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DISCUTINDO HISTORIOGRAFICAMENTE A
ESCRAVIDÃO
Ronaldo di Roná1
1. Mestre em Geografia – Universidade de São Paulo
INTRODUÇÃO
RESUMO
O objetivo da pesquisa é discutir que a
A escravidão esteve presente em quase todas as escravidão se apresenta, contemporaneamente,
sociedades históricas. Ela foi objeto de interesse eivada de inverdades que são apresentadas
de textos legais (Código de Hamurabi e Lei das como verdades dogmáticas. Algumas são mais
Doze Tábuas), religiosos (Bíblia e Alcorão) e antigas, outras, as mais numerosas, são bem
filosóficos (Aristóteles). Em Roma, o escravo recentes. Pretende-se discutir aqui algumas
foi transformado em mercadoria, passível de dessas concepções.
comprar e venda no mercado. Contudo, foi na A metodologia utilizada contou com
Idade Moderna que a escravidão gerou um pesquisas bibliográficas e eletrônicas para
negócio muito lucrativo: o tráfico negreiro. A observar a definição e o papel do escravo na
extinção da escravidão não seguiu uma norma e, sociedade.
de modo geral, correspondeu à perda de A hipótese é que se as pessoas
lucratividade da instituição. conhecerem a história e o papel escravo na
sociedade repensaria o racismo e o preconceito
Palavras-Chave: Escravo. Legislação. que persiste na atualidade.
Hamurabi. Aristóteles. Tráfico negreiro. Os referenciais teóricos abordados são
os compositores desta pesquisa em seu
1
Nos textos consultados ora aparece amorrita, ora amorita
ou amoreus. Todas as formas são toleradas pela
historiografia contemporânea.
2
Bâb-Ilu em acádio, isto é, Porta de Deus.
As leis que compõem o Código de considerado como um igual e sim como um ser
8
Idem.
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Certamente, era um dromedário, pois os
camelos só foram introduzidos na região mais
tarde.