Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo
Introdução..................................................................................................................................2
1. O que é Economia Criativa....................................................................................................3
2. Políticas públicas de financiamento no setor audiovisual brasileiro..................................5
2.1 Políticas de financiamento da ANCINE por meio do FSA................................................7
3. A produção audiovisual em Mato Grosso.............................................................................9
3.1 Editais estaduais orientados ao audiovisual no período de 2015 a 2019.......................9
3.2 Editais municipais orientados ao audiovisual no período de 2015 a 2019..................10
3.3 A produção audiovisual em Mato Grosso.....................................................................11
3.4 “Box de curtas”...............................................................................................................12
Conclusões................................................................................................................................13
Referências................................................................................................................................14
Introdução
1
Relatório publicado sob o título de “Creative economy”, nos canais oficiais da UNESCO em 2008 e
posteriormente em 2010.
serviços. O autor, deu delimitações à Economia Criativa apresentando-a como um modo
dos indivíduos de transformarem ideias em dinheiro (HOWKINS, 2001).
Apesar de bastante difundida em países como Inglaterra, França e Estados
Unidos, recentemente, a Economia Criativa vem ganhando espaço nos países do “sul”.
A exemplo disso, em 2010, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e
Desenvolvimento (UNCTAD) discutiu o tópico de Economia Criativa, através da
Unidade Especial para Cooperação Sul-Sul do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), desenvolvendo um relatório de que apresenta uma
perspectiva sistêmica global relacionando-a aos conceitos de “indústrias culturais” e
“indústrias criativas”. Assim, apresenta a economia criativa como
2
“Uma visão sistêmica das políticas públicas para o setor audiovisual: entendendo sua trajetória desde os
anos 1990 no Brasil”, tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Economia do
Instituto de Economia da UFRJ.
contribuição paga pelos agentes do setor audiovisual criada pela MP 2.228-1/01, mesma
MP de criação da ANCINE, retorna ao setor. Ainda, no final de 2011, há a aprovação da
Lei nº 12.485/11, chamada de “Lei da TV paga” com objetivo de assegurar um mercado
para a produção independente brasileira estipulando cotas de programação nacional nos
canais e nos pacotes da TV por assinatura (ZUBELLI, 2017).
Zubelli ainda no ajuda a visualizar alguns outros retornos atuais em “real
inserido” no mercado audiovisual através dos recursos público: para cada 1 real inserido
2,09 reais são gerados de receita de bilheteria direta e 3,7 contando com os efeitos
indiretos em outros setores.
Nesse sentido, a atuação das políticas públicas teria modificado os números
expressos pela quantia de títulos produzidos ao longo das décadas. Durante os anos de
1995 e 1999, na primeira onda, com política de incentivo da Lei Rouanet e Lei do
Audiovisual foram produzidos 104 títulos; de 2000 a 2007, após a criação da ANCINE,
na segunda onda, são 356 títulos; e durante os anos 2008 a 2017, com a criação do FSA
e da Lei da TV Paga esses número passa para 1.098 títulos.
Mais quais são as políticas específicas de financiamento da ANCINE, por meio
do FSA, e quais são direcionadas especificamente para a regionalização da produção
audiovisual?
4
Todas as informações que constam nesse tópico foram retiradas dos próprios editais disponibilizados no
site oficial da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo de Cuiabá.
3.3 A produção audiovisual em Mato Grosso
Como é possível ver nos números divulgados, grande parte do que é produzido
em audiovisual em Mato Grosso, ainda se refere ao setor de empresas de publicidade.
Apesar de as produtoras terem equipamentos e, teoricamente, pessoal técnico
compatível com a produção audiovisual, as especificidades de uma produção de
conteúdo para TV e cinema são muito diferentes da de produção de peças audiovisuais
de publicidade.
Com um produção ainda rarefeita em obras audiovisuais voltado para a TV e em
cinema, e tendo consciência desse contexto, mais uma vez o setor audiovisual tem de
lançar mão da criatividade e técnicas inovadoras para se estruturar, produzir e otimizar
resultados. Foi assim que surge um “case” que trazemos nessa parte final do texto: o
“Box de curtas”. Em 2017, e posteriormente em 2019, aproveitando um fluxo de entrada
de financiamentos em obras voltadas a TV (séries e telefilmes) e ao cinema, através dos
editais públicos (federal, estadual e municipal), já mencionados em item anterior do
texto, entre os anos 2015 e 2017, foi realizada uma produção em associação de obras.
O projeto Box de Curtas, idealizado pela produtora executiva Bárbara Varela, foi
uma parceria e colaboração entre empresas produtoras vencedoras do edital de Produção
de Obras Audiovisuais da Secretaria de Estado de Cultura (SEC-2016) em parceria com
a ANCINE/FSA - Fundo Setorial do Audiovisual. Cinco obra, entre elas quatro curta-
metragem e um piloto de série, contemplados por meio de três produtoras proponentes,
compuseram um cronograma de produção e filmagens que se sucedia uma semana ao
pós a outra, o que permitiu otimização de equipe técnica, de equipamentos e de
prestações de serviços:
unir os recursos e a agenda de filmagens de maneira sequencial,
e isso permitiu um melhor poder de compra. Bárbara conta que
“a estrutura do box possibilitou acesso a equipamentos e
profissionais que não seriam possíveis se cada filme fosse
rodado de forma individual. Trouxemos um caminhão de
equipamentos de fora e isso gerou um salto de qualidade não só
no produto final, mas no próprio processo de produção em si”. A
ideia foi muito bem recebida por todos e colocada em prática.
Além disso, “os setores de direção de arte, figurino e elenco
puderam avançar em qualidade devido aos recursos que, de
maneira cooperada, trouxeram maiores possibilidades”
(VARELA, 2019, s/p).
Conclusões
Referências