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Estudos preliminares
São APP:
1) Encostas e partes destas, com declividade superior a 45 0, equivalente a 100% na
linha de maior declive;
1) As restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
2) Os manguezais, em toda a sua extensão;
3) As bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa
nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
4) Áreas em altitude superior a 1.800 m,
5) Topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem)
metros e inclinação média maior que 25º;
6) As veredas; e
7) Faixas marginais a recursos hídricos (conforme Tabela 5.1)
Tabela 5.1 – Faixas de Preservação Permanente às margens de recursos hídricos
Recurso hídrico Faixa marginal (m)
<1 dispensada
Lagos e Rural
1 a 20 50
lagoas (ha)
naturais > 20 100
Urbana 30
< 10 30
Cursos 10 a 50 50
Largura
d’água 50 a 200 100
(m)
200 a 600 200
> 600 500
Nascentes 50 de raio
A faixa marginal ao longo do curso d'água é contada a partir da borda do leito regular
onde corre a água durante o ano todo (leito menor).
O Código Florestal apresenta outros detalhes e considerações como a agricultura
familiar, o módulo fiscal, etc. O básico, de interesse geral, está aqui.
5.1.3 Outras condicionantes
Além dos aspectos já apresentados há que se considerar outros sobre a escolha de
local para construir e que são apresentados na Tabela 5.2.
Tabela 5.2 – Condicionantes para a escolha de um local para obra
Aspectos Observação
- Buscar solo firme e seco sem ser extremamente duro ou arenoso.
Qualidade - Evitar local com lençol freático próximo à superfície ou pantanoso.
do solo - Informar-se sobre instabilidade do solo (deslizamentos ou quedas).
- Informar-se se já houve aterro no imóvel, o tipo e como foi compactado.
- Evitar local que exija obras caras de drenagem superficial.
- Verificar na prefeitura se não há previsão de faixa de drenagem (servidão)
Águas no terreno e se não passa galeria no imóvel.
pluviais - Verificar proximidade de linhas d’água e consequências.
- Observar se o terreno não se configura num talvegue ou área de
alagamento.
Evitar muitas obras de terra (cortes, aterros e contensões) escolhendo terreno
pouco inclinado (<10%) o que contribui para o trânsito de veículos e
Topografia pedestres e a segurança à erosão. Dar preferência ao caimento para a rua o
que facilita encaminhar água pluvial e esgoto à rede pública e estabelece
dominância à edificação. Não construir em declividade 30% .
Árvores Retirar árvores após solicitação à autoridade competente.
Segurança Preocupar-se com local que propicia acesso a estranhos.
Verificar disponibilidade de energia elétrica, telefone, água potável,
Infraestrutura
esgotamento sanitário e gás.
Verificar proximidade de supermercados, farmácias, bancos, praças e áreas
Serviços
de laser.
Acessibilidade Verificar existência de linhas regulares de transporte público.
Linhas de Consultar a concessionária para definir a largura das faixas “non aedificandi”
transmissão que variam com a tensão.
Com a frente do terreno voltada para a face norte, o sol nasce na direita e se
Face Norte põe a esquerda do terreno. A frente estará sempre ensolarada aproveitando
mais a iluminação natural o que propicia o uso racional da energia no edifício.
Se um edifício público ocupa uma esquina poderá ter maior área de
Extensão
iluminação e ventilação e duas entradas (serviço e público). No caso de
frontal
moradia, perde-se muita área no recuo e aumenta a insegurança.
Largura Terreno mais largo permite mais e maiores aberturas de iluminação e
frontal ventilação o que é desejável.
Levantar a direção predominante do vento para evitar o destelhamento. O
Vento
vento frio é evitado em certas instalações (saúde e para animais).
Ruído Evitar proximidade de locais ruidosos como estrada, jazida, aeroporto, etc.
Cheiro Preocupar-se com possibilidade de existência de cheiros permanentes.
Conhecer: faixa da rua; área mínima de um terreno; taxa máxima de
Posturas ocupação (normalmente 50%); coeficiente de aproveitamento; recuos (frente,
municipais lateral e fundos) em relação a janelas e empenas cegas; área permeável
mínima; aberturas mínimas para insolação, iluminação e ventilação naturais.
Respeitar as distâncias de segurança a instalações de risco (paióis, linhas de
Segurança
alta tensão, dutos de combustível, etc.).
Preservação Cuidado com sítios arqueológicos e manter o estilo arquitetônico do local.
Marcar e medir as
divisas retas até iniciar
Com a curva e depois, a
curvas corda e a flecha
central de cada curva.
O nivelamento é o transporte de uma referência de nível de um local para outro
estabelecendo um plano horizontal. Quando necessita ser rigoroso, deve ser feito por
topógrafo, mas para obras pequenas pode-se empregar balizas distanciadas de 5,0 m
e uma mangueira de nível, uma ferramenta usada durante toda a obra.
Lavagem Ensaio
Figura 5.9 – Sondagem a percussão
Uma sondagem termina ao chegar à profundidade desejada ou ao atingir um solo
impenetrável a percussão. Para uma obra de pequeno porte, os solos destacados nas
duas tabelas a seguir são adequados para fundação rasa.
Tabela 5.4 – Resistência aproximada de alguns tipos de solo
Tipo de solo solo (kgf/cm2) Qualidade
Aterro de entulhos, velhos e consolidados 0,5 Fraca
Areia sem possibilidade de fuga, naturalmente úmida 1 – 1,5 Baixa
Solos comuns, como argilo-arenosos úmidos 2 Média
Solos argilo-arenosos secos, cascalho 3,5 - 5 Boa
Rochas – moles e duras 7 - 20 Ótima
Adaptação: “Tabela para canteiros de obra” – E. Ripper – Ed Pini
O nível d’água deve ser verificado no dia seguinte ao ensaio para evitar a influência do
líquido usado na sondagem.
Os termos usados na tabela a seguir (NBR 6484:2001) referem-se à deformabilidade e
resistência dos solos, sob o ponto de vista das fundações (não confundir com
compacidade relativa das areias da Mecânica dos Solos).
Tabela 5.5 – Compacidade das areias e consistência das argilas relacionadas a N
Solo Designação Índice N
Fofa 4
Compacidade Pouco compacta 5a8
de areias e siltes Medianamente compacta 9 a 18
arenosos Compacta 19 a 40
Muito compacta > 40
Muito mole 2
Consistência de Mole 3a5
argilas e siltes Média 6 a 10
argilosos Rija 11 a 19
Dura > 19
Existem fórmulas empíricas que relacionam N com a resistência do solo (em kgf/cm2).
Tabela 5.6 – Fórmulas empíricas que relacionam N com a resistência do solo
RESISTÊNCIA DO SOLO (kgf/cm2) Solo
Situação Argila pura Argila siltosa Argila areno siltosa
Por tipo de solo N/4 N/5 N/7,5
Sapata retangular (Teixeira) N/5 ------------
Geral (Ribeiro) σ N 1
Nos estudos de viabilidade ou de escolha de local da obra, deve-se realizar, no
mínimo, três sondagens, sendo a distância máxima entre elas de 100 m.
Decidida a obra, as sondagens devem ser distribuídas na planta do terreno de forma a
representar ao máximo a área que está sendo estudada. A distância entre os furos
deve estar entre 15 e 25 m, evitando que fiquem alinhados.
Para obra em terreno pequeno, o professor Milito apresenta os exemplos para locação
de sondagem da figura a seguir.
Pobra
Snecessária , Sendo solo conforme Tabela 5.6
σ solo
Se no local não houver energia elétrica ou esta for monofásica, deve-se solicitar a
concessionária o fornecimento trifásico ou gerar a energia no canteiro. A opção por
equipamento monofásico eleva o custo.
Como orientação ao planejamento de canteiros, consultar o Manual de Canteiros de
Obras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) que
apresenta gratuitamente metodologia e projetos padrão dessas instalações.
5.7 FORMAS DE SE LEVANTAR OS PONTOS CARDEAIS
Há muitas formas de se obter os pontos cardeais. Pode-se empregar o GPS (Global
Positioning System), uma bússola, o sol, um relógio e o cruzeiro do sul.
1) Bussola: ela oferece leitura direta, mas a agulha aponta para o norte magnético e
deve-se considerar a declinação magnética local para se obter o norte geográfico.
A declinação magnética local pode ser obtida no site magnetic-declination.com/.
Figura 5.12 – Norte Verdadeiro com bússola
2) Norte ao posicionar o corpo em relação ao sol: estende-se o braço direito na
direção do sol nascente (leste) e o esquerdo na direção do sol poente (oeste), o
sul ficará voltado para as costas e o norte para a frente. Como o sol não nasce
sempre na mesma posição é um processo impreciso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Técnicas das Construções Civis e Construções de Edifícios de José Antonino de Milito
2. CARDOSO, RENATO RIBEIRO. FUNDAÇÕES , ENGENHARIA APLICADA NOBEL,
SÃO PAULO BRASIL- 1986