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Unidade 1 PDF
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FICHA TÉCNICA
Elaborado por:
Andressa Crystina Coutinho da Silva, CIH1
Leidiane Mariani, CIH
Rafael H. de Aguiar González, CIH
Contribuição de:
Aline Scarpetta, CIH
Cristiane Fracaro, CIH
Luis Thiago Lucio, ADEOP2
Luis Henrique Weiss de Carvalho, CIH
Revisado por:
Fabiano Costa de Almeida, ANA3
Daniel Assumpção Costa Ferreira, ANA
Foz do Iguaçu
Maio/2012
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................... 05
1 O QUE É GESTÃO TERRITORIAL?............................................................... 07
1.1 Por Que Utilizar a Gestão Territorial?........................................................... 08
1.2 O Que é uma Bacia Hidrográfica?................................................................ 09
1.2.1 Histórico..................................................................................................... 09
1.2.2 Conceitos................................................................................................... 09
1.3 Caracterização de uma Bacia Hidrográfica.................................................. 11
1.3.1 Características Fisiográficas de uma Bacia Hidrográfica.......................... 11
1.3.2 Características Geológicas........................................................................ 20
2. DIFERENTES FORMAS DE UTILIZAÇÃO DA GESTÃO TERRITORIAL.... 25
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Tripé efetividade, eficácia e eficiência.
LISTA DE TABELAS
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INTRODUÇÃO
Segundo Câmara e Davis (2001), é possível dizer de forma genérica: “Se onde é
importante para seu negócio, então Geoprocessamento é sua ferramenta de
trabalho”. Sempre que o onde aparece, dentre as questões e problemas que
precisam ser resolvidos por um sistema informatizado, haverá uma oportunidade
para considerar a adoção de um SIG. Num país de dimensão continental como o
Brasil, com uma grande carência de informações adequadas para a tomada de
decisões sobre os problemas urbanos, rurais e ambientais, o Geoprocessamento
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apresenta um enorme potencial, principalmente se baseado em tecnologias de custo
relativamente baixo, em que o conhecimento seja adquirido localmente.
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1 O QUE É GESTÃO TERRITORIAL?
Para que esta unidade do curso possa cumprir com seu propósito, é preciso
começar perguntando-se “O que é Gestão Territorial?”. Segundo Dallabrida (2007) a
gestão territorial refere-se aos processos de planejamento e tomada de decisão dos
atores sociais, econômicos e institucionais de um determinado âmbito espacial,
sobre a apropriação dos territórios visando a qualidade de vida da população.
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Figura 1 - Tripé efetividade, eficácia e eficiência.
Por outro lado, a gestão territorial favorece a participação das partes interessadas,
as quais, embasadas em informações, podem contribuir de fato com suas visões e
prioridades. Ao mesmo tempo, exigem e promovem a melhoria da capacidade
organizacional e da habilidade de articulação e argumentação, favorecendo a
descentralização e potencializando as chances de ocorrer o desenvolvimento
sustentável.
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• Contribuir com o aperfeiçoamento do modelo de planejamento e gestão
territorial que se quer construir;
• Alertar para necessidades de redirecionamentos.
• Monitorar processos para garantir:
◦ a eficácia no alcance das metas;
◦ a eficiência na utilização dos recursos; e
◦ a efetividade das ações.
1.2.1 Histórico
A questão principal que impulsiona a gestão hoje é a integração dos vários aspectos
que estão diretamente e indiretamente relacionados com o uso dos recursos hídricos
e também com a sua proteção ambiental.
1.2.2 Conceitos
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Segundo Porto & Porto (2008) apud Tucci (1997), a bacia hidrográfica é uma área de
captação natural da água de precipitação que faz convergir o escoamento para um
único ponto de saída. A bacia hidrográfica compõe-se de um conjunto de superfícies
vertentes e de uma rede de drenagem formada por cursos de água que confluem até
resultar em um leito único no seu exutório.
Fonte: SEMA-RS
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produção de alimentos de forma quantitativa e qualitativa (VALERI et al., 2003).
De acordo com Souza (2009), a bacia hidrográfica deve ser entendida como um
sistema de múltiplas relações em que a natureza e as ações antrópicas estão
interligadas, tornando-a uma ferramenta de fundamental importância, pois permite a
análise do uso e ocupação do solo, que está diretamente ligada as atividades
econômicas da bacia, fatores naturais, antrópicos, sociais, culturais, políticos,
alterações negativas na vegetação natural, impermeabilização e contaminação do
solo e poluição da água, fatores esses que influenciam na dinâmica da bacia, e
quando analisados em conjunto permitem tomada de decisões mais precisas e
compatíveis com a realidade, proporcionando uma melhor qualidade de vida.
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fazer comparações entre bacias, a fim de r conhecer melhor os fenômenos
passados e fazer extrapolações. Desse modo, o aproveitamento dos recursos
hídricos pode ser feito de maneira mais racional, com maiores benefícios à
sociedade em geral.
As características fisiográficas de uma bacia são obtidas dos dados que podem ser
extraídos de mapas, fotografias aéreas e imagens de satélite: uso do solo,
declividade, área e comprimento.
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compactação.
A área da bacia afeta a grandeza das enchentes, das vazões mínimas e das vazões
médias de várias formas. Ou seja, tem significativa influência sobre o hidrograma
como veremos a seguir.
Efeito sobre vazões máximas: Suponhamos duas bacias que diferem apenas pela
área. Se quantidades iguais de chuva precipitam em intervalos de tempos iguais
sobre elas, o volume do escoamento superficial por unidade de área será o mesmo
nas duas bacias. Entretanto, esse volume de escoamento estará mais espalhado na
bacia de maior área.
Assim, o tempo necessário para que todo esse volume passe pela seção de saída
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desta bacia será maior que o tempo gasto na bacia de área menor. Porém, o pico de
enchente será menos acentuado na maior bacia (em relação à vazão normal). Isto
significa que, para um dado volume de um hidrograma de cheia de base mais larga,
o tempo necessário para que um escoamento de enchente (que caiu próximo à
nascente, por exemplo) atinja uma seção (saída, por exemplo) aumenta na medida
em que a área da bacia aumenta.
Efeito sobre a vazão média: A área da bacia não afeta diretamente a vazão média.
Assim, as vazões médias específicas (vazão por unidade de área) em vários pontos
de uma bacia são praticamente constantes.
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especial. Raramente as duas delimitações coincidem.
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Figura 4 - Carta topográfica da região do sul de Minas com a separação de uma pequena
bacia hidrográfica e seus principais elementos fisiográficos.
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Bacia Elíptica: Em uma bacia elíptica, toda a água escoada é mais
distribuída em um intervalo de tempo.
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os cursos de água.
Diversos parâmetros foram desenvolvidos para refletir as variações do relevo em
uma bacia. Os mais comuns são:
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Tabela 2 - Curva Hipsométrica
Ordem dos cursos d’água - Leis de Horton - A ordem do curso d’água é uma medida
da ramificação dentro de uma bacia. Um curso d’água de primeira ordem é um
tributário sem ramificações; um curso d’água de 2a ordem é um tributário formado
por dois ou mais cursos d’água de 1a ordem; um de 3a ordem é formado por dois ou
mais cursos de 2a ordem; e, genericamente, um curso d’água de ordem n é um
tributário formado por dois ou mais cursos d’água de ordem (n - 1) e outros de
ordens inferiores.
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Figura 9 - Ordem dos cursos de água segundo Horton.
Para uma bacia hidrográfica, o eixo principal é definido como a ordem principal do
respectivo canal. A Figura 9 apresenta a ordenação dos cursos de água de uma
bacia hipotética. Neste caso, a ordem principal da bacia é 4.
O estudo geológico dos solos e subsolos tem por objetivo principal a sua
classificação segundo a maior ou menor permeabilidade, dada a influência que tal
característica tem na rapidez de crescimento das cheias. A existência de terrenos
quase, ou totalmente, impermeáveis, impede a infiltração facilitando o escoamento
superficial e originando cheias de crescimento repentino. Já os permeáveis
ocasionam o retardamento do escoamento devido à infiltração, amortecendo as
cheias. Na Figura 10 abaixo, ilustra-se o que se acabou de mencionar:
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Figura 10 - Características da vazão de um rio de acordo com a permeabilidade do solo.
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apresentam uma certa uniformidade térmica;
b.4) Vegetação - por ação da menor fração de energia solar que atinge o solo e do
calor absorvido pela evapotranspiração das plantas, a temperatura média anual de
uma região arborizada pode ser inferior em 10 °C ou 20 °C à uma região
desarborizada;
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precipitada alcança a superfície terrestre, já que uma parte, na sua queda, pode ser
interceptada pela vegetação e volta a evaporar-se. (CARVALHO & SILVA, 2006)
A quantidade de água e a velocidade com que ela circula nas diferentes fases do
ciclo hidrológico são influenciadas por diversos fatores como, por exemplo, a
cobertura vegetal, altitude, topografia, temperatura, tipo de solo e geologia.
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• Transferências inter-bacias (água transferida de uma bacia hidrográfica para
outra bacia adjacente).
b) As saídas incluem:
• Evaporação;
• Evapotranspiração;
• Retirada de água dos rios para usos como: consumo, industrial, doméstico e
de irrigação;
• Retirada de água dos aquíferos subterrâneos para diversos usos;
• Transferências interbacias (água transferida de uma bacia para outra
adjacente).
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2. DIFERENTES FORMAS DE UTILIZAÇÃO DA GESTÃO TERRITORIAL
Segundo o autor é essa unidade espacial imposta tanto por razões físico-naturais,
político-sociais, quanto por critérios dos chamados meios de produção, que cerca de
60% da população mundial (projeção ONU, 1998) reconhecerá imediatamente
enquanto lugar, espaço e paisagem no seu cotidiano na virada do milênio. A sua
extrema importância, enquanto fenômeno espacial, não se encontra apenas no fato
de apresentar-se como forma de aglomeração humana quase que hegemônica nos
dias atuais, no que tange a volume de pessoas, mas principalmente na
contraposição e complexidade sugeridas em relação ao rural, denotadas por sua
presença impactante tanto na cultura (pela urbanização), quanto no meio ambiente.
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Figura 12 - Representação de escalas de observação.
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Tabela 3 - Lista de aplicações de Gestão Territorial
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