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Sarah Hopkins Bradford

HARRIET TUBMAN
A M oisés de sua gente

Tradução, posfácio e notas Felipe Vale da Silva


Revisão Sabrine Ferreira da Costa

1ª edição | Aetia Editorial


São Paulo | 2018
O mito Harriet Tubman na biografia de
Sarah Hopkins Bradford

por Felipe Vale da Silva

É preciso vencer uma guerra duas vezes, primeiro pela espada e depois
pela pena — isso porque aquilo que se escreve sobre uma guerra,
seus heróis e mártires, define como as gerações futuras lhe recordarão.1
E, sobretudo, o que serão capazes de aprender com conflitos passados.

No caso da Guerra Civil de 1861 a 1865, a memória da combatente


Harriet Tubman serve como lembrete de que a causa dos inimigos da
escravidão já foi considerada pelo governo dos Estados Unidos um ato de
vandalismo e ameaça à ordem pública. A cada vez Tubman que salvava um
grupo de escravos, automaticamente desfalcava quantias exorbitantes de
dinheiro dos fazendeiros de Maryland. Para darmos valores mais exatos,
quando lemos sobre o resgate de alguém avaliado em 1830 a US$ 400,
estamos falando de pouco mais que US$ 10.000 atuais.2 A escravidão,
apesar de uma aberração humanitária que evidentemente foi, era o
maior negócio que os Estados Unidos conheceram. Por isso, grandes
libertadores de escravos como Tubman, Nat Turner e John Brown
foram expostos e perseguidos pela mídia da época como terroristas,
termo que já era empregado então. Hoje eles são heróis da liberdade.

O que possibilitou essa curiosa virada foi uma extensiva campanha


1 A formulação é da historiadora Lepore, Jill. The Name of War. King Philip’s War and the origins of
American identity. New York: Alfred A. Knopf, 1999, p. 67-68).
Posfácio

2 A simulação de valores do dólar da década de 1830 pode ser feita com base no sistema do
Bureau of Labor Statistics’ Consumer Price Index (CPI): https://www.officialdata.org/1830-dollars-
in-2017?amount=400.

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de divulgação. Era preciso explicar quem, de fato, foram
Sarah H. Bradford

essas pessoas e como agiram pela causa da liberdade. Uma


vez que milhões de afro-americanos ganham cidadania, cabia
aos abolicionistas criar os ícones que preencheriam o imagi-
nário das gerações vindouras como modelos de resistência.
Aqui reside a virtude mais evidente deste volume escrito em
1886; ele compõe a única biografia autorizada de Tubman
em formato de livro, publicada enquanto ainda era viva.3

Além disso, a biógrafa Sarah Hopkins Bradford


demonstra plena consciência do quão difícil era abordar
a questão do negro naqueles anos turbulentos. Escrevendo
duas décadas após a Guerra Civil, era já evidente que o sul
dos Estados Unidos se tornava crescentemente conservador e
ressentido pelas experiências recentes, chegando até mesmo
a questionar a necessidade daquele conflito desmantela-
dor de sua unidade social. “Conforme o tempo passa, os
horrores dos dias de escravidão tornam-se esquecidos por
muitos, e as crianças nascidas desde a Guerra de Secessão
conhecem aquela batalha temível [...] apenas como uma
tradição de um passado remoto”, lemos no desfecho da
obra. Pior que isso, a reação imediata de tantas famílias
que perderam seus parentes e propriedades em prol da
causa dos Confederados foi resistir sistematicamente
à integração dos negros na sociedade e economia locais.

Aqui resiste o cenário de retrocessos que sucede a


abolição da escravatura naquele país: a década em que
negros ganham sua liberdade formal é a mesma em que
a Ku Klux Klan surge e inicia sua jornada de terror pelo
interior dos estados, muitas vezes com aval das forças
policiais e população local. O presidente Andrew
Johnson, sucessor de Abraham Lincoln, parecia decidi-
do a barrar propostas de avanços para os novos cidadãos
negros: nenhuma reparação pelos dois séculos de escra-
3 Os dois outros relatos biográficos de Harriet não preenchem mais do que algumas
páginas de jornal. Sanborn, Franklin B. Harriet Tubman. Boston Commonwealth: July 17,
1863; Wyman, Lillie. Harriet Tubman. New England Magazine (March, 1896), p. 110– 118.

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vidão foi cogitada durante sua administração. Direitos
de voto e posse de determinados cargos públicos perma-
neceram vetados para a população afro-americana até
1920. O negro foi alforriado para ser relegado ao status
de cidadão de segunda classe e, muitas vezes, para servir
como mão de obra barata nos grandes centros industriais.

Conta-se que Frederick Douglass, já um grande


líder político na época, acompanhou uma comitiva à Casa
Branca do presidente Johnson no dia 7 de fevereiro de
1866. Após alguns minutos de conversa, Douglass sai de
lá consternado. Era evidente que a conquista de direitos
básicos para sua gente seria mais uma longa batalha a ser
travada. E ela teria de ser guiada por uma nova geração;
Douglass contava com 48 anos, Harriet Tubman com 44
anos. Aquela geração que lutou contra a escravidão na mídia
e no campo de batalha se via então incumbida de uma
tarefa diferente. Era preciso criar as instituições e cultura
que possibilitariam a negros e negras afirmar e pôr, de fato,
sua autonomia em prática. Esse foi o período que ficou
conhecido como a Era da Reconstrução (1863-1877).

O sucesso desse ambicioso projeto, os historiadores


hoje concordam, é questionável. Ao menos no que toca
à participação do governo federal e grande parcela da
sociedade civil. A Reconstrução nunca foi levada com a
seriedade que merecia; culturalmente, a mesma ideia de
hierarquia racial que justificara a escravidão anos antes
terminou por perdurar nos discursos e atitudes do america-
no médio. A persistência do racismo moderno serve como
um lembrete de que o trabalho ideológico de reconstrução
está por ser feito.4 E aqui entra nosso interesse de trazer o
livro de Bradford ao público de um país com um processo
pró-escravidão tão problemático quanto o estadunidense.
Posfácio

4 Ver Bishop, Charles C. The Pro-Slavery Argument Reconsidered: James Henley


Thornwell, Milennial Abolitionist. The South Carolina Historical Magazine, Vol. 73,
No. 1 (Jan., 1972), p. 18-26.

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Na Era da Reconstrução, a publicação de biografias
Sarah H. Bradford

de grandes abolicionistas se provou um veículo de ideias


particularmente poderoso. Até 1861, narrativas de escravos
apresentaram a verdade nua e crua da escravidão para um
público relapso, que muitas vezes nunca tinha pensado
no significado daquela tradição milenar. Para a América
pós-Guerra Civil foram biografias de ícones negros que
forneceram mecanismos para se pensar o futuro de 4
milhões de escravos recém-libertos. Cada biografia, em
si, é um retrato singular sobre o processo de reintegração
de um indivíduo ou família — mediante testemunho de
pessoas de carne e osso, tais textos compartilhavam dramas
e conquistas de um setor da sociedade até então ignorado
pelo grande público. Isso, em partes, porque os livros de
história sobre a Guerra Civil, abrangendo diversos teatros e
história social, ainda não haviam sido escritos. Até então havia
diversas histórias sobre desdobramentos locais da guerra,
contadas como lembranças isoladas dos eventos decorridos
no Arkansas, Kansas, Virgínia, etc. Havia até mesmo um
esforço sulista de se contar uma versão dos eventos em que
Lincoln era um tirano megalomaníaco, e os negros parte
do problema pelo qual Sul e Norte haviam se envolvido
em uma guerra fratricida. Os ânimos ainda estavam exal-
tados, e o ressentimento entre famílias era recente demais
para que houvesse reflexão clara sobre o processo histórico.

Ao lermos biografias como a de Sojourner Truth,


Harriet Tubman e tantos outros ex-escravos, deparamo-nos
com uma perspectiva distinta. A abolição da escravatura não
se deu por um ato de benevolência do presidente Lincoln,
mas era o resultado de um longo trabalho de abolicionistas
negros e brancos, envolvendo conspirações, traições pessoais,
o uso inovador da mídia para a defesa dos escravos, além de
rotas de fuga bem coordenadas como a Underground Railroad.
Nesses livros, um público que muitas vezes nunca tivera
contato real com um afrodescendente se deparava com uma
história de vida de pessoas que, nos bastidores do século XIX,
moveram as engrenagens da história norte-americana. Em

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conjunto com uns tantos abolicionistas brancos, eles foram os
grandes responsáveis pelo surgimento da América moderna.

Deste meio destacamos Harriet Tubman (nascida Aramin-


ta “Minty” Ross, 1822-1913), uma negra de descendência
Ashanti, povo que habita a atual região de Gana. Por inter-
médio de um encontro fortuito com Sarah Hopkins Bradford
(1818-1912), abolicionista branca, filha da elite de Nova
Iorque, a voz de Tubman continua sendo ouvida até hoje.

Sobre a gênese e recepção do livro

Bradford foi uma escolha lógica para escrever aquele volu-


me. Como habitante de Geneva/ny, ela estava situada a 25
milhas de Auburn/ny, onde Tubman estava instalada. Além de
ser uma antiga admiradora da famosa libertadora de escravos
e membro ativo no meio abolicionista, já era uma escritora
bem estabelecida no mercado editorial. O plano de escrever o
livro serviu, igualmente, para angariar fundos e quitar a hipo-
teca daquela casa onde Tubman abrigava idosos e inválidos.5

Ainda que Bradford, até aquele momento, fosse uma


escritora de literatura infantil, seu empreendimento foi um
grande sucesso. A primeira versão de 1869, publicada sob
o título Scenes in the Life of Harriet Tubman, era pouco
mais que um emaranhado desconexo de cartas e historie-
tas sobre a vida de Tubman, a qual, porém, rapidamente
se esgotou e foi reformulada vinte anos num formato
mais ordenado, que agora traduzimos para o português.

Sem rigor de uma historiadora, Bradford recorreu a


diversos exageros que, só nos últimos anos, vem sendo
contestados. Algumas de suas cenas reproduzem este-
Posfácio

5 Para detalhes do contexto de produção, ver Hutchins, Zach. Summary. In: Bradford,
S H. Harriet. The Moses of her People. Chapel Hill: University of North Carolina
Press, 2012.

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reótipos e linguajar que qualquer leitor atual considera-
Sarah H. Bradford

ria preconceituoso. É o que ocorre no seguinte trecho:


Estou bem-disposta a reconhecer que ela [Tubman] era
quase uma anomalia em meio a sua gente, mas conheci muitos
membros de sua família e, até onde posso julgar, eles todos
parecem ser peculiarmente inteligentes, corretos e religiosos,
com um forte sentimento de afeição familiar. É possível que
haja muitos como eles dentre a gente de cor; certamente nem
todos deveriam ser julgados pelos negros ociosos e miseráveis
que, desde a guerra, enxameiam Washington e outras cidades.

Os pressupostos são semelhantes aos dos ideólogos da


supremacia branca: Bradford generaliza o comportamento
de um grupo, supõe a má atitude e delinquência como seu
comportamento natural, e ainda por cima se vale de um
verbo utilizado para descrever a ação de insetos (to swarm,
enxamear) para descrever a migração em massa de negros aos
grandes centros urbanos após a guerra. Em outros trechos,
ela se refere a crianças negras como darkies, um termo de
péssimo gosto e contornos derrogatórios. É constante sua
ênfase no julgamento de que Harriet merece um livro de
memória sobre si por constituir a exceção de uma exceção,
julgada pela abolicionista branca como uma negra cristã
e subordinada aos seus próprios padrões de decência. A
Harriet pintada por Bradford, por fim, é uma versão domes-
ticada, acomodada ao modelo de respeitabilidade ianque.
Mesmo assim, o racismo velado de Bradford e de outros
abolicionistas famosos como Harriet Beecher Stowe deve
ser compreendido como um fenômeno desconcertante da Era
da Reconstrução.6 Compreendido e pesado como um fato da
vida social norte-americana, como parte da personalidade dos
mesmos indivíduos que ajudaram afro-americanos a comba-
ter o escravismo. Nessa atitude, também, reside um gérmen
de problemas de integração persistentes no país até hoje.
6 Sobre o caso de Harriet Beecher Stowe, ver Silva, F. V. Esclarecimento de termos,
categorias e conceitos centrais na obra. In: Jacobs, Harriet Ann. Incidentes na Vida
de uma Garota Escrava, escritos por ela mesma. São Paulo: Aetia Editorial, 2018,
p. 283-286.

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Esse dado inconveniente sobre abolicionismo não nos
deveria desencorajar a conhecer um livro como este. Mesmo
que os biógrafos recentes James McGoan e William C.
Kashatus dediquem trechos inteiros de seus livros para
criticar Bradford, nem por isso deixam de citá-la extensiva-
mente.7 O volume da autora nova-iorquina se provou um
encontro obrigatório para interessados no abolicionismo
justamente por trazer relatos em primeira mão de uma das
figuras fundamentais do movimento. Além disso, Bradford
se considerava uma das amigas mais leais de Harriet, e
seu afeto era correspondido. Apesar de todos os exageros,
ao expor Tubman como uma mulher quase sobrenatural,
diretamente inspirada por Deus, ela mostra estar mera-
mente seguindo uma estratégia comunicativa daquela
época de Reconstrução.8 E apesar de tudo, Tubman foi
de fato um caso único de persistência, talento e estratégia.
Falar do ícone Harriet Tubman hoje, portanto, exige que
dividamos o mito da figura histórica. Chegar a resultados
palpáveis a seu respeito provou-se ser, por vezes, uma tarefa
árdua. O anúncio de fuga da jovem “Minty”, nome pelo
qual era conhecida na infância, foi redescoberto somente
há poucos anos, fornecendo dados interessantes sobre a
cronologia de vida daquela figura. O próprio conhecimento
coletivo sobre eventos pontuais de sua vida está em pleno
desenvolvimento, e conta com uma vasta comunidade de
interessados em seu legado. A pesquisa recente de Kate
Clifford Larson, de 2004, traça um quadro compara-
tivo das vozes e transes que a ex-escrava dizia vivenciar
com quadros médicos conhecidos, ao que conclui:

Tomados em conjunto, a gama de sintomas e comportamen-


tos que vieram em decorrência da terrível ferida na cabeça de
7 Ver McGoan, James A; Kashatus, William C. Harriet Tubman: a Biography. Santa
Barbara: Greenwood, 2011, p. 120.
8 Figuras públicas como John F. Jaeckel falavam de Tubman um tom semelhante
Posfácio

(cf. Sawyer, Kem Knapp. Harriet Tubman. New York: DK Publishing, 2010, p. 112; Humez,
Jean M. Harriet Tubman: The Life and the Life Stories. Madison: The University of
Wisconsin Press, 2003, p. 329).

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Tubman apontam fortemente para a possibilidade de ela ter
Sarah H. Bradford

sofrido de Epilepsia do Lobo Frontal (TLE). Suas convulsões ou


sono repentino, além das visões, são típicas de TLE, decorrente
de traumas severos [...] Ademais, as luzes fortes, auras coloridas,
vozes incorpóreas, estados de ansiedade extremada e medo alter-
nando-se com estados de excepcional hiperatividade e temeridade,
assim como transes oníricos [...] então entre os sintomas clássicos.9

Esse é um exemplo de diversos dados que parecem na


biografia de Bradford algo vagos, tratados com negligên-
cia. Um outro dado relevante diz respeito à quantidade
de pessoas que salvou: de acordo com os próprios relatos
de Harriet, ela executou suas jornadas de salvação para o
Sul sete ou oito vezes, por vezes acompanhando uma só
pessoa. É bastante improvável que tenha salvo 300 almas
da escravidão, como lemos no presente relato, e mais
realista assumirmos que esse número não ultrapasse 80.

Além disso, não há provas documentais de que Harriet


tenha sido declarada inimiga pública pelos grandes proprie-
tários sulistas, e sua cabeça valido a quantia exorbitante de
US$ 40.000 (equivalente a um milhão de dólares atuais).
Nesse ponto, ela era ainda mais habilidosa do que Brad-
ford assumiu: nenhum senhor de escravos de Maryland
ia para a cama imaginando que alguém chamado Harriet
poderia estar espreitando por sua fazenda, pronta para
levar suas ‘propriedades’ por 1.000 milhas até o Canadá.
De fato, até 1858, Tubman serviu como uma arma secre-
ta dos abolicionistas. Justamente por isso foi contratada
como espiã das tropas da União uma vez que a Guerra Civil
estourou — um cargo minimamente incomum para uma
mulher naquela época. Como poucos na História recen-
te, ela foi capaz de usar sua deficiência, a já mencionada
epilepsia desenvolvida durante a infância, para atravessar
longos períodos de privação de alimento, sono e conforto.

Tubman, portanto, é um símbolo adequado de afiliação


9 Ver Larson, Kate Clifford. Bound for the promised land. Harriet Tubman, Portrait
of an American Hero. New York: One World / Ballantine Books, 2004, p. 43-44.

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incondicional a um ideal, de resistência contra uma sociedade
corrompida. Pesquisas mais recentes corrigem a interpretação
perpetrada por Sarah Bradford, de Tubman como a ‘boa
negra’, domesticada pelos valores ianques de boa vizinhan-
ça, e a pensam como uma mulher cuja força deriva de seu
caráter clandestino. Ela não se submeteu nem os padrões
de feminilidade vitoriano, nem interpretações moderadas
da religiosidade protestante — não por acaso John Brown,
o grande ‘terrorista’ do antebellum, a chamava de general.
Fazê-lo era acentuar virtudes bélicas e estratégicas que,
naquela sociedade, não se esperavam em uma mulher. De
fato, em termos jurídicos reais, ela era uma grande criminosa,
responsável por desmantelar a economia da família para a qual
seus antepassados prestaram serviços por três gerações. Em
termos ideais, porém, ela era Moisés, a libertadora dos cativos
e exemplo de fé incondicional de que a justiça seria feita.

É revelador que Tubman tenha sido uma das únicas


a não comemorar a Emancipation Proclamation de
1863, lei promulgada previamente à abolição definiti-
va da escravatura. Isso talvez reflita a experiência que
ela própria teve ao cruzar a fronteira para um estado
livre pela primeira vez, em 1849, como lemos no relato:

“Olhei para as minhas mãos”, ela disse, “para ver se eu


era a mesma pessoa agora que estava livre. Havia tamanha
glória em tudo, o sol passava através das árvores pelos
campos como se fosse ouro. Senti-me como se estivesse no
céu”. Mas então uma gota amarga contaminou sua alegria.
Ela estava sozinha e seus parentes estavam escravizados,
pois nenhum deles teve a coragem para ousar o que ela ousou.

Durante a Era da Restauração, exigir-se-ia uma ousadia


dobrada; foi isso que Frederick Douglass deve ter sentido
naquela visita fatídica a Andrew Johnson, e Tubman uma
vez que ouviu o dobrar dos sinos na igreja de Auburn,
Posfácio

comemorando a libertação de sua gente.

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