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→ Funções Elementares da Filosofia

São duas as funções elementares, a primeira é criar um problema na realidade.


A maior problematização filosófica “Por que isto e não o nada?”.
1. Problematizar o REAL.
Significa interrogar o real, para compreender como que real se constitui
realmente. Há a realidade e a pseudo-realidade (que não é real, é falso)
exemplo: Notícia e Fake News.
↳ Desvelar; Desvendar; Desnuclar.
A filosofia e a ciência querem desvelar o que é real do pseudo-real para que as
pessoas tenham consciência crítica, para que não sejam manipuladas, não
sejam padronizadas no seu comportamento, para que tenham um nível cada vez
mais elevado de autenticidade.
↳ A realidade e o véu de MAIA.
Quando problematiza o real, a filosofia desnuda o real, desvela. A filosofia revela
o real na sua mais pura realidade. O véu constrói, cria sobre o real uma ilusão.
Que instrumento hoje nas sociedades contemporânea é extremamente eficaz
para construir esse véu? As mídias. As mídias quase sempre mostram os fatos
e os fenômenos de uma forma distorcida, deturpada, tendenciosa. A pessoa que
não tem conhecimento crítico assimila isso como verdade e quem tem vai
analisar, e ao analisar tira o véu. A filosofia lhe dá instrumentos para que você
possa analisar os fatos e fenômenos. Fazer uma análise crítico-reflexiva.
Exemplo: tráfico de drogas, o principal é o lucro mas as mídias não mostram, só
mostram a violência e etc.
↳ SCHOPENHAUER
“Por sobre a realidade há uma espécie de véu.” O véu distorce, encobre, não
deixa transparente a realidade. Há uma construção sobre a realidade que não
faz com que ela se mostre na transparência, a filosofia tira esse véu e as pessoas
veem a realidade como ela é.
↳ O Real e a Aparência
Existe o real e a aparência do real que quase sempre é falsa, mas não em sua
totalidade. A aparência é distorcida, opaca, anêmica. Se você tira o que encobre
tudo fica mais vivaz, mais claro, mais lúcido e mais transparente. A filosofia nos
chama atenção para aos nos depararmos com os fenômenos reais nos
perguntamos “Isso é real ou isto é uma produção, um falso-real?”. Você irá
analisar e verá que quase sempre existe o real e a aparência do real que é
ilusória, enganosa e falsa. Deve-se descartar a aparência e analisar a essência
dos fenômenos.
↳ Ilusão que encobre as coisas, transformando-as.
↳ Problematização ⇨ Real
⇨ Pseudo-Real
↳ Filosofia – Problematização
Problematizar o real significa pensar tudo o que tem realidade sob a perspectiva
crítico-reflexiva. A filosofia analisa criticamente a ciência, todas as religiões,
todos os sistemas sociais, os padrões e valores e morais, o comportamento do
homem em sociedade, a cultura, a política, a economia, as instituições. A
aparência é simplista, apenas ao olhar para o fenômeno não se percebe as
contradições, a filosofia serve para perceber essas contradições. Tanto a
filosofia quanto a ciência só atuam a partir de problematizações.
Reflexão Crítica
⇨ Arte
⇨ Economia
⇨ Política
⇨ Sociedade
⇨ Homem
⇨ Técnica
⇨ Moral
⇨ Cultura
2. Operar por Generalização
Questão Problemática
⇨ Senso Comum X Filosofia/Ciência
⇩ ⇩
Individualização Generalização
- Análise Filosófica
⇨ Amplitude
⇨ Contextualização
⇨ Horizontalidade
A filosofia e a ciência não atuam na particularidade, na individualização. Agir e
interpretar os fatos na particularidade é próprio do senso comum. A filosofia e a
ciência buscam por avaliar de forma generalizada, não considerando apenas um
caso, deve ser uma avaliação contextualizada, horizontalizada. Todos os
aspectos devem ser considerados, para ser uma análise consistente.
- Objeto de Estudo
⇨ Mundo em sua mundanidade
↪ Morte
↪ Amor
↪ Virtude
↪ Liberdade
↪ Sentido
↪ Razão
Estar no senso comum, é ir de opinião, e opiniões não tem importância, pois não
tem consistência. E a filosofia opera por generalização porque seu objeto de
estudo é o mundo em sua mundanidade, é algo amplo. EX.: A morte é algo
mundano, todos os indivíduos morrem, a morte é um objeto de estudo da filosofia
que é generalização. A liberdade, a felicidade, a angustia, o sentido.
Todos os objetos de estudo tanto da ciência quanto da filosofia são amplos e
generalizados. A filosofia lhe dá elementos para analisar criticamente tudo,
inclusive a si próprio, para se autoanalisar.
Questionamentos filosóficos: Você é você e mais ninguém? O que é o “eu”? O
que é a consciência? A consciência é o “eu”, é algo intransferível? O que você
pensa é seu mesmo? O que você vê é o que você vê mesmo ou há outros olhares
lhe influenciando? É possível você se desvincular da consciência para avalia-la?
O que é o homem?
O homem é o nada intenso. O homem é possibilidade. O homem é liberdade,
por isso ele experimenta a angústia. O homem é dotado de finitude, ainda que
não queira. O homem nasce e no mesmo instante que nasce, morre. A filosofia
não só é eficaz para que você tenha capacidade de avaliar tudo que está a sua
volta como ela é eficaz para que você se auto avalie, tem função terapêutica. A
filosofia tira o “véu’ e lhe ajuda a enxergar a verdade, a sua verdade. Não basta
questionar somente o mundo, deve-se questionar a si próprio. Por essa razão
muitas pessoas não se avaliam criticamente, porque tem medo de encontrar sua
própria verdade e não gostar dela.
O homem é um ser para a morte, tudo o que ele vivencia é passageiro. O homem
é o fracasso porque nasce e morre ao mesmo tempo. Se você entra nessa
engrenagem (só viver trabalhando e sem viver realmente a vida, sem aproveita-
la) sem se questionar você se sacrifica, mas se você tem consciência crítica,
você não entra. Entende-se que o ser humano não pode ser só o trabalho.
A escolha da profissão é algo muito séria e tem a ver com seu afeto, pois você
passa a maior parte de sua vida trabalhando. A verdade dói porque o ser humano
é ilimitado, não é perfeito, não se auto avaliam e cometem uma sequência de
equívocos.
→ Atitude Filosófica
Muito mais importante do que ensinar filosofia, é ensinar a filosofar. Ensinar
filosofia é atitude. Não precisa conhecer todos os pensamentos de todos os
filósofos para se filosofar, pensar filosoficamente é pensar crítico reflexivamente.
Se você pensa filosoficamente, você assume no real ou no mundo uma atitude
filosófica.
↳ Duplo Caráter
Primeiro você se abre ao mundo e depois você rejeita, não é tudo que é mundano
que você aceita. Para não ser manipulado.
↪ Positivo ⇨ Mundo ⇨ Deslumbrado
⇨ Admiração
⇨ Abertura
Quando você pensa critico reflexivamente, de certa maneira você tem uma
postura de abertura na realidade, que significa que não irá estranhar nada, no
sentindo que você vá eleger o que deve ser pensado criticamente, você pensa
em tudo filosoficamente, você abraça o mundo, agasalha o mundo dentro de
você, e isto é positivo, é aberto. Tem abertura para avaliar criticamente tudo e
está aberto a toda crítica. Quanto mais aberto você é ao mundo, mais você
cresce como ser humano. O crescimento humano está ligado com o olhar interior
(olha pra dentro de si e vê suas falhas e seus limites) e com a abertura para o
mundo. A pessoa aberta se deslumbra, admira, se fascina com o mundo e com
o outro. A filosofia nos convida a olhar para o mundo com olhos de admiração.
↪ Negativo ⇨ Rejeição ⇨ Crítica, Interrogação, Negação.
⇨Pré-conceitos
⇨ Opiniões
⇨ Pré-Juízos
⇨ Simplismo
A filosofia rejeita o preconceito porque ela é o saber de todos os saberes, que
mais profundamente avalia a realidade, não aceita nenhum preconceito.
Nenhuma sorte de preconceito a filosofia acolhe, pois não tem fundamento, é
frágil, facilmente desmontada. A filosofia também rejeita pré noção, porque é
uma noção vaga, superficial, a filosofia não transige com a superficialidade.
Rejeita também opiniões, por ser vago, frágil, limitado, pessoal e inconsistente.
Rejeita também ideias simplistas. Simplismo é não fazer uma avaliação mais
ampla, mais profunda, mais crítica.
→ Reflexão Crítico-Filosófica
↳ A Dupla-dobra – O pensamento sobre si.
O que é que é na verdade essa reflexão filosófica? É uma dobra, é uma flexão
mesmo. Quando você flexiona, você dobra, então a reflexão é uma dupla dobra,
a dobra sobre a dobra. A dobra do pensamento sobre ele mesmo, não há como
refletir sem pensar, refletir é pensar o pensamento.
↳ Pensar o pensamento
Quando eu penso o que eu penso, eu penso sobre as motivações, a origem, a
causa, as consequências do pensamento.
- Quando o pensamento pensa?
É raro o pensamento pensar porque na maioria das vezes o pensamento apenas
reproduz.
↳ Pensamento – Liberdade
O pensamento só pensa quando ele tem liberdade.
→ Natureza do Pensamento
↳ Autonomia
↳ Autenticidade
Normalmente achamos que o nosso pensamento nos pertence, não depende de
nós para que pensemos de alguma forma, o pensamento é autônomo, não temos
o controle sobre, ele não é propriamente nosso. O pensamento é inerente ao ser
humano.
Há pensamentos que são autênticos e há pensamentos inautênticos. Os
pensamentos autênticos são aqueles que tem a ver conosco, com nossa
personalidade, com nossas vivências e experiências. Os inautênticos são os
pensamentos reproduzidos, aqueles que são impostos a você, sem que muitas
vezes você perceba. Por isso refletir significa avaliar o conteúdo dos
pensamentos, por isso precisa dobrar o pensamento sobre ele próprio, para que
você identifique o que é autêntico e que não é.
→ Imposição de Modelo de Racionalidade
Em todo o período histórico há a imposição de um modelo de racionalidade ou
de pensamento, isso varia de tempos em tempos, mas há numa configuração
geral que molda as culturas.
Ex.: No ocidente o modelo de racionalidade que imperou desde o séc. X a.C. até
agora foi a Metafísica. Por isso que no ocidente valorizamos a razão e
desprezamos os sentimentos, as emoções.
1. EPISTHEME – M. Foucault
↳ Regras Históricas Anônimas ⇨ Pensar
⇨ Falar
⇨ Enunciar
Em determinados períodos históricos ou ao longo deles há a imposição daquilo
que você pode falar, pensar e daquilo que você enuncia filosoficamente ou
cientificamente. Michael Foucault chama isso de EPISTHEME. São as regras
históricas anônimas.
2. Paradigmas – T KUHN
O Tomas Kuhn chama de paradigma, de períodos em períodos os paradigmas
mudam. Os paradigmas são um modelo de racionalidade, com a mudança de
paradigma há a mudança naquilo em que o sujeito fala, pensa e enuncia.
Ex.: Esoterismo
Antigamente não se falava, praticava ou pensava em esoterismo, nem em
medicina alternativa como é no ocidente atualmente, elas eram deixadas de lado.
Não temos tanta autonomia quanto nós pensamos que temos, por conta dessas
imposições. Esta arraigado na cultura. Independente dessas regras anônimas
ou dos paradigmas, como indivíduo você pode ter uma margem maior de
autenticidade. Essa margem maior você tem quando pensa com “P”.
- pensar com “p”
↳ Quotidianamente
↳ Automatividade, Simplismo, Superficialidade
↳ Homem = Animal Racional
↳ Inteligência dos Meios – “Esperteza”
↳ Convencionalidade
↳ Padronização
O sujeito que pensa com “p” é alguém que pensa cotidianamente e não o
cotidiano em si. Não toma a ele próprio como objeto de análise, pensa no
automático. Pensa superficialmente, rasteiramente. Por isso mesmo, o homem
que é dado este tipo de pensamento é considerado um animal racional.
O que faz com que nós seres humanos sejamos diferentes de tudo o que há no
mundo? O fato de nós falarmos articuladamente, sendo assim nós expressamos
nossos pensamentos.
Quando eu penso com “p” eu penso de modo superficial, vago, rasteiro e
sobretudo ingênuo. Então a minha inteligência é considerada frágil. É uma
inteligência do meios que é sinônimo de esperteza, que para a filosofia não é
inteligência porque essa inteligência existe de acordo com as convenções. É
uma inteligência adaptativa, muitas vezes ir de contra a si próprio, ir de acordo
com o padrão. Quem pensa com “p” quer estar na zona de conforto, não que
lidar com conflito então segue um padrão, o que lhe convém, deixa de lado a si
próprio, vive uma vida inautêntica, uma vida que lhe é imposta.
- Pensar com “P”
↳ O cotidiano
↳ Criticidade, Reflexão, Liberdade
↳ Homem = Animal Racionalizador
↳ Inteligência dos FINS ⇨ Criatividade
⇨ Superação
⇨ Transformação
Pensar o cotidiano e não pensar cotidianamente, você toma o cotidiano como
objeto de análise crítica. Não pensa somente no automático, tem-se uma visão
mais profunda sobre a realidade. Significa comportar-se como um animal
racionalizador, pensar crítico reflexivamente sobre tudo, inclusive sobre si
próprio. A inteligência do homem que pensa com “P” é a inteligência dos Fins,
este pensamento é criativo, foge dos padrões, incomum, rico, profundo, capaz
de provocar mudanças e transformações, porque esse pensamento tem força,
tem raiz. Não será um pensamento inautêntico, quem pensa com “P” tem
autenticidade.
- Referências Arquetípicas
Na nossa cultura temos dois arquétipos, dois modelos desses dois tipos de
pensamento.
- PROMETEU/EPIMETEU
Durante muito tempo os homens e os deuses viviam em harmonia, sem conflitos,
sem guerras e sem combates. Os homens não precisavam trabalhar para se
alimentar, não morriam, tinham uma vida com certas características da vida
divina. Porém homens são apenas homens e os deuses são os deuses, os
deuses são absolutos e os homens tem seus limites. Para que essa convivência
fosse harmônica sem maiores conflitos, os deuses exigiam que os homens em
uma determinada época do ano matassem 100 bois e oferecessem a melhor
carne. Certa vez os homens resolvem enganar os deuses, sobretudo isso
significava enganar Zeus, o senhor do Olimpo, como se a inteligência dele fosse
a mesma do que a dos homens, então os homens mataram os 100 bois, mas
não ofereceram a melhor carne, eles ofereceram bastante ossos passados em
gordura e a melhor carne ficou para eles. Os homens pensaram que aos deuses
tudo é permitido, nos festins e banquetes os deuses bebem, comem e transam
excessivamente, Zeus estará bêbado e nem irá perceber e achar que tinham lhe
dado a melhor carne, porém Zeus logo percebe que aquilo era uma escaramuça
e pune os homens lhes tirando o fogo. Tirando o fogo dos homens eles ficam
sem conseguir se alimentar, portanto morreriam.

Prometeu é um titã, tem uma natureza hibrida e ele acaba se compadecendo


dos homens, ele cria uma estratégia. Ele esbarra em Zeus, dono do relâmpago,
nisso sai uma pequena fagulha e ele guarda em uma planta e desce a Terra,
entregando o fogo aos homens, mas nisso ele deixa claro para que não aceitem
presentes dos deuses e retorna para o Olimpo. Mas a inteligência suprema de
Zeus logo descobre o que Prometeu fez e se vinga dele, acorrenta-o em uma
pedra e deixa o fígado dele exposto para que um pássaro coma todos os dias
enquanto seu fígado se regenerava todas as noites.

Zeus também se vinga dos homens, convoca Hefesto e Afrodite mandando que
construíssem uma criatura, a mais bela de todas, sedutora e cativante, contudo
deve ter o dom da dissimulação, a expressão grega para ela é kalòn kakòn que
significa “o belo mal”, Pandora. Zeus então pega um jarro, tampa e o entrega a
Pandora, então ela desce a Terra como um presente de Zeus aos homens. Logo
de início Epimeteu se encanta, se deixa seduzir pela aparência de Pandora e
casa-se com ela, porém um belo dia movida pela curiosidade, destampa o jarro
e espalha sobre o mundo os males, inclusive o trabalho e a morte, preso ao jarro
fica a esperança.

Epimeteu ⇨ o “adaptado prudente”


⇨ ajustamento a padrões
↳ Características ⇨ Ingenuidade
⇨ Acomodação
⇨ Conformismo
Epimeteu é aquele que pensa com “p”, que se comporta como animal racional,
é aquele que tem a inteligência dos Meios. Pensa de modo superficial, aquele
que se fia na aparência, aquele que obedece, que está no padrão e na
uniformização. O que pensa por pensar e não é capaz de refletir.
↳ “Dom da PRESERVAÇÃO”
↳ Renúncia de si.
Epimeteu recebe o dom da preservação. O adaptado só se “salva” porque ele
renuncia a si mesmo. Adaptar-se significa estar bem alocado em um
determinado espaço.
Prometeu ⇨ Titã
↳ Características ⇨ Inquietação
⇨ Insatisfação
⇨ Desobediência

↳ Inteligência – ANKYLOMÉTIS
⇨ Habilidade
⇨ Astúcia
⇨ Transgressão
Prometeu é aquele que pensa com “P”, que se comporta como animal
racionalizador, é aquele que tem a inteligência dos Fins. Prometeu é o
transgressor, o que não obedece, iconoclasta (não vê nada como sagrado e que
não se possa questionar), é o que vai além da aparência, da superfície, pensa
com profundidade. A inteligência da astúcia, da estratégia, da transformação.
Independente de transgredir ou não todos pagam um preço. A filosofia nos
mostra que é mais interessante nos comportarmos como Prometeu.
→ O olhar dos filósofos sobre as sociedades.
O filósofo se comporta como Prometeu diante dos sistemas sociais. A filosofia é
sempre subversiva, o filosofo é sempre transgressor e revolucionário. A filosofia
critica tudo, inclusive os sistemas sociais.
↳ Sistemas Sociais (ESTADOS; INSTITUIÇÕES; CLASSES)
O que é um sistema social? Um sistema social é constituído pelo Estado e por
instituições. Instituições familiares, judiciárias, de ensino, religiosas,
previdenciárias, carcerárias, etc. Todo sistema é constituído por três referências:
⇨ STATUS – QUO
Hábitos, costumes, comportamentos.
⇨ ESTABLISHMENT
Herança Cultural.
⇨ INTELLIGENTSIA
Base Intelectual. Nesta base estão Burocratas e Tecnocratas.

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