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3° Trimestre
ATIVIDADES TEÓRICA DE FÍSICA
3ª LEI DE NEWTON, PLANO INCLINADO, ENERGIA,
TRABALHO, QUANTIDADE DE MOVIMENTO E IMPULSO
Física
Ouro Preto – MG
2023
1
Sumário
3° Trimestre
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1. Princípio da ação e reação ou 3ª lei de Newton
Agora, vamos abordar o princípio enunciado por Newton que trata das forças que agem
nos corpos quando há interação entre eles. Para exemplificar, vamos analisar as forças que
agem em duas situações muito comuns nos esportes, como o tênis e o remo.
Situação 1: Um jogador de tênis bate com a raquete na bolinha.
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
A força da raquete sobre a bolinha (F raquete/bola ) e a força da bolinha sobre a raquete
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
(F bola/raquete ) têm mesma intensidade, mesma direção e sentidos opostos.
Essas situações nos ajudam a entender que as forças de ação e reação agem
simultaneamente e aos pares, sem necessidade de identificar qual delas é ação e qual é reação,
e têm resultante não nula porque agem em corpos distintos. Segundo Newton, podemos analisar
a interação da seguinte forma:
Atividades 1 ao 6
3
Atividade individual
Faça cada uma das 14 atividades escrevendo as perguntas e resolvendo no caderno.
Valor: 4,0 pontos
1° Descreva o que ocorre com os corpos que interagem nas situações a seguir, de acordo com
o princípio da ação e reação.
a) Pessoas caminhando na rua: O que ocorre quando o pé está em contato com o chão e faça o
desenho representando o par de ação e reação?
b) Um menino, ao aproximar um ímã de clipes de metal e alfinetes, percebe que eles descrevem
um movimento em direção ao ímã: Por que ocorre esse movimento e faça o desenho
representando o par de ação e reação?
c) Um garoto solta uma bexiga cheia de ar, aberta, e percebe que ela descreve um movimento
enquanto expele o ar: Por que ocorre esse movimento e faça o desenho representando o par de
ação e reação?
2° Em um dia muito frio e chuvoso, João tentou ligar seu carro e percebeu que a bateria não
funcionava. Para tentar resolver o problema, permaneceu sentado confortavelmente e empurrou
o painel de controle para a frente.
a) O carro se movimentou? Justifique.
b) João solta o freio de mão, desce do carro e começa a empurrá-lo. Ele o empurra com as mãos,
o carro empurra João de volta com uma força de mesma intensidade e assim não adquire
aceleração, permanecendo no mesmo lugar. Verdadeiro ou falso? Justifique.
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5° Um astronauta de dimensões desprezíveis está em
repouso no ponto A da Figura I, em uma região do espaço
livre de ações gravitacionais significativas, em que Oxyz é um
referencial inercial. Com a ajuda de uma mochila espacial,
dotada dos jatos 1, 2 e 3 de mesma potência e que expelem
combustível queimado nos sentidos indicados na Figura ll, o
astronauta consegue mover-se em relação a Oxyz.
Para percorrer a trajetória A → B → C, o astronauta deverá
acionar, durante o mesmo intervalo de tempo, os jatos em
qual sequência? 1, 3 e 2.
⃗ ):
2.1. Força peso (𝐏
⃗ , é a força
A força peso, ou simplesmente peso, representada por 𝐏
de atração gravitacional que age entre corpos que possuem massa. Por
exemplo, a força com que a Terra atrai os objetos.
Direção: vertical.
Sentido: para baixo (o planeta atrai o corpo).
Módulo: P = m . g
A reação à força peso P é a força -P com que o corpo atrai o planeta. Para simplificar os
cálculos, adotaremos, como nos módulos anteriores, g = 10 m/s 2 para o módulo da aceleração
da gravidade nas proximidades da superfície terrestre.
Exemplo: Supondo que:
Dados:
m = 5 kg
g = 10 m/s 2
P=?N
⃗⃗ ):
2.2. Força de reação normal do apoio (𝐍
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A força de reação normal do apoio, ou simplesmente força normal, representada por 𝐍 ⃗⃗ ,
⃗⃗ tem direção perpendicular
é a força de contato entre dois corpos que se tocam. A força normal 𝐍
às superfícies em contato e módulo N.
Direção: perpendicular às superfícies.
Sentido: orientada para o interior do corpo onde atua.
Módulo: depende da situação e das outras forças que atuam
no corpo.
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
2.3. Força elástica (𝐅 𝐞𝐥á𝐬𝐭 ):
A força elástica é a força exercida por um corpo deformado, ou seja, por um corpo
comprimido ou esticado.
Direção: coincidente com a direção da deformação.
Sentido: tem sentido oposto ao da deformação.
Módulo:
Força elástica (força deformadora) [N]
k = constante de proporcionalidade característica da mola, chamada de constante elástica da
mola [N/m]
x = deformação sofrida pela mola [m]
Exemplo:
⃗ que
O gráfico obtido por meio de medidas experimentais representa a intensidade da força F
age sobre uma mola, em função da deformação x.
a) Determine a constante elástica da mola.
Resposta:
Dados:
x = 5 cm = 0,05 m
Felást = 60 N
k = ? N/m
Fazendo uma manipulação álgebrica para isolar a express]ao que representa a “deformação
sofrida pela mola x”, temos:
Felást 90 N
x = → x = → x = 0,075 m ou x = 7,5 cm
x 1200 N/m
10° Sabendo que a força normal exercida sobre um objeto que está no chão parado é 300 N,
então qual é a intensidade da força peso sobre esse bloco?
a) 25 N b) 50 N c) 200 N d) 100 N e) 300 N
12° Qual das forças abaixo é responsável por atrair os corpos para o centro da Terra?
a) Forças externas. b) Forças internas. c) Força peso.
d) Força elástica. e) Força de atrito.
3. Plano Inclinado:
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Atividade 1: Um bloco de 3 kg encontra-se em repouso e apoiado sobre um plano inclinado em
45° em relação ao solo. Considerando a gravidade local igual a 10 m/s², determine o módulo da
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força que o plano inclinado exerce sobre o bloco.
a) 15 N b) 30 N c) 15√3 N d) 150 N e) 15√2 N
Resposta: A força que o plano inclinado exerce sobre o bloco é chamada de força normal.
Podemos calculá-la facilmente. Para tanto, basta lembrarmos que a força normal exercida pelo
plano inclinado corresponde à componente y da força peso do bloco:
N = Py
N = P cos θ
N = mg cos θ
N = 3 . 10 cos 45°
√2
N = 30 cos
2
N = 15 √2 N
Atividade 2: Um bloco de 2 kg desliza sobre uma superfície sem atrito de um plano inclinado em
60º. Determine a força mínima a ser aplicada sobre o bloco, na direção da superfície desse plano,
para que o corpo deslize com velocidade constante. Dados: g = 10 m/s².
a) 20 N b) 45 N c) 10√3 N d) 15 N e)
100√2 N
Resposta: Para que o bloco deslize com velocidade constante, a força resultante sobre ele deve
ser, de acordo com a 1ª lei de Newton, nula. Para tanto, a força que se aplica ao bloco deve ter
a mesma magnitude da componente x da força peso, a fim de que se cancelem:
N = Px
N = P sen θ
N = mg sen θ
N = 2 . 10 sen 60°
√3
N = 20 cos
2
N = 10 √3 N
2. Força de atrito:
10
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Exercício resolvido:
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4. Conceito de energia:
A necessidade de sobrevivência, o poder de transformação e a capacidade de realização
do ser humano levaram-no a desenvolver tecnologias para explorar, de diferentes maneiras, os
vários tipos de energia.
A palavra energia é muito usada em nosso cotidiano, mas não é fácil defini-la como uma
grandeza física. E talvez seja o conceito mais importante da Física, sendo aplicado em diversas
áreas.
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𝐦𝐯𝟐
𝐄𝐜 =
𝟐
De onde:
Ec: Energia cinética [J]
m: massa do corpo [kg]
v: velocidade [m/s]
𝐄𝐩 = 𝐦𝐠𝐡
De onde:
Ep : Energia potencial [J]
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Considere uma mola ideal, de constante elástica k, sob a ação de uma força F que a
deforme (alongando ou comprimindo), produzindo o deslocamento da sua extremidade livre
desde a posição A até a B. A expressão matemática é:
𝐤𝐱 𝟐
𝐄𝐞𝐥𝐚𝐬𝐭 =
𝟐
De onde:
Eelast : Energia potencial elástica [J]
k: constante elástica da mola [N/m]
x: deformação na mola [m]
Segundo o teorema da energia potencial, em relação ao ponto de referência A, a energia
potencial elástica é nula, uma vez que a mola não está deformada. Se a mola estiver em qualquer
outra posição, a energia potencial elástica será igual ao trabalho da força elástica (𝛕𝐅.𝐞𝐥𝐚𝐬𝐭) que
age para ela voltar à posição de referência.
𝛕𝐅.𝐞𝐥𝐚𝐬𝐭 = 𝐄𝐏𝑨 − 𝐄𝐏𝑩
Exercício Resolvido: Durante um teste, prendeu-se uma das extremidades de uma mola a um
suporte. Na outra, pendurou-se um corpo de massa 2 kg, o que causou uma deformação de 0,05
m na mola. Sabendo-se que g = 10 m/s 2 , determine:
a) o valor da constante elástica da mola
Resposta: Considerando o corpo em repouso, temos:
𝐅𝐞𝐥𝐚𝐬𝐭 = 𝐤𝐱, podemos reescrever:
P 20
P = kx → k = → k = 0,05 → k = 400 N/m
x
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4.4. Equação da energia mecânica (𝐄𝐦)
Considere um objeto de massa m, que inicialmente estava em repouso
em relação ao chão e depois, ao ser abandonado, descreve uma trajetória
retilínea, conforme o esquema ao lado.
Na posição A o corpo está em repouso; portanto, a energia cinética é
nula; e a energia potencial gravitacional é máxima, pois a altura é máxima.
A partir do instante em que o corpo inicia a queda, a velocidade cresce
e o valor da energia cinética aumenta. Simultaneamente, a altura ocupada
pelo corpo diminui, fazendo com que o valor da energia potencial
gravitacional diminua.
No instante imediatamente antes de o corpo atingir o chão, a
velocidade é máxima. Portanto, a energia cinética é máxima e a energia
potencial gravitacional é nula, pois a altura é nula.
De acordo com o esquema apresentado, se desprezarmos a resistência do ar durante o
movimento do corpo, a energia potencial vai se transformando em energia cinética, de forma que
o valor perdido por uma corresponde ao valor ganho pela outra. Assim, a soma desses valores
permanece constante.
A energia mecânica do sistema é representada pela soma das energias potencial e
cinética. Genericamente, temos:
𝐄𝐦𝐞𝐜ã𝐧𝐢𝐜𝐚 = 𝐄𝐜𝐢𝐧é𝐭𝐢𝐜𝐚 + 𝐄𝐩𝐨𝐭𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚𝐥
30 . 22
+ 30 . 10 . 10 = EcB
2
𝐄𝐜𝐁 = 3060 J
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b) a intensidade da velocidade do vagonete na posição B
Resposta:
mv2 30 . v2
Ec = → 3060 = → v = 14,3 m/s
2 2
30 . 22
+ 30 . 10 . 10 = Ecc + 30 . 10 . 6
2
𝐄𝐜𝐜 = 𝟏𝟐𝟔𝟎 𝐉
Atividades 15 ao 25
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21° Um motociclista está com sua moto em uma rodovia com radar a uma velocidade de 72 km/h.
Após passar pelo radar, ele acelera e sua velocidade chega em 108 km/h. Sabendo que a massa
do conjunto moto e motociclista é de 580 kg, determine a variação de energia cinética sofrida
pelo motociclista.
22° Um veículo tem massa de 2500 kg e está se movendo em movimento acelerado. Determine
sua energia cinética no instante em que atinge a velocidade de 10 m/s e de quantas vezes
aumento quando sua velocidade duplicar.
23° Um vaso de orquídeas de 4,0 kg está pendurado a 1,2 m de altura de uma mesa de 0,4 m
de altura. Sendo g = 10m/s², determine a energia potencial gravitacional do vaso em relação:
a) à mesa
b) ao solo.
24° Um bloco de massa igual a 1kg encontra-se preso sobre uma mola vertical que está
deformada 10cm com relação à sua posição de equilíbrio. Após o bloco ser solto, ele é
arremessado verticalmente para cima. Sendo o sistema livre de forças dissipativas e a constante
elástica da mola equivalente à 50N/m, determine a altura máxima que o bloco alcançará em cm.
(obs.: considere a massa da mola desprezível).
25° Observe a situação descrita na tirinha abaixo.
(Francisco Caruso & Luisa Daou, Tirinhas de Física, vol. 2, CBPF, Rio de Janeiro, 2000.)
Assim que o menino lança a flecha, há transformação de um tipo de energia em outra. A
transformação, nesse caso, é de energia
a) potencial elástica em energia cinética.
b) gravitacional em energia potencial.
c) potencial elástica em energia gravitacional.
d) cinética em energia potencial elástica.
e) gravitacional em energia cinética.
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5. Conceito de trabalho (𝝉)
Na Unidade anterior, analisamos fenômenos que envolvem o movimento e suas causas,
utilizando os princípios da Dinâmica. Há situações, porém, em que esses princípios não são os
mais indicados.
O esquema abaixo representa o trecho de uma montanha-russa. Imagine se tivéssemos
de determinar a velocidade do carrinho de massa m, ao atingir o ponto D, sabendo que ele foi
abandonado no ponto C.
Para casos como esse, em que os corpos em movimento sofrem a ação de forças cuja
resultante vetorial varia a cada ponto, recorreremos aos conceitos de energia e trabalho.
Já estudamos que a energia associada aos corpos pode variar. Essa variação está
associada à ideia de transferir ou transformar energia. Para medir essa transformação ou
transferência de energia, definiremos a grandeza trabalho de uma força, que será representada
por 𝛕.
Trabalho, em Física, é sempre relacionado a uma força e a um deslocamento.
Uma força aplicada a um corpo realiza trabalho quando produz um deslocamento do
corpo.
Temos dois casos, que passaremos a examinar:
De onde:
τA,B: trabalho no deslocamento A até B [J]
𝛕𝐀,𝐁 = 𝐅 . 𝐝 . 𝐜𝐨𝐬 𝜶
Observação:
⃗ for perpendicular à direção do deslocamento, o trabalho de F
Se a força F ⃗ é nulo, pois cos
90° = 0.
Propriedade:
Podemos calcular o trabalho de uma força ⃗F, constante, utilizando o gráfico:
Área = τA,B
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⃗ no deslocamento AB.
Determinar o trabalho realizado pela força F
Resposta:
τA,B = F . d . cos 𝛼
τA,B = 50 . 10 . cos 60°
τA,B = 250 J
Atividades 26 ao 32
27° Uma pessoa arrasta uma caixa sobre uma superfície sem atrito de duas maneiras distintas,
conforme mostram as figuras (a) e (b). Nas duas situações, o módulo da força exercida pela
pessoa é igual e mantém-se constante ao longo de um mesmo deslocamento.
28° Um bloco de 2 Kg é puxado com velocidade constante por uma distância de 4 m em um piso
horizontal por uma corda que exerce uma força de 7 N fazendo um ângulo de 60° acima da
horizontal. Sabendo que cos 60° = 0,5 e Sen 60° = 0,86, o trabalho executado pela corda sobre
o bloco é de:
a) 14,0 J b) 24,0 J c) 28,0 J d) 48,1 J e) 56,0 J.
29° Um garoto gasta 75 J de energia para empurrar uma caixa por três metros. Sabendo que a
direção de aplicação da força do garoto forma um ângulo de 60° com a direção do deslocamento
da caixa, determine o valor da força feita pelo garoto.
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a) 50 N b) 40 N c) 25 N d) 30 N e) 15N
30° Depois de comer uma barra de chocolate de 500 cal, um homem precisou empurrar um carro.
Com a energia obtida do chocolate, o homem conseguiu empurrar o veículo por 20 m. Determine
a força necessária para a realização dessa atividade. Dado: 1 cal = 4 J e τ = 2000 J.
a) 250 N b) 350 N c) 450 N d) 50 N e) 100 N
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6. Conservação da Quantidade de Movimento e Impulso
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No caso de um ponto material de massa m que se movimenta com velocidade 𝐯⃗, podemos
expressar a quantidade de movimento ⃗𝐐
⃗ desse ponto material como:
De onde:
Q: quantidade de movimento [kg . m/s]
m: massa [kg]
v: velocidade [m/s]
Exercício resolvido:
Uma caminhonete de massa m1 = 6000 kg descreve uma trajetória retilínea e horizontal com
velocidade v = 20 m/s. Determine a quantidade de movimento:
a) da caminhonete;
Resposta: O módulo da quantidade de movimento é:
Q1 = m1 . v → Q1 = 6000 · 20 → Q1 = 120 000 kg . m/s (na direção horizontal)
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Atividades 33 ao 38
34° Se um corpo em movimento duplicar sua velocidade, qual quantidade de movimento irá
adquirir? E de energia?
vA
37° Determine a relação entre os módulos das velocidades das partículas A e B, sabendo
vB
que suas massas são M e 2M, respectivamente, e que num dado instante a quantidade de
movimento tem módulos iguais.
38° Uma partícula de 0,2 kg e velocidade escalar v = 1,5 m/s descreve movimento circular
uniforme. Avalie se a quantidade de movimento da partícula é constante e determine o seu
módulo.
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𝐈 = 𝐅 . 𝚫𝐭
De onde:
I: impulso [N . s]
F: intensidade da força [N]
t: intervalo de tempo [s]
O vetor impulso tem a mesma direção e o mesmo sentido da força, e sua intensidade é
determinada por I = F . Δt, sendo F a intensidade da força e Δt o intervalo de tempo em que
essa força atua.
Podemos dizer que a intensidade do impulso 𝐈 será tanto maior quanto maior for a
intensidade da força 𝐅 e quanto maior for o intervalo de tempo Δt no qual ela age.
No gráfico F x t, a área amarela é numericamente
igual à intensidade do impulso da força 𝐅 no intervalo de
tempo considerado.
Área (A) = F . 𝚫𝐭 → 𝐀 𝐍= I
Mesmo que a intensidade da força varie com o
tempo (mantendo a mesma direção), vale a propriedade
anterior, ou seja, 𝐀 𝐍= I.
Teorema do impulso
Considere um corpo de massa m sujeito à ação de uma força resultante constante ⃗⃗⃗⃗
FR .
𝐅 = 𝐦 . 𝐚⃗
Δv
⃗
⃗F = m .
Δt
⃗ . Δt = m . Δv
F ⃗
I = (m ⃗⃗⃗
v2 ) . (m ⃗⃗⃗
v1 )
I = ⃗⃗⃗⃗
Q 2 − ⃗⃗⃗⃗
Q1
⃗⃗⃗⃗2
I = ΔQ
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Para o mesmo intervalo de tempo, o impulso da força resultante é igual à variação da
quantidade de movimento.
Exercício resolvido: Um corpo de massa 0,3 kg se desloca com movimento retilíneo sob a ação
da força resultante que se mantém constante. Sabendo que a velocidade inicial é 4 m/ s, e que
após 4 s ela atinge o valor de 6 m/s, determine:
a) a quantidade inicial de movimento do corpo;
Q1 = m1 . v → Q1 = 0,3 . 4 → Q1 = 1,2 kg . m/s
b) a quantidade de movimento do corpo, após 4 segundos;
Q = m . v → Q1 = 0,3 . 6 → 𝑄 = 1,8 kg . m/s
c) o impulso da força resultante impressa ao corpo;
I = ⃗⃗⃗⃗
Q 2 − ⃗⃗⃗⃗
Q1 → I = 1,8 − 1,2 → I = 0,6 N . s
d) a intensidade da força resultante que age no corpo.
I 0,6
⃗ =
I = F . Δt → F ⃗ =
→ F ⃗ = 0,15 N
→ F
Δt 4
Colisões:
Vejamos o exemplo de um veículo colidindo com a traseira de
outro veículo estacionado.
Na primeira etapa da colisão, conhecida como fase de
deformação, os corpos se encontram e se deformam, e a energia
cinética do sistema se converte em outras formas de energia, como
energia sonora, representada pelo barulho que ouvimos; energia
térmica, representada pelo aquecimento das peças do veículo; energia
potencial, representada pela energia armazenada pelo sistema.
A etapa final da colisão, chamada fase de restituição, inicia-se
após a fase de deformação e pode terminar com os corpos unidos ou
separados, conforme a natureza dos corpos envolvidos.
Coeficiente de restituição:
Para caracterizar as propriedades elásticas dos corpos que interagem na colisão, vamos
definir a grandeza coeficiente de restituição, representada por e. Considere uma colisão
direta entre duas esferas, A e P, com velocidades vA e vp , antes do choque, e v′A e v′p , após
ele. Nesse caso, o coeficiente de restituição é determinado pelo quociente entre o módulo da
velocidade relativa de afastamento 𝐯𝐚𝐟 e o módulo da velocidade relativa de aproximação 𝐯𝐚𝐩.
𝐯𝐚𝐟
𝒆= , com 𝟎 ≤ e ≤ 𝟏, adimensional
𝐯𝐚𝐩
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Quando as velocidades têm o mesmo sentido:
Colisão elástica:
Considere a colisão de duas esferas, em que não ocorre deformação permanente dos
corpos. Nesse caso, além da conservação da quantidade de movimento há a conservação da
energia cinética total dos corpos envolvidos na colisão, e o coeficiente de restituição é unitário:
e = 1.
30
Colisão inelástica:
Na colisão inelástica, os corpos não se separam, passando a ter a mesma velocidade. Nesse
caso, o coeficiente de restituição é nulo: e = 0.
Atividades 39 e 40
39° Um motorista abandona seu carro em urna rua plana, sem acionar o freio de mão. Outro
veículo, com velocidade 20 m/s, colide com a traseira desse carro, e, imediatamente após o
choque, os dois passam a se movimentar juntos.
40° Sobre uma superfície horizontal e perfeitamente polida, duas esferas, A e P, movimentam-
se em sentidos contrários e, ambas com velocidade 3 m/s, até colidirem frontalmente. Sabe-se
que as massas das esferas são mA = 2 kg e mp = 4 kg e que, após a colisão, a esfera A retorna
com velocidade v′A = 4 m/s.
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“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”.
Albert Einstein
Referências
MÁXIMO, Antônio; ALVARENGA, Beatriz. Física contexto & aplicações: ensino médio, Vol. 1,
1.ed – São Paulo: Scipione, 2013.
BARRETO, Benigno; XAVIER, Cláudio. Física aula por aula: mecânica, 1° ano - 3. ed. - São
Paulo: FTD, 2016.
BONJORNO, José Roberto; RAMOS, Clinton Marcico; PRADO, Eduardo de Pinho, et al. Física:
mecânica, 1° ano - 3. ed. - São Paulo: FTD, 2016.
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