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A “FEBRE” DAS

COMPRAS COLETIVAS
ENTENDENDO O CONTEXTO

[JAN/2011]
CENÁRIO
INTERNET NO BRASIL
O Brasil e, consequentemente o brasileiro, vive hoje em
um cenário de crescimento, com aumento do poder
aquisitivo, mobilidade social e um baixíssimo nível de
desemprego.

Esse cenário reflete-se diretamente


no poder de consumo.
O computador torna-se um item
cada vez mais comum na casa do
brasileiro.

•Nos últimos 5 anos, o número de domicílios com


computador praticamente dobrou:
E a internet acompanha esse
crescimento:
•Já somos 68 milhões de usuários;
• A internet já está presente em 27,4% dos domicílios.
CENÁRIO
E-COMMERCE NO BRASIL
O e-commerce, logicamente,
beneficia-se do aumento do número
de usuários e cresce de maneira
expressiva:
•Em 2009, o faturamento do e-commerce no Brasil foi
de R$10,6 bi, crescimento de 30% em relação a 2008;
• A estimativa é que o e-commerce em 2010 tenha
movimentado um volume superior a R$ 14 bi, crescendo
cerca de 35% em relação ao ano anterior;
• A base de clientes que já fizeram pelo menos uma
compra on-line no Brasil é estimada em torno de 17,6
milhões, ou seja, menos de 30% do total de usuários.

Fonte: E-bit, 2010


“Você costuma fazer compras pela
internet?” e “Com qual frequência
você costuma comprar pela
internet?”
Fonte: Pesquisa F/Radar (abril/2010)
• 23% dos internautas costumam comprar on-line;
• Quanto mais velhos, mais instruídos e maior a renda,
mais os internautas compram on-line;
• Internautas de 45 a 59 anos são os que mais compram e
com maior frequência.

Fonte: Pesquisa F/Radar (abril/2010)


“Por qual razão você não costuma
fazer compras pela internet?”
Fonte: Pesquisa F/Radar (abril/2010)
CENÁRIO
COMPRAS COLETIVAS
Um formato de e-commerce
baseado em ofertas agressivas
segmentadas por cidades e
divulgado principalmente através
das redes sociais.
•Embalados pelo crescimento do e-commerce, os sites de
compra coletiva se estabeleceram no Brasil em 2010;
•Estima-se que os sites de compra coletiva movimentem
em 2011 algo em torno de R$ 30 a 50 milhões. Nos EUA,
o segmento faturou em torno de US$ 300 milhões em
2010.
O sites de compra coletiva tornaram-se uma “febre” no
Brasil, com uma adesão expressiva de usuários em um
curto espaço de tempo.
Em relação ao perfil do usuário de compra coletiva, temos uma
participação masculina levemente superior à feminina (54,9%) e
uma maior concentração na faixa etária de 25 a 49 anos.

Fonte: Pesquisa NetView – Ibope Nielsen Online


O site Bolsa de Ofertas (que monitora as atividades no
segmento de compra coletiva) identificou em dezembro
405 sites que atuavam com compras coletivas.

Fonte: www.bolsadeofertas.com.br/
COMPRAS COLETIVAS
OS LÍDERES
GROUPON
•Fundado em 2008 nos EUA, é o responsável pelo modelo
que inspira a maioria dos sites de compra coletiva
atualmente;
•Presente em 26 países;
•Valor estimado de mercado – US$ 15 milhões;
•Brasil já é o 5º maior mercado do Groupon no mundo;
• São Paulo já é responsável pelo 3º maior faturamento da
rede, atrás de Londres e Paris;
•O escritório brasileiro já conta com 300 funcionários.
PEIXE URBANO
•Site brasileiro que “inaugurou” o segmento de compra
coletiva no país;
• Emprega mais de 200 pessoas;
• Tem mais de 5 milhões de usuários cadastrados e já
realizou 3 mil ofertas com mais de 2 milhões de cupons
vendidos;
• Recebeu, no fim de 2010, um aporte financeiro de um
fundo de venture capital americano;
• O apresentador Luciano Huck é dono de 5% do site.
OUTROS PLAYERS E MOVIMENTAÇÕES DE MERCADO
• Clickon já conta com 150 funcionários;
• Oferta X, que já realizou até venda de apartamentos, foi
comprada pelo Compra Fácil, um dos principais players de
e-commerce do Brasil;
• Imperdível, se posiciona como um site de compras
coletivas com ofertas qualificadas, voltadas para classes A
e B;
• Buscando expandir a atuação, o NaColmeia utiliza o
modelo de franquias para todo o Brasil.
COMPRAS COLETIVAS
CUIDADOS NECESSÁRIOS
Fonte: http://www.folha.uol.com.br/
COMPRAS COLETIVAS
CONSIDERAÇÕES
O fato do modelo de “compra coletiva” ter tido uma excelente adesão por
parte do internauta brasileiro, incentivou um grande número de
“empreendedores” a colocarem seus próprios projetos de compra
coletiva no ar.
Mas desenvolver o site é com certeza a parte mais simples do projeto.
André Barcelos (http://www.izanagi.com.br) comentou no seu blog sobre
o aumento de consultas em sua agência (digital) sobre a possibilidade de
desenvolver um site de CC (compra coletiva):

“Dos pedidos de orçamento que recebemos, 9 em 10 não


possuem planejamento maior do que “preciso disso pra ontem”.
Como qualquer empresa, um site de compra coletiva não pode
pular o plano de negócios, planejamento estratégico e
desenvolvimento / comunicação da marca.”
De maneira geral, os fatores críticos para sucesso das marcas que
querem atuar no nicho de compras coletivas não são muito diferentes do
outros mercados:
•Investimento em comunicação para fortalecer a marca;
•Estrutura comercial.
A utilização de mídias sociais é uma importante estratégia de divulgação,
mas os líderes de mercado já investem em mídias tradicionais (TV, rádio,
outdoor, etc.), para manter o ritmo de crescimento. Além disso, possuem
uma grande estrutura em termos de mão-de-obra (empregam mais de
100 pessoas).
Acredito que haverá, rapidamente, uma concentração de mercado, e os
poucos sites menores que sobreviverem ficarão com ofertas esporádicas
ou buscarão estratégias de diferenciação, como especializar-se em
ofertas de nichos bastante específicos (ex.: produtos para surf).
EU, COMO USUÁRIO
Sou um cliente frequente de sites de CC, compro desde as primeiras
ofertas em Salvador. Conheci diversos lugares novos, já presenteei e até
oferta em lavanderia já aproveitei. Nunca tive uma experiência negativa,
mas utilizo apenas os sites maiores, que me passam mais segurança
(tanto no pagamento, quanto nas ofertas).
EU, COMO PROFISSIONAL DE COMUNICAÇÃO
Acho uma mídia excelente. Na minha opinião é este o objetivo que as
empresas devem buscar em uma ação em sites de C.C.: divulgação do
serviço/produto através de um novo canal de marketing. E, com
excelente ROI, já que o investimento é feito baseado no resultado de
vendas.
Mas não entendo por que as empresas não conseguem dar um segundo
passo. Das inúmeras vezes que utilizei as ofertas compradas, apenas
uma empresa se deu ao trabalho de cadastrar meu e-mail.
As empresas não precisam de sites de C.C. para estabelecer um
relacionamento com seus clientes e ofertarem descontos com o objetivo
de fidelização.
FONTES:
Revista Proxxima – Especial 15 anos da internet no Brasil. Novembro de 2010
Revista Proxxima, nº 25. Janeiro/Fevereiro de 2011
Pesquisa F/Radar, 7ª edição. Abril de 2010
Revista Exame, 983. Dezembro de 2010.
www.bolsadeofertas.com.br
www.folha.uol.com.br
BRUNO TRINDADE
GERENTE DE PLANEJAMENTO - IDEIA 3
@bruno_rtc :: ww.meadiciona.com/bruno_rtc

Profissional de marketing
Graduado em Administração (UFS), pós-graduado em
Marketing (UFS) e Comunicação Corporativa (Unifacs)

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