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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

RAUL NEGRÃO DE LIMA

RESUMO AULA 3 – DENDROCRONOLOGIA APLICADA NA


AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DE BORDA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS
NA AMAZÔNIA

BELÉM – PA
2020
RESUMO AULA 3 – DENDROCRONOLOGIA APLICADA NA
AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DE BORDA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS
NA AMAZÔNIA
RESUMO: A apresentação teve início com a importância da
dendrocronologia no atual cenário de degradações ambientais e mudanças
climáticas, o que levou ao principal objetivo da aula: como as árvores
respondem ações de fragmentação florestal, efeito de borda e mudanças
climáticas? Neste sentido foi explicado que a dendrocronologia possibilita
avaliações com temporalidade, permitindo avaliar todos os anos vividos por
uma árvore e com isso, ficar a par de eventos sofridos pelos indivíduos ao
longo de sua história. Para a pesquisa de tese do apresentador que tratou
sobre este tema, ele utilizou a espécie Scleronema micranthum (Ducke),
uma espécie nativa da floresta amazônica. Algo interessante, é o fato de ele
ter conseguindo identificar o padrão de distribuição dos anéis de
crescimento anuais da espécie, sendo que é muito difundido que tais anéis
são quase impossíveis de se observar devido a pouca diferença entre as
estações do ano na região. Para fins da pesquisa, em 1982 foi realizada
uma fragmentação controlada em uma área, com o objetivo de analisar as
respostas da espécie a nível de lenho. Foi observado que os indivíduos do
interior do fragmento florestal passaram a desenvolver anéis de crescimento
mais largo, isto é, crescer mais rápido que os indivíduos que ficaram
localizados na região de borda do fragmento, e que essa diferença foi
sendo normalizada após 10 anos. Para avaliação da dendrocronologia da
espécie em função das mudanças climáticas, o pesquisador usou como
principal parâmetro a zona de convergência intertropical, a qual sua
presença acarreta maior precipitação para a região. Esta zona está na
região norte durante o mês de julho, o que facilita a “fuga” das chuvas para
regiões a cima da Amazônia, por isso que justamente esse é o período de
secas para essa região. Neste sentido, o pesquisador também pode
identificar que o crescimento dos indivíduos foi afetado por essa dinâmica
na zona de convergência, onde as árvores cresciam mais após o fim do
período de seca proporcionado pela presença mais ao Norte da zona. As
discussões após a aula foram bem produtivas, levando ao aprofundamento
sobre a dificuldade de identificar padrões de anéis de crescimento em
espécies amazônicas, além de seus falsos anéis.

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