dB.
Da leitura do gráfico anterior, conclui-se que:

- para uma frequência de 1000 Hz, o ouvido humano


capta o som se o Nível Sonoro for no mínimo de 20
dB;
- para uma frequência de 20 Hz, o ouvido humano só
capta o som se o Nível Sonoro for no mínimo de 120
dB;
- a zona representada em amarelo representa os sons
captados pelo ouvido humano;
- a zona representada em verde representa os sons
que o ouvido humano não consegue captar, uma vez
que o Nível Sonoro é muito reduzido;
- a zona Representada em vermelho representa os
sons que causam dor e possivelmente lesões ao ouvido
humano, já que têm um Nível Sonoro demasiado
elevado.
Cordas sonoras
O numero de ventres é igual ao numero do
harmônico emitido pela corda.

A mesma regra é válida para tubos sonoros abertos !


Tubos fechados
Considerando um tubo sonoro de comprimento L, cujas ondas se propagam a uma
velocidade v. Assim as possíveis configurações de ondas estacionárias são:

λn = 4.L / n

fn = n.v / 4 L

n = 1, 3, 5, 7...

Não existem
harmônicos pares !
Efeito Doppler
O Efeito Doppler é uma característica observada nas ondas
quando emitidas ou refletidas por um objeto que está em
movimento com relação ao observador.
Conclusão
A rápida retrospectiva sobre a natureza ondulatória da luz a partir do Século XVII
revela inicialmente a existência de um modelo mecânico e,posteriormente, de um modelo
eletromagnético.
A permanência da denominação de teoria ondulatória referindo-se a ambos induz uma
confusão teórica. No modelo inicial, tratava-se de uma explicação puramente mecânica
para uma perturbação, ou uma tendência ao movimento, que se transferia por meio de
choques de um corpúsculo a outro. No segundo caso, trata-se de uma aplicação do
eletromagnetismo para um campo variável que se propaga através do espaço.
A retomada da antiga oposição entre corpúsculo e onda ocorre, então, em um outro
paradigma. As partículas de luz já não podem ser interpretadas como os corpúsculos
clássicos da Teoria de Newton, nem as ondas de luz como as antigas ondas de pressão da
Teoria de Huygens. Afinal os conceitos só adquirem significado dentro da teoria em que
foram concebidos. Distinguir, portanto, os contextos em que esses termos são
empregados é essencial para apreciar o resultado de três séculos de pesquisa e perceber
que não se trata de um retorno ao ponto de partida.

FIM !

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