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III

p r o j e t o
d e
e d i f i c a ç õ e s
2019.2DEPARTAMENTO DE ARQUITETURAUNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

p o r t f ó l i o
02
grupo de trabalho

Márcio da Silva Santos 20170005517


Ronaldo Soares dos Santos 20170006130

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01
grupo de trabalho

reconhecimento e registro da área .01


estudo de correlatos .02
anteprojeto .03

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Levantamento Urbano do Entorno
O lote escolhido encontra-se no largo São Frei Pedro
Gonçalves, no Centro Histórico da cidade de João
Pessoa-PB, com frente voltada para a rua Padre Antônio
Pereira. Com o levantamento urbano do entorno pode-
se perceber que, dentro do raio analisado (700 metros),
há uma variedade de usos, e dentre estes predominam o
uso comercial, residencial e de serviços.
O centro constitui-se então como um polo comercial e
de prestação de serviços da cidade. Além disso ao
analisar o mapa de cheios e vazios (noli) do entorno
imediato ao lote, percebe-se que este é ladeado por
edificações de grande porte (a Igreja São Frei Pedro
Gonçalves e o Hotel Globo) que possuem recuos frontais
e laterais, destoando do que é mais comum em áreas de
centros históricos (no Brasil), ou seja, a inexistência de
recuos frontais e laterais. Este é um aspecto positivo do
lote, pois coloca-o em posição favorável pois nos
mapa noli de cheios e vazios possibilita adicionar recuos no projeto, proporcionando
melhores condições de ventilação e iluminação natural.
Todavia, no que diz respeito à ventilação, tem-se a Igreja
de São Frei Pedro Gonçalves como um obstáculo, pois
esta, com sua implantação e lote, constitui-se como uma
barreira edificada da ventilação predominante na cidade
de João Pessoa: a sudeste.
Entretanto, apesar de encontrar-se em uma posição
desfavorecida na quadra, destacamos os seguintes
benefícios encontrados no lote a partir de uma análise
prévia: localizar-se em um ponto alto, proximidade ao
grande espelho d’água natural que é o Rio Sanhauá e
estar rodeado por uma massa considerável de vegetação
mapa de uso e ocupação do solo
e equipamentos turísticos.

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02
grupo de trabalho

Morfologia do entorno
Com o estudo da morfologia do entorno observa-se
que o lote está inserido em um sítio de topografia
bastante irregular e acidentada, sendo esta a grande
reguladora da morfologia desta região. Pois esta é a
delimitadora do traçado urbano e da organização
espacial ali designada. Desse modo, o solo caracteriza-
se a partir desta irregularidade topográfica, onde no
lote percebe-se uma configuração de “barranco” tendo
em vista a instabilidade e grande variação das cotas
topográficas. Isso confere ao lote vantagens em relação
ao destaque natural dado pela topografia. O traçado
urbano também encontra-se distribuído de forma
irregular (sem ordem definida) tendo em vista que este
se adapta à topografia do sítio.
No entorno imediato (300 metros) do lote nota-se a
presença da Praça Antenor Navarro (um dos cartões
postais da cidade), considerada um grande ponto mapa de destaque da topografia do sítio (curvas de nível) morfologia dos lotes do sítio
turístico da região, algo que pode ser aproveitado para
atrair visitantes ao projeto. Os quarteirões também
encontram-se em distribuição irregular, adaptando-se à
topografia do sítio, o que resulta em quadras de
diferentes dimensões e diferentes formatos. Os lotes
desta região apresentam-se em forma retangular com
ampla gama de dimensões, embora muitos deles
apresentem a típica distribuição de lotes de sítios
históricos, estreitos e longos. Os edifícios apresentam
variação quanto à inserção no lote: boa parte deles são
distribuídos em recuos frontais e laterais, mantendo
apenas o recuo dos fundos (quintal) enquanto outros
edifícios contam todos os recuos cabíveis, o que os
coloca em posição de destaque no lote. A massa verde
é bastante presente na área analisada que mantém
resquícios de vegetação de mata atlântica, além de
estar próximo a uma área de mangue, considerada
uma área de preservação ambiental. malha viária Quarteirões do sítio

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Caracterização Morfológica da Arquitetura
Quanto à morfologia da arquitetura na quadra onde o
lote está inserido, observa-se que, embora não muito
expressivo (devido à irregularidade das dimensões dos
edifícios) foi identificado certo ritmo nas aberturas,
que são compostas por retângulos esguios (com altura
bem maior do que a largura) dispostos, geralmente,
em grupos de três. Além disso, nota-se uma tendência
de acentuar a verticalidade das edificações, tanto pelas
aberturas, quanto pelas esquadrias, além da presença
de elementos verticais na fachada (sugestão de colunas
que se sobressaem da alvenaria).
Outro elemento observado foi o padrão de gabarito,
que é predominantemente térreo, com exceção apenas
de um dos edifícios do Hotel Globo, a Igreja e outro
edifício residencial do outro lado do largo (observado diagrama de coroamento
na imagem da página seguinte). Também identificou-se
a presença de pequenos recuos entre os edifícios da
quadra estudada, o que é incomum para o padrão do
centro histórico de João Pessoa, e um certo tratamento
paisagístico (no Hotel Globo). Ademais, tem-se a
presença de uma mangueira no lote em estudo - que
pode ou não compor o partido arquitetônico do
projeto.
Com isso, podemos concluir que no cenário do largo há
forte presença de esquadrias retangulares e da
tipologia característica (base, corpo e coroamento)
observável em praticamente todas as edificações do diagrama de cheios e vazios
largo; a utilização de elementos para acentuar a
verticalidade e, também, uma marcação na alvenaria
que transmite a impressão de que esta foi construída
com grandes blocos de pedra.

diagrama de aberturas
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02
grupo de trabalho

edificação de dois pavimentos numa fachada de


quadra predominantemente térrea

diagrama de massa verde

LEGENDA

diagrama de volumes

Igreja São Frei Pedro Gonçalves, exemplificando as


marcações verticais e horizontais (em blocos) na
fachada.

diagrama de gabaritos
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Análise visual e visão serial

Para fazer a análise de visão serial dos dois trajetos –


01 02 segundo os conceitos de paisagem urbana de Gordon
Cullen (2010), considerou-se estender a área de
análise e subdividir a primeira rota em três trechos
(considerando a perspectiva das ruas Maciel Pinheiro,
Cândido Pessoa e Padre Antônio Pereira)
01 e 02 – Na rua Cândido Pessoa observa-se, logo de
início, a Vila Sanhauá e o prédio da Associação
Comercial da Paraíba como marcos referenciais.
Ademais, a malha viária orgânica cria uma relação de
Aqui e Além, gerando expectativa quanto ao que se
vai encontrar no ao cenário da praça.
03 e 04 – Na r. Maciel Pinheiro, a torre da Igreja São
Frei Pedro Gonçalves corresponde a um ponto focal,
servindo como ponto de orientação para o destino
03 04 final.
Ao chegar na Praça Antenor Navarro, a Igreja se
apresenta como um edifício barreira, delimitando o
espaço da praça, sugerindo ao observador, num
primeiro momento, que não há saída. Além disso, a
torre da igreja surge acima dos edifícios ecléticos da
praça confirmando que ainda existe um caminho a
percorrer e estabelecendo a sensação de um Além
misterioso, que ao mesmo tempo está presente
(dentro do campo de visão), mas aparentemente fora
0 50 100 m de alcance, despertando a curiosidade e expectativa
do observador.

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02
grupo de trabalho

05 06 07 criada ao longo de todo o trajeto (qualquer


um dos três), esse trecho final apresenta-se
como o clímax do percurso, onde a
expectativa e o mistério criados ao longo de
toda a rota atingem seu ponto máximo, e o
observador está prestes a descobrir o que
existe no fim de tudo – se é que existe alguma
coisa.
07 e 08 - O largo se abre e é percebido e
apreendido lentamente conforme o
observador avança em sua direção,
mostrando primeiramente o edifício do IAB e,
logo em seguida, as edificações do Hotel
Globo; permitindo também, em último plano,
05 e 06 - O trecho da rua Padre Antônio Pereira trata-se de ponto de a visão do rio Sanhauá.
encontro com os demais trechos da primeira rota entre a praça Antenor 08 Ao chegar ao fim do trajeto, o largo, apesar
Navarro e a lateral da Igreja São Frei Pedro Gonçalves. Logo no primeiro de permitir a passagem de automóveis, possui
momento, o desnível da rua – que sobe na direção da igreja – cria uma aura forte semelhança com um recinto urbano,
de mistério, dando ao pedestre a sensação de quem ascende ao configurando-se como um espaço que
desconhecido, algo que é intensificado pela malha viária orgânica, que se transmite tranquilidade e sossego, com baixo
fecha no último plano, barrando a visão do observador. fluxo de automóveis, com escala humana e é,
Ao chegar na Praça Antenor Navarro, o pedestre percebe a mudança de praticamente, um ponto final do tráfego –
sentido da rua Padre Antônio Pereira, causando uma sensação semelhante principalmente por possuir pontos turísticos
à deflexão que, apesar de ser a própria rua (e não um edifício particular) marcantes como o Hotel Globo e a Igreja de
que perde seu eixo ortogonal, causa a impressão de uma mudança viária São Frei Pedro Gonçalves.
intencional fazendo com que os edifícios se voltem para e façam parte
integrante de alguma coisa no fim da rua. Diante de toda a expectativa

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09 – 12 - A segunda rota tem início um pouco antes do
09 10 11 cruzamento da avenida Sanhauá com a rua João
Suassuna. O traçado orgânico das vias, mais uma vez,
proporciona uma paisagem urbana riquíssima, que
apesar de ser um espaço amplo, só pode ser
apreendido conforme o observador caminha pela rua.
E, novamente, a torre da Igreja São Frei Pedro
Gonçalves, indica que o ponto de chegada está
próximo, com a expectativa do que pode haver Além
nutrindo a curiosidade do transeunte.
Conforme o transeunte avança pela rua João
Suassuna, a torre da igreja indica o caminho até o
largo, caracterizando-se como um ponto referencial e
focal poderoso. Mas, ao chegar na rua Pedro Antônio
12 Pereira, mais uma vez o desnível da rua e a
configuração viária obstruem a visão do transeunte,
criando uma sensação de mistério quanto ao que
pode haver no fim do trajeto. Além disso, o Hotel
Globo, pelo seu peso turístico e bom estado de
conservação, assume o papel de ponto focal,
indicando a chegada ao local. Desse ponto do trajeto,
também é possível ter uma visão do lote destinado ao
projeto.
Ao subir até o limite do IAB, tem-se uma visão
completa da Igreja São Frei Pedro Gonçalves e de todo
o largo.

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02
grupo de trabalho

Dinâmica
Dinâmicaurbana
Urbana
Como observado anteriormente, a área na qual o lote
está inserido é um polo de comércio e serviço na
cidade de João Pessoa-PB. Logo, é um grande atrator
de pessoas e possui um fluxo intenso durante o
horário comercial e em dias úteis, que é
proporcionado, principalmente, pelos terminais de
transporte (estação ferroviária, integração e
rodoviária). Além disso, pode-se perceber que os
usuários predominantes do espaço são pessoas da
classe C e D, composta pelos comerciantes e os
consumidores. E, as linhas de força do fluxo de
pessoas saem dos terminais de trânsito em direção
aos pontos de comércio e serviço - como indicado no
mapa. Além disso, essa região da cidade serve como
espaço de conexão entre outros pontos da cidade
(através da integração de ônibus), e entre outras
cidades (com a rodoviária e a estação ferroviária).
Durante a noite e aos finais de semana, a quantidade
de pessoas no centro decai significativamente, tendo
um movimento ocasional com a realização de alguns
eventos culturais e abertura de alguns bares e boates
que servem como atratores.

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Matriz SWOT

Vista
Cenário
Topografia Comércio Intenso
Largo Eventos culturais
Vida noturna Paisagem urbana
Prox. a pontos turísticos

Baixa permanência no largo


Poucas comedorias Insegurança
Baixo fluxo de pessoas no largo Localização
Estacionamento no largo Baixo fluxo à noite e durante fins
Acesso de semana
Inserção do lote na quadra

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02
grupo de trabalho

reconhecimento e registro da área .01


estudo de correlatos .02
anteprojeto .03

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Senac Unidade São Miguel Paulista

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Fonte: https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/levisky-arquitetos--estrategia-urbana-senac-sao-miguel-paulista-sao-paulo
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grupo de trabalho

Estudo de correlato
Ficha Técnica

Senac Unidade São Miguel Paulista


Local: São Paulo (SP)
Início do projeto: 2011
Conclusão da obra: 2017
Área do terreno: 7.945,00 m²
Área construída: 26.089,30 m²
Arquitetura: Levisky Arquitetos | Estratégia Urbana

A implementação da unidade em São Miguel


Paulista, se justifica pela carência de equipamentos
de ensino profissionalizante na região, tanto que a
instituição de ensino destina 80% de sua oferta
para vagas gratuitas. Sua concepção está em
consonância com a proposta pedagógica do Senac,
que traz uma visão de ensino contemporânea e
multidisciplinar.

Lúdicos e flexíveis, os espaços estimulam o


aprendizado teórico e prático, a criatividade e a
permanência. Os corredores foram amplificados
para serem usados como ambientes de estar ou de
aulas informais. Além das mais tradicionais, há
salas que simulam ambientes reais, por exemplo,
um bar e um apartamento no curso de hotelaria,
com equipamentos e materiais com qualidade e
alta tecnologia.

Cada pavimento do edifício principal (além de


subsolo e térreo, há mais cinco andares temáticos)
recebeu uma cor relacionada à área de formação:
gastronomia em vermelho, informática em amarelo
etc. Projetados e especificados de forma
concomitante, mobiliário, comunicação visual e
luminotécnica confluem, uniformizando a proposta.

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Fonte: https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/levisky-arquitetos--estrategia-urbana-senac-sao-miguel-paulista-sao-paulo
Os sistemas construtivos escolhidos também
promovem a flexibilidade espacial: lajes
protendidas, pilares de concreto, pés-direito altos,
divisões em drywall, piso elevado, entreforro (salas
de aula). Em ambientes onde o conforto acústico
era suficiente, as instalações foram deixadas
aparentes, aproximando o usuário dos elementos
construtivos. Tornando-se assim uma arquitetura
que pode se reinventar com o tempo, propícia a
readaptações.

Sensível às questões de insolação e ruído, a


fachada norte - voltada à avenida Marechal Tito -
ganhou caixilharia composta por vidros fixos com
proteção acústica e camada de brises metálicos. A
face oeste tem vãos menores, mas conta com eixos
estratégicos de iluminação e sistema de fachada
ventilada (mosaico com placas de agregado
cimentício e material reciclado). A fachada sul, por
sua vez, é completamente revestida por vidro,
permitindo a entrada de luz natural e conexão
visual com o pátio central.

Para ampliar a iluminação, projetou-se uma


claraboia de vidro laminado. É também no miolo da
gleba que fica o edifício de menor proporção. Com
apenas dois pavimentos (térreo com auditório e
pavimento superior voltado a cursos de editoração,
rádio e TV), possui uma praça interna que une
todos os blocos edificados. Além de administração,
cursos de paisagismo, visagismo e moda, o terceiro
volume traz pavimentos garagens e é envelopado
por um tecido ventilado e serigrafado. A ideia é que
esse elemento, cujas informações podem ser
atualizadas constantemente, amplie o diálogo com
o público externo.

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Fonte: https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/levisky-arquitetos--estrategia-urbana-senac-sao-miguel-paulista-sao-paulo
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grupo de trabalho

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Sesc e Senac no parque D. Pedro 2º

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Fonte: https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/una-arquitetos-edificios-ensino-lazer-sao-paulo-04-05-2012
02
grupo de trabalho

Estudo de correlato
Ficha Técnica

Sesc e Senac no parque D. Pedro 2º


Local: São Paulo, SP
Início do projeto: 2009
Arquitetura: Una Arquitetos

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Fonte: https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/una-arquitetos-edificios-ensino-lazer-sao-paulo-04-05-2012
O projeto funciona como um tripé, vinculando- -se
as duas novas edificações e usos pareados ao
conjunto de edifício comercial e praça com
garagem enterrada que se prevê implantar junto à
face sul do mercado.

Por meio de tal sistema arquitetônico e urbanístico


é que se definiram as diretrizes arquitetônicas das
unidades do Sesc e do Senac, no coroamento norte
do parque.

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Fonte: https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/una-arquitetos-edificios-ensino-lazer-sao-paulo-04-05-2012
02
grupo de trabalho

O programa, salientam os arquitetos do Una -


Cristiane Muniz, Fábio Valentim, Fernanda Barbara
e Fernando Viégas (formados pela FAU/USP entre
1994 e 1995) -, foi derivado do plano global,
elegendo-se destinações aptas a trazerem vida à
área no maior intervalo de tempo possível, além do
horário comercial.

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Fonte: https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/una-arquitetos-edificios-ensino-lazer-sao-paulo-04-05-2012
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Fonte: https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/una-arquitetos-edificios-ensino-lazer-sao-paulo-04-05-2012
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grupo de trabalho

Os motes dos projetos para as unidades do Sesc e Senac


são a destinação da cota térrea (filtrar verticalmente os
domínios público, semipúblico e privado); o
escalonamento volumétrico capaz de articular gabaritos
conforme a proximidade com o Palácio das Indústrias ou
com o Mercado Municipal; a valorização dos espaços de
contemplação e estar públicos, como praças, terraços e
vazios internos que revelem visuais até então obstruídas;
o desenho de superfícies sintonizadas com a morfologia
proposta ou revitalizada pelo plano.

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Fonte: https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/una-arquitetos-edificios-ensino-lazer-sao-paulo-04-05-2012
Novos prédios para novas ruas, novas urbanidades, é
como se poderia resumir a intervenção.
Em conjunto, as duas edificações desenham uma linha
que desemboca na nova praça do Mercado Municipal,
triangular e aberta, não sem antes resgatarem suas
relações imediatas com o Palácio das Indústrias, que
abriga atualmente a ONG Catavento Cultural.

Deste para o Senac há uma generosa esplanada com o


espelho d'água, junto à qual devem deslocar-se
verticalmente os usuários através das escadas rolantes
posicionadas na fachada sul do edifício. A paisagem é
deslumbrante, do parque em direção à colina histórica.

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Fonte: https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/una-arquitetos-edificios-ensino-lazer-sao-paulo-04-05-2012
02
grupo de trabalho

Tanto o Sesc quanto o Senac terão seis pavimentos, além


do térreo. Os prédios se contrapõem pela forma de
pavilhão deste último e pela geometria diversificada do
primeiro, que faz a transição gradual, em altura, das
faces do lote triangular que abrigou o edifício São Vitor
para seu trecho pavilhonar - um bloco suspenso e
envidraçado que concentrará o programa esportivo, com
ginásio e piscinas.

Em conjunto, a intervenção desenha volumetria híbrida,


por vezes predominantemente horizontal, por vezes
vertical, conforme as potencialidades paisagísticas e de
gabaritos referenciais do entorno.

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Fonte: https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/una-arquitetos-edificios-ensino-lazer-sao-paulo-04-05-2012
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Fonte: https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/una-arquitetos-edificios-ensino-lazer-sao-paulo-04-05-2012
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grupo de trabalho

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Fonte: https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/una-arquitetos-edificios-ensino-lazer-sao-paulo-04-05-2012
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grupo de trabalho

reconhecimento e registro da área .01


estudo de correlatos .02
anteprojeto .03

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Programa de necessidades
Setor Função Setor Função Setor Função

Recepção/Exposição Segurança Cozinha

Área de convivência Depósito Enfermaria


Serviço
Biblioteca Apoio Área Técnica Horta

Social Internet Livre Almoxarifado Banheiro

Mirante Estacionamento Escada

Auditório Administração Rampa


Circulação
Brinquedoteca Secretaria Elevador

Restaurante Sala de reuniões Corredor


Comercial
Cafeteria Administrativo Sala dos professores

Sala Multiuso Arquivo O programa de necessidades foi desenvolvido com


base na análise dos correlatos, e ainda distribuído e
Educacional setorizado de acordo com o pré-dimensionamento
realizado a partir de estudo do trabalho de conclusão
de curso de Suelen Camerin (2012) intitulado Sesc
Sala de aula / Laboratório Copa Centro Histórico, do qual fizemos adaptação à nossa
estimativa de público do projeto.

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02
grupo de trabalho

Pré-dimensionamento

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Conceito e Partido

Com as análises feitas na etapa do diagnóstico, percebeu-se Dessa forma, o Sesc/Senac tem como conceito a integração de
que o largo de São Frei Pedro Gonçalves – local onde está três condicionantes: o entorno histórico, o entorno natural, e uma
situado o lote, possui um caráter predominantemente proposta de modernidade idealizada pelos autores, afim de sugerir
museológico, dada a carga histórica do bairro do varadouro e uma harmonia entre a ideia de progresso/tecnologia e a paisagem
dos equipamentos histórico-turísticos presentes no largo. Além natural e histórica - materializados num partido que considera as
disso, o baixo fluxo de pessoas no período diurno é constituído INTEGRAR linhas de força, os alinhamentos e a escala dos edifícios
predominantemente de turistas que visitam o local, de modo preexistentes. Além disso, a integração com a natureza se dá de
que não há, de fato, nesse turno, uma utilização do espaço do forma visual através da vista para o rio e pelo contato direto,
largo para outra atividade além de contemplação e através do paisagismo nas áreas livres.
estacionamento de automóveis. O período noturno, por sua Os acesso principal, de pedestres, se dará pela frente do lote, com
vez, não possui vida nenhuma, exceto nos fins de semana, esquadrias respeitando a tipologia morfológica da arquitetura do
quando ocorre eventos culturais no largo que atraem um largo. Já o acesso de veículos se dará pela lateral em uma rampa
público, em grande parte, jovem. que direciona ao estacionamento no subsolo, amenizando assim o
A proposta do Sesc/Senac do Varadouro, portanto, é servir impacto provocado pelo estacionamento no largo, que gera
como um equipamento vitalizante e atrator do público mais VITALIZAR ATRAIR poluição visual.
frequente e permanente do centro de João Pessoa: o Além disso, o partido foi criado de modo a considerar a insolação
comerciário. Além disso, tem-se como objetivo também no edifício, setorizando os ambientes de maior permanência na
promover serviços para a comunidade local, os consumidores fachada leste, protegidos pela incidência do sol da tarde pelos
que frequentam o centro, os eventuais turistas e transeuntes. ambientes de menor permanência, localizados na fachada oeste. A
Ademais, para a concepção do partido arquitetônico, ventilação, por sua vez, também foi considerada, principalmente
respeitou-se a paisagem urbana existente, tanto no que diz no que diz respeito à Igreja São frei Pedro Gonçalves, que se
respeito ao conjunto edificado (de teor histórico), quanto aos constitui como uma barreira edificada de vento. Dessa forma, o
elementos da paisagem natural (o rio Sanhauá e a vegetação programa foi setorizado de modo que mantivesse espaços
existente no local). abertos, principalmente no térreo, para permitir a circulação do ar.

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02
grupo de trabalho

Evolução do partido – Estudo 01

Para a concepção do partido, foram levados em consideração a


linha de força do alinhamento dos edifícios do Hotel Globo -
que também serviram como parâmetro para a determinação
da escala dos blocos propostos no partido arquitetônico do
Sesc/Senac. Além disso, a linha de força que sai da escadaria
da Igreja São Frei Pedro Gonçalves foi levada em consideração
para delimitar a implantação do equipamento no lote, tal como
o espaçamento entro os edifícios do Hotel Globo.

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Evolução do partido - Estudo 01

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02
grupo de trabalho

Evolução do partido - Estudo 02

Com a continuação do desenvolvimento da proposta,


percebeu-se que o bloco central de aulas se tornaria uma
barreira visual para leitura do terceiro bloco, comprometendo
a permeabilidade entre eles. Tendo em vista que o conceito
aborda a tríplice integração entre a paisagem histórica, a
paisagem natural e modernidade, é imprescindível a
possibilidade de completa apreensão do espaço interior do
Sesc/Senac. Dessa forma, o bloco central foi deslocado para a
direita, alinhando-se com os demais fragmentos do edifício,
criando um pátio interno.
Além disso, um terceiro elemento volumétrico, acoplado ao
bloco central de aulas, foi proposto para centralizar a
circulação vertical, diminuindo o espaço gasto para circular
verticalmente nos três blocos – onde antes seria necessário
um elemento de interligação entre os pavimentos em cada
uma das partes do edifício. Dessa forma, foram criadas
passarelas para interligar o edifício horizontalmente.
Novo bloco central de aulas

Antigo bloco central de aulas

Proposta de Partido 02 Proposta de Partido 03


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Fluxogramas
FLUXOGRAMA DO PAVIMENTO TÉRREO Com a criação do pátio interno, os fluxos de FLUXOGRAMA DO PAV SUPERIOR
ligação no térreo podem acontecer de diversas
formas, de acordo com a necessidade de cada
pessoa. Em caso de intempéries, uma passarela
coberta interliga os três blocos e conduz o fluxo
para o elemento de circulação vertical que se
caracteriza como o coração do projeto,
centralizando e dispersando o fluxo do centro
para as extremidades da edificação.
Tanto no pavimento superior quanto no
subsolo, o fluxo segue uma lógica linear e
objetiva, conectando todos os espaços do
projeto. Essa conectividade só é rompida no
subsolo, onde a cozinha do restaurante só pode
ser acessada pela sua escada exclusiva no
térreo e pelo espaço da administração que é
restrito aos funcionários.

FLUXOGRAMA DO SUBSOLO
Café

Do primeiro estudo para este, algumas modificações na setorização espacial


se fizeram necessárias a fim de promover um melhor aproveitamento dos
ambientes. O café, setorizado logo na entrada do Sesc/Senac, paralelamente
à recepção tinha a função de servir como um elo atrator entre o interior do
edifício e o contexto do largo. Porém, pela necessidade da utilização do
espaço posterior do café para salas de aula, percebeu-se que ele consistia, na
verdade, em um espaço enclausurado. Optou-se então, por realocá-lo entre a
recepção e o novo pátio interno, pois além de cumprir com seu papel de
espaço integrador, permite a permeabilidade visual e a legibilidade do espaço
desde a recepção.
Proposta anterior de Setorização Espacial
38
02
grupo de trabalho

Evolução do partido - Estudo 03

Avançando na proposta do projeto, foi utilizado como


elemento integrador entre os três blocos, uma casca de
concreto com alvenaria recuada. Na fachada frontal foram
dispostos brises verticais para proteção solar. Já na passarela
que une os blocos no pavimento superior, foram utilizados
cobogós como elemento de proteção.
No primeiro bloco, a parte superior da casca é levemente
inclinada com drenos que captam a água das chuvas.
Além disso, houve uma redistribuição da setorização da
seguinte forma: o primeiro bloco com as salas de aula,
recepção, café e auditório; o segundo bloco ficou com a
concentração de banheiros e área técnica; e o terceiro bloco
abriga o restaurante, a biblioteca, a brinquedoteca, o
mirante e a administração.
Por fim, o estacionamento
que antes havia sido locado
no térreo, neste estudo foi
redirecionado ao subsolo
com um número de vagas
limitadas. Esta mudança
possibilita um melhor
arranjo espacial bem como
facilita o acesso de insumos
ao restaurante.

39
40
02
Faz parte do projeto de agenciamento da
grupo de trabalho
área externa do Sesc/Senac uma horta Já a horta comunitária mantém a mesma linguagem
comunitária e o pátio interno entre os do pátio interno, com os canteiros elevados, mas
três blocos. com o diferencial de variação de altura entre 60 e
O Pátio Interno é dotado de quatro 80cm.
canteiros elevados de alvenaria
revestidos externamente por placas de
madeira impermeabilizada. Os canteiros
são elevados devido a impossibilidade de
plantio direto no chão, pois o
estacionamento encontra-se logo a baixo
do pátio, no subsolo Os canteiros
possuem árvores centrais de pequeno
porte, com o intuito de sombrear bascos
dispostos ao redor dos canteiros

Calçada com
blocos de pedra
intertravados

Além dos canteiros e bancos, haverão mesas


dispostas no extremo oeste do pátio, protegidas
por árvores de grande porte, que serão plantas
no solo, de modo a sombrear o pátio sem
atrapalhar a vista.
Por fim, no pátio há também um poço de ilumi-
nação para subsolo, de onde crescerão duas
árvores de grande porte. 41
As cobertas são compostas por lajes planas
inclinadas de concreto armado (que
compõem as cascas que envolvem os
blocos). Elas serão revestidas por placas
cerâmicas avermelhadas, fazendo alusão aos
telhados do centro histórico.
A laje que sombreia o mirante é a única que
foge à regra, não possuindo o revestimento
cerâmico, contribuindo para a valorização da
volumetria do projeto.

42
02
grupo de trabalho
6
Bloco que centraliza as
áreas técnicas e todos
os banheiros que
atendem ao o conjunto.

Bloco que centraliza Bloco que centraliza a


as funções de lazer e função educativa, com
administrativa todas as salas de aula.

8 2

3
9

Mirante com poço


de iluminação que
vai até o subsolo. 4

10

Nº AMBIENTE Á. (m²)
1 SALA DE AULA 01 60,44
2 SALA DE AULA 02 37,37
3 SALA DE AULA 03 29,76
4 SALA DE AULA 04 31,25
5 SALA DE AULA 05 36,44

4 6 ALMOXARIFADO 32, 58
7 BANHEIROS 14,15
8 BIBLIOTECA 83,24
9 MIRANTE 86,91
10 RESTAURANTE 86,95
43
11 CIRCULAÇÃO HORIZ. 87,28
8

10

10
9

12

13

11
4 5

14

6 7

Nº AMBIENTE Á. (m²) Nº AMBIENTE Á. (m²)


1 RECEPÇÃO 60,46 9 MANUNTENÇÃO 9,70
2 CAFÉ 94,63 10 BANHEIROS 14,15
3 HORTA 161,65 11 PÁTIO 337,24
5 4 SALA DE AULA 01 28,56 12 BIBLIOTECA 88,47
5 SALA DE AULA 02 29,79 13 BRINQUEDOTECA 86,00
6 SALA DE AULA 03 32,77 14 RESTAURANTE 86,94
7 SALA DE AULA 04 34,13 15 CIRCULAÇÃO HORIZ. 36,17
44
8 DEPÓSITO 17,24
02
grupo de trabalho

45
46
02
grupo de trabalho

47
48
02
grupo de trabalho

Planta de Estrutura

49
Planta de Estrutura

50
02
grupo de trabalho

Elevação da Estrutura

51
Maquete Estrutural O lançamento estrutural foi pré-
dimensionado com base nos gráficos do
engenheiro estrutural Yopanan Rebello
contidos no livro Bases para o Projeto
Estrutural na Arquitetura (1949). Como se
desejava utilizar uma estrutura que
suportasse grandes cargas, devido a
dimensão e uso do edifício, optou-se pela
utilização da estrutura metálica, que
possui grande resistência em peças mais
esbeltas. A estrutura é composta de
perfis metálicos em I e H, onde os pilares
foram dimensionados com a seção de
0,20 x 0,20m e vigas foram
dimensionadas com alturas que variam
entre 0,30m e 0,60m. As lajes serão
compostas de placas de concreto
protendido alveolar pois elas nos dão a
possibilidade de vencer grandes vãos.
Além disso, um elemento bastante
explorado no projeto foram as cascas de
concreto que revestem os três blocos da
edificação mantendo uma conexão entre
eles.

52
02
grupo de trabalho

Fachadas

Alvenaria revestida com


argamassa impermeabilizada.
Canteiros de alvenaria com
revestimento de madeira
Brises fixos verticais de de con- impermeabilizada.
creto armado .

Casca de concreto armado


revestida com placas cerâmicas
avermelhadas, fazendo alusão
aos telhados do centro histórico.

Mureta de pedra que serve


como guarda-corpo.

53
Parede de vidro com montantes
de alumínio.
Guarda-corpo com montantes
de aço inoxidável e painéis de
vidro.
Janelas de alumínio com painéis
de vidro.

54
02
grupo de trabalho

Parede verde com trepadeiras


em estrutura metálica.
Canteiros de alvenaria
revestidos de madeira
impermeabilizada.
Mureta de pedra.

55
56
02
grupo de trabalho

Pátio interno

57
58
02
grupo de trabalho

59
PROF. ME. BRUNO FERNANDES MOREIRA / PROF. DRA. MARIA BERTHILDE MOURA FILHA
ibrunomoreira@gmail.com / berthilde_ufpb@yahoo.com.br

c o n t a t o

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