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Neemias PDF
Neemias PDF
ntrodução a
DESTINATÁRIO
As gerações de Israelitas que se seguiram ao retorno do exílio babilônio foram os leitores do livro de Neemias. Esdras desejava que seus
leitores entendessem o que acontecera em Jerusalém quando os exilados retornaram, bem como as dificuldades que enfrentaram e vence
ram para restabelecer sua relação de aliança com Deus. A identidade nacional do povo de Deus era questionada: a comunidade de Deus
teve de ser reconstruída sobre o fundamento das alianças firmadas entre Deus e seu povo, estabelecidas muitos anos antes.
LINHA DO T E M P O
r ~
1400 A.C. 1300 1200 1100 1000 900 800 700 600 500 400
E N Q U A N T O V O C E LÊ
Observe o papel importante da oração na vida de Neemias e avalie qual a importância dela para sua vida hoje. Imagine como os judeus exi
lados devem ter se sentido ao reconstruir os muros de Jerusalém sob ameaças de vizinhos poderosos e até mesmo enfrentando oposição
de alguns companheiros judeus. Reflita sobre o motivo — a despeito do que haviam aprendido acerca de Deus e sobre a Lei mosaica e de
terem participado da cerimônia de renovação da aliança (cap. 8— 10) — de alguns dos remanescentes judeus parecerem desinteressados
ou incapazes de honrar a aliança firmada com Yahweh e de manter viva sua fé nele.
Atente para os desafios que Neemias enfrentou. Imagine a decepção dele ao descobrir, após retornar da visita a Artaxerxes, que
os problemas haviam piorado enquanto ele esteve fora: o templo fora abandonado, os levitas não estavam recebendo sua provisão de
alimentos, o povo de Deus estava trabalhando no sábado e os homens de Judá, mais uma vez, estavam desposando mulheres pagãs.
Acompanhe o trabalho de Neemias e Esdras para superar a crise de identidade nacional.
688 INTRODUÇÃO A NEEMIAS
VOCÊ SABIA?
• Uma das tarefas do copeiro era escolher e provar o vinho do rei, para certificar-se de que a bebida não estava envenenada. Era estrita
mente necessário que os empregados da corte fossem de confiança, por causa das intrigas que caracterizavam a corte persa. Xerxes,
pai de Artaxerxes I, foi morto na própria cama por um cortesão (1.11).
• Na época do NT, acreditava-se que a porta das Ovelhas estava localizada perto do tanque de Betesda (a nordeste de Jerusalém). Até
hoje, essa área é periodicamente utilizada como mercado de ovelhas (3.1).
• As mulheres não participavam das reuniões periódicas, mas eram incluídas, com as crianças, nas ocasiões sagradas. Durante um acon
tecimento memorável, o povo ficou de pé durante cinco ou seis horas, ouvindo atentamente a leitura e a explanação das Escrituras (8.2,3).
• A prática de redistribuir os povos à força foi também utilizada para estabelecer cidades gregas e helenistas (11.1,2).
TEMAS
0 livro de Neemias contém os seguintes temas:
1. Renovação. Enquanto a reconstrução dos muros de Jerusalém foi o desafio material óbvio enfrentado por Neemias, o restabelecimento
do compromisso dos judeus com Yahweh e com a Lei mosaica foi sua principal preocupação de ordem espiritual. Neemias 9.1— 12.47
captura a reação dramática à leitura da Lei, efetuada por Esdras (8.1 -18): confissão de pecados (9.1-37) e retorno voluntário ao compro
misso com Deus (9.38— 10.39). Mais tarde, durante a segunda visita de Neemias, eles concordaram em contribuir para o templo (13.4-14),
guardar o sábado (13.15-22) e divorciar-se das esposas estrangeiras (13.23-31).
2. Oração. A oração é essencial para qualquer trabalho realizado para Deus, e Neemias é um exemplo de líder que pôs seus planos em
execução somente depois de consultar a Deus. Era um homem de oração (1.4; 2.4; 4.4; 5.19; 6.9,14; 13.14,22,29,31), cujos esforços foram
ricamente abençoados por Deus.
3. Oposição. Ao assumir a tarefa de reconstruir os muros de Jerusalém, Neemias encontrou forte resistência, superada com a ajuda de
Deus (2.19,20; 4.1 -15; 5.1 -19; 6.1 -14).
SUMÁRIO
I. Neemias lidera a reconstrução dos muros (1.1— 7.3)
II. Reformas lideradas por Esdras (7.4— 10.39)
III. Jerusalém é repovoada, e os muros são consagrados (11 e 12)
IV. Retorno de Neemias a Jerusalém e sua liderança (13)
NEEMIAS 2.7
A História de Neemias
Palavras de Neemias, filho de Hacalias:
1
1.1 aNe 10.1;
Zc 7.1
1.2 We 7.2; No mês de quisleu*,3 no vigésimo anofc, enquanto eu estava na cidade de Susã,2 Hanani,b um dos
c jr 52.28
meus irmãos, veio de Judá com alguns outros homens, e eu lhes perguntei acerca dos judeus que
restaram,c os sobreviventes do cativeiro,c e também sobre Jerusalém.
1 .3 d2Rs 25.10; 3 E eles me responderam: “Aqueles que sobreviveram ao cativeiro e estão lá na província passam
Ne 2.3,13,17
por grande sofrimento e humilhação. O muro de Jerusalém foi derrubado, e suas portas foram des
truídas pelo fogod”.
1.4 eS1137.1; 4 Quando ouvi essas coisas, sentei-me e chorei.e Passei dias lamentando-me, jejuandof e orando
*Ed 9.4
1.5 sDt 7.21; ao Deus dos céus.5 Então eu disse:
Ne 4.14; ^Êx 20.6;
Dn 9.4
S e n h o r , Deus dos céus, Deus grande e temível,9 fiel à aliançahe misericordioso com os que te
1 .6 '1 Rs 8.29; amam e obedecem aos teus mandamentos,6 que os teus ouvidos estejam atentos e os teus olhos
iDn 9.17
estejam abertos' para a oraçãoi que o teu servo está fazendo diante de ti, dia e noite, em favor de
teus servos, o povo de Israel. Confesso os pecados que nós, os israelitas, temos cometido contra
1.7 kDt 28.14,15; ti. Sim, eu e o meu povo temos pecado.7 Agimos de forma corrupta e vergonhosakcontra ti. Não
S1106.6
temos obedecido aos mandamentos, aos decretos e às leis que deste ao teu servo Moisés.
1.8 '2Rs 20.3; 8 Lembra-te1agora do que disseste a Moisés, teu servo: “Se vocês forem infiéis, eu os espalharei171
mLv 26.33
1.9 "Dt 30.4; entre as nações,9 mas, se voltarem para mim, obedecerem aos meus mandamentos e os puserem
»1 Rs 8.48;
Jr 29.14 em prática, mesmo que vocês estejam espalhados pelos lugares mais distantes debaixo do céu, de
lá eu os reunireine os trarei para o lugar que escolhi para estabelecer o meu nome”.0
1.10 pÊx 32 .1 1 ; 10 Estes são os teus servos, o teu povo. Tu os resgataste com o teu grande poder e com o teu
Dt 9 .2 9
1.11 qv. 6; braço forte.P11 Senhor, que os teus ouvidos estejam atentos^ à oração deste teu servo e à oração
rGn 40.1
dos teus servos que têm prazer em temer o teu nome. Faze com que hoje este teu servo seja bem-
sucedido, concedendo-lhe a benevolência deste homem.
Neemias em Jerusalém
No mês de nisã do vigésimo ano do rei Artaxerxes,s na hora de servir-lhe o vinho, levei-o ao rei.
2 Nunca antes eu tinha estado triste na presença dele;2 por isso o rei me perguntou: “Por que o seu
rosto parece tão triste se você não está doente? Essa tristeza só pode ser do coração!”
2.3 »1Rs 1.31; Com muito medo,3 eu disse ao rei: Que o rei viva para sempre!1 Como não estaria triste o meu
Dn 2.4; 5.10;
6.6,21; “S1137.6; rosto se a cidadeu em que estão sepultados os meus pais está em ruínas e as suas portas foram des
We 1.3
truídas pelo fogo?v
4 O rei me disse: “O que você gostaria de pedir?”
Então orei ao Deus dos céus5 e respondi ao rei: Se for do agrado do rei e se o seu servo puder contar
com a sua benevolência, que ele me deixe ir à cidade onde meus pais estão enterrados, em Judá, para
que eu possa reconstruí-la.
2.6 «Ne 5.14; 13.6 6 Então o rei,w estando presente a rainha, sentada ao seu lado, perguntou-me: “Quanto tempo
levará a viagem? Quando você voltará?” Marquei um prazo com o rei, e ele concordou que eu fosse.
7 A seguir, acrescentei: Se for do agrado do rei, eu poderia levar cartas do rei aos governadores
0 1 . 1 Aproximadamente novembro/dezembro.
b 1 .1 Isto é, do reinado de Artaxerxes I, conforme 2.1.
f 1.2 Ou osquenãoforamlevados-, ou ainda osquehaviamvoltadodocativeiro.
1 .1 0 “vigésimo ano” é o do reinado do rei persa Artaxerxes I (ver “Arta Artaxerxes I, foi morto na própria cama por um cortesão (ver “Conse
xerxes I, o rei da Pérsia”, em Ed 7, e “Cronologia de Esdras e Neemias”, lheiros e concubinas: a vida no antigo palácio real”, em Et 2).
em Ne 2). 2.1-3 Esperava-se que os servos do rei guardassem seus sentimentos para
1.2 Hanani provavelmente é a forma abreviada de Hananias. Os papiros si e se apresentassem sempre dispostos diante dele. Contudo, Neemias
elefantinos mencionam um Hananias que era chefe dos negócios dos demonstrou sua ansiedade, provavelmente não por causa do questiona
judeus em Jerusalém. Muitos acreditam que ele era irmão de Neemias e mento do rei, mas em razão do pedido que faria ao monarca. Neemias
que provavelmente governou entre o primeiro e segundo turno do go sabia muito bem que o próprio Artaxerxes havia impedido os judeus de
verno de Neemias (ver nota da A^V7para 7.2). reconstruir os muros (Ed 4.17-23).
1.3 Apesar de algumas tentativas de reconstrução (Ed 4.7-23), os muros 2 .6 Neemias provavelmente solicitou um breve tempo de ausência, que
de Jerusalém, destruídos pelos babilônios em 586 a.C., permaneceram depois foi estendido. Seu primeiro período como governador de Jerusa
em ruínas. Sem os muros de proteção, a cidade estava vulnerável aos lém durou doze anos (5.14), depois ele retornou para se apresentar ao rei
seus muitos inimigos. Escavações no local revelaram que a falta de muros e mais tarde retornou a Judá pela segunda vez (13.6,7).
nos declives do lado oriental também levou à desintegração das encostas. 2.7 A solicitação de “cartas” permitiria a Neemias uma passagem segura
1.11 Uma das tarefas do copeiro era escolher e provar o vinho do rei, e provisões durante a jornada. Um documento da época, entregue por
para certificar-se de que a bebida não estava envenenada (2.1). Era estri Arsames, o sátrapa do Egito que estava na corte persa, a um de seus ofi
tamente necessário que os empregados da corte fossem de confiança, por ciais que retornaria ao Egito, ordenava aos oficiais persas que lhe dessem
causa das intrigas que caracterizavam a corte persa. Xerxes, pai de comida e bebida durante os vários estágios de sua jornada.
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CRONOLOGIA
DE E S D R A S E N E E M I A S
'Ver “ Artaxerxes I, o rei da Pérsia", em Ed 7. ! Para mais informações sobre Elefantina, ver "A comunidade elefantina", em Jr 42. 3Ver o Glossário na p. 2080 para as
definições das palavras em negrito.
W M M j ?
NEEMIAS 2.13 6 91
2,8»Ne7.2; do Trans-Eufrates* para que me deixem passar até chegar a Judá. 8 E também uma carta para Asafe,
IV. 18; Ed 5.5; 7.6
guarda da floresta do rei, para que ele me forneça madeira para as portas da cidadelav que fica junto
ao templo, para os muros da cidade e para a residência que irei ocupar. Visto que a bondosa mão de
2.9 aEd 8.22 Deus estava sobre mim,z o rei atendeu os meus pedidos. 9 Com isso fui aos governadores do Trans-
-Eufrates e lhes entreguei as cartas do rei. Acompanhou-me uma escolta de oficiais do exército e de
cavaleiros3 que o rei enviou comigo.
2.10“v. 19; 10 Sambalate,b o horonita, e Tobias,c o oficial amonita, ficaram muito irritados quando viram que
Ne 4.1,7; 'Ne 4.3;
13.4-7; dEt 10,3 havia gente interessada no bem dos israelitas.d
2 .8 Asafe é um nome judaico, o que naturalmente implica que esse “guarda questão era o jardim de Etã, situado algumas milhas ao sul de Jerusalém,
da floresta do rei” era judeu. A localização da floresta é incerta. Alguns ou ainda uma floresta localizada em algum lugar próximo de Jerusalém.
acreditam que eram os cedros do Líbano, pois desde os tempos mais re 2 .1 3 Neemias não fez o circuito completo dos muros de Jerusalém: per
motos reis e faraós desejavam ter acesso a essas árvores (ver “Cedros do correu apenas a área sul. Como Jerusalém sempre foi atacada pelo norte,
Líbano”, em C t 5). No entanto, o fato de que o guarda em questão tinha seu ponto mais vulnerável, Neemias pressupôs que os muros do norte es
nome judeu sugere uma floresta local. Alguns supõem que a floresta em tavam destruídos. Os muros e as portas de Jerusalém estavam em ruínas
14 Fui até a porta da Fonte' e do tanque do Rei,) mas ali não havia espaço para o meu animal passar; 2.14 *Ne 3.15;
i2Rs 18.17
15por isso subi o vale, ainda de noite, examinando o muro. Finalmente voltei e tornei a entrar pela porta
do Vale.16 Os oficiais não sabiam aonde eu tinha ido ou o que eu estava fazendo, pois até então eu não
tinha dito nada aos judeus, aos sacerdotes, aos nobres, aos oficiais e aos outros que iriam realizar a obra.
17 Então eu lhes disse; Vejam a situação terrível em que estamos: Jerusalém está em ruínas, e suas 2.17 "Ne 1.3;
'S1102.16;
portas foram destruídas pelo fogo.kVenham, vamos reconstruir os muros1de Jerusalém, para que não Is 30.13; 58.12;
mEz 5.14
fiquemos mais nesta situação humilhante."1 18 Também lhes contei como Deus tinha sido bondoso 2.18 "Sm 2.7
comigo" e o que o rei me tinha dito.
Eles responderam: “Sim, vamos começar a reconstrução”. E se encheram de coragem para a rea
lização desse bom projeto.
19 Quando, porém, Sambalate, o horonita, Tobias, o oficial amonita, e Gesém,0 o árabe, souberam 2.19 °Ne 6.1,2,6;
pSI 44.13-16
disso, zombaram de nós, desprezaram-nosP e perguntaram: “O que vocês estão fazendo? Estão se
rebelando contra o rei?”
20 Eu lhes respondi: O Deus dos céus fará que sejamos bem-sucedidos. Nós, os seus servos, come
çaremos a reconstrução, mas, no que lhes diz respeito, vocês não têm parte1! nem direito legal sobre
Jerusalém, e em sua história não há nada de memorável que favoreça vocês!
A Distribuição do Trabalho
0 sumo sacerdote Eliasiber e os seus colegas sacerdotes começaram o seu trabalho e 3.1 «Ed 10.24;
3 reconstruírams a porta das Ovelhas.* Eles a consagraram e colocaram as portas no lugar. Depois Ne 12.39;
“Ne 12.39;
construíram o muro até a torre dos Cem, que consagraram, e até a torre de Hananeel.u2 Os homens Jr 31.38; Zc 14.10
sls 58.12; *v. 32;
a torre dos Fomos.b 12Salum, filho de Haloês, governador da outra metade do distrito de Jerusalém,
fez os reparos do trecho seguinte com a ajuda de suas filhas.
3.13 «2Cr 26.9; 13 A porta do Valec foi reparada por Hanum e pelos moradores de Zanoa.dEles a reconstruíram e
«Js 15.34;
■Ne 2.13 colocaram as portas, os ferrolhos e as trancas no lugar. Também repararam quatrocentos e cinqüenta
metros" do muro, até a porta do Esterco.e
14A porta do Esterco foi reparada por Malquias, filho de Recabe, governador do distrito de Bete-
-Haquerém.f Ele a reconstruiu e colocou as portas, os ferrolhos e as trancas no lugar.
3.15 ais 8 .6 ; J o 9 .7 15A porta da Fonte foi reparada por Salum, filho de Col-Hozé, governador do distrito de Mispá. Ele
a reconstruiu, cobriu-a e colocou as portas, os ferrolhos e as trancas no lugar. Também fez os reparos
do muro do tanque de Siloé,9 junto ao jardim do Rei, até os degraus que descem da Cidade de Davi.
3 .1 6 hJS 15 .5 8 ; 16 Além dele, Neemias, filho de Azbuque, governador de meio distrito de Bete-Zur,hfez os reparos até
«At 2 .2 9
em frente dos túmulosH de Davi, até o açude artificial e a casa dos soldados.
3 .1 7 U S 1 5 .4 4 17 Depois dele os reparos foram feitos pelos levitas que estavam sob a responsabilidade de Reum,
filho de Bani. Junto a ele Hasabias, governador da metade do distrito de Queila,i fez os reparos em seu
distrito.18Depois dele os reparos foram feitos pelos seus compatriotas que estavam sob a responsabili
dade de Binuic, filho de Henadade, governador da metade do distrito de Queila.19 Ao seu lado Ézer,
filho de Jesua, governador de Mispá, reconstruiu outro trecho, começando de um ponto que fica em
frente da subida para a casa das armas, indo até a esquina do muro. 20 Depois dele Baruque, filho de
Zabai, reparou com zelo outro trecho, desde a esquina do muro até a entrada da casa do sumo sacer
3.2 1 « 8 . 3 3 dote Eliasibe.21 Em seguida, Meremote,kfilho de Urias, neto de Hacoz, reparou outro trecho, desde a
entrada da casa de Eliasibe até o fim dela.
22 Os demais reparos foram feitos pelos sacerdotes das redondezas.23 Depois, Benjamim e Hassube
fizeram os reparos em frente da sua casa, e ao lado deles Azarias, filho de Maaseias, filho de Ananias,
3 .2 4 «Ed 8 .3 3 fez os reparos ao lado de sua casa. 24 Depois dele, Binui,1filho de Henadade, reparou outro trecho,
3 .2 5 " J r 32 .2; desde a casa de Azarias até a esquina do muro,25 e Palal, filho de Uzai, trabalhou em frente da esquina
3 7 .2 1 ; 3 9.14 ;
nEd 2 .3 do muro e da torre que sai do palácio superior, perto do pátio da guarda.mJunto a ele, Pedaías, filho
3 .2 6 «Ne 7.46; de Parós,n26 e os servos0 do templo que viviam na colina de OfelP fizeram os reparos até em frente da
11 .2 1 ; P2Cr 33 .1 4 ;
«Ne 8 .1 ,3 ,1 6 ; porta das Águas,1i na direção do leste e da torre que ali sobressaía.27 Depois dele os homens de Tecoar
1 2 .3 7
3 .2 7 w . 5; repararam outro trecho, desde a grande torre® até o muro de Ofel.
« 1 4 8 .1 2
3 .2 8 « R s 11.1 6;
28Acima da porta dos Cavalos,* os sacerdotes fizeram os reparos, cada um em frente da sua própria
2 C r 23 .15 ; casa.29 Depois deles Zadoque, filho de Imer, fez os reparos em frente da sua casa. Ao seu lado Semaías,
J r 3 1 .4 0
filho de Secanias, o guarda da porta Oriental, fez os reparos.30 Depois, Hananias, filho de Selemias, e
Hanum, filho de Zalafe, fez os reparos do outro trecho. Ao seu lado, Mesulão, filho de Berequias, fez os
reparos em frente da sua moradia.31 Depois dele, Malquias, um ourives, fez os reparos do muro até a casa
dos servos do templo e dos comerciantes, em frente da porta da Inspeção, até o posto de vigia da esquina;
3 .3 2 “ V. 1 ; J o 5 .2 32e entre a sala acima da esquina e a porta das Ovelhas11os ourives e os comerciantes fizeram os reparos.
Oposição à Reconstrução
Quando Sambalatev soube que estávamos reconstruindo o muro, ficou furioso. Ridicularizou
4 .2 »Ed 4 .9,1 0;
«S I7 9 .1 ; J r 2 6 .1 8
4 os judeus 2 e, na presença de seus compatriotas™ e dos poderosos de Samaria, disse: “O que
aqueles frágeis judeus estão fazendo? Será que vão restaurar o seu muro? Irão oferecer sacrifícios?
Irão terminar a obra num só dia? Será que vão conseguir ressuscitar pedras de construção daqueles
montes de entulho* e de pedras queimadas?”
4 .3 »Ne 2.10 ; 3 Tobias,y o amonita, que estava ao seu lado, completou: “Pois que construam! Basta que uma
>JÚ 1 3 .1 2 ; 1 5 .3
raposa suba lá, para que esse muro de pedras desabe!”2
0'3 .1 3 Hebraico: 1.000 côvados. Ocôvado era uma medida linear de cerca de 45 centímetros.
b3 .16 A Septuaginta, alguns manuscritos da Vulgata e a Versão Siríaca dizem do túmulo.
( 3 . 1 8 Muitos manuscritos dizemBavai; também no versículo 24.
3 .1 6 Bete-Zur era uma capital de distrito localizada 21 quilômetros ao sul 3 .2 6 A porta das Águas levava até a fonte de Giom, principal reservatório
de Jerusalém. Escavações em 1931 e 1957 revelaram que a ocupação foi de água em Jerusalém. Ela se abria para uma área ampla, visto que a
esparsa durante o domínio persa, porém foi retomada no século V a. C. leitura da Lei aconteceu nesse local (8.1,3,16; 12.37).
Davi foi sepultado na área da cidade de Jerusalém (lR s 2.10; A “torre que ali sobressaía” provavelmente era a maior torre, cujas ruí
2G r 2 1.20; 32.33; At 2.29). A chamada Tumba de Davi, no monte Sião, nas foram descobertas por arqueólogos no topo da colina de Ofel entre
atualmente venerada por peregrinos judeus, está localizada no edifício 1923 e 1925. Escavações na base da torre em 1978 revelaram datação
do cenáculo, construído no século X IV a. C. Contudo, essa localização do período persa.
para a tumba de Davi não é mencionada antes do século IX d.C. 4 .2 O fogo havia danificado as pedras, que provavelmente eram calcá
A casa dos soldados pode ter servido de moradia para “os principais rias, fazendo que muitas delas se quebrassem e virassem entulho.
guerreiros de Davi” (2Sm 23.8-39) e provavelmente mais tarde foi usada
como quartel ou arsenal.
694 NEEMIAS 4.4
4 Ouve-nos, ó Deus, pois estamos sendo desprezados.3 Faze cair sobre eles a zombaria. E sejam eles4 .4 asi 44 .1 3 ;
7 9 .1 2 ; 1 2 3 .3 ,4 ;
levados prisioneiros como despojo para outra terra. 5 Não perdoes os seus pecadosb nem apagues as J r 33 .2 4
4 .5 bls 2.9;
suas maldades,c pois provocaram a tua ira diante dos construtores. Lm 1.22;
6 Nesse meio tempo fomos reconstruindo o muro, até que em toda a sua extensão chegamos à <=2Rs 14.27;
SI 5 1 .1 ;6 9 .2 7 ,2 8 ;
metade da sua altura, pois o povo estava totalmente dedicado ao trabalho. 10 9 .1 4 ; J r 18.23
7 Quando, porém, Sambalate, Tobias,d os árabes, os amonitas e os homens de Asdode souberam 4 .7 dNe 2 .1 0
que os reparos nos muros de Jerusalém tinham avançado e que as brechas estavam sendo fechadas,
ficaram furiosos. 8 Todos juntose planejaram atacar Jerusalém e causar confusão. 9 Mas nós oramos 4 .8 «SI 2.2;
ao nosso Deus e colocamos guardas de dia e de noite para proteger-nos deles. 8 3 .1 -1 8
4 .7 ,8 As razões pelas quais Sambalate e Tobias se opuseram a governador de Samaria, em particular, estava ameaçada com a
Neemias não eram religiosas, e sim políticas. A autoridade do chegada de Neemias, o novo governador de Judá (cf. 5 .1 4 ).
NEEMIAS 4 Neemias 3 e 4 registra a ten Uma coletânea de textos ad m inistra muros das cidades). É interessante notar
tativa de reconstrução de Jerusalém por tivos hititas contém as normas que "um que as normas hititas também exigiam que
Neemias diante de violenta oposição. senhor da torre de vigia" (comandante de os comandantes supervisionassem a manu
Neemias teve de incentivar constantemen tropas) deveria seguir. Essas normas in tenção do sacerdócio, dos templos e dos rituais
te o povo sob seu comando a reconstruir cluíam procedimentos para tròca de guar prestados ao deus hitita da tempestade (cf.
os muros e torres da cidade e precisou, ao das, para a abertura dos portões da cidade, cap. 7 e 10).' Também estavam encarrega
mesmo tempo, m anter a disciplina dos para o patrulham ento das rotas de acesso dos de assegurar que os exilados se recupe
m ilitares judeus que a defendiam. Não era e para a manutenção da escala das tropas. rassem economicamente (cf. cap. 5). Pela
uma prática incomum, pois diversos reis do Os hititas tam bém adotaram procedimentos cronologia, os textos hititas estão distantes
antigo Oriente Médio estabeleceram proce para a construção e fortificação de muros, a da época de Neemias, porém confirmam os
dimentos m ilitares para os comandantes fim de garantir a resistência deles aos incên deveres que qualquer governador de uma
que trabalhavam nas torres de vigia e nos dios e às escavações de sapadores (homens cidade m ilitar teria de cumprir.
postos avançados. especializados em cavar túneis sob os
'Ver “ Deuses hititas da tempestade", em Jó 38.
4.10 H Cr 23.4 10 Enquanto isso, o povo de Judá começou a dizer: “Os trabalhadores já não têm mais forças* e
ainda há muito entulho. Por nós mesmos não conseguiremos reconstruir o muro”.
11E os nossos inimigos diziam: “Antes que descubram qualquer coisa ou nos vejam, estaremos
bem ali no meio deles; vamos matá-los e acabar com o trabalho deles”.
12 Os judeus que moravam perto deles dez vezes nos preveniram: “Para onde quer que vocês se
virarem, saibam que seremos atacados de todos os lados”.
13 Por isso posicionei alguns do povo atrás dos pontos mais baixos do muro, nos lugares abertos,
4,1 4 « G n 28.15 ; divididos por famílias, armados de espadas, lanças e arcos.14 Fiz uma rápida inspeção e imediata
N m 1 4.9 ; Dt 1.29;
"N e 1 . 8 ; 'N e 1.5; mente disse aos nobres, aos oficiais e ao restante do povo: Não tenham medoa deles. Lembrem-sehde
i2S m 10.1 2
que o Senhor é grande e temível' e lutemi por seus irmãos, por seus filhos e por suas filhas, por suas
mulheres e por suas casas.
4 .1 5 k2S m 17.1 4; 15 Quando os nossos inimigos descobriram que sabíamos de tudo e que Deus tinha frustrado a sua
J ó 5.12
trama,ktodos nós voltamos para o muro, cada um para o seu trabalho.
16 Daquele dia em diante, enquanto a metade dos meus homens fazia o trabalho, a outra metade
permanecia armada de lanças, escudos, arcos e couraças. Os oficiais davam apoio a todo o povo de
4 . 1 7 'S11 4 9 .6 Judá17 que estava construindo o muro. Aqueles que transportavam material faziam o trabalho com
4 .1 8 “ N m 1 0 .2 uma das mãos e com a outra seguravam uma arma,1 18 e cada um dos construtores trazia na
cintura uma espada enquanto trabalhava; e comigo ficava um homem pronto para tocar a trombeta.m
19 Então eu disse aos nobres, aos oficiais e ao restante do povo: A obra é grande e extensa, e esta
4 .2 0 "Ez 33.3; mos separados, distantes uns dos outros, ao longo do muro. 20 Do lugar de onde ouvirem o som da
•Êx 14.1 4 ; Dt 1.30;
2 0.4 ; J s 10 .14 trombeta," juntem-se a nós ali. Nosso Deus lutará0 por nós!
21 Dessa maneira prosseguimos o trabalho com metade dos homens empunhando espadas desde o
raiar da alvorada até o cair da tarde.22Naquela ocasião, eu também disse ao povo: Cada um de vocês e
o seu ajudante devem ficar à noite em Jerusalém, para que possam servir de guarda à noite e trabalhar
durante o dia.23 Eu, os meus irmãos, os meus homens de confiança e os guardas que estavam comigo
nem tirávamos a roupa, e cada um permanecia de arma na mão.
Os árabes (4.7), liderados por Gesém (2.19), provavelmente temiam que o retornava em benefícios para as províncias, pois a maior parte era derre
fortalecimento de Judá sob a liderança de Neemias prejudicasse seus lucra tida e armazenada em forma de barras (para mais informações sobre o
tivos empreendimentos comerciais. dárico, ver nota em IC r 29.7).
4 .2 3 A regra era: prontidão constante. Segundo Josefo {Antiguidades5j.7
u Josefo {Antiguidades judaicas, 4.8.25) explica a proibição da usura:
daicas, 11.5.8), o próprio Neemias “fazia rondas na cidade durante a noi “Não se permita emprestar com juros comidas ou bebidas a qualquer
te, e não se cansava, seja com o trabalho, seja com a falta de alimentos ou hebreu, porque não é justo tirar lucro do infortúnio de um compatriota.
de repouso, de que desfrutava somente por necessidade, não por prazer”. Pelo contrário, ao consolá-lo na aflição, você deve contar como lucro a
5.3 Ver nota sobre fome em Rute 1.1; ver também “Fome no antigo gratidão dessas pessoas e a recompensa que Deus tem reservado por um
Oriente Médio”, em G n 42. ato de generosidade”.
5 .4 Estima-se que o rei persa coletava o equivalente a 20 milhões de
dáricos (100 milhões de dólares) por ano em impostos. Muito pouco
696 NEEMIAS 5.9
9 Por isso prossegui: 0 que vocês estão fazendo não está certo. Vocês devem andar no temor do 5.9»is 52.5
nosso Deus para evitar a zombariav dos outros povos, os nossos inimigos.10 Eu, os meus irmãos e 5.10 í x 22.25
os meus homens de confiança também estamos emprestando dinheiro e trigo ao povo. Mas vamos
acabar com a cobrança de juros!2 11 Devolvam-lhes imediatamente suas terras, suas vinhas, suas oli- 5.11 »is 58.6
veiras e suas casas, e também os juros3 que cobraram deles, a centésima parte do dinheiro, do trigo,
do vinho e do azeite.
12E eles responderam: “Nós devolveremos tudo 0 que você citou, e não exigiremos mais nada 5.12 ‘Ed 10.5
deles. Vamos fazer 0 que você está pedindo”.
B a n c o e d in h e ir o n o m u n d o a n tig o
NEEMIAS 5 Os primeiros câmbios mone Os preços naturalmente oscilaram du palácios, ou ainda 0 enterravam, como um
tários foram feitos por meio do sistema de rante os séculos, e é difícil verificar quanto tesouro. Os empréstimos eram documenta
troca. Na M esopotâm ia, cevada e tâmaras um artigo específico custava num deter dos e testemunhados. Empréstimos agrícolas
costumavam ser 0 padrão de comércio, visto minado lugar em certa época — e é igual de seis meses eram comuns, bem como notas
que podiam ser estocadas por um período re mente difícil traduzir esses preços de ma promissórias e cartas de crédito. Havia leis
lativamente longo sem que houvesse perda neira compreensível para 0 leitor moderno. que regulamentavam as garantias para pre
do produto. Os dízimos, impostos e tributos Antigamente, as leis da oferta e da procura venir abusos: a capa tomada como garantia
podiam ser pagos com produtos agrícolas. As funcionavam como hoje. Por exemplo, 2Reis teria de ser devolvida à noite (Êx 22.26,27),
moedas começaram a ser usadas na Lídia, no 7.1 indica que, no século IXa.C., 0 preço de a penhora das mós era proibida (Dt 24.6), e
século Vil a.C., mas só alcançaram populari um sido de prata para dois seás (ca. 14,6 os credores não podiam entrar nas casas dos
dade no período de Alexandre, 0 Grande (ca. litros) de cevada era muito barato, 0 que devedores para retirar 0 que estava penho-
330 a.C.).1 0 sistema de permuta foi usado ocorria porque a oferta dos grãos rado (Dt 24.10). Era proibido cobrar juros
até mesmo no período romano. Metais pre era abundante. 0 profeta de empréstimos feitos a israelitas
ciosos (e.g., prata, ouro e electrum) transfor Oseias, por volta de 740 (Ex 22.25) e as transações imobi
mados em recipientes (taças, tigelas e pra a.C., resgatou sua es liárias eram bastante restritas.
tos) ou em joias (anéis, brincos e braceletes) posa, Gomer, da es Como nos empreendimentos
eram muito usados como itens de troca.2 cravidão pelo preço comerciais modernos, 0 risco
0 peso de um item (e.g., um prato de de 15 sidos de prata e 0 lucro quase sempre eram
prata de 130 sidos; Nm 7.13) era 0 primeiro e "um barril [hômer] diretamente proporcionais: 0
indicador de seu valor monetário, embora e meio de cevada" (Os comércio internacional impli
outros fatores, como a qualidade do artesão, 3.2). Considerando que cava grande risco, mas podia ser
também fossem importantes. As unidades de a capacidade do hômer4 era muito lucrativo; 0 comércio
peso mais comuns eram 0 gera (0,6 gramas), de 220 litros, aproximadamente, 0 ^ local era pouco arriscado,
0 sido (11,5 gramas), a mina (600 gramas) preço pago pela libertação de um mas resultava num
e 0 talento (34 quilos). Todos esses equiva escravo no Israel do século VIII retorno menor do
lentes de peso são aproximados e, até certo a.C. seria de 127,5 gramas de investimento.
ponto, hipotéticos, já que os pesos não eram prata e 330 litros de ceva
fixos para todos os lugares durante 0 período da. Os contemporâneos de
bíblico. Isso não significa que os povos do Oseias tinham condições
mundo antigo não se importavam com pesos de determinar se esse valor
e trocas. Pelo contrário, a condenação para representava 0 preço nor
Moedas Romanas
quem fraudasse pesos e escalas mostra quão mal ou se era exorbitante. do século I d.C.
seriamente eles tratavam a precisão nessas Os israelitas/judeus guar Preserving Bible Times; © dr.
James C. Martin
questões (cf. Lv 19.36; Pv 16.11).3 davam seu dinheiro nos templos ou nos
Wer "Moedas e numismática", em Lc 15. 2Ver "Pedras preciosas do mundo bíblico", em Is 54. 3Ver "Pesos e medidas", em Am 8; ver também a 'Tabelas de pesos e
medidas" na p. 2079. 4Não incluído na lista de pesos e medidas da NVI.
NEEMIAS 6.9 697
Então convoquei os sacerdotes e os fiz declarar sob juramento0 que cumpririam a promessa feita.
5.13 cMt 10.14; 13 Também sacudic a dobra do meu manto e disse: Deus assim sacuda de sua casa e de seus bens todo
At 18.6; dDt 27.15-
aquele que não mantiver a sua promessa. Tal homem seja sacudido e esvaziado!
Toda a assembleia disse: “Amém!”,11e louvou o S e n h o r . E o povo cumpriu o que prometeu.
O Exemplo de Neemias
5 .1 4«Ne 2.6; 13.6; 14 Além disso, desde o vigésimo ano do rei Artaxerxes,e quando fui nomeado governadorf deles
«Gn 42.6; Ed 6.7;
Jr 40.7; Ag 1.1 na terra de Judá, até o trigésimo segundo ano do seu reinado, durante doze anos, nem eu nem meus
irmãos comemos a comida destinada ao governador.15 Mas os governantes anteriores, aqueles que
me precederam, puseram um peso sobre o povo è tomavam dele quatrocentos e oitenta gramasfl de
prata, além de comida e vinho. Até os seus auxiliares oprimiam o povo. Mas, por temer a Deus,9 não
5 .1 6 h2Ts 3.7-10 agi dessa maneira.16 Ao contrário,11eu mesmo me dediquei ao trabalho neste muro. Todos os meus
homens de confiança foram reunidos ah para o trabalho; e não compramos^ nenhum pedaço de terra.
17 Além do mais, cento e cinqüenta homens, entre judeus do povo e seus oficiais, comiam à mi
5 .1 8 IR s 4.23 nha mesa, como também pessoas das nações vizinhas que vinham visitar-nos.18 Todos os dias eram
preparados, à minha custa, um boi, seis das melhores ovelhas e aves,' e a cada dez dias eu recebia
uma grande remessa de vinhos de todo tipo. Apesar de tudo isso, jamais exigi a comida destinada ao
governador, pois eram demasiadas as exigências que pesavam sobre o povo.
5 .1 9 iGn 8.1; 19 Lembra-tei de mim, ó meu Deus, levando em conta tudo o que fiz por este povo.
2Rs 20.3; Ne 1.8;
13.14,22,31
A Tentativa de Intimidação
Quando Sambalate, Tobias,k Gesém,1o árabe, e o restante de nossos inimigos souberam que eu
6.1 kNe2.10;
'Ne 2.19
6 havia reconstruído o muro e que não havia ficado nenhuma brecha, embora até então eu ainda
não tivesse colocado as portas nos seus lugares, 2 Sambalate e Gesém mandaram-me a seguinte
mensagem: “Venha, vamos nos encontrar num dos povoadosc da planície de Onom”.
Eles, contudo, estavam tramando fazer-me m al;3 por isso enviei-lhes mensageiros com esta
resposta: “Estou executando um grande projeto e não posso descer. Por que parar a obra para ir
encontrar-me com vocês?” 4 Eles me mandaram quatro vezes a mesma mensagem, e todas as vezes
lhes dei a mesma resposta.
6 .5 nNe 2.10 5 Então, na quinta vez, Sambalatenmandou-me um dos seus homens de confiança com a mesma
6.6 °Ne 2.19 mensagem; ele tinha na mão uma carta aberta 6 em que estava escrito:
“Dizem entre as nações, e Gesém0 diz que é verdade, que você e os judeus estão tramando uma
revolta e que, por isso, estão reconstruindo o muro. Além disso, conforme dizem, você está na iminência
de se tornar o rei deles,7 e até nomeou profetas para fazerem em Jerusalém a seguinte proclamação a
seu respeito: ‘Há um rei em Judá!’ Ora, essa informação será levada ao rei; por isso, vamos conversar”.
8 Eu lhe mandei esta resposta: Nada disso que você diz está acontecendo; é pura invenção sua.
9 Estavam todos tentando intimidar-nos, pensando: “Eles serão enfraquecidos e não concluirão
a obra”.
Eu, porém, orei pedindo: Fortalece agora as minhas mãos!
0 5 . 1 5 Hebraico: 40 siclos. Um siclo eqüivalia a 1 2 gramas.
b 5 . 1 6 Conforme a maioria dos manuscritos do Texto M assorético. Alguns manuscritos do Texto M assorético, a Septuaginta,
a Vulgata e a Versão Siríaca dizem eu n ão comprei.
c 6 . 2 Ou em Quefirim.
5 .1 5 A palavra hebraica para “governador” é aplicada a Sesbazar (Ed 6.5 Nessa época, as cartas eram escritas em folhas de papiro ou de couro,
5.14) e Zorobabel (Ag 1.1,12; 2.2), bem como para diversos oficiais Per que eram depois enroladas, amarradas e lacradas com uma bula (impres
sas (Ed 5.3,6; 6.6,7,13; 8.36; Ne 2.7,9; 3.7). Embora alguns acreditem são de sinete) de barro para garantir sua autenticidade (ver “Materiais de
que Judá náo teve governadores antes de Neemias e que a referência escrita no mundo antigo”, em 3Jo). Ao que parece, Sambalate desejava
aqui diz respeito aos governadores de Samaria, evidências arqueológicas que o conteúdo de sua carta fosse do conhecimento de todos.
recentes (sinetes e impressões de sinetes) confirmam a referência aos pri 6 .6 A inscrição de Beistum (ver “Dario I”, em Ed 5) deixa claro que os
meiros governadores de Judá. reis persas não toleravam rebeliões nem reivindicações ao trono. Tempos
Isentar de impostos os membros do clero (ver nota em Ed 7.24) era mais tarde, na época do N T , o imperador Romano também ficava atento
uma prática comum do reino persa, por isso os impostos acabavam se a qualquer aspiração não autorizada à realeza (Jo 19.12; cf. M t 2.1-13).
tornando mais pesados para os leigos. Os governadores que extorquiam 6.9 A frase “eles serão enfraquecidos” expressa ideia de desânimo. Essa
o povo eram muitas vezes servidos por assistentes ainda mais opressores expressão hebraica também é encontrada em Ed 4.4 e Jr 38.4, como
(cf. M t 18.21-35; 20.25-28). também num óstraco de Láquis datado de cerca de 588 a.C. (ver “Os
6.2 A planície de O no estava localizada cerca de 11 quilômetros a sudeste óstracos de Láquis”, em Jr 34).
de Jope, perto de Lode, na região mais a oeste, ocupada pelos judeus que
retornaram do exílio.
698 NEEMIAS 6.10
10 Um dia fui à casa de Semaías, filho de Delaías, neto de Meetabel, que estava trancado portas
adentro. Ele disse: “Vamos encontrar-nos na casa de Deus, no templo,P a portas fechadas, pois estão
querendo matá-lo; eles virão esta noite”.
11 Todavia, eu lhe respondi: Acha que um homem como eu deveria fogir? Alguém como eu deveria
entrar no templo para salvar a vida? Não, eu não irei!12 Percebi que Deus não o tinha enviado e que 6.12 «Ez 13.22,23;
'Ne 2.10
ele tinha profetizado contra mim'! porque Tobias e Sambalater o tinham contratado.13 Ele tinha sido 6.13 sJr 20.10
pago para me intimidar, a fim de que eu cometesse um pecado agindo daquela maneira, e então eles
poderiam difamar-me e desacreditar-me.s
14 Lembra-te* do que fizeram Tobias e Sambalate,u meu Deus, lembra-te também da profetisav 6.14>Ne 1.8;
“Ne 2.10;
Noadia e do restante dos profetasw que estão tentando me intimidar. 'Êx 16.20;
Ez 13.17-23;
At 21.9; Ap 2.20;
O Término da Reconstrução «Ne 13.29;
Jr 23.9-40;
15 O muro ficou pronto no vigésimo quinto dia de eluK em cinqüenta e dois dias.16 Quando todos Zc 13.2,3
os nossos inimigos souberam disso, todas as nações vizinhas ficaram atemorizadas e com o orgulho
ferido, pois perceberam que essa obra havia sido executada com a ajuda de nosso Deus.
17 E também, naqueles dias, os nobres de Judá estavam enviando muitas cartas a Tobias, que lhes
enviava suas respostas.18 Porque muitos de Judá estavam comprometidos com ele por juramento,
visto que era genro de Secanias, filho de Ara, e seu filho Joanã havia se casado com a filha de Mesulão,
neto de Berequias. 19 Até ousavam elogiá-lo na minha presença e iam contar-lhe o que eu dizia.
E Tobias continuou a enviar-me cartas para me intimidar.
Depois que o muro foi reconstruído e que eu coloquei as portas no lugar, foram nomeados os 7.1 <1Cr 9.27;
7 26.12-19;
porteiros,* os cantoresv e os levitas.2 2 Para governar Jerusalém encarreguei o meu irmão Hana- Ne 6.1,15;
«168.25; ‘ Ne 8.9
nia e, com ele, Hananiasi,,b comandante da fortaleza,0 pois Hananias era íntegro e temiad a Deus 7.2 "Ne 1.2;
mais do que a maioria dos homens.3 Eu lhes disse: As portas de Jerusalém não deverão ser abertas «Ne 10.23;'Ne 2.8;
*1 Rs 18.3
enquanto o sol não estiver alto. E antes de deixarem o serviço, os porteiros deverão fechar e travar
as portas. Também designei moradores de Jerusalém para sentinelas, alguns em postos no muro,
outros em frente das suas casas.
6 .1 0 -1 3 O livre acesso de Semaías ao templo provavelmente indica que lógicas mostram que a circunferência dos muros era muito reduzida na
ele era um sacerdote. É aceitável, portanto, que ele pudesse propor a Nee- época de Neemias. Josefo afirma (Antiguidades judaicas, 11.5.8) que a
mias o refugio na área do templo em que ficava o altar (cf. Êx 21.13,14; reconstrução dos muros exigiu dois anos e quatro meses de trabalho, mas
lR s 1.50-53), mas não na casa de Deus (Ne 6.10), a área do templo sem dúvida ele incluía nesse período tarefas adicionais, como o fortaleci
propriamente dito, já que um leigo como Neemias não estava autorizado mento das várias seções e de seus adornos.
a entrar no santuário (Nm 18.7). 7 .3 Em geral, as portas das cidades eram abertas todos os dias ao ama
6.1 4 Ver nota sobre profetisas em Êx 15.20,21. nhecer, mas Neemias postergou a abertura das portas para evitar um
6.1 5 Os muros que ficaram em ruínas durante cerca de um século e meio ataque inimigo antes que todos os moradores de Jerusalém estivessem
foram reconstruídos em menos de dois meses, uma vez que o povo foi despertos e alertas (ver “A porta da cidade”, em Rt 4).
incentivado a trabalhar sob a liderança de Neemias. Pesquisas arqueo
NEEMIAS 7 699
NEEMIAS 7 0 período pós-exílico, que du Um terceiro desafio im portante foi um papel crucial como governador da Judeia
rou mais de quinhentos anos, pode ser divido a fortificação de Jerusalém. Em 445 a.C., em meados do século V a.C., ainda que du
em cinco períodos: persa, grego, hasmo- Neemias, copeiro do rei persa, apelou a rante esse período toda a Judeia assistisse ao
neu, romano e herodiano. Artaxerxes I a favor de Jerusalém.3 Artaxerxes aumento do poder do sacerdócio e à diminui
Em 539/538 a.C., Ciro, o persa, derrotou declarou Neemias governador da Judeia, pa ção do poder da família real davídica. Ao final
os babilônios e mudou a política de despo- gou as despesas de seu retorno a Jerusalém e do período persa (ca. 330 a.C.) os sacerdotes
voamento e dispersão de povos em terras forneceu materiais de construção (Ne 2.1-9; estavam em posição de proeminência.
estrangeiras.1 Quase imediatamente, ele 5.14). A despeito de considerável oposição,4 + Os persas esperavam receber o favor e o
permitiu que os israelitas exilados retomas Neemias e os que retornaram com ele cum apoio das divindades locais e de seus sacerdo
sem à sua terra natal, sob a liderança de Ses priram sua missão (6.15). tes, que intercederiam pela prosperidade
bazar (cf. Ed. 1 e 2; 5.13-16; Ne 7). 0 cilindro A dedicação dos muros foi acompanhada do império (cf. Ed 6.9,10; 7.23).
de Ciro contém confirmações extrabíblicas de uma longa leitura da Lei e de um apelo 0 apoio religioso foi essencial à legitima
importantes.2 à renovação da aliança. No entanto, esse pe ção do governo persa aos olhos de vários po
Muitos judeus optaram por permanecer ríodo de avivamento foi curto. Quando Nee vos. Os persas obtiveram tanto sucesso nessa
nas terras em que viviam como exilados, mias regressou a Jerusalém, provavelmente questão que na Babilônia seu governo não era
embora mantendo sua identidade religiosa em 433/432 a.C., descobriu que os sacerdo considerado um domínio estrangeiro.
e étnica. Esse fenômeno, conhecido como tes, assim como o povo, se haviam tornado
diáspora, tornou-se uma realidade social negligentes na adoração. Os líderes e profetas israelitas reconhe
irreversível. No entanto, as narrativas exílicas A aprovação e o apoio dos reis persas às ciam as restrições impostas pelo governo
e pós-exílicas do AT, com exceção do livro de atividades religiosas em "Yehud" (Judeia) persa, mas aceitavam seu apoio para levar
Ester, ressaltam os desafios e crises enfrenta são coerentes com seus interesses nos tem a efeito as ordenanças de Deus em sua terra
dos pelos que retomaram. plos comunitários da Babilônia, Síria, Ásia natal. No entanto, não deixavam de afirmar
0 primeiro grande desafio foi a recons M enor, Armênia e Fenícia, entre outros: que Deus era a fonte de toda bênção e su
trução do templo em meio à oposição exter cesso (Ed 1.1; 7.6; Ne 2.8,20) e mantiveram
na (Ed 4.1-5,24; 5.1— 6.18) e a negligência ❖ Os templos serviam como centros re os olhos no futuro, contemplando o dia
interna (Ag 1.2-11). A restauração era indis gionais de poder e ajudavam a manter a em que otronco de Davi lançasse suas raízes
pensável para que a presença e a bênção de obediência civil e a lealdade política. Por e todos os povos seguissem para o monte
Deus fossem restabelecidas, e um sacerdócio tanto, não deve ter sido coincidência o fato Sião a fim de buscar o Senhor dos Exércitos
forte era necessário para reinstituir o culto lo de os persas autorizarem a reconstrução do (Zc 3.8-10; 8.20-23).
cal conforme prescrito na Lei (Ag 2.11-19; Zc segundo templo logo depois de subjugarem
13). Impelidos à ação pelos profetas Ageu e o Egito, em 526/525 a.C. De bom grado, eles
Zacarias e com o apoio financeiro persa, o go comissionaram Esdras e Neemias alguns anos
vernador designado pelos persas, Zorobabel, depois de controlar a revolta no Egito, em
e o sumo sacerdote Josué concluíram com 460 a.C. A ameaça egípcia ao sul destacava a
sucesso o projeto, consagrando o templo em dependência persa de uma "Yehud” (Judeia)
516/515 a.C. (cf. Ed 6.15,16). produtiva e leal.
Outro desafio foi a ameaça da assimila Os sistemas governamentais baseados
ção e da idolatria (Ed 9). Com o apoio persa, no sacerdócio eram menos ameaçadores aos
Esdras retornou a Jerusalém em 458 a.C. (Ed persas que as monarquias locais. A Judeia
7.6-10). Ele exortou o povo, levou-o à con era governada por um sumo sacerdote e um
fissão de infidelidade a Deus (Ed 10) e mais governador (cf. Ag 1.1,13; Zc 4), e o equilíbrio
tarde cumpriu sua vocação de ensinar o Livro de poder entre os dois oscilou durante todo o
da Lei ao povo (Ne 8 e 9). período pós-exílico. Neemias desempenhou
Wer "Ciro, o Grande", em Ed 1. 2Ver "O cilindro de Ciro", em Ed 6. 3Ver "Artaxerxes I, o rei da Pérsia", em Ed 7. 4Ver "Sambalate, Tobias e Gesém", em Ne 2.
700 NEEMIAS 7
1Ver "Os ptolomeus", em Dn 7. 2Ver "Os selêucidas", em Dn 12. 3Ver "Antíoco IV Epifânio", em Dn 11. 4Ver "Os samaritanos", em Jo 8. 5Ver "0 templo samaritano
no monte Gerizim", em Jo 4. 6Ver "Os saduceus", em M t 22. ?Ver "Os fariseus", em M t 5.
NEEMIAS 7.35 701
14 de Zacai, 760;
15 de Binui, 648;
16 de Bebai, 628;
17 de Azgade, 2.322;
18 de Adonicão, 667;
19 de Bigvai, 2.067;
7.20 «8.6 20 de Adim,h655;
21 de Ater, por meio de Ezequias, 98;
22 de Hasum, 328;
23 de Besai, 324;
24deHarife, 112;
25 de Gibeom, 95;
» 7 . 2 9 Veja Ed 2.25.
'Ver "0 exército romano e a ocupação da Terra Santa", em At 27. 2Ver "Herodes, o Grande", em Mc 3.
702 NEEMIAS 7.36
39 “Os sacerdotes:
“os descendentes de Jedaias, por meio da família de Jesua, 973;
40 de Imer, 1.052;
41 de Pasur, 1.247;
42 de Harim, 1.017.
43 “Os levitas:
“os descendentes de Jesua, por meio de Cadmiel, pela linhagem de Hodeva, 74.
os descendentes de Salum,
Ater, Talmom, Acube, Hatita e Sobai 138.
63 “E entre os sacerdotes:
“os descendentes de Habaías, Hacoz e Barzilai, homem que se casou com uma filha
de Barzilai, de Gileade, e que era chamado por aquele nome”.
64Esses procuraram seus registros de família, mas não conseguiram achá-los e, dessa forma, foram
considerados impuros para o sacerdócio.65 Por isso o governador determinou que eles não comes 7.65'Êx 28.30;
Ne 8.9
sem das ofertas santíssimas enquanto não houvesse um sacerdote para consultar o Urim e o Tumim11.*
0 7 . 6 5 Objetos utilizados para se conhecer a vontade de Deus.
66 O total de todos os registrados foi 42.360 homens, 67 além dos seus 7.337 servos e servas;
havia entre eles 245 cantores e cantoras. 68 Possuíam 736 cavalos, 245 mulas,"69 435 camelos e
6.720 jumentos.
70 Alguns dos chefes das famílias contribuíram para o trabalho. O governador deu à tesouraria
7.71 «1 C r 2 9 .7 oito quilos^ de ouro, 50 bacias e 530 vestes para os sacerdotes.71 Alguns dos chefes das famíliasu
deram à tesouraria cento e sessenta quilos de ouro e mil e trezentos e vinte quilosc de prata, para a
7.72'Êx2 5.2 realização do trabalho.72 O total dado pelo restante do povo foi de cento e sessenta quilos de ouro,
mil e duzentos quilos de prata e 67 vestes para os sacerdotes.v
7.73 »Ne 1.10; 73 Os sacerdotes, os levitas, os porteiros, os cantores e os servidores do templo,we também
SI 34.22; 103.21;
113.1; 135.1; alguns do povo e os demais israelitas, estabeleceram-se em suas próprias cidades.x
>Ed 3.1; Ne 11.1;
vEd 3.1
A Leitura Pública da Lei
8.1 !Ne 3.26; Quando chegou o sétimo mês e os israelitas tinham se instalado em suas cidades,'1todo o povo
•Dt 28.61;
2Cr 34.15; Ed 7.6 8 juntou-se como se fosse um só homem na praça, em frente da porta das Águas.2 Pediram ao
escriba Esdras que trouxesse o Livro da Lei de Moisés,3 que o S e n h o r dera a Israel.
8.2 »Lv 23.23-25; 2 Assim, no primeiro dia do sétimo mês,bo sacerdote Esdras trouxe a Leic diante da assembleia,
Nm 29.1-6;
•Dt31.11 que era constituída de homens e mulheres e de todos os que podiam entender. 3 Ele a leu em
8.3 «Ne 3.26
alta voz desde o raiar da manhã até o meio-dia, de frente para a praça, em frente da porta das Águas,d
na presença dos homens, mulheres e de outros que podiam entender. E todo o povo ouvia com atenção
a leitura do Livro da Lei.
. «C r 6.13 4 O escriba Esdras estava numa plataforma elevada, de madeira,e construída para a ocasião.
Ao seu lado, à direita, estavam Matitias, Sema, Anaías, Urias, Hilquias e Maaseias; e à esquerda esta
vam Pedaías, Misael, Malquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão.
5 Esdras abriu o Livro diante de todo o povo, e este podia vê-lo, pois ele estava num lugarf mais alto.
8 .6 1ÊX 4.31; E, quando abriu o Livro, o povo todo se levantou.6 Esdras louvou o S e n h o r , o grande Deus, e todo
Ed 9.5; 1Tm 2.8
o povo ergueu as mãos9 e respondeu: “Amém! Amém!” Então eles adoraram o S e n h o r , prostrados
com o rosto em terra.
8.7 "Ed 10.23; 7 Os levitas11Jesua, Bani, Serebias, Jamim, Acube, Sabetai, Hodias, Maaseias, Quelita, Azarias,
'Lv10.11; 2Cr17.7
Jozabade, Hanã e Pelaías, instruíram' o povo na Lei, e todos permaneciam ali.8 Leram o Livro da Lei
de Deus, interpretando-o e explicando-o, a fim de que o povo entendesse o que estava sendo lido.
8.9 'Ne 7.1,65,70; 9 Então Neemias, o governador, Esdras, o sacerdote e escriba, e os levitasi que estavam instruindo o
"Dt 12.7,12;
16.14,15 povo disseram a todos: “Este dia é consagrado ao S e n h o r , o nosso Deus. Nada de tristeza e de choro!”k
Pois todo o povo estava chorando enquanto ouvia as palavras da Lei.
8.10'1 Sm 25.8; 10 E Neemias acrescentou: “Podem sair, e comam e bebam do melhor que tiverem, e repartam
Lc 14.12-14;
mLv 23.40; com os que nada1têm preparado. Este dia é consagrado ao nosso Senhor. Não se entristeçam, porque
Dt 12.18;
16.11,14,15 a alegria"1do S e n h o r os fortalecerá”.
11 Os levitas tranqüilizaram todo o povo, dizendo: “Acalmem-se, porque este é um dia santo. Não
fiquem tristes!”
12 Então todo o povo saiu para comer, beber, repartir com os que nada tinham preparado e para
celebrar com grande alegria," pois agora compreendiam as palavras que lhes foram explicadas.
13 No segundo dia do mês, os chefes de todas as famílias, os sacerdotes e os levitas reuniram-se
com o escriba Esdras para estudarem as palavras da Lei.14 Descobriram na Lei que o Se n h o r tinha
ordenado, por meio de Moisés, que os israelitas deveriam morar em tendas durante a festa do sétimo
mês.15 Por isso anunciaram em todas as suas cidades e em Jerusalém: “Saiam às montanhas e tragam
ramos de oliveiras cultivadas, de oliveiras silvestres, de murtas, de tamareiras e de árvores frondosas,
para fazerem tendas, conforme está escrito'*”.
0 7 . 6 8 Conforme alguns manuscritos do Texto M assorético. A maioria dos manuscritos do Texto M assorético não traz este
versículo. Veja Ed 2.66.
b 7 . 7 0 Hebraico: 1.000 dracm as.
c 7 .7 1 Hebraico: 2.200 m inas. Uma mina eqüivalia a 600 gramas.
d 8 . 1 5 Veja Lv 23.37-40.
7 .6 5 Ver “Urim e Tumim”, em Êx 28. 8 .8 A frase “interpretando-o e explicando-o” pode significar que os levitas
8.2,3 As mulheres não participavam das reuniões periódicas, mas eram traduziram as palavras do hebraico para o aramaico (ver nota da NVI).
incluídas, com as crianças, nas ocasiões sagradas (cf. D t 31.12,13; 8.15 As oliveiras estão espalhadas por todos os países do Mediterrâneo
Js 8.35; Ne 10.28; 12.43). O povo ficou de pé durante cinco ou seis e já eram cultivadas em Canaã antes da conquista (D t 8.8). Como leva
horas, ouvindo atentamente a leitura e a explanação das Escrituras. trinta anos para que uma oliveira amadureça, seu cultivo exige boas
condições (ver “Comida e agricultura”, em Rt 2).
704 NEEMIAS 8.16
16 Então o povo saiu e trouxe os ramos, e eles mesmos construíram tendas nos seus terraços, nos8.16»2Rs 14.13;
Ne 12.39
seus pátios, nos pátios do templo de Deus e na praça junto à porta das Águas e na que fica junto à porta
de Efraim.0 17 Todos os que tinham voltado do exílio construíram tendas e moraram nelas. Desde os 8.17 P2Cr 7.8;
8.13; 30.21
dias de Josué, filho de Num, até aquele dia, os israelitas não tinham celebradoP a festa dessa maneira.
E grande foi a alegria deles.
18 Dia após dia, desde o primeiro até o último dia da festa, Esdras leufl o Livro da Lei de Deus. Eles8.18 «Dt 31.11;
l v 23.36,40;
celebraram a festa durante sete dias, e no oitavo dia, conforme o ritual,r houve uma reunião solene. Nm 29.35
A Confissão do Pecado
No vigésimo quarto dia do mês, os israelitas se reuniram, jejuaram, vestiram pano de saco e
9
9.1 «Js 7.6;
1Sm4.12
puseram terra sobre a cabeça.s 2 Os que eram de ascendência israelita tinham se separado 9.2 <Ne 13.3,30;
"Ed 10.11; S1106.6
de todos os estrangeiros.1Levantaram-se nos seus lugares, confessaram os seus pecados e a maldade
dos seus antepassados.u3 Ficaram onde estavam e leram o Livro da Lei do S e n h o r , do seu Deus, du
rante três horas, e passaram outras três horas confessando os seus pecados e adorando o S e n h o r , o
seu Deus.4 Em pé, na plataforma, estavam os levitasvJesua, Bani, Cadmiel, Sebanias, Buni, Serebias, 9.4 >Ed 10.23
Bani e Quenani, que em alta voz clamavam ao S e n h o r , o seu Deus. 5 E os levitas Jesua, Cadmiel, 9.5 «SI 78.4
Bani, Hasabneias, Serebias, Hodias, Sebanias e Petaías conclamavam o povo, dizendo: “Levantem-se
e louvem o S e n h o r , o seu Deus,wque vive para todo o sempre.
“Bendito seja o teu nome glorioso! A tua grandeza está acima de toda expressão de louvor.6 S ó 9.6 «Dt 6.4;
i2Rs 19.15;
tu és o S e n h o r . x Fizeste os céus,v e os mais altos céus, e tudo o que neles há, a terra2 e tudo o que 2Gn 1.1; Is 37.16;
■SI 95.5; »Dt 10.14
nela existe, os maresa e tudo o que neles existe.bTu deste vida a todos os seres, e os exércitos dos
céus te adoram.
7 “Tu és o S e n h o r , o Deus que escolheu Abrão, trouxe-o de Ur dos caldeus0 e deu-lhe o nome9.7 'Gn 11.31;
aGn 17.5
de Abraão.'18 Viste que o coração dele era fiel, e fizeste com ele uma aliança, prometendo dar aos 9.8 «Gn 15.18-21;
'JS 21.45;
seus descendentes a terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos ferezeus, dos jebuseus e iGn 15.6; Ed 9.15
dos girgaseus.e E cumpriste a tua promessa* porque tu és justo.s
9 “Viste o sofrimento dos nossos antepassados no Egito,h e ouviste o clamor deles no mar9.9 "Êx 3,7;
'Êx 14.10-30
Vermelho.'10 Fizeste sinais) e maravilhas contra o faraó e todos os seus oficiais e contra todo o 9.10 rt/. Êx 10.1;
povo da sua terra, pois sabias com quanta arrogância os egípcios os tratavam. Alcançaste renome,k "Jr 32.20; Dn 9.15
que permanece até hoje.11 Dividiste o mar diante deles,1para que o atravessassem a seco, mas 9.11 'Êx 14.21;
SI 78.13;
lançaste os seus perseguidores nas profundezas, como uma pedra em águas agitadas.m12 Tu os "Êx 15.4,5,10;
Hb 11.29
conduziste" de dia com uma nuvem0 e de noite com uma coluna de fogo, para iluminar o caminho 9.12 "Êx 15.13;
que tinham que percorrer. «Êx 13.21
13 “Tu desceste ao monte Sinai;P dos céus lhes falaste.i Deste-lhes ordenanças justas/ leis ver 9.13 PÊx 19.11;
1ÊX 19.19;
dadeiras, decretos e mandamentos excelentes.s 14 Fizeste que conhecessem o teu sábado santo* «1119.137;
sÊx 20.1
e lhes deste ordens, decretos e leis por meio de Moisés, teu servo.15 Na fome deste-lhes pão do 9.14 >Gn 2.3;
céu,ue na sede tiraste para eles água da rocha;vmandaste-os entrar e tomar posse da terra que, sob 9.15 Êx20.8-11
"Êx 16.4;
juramento, tinhas prometido dar-lhes.w Jo 6.31 ;"Êx 17.6;
Nm 20.7-13;
16 “Mas os nossos antepassados tornaram-se arrogantes e obstinados, e não obedeceram aos «Dt 1.8,21
9.16 «Dt 1.26-33;
teus mandamentos/17 Eles se recusaram a ouvir-te e esqueceram-se> dos milagres que realizaste 31.29
9.17 iSI 78.42;
entre eles. Tornaram-se obstinados e, na sua rebeldia, escolheram um lider a fim de voltarem à sua "Nm 14.1-4;
escravidão.2 Mas tu és um Deus perdoador, um Deus bondoso e misericordioso, muito paciente3 •ÊX34.6; »Nm 14.17-19;
e cheio de amor.bPor isso não os abandonaste,c 18 mesmo quando fundiram para si um ídolo na "SI78.11
9.18 «Êx 32.4
forma de bezerrod e disseram: ‘Este é o seu deus, que os tirou do Egito’, ou quando proferiram
blasfêmias terríveis.
19 “Foi por tua grande compaixão que não os abandonaste no deserto. De dia a nuvem não
deixava de guiá-los em seu caminho, nem de noite a coluna de fogo deixava de brilhar sobre o
caminho que deviam percorrer. 20 Deste o teu bom Espíritoe para instruí-los. Não retiveste 9.20«Nm11.17;
Is 63.11,14;
o teu maná* que os alimentava, e deste-lhes águaõ para matar a sede.21 Durante quarenta anos Íx16 .15;iÊ x1 7.6
9.21 "Dt 2.7;
tu os sustentaste no deserto; nada lhes faltou,h as roupas deles não se gastaram nem os seus 'Dt 8.4
pés ficaram inchados.'
9.1 Para informações sobre pano de saco, ver nota em 2 Rs 6.30. 9 .8 Ver “Povos menos conhecidos do Antigo Testamento”, em D t 7, e
9 .7 Ver “Ur”, em Ne 9. “Os jebuseus”, em IC r 11.
NEEMIAS 9.25 705
9.22JNm21.21; 22 “Deste-lhes reinos e nações, cuja terra repartiste entre eles. Eles conquistaram a terra de
*Nm 21.33
Seom.i rei de Hesbom, e a terra de Ogue, rei de Basã.k 23 Tornaste os seus filhos tão numero
sos como as estrelas do céu, e os trouxeste para entrar e possuir a terra que prometeste aos seus
antepassados.24Seus filhos entraram e tomaram posse da terra.1Tu subjugaste diante deles os cana-
neus, que viviam na terra, e os entregaste nas suas mãos, com os seus reis e com os povos
9.25 ” Dt 6.10-12; daquela terra, para que os tratassem como bem quisessem.25 Conquistaram cidades fortifica
"Nm 13.27;
Dt 32.12-15 das e terra fértil; apossaram-se de casas cheias de bens, poços já escavados, vinhas, olivais e muitas
SÍTIOS A RQJ J E O L O G I C O S
UR
NEEMIAS 9 As referências a Ur bíblica ge chamada Ur, localizada ao norte, provavel
ralmente apontam para a antiga cidade mente seria a Ur citada na Bíblia.
localizada em Tell el-Muqqayyar, no sul da • f Numa viagem de Ur ao sul da Mesopotâ
M esopotâm ia. Ela foi uma das grandes ci .;n ' i - k .
mia até Canaã, Harã estaria totalmente fora
dades dos sumérios1 e se desenvolveu no III
da rota, mas os patriarcas pararam em Harã
milênio a.C. É muito antiga, talvez fundada
(Gn 11.31 ).2Cruzando 0Eufrates em Mari, ao
no V milênio a.C. Cresceu durante 0 IV mi
sul de Harã, teriam um caminho mais direto
lênio tornando-se importante por volta de
2600/2500 a.C., durante 0 início do período do que se tivessem começado a viagem pelo
dinástico arcaico da cidade. Escavações des sul. Isso indica que, na verdade, iniciaram a
sa época revelaram um número de possíveis jornada pelo norte.
tumbas reais contendo joias, armas cerimo •5* Quando Abraão enviou seu servo aos seus
niais e instrumentos de música. “parentes" a fim de encontrar uma esposa
Após um período sob 0 domínio acádio, para Isaque (Gn 24.4), este foi a Padã-Arã,
Ur alcançou seu apogeu, durante a III Dinas no norte da Mesopotâmia (como Jacó fez
tia de Ur (ca. 2100-2000 a.C.), quando se mais tarde; ver Gn 28.2).3 Aparentemente, os
tornou a sede de um império que abrangia
patriarcas não consideravam 0 sul da Meso
grande parte da Mesopotâmia. Foram esca
Uma antiga divindade da Mesopotâmia
potâmia como sua cidade natal,
vados um grande zigurate e 0 complexo de
Preserving Bible Times; © dr. James C M artin; usado com permissão n* As influências culturais (costumes, leis
um templo, além de milhares de tabletes do Museu do Louvre
cuneiformes desse período. No entanto, a etc.) observadas nas narrativas patriarcais,
cidade foi saqueada pelos elam itas e, ape porém mais recentemente os estudiosos seguem mais os modelos das cidades do nor
sar de ter sido reconstruída, jamais voltou a questionaram essa teoria, pelas seguintes te da Mesopotâmia, como Nuzi e Mari, que 0
ser aquele centro poderoso. Ainda assim, razões: modelo do sul.4
a cidade continuou a existir e foi reconstruída
periodicamente por governadores acádios e • f Embora tenham existido diversas ci Baseado nessas evidências, parece que
babilônios. Mais tarde, durante 0 reinado dades chamadas Ur na Antiguidade, a cidade
"Ur dos caldeus" estava localizada próximo
de Nabonido da Babilônia (555-539 a.C.) a citada na Bíblia é sempre chamada "Ur dos
a Harã, no norte. No mínimo dois lugares são
cidade foi restaurada, mas 0 sítio foi aban caldeus", provavelmente para distingui-la de
sugeridos: Ura (322 quilômetros ao norte de
donado durante 0 período persa. alguma cidade famosa de mesmo nome (i.e.,
Harã) e Urfa (a atual Edessa), porém hoje é
0 nome Ur foi identificado no ano de a Ur ao sul da Mesopotâmia, descrita acima).
impossível determinar a localização exata
1855 num tijolo encontrado em Tel el- A designação "caldeu" começou a ser
-Muqqayyar, por isso se entende que seja aplicada à região sul da Mesopotâmia só da Ur da qual saiu Abraão. Os artefatos
0 lugar da cidade de Ur citada na Bíblia. As depois de 1000 a.C., muito depois do tempo arqueológicos da Ur mais famosa, magníficos
escavações de C. L. Woolley (1922-1932) de Abraão. Antes disso, os caldeus viviam como são, provavelmente não têm nenhu /
foram realizadas com base nessa suposição, no norte da Mesopotâmia. Outra cidade ma ligação como patriarca.
1Ver "Suméria", em Gn 4. 2Ver "Harã", em Gn 27. 3Ver "Padã-Arã", em Gn 28. 4Ver "0 período patriarcal: a Mesopotâmia no tempo de Abraão", em Gn 15;
"Costumes e leis na antiga Mesopotâmia", em Gn 21; "Nuzi", em Gn 30; "M ari", em Gn 31.
--- _ —
- 1'
706 NEEMIAS 9.26
árvores frutíferas. Comeram até fartar-se e foram bem alimentados;meles desfrutaram de tua
grande bondade."
26 “Mas foram desobedientes e se rebelaram contra ti; deram as costas para a tua Lei.0 9.28 °1 Rs 14.9;
P M t 2 1 .3 5 ,3 6 ;
Mataram os teus profetas,P que os tinham advertido que se voltassem para ti; e fizeram-te ofensas •Uz2.12.13
detestáveis.'! 27 p0r isso tu os entregaste nas mãos de seus inimigos/ que os oprimiram. Mas, 9.27'Jz 2.14;
■S1106.45
quando foram oprimidos, clamaram a ti. Dos céus tu os ouviste, e na tua grande compaixãos
deste-lhes libertadores, que os livraram das mãos de seus inimigos.
28 “Mas, tão logo voltavam a ter paz, de novo faziam o que tu reprovas. Então tu os abandona-
vas às mãos de seus inimigos, para que dominassem sobre eles. E, quando novamente clamavam
a ti, dos céus tu os ouvias e na tua compaixão os livravas* vez após vez.
29 “Tu os advertiste que voltassem à tua Lei, mas eles se tornaram arrogantes0 e desobedeceram 9.29 “SI 5.5;
Is 2.11; Jr 43.2;
aos teus mandamentos. Pecaram contra as tuas ordenanças, pelas quais o homem vive se lhes «Dt 30.16;
obedece.v Com teimosia, deram-te as costas, tornaram-se obstinados e recusaram ouvir-te.w *267.11,12
30 E durante muitos anos foste paciente com eles. Por teu Espírito, por meio dos profetas, os 9.30 x2Rs 17.13-
18; 2Cr 36.16
advertiste.* Contudo, não te deram atenção, de modo que os entregaste nas mãos dos povos vizi
nhos. 31 Graças, porém, à tua grande misericórdia, não os destruísteV nem os abandonaste, pois és 9.31 »ls 48.9;
Jr 4.27
Deus bondoso e misericordioso.
32 “Agora, portanto, nosso Deus, ó Deus grande, poderoso2 e temível, fiel à tua aliança e 9.32 « 1 24.8;
■Dt7.9
misericordioso,3 não fiques indiferente a toda a aflição que veio sobre nós, sobre os nossos reis
e sobre os nossos líderes, sobre os nossos sacerdotes e sobre os nossos profetas, sobre os nossos
antepassados e sobre todo o teu povo, desde os dias dos reis da Assíria até hoje.33 Em tudo o que 9.33 »Gn 18.25;
cJr 44.3;
nos aconteceu foste justo;bagiste com lealdade mesmo quando fomos infiéis.034Nossos reis,dnos Dn 9.7,8,14
9.34 «2Rs 23.11;
sos líderes, nossos sacerdotes e nossos antepassadose não seguiram a tua Lei; não deram atenção BJr 44.17
aos teus mandamentos nem às advertências que lhes fizeste.35 Mesmo quando estavam no reino 9.35'Is 63.7;
iDt 28.45-48
deles, desfrutando da tua grande bondade,* na terra espaçosa e fértil que lhes deste, eles não te
servirama nem abandonaram os seus maus caminhos.
36 “Vê, porém, que hoje somos escravos,hescravos na terra que deste aos nossos antepassados 9.36 "Dt 28.48;
Ed 9.9
para que usufruíssem dos seus frutos e das outras boas coisas que ela produz.37 Por causa de nos 9.37 'Dt 28.33;
Lm 5.5
sos pecados, a sua grande produção pertence aos reis que puseste sobre nós. Eles dominam sobre
nós e sobre os nossos rebanhos como bem lhes parece. É grande a nossa angústia!'
O Acordo do Povo
38 “Em vista disso tudo, estamos fazendo um acordo,) por escrito,ke assinado por nossos líderes,9.38 *2Cr 23.16;
4 S 4 4 .5
nossos levitas e nossos sacerdotes”.
e Zedequias,
2 Seraías,1Azarias, Jeremias, 10.2 'Ed 2.2
9 Dos levitas:0
9 .2 5 Quase todas as casas tinham poço ou cisterna para armazenar a Canaã era uma terra fértil. No conto egípcio de Sinuhe (ca. 2000
água das chuvas (2Rs 18.31; Pv 5.15). Quando a técnica de cisternas a.C.), lemos: “Havia figos e uvas, mais vinho que água. Abundante em
a prova d’água foi desenvolvida (ca. 1200 a.C.), a região montanhosa mel e oliveiras. Todo tipo de frutas era encontrado nas árvores”.
central de Judá se tomou mais populosa.
NEEMIAS 10.36 707
10.28 *S1135.1; 28 “O restante do povo — sacerdotes, levitas, porteiros, cantores, servidores do templos e todos os
*2Cr 6.26; Ne 9.2
que se separaram dos povos vizinhos1por amor à Lei de Deus, com suas mulheres e com todos os seus
10.29 “Nm 5.21; filhos e filhas capazes de entender— 29 agora se une a seus irmãos, os nobres, e se obrigam sob mal
S1119.106
dição e sob juramento11a seguir a Lei de Deus dada por meio do servo de Deus, Moisés, e a obedecer
fielmente a todos os mandamentos, ordenanças e decretos do S e n h o r , o nosso Senhor.
10.30 "Êx 34.16; 30 “Prometemos não dar nossas filhas em casamento aos povos vizinhos nem aceitar que as filhas
DÍ7.3; Ne 13.23
deles se casem com os nossos filhos.v
10.31 «Ne 13.16, 31 “Quando os povos vizinhos trouxerem mercadorias ou cereal para venderem no sábadowou em
18; Jr 17.27;
Ez 23.38; Am 8.5; dia de festa, não compraremos deles nesses dias. Cada sete anos abriremos mão de trabalhar a terra»
«Êx 23.11; Lv 25.1-
7; vDt 15.1 e cancelaremos todas as dívidas.v
32 “Assumimos a responsabilidade de, conforme o mandamento, dar anualmente quatro gramas"
10.33 l v 24.6; para o serviço do templo de nosso Deus:33 para os pães consagrados,2 para as ofertas regulares de
>Nm 10.10;
SI 81.3; Is 1.14; cereal e para os holocaustos6, para as ofertas dos sábados, das festas de lua nova3 e das festas fixas, para
b2Cr 24.5
as ofertas sagradas, para as ofertas pelo pecado para fazer propiciação por Israel e para as necessidades
do templo de nosso Deus.b
10.34 cLv 16.8; 34 “Também lançamos sortes0 entre as famílias dos sacerdotes, dos levitas e do povo, para escalar
"Ne 13.31
anualmente a família que deverá trazer lenhadao templo de nosso Deus, no tempo determinado, para
queimar sobre o altar do S e n h o r , o nosso Deus, conforme está escrito na Lei.
10.35'Êx 22.29; 35 “Também assumimos a responsabilidade de trazer anualmente ao templo do S e n h o r os pri
23.19; Nm 18.12;
'Dt 26.1-11 meiros frutose de nossas colheitas e de toda árvore frutífera.f
10.36 hêx 13.2; 36 “Conforme também está escrito na Lei, traremos o primeiro de nossos filhosa e a primeira cria
Nm 18.14-16;
“Ne 13.31 de nossos rebanhos, tanto de ovelhas como de bois, para o templo de nosso Deus, para os sacerdotes
que ali estiverem ministrando.11
10.31 Os romanos atribuíam a prática judaica do sábado e do ano sa- 1 0 .3 4 O fogo queimando continuamente sobre o altar do santuário (Lv
bático à preguiça. De acordo com Tácito, os judeus “eram levados pela 6 .1 2 ,1 3 ) exigia suprimento constante de madeira. Embora a Bíblia
indolência ao interromper por completo suas atividades após sete anos não faça referência a uma oferta de madeira, Josefo menciona “o festival
de trabalho”. da oferta de madeira” no dia 14 do quinto mês (abe). A M ishná (inter
10.32 As vezes, o A T menciona “meio siclo” como a quantia estabeleci pretações e aplicações rabínicas das leis do Pentateuco) relaciona nove
da como “oferta ao Senhor” (Êx 30.12-14), exigida de todo homem com ocasiões em que certas famílias deveriam trazer madeira como oferta e
20 anos de idade para cima como resgate simbólico. Essa quantia mais estipula que qualquer tipo de madeira eram aceitável, exceto de videira
tarde tornou-se o imposto anual do templo (2Cr 24.9), também chama e de oliveira. O Pergaminho do templo de Qumran descreve a celebração
do “imposto de duas dracmas” (M t 17.24; duas dracmas eqüivaliam à de um festival de oferta de madeira que durava seis dias e que se seguia
metade de um siclo). O compromisso de um terço de siclo no tempo de ao festival do óleo novo.
Neemias provavelmente se deveu às circunstâncias econômicas compli
cadas (ver “Banco e dinheiro no mundo antigo”, em Ne 5).
708 NEEMIAS 10.37
37 “Além do mais, traremos para os depósitos do templo de nosso Deus, para os sacerdotes, a nossa10.37'Lv 23.17;
Nm 18.12;
primeira massa de cereal moído e as nossas primeiras ofertas de cereal, do fruto de todas as nossas ILv 27.30;
Nm 18.21;
árvores e de nosso vinho e azeite.' E traremos o dízimoi das nossas colheitas para os levitas,kpois são *Dt 14.22-29;
eles que recolhem os dízimos em todas as cidades onde trabalhamos.138 Um sacerdote descendente de 'Ez 44.30
10,38 "Nm 18.26
Arão acompanhará os levitas quando receberem os dízimos, e os levitas terão que trazer um décimo
dos dízimosmao templo de nosso Deus, aos depósitos do templo.39 O povo de Israel, inclusive os levitas, 10.39 "Dt12.6;
Ne 13.11,12
deverão trazer ofertas de cereal, de vinho novo e de azeite aos depósitos onde se guardam os uten
sílios para o santuário. É onde os sacerdotes ministram e onde os porteiros e os cantores ficam.
“Não negligenciaremos o templo de nosso Deus.”n
O Repovoamento de Jerusalém
Os líderes do povo passaram a morar em Jerusalém, e o restante do povo fez um sorteio para
U
11.1 »Ne 7.4;
pv . 18; Is 48.2;
que, de cada dez pessoas, uma viesse morar em Jerusalém,0 a santa cidade;P as outras nove 52.1; 64.10;
Zc 14.20,21;
deveriam ficar em suas próprias cidades.1! 2 O povo abençoou todos os homens que se apresentaram sNe 7.73
voluntariamente para morar em Jerusalém.
3 Alguns israelitas, sacerdotes, levitas, servos do templo e descendentes dos servos de Salomão 11.31Cr 9.2,3;
Ed 2.1
viviam nas cidades de Judá, cada um em sua propriedade.r Estes são os líderes da província que pas
saram a morar em Jerusalém 4 (além deles veio gente tanto de Judá quanto de Benjamims viver em 11.4 € d 1.5;
« 2.70
Jerusalém):4
1 0 .3 7 A prática de dar dízimos é antiga (ver G n 14.20; 28.22). A Lei política envolvia a transferência forçada de populações rurais para os
mosaica decreta que a décima porção das plantações era santa para centros urbanos. Alguns dos habitantes foram escolhidos por sorteio (v.
o Senhor (Lv 27.30), mas não há referência a um dízimo do gado 1), enquanto outros se apresentaram como voluntários para viver em
(Lv 27.32,33). Os dízimos eram destinados ao sustento dos levitas Jerusalém (v. 2). Evidentemente, a maioria optou por permanecer em sua
(Ne 10.33; cf. Nm 18.21-24, N e 13.10-12), que também deveriam dar cidade natal. O historiador Josefo declara: “Neemias, observando que
ao Senhor “um décimo dos dízimos” (Ne 10.38, Nm 18.25-32). a cidade tinha uma população pequena, pediu aos sacerdotes e levitas
As câmaras localizadas fora do templo eram usadas como “depósitos” que deixassem o campo, se mudassem para a cidade e permanecessem
para prata, ouro e outros objetos (Ne 10.38,39; 12.44; 13.4-5,9; ver lá, pois ele, com seus próprios recursos, havia preparado casas para eles”
“Banco e dinheiro no mundo antigo”, em Ne 5). {Antiguidadesjudaicas, 11.5.8)
1 1.1,2 A prática de redistribuir populações também foi usada para es
tabelecer cidades gregas e helênicas. Conhecida como synoikismos, essa
SíT OS ARQUEOLOGI O S
ZICLAGUE
NEEMIAS 11 Neemias 11.28 faz uma rápida diado Zidague (ISm 30.13,14).1 A cidade do período do Novo Reino (início do séc. XII
menção ao fato de os judeus se estabele permaneceu em posse israelita até o final a.C.). No nível VIII (séc. Xll-Xi a.C.) foram
cerem na cidade de Zidague (ver mapa 5). da monarquia e foi repovoada pelos judeus desenterradas cerâmicas filisteias. No nível
Esse lugar foi o cenário de alguns grandes após o exílio (Ne 11.25-31). V (séc. VII a.C.) foram encontrados óstracos
conflitos por causa de sua localização como Embora não confirmado pela evidência hebraicos, um vaso de cerâmica com a ins
cidade de fronteira. epigráfica (escrita), vestígios culturais en crição: "Pertence a Varam", além de louças e
Zidague foi designada para a tribo de Si- contrados em Tell esh-Sharia (25 quilôme a estrutura de um palácio assírio. Portanto,
meão, no território de Judá (Js 15.31; 19.5), tros ao sul de Gaza) correspondem em sua o quadro arqueológico indica uma cidade
mas provavelmente não só tomada pelos maioria ao que se sabe da Zidague bíblica. de fronteira em constante fluxo de controle
israelitas no tempo de Davi, pois 1Samuel Escavações no nível IX (do início do séc. XII entre filisteus, israelitas, egípcios e assírios.
27.2-6 indica que Davi recebeu a cidade do a.C.) revelaram uma "casa do governador" Isso é exatamente o que arqueólogos espe
rei filisteu Aquis. Depois disso, a cidade incinerada. A destruição pode ser atribuída a ravam encontrar, pela localização da cidade
serviu como base de operações de Davi. nômades, como os amalequitas, ou aos po e pelo registro bíblico.
Mais tarde, um servo egípcio relatou que vos do m ar. Também foram encontrados
saqueadores amalequitas haviam incen- nesse nível óstracos egípcios com inscrições
'Ver "Amalequitas", e m êx 17.
NEEMIAS 1 1.36 709
Ataías, filho de Uzias, neto de Zacarias, bisneto de Amarias; Amarias era filho de Sefatias e
neto de Maalaleel, descendente de Perez.5 Maaseias, filho de Baruque, neto de Col-Hozé, bisneto
de Hazaías; Hazaías era filho de Adaías, neto de Joiaribe e bisneto de Zacarias, descendente de
Selá.6 Os descendentes de Perez que viviam em Jerusalém totalizavam 468 homens de destaque.
10Entre os sacerdotes:
11.11 “2Rs 25.18; Jedaías, filho de Joiaribe; Jaquim;11 Seraías,u filho de Hilquias, neto de Mesulão, bisneto de
Ed 2.2; *Ed 7.2
Zadoque — Zadoque era filho de Meraiote, neto de Aitube/ supervisor da casa de Deus — 12e seus
colegas, que faziam o trabalho do templo, totalizavam 822 homens. Adaías, filho de Jeroão, neto de
Pelaías, bisneto de Anzi — Anzi era filho de Zacarias, neto de Pasur, bisneto de Malquias — 13 e
seus colegas, que eram chefes de famílias, totalizavam 242 homens. Amassai, filho de Azareel,
neto de Azai, bisneto de Mesilemote, tetraneto de Imer,14 e os seus colegas, que eram homens de
destaque, totalizavam 128.0 oficial superior deles era Zabdiel, filho de Gedolim.
15Entre os levitas:
11.16«Ed 10.15; Semaías, filho de Hassube, neto de Azricão, bisneto de Hasabias, tetraneto de Buni;16 Sabetai™
*Ed 8.33
e Jozabade,* dois dos líderes dos levitas, encarregados do trabalho externo do templo de Deus;
11.17HCr9.15; 17 Matanias,>filho de Mica, neto de Zabdi, bisneto de Asafe,2 o dirigente que conduzia as ações de
Ne 12.8; * 2 0 5.12;
>1Cr25.1 graças e as orações; Baquebuquias, o segundo entre os seus colegas e Abda, filho de Samua, neto
11.18 bAp 21.2 de Galai, bisneto de Jedutum.3 18 Os levitas totalizavam 284 na cidade santa.b
19Os porteiros:
Acube, Talmom e os homens dos seus clãs, que guardavam as portas, eram 172.
11 .9 Assim como a “cidade baixa” (S f 1.11) — provavelmente a área do 1 1 .2 7 Escavações revelaram que a cidade de Berseba foi provavelmente
vale do Tiropeáo, ao sul do monte Moriá — o segundo distrito era um destruída por Senaqueribe em 701 a.C. e repovoada durante o período
novo bairro residencial, a oeste da área do templo. Escavações arqueoló Persa (ver “Berseba”, em IR s 19).
gicas revelaram que a cidade já se havia expandido para fora dos muros 1 1.28 Ver “Ziclague”, em Neemias 11.
nessa direçáo no final do século V III a.C., antes que o chamado muro
Largo fosse construído (ca. 700 a.C.) por Ezequias.
710 NEEMIAS 12.1
12
Estes foram os sacerdotes2 e os levitas que voltaram com Zorobabel,3 filho de Sealtiel, e com 12.1 w e 10.1-8;
t h a1Cr 3.19; bEd 2.2;
Jesua:“ CEd2.2
Seraías,c Jeremias, Esdras,
2 Amarias, Maluque, Hatus,
3 Secanias0, Reum, Meremote*’,
4 Ido,dGinetomS Abias,e 1Z4 "Zc1.1;
5 Miamimd, Maadias, Bilga, ,Lc 15
6 Semaías, Joiaribe, Jedaías,f i2.6<icr24.7
7 Saiu, Amoque, Hilquias e Jedaías.
Esses foram os chefes dos sacerdotes e seus colegas nos dias de Jesua.
8 Os levitas foram Jesua, Binui, Cadmiel, Serebias, Judá, e também Matanias,9 o qual, com seus co- 12.8 iN e i1.17
legas, estava encarregado dos cânticos de ações de graças.9 Baquebuquias e Uni, seus colegas, ficavam
em frente deles para responder-lhes.
10 Jesua foi 0 pai de Joiaquim, Joiaquim foi 0 pai de Eliasibe,hEliasibe foi o pai de Joiada,11 Joiada 12.10 «Ed 10.24
foi 0 pai de Jônatas, Jônatas foi o pai de Jadua.
12Nos dias de Joiaquim estes foram os líderes das famílias dos sacerdotes: da família de Seraías,
Meraías; da família de Jeremias, Hananias;
13 da família de Esdras, Mesulão;
da família de Amarias, Joanã;
14 da família de Maluqui, Jônatas;
da família de Secanias, José;
15 da família de Harim, Adna;
da família de Meremote, Helcai;
16 da família de Ido,1Zacarias; 1Z 16 v. 4
da família de Ginetom, Mesulão;
17 da família de Abias, Zicri;
da família de Miniamim
e de Maadias, Piltai;
18 da família de Bilga, Samua;
da família de Semaías, Jônatas;
19 da família de Joiaribe, Matenai;
da família de Jedaías, Uzi;
20 da família de Salai, Calai;
da família de Amoque, Héber;
21 da família de Hilquias, Hasabias;
da família de Jedaías, Natanael.
22 Nos dias de Eliasibe, os chefes das famílias dos levitas e dos sacerdotes, Joiada, Joanã e Jadua,
foram registrados durante 0 reinado de Dario, o persa.23 Os chefes das famílias dos descendentes de
Levi até a época de Joanã, filho de Eliasibe, foram registrados no livro das crônicas.24 Os líderes dos 12.24 iEd2.40
levitas) foram Hasabias, Serebias, Jesua, filho de Cadmiel, e seus colegas, que ficavam em frente deles
quando entoavam louvores e ações de graças; um grupo respondia ao outro, conforme prescrito por
Davi, homem de Deus.
25 Matanias, Baquebuquias, Obadias, Mesulão, Talmom e Acube eram porteiros; vigiavam os
depósitos localizados junto às portas. 26 Eles serviram nos dias de Joiaquim, filho de Jesua, neto de
Jozadaque, e nos dias do governador Neemias e de Esdras, sacerdote e escriba.
12.7 Ver nota em Ed 6.18. acreditam que Jônatas é a grafia errada de Joanã (ver “Crítica textual”,
12.9 Os cânticos eram antifonais, com duas seções do coro em pé, uma em Is 51). Outras complicações nessa identificação surgem das tentativas
de frente para a outra. de identificar esse sumo sacerdote com o “Joanã” mencionado nos papi
12.11 Visto que o versículo 2 2 cita Joanã depois de Joiada e antes de ros elefantinos e em Josefo (Antiguidadesjudaicas, 11.7.1). Essa identifi
Jadua e o versículo 23 identifica Joanã como “filho” de Eliasibe, alguns cação, porém, é questionável.
NEEMIAS 13.5 711
12.27 A palavra “dedicação” traduz a palavra aramaica hanukkah. O fe -Semes e em Tell Abu Hawam, e harpas antigas foram reconstruídas com
riado judeu comemorado no mês de dezembro, que lembra a retomada base em restos de harpas encontrados em Ur, em figuras desses instru
do templo das mãos dos selêucidas e sua rededicação (165 a.C.) é for mentos e em textos na escrita cuneiforme que explicam Sua afinação. As
malmente conhecido como Hanuká. liras tinham cordas do mesmo tamanho, mas o diâmetro e as tensões era
Os címbalos eram usados em cerimônias religiosas (IC r 16.42; 25.1; diferentes (ver 1C r 15.16; Dn 3.5; ver também “Instrumentos musicais
2C r 5.12; 29.25), como também as harpas (ISm 10.5; 2Sm 6.5; antigos”, em Sl 5).
Sl 150.3). Exemplares antigos de címbalos foram encontrados em Bete- 13.2 Ver “Balaão, filho de Beor”, em N m 22.
712 NEEMIAS 13.6
6 Mas, enquanto tudo isso estava acontecendo, eu não estava em Jerusalém, pois no trigésimo13.6vNe2.6; 5.14
segundo ano do reinado de Artaxerxes,vrei da Babilônia, voltei ao rei. Algum tempo depois pedi sua
permissão 7 e voltei para Jerusalém. Aqui soube do mal que Eliasibewfizera ao ceder uma sala a Tobias 13.7 wEd 10.24
nos pátios do templo de Deus.8 Fiquei muito aborrecido e joguei todos os móveis de Tobias fora da 13.8 xMt 21.12,13;
Jo 2.13-16
sala.x 9 Mandei purificar as salasv e coloquei de volta nelas os utensílios do templo de Deus, com as 13.9 v1Cr 23.28;
2Cr 29.5
ofertas de cereal e o incenso.
10 Também fiquei sabendo que os levitas não tinham recebido a parte que lhes era devida2 e que
todos os levitas e cantores responsáveis pelo culto haviam voltado para suas próprias terras.11 Por 13.11 aNe 10.37-
39; Ag 1.1-9
isso repreendi os oficiais e lhes perguntei: “Por que essa negligência com o templo de Deus?”3 Então
convoquei os levitas e os cantores e os coloquei em seus postos.
12 E todo o povo de Judá trouxe os dízimosb do trigo, do vinho novo e do azeite aos depósitos.0 13.12 b2Cr 31.6;
■=1Rs 7.51;
13 Coloquei o sacerdote Selemias, o escriba Zadoque e um levita chamado Pedaías como encarre Ne 10.37-39;
gados dos depósitos e fiz de Hanã, filho de Zacur, neto de Matanias, assistente deles, porque esses ho Ml 3.10
13.13 «Ne 12.44;
mens eram de confiança. Eles ficaram responsáveis pela distribuição de suprimentos aos seus colegas.d At 6.1-5
14 Lembra-tee de mim por isso, meu Deus, e não te esqueças do que fiz com tanta fidelidade pelo
templo de meu Deus e pelo seu culto.
15 Naqueles dias, vi que em Judá alguns trabalhavam nos tanques de prensar uvas no sábado e13.15 fÊx 20.8-11;
34.21; Dt 5.12-15;
ajuntavam trigo e o carregavam em jumentos, transportando-o com vinho, uvas, figos e todo tipo de Ne 10.31
carga. Tudo isso era trazido para Jerusalém em pleno sábado.f Então os adverti que não vendessem
alimento nesse dia.16 Havia alguns da cidade de Tiro que moravam em Jerusalém e que, no sábado,9 13.16 aNe 10.31
13 .7 O segundo período do governo de Neemias provavelmente termi 13.19 Como os Babilônios, os Israelitas contavam os dias de um entarde
nou antes de 407 a.C., quando, de acordo com os papiros elefantinos, cer a outro, enquanto os egípcios contavam de um amanhecer a outro.
Bagohi (Bigvai) era governador de Judá. Alguns acreditam que Neemias, O soar da trombeta por um sacerdote anunciava o momento exato do iní
após seu primeiro turno de governo, foi sucedido por seu irmão Hanani cio do sábado. Josefo (Guerra dos judeus, 4.9.12) fàla de uma plataforma da
(ver nota em 1.2). qual os sacerdotes “davam um sinal de antemão, com trombeta, no início
1 3 .1 2 Os templos da Mesopotâmia também arrecadavam dízimos para de cada sétimo dia, no cair da tarde e também no anoitecer, quando aquele
o sustento dos sacerdotes. dia terminava, proclamando ao povo as horas respectivas para cessar os tra
13.15 Para saber mais sobre enfeixe e a moagem de grãos, ver nota em balhos e retomar a lida”. Escavações arqueológicas no monte do Templo
R t 2.7; ver também “A eira”, em IC r 21 e “Comida e agricultura”, revelaram uma pedra na parte sudoeste dessa plataforma, caída durante o
em Rt 2. cerco de Tito. Nela está a inscrição: “Para o local de tocar [a trombeta]”.
A autobiografia de Idrimi
NEEMIAS 13 Em 1939,s/'r Leonard Woolley, inimigos, restabeleceu o domínio de sua fa esforços. Proferiu maldições contra qualquer
enquanto escavava Tell Atshana (antiga mília, declarou-se rei e depois construiu um um que viesse a denegrir o sacerdócio ou a
Alalakh), encontrou uma estátua de pedra palácio e fez reformas em todo o seu territó se casar fora da aliança, pedindo ao Senhor
do rei idrimi sentado no trono. A estátua, rio, que incluíam a retomada dos sacrifícios que se lembrasse deles por suas más ações.
datada de 1500 a.C., aproximadamente, aos deuses patronos. A inscrição termina No entanto, diferindo de Idrimi, NeemíaT'
possui uma longa inscrição, posicionada com uma fórmula de maldição e de bên agia não para a própria glória: fez isso por
como se estivesse saindo da boca do rei. ção: maldição sobre qualquer um que ouse ser zeloso do nome de Deus e da pureza de
Idrimi reconta, assim, como sua família destruir a estátua ou alterar seus escritos e seu templo.
fugiu de sua cidade natal, Alepo (ver mapa bênção sobre Idrimi e seu escriba.
8), durante uma violenta revolta contra seu Mil anos mais tarde, quando os judeus
pai. Esperando recuperar o prestígio perdido retornaram do exílio, Neemias terminou
pela família, Idrimi afirma ter iniciado acor sua narrativa de maneira semelhante. Após
dos com guerreiros e reis poderosos, reu relacionar as últimas reformas religiosas que
nindo um exército e aumentando seu poder instituiu em Jerusalém, ele pediu que o
enquanto estava em exílio. Exterminou seus Senhor se lembrasse dele com favor por seus
NEEMIAS 13.31 713
traziam e vendiam peixes e toda espécie de mercadoria em Jerusalém, para o povo de Judá.17 Dian
te disso, repreendi os nobres de Judá e lhes disse: Como é que vocês podem fazer tão grande mal,
13.18 "Ne 10.31; profanando 0 dia de sábado?18 Por acaso os seus antepassados não fizeram 0 mesmo, levando o nosso
Jr 17.21-23
Deus a trazer toda essa desgraça sobre nós e sobre esta cidade? Pois agora, profanando o sábado, vocês
provocam maior ira contra Israel!*1
13.19 '2 3.3 2 19Quando as sombras da tarde cobriram as portas de Jerusalém na véspera do sábado,' ordenei que
estas fossem fechadas e só fossem abertas depois que 0 sábado tivesse terminado. Coloquei alguns de
meus homens de confiança junto às portas, para que nenhum carregamento pudesse ser introduzido
no dia de sábado. 20 Uma ou duas vezes os comerciantes e vendedores de todo tipo de mercadoria
passaram a noite do lado de fora de Jerusalém.21 Mas eu os adverti, dizendo: Por que vocês passam a
noite junto ao muro? Se fizerem isso de novo, mandarei prendê-los. Depois disso não vieram mais no
13.22 IGn 8.1; sábado.22 Então ordenei aos levitas que se purificassem e fossem vigiar as portas a fim de que 0 dia de
Ne 12.30
sábado fosse respeitado como sagrado.
Lembra-tei de mim também por isso, ó meu Deus, e tem misericórdia de mim conforme 0 teu
grande amor.
13.23 kEd 9.1,2; 23 Além disso, naqueles dias, vi alguns judeus que haviam se casadok com mulheres de Asdode,
Ml 2.11; V. 1;
Ne 10.30 de Amom e de Moabe.124 A metade dos seus filhos falavam a língua de Asdode ou a língua de um
dos outros povos e não sabiam falar a língua de Judá.25 Eu os repreendi e invoquei maldições sobre
eles. Bati em alguns deles e arranquei os seus cabelos. Fiz com que jurassem171em nome de Deus e lhes
disse: Não consintam mais em dar suas filhas em casamento aos filhos deles, nem haja casamento das
13.26 ”1Rs 3.13; filhas deles com seus filhos ou com vocês.26 Não foi por causa de casamentos como esses que Salomão,
2Cr 1.12;
"2Sm 12.25; rei de Israel, pecou? Entre as muitas nações não havia rei algum como ele.n Ele era amado por seu
P1 Rs 11.3
Deus,0 e Deus o fez rei sobre todo 0 Israel, mas até mesmo ele foi induzido ao pecado por mulheres
13.27 € d 9.14; estrangeiras.P 27 Como podemos tolerar 0 que ouvimos? Como podem vocês cometer essa terrível
10.2
maldade e serem infiéis ao nosso Deus, casando-se^ com mulheres estrangeiras?
13.28 t d 10.24; 28 Um dos filhos de Joiada, filho do sumo sacerdote Eliasibe,r era genro de Sambalate,s 0 horonita.
* 2.10
Eu 0 expulsei para longe de mim.
29 Não te esqueças* deles, ó meu Deus, pois profanaram 0 ofício sacerdotal e a aliança do sacerdócio
e dos levitas.
30 Dessa forma purifiquei os sacerdotes e os levitas de tudo o que era estrangeiro11e lhes designei
13.31 >Ne 10 .3 4 ; responsabilidades, cada um em seu próprio cargo.31 Também estabeleci regras para as provisões de
"V . 1 4 .2 2 ; Gn 8.1
lenha,vdeterminando as datas certas para serem trazidas, e para os primeiros frutos.
13.28 O sumo sacerdote náo podia casar-se com uma estrangeira de cem anos depois (durante o tempo de Alexandre, o Grande), que
(Lv 21.14). A expulsáo do filho de Joiada ou seguiu essa lei especial ou a envolveu o casamento da filha de Sambalate de Samaria com o irmão de
proibiçáo geral contra casamentos mistos. Josefo {Antiguidades judaicas, um sumo sacerdote judeu.
11.7.2) registra um episódio praticamente idêntico, ocorrido pouco mais