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O SER HUMANO INTEGRAL – ANCESTRALIDADE E ESPIRITUALIDADE.

Antes de começar ler reflita sobre:

1) O nosso Objetivo como espiritualistas é melhorar a higiene mental e física


bem como o controle emotivo, tão necessário para o êxito da prática
terapêutica. (extraído de Ramatis)

2) Na minha casa é certo. Fora da minha casa não é errado é apenas diferente.
(Vovó Joana D'angola)

Dito isso, vamos em Frente...

Por diversas vezes me deparo com pessoas, geralmente médiuns de umbanda,


que se queixam de não estarem conseguindo manter o equilíbrio. E quando
procuram ajuda, são seccionadas em partes, como se fossem um joguinho de
lego, ou seja, não se sentem sendo tratadas de uma forma integral (imagine
explicar para um médico ou psicólogo que você sente de forma extremada a
dor do outro). Alguns reclamam que não conseguem ser ouvidos e nem
compreendidos e outros não conseguem nem descrever o que sentem, porém
sabem que sentem algo que os incomoda e às vezes até o paralisa.

Mas o que seria cuidar de uma pessoa de forma integral para que ela possa se
reestruturar e conseguir o dito equilíbrio? Sendo que, na maioria das vezes, o
médium não sabe nem mesmo identificar as suas emoções e a atuação de
energias externas no seu campo energético.

Aprendi que equilíbrio, na visão da Espiritualidade, é manter os campos mental,


emocional, espiritual e físico em harmonia e consequentemente, em equilíbrio.
Pensar, Sentir, Expressar e Agir devem estar em alinhamento e consonância.
Aprendi também que, mais importante do que o equilíbrio é a equanimidade, ou
seja, a tranquilidade de espírito em qualquer circunstância. Aprendi de forma
bruta, numa época em que a frase principal usada em uma de minhas
iniciações era: Treinamento Duro. Combate Fácil!

Quando converso com alguém que me solicitou ajuda ou orientação, busco


esclarecer que não há treinamento ou desenvolvimento humano (e aqui eu
incluo o desenvolvimento mediúnico) isolado! Espírito, Mente e Corpo devem
evoluir em conjunto. Alimentação Moderada, Leitura incessante e Meditação
Constante! A Equanimidade na Vida deve ser seguida de uma disciplina e de
uma rotina! Mas por favor não confunda disciplina e rotina com rigidez e
inflexibilidade, principalmente quando se é médium, ou seja, tudo é sentido e
experienciado ao extremo. Tudo o que sentimos, quando não somos cuidados,
tratados e orientados de uma forma integral se torna volumoso, em excesso e
exagerado e isso nos faz sofrer e nos sentir diferentes e apartados.

Notem que, o desenvolvimento humano dentro de uma família ou de uma


empresa é algo muito delicado e que requer uma total compreensão da
pessoa, pois uma má condução ou orientação pode causar danos irreparáveis.

Agora imagine como isso é importante e extremamente delicado na vida de um


médium em fase de desenvolvimento constante. Por isso me incomodam os
desenvolvimentos do tipo bandejão, onde todos “incorporam” sem
acompanhamento e orientação individual.

Aqueles que passam por esse processo, que mais parece uma linha de
produção, descrevem que se sentem como se o mundo fosse acabar e que
foram jogados num mar de kiumbas e obsessores. Nada anda, nada dá certo!
Não se consegue ler, escrever e muito menos ouvir as entidades e pensar em
se cuidar! Esquecemos até que não estamos sós! Surgem dai questionamentos
que ficam sem resposta e às vezes a decepção e desistência.

Nossa Ancestralidade nos deixou uma série de pistas para que pudéssemos
nos cuidar de forma plena, integral. É essa Ancestralidade que me sustenta e
me permite seguir em frente com o apoio da Espiritualidade.

Por ter aprendido a me cuidar a duras penas, hoje busco orientar aqueles que
me procuram para que não sofram tanto com o desequilíbrio energético
causado pelo descompasso dos corpos físico, emocional, mental e espiritual.
Esse desequilíbrio irá ocasionar a perda da equanimidade, ou seja, a
tranquilidade de espírito em qualquer circunstância. Essa tranquilidade é que
irá permitir que a pessoa possa se orientar e volte a caminhar. Para o médium,
essa equanimidade irá facilitar a comunicação com sua Ancestralidade e com
sua Espiritualidade.

Hoje se um médium não consegue se reconhecer certamente ele irá se


confrontar com a sua própria mente (e é aqui que surge a velha pergunta: Sou
Eu ou a Entidade?). Esse confronto o levará ao desgaste físico e mental e
consequentemente a explosão emocional (choro, raiva, depressão, ansiedade).
Por isso é importante ouvir os mais velhos, os ancestrais ou aqueles que
vieram antes de nós para que sirvam de mentores e orientadores de rumo.
Neles está a chave para superar descompassos, desequilíbrios e se manter
equânime. Por fim, estude, pois só o conhecimento aplicado de forma correta e
equânime pode combater esse mal!

Cláudio Zeferino / CZ

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