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MÓDULO: EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

SEMINÁRIO DE CASA

SEMINÁRIO III - DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA

Leitura básica
• CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário: linguagem e método. 7ª ed. São Paulo: Noeses,
2018, Itens 2.9.8 e 2.9.9 do Capítulo 2, da segunda parte.
• CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 30 ed. São Paulo: Saraiva, 2019, Itens
8 e 9, Capítulo XIV.

Leitura complementar
• CARVALHO, Aurora Tomazini de. Regras para fixação do critério temporal das normas de
decadência e prescrição no direito tributário. In: CARVALHO, Aurora Tomazini (Org.).
Decadência e prescrição em direito tributário. São Paulo: MP.
• PEIXOTO, Daniel Monteiro. Prescrição intercorrente e a lei complementar 118/05. In: II
Congresso Nacional de Estudos Tributários. São Paulo: Noeses.
• SANTI, Eurico Marcos Diniz de. Decadência e prescrição no direito tributário. São Paulo: Max
Limonad. Capítulos 8, 9 e 10.
• SILVA, Renata Elaine. Curso de decadência e prescrição no direito tributário – regras do direito
e segurança jurídica. São Paulo: Noeses. Livro II, capítulo VI a X.
• TOMÉ, Fabiana Del Padre. Restituição do indébito tributário nos tributos sujeitos ao lançamento
por homologação e o art. 3º da lei complementar n. 118/05. In: CARVALHO, Aurora Tomazini
de (Org.). Decadência e prescrição em direito tributário. São Paulo: MP, 2006.
• ZOMER, Silvia. O tempo jurídico e a homologação tácita. São Paulo: Noeses, 2018, Capitulo 4.

Questões
1. Defina o conceito “decadência” no âmbito do direito tributário.
(a) Com base na bibliografia indicada para desenvolvimento deste seminário apresente as
diferentes acepções do conceito “decadência”.
(b) Construa a respectiva estrutura normativa para cada acepção (ex. NGA, NIC,
antecedente, consequente...), indicando quai(is) dessa(s) estrutura(s) normativa(s)) são
norma em sentido estrito.
(c) É correta a afirmação de que a decadência opera-se automática e infalivelmente?
Justifique sua resposta.
(d) Quanto aos efeitos da decadência em relação ao crédito tributário (arts. 150 e 173, do
CTN), pode-se afirmar que sejam: (i) extintivos ou (ii) impeditivos? Justifique sua resposta.

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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização.
(e) Diferençar, se possível: (i) decadência do direito de lançar, (ii) prescrição do direito do
Fisco cobrar o crédito tributário, (iii) decadência do direito do contribuinte pleitear a
restituição do indébito tributário e (iv) prescrição do direito de ação do contribuinte repetir
o indébito tributário.
2. Conjugando o art. 146, III, “b”, da CF e o princípio da autonomia dos entes federativos,
responda: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por meio de lei
ordinária, podem estabelecer prazo diverso do constante no CTN para a decadência e
prescrição de seus créditos? E mediante lei complementar estadual ou municipal? (Vide
anexo I e Súmula Vinculante n. 8 do STF).1
3. Quando começa a contar o prazo de decadência para o Fisco lançar nos tributos sujeitos ao
lançamento de ofício? E nos tributos sujeitos ao “lançamento por homologação”? Se não
houver o que homologar, o prazo passa a ser o dos tributos sujeitos ao lançamento de
ofício (vide anexos II e III)? E no caso de fraude (vide anexo IV)?
4. Como deve ser interpretado o parágrafo único do art. 173 do CTN? Que se entende por
“medida preparatória indispensável ao lançamento”? Tal medida tem apenas o condão de
antecipar o termo inicial da contagem do prazo prescrito no inciso I ou pode também postergá-
lo? Trata-se de causa de interrupção do prazo decadencial? (Vide anexo V e VI).
5. A Lei n. 11.051/04 trouxe previsão de prescrição intercorrente no processo judicial. Quanto
ao processo administrativo fiscal, existe prescrição intercorrente no seu curso? E no decorrer
do processo executivo fiscal? Qual é o tratamento mais adequado em caso de falta de
intimação da Fazenda Pública sobre o despacho que determina sua manifestação antes da
decisão que decreta a prescrição intercorrente? É possível que a decretação da prescrição
intercorrente seja ilidida? Justificar (vide anexos VII, VIII e IX e X).
6. Qual o marco inicial da contagem do prazo para redirecionamento da execução fiscal contra
os sócios? Trata-se de prazo decadencial ou prescricional? É possível compreender que o
mesmo fato jurídico “dissolução irregular” seja considerado ilícito suficiente ao
redirecionamento da execução fiscal de débito tributário e não o seja para a execução fiscal
de débito não-tributário. (Vide anexos XI, XII e XIII)
7. Sobre a decadência/prescrição do direito de repetir o indébito tributário pergunta-se:
a) Quais indébitos estão sujeitos ao art. 3º da LC n. 118/05: todos, independente da data do
pagamento indevido; aqueles cuja restituição seja requerida depois do termo inicial de sua
vigência; ou somente os pagamentos efetuados após iniciada sua vigência? Justificar (vide
anexos XIV e XV).
b) No caso de lei tributária julgada inconstitucional em ADIN (sem modulação de efeitos),
como fica o prazo para repetir o indébito tributário? Conta-se do pagamento indevido ou o
termo inicial seria a “data da declaração de inconstitucionalidade da lei que fundamentou o
gravame”? (Vide anexos XVI e XVII).

Sugestão para pesquisa suplementar

1
. Súmula Vinculante n. 8: “São inconstitucionais o parágrafo único do art. 5º do Dec.-lei 1.569/77 e os arts. 45 e 46 da Lei 8.212/91, que
tratam da prescrição e decadência de crédito tributário.”

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• Livro III, capítulo V: “Decadência e prescrição em matéria tributária”, de Christine
Mendonça, Curso de especialização em direito tributário – Homenagem a Paulo de
Barros Carvalho, coord. Eurico Marcos Diniz de Santi. São Paulo: Forense.
• Artigo: “Decadência e prescrição em razão dos julgamentos do STJ e do STF nas relações
continuativas tributárias”, de Luís Cesar Souza de Queiroz, in VIII Congresso Nacional de
Estudos Tributários do IBET. São Paulo: Noeses.
• Artigo: “O art. 3º da lei complementar 118/2005, princípio da irretroatividade e lei
interpretativa”, de Paulo de Barros Carvalho, Revista de Direito Tributário n. 93/09-23.
• Artigo: “Decadência e prescrição – mesa de debates A”, participação de Paulo de Barros
Carvalho, Estevão Horvath e Luciano Amaro, Revista de Direito Tributário n. 75/19-43.
• Artigo: “Decadência e prescrição do direito do contribuinte e a LC 118: entre regras e
princípios, de Eurico Marcos Diniz de Santi, in Decadência e prescrição em matéria
tributária, coord. Aurora Tomazini de Carvalho. São Paulo: MP.
• Artigo: “Lançamento por homologação – Decadência e pedido de restituição”, de Paulo
de Barros Carvalho, publicado no Repertório IOB de Jurisprudência, 1ª Quinzena de
Fevereiro de 1997, n. 3/97, Caderno 1, p. 77-82.
• Parecer PGFN n. 1.154/2005 – Prescrição intercorrente. Artigo 40, § 4º, da Lei n. 6.830/80.
Aplicação no âmbito da PGFN.
• Parecer PGFN n. 877/2003 – Prescrição do crédito da União. Ocorrência. Possibilidade de
reconhecimento pela PGFN.

Anexo I
RE n. 559.943/RS (REPERCUSSÃO GERAL)
DJ 26/09/2008
CONSTITUCIONALIDADE FORMAL DOS ARTIGOS 45 E 46 DA LEI N.
8.212/1991. ARTIGO 146, INCISO III, ALÍNEA B, DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA TRIBUTÁRIAS. MATÉRIA
RESERVADA À LEI COMPLEMENTAR. ARTIGOS 173 E 174 DO CÓDIGO
TRIBUTÁRIO NACIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO. 1. A Constituição da República de 1988 reserva à lei complementar o
estabelecimento de normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre
prescrição e decadência, nos termos do art. 146, inciso III, alínea b, in fine, da Constituição da
República. Análise histórica da doutrina e da evolução do tema desde a Constituição de 1946.
2. Declaração de inconstitucionalidade dos artigos 45 e 46 da Lei n. 8.212/1991, por disporem
sobre matéria reservada à lei complementar. 3. Recepcionados pela Constituição da República
de 1988 como disposições de lei complementar, subsistem os prazos prescricional e
decadencial previstos nos artigos 173 e 174 do Código Tributário Nacional. 4. Declaração de
inconstitucionalidade, com efeito ex nunc, salvo para as ações judiciais propostas até
11.6.2008, data em que o Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade dos
artigos 45 e 46 da Lei n. 8.212/1991. 5. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento.

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Anexo II
REsp n. 973.733/SC
DJe 18/09/2009
RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543-C,
DO CPC. TRIBUTÁRIO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR
HOMOLOGAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INEXISTÊNCIA DE
PAGAMENTO ANTECIPADO. DECADÊNCIA DO DIREITO DE O FISCO CONSTITUIR
O CRÉDITO TRIBUTÁRIO. TERMO INICIAL. ARTIGO 173, I, DO CTN. APLICAÇÃO
CUMULATIVA DOS PRAZOS PREVISTOS NOS ARTIGOS 150, § 4º, e 173, do CTN.
IMPOSSIBILIDADE.
1. O prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário (lançamento
de ofício) conta-se do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia
ter sido efetuado, nos casos em que a lei não prevê o pagamento antecipado da exação ou
quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de dolo, fraude ou
simulação do contribuinte, inexistindo declaração prévia do débito (Precedentes da Primeira
Seção: REsp 766.050/PR, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 28.11.2007, DJ 25.02.2008;
AgRg nos EREsp 216.758/SP, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 22.03.2006, DJ
10.04.2006; e EREsp 276.142/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 13.12.2004, DJ
28.02.2005).
2. É que a decadência ou caducidade, no âmbito do Direito Tributário, importa no
perecimento do direito potestativo de o Fisco constituir o crédito tributário pelo lançamento,
e, consoante doutrina abalizada, encontra-se regulada por cinco regras jurídicas gerais e
abstratas, entre as quais figura a regra da decadência do direito de lançar nos casos de tributos
sujeitos ao lançamento de ofício, ou nos casos dos tributos sujeitos ao lançamento por
homologação em que o contribuinte não efetua o pagamento antecipado (Eurico Marcos Diniz
de Santi, “Decadência e Prescrição no Direito Tributário”, 3ª ed., Max Limonad, São Paulo,
2004, págs. 163/210).
3. O dies a quo do prazo quinquenal da aludida regra decadencial rege-se pelo disposto
no artigo 173, I, do CTN, sendo certo que o “primeiro dia do exercício seguinte àquele em
que o lançamento poderia ter sido efetuado” corresponde, iniludivelmente, ao primeiro dia do
exercício seguinte à ocorrência do fato imponível, ainda que se trate de tributos sujeitos a
lançamento por homologação, revelando-se inadmissível a aplicação cumulativa/concorrente
dos prazos previstos nos artigos 150, § 4º, e 173, do Códex Tributário, ante a configuração de
desarrazoado prazo decadencial decenal (Alberto Xavier, “Do Lançamento no Direito
Tributário Brasileiro”, 3ª ed., Ed. Forense, Rio de Janeiro, 2005, págs. 91/104; Luciano
Amaro, “Direito Tributário Brasileiro”, 10ª ed., Ed. Saraiva, 2004, págs. 396/400; e Eurico
Marcos Diniz de Santi, “Decadência e Prescrição no Direito Tributário”, 3ª ed., Max
Limonad, São Paulo, 2004, págs. 183/199).
4. In casu, consoante assente na origem: (i) cuida-se de tributo sujeito a lançamento por
homologação; (ii) a obrigação ex lege de pagamento antecipado das contribuições
previdenciárias não restou adimplida pelo contribuinte, no que concerne aos fatos imponíveis
ocorridos no período de janeiro de 1991 a dezembro de 1994; e (iii) a constituição dos
créditos tributários respectivos deu-se em 26.03.2001.

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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização.
5. Destarte, revelam-se caducos os créditos tributários executados, tendo em vista o decurso
do prazo decadencial quinquenal para que o Fisco efetuasse o lançamento de ofício substitutivo.
6. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543-C, do CPC,
e da Resolução STJ 08/2008.

Anexo III
AgRg no REsp n. 1.448.906/MG
DJe 05/02/2016
TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR
HOMOLOGAÇÃO. PRAZO DECADENCIAL. PAGAMENTO A MENOR. APLICAÇÃO DO
ART. 150, § 4º, DO CTN. EXEGESE DO ENTENDIMENTO FIRMADO NO RESP
PARADIGMA 973.733/SC. SÚMULA 83/STJ.
1. A Primeira Seção, no julgamento do REsp 973.733/SC, Rel. Min. Luiz Fux, submetido
ao rito dos recursos repetitivos (art. 543-C do CPC), firmou entendimento no sentido de que,
nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, para a fixação do prazo decadencial
para a constituição do crédito tributário, considera-se apenas a existência, ou não, de
pagamento antecipado, pois é esse o ato que está sujeito à homologação pela Fazenda
Pública, nos termos do art. 150, e parágrafos, do CTN. Súmula 83/STJ.
2. “Não importa, para efeitos da contagem da decadência, perquirir as circunstâncias
apresentadas pelo contribuinte para justificar o pagamento a menor. A dedução aqui
considerada (creditamento indevido) nada mais é do que um crédito utilizado pelo
contribuinte decorrente da escrituração do tributo apurado em determinado período
(princípio da não cumulatividade), que veio a ser recusada (glosada) pela administração”, de
modo que “houve pagamento a menor de débito tributário em decorrência de creditamento
indevido. Dessa forma, deve-se observar o disposto no art. 150, § 4º, do CTN” (AgRg nos
EREsp 1.199.262/MG, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 26/10/2011, DJe 7/11/2011.).
Agravo regimental improvido.

Anexo IV
AgRg no REsp n. 1.523.619/MG
DJ 13/11/2015
TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. ICMS.
TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. PAGAMENTO A
MENOR. OCORRÊNCIA DE FRAUDE. TERMO INICIAL. ART. 173, I, DO CTN.
DECADÊNCIA NÃO CARACTERIZADA. CDA. VALIDADE. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA 7/STJ.

O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodução, por
pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização.
1. Nos casos de tributos sujeitos a lançamento por homologação não declarados e não
pagos, o prazo decadencial conta-se nos moldes determinados pelo art. 173, I, do CTN,
impossível, assim, a sua acumulação com o prazo determinado no art. 150, § 4º, do CTN.
2. Contudo, uma vez efetuado o pagamento parcial antecipado pelo contribuinte, a
decadência do direito de constituir o crédito tributário é regida pelo art. 150, § 4°, do CTN,
salvo os casos de dolo, fraude ou simulação.
3. No caso em apreço, entendeu a Corte de origem que ocorreu fraude, razão pela qual,
mesmo havendo pagamento a menor, afastou a aplicação do art. 150, § 4º, do CTN, fazendo
incidir o art. 173, I, do mesmo diploma legal.
4. Não está caracterizada a decadência, já que não transcorreram mais de 5 anos entre
primeiro dia do exercício seguinte (01/01/2002) àquele em que os lançamentos poderiam ter
sido efetuados e a constituição definitiva do crédito (24/11/2006).
5. Quanto ao alegado vício de lançamento, a irresignação não comporta conhecimento
ante o óbice da Súmula 7/STJ.
Agravo regimental improvido.
(AgRg no REsp 1523619/MG, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA,
julgado em 05/11/2015, DJe 13/11/2015)

Anexo V
AgRg no REsp n. 1.231.334/DF
Julgamento: 22/03/2011
EXAME DE DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA DO STF.
FUNDAMENTO NÃO IMPUGNADO. SÚMULA 283/STF. DL 406/1968. LISTA DE
SERVIÇOS. TAXATIVIDADE. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA DE CADA ITEM.
RECURSO REPETITIVO. ART. 543-C DO CPC.
1. O exame de violação de dispositivos constitucionais é de competência exclusiva do
STF, conforme dispõe o art. 102, III, do permissivo constitucional.
2. O recorrente não atacou o fundamento utilizado pelo Tribunal de origem, de que a
notificação de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento implicará
antecipação da fruição do prazo decadencial, de sorte que aquele ato representará o marco
inicial para contagem do prazo de cinco anos. Aplicação, por analogia, da Súmula 283/STF.
3. A jurisprudência do STJ pacificou-se no sentido de reconhecer que a Lista de Serviços
anexa ao Decreto-Lei 406/1968, para efeito de incidência de ISS sobre serviços bancários, é
taxativa, mas admite leitura extensiva de cada item a fim de enquadrar serviços idênticos aos
expressamente previstos.
4. Agravo Regimental não provido.

Anexo VI
TST – RR n. 3673320145030096

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DEJT 06/11/2015
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA REGIDO PELA LEI Nº
13.015/2014. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL - NOTIFICAÇÃO PESSOAL DO
CONTRIBUINTE - PRAZO DECADENCIAL DE 5 ANOS. Ante a razoabilidade da tese
violação do artigo 173, caput e inciso I, do Código Tributário Nacional, recomendável o
processamento do recurso de revista, para exame da matéria veiculada em suas razões.
Agravo provido. RECURSO DE REVISTA REGIDO PELA LEI Nº 13.015/2014.
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL - NOTIFICAÇÃO PESSOAL DO CONTRIBUINTE
- PRAZO DECADENCIAL DE 5 ANOS . A jurisprudência desta Corte e do Superior
Tribunal de Justiça vem entendendo que o respeito à determinação trazida no artigo 606 da
CLT é imprescindível para a ciência do contribuinte de sua obrigação e para a sua
constituição em mora. Trata-se, portanto, de pressuposto processual específico para a
cobrança da contribuição sindical rural, sendo, inclusive, insuficiente a publicação em diário
oficial, por presumir o legislador que os jornais de grande circulação possuem maior
abrangência. Entretanto, o artigo 173 do Código Tributário Nacional dispõe acerca do prazo
para constituição do crédito tributário, in verbis: “Art. 173. O direito de a Fazenda Pública
constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do
exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II - da data em que
se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento
anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se
definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido
iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer
medida preparatória indispensável ao lançamento”. Desse modo, restando claro que foi
realizada a prévia notificação pessoal do sujeito passivo na data de 17/03/2014, acerca do
vencimento da contribuição sindical rural dos exercícios de 2011, 2012 e 2013, em
conformidade com o prazo decadencial de cinco anos previsto no artigo 173 do Código
Tributário Nacional, tem-se por constituído referido crédito tributário. Recurso de revista
conhecido e provido. AGRAVO DE INSTRUMENTO.

Anexo VII
Súmula do CARF n. 11
“Não se aplica a prescrição intercorrente no processo administrativo fiscal.”

Anexo VIII
CARF - Acórdão n. 1402-001.761
Julgamento: 31/07/2014
DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. 1. Do fato gerador até o
lançamento tem-se prazo decadencial. Do lançamento à execução o prazo é de natureza
prescricional. O lançamento resulta formalizado com a notificação do sujeito passivo.
Apresentada impugnação, há suspensão de exigibilidade e, por consequência do prazo
prescricional. A circunstância do exame da impugnação e do recurso não serem apreciados no

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prazo de 360 (trezentos e sessenta dias) não se constitui em hipótese que tenha reflexo no
prazo prescricional. Ademais, em conformidade com a Súmula 11 do CARF não se aplica a
prescrição intercorrente no processo administrativo fiscal. (...) Recurso Voluntário
Parcialmente Provido. CARF, Ac. 1402-001.761, julg. 31/07/2014.

CARF - Anexo IX
AgRg no AI n. 1.064.643/SP
DJ 02/12/2013
EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. CUMPRIMENTO DE
TODOS OS TRÂMITES PREVISTOS NO ART. 40 DA LEF. PRESCRIÇÃO
RECONHECIDA. DESNECESSIDADE, IN CASU, DE AGUARDAR O JULGAMENTO
DO RECURSO REPETITIVO RESP 1.340.553/RS, UMA VEZ NÃO OCORRENTE
QUALQUER DAS HIPÓTESES CONTROVERTIDAS SOBRE O TEMA INDICADAS NO
REFERIDO RECURSO. 1. A Corte de origem salientou que foram seguidas todas as etapas
para o reconhecimento da prescrição intercorrente: não foram encontrados bens penhoráveis,
foi suspensa a execução e determinado o arquivamento após um ano, tudo com a prévia
ciência da Fazenda Nacional, que foi ouvida antecipadamente antes da sentença, sem apontar
qualquer causa impeditiva para a fluência do prazo prescricional, insurgindo-se apenas quanto
ao procedimento, sem razão, todavia. 2. Nesse contexto, revela-se desnecessário aguardar o
julgamento do RESP 1.340.553/RS, alçado a condição de recurso representativo de
controvérsia, uma vez que nenhuma das questões controvertidas que levaram o ilustre Relator
a identificá-lo como repetitivo, encontram-se presentes no caso concreto, quais sejam (a) qual
o pedido de suspensão por parte da Fazenda Pública que inaugura o prazo de 1 (um) ano
previsto no art. 40, § 2º. da LEF; (b) se o prazo de 1 (um) ano de suspensão somado aos
outros 5 (cinco) anos de arquivamento pode ser contado em 6 (seis) anos por inteiro para fins
de decretar a prescrição intercorrente; (c) quais são os obstáculos ao curso do prazo
prescricional da prescrição prevista no art. 40 da LEF; (d) se a ausência de intimação da
Fazenda Pública quanto ao despacho que determina a suspensão da execução fiscal (art. 40, §
1º.), ou o arquivamento (art. 40, § 2º.), ou para sua manifestação antes da decisão que decreta
a prescrição intercorrente (art. 40, § 4º.) ilide a decretação da prescrição intercorrente. 3.
Agravo Regimental desprovido. AgRg no AI 1.064.643 – SP, DJ 02/12/2013.

Anexo X
REsp 1.340.553
DJe 16/10/2018

PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. SISTEMÁTICA PARA A CONTAGEM DA


PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE (PRESCRIÇÃO APÓS A PROPOSITURA DA AÇÃO)
PREVISTA NO ART. 40 E PARÁGRAFOS DA LEI DE EXECUÇÃO FISCAL (LEI N.
6.830/80). AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ARTS. 34, XVI, E 254, §1º, DO RISTJ.

O conteúdo desse material é de propriedade intelectual do ©IBET: é proibida sua utilização, manipulação ou reprodução, por
pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização.
PROVIMENTO PARA CONVERSÃO EM RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO
DA CONTROVÉRSIA MEDIANTE REAUTUAÇÃO. ART. 543-C, DO CPC.
DECISÃO
Trata-se de agravo em recurso especial interposto contra decisão monocrática que
inadmitiu o apelo especial ao fundamento de que incidente o enunciado n. 7 da Súmula deste
STJ: “A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial” (e-STJ fls.
220/221).
Alega a agravante que o caso não envolve reexame de matéria de fato mas sim a correta
aplicação do art. 40 e parágrafos da Lei n. 6.830/80 ao caso concreto (e-STJ fls. 226/241). Já
o recurso especial foi interposto com fulcro no permissivo do art. 105, III, “a”, da
Constituição Federal de 1988 contra acórdão que, com base no art. 40, §4º, da Lei nº 6.830, de
1980, reconheceu de ofício a prescrição intercorrente e julgou extinta a execução fiscal, por
reconhecer terem decorrido mais de cinco anos do arquivamento, sendo que a ausência de
intimação da Fazenda quanto ao despacho que determina a suspensão da execução fiscal
(§1º), ou o arquivamento (§2º), bem como a falta de intimação para sua manifestação antes da
decisão que decreta a prescrição intercorrente (§4º), não acarreta qualquer prejuízo à
exequente, tendo em vista que pode alegar possíveis causas suspensivas ou interruptivas do
prazo prescricional a qualquer tempo (e-STJ fls. 176/178).
Os embargos de declaração restaram rejeitados (e-STJ fls. 198/199). Alega a recorrente
Fazenda Nacional que houve violação ao art. 40, §4º, da Lei n. 6.830/80. Afirma que não
transcorreram os cinco anos exigidos para configurar a prescrição intercorrente, tendo em
vista que apenas em 19.08.2005 é que o processo foi suspenso pelo art. 40, da Lei n. 6.830/80,
aplicando-se a partir daí a Súmula n. 314/STJ.
Sustenta que de forma equivocada a Corte de Origem considerou como dies a quo da
prescrição intercorrente a data em que determinada a suspensão do processo por noventa dias,
que a decisão que ordenou o arquivamento remonta a 5.8.2003, sendo descabida a intimação
da União em 30.4.2008 a respeito da prescrição. Compreende que toda e qualquer
manifestação da exequente nos autos compromete a caracterização da inércia, não sendo
necessário que de tal manifestação decorra um imediato impulso à execução (e-STJ fls.
215/213).
Sem contraminuta consoante e-STJ fls. 243/244. Sem contrarrazões ao recurso especial
consoante e-STJ fls. 216/217.
É o relatório. Passo a decidir.
Depreende-se dos autos a adequada impugnação dos fundamentos da decisão agravada.
Não obstante, o tema do recurso especial, apesar de repetitivo no âmbito da Primeira Seção do
STJ, ainda não foi submetido a julgamento pelo novo procedimento do artigo 543-C do
Código de Processo Civil, regulamentado pela Resolução STJ n. 8/2008.
No caso concreto, torna-se relevante decidir à luz do art. 543-C, do CPC:
a) Qual o pedido de suspensão por parte da Fazenda Pública que inaugura o prazo de 1
(um) ano previsto no art. 40, §2º, da LEF; b) Se o prazo de 1 (um) ano de suspensão somado
aos outros 5 (cinco) anos de arquivamento pode ser contado em 6 (seis) anos por inteiro para
fins de decretar a prescrição intercorrente; c) Quais são os obstáculos ao curso do prazo
prescricional da prescrição prevista no art. 40, da LEF; d) Se a ausência de intimação da

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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização.
Fazenda Pública quanto ao despacho que determina a suspensão da execução fiscal (art. 40,
§1º), ou o arquivamento (art. 40, §2º), ou para sua manifestação antes da decisão que decreta a
prescrição intercorrente (art. 40, §4º) ilide a decretação da prescrição intercorrente.
Com essas considerações, para melhor exame da matéria suscitada, DOU
PROVIMENTO ao agravo para determinar a conversão dos autos em recurso especial, nos
termos dos arts. 34, XVI, e 254, §1º, do RISTJ, e desde já, por economia processual,
determino o processamento do feito após a conversão dentro da sistemática dos recursos
representativos da controvérsia, adotando-se as seguintes providências:
a)comunique-se, com cópia da presente decisão, acompanhada do número de autuação
do recurso especial, aos Ministros da Primeira Seção do STJ e aos Presidentes dos Tribunais
Regionais Federais e Tribunais de Justiça, nos termos do art. 2º, § 2º, da Resolução STJ n.
8/2008 e para os fins neles previstos; b) suspenda-se o julgamento dos demais recursos
sobre a matéria versada no recurso especial a ser autuado, consoante preceitua o § 2º do art.
2º da Resolução STJ n. 8/2008; c) após a autuação, dê-se vista ao Ministério Público
Federal para parecer, em quinze dias, nos termos do art. 3º, II, da Resolução STJ n. 8/2008.
Publique-se. Intimem-se. Brasília (DF), 21 de agosto de 2012. MINISTRO MAURO
CAMPBELL MARQUES Relator

Anexo XI
AgRg no AREsp n. 88.249/SP
Julgamento: 08/05/2012
EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. CITAÇÃO DA EMPRESA. INTERRUPÇÃO
DA PRESCRIÇÃO EM RELAÇÃO AOS SÓCIOS. PRAZO SUPERIOR A CINCO ANOS.
PRESCRIÇÃO CONFIGURADA.
Firmou-se na Primeira Seção desta Corte entendimento no sentido de que, ainda que a
citação válida da pessoa jurídica interrompa a prescrição em relação aos responsáveis
solidários, no caso de redirecionamento da execução fiscal, há prescrição se decorridos mais
de cinco anos entre a citação da empresa e a citação dos sócios, de modo a não tornar
imprescritível a dívida fiscal. Agravo regimental improvido.

Anexo XII
AgRg no Ag n. 1.297.255/SP
DJ 27/03/2015
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. REDIRECIONAMENTO AOS SÓCIOS.
NECESSIDADE DE OBSERVAÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL DE CINCO ANOS
QUE SE INICIA COM A CITAÇÃO DA SOCIEDADE PARA A EXECUÇÃO.
ENTENDIMENTO FIRMADO COM O ESCOPO DE PACIFICAÇÃO SOCIAL E
SEGURANÇA JURÍDICA A SER TUTELADO NO PROCESSO, EVITANDO-SE A
IMPRESCRITIBILIDADE DAS DÍVIDAS FISCAIS. PRECEDENTES. O
SOBRESTAMENTO DO JULGAMENTO DE PROCESSOS EM FACE DE RECURSO

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REPETITIVO (ART. 543-C DO CPC) SE APLICA APENAS AOS TRIBUNAIS DE
SEGUNDA ESTÂNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DA FAZENDA DO ESTADO DE SÃO
PAULO DESPROVIDO.
1. Permitir que a pretensão de redirecionamento dependa de situações casuísticas
conduziria, na prática, a uma quase imprescritibilidade da dívida tributária. Essa solução
repugna ao ordenamento pátrio, pois traz, a reboque, a indesejável insegurança jurídica, já que
o prazo prescricional dependeria de incontáveis fatos, nem sempre claros e, no mais das
vezes, da apreciação subjetiva desses acontecimentos pelo Julgador.
2. O Superior Tribunal de Justiça possui o firme entendimento de que a citação da
sociedade executada interrompe a prescrição em relação aos seus sócios-gerentes para fins de
redirecionamento da execução fiscal, que deverá ser promovida no prazo de cinco anos, prazo
esse estipulado como medida de pacificação social e segurança jurídica, com a finalidade de
evitar a imprescritibilidade das dívidas fiscais.
3. No caso concreto, a citação da pessoa jurídica ocorreu em abril de 1999 e o pedido de
redirecionamento foi feito apenas em maio de 2008, após 9 anos, estando, ao meu sentir,
induvidosamente prescrita a pretensão fazendária.
4. A Corte Especial firmou entendimento de que o comando legal que determina a
suspensão do julgamento de processos em face de recurso repetitivo, nos termos do art. 543-
C, do CPC, somente é dirigido aos Tribunais de segunda instância, e não abrange os recursos
especiais já encaminhados ao STJ.
5. Agravo Regimental da Fazenda do Estado de São Paulo desprovido.

Anexo XIII
REsp 1.371.128/RS
DJe 17/09/2014

PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO


DA CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. REDIRECIONAMENTO DE EXECUÇÃO
FISCAL DE DÍVIDA ATIVA NÃO-TRIBUTÁRIA EM VIRTUDE DE DISSOLUÇÃO
IRREGULAR DE PESSOA JURÍDICA. POSSIBILIDADE. ART. 10, DO DECRETO N.
3.078/19 E ART. 158, DA LEI N. 6.404/78 - LSA C/C ART. 4º, V, DA LEI N. 6.830/80 -
LEF.
1. A mera afirmação da Defensoria Pública da União - DPU de atuar em vários processos
que tratam do mesmo tema versado no recurso representativo da controvérsia a ser julgado
não é suficiente para caracterizar-lhe a condição de amicus curiae. Precedente: REsp.
1.333.977/MT, Segunda Seção, Rel. Min. Isabel Gallotti, julgado em 26.02.2014.
2. Consoante a Súmula n. 435/STJ: “Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que
deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes,
legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente”.
3. É obrigação dos gestores das empresas manter atualizados os respectivos cadastros,
incluindo os atos relativos à mudança de endereço dos estabelecimentos e, especialmente,

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referentes à dissolução da sociedade. A regularidade desses registros é exigida para que se
demonstre que a sociedade dissolveu-se de forma regular, em obediência aos ritos e
formalidades previstas nos arts. 1.033 à 1.038 e arts. 1.102 a 1.112, todos do Código Civil de
2002 - onde é prevista a liquidação da sociedade com o pagamento dos credores em sua ordem
de preferência - ou na forma da Lei n. 11.101/2005, no caso de falência. A desobediência a tais
ritos caracteriza infração à lei.
4. Não há como compreender que o mesmo fato jurídico “dissolução irregular” seja
considerado ilícito suficiente ao redirecionamento da execução fiscal de débito tributário e não o
seja para a execução fiscal de débito não-tributário. “Ubi eadem ratio ibi eadem legis dispositio”.
O suporte dado pelo art. 135, III, do CTN, no âmbito tributário é dado pelo art. 10, do Decreto n.
3.078/19 e art. 158, da Lei n. 6.404/78 - LSA no âmbito não-tributário, não havendo, em nenhum
dos casos, a exigência de dolo.
5. Precedentes: REsp. n. 697108 / MG, Primeira Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki,
julgado em 28.04.2009; REsp. n. 657935 / RS, Primeira Turma, Rel. Min. Teori Albino
Zavascki, julgado em 12.09.2006; AgRg no AREsp 8.509/SC, Rel. Min. Humberto Martins,
Segunda Turma, DJe 4.10.2011; REsp 1272021 / RS, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro
Campbell Marques, julgado em 07.02.2012; REsp 1259066/SP, Terceira Turma, Rel. Min.
Nancy Andrighi, DJe 28/06/2012; REsp.n. º 1.348.449 - RS, Quarta Turma, Rel. Min. Luis
Felipe Salomão, julgado em 11.04.2013; AgRg no AG nº 668.190 - SP, Terceira Turma, Rel.
Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 13.09.2011; REsp. n.º 586.222 - SP, Quarta
Turma, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 23.11.2010; REsp 140564 / SP, Quarta
Turma, Rel. Min. Barros Monteiro, julgado em 21.10.2004.
6. Caso em que, conforme o certificado pelo oficial de justiça, a pessoa jurídica executada
está desativada desde 2004, não restando bens a serem penhorados. Ou seja, além do
encerramento irregular das atividades da pessoa jurídica, não houve a reserva de bens
suficientes para o pagamento dos credores.
7. Recurso especial provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da
Resolução STJ 08/2008. Acórdão Vistos, relatados e discutidos esses autos em que são partes
as acima indicadas, acordam os Ministros da PRIMEIRA SEÇÃO do Superior Tribunal de
Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas, o seguinte resultado de
julgamento: “A Seção, por unanimidade, deu provimento ao recurso especial e indeferiu os
pedidos de intervenção no feito formulados pela Fazenda Nacional, Banco Central do Brasil e
Defensoria Pública da União, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.”

Anexo XIV
REsp n. 672.962/CE
Julgamento: 14/06/2005
TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO
POR HOMOLOGAÇÃO. PRESCRIÇÃO. NOVA ORIENTAÇÃO FIRMADA PELA 1ª
SEÇÃO DO STJ NA APRECIAÇÃO DO ERESP 435.835/SC. LC 118/2005: NATUREZA
MODIFICATIVA (E NÃO SIMPLESMENTE INTERPRETATIVA) DO SEU ARTIGO 3º.
INCONSTITUCIONALIDADE DO SEU ART. 4º, NA PARTE QUE DETERMINA A

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APLICAÇÃO RETROATIVA. ENTENDIMENTO CONSIGNADO NO VOTO DO ERESP
327.043/DF. COMPENSAÇÃO. TRIBUTOS DE DIFERENTES ESPÉCIES. SUCESSIVOS
REGIMES DE COMPENSAÇÃO. APLICAÇÃO RETROATIVA OU EXAME DA CAUSA
À LUZ DO DIREITO SUPERVENIENTE. INVIABILIDADE. JUROS.
1. Não viola o artigo 535 do CPC, nem importa negativa de prestação jurisdicional, o
acórdão que, mesmo sem ter examinado individualmente cada um dos argumentos trazidos
pelo vencido, adotou, entretanto, fundamentação suficiente para decidir de modo integral a
controvérsia posta.
2. A 1ª Seção do STJ, no julgamento do ERESP 435.835/SC, Rel. p/ o acórdão Min. José
Delgado, sessão de 24.03.2004, consagrou o entendimento segundo o qual o prazo
prescricional para pleitear a restituição de tributos sujeitos a lançamento por homologação é
de cinco anos, contados da data da homologação do lançamento, que, se for tácita, ocorre após
cinco anos da realização do fato gerador – sendo irrelevante, para fins de cômputo do prazo
prescricional, a causa do indébito. Adota-se o entendimento firmado pela Seção, com ressalva
do ponto de vista pessoal, no sentido da subordinação do termo a quo do prazo ao universal
princípio da actio nata (voto-vista proferido nos autos do ERESP 423.994/SC, 1ª Seção, Min.
Peçanha Martins, sessão de 08.10.2003).
3. O art. 3º da LC 118/2005, a pretexto de interpretar os arts. 150, § 1º, 160, I, do CTN,
conferiu-lhes, na verdade, um sentido e um alcance diferente daquele dado pelo Judiciário.
Ainda que defensável a “interpretação” dada, não há como negar que a Lei inovou no plano
normativo, pois retirou das disposições interpretadas um dos seus sentidos possíveis,
justamente aquele tido como correto pelo STJ, intérprete e guardião da legislação federal.
Portanto, o art. 3º da LC 118/2005 só pode ter eficácia prospectiva, incidindo apenas sobre
situações que venham a ocorrer a partir da sua vigência.
4. O artigo 4º, segunda parte, da LC 118/2005, que determina a aplicação retroativa do
seu art. 3º, para alcançar inclusive fatos passados, ofende o princípio constitucional da
autonomia e independência dos poderes (CF, art. 2º) e o da garantia do direito adquirido, do
ato jurídico perfeito e da coisa julgada (CF, art. 5º, XXXVI). Ressalva, no particular, do ponto
de vista pessoal do relator, no sentido de que cumpre ao órgão fracionário do STJ suscitar o
incidente de inconstitucionalidade perante a Corte Especial, nos termos do art. 97 da CF.
5. A compensação, modalidade excepcional de extinção do crédito tributário, foi
introduzida no ordenamento pelo art. 66 da Lei 8.383/91, limitada a tributos e contribuições
da mesma espécie.
6. A Lei 9.430/96 trouxe a possibilidade de compensação entre tributos de espécies
distintas, a ser autorizada e realizada pela Secretaria da Receita Federal, após a análise de cada
caso, a requerimento do contribuinte ou de ofício (Decreto 2.138/97), com relação aos tributos
sob administração daquele órgão.
7. Essa situação somente foi modificada com a edição da Lei 10.637/02, que deu nova
redação ao art. 74 da Lei 9.430/96, autorizando, para os tributos administrados pela Secretaria
da Receita Federal, a compensação de iniciativa do contribuinte, mediante entrega de
declaração contendo as informações sobre os créditos e débitos utilizados, cujo efeito é o de
extinguir o crédito tributário, sob condição resolutória de sua ulterior homologação.

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8. Além disso, desde 10.01.2001, com o advento da Lei Complementar 104, que introduziu
no Código Tributário o art. 170-A, segundo o qual “é vedada a compensação mediante o
aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito
em julgado da respectiva decisão judicial”, agregou-se novo requisito para a realização da
compensação tributária: a inexistência de discussão judicial sobre os créditos a serem utilizados
pelo contribuinte na compensação.
9. Atualmente, portanto, a compensação será viável apenas após o trânsito em julgado da
decisão, devendo ocorrer, de acordo com o regime previsto na Lei 10.637/02, isto é, (a)por
iniciativa do contribuinte, (b)entre quaisquer tributos administrados pela Secretaria da Receita
Federal, (c)mediante entrega de declaração contendo as informações sobre os créditos e débitos
utilizados, cujo efeito é o de extinguir o crédito tributário, sob condição resolutória de sua
ulterior homologação.
10. É inviável, na hipótese, apreciar o pedido à luz do direito superveniente, porque os
novos preceitos normativos, ao mesmo tempo em que ampliaram o rol das espécies tributárias
compensáveis, condicionaram a realização da compensação a outros requisitos, cuja
existência não constou da causa de pedir e nem foi objeto de exame nas instâncias ordinárias.
11. No caso concreto, tendo em vista o regime normativo vigente à época da postulação
(1999), não poderia o pedido ser atendido. Todavia, por força do princípio da vedação da
reformatio in pejus, deve prevalecer o entendimento esposado no acórdão recorrido, no
sentido de possibilitar a compensação dos valores indevidamente recolhidos a título de CSLL
apenas com parcelas da própria CSLL, o que, evidentemente, não compromete o eventual
direito da impetrante de proceder à compensação dos créditos na conformidade com as
normas supervenientes, se atender aos requisitos próprios.
12. Nos casos de repetição de indébito tributário, a orientação prevalente no âmbito da 1ª
Seção quanto aos juros pode ser sintetizada da seguinte forma: (a) antes do advento da Lei
9.250/95, incidia a correção monetária desde o pagamento indevido até a restituição ou
compensação (Súmula 162/STJ), acrescida de juros de mora a partir do trânsito em julgado
(Súmula 188/STJ), nos termos do art. 167, parágrafo único, do CTN; (b) após a edição da Lei
9.250/95, aplica-se a taxa SELIC desde o recolhimento indevido, ou, se for o caso, a partir de
1º.01.1996, não podendo ser cumulada, porém, com qualquer outro índice, seja de atualização
monetária, seja de juros, porque a SELIC inclui, a um só tempo, o índice de inflação do
período e a taxa de juros real.
13. Recurso especial adesivo não conhecido.
14. Recursos especiais a que se nega provimento.

Anexo XV
RE n. 566.621/RS (REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO)
DJ 11/10/2011
DIREITO TRIBUTÁRIO – LEI INTERPRETATIVA – APLICAÇÃO RETROATIVA
DA LEI COMPLEMENTAR N. 118/2005 – DESCABIMENTO – VIOLAÇÃO À
SEGURANÇA JURÍDICA – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS –
APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE

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INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005.
Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ
no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por homologação, o prazo para
repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em
conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. A LC 118/05,
embora tenha se autoproclamado interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido
o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. Lei
supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo jurídico deve ser considerada
como lei nova. Inocorrência de violação à autonomia e independência dos poderes, porquanto
a lei expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao controle
judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido
prazo para a repetição ou compensação de indébito tributário estipulado por lei nova,
fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então
aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da
publicação da lei, sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio
da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de garantia do acesso à
Justiça. Afastando-se as aplicações inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da
norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a
vacatio legis, conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da
Súmula do Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não
apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações
necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código Civil, pois, não
havendo lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior extensão
possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei geral, tampouco
impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º,
segunda parte, da LC 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tão
somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9
de junho de 2005. Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso
extraordinário desprovido.

Anexo XVI
REsp n. 1.110.578/SP
Julgamento: 21/05/2010
RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO
CPC. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TAXA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA. TRIBUTO
DECLARADO INCONSTITUCIONAL. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. TERMO
INICIAL. PAGAMENTO INDEVIDO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO DE
OFÍCIO.
1. O prazo de prescrição quinquenal para pleitear a repetição tributária, nos tributos
sujeitos ao lançamento de ofício, é contado da data em que se considera extinto o crédito
tributário, qual seja, a data do efetivo pagamento do tributo, a teor do disposto no artigo 168,
inciso I, c.c artigo 156, inciso I, do CTN. (Precedentes: REsp 947.233/RJ, Rel. Ministro LUIZ
FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 23/06/2009, DJe 10/08/2009; AgRg no REsp

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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização.
759.776/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em
17/03/2009, DJe 20/04/2009; REsp 857.464/RS, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/02/2009, DJe 02/03/2009; AgRg no REsp 1072339/SP,
Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/02/2009, DJe
17/02/2009; AgRg no REsp. 404.073/SP, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, Segunda Turma,
DJU 31.05.07; AgRg no REsp. 732.726/RJ, Rel. Min. FRANCISCO FALCÃO, Primeira
Turma, DJU 21.11.05).
2. A declaração de inconstitucionalidade da lei instituidora do tributo em controle
concentrado, pelo STF, ou a Resolução do Senado (declaração de inconstitucionalidade em
controle difuso) é despicienda para fins de contagem do prazo prescricional tanto em relação
aos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, quanto em relação aos tributos sujeitos
ao lançamento de ofício. (Precedentes: EREsp 435835/SC, Rel. Ministro FRANCISCO
PEÇANHA MARTINS, Rel. p/ Acórdão Ministro JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 24/03/2004, DJ 04/06/2007; AgRg no Ag 803.662/SP, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 27/02/2007, DJ 19/12/2007).
3. In casu, os autores, ora recorrentes, ajuizaram ação em 04/04/2000, pleiteando a
repetição de tributo indevidamente recolhido referente aos exercícios de 1990 a 1994,
ressoando inequívoca a ocorrência da prescrição, porquanto transcorrido o lapso temporal
quinquenal entre a data do efetivo pagamento do tributo e a da propositura da ação.
4. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da
Resolução STJ 08/2008.

Anexo XVII
CARF - Acórdão n. 1402-000.481
Julgamento: 29/03/2011
DECADÊNCIA – RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO – NORMA SUSPENSA POR
RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL – CSL DO ANO DE 1988 – RESOLUÇÃO 11/95
– Nos casos de declaração de inconstitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal, ocorre a
decadência do direito à repetição do indébito depois de 5 anos da data de trânsito em julgado
da decisão proferida em ação direta ou da publicação da Resolução do Senado Federal que
suspendeu a lei com base em decisão proferida no controle difuso de constitucionalidade.
Somente a partir desses eventos é que o valor recolhido torna-se indevido, gerando direito ao
contribuinte de pedir sua restituição. Assim, no caso da CSL do ano de 1988, cuja norma legal
foi suspensa pela Resolução n. 11/95, o prazo extintivo do direito tem início na data de sua
publicação, 4 de abril de 1995. Recurso Voluntário Provido em Parte.

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pessoas estranhas e desvinculadas de suas atividades institucionais sem a devida, expressa e prévia autorização.

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