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4.1 Introdução
R X
0,2Ω/fase I
∼ ∼ Vf 300 MW
17,3 kV
900 MW
fp = 1 17,3
Vf = √
3
= 10 kV
– 1–
Perdas de potência ativa por fase na linha de transmissão:
Pp = R | I | 2
Pφ = | Vf | | I | fp (fp ≈ 1)
Pφ
= | Vf | | I | → | I |=
| Vf |
Note que considerou-se o fator de potência visto pela fonte como unitário, ou
seja, o efeito da reatância da linha foi desprezado.
Coeficiente de perdas:
Pp R | I |2 R (Pφ / | Vf |)2 R Pφ
η= = = =
Pφ Pφ Pφ | V f |2
– 2–
I Considerar agora que a transmissão é feita em um nı́vel de tensão dez vezes
maior:
PSfrag replacements
P 0 = 0,98 P
– 3–
Após computadas as perdas no transformador abaixador, a potência entregue
à carga é:
P − P 000
ηtotal = = 0,0454
P
4.3 replacements
PSfrag Transformador monofásico ideal
I Descrição geral:
i1 φ i2
+ +
Fonte v1 N1 N2 v2 Carga
− −
Primário Secundário
Alta/Baixa tensão Baixa/Alta tensão
– 4–
I Hipóteses:
Não há perdas no núcleo – não há histerese nem correntes parasitas
I Circuito equivalente:
I1 I2
PSfrag replacements
+ +
V1 V2
− −
N1 : N2
I Relações:
Tensões e correntes:
V1 I2 N1
= = =a
V2 I1 N2
– 5–
Potências:
S1 = V1 I1∗ = V2 I2∗ = S2
Impedâncias:
I1 I2
PSfrag replacements
+ +
V1 Z1 V2 Z2
− −
N1 : N2
V1 aV2 V2
Z1 = = = a2 = a 2 Z2
I1 I2 /a I2
– 6–
4.4 Transformador monofásico real
I São consideradas:
Sfrag replacements
Perdas no núcleo (histerese e correntes parasitas)
Dispersão de fluxo
Corrente de magnetização
I Circuito equivalente:
r1 x1 x2 r2
Iϕ I10
+ I1 + + I2 +
V1 xm rc V10 V20 V2
Im Ic
− − − −
N1 : N2
Transformador ideal
– 7–
I A relação de espiras é válida para V10 e V20 e para I10 e I2 .
I Em vazio:
I2 = 0 → I10 = 0
I10 = 0
+ I1 Iϕ I2 +
V1 xm rc V2
Im Ic
− −
N1 : N2
Transformador ideal
– 8–
A tensão no secundário é :
V1
V2 =
a
I1 = Iϕ
Ic V1
Im
Iϕ
– 9–
I Com carga:
PSfrag replacements
I2 6= 0 → todos os parâmetros do circuito equivalente são considerados.
r1 x1 a2 x 2 a2 r 2
+ I1
Iϕ I2/a +
V1 xm rc aV2
Im Ic
− −
r1 + a2 r2 x1 + a2 x2
PSfrag replacements
+ +
I1 = I2/a
V1 aV2
− −
– 10–
Em geral para transformadores de potência (a partir de centenas de KVA)
as perdas ôhmicas podem ser desprezadas:
x1 + a2 x2 = x
PSfrag replacements + +
I1 = I2/a
V1 aV2
− −
I1 I2
PSfrag replacements
+ +
V1 V2 V1 = 120 V I1 = 250 A
V2 = 240 V I2 = 125 A
− −
N1 : N2
S = V1 I1 = V2 I2 = 30 kVA
– 11–
I Se for feita uma ligação fı́sica entre os enrolamentos primário e secundário
tem-se o autotransformador:
I2
PSfrag replacements N2
I1 + I2
V1 + V2
+
V1 N1
− −
– 12–
4.6 Autotransformador real
Exemplo
+ +
PSfrag replacements V1 V2
tap
− −
12,5 A 12,5 A
+ +
PSfrag replacements
800 V 800 V Carga
I≈0
− −
Relação 1:1
– 13–
o autotransformador tem relação de transformação 1 : 1.
Considere agora a mesma carga sendo alimentada por uma fonte de 1000 V:
10 A 12,5 A
PSfrag replacements
+ +
200 V
1000 V 800 V Carga
2,5 A
− −
Relação 5:4
– 14–
perdas na porção 1/5:
1
P1 = R · 102 = 20R
5
4
P2 = R · 2, 52 = 5R
5
Considere agora a mesma carga sendo alimentada por uma fonte de 1600 V:
6,25 A 12,5 A
PSfrag replacements
+ +
800 V
200 V
6,25 1600
A V 800 V Carga
6,25 A
− −
Relação 2:1
– 15–
a potência na fonte deve ser também 10 kVA. Logo a corrente da fonte é
10000/1600 = 6, 25 A.
1
P1 = R · 6,252 = 19,53R
2
1
P2 = R · 6,252 = 19,53R
2
– 16–
Sfrag replacements
Exemplo
Ie Is Ie Is
+ + + +
I1 N1 N1 I1
Ve Vs Ve Vs
N2 N2
I2 I2
− − − −
Abaixador Elevador
Ve Is N1 + N 2
= = =a>1
Vs Ie N2
N1 N2
P = RI12 + RI22
N1 + N
2 N1 + N 2
1 1
= 1− RIe2 + R (Is − Ie )2
a a
a−1 1
= RIe2 + R (a − 1)2 Ie2
a a
2
= RIe (a − 1)
– 17–
Para o autotrafo elevador:
Ve Is N2
= = =a<1
Vs Ie N1 + N 2
As perdas são:
N1 N2
P = RI12 + RI22
N1 + N 2 N1 + N 2
= (1 − a) RIs + aR (Is − Ie)2
2
2
2 a−1
= (1 − a) RIs + aR Is2
a
1
= RIs2 −1
a
– 18–
4.7 Transformador trifásico
H1 X1 a b c
a
replacements
H2 X2 H1 H2 H3
A
H1 X1
b
C
H2 X2
B
H1 X1 X1 X2 X3
c
A C B
H2 X2
I Normalmente utiliza-se:
– 19–
I O banco trifásico tem a vantagem da possibilidade de mudança das ligações.
I Ligação Y -∆:
I Ligação ∆-Y :
I Ligação ∆-∆:
I Ligação Y -Y :
Este problema pode ser contornado com o aterramento fı́sico dos neutros dos
enrolamentos.
– 20–
Exemplo
√ √
VAN = V ∠0◦ VAB = 3 V ∠30◦ (pois VL = 3 VF ∠30◦)
√
VBN = V ∠ − 120◦ VBC = 3 V ∠ − 90◦
√
VCN = V ∠120◦ VCA = 3 V ∠150◦
PSfrag replacements
(a) Ligação Y -Y
A B a b
+ + + +
1 2 1 2
N n
3 3
+ +
C c
VAN V √ V
=a → Van = ∠0◦ → Vab = 3 ∠30◦
Van a a
VAB
=a
Vab
∗
√ √ IA Vab IA 1
S = 3 VAB IA∗ = 3 VabIa∗ → = → =
Ia VAB Ia a
– 21–
PSfrag replacements
(b) Ligação Y -∆
Ia
A B
+ + Iab
1 2 a +
IA N
1
Ica 3 2 b
+
+
3 c Ibc
+
VAN V
=a → Vab = ∠0◦
Vab a
VAB √
= a 3 ∠30◦
Vab
∗
√ √ IA Vab IA 1
S = 3 VAB IA∗ = 3 Vab Ia∗ → = → = √ ∠30◦
Ia VAB Ia a 3
– 22–
PSfrag replacements
Ib
B A
+ + Iba
1 2 b +
IB N
1
Icb 3 2 a
+
+
3 c Iac
+
VBN V V
=a → Vab = − ∠ − 120◦ = ∠60◦
Vba a a
VAB √
= a 3 ∠ − 30◦
Vab
∗
√ √ IA Vab IA 1
∗
S = 3 VAB IA = 3 Vab Ia∗ → = → = √ ∠ − 30◦
Ia VAB Ia a 3
– 23–
PSfrag replacements
Ia
IA
a b
+ +
IAB 1 2
A +
n
1
ICA 3 2 B
+
+ 3
C IBC
+
√
VAB 3V
=a → Van = ∠30◦
Van a
3V
Vab = ∠60◦
a
VAB a
= √ ∠ − 30◦
Vab 3
√
IA 3
= ∠ − 30◦
Ia a
– 24–
PSfrag replacements
Ib
IB
b a
+ +
IBA 1 2
B +
n
1
ICB 3 2 A
+
+ 3
C IAC
+
√ √
VBA 3V 3V
=a → Vbn =− ∠ − 150◦ → Van = ∠ − 30◦
Vbn a a
3V
Vab = ∠0◦
a
VAB a
= √ ∠30◦
Vab 3
√
IA 3
= ∠30◦
Ia a
– 25–
(d) Ligação ∆-∆
IA Ia
A + IAB + Iab
a
1 1
ICA 3 2 B Ica 3 2 b
+ +
+ +
C IBC c Ibc
VAB
=a
Vab
IA 1
=
Ia a
g replacements
Y -∆ Y -∆
138/13,8 kV 138/69 kV
PSfrag replacements
Y -∆
138/69 kV
– 26–
Exemplo
Obter a potência complexa fornecida por um gerador trifásico que alimenta uma
carga através de um banco de transformadores ideais e de uma linha de
transmissão. O banco de transformadores é formado por 3 transformadores
monofásicos de 20 MVA, 20/200 kV, ∆-Y . O circuito equivalente por fase de linha
de transmissão resume-se à impedância série ZL = 0 + j 100 Ω. A tensão de linha
ag replacements
na carga é de 340 kV e a carga consome 30 MVA com fator de potência 0,8
atrasado.
PSfrag replacements
Diagrama unifilar:
∼
∆-Y
Circuito completo:
60 MVA
√
20/200 3 kV
– 27–
Tensão de fase na carga:
340
Va0 n0 = √ ∠0◦ kV (referência angular)
3
30
Sc = ∠ cos−1 0,8 = 10 ∠36,87◦ MVA
3
∗
Sc
Ia = = 50,94 ∠ − 36,87◦ A
V a 0 n0
S = 3 (Sc + SL )
= 3 Van Ia∗ = 30,47 ∠38,04◦ MVA
VAB 20
= → VAB = 19,94 ∠1,17◦ kV
Van 200
– 28–
Tensão de fase nos terminais no gerador:
VAB
VAN = √ ∠ − 30◦ = 11,51 ∠ − 28,83◦ kV (seq. fase ABC)
3
IAB 200
= → IAB = 509,43 ∠ − 36,87◦ A
Ia 20
√
IA = 3 IAB ∠ − 30◦ = 882,35 ∠ − 66,87◦ A
√
VL = 11,51 3 = 19,94 kV
– 29–
4.8 Transformadores de três enrolamentos
I Estrutura básica:
PSfrag replacements I1 I2
N2 E2
E1 N1
N3 I3 E3
I Terceiro enrolamento:
Baixa tensão
– 30–
x
Rede teste IEEE 14 barras
g replacements C
∼ 8
7
PSfrag replacements I2
I1
N2 E2
E1 N1
N3 I3 E3
– 31–
I As relações entre tensões e correntes são obtidas utilizando-se o mesmo
raciocı́nio que para o transformador de dois enrolamentos.
Para as tensões:
E1 E2 E3
= =
N1 N2 N3
N1 I 1 = N 2 I 2 + N 3 I 3
N1 N1
E1 = E2 = E3
N2 N3
= a2 E 2 = a3 E 3
N2 N3
I1 = I2 + I3
N1 N1
I2 I3
= +
a2 a3
– 32–
cujas equações são atendidas pelo seguinte diagrama:
I2/a2
PSfrag replacements I1
I3/a3
a2 E 2
E1
a3 E 3
PSfrag
I Noreplacements
caso de um transformador real → parâmetros série e shunt são
acrescentados ao diagrama:
Z2 I2/a2
I1 Z1
I3/a3
a2 E 2
E1 rc xm Z3
a3 E 3
– 33–
I Os parâmetros shunt podem ser determinados através de ensaios de circuito
aberto → enrolamentos 2 e 3 em aberto, tensão nominal aplicada ao
enrolamento 1.
Z12 = Z1 + Z2
Z13 = Z1 + Z3
Z23 = Z2 + Z3
1
Z1 = (Z12 + Z13 − Z23 )
2
1
Z2 = (Z12 + Z23 − Z13 )
2
1
Z3 = (Z13 + Z23 − Z12 )
2
– 34–
4.9 Transformadores com tap variável
posição máxima
posição mı́nima
PSfrag replacements
V1 V2
– 35–
4.9.1 Transformadores reguladores
I Diagrama:
∆Va
− +
a A
PSfrag replacementsb B
c C
– 36–
4.9.2 Transformadores defasadores
I Diagrama:
Van
Van + ∆Va
∆Va
a ∆Va
∆Vb α
α
b c
∆Vc
– 37–
I A tensão de saı́da da fase a é igual à tensão de entrada somada a uma tensão
∆Va que é induzida pela tensão de linha Vbc , que por sua vez é defasada de Va
de um ângulo de 90◦.
Exemplo
4400/220 V
É vantajosa a escolha das tensões de base Vb1 e Vb2 tais que Vb1 /Vb2 = a onde a é a
relação de transformação.
– 38–
Como a potência de entrada é igual à potência de saı́da (desconsiderando as
perdas) → a potência de base deve ser igual para os dois lados. Escolhendo:
Vb1 = 4400 V
Vb2 = 220 V
Sb = 22 kVA
Ib1 = Sb /Vb1 = 5 A
Ib2 = Sb /Vb2 = 100 A
Como a mesma potência de base foi escolhida para os dois lados, as correntes de
base dos enrolamentos também seguem a relação Ib1/Ib2 = 1/a.
Uma certa corrente no enrolamento de alta tensão pode ser expressa em pu como:
I1 I2/a
i1 = =
Ib1 Ib1
I2 /a I2
= = = i2
Ib2/a Ib2
– 39–
ou seja, as correntes em pu nos dois enrolamentos são iguais. O mesmo vale para
uma certa tensão no enrolamento de alta tensão:
V1 aV2
v1 = =
Vb1 Vb1
aV2 V2
= = = v2
aVb2 Vb2
Para as impedâncias:
Z1
z1 =
Zb1
a 2 Z2
=
Vb12 /Sb
a 2 Z2
=
a2 Vb22 /Sb
a 2 Z2
=
a2 Zb2
Z2
= = z2
Zb2
– 40–
Exemplo
G TR LT C
O circuito em pu será:
rT xT rLT xLT
∼ e i zc
– 41–
Para o lado de baixa tensão do transformador (área 1) tem-se os seguintes valores
de base:
Vb1 = 13,8 kV
Sb = 1,5 MVA
Vb2 = 220 kV
Sb = 1,5 MVA
rT = 0,03 pu
xT = 0,08 pu
– 42–
A magnitude de tensão e potência aparente na carga são:
| vC | = 200/220 = 0,9091 pu
| sC | = 1/1,5 = 0,6667 pu
vC = 0,9091 ∠0◦ pu
sC = 0,6667 ∠36,87◦ pu
∗
sC
i= = 0,7334 ∠ − 36,87◦ pu
vC
ou 13,53 kV.
– 43–
A potência fornecida pelo gerador é:
sG = e i∗ = 0,7192 ∠39,56◦ pu
o que corresponde a 1,08 MVA com um fator de potência visto pela fonte de 77%
indutivo.
Exercı́cio
Exemplo
PSfrag replacements
20/440 kV
500 MVA
x = 5%
– 44–
Os possı́veis modelos para o transformador são:
Sfrag replacements
j X1 j X2
ou Xi em Ω
modelo 1 modelo 2
Vb12 202
X1 = x Zb1 = x = 0,05 · = 0,04 Ω
Sb 500
Caso seja escolhido o modelo 2, ou seja, com X referido ao lado de baixa tensão,
tem-se:
Vb22 4402
X2 = x Zb2 = x = 0,05 · = 19,36 Ω
Sb 500
X1 0,04 202
= = 0,002066 = 2
= a2
X2 19,36 440
– 45–
então deve-se primeiro transformar a reatância em Ohms usando a base original e
voltar para pu considerando a nova base. Assim:
velho
novo velho Zb1
x =x novo
Zb1
2
Vb1velho Sb1novo
= xvelho
Sb1velho
(Vb1novo)2
velho 2 novo
Vb1 Sb1
= xvelho
Vb1novo Sb1velho
Neste caso:
2
20 250
xnovo = 0,05 · · = 0,016 pu
25 500
4.11 Autotransformadores em pu
– 46–
4.12 Transformadores trifásicos em pu
I Idéia básica: escolher os valores de base iguais aos valores nominais do trafo.
√
Vb1 = VN 1 = 3V1 Para as bases escolhidas, a impedância do
√ circuito equivalente do trafo trifásico em
Vb2 = VN 2 = 3V2
pu é igual a zT .
Sb = 3S = S3φ
√
Vb1 = VN 1 = 3V1 Novamente, a impedância do circuito
equivalente do trafo trifásico em pu é
Vb2 = VN 2 = V2
igual a zT .
Sb = 3S = S3φ
– 47–
Exemplo
PSfrag replacements
Considere o diagrama unifilar do circuito trifásico a seguir.
Vg 500 kV
∼ 9 MVA
Y-Y x = 1000 Ω fp = 1
10 MVA
15/500 kV
xT = 2%
ments
XT 1 1 XL Pc
∼
Pc = 3 MW
XT 2 2 XL Pc
∼ XL = 1000 Ω
2 152
XT 3 3 XL Pc XT = · = 0,45 Ω
100 10
∼
– 48–
O circuito por fase é:
PSfrag replacements
XT XL
∼ 1 1 Vc P
−
√ √
15/ 3 : 500/ 3 kV
10/3 MVA
Área 1 Área 2
√
Vc = 500/ 3 ∠0◦ kV (ref. angular)
O circuito em pu fica:
replacements
xT xL vc = 1 ∠0◦ pu
3
+ + sc = = 0,9 ∠0◦ pu
i 10/3
∼ vg vc sc 1000
xL = = 0,04 pu
25000
− − 0,45
xT = = 0,02 pu
22,5
– 49–
Portanto:
Vb1 = 15 kV
Zb1 = 22,5 Ω Ib1 = √ Sb = 384,9 A
3Vb1
Vb2 = 500 kV → →
Zb2 = 25 kΩ Ib2 = √ Sb = 11,55 A
3Vb2
Sb = 10 MVA
– 50–
Exemplo
O circuito é:
XT IB
B0
B Ia xL Sc
a a0
XT IA
A0
A + + 1
+ 1 2 Ica Ib xL
Iab b b0 Sc
N0 3 + n0
Ibc
+ Ic
IC 3 2 xL Sc
XT C 0
+
c c0
C
n
N
√
V = 500/ 3 ∠0◦ kV
an
0 0
√
Vb0 n0 = 500/ 3 ∠ − 120◦ kV
V 0 0 = 500/√3 ∠120◦ kV
cn
∗
√
I = (S /V ) = 6 3 ∠0◦ A
a c an
0 0
√
Ib = (Sc /Vb0n0 )∗ = 6 3 ∠ − 120◦ A
I = (S /V 0 0 )∗ = 6√3 ∠120◦ A
c c cn
– 51–
Como, para a ligação Y-∆ e seqüência de fases ABC, tem-se:
√ IL
IL = If 3 ∠ − 30◦ → If = √ ∠30◦
3
Iab = 6 ∠30◦ A
Ibc = 6 ∠ − 90◦ A
I = 6 ∠150◦ A
ca
√
V = V + jX I = 500,32/ 3 ∠2,06◦ kV
an an L a
0 0
√
Vbn = Vb0 n0 + jXL Ib = 500,32/ 3 ∠ − 117,94◦ kV
V = V 0 0 + jX I = 500,32/√3 ∠122,06◦ kV
cn cn L c
√ ◦
√ ◦
V = 500,32/ 3 ∠32,06 kV V = V 3 ∠30
ab
√
L f
√
A relação de transformação de cada transformador monofásico é 15/ 3 /500,
logo:
√
V A0 N 0 15/ 3
= → VA0 N 0 = 8,67 ∠32,06◦ kV
Vab 500
e:
(
VB 0 N 0 = 8,67 ∠ − 87,94◦ kV
VC 0 N 0 = 8,67 ∠152,06◦ kV
V 0 0 = 15,01 ∠62,06◦ kV
AB
VB 0 C 0 = 15,01 ∠ − 57,94◦ kV
V 0 0 = 15,01 ∠ − 177,94◦ kV
CA
– 52–
Para as correntes de linha no primário:
IA 500
= √ → IA = 346,41 ∠30◦ A
Iab 15/ 3
e:
(
IB = 346,41 ∠ − 90◦ A
IC = 346,41 ∠150◦ A
e:
(
VBN = 8,67 ∠ − 86,94◦ kV
VCN = 8,67 ∠153,06◦ kV
V = 15,02 ∠63,06◦ kV
AB
VBC = 15,02 ∠ − 56,94◦ kV
V = 15,02 ∠ − 176,94◦ kV
CA
V A0 B 0 15
= ∠30◦ → defasagem entre tensões do primário e secundário
Vab 500
IA 500
= ∠30◦ → defasagem entre correntes do primário e secundário
Ia 15
– 53–
PSfrag replacements
xT xL
1 ∠30◦
+ + + +
i1 ic
∼ vg v1 v2 vc sc
− − − −
Logo:
sc = 0,9 ∠0◦ pu
vc = 1,0 ∠0◦ pu
ic = (sc /vc)∗ = 0,9 ∠0◦ pu
v2 = vc + jxLic = 1,0006 ∠2,06◦ pu
v1 = v2 ∠30◦ = 1,0006 ∠32,06◦ pu
i1 = ic ∠30◦ = 0,9 ∠30◦ pu
– 54–
4.13 Transformadores em pu com relação 1 : α
Exemplo
Área 1 Área 2
T1
∼
T2
13,8/34,5 kV
1 15 kVA 2
– 55–
A idéia é dividir o circuito em duas áreas e utilizar como valores de base os
valores nominais dos transformadores.
Sb = 15 kVA
Vb1 = 11,9 kV
Vb2 = 34,5 kV
Observando o lado de baixa tensão de T2, nota-se que a sua tensão nominal é
diferente de Vb1, embora pertença à área 1. Logo, T2 não poderá ser eliminado,
sendo representado como um transformador com relação de transformação 1 : α
em pu!
V1 = v1 Vb1 e V2 = v2 Vb2
– 56–
A relação entre as tensões deverá ser igual à relação de transformação de T2:
V1 v1 Vb1 13,8
= = a2 = = 0,4
V2 v2 Vb2 34,5
Logo:
v1 Vb2 34,5 1 1
= 0,4 = 0,4 · = 1,16 = ou v1 = v2
v2 Vb1 11,9 0,86 0,86
e o circuito em pu fica:
PSfrag replacements
∼
T2
1 : 0,86
1 2
– 57–
Pode-se enxergar o problema sob outro ponto de vista, redesenhando o diagrama
unifilar como:
Área 1 Área 2
T1
∼
T2
13,8/11,9 kV 11,9/34,5 kV
1 15 kVA 2
PSfrag replacements
∼
T2
15 kVA
1,16 : 1 1:1
1 2
– 58–
4.14 Transformadores com tap variável em pu
I Idéia:
N1 VN 1
a= =
N2 VN 2
Vb1 = VN 1 e Vb2 = VN 2
e a relação de transformação em pu é 1 : 1.
– 59–
I Se V1 e V2 são tensões nos dois lados do transformador e v1 e v2 são os seus
respectivos valores em pu, as seguintes relações são válidas:
V1
V2 = e v2 = v1
a
I Considere agora que este transformador seja de tap variável para o qual a
situação descrita anteriormente é válida para o tap na sua posição nominal.
N2 → N2 + ∆N2
+
ag replacements
a
b ∆N2 a nova relação de transformação
será:
V1 N1 +
N2 V2
N1
a0 =
− − N2 + ∆N2
– 60–
I Para uma mesma tensão V1 em um dos enrolamentos, a nova tensão no outro
enrolamento será dada por:
N2 + ∆N2
V20 = V1
N1
N2 ∆N2
= V1 + V1
N1 N1
∆N2
= V2 + V1 (da relação para tap nominal)
N1
N1 ∆N2
= V2 + V2
| {zN2} N1
V1
∆N2
= V2 1+
N2
= V2 (1 + t) ← t = tap fora do nominal (off-nominal tap)
= V2 α
I Transformando em pu:
V20 V2
= α
Vb2 Vb2
v20 = v2 α
= v1 α (pois v1 = v2 )
– 61–
I O circuito em pu fica (trafo real com parâmetros shunt desprezados):
zT
+
V1
PSfrag replacements V2
− −
1:α
Exemplo
1 2
PSfrag replacements
100 MVA
220/69 kV
xT = 8%
– 62–
Considere os valores de base iguais aos valores nominais do transformador:
Sb = 100 MVA
Vb1 = 220 kV
Vb2 = 69 kV
∆N2
= t = 0,01
N2
Logo:
α = 1 + t = 1,01
– 63–
e o circuito do trafo em pu é:
PSfrag replacements
v1 0,08 pu
Vb1 = 220 kV
v1 v2
Vb2 = 69 kV
Sb = 100 MVA
1 : 1,01
Sfrag replacements
Exemplo
Vs V1 V2 Vc = 500 kV
100 MVA
j0,1 120 MVA j0,1 fp = 1
500 kV
xT = 12%
– 64–
(a) Calcule a tensão Vs considerando que a posição do tap é a nominal.
5002 100
xT = 0,12 · · = 0,1 pu
120 5002
PSfrag replacements
E o circuito em pu fica:
vs v1 v2 vc = 1 ∠0◦ pu
Dados da carga:
sc = 1 ∠0◦ pu
vc = 1 ∠0◦ pu (referência angular)
– 65–
No secundário do transformador:
v2 = vc + j 0,1 i
= 1 + 0,1 ∠90◦ = 1,005 ∠5,71◦ pu
No primário do transformador:
v1 = v2 + j x T i
= vc + j 0,2 i = 1,02 ∠11,31◦ pu
Na fonte:
vs = v1 + j 0,1 i
= vc + j 0,3 i = 1,044 ∠16,7◦ pu
ou seja, 100 MW e 30 Mvar. Note que a carga não consome potência reativa
(fator de potência unitário). Os 30 Mvar obtidos correspondem a perdas de
potência nas linhas de transmissão e transformador.
– 66–
(b) Calcule a tensão Vs considerando agora que a posição do tap é +5%.
+5%
PSfrag replacements V2
V1
V1 N 1
= =
ag replacements V2 N + 0,05N 1,05
vs v1
v10
v2 vc = 1 ∠0◦ pu
– 67–
No secundário do transformador:
v2 = vc + j 0,1 i
= 1 + 0,1 ∠90◦ = 1,005 ∠5,71◦ pu
No primário do transformador:
v10 1
=
v2 1,05
v2
v10 = = 0,9571 ∠5,71◦ pu
1,05
i0
= 1,05
i
i0 = 1,05 i = 1,05 ∠0◦ pu
Na fonte:
∗
s = vs (i0 ) = 1,05 ∠17,77◦ pu = 1 + j 0,32 pu
ou seja, 100 MW e 32 Mvar. Note que a tensão na carga é mantida com uma
tensão Vs menor, porém, a injeção de potência reativa é maior.
– 68–
4.15 Operação de transformadores em paralelo
1 2
PSfrag replacements 11,9 : 34,5 kV
T1
T2
A B 11,9 : 34,5 kV
chave
PSfrag replacements
área 1 área 2
1 2
11,9 : 34,5 kV
T1
T2
A B 11,9 : 34,5 kV
– 69–
Os valores das tensões de base são escolhidos de forma que a relação entre
eles seja igual à relação de transformação dos transformadores. Em particular,
foram escolhidas as próprias tensões nominais dos transformadores. Em por
unidade tem-se:
1 2
PSfrag replacements
1:1
T1
T2
A B 1:1
PSfrag replacements
1 2
j x1
T1
T2
A B j x2
1 Para transformadores de potência as perdas ferro e de magnetização são desprezadas. As perdas cobre também são em geral desprezadas.
– 70–
I Considere que o transformador T2 tenha a sua relação de transformação
aumentada para (12,5 : 34,5 kV), através de uma mudança na posição do tap:
PSfrag replacements 1 2
11,9 : 34,5 kV
T1
T2
A B
12,5 : 34,5 kV
PSfrag replacements 1 2
11,9 : 34,5 kV
T1
T2
– 71–
Dividindo o circuito em duas áreas:
PSfrag replacements
área 1 área 2
1 2
11,9 : 34,5 kV
T1
T2
1 2
PSfrag replacements 1:1
T1
T2
A B 1,05 : 1 1:1
12,5/11,9
– 72–
Considerando as reatâncias dos transformadores:
PSfrag replacements
1 2
j x1
T1
T2
A B 1,05 : 1 j x2
PSfrag replacements
Verifica-se que o transformador com a posição do tap fora da nominal deve
ser representado em por unidade com uma relação (1,05 : 1) ou (1 : 0,952).
Considere agora que a chave AB seja aberta:
1 2
j x1
v
+ AB − T1
V
T2
A B vx j x2
1,05 : 1
v1 v2
– 73–
Devido à alteração na posição do tap de T2, aparece uma tensão sobre os
terminais da chave:
vAB = vA − vB
= v1 − 1,05 vx
= v1 − 1,05 v2
= v1 − 1,05 v1
= −0,05 v1
Logo, tem-se:
zloop
PSfrag replacements
A
+
∼ vAB V
−
B
– 74–
Se a chave AB for novamente fechada, circulará uma corrente pelo circuito:
zloop
PSfrag replacements
A
+
∼ vAB iloop
−
B
A corrente vale:
1 2
j x1
T1
iloop
V
vAB T2
zloop
A B 1,05 : 1 j x2
∼
– 75–
Sistemas de potência tı́picos são malhados, ou seja, existem vários loops e
caminhos paralelos para os fluxos de potência. Esta caracterı́stica confere
maior flexibilidade de operação e confiabilidade aos sistemas. Além disso, as
tensões de transmissão e nı́veis de potência têm aumentado ao longo dos
anos, e os novos equipamentos são conectados e operam juntamente com os
equipamentos existentes. Assim, é natural que se encontre loops ou caminhos
paralelos que incluem transformadores.
2 Alterações na relação de transformação são obtidas através da mudança na posição dos taps dos transformadores. Dependendo do tipo de
transformador, essa alteração pode resultar em diferentes magnitudes de tensão (transformador regulador) ou em defasagens entre as tensões
(transformador defasador).
– 76–
4.16 Representação computacional do trafo com tap variável
i1 i2
z
+ + +
s1 v1 s01 v10 v2 s2
− − −
◦
vc = 1 ∠0 pu
sc = 1 ∠0◦ pu 1:α
– 77–
Tem-se as seguintes relações:
v10 1
=
v2 α
s01 + s2 = 0
s01 = −s2
v10 i∗1 = −v2 i∗2
v10 i∗1 = −α v10 i∗2
i1
= −α
i2
v1 − v10 1 1
i1 = = v1 − v2 (1)
z z αz
i1 1 1
i2 = − = − v1 + 2 v2 (2)
α αz α z
– 78–
Considere agora o modelo π do trafo:
PSfrag replacements
i1 is i2
+ z1 +
v1 ip2 z2 z3 ip3 v2
− −
I Para o modelo π:
i1 = is + ip2
1 1
= (v1 − v2) + v1
z1 z2
i2 = −is + ip3
1 1
=− (v1 − v2) + v2
z1 z3
1 1 1
i1 = + v2 v1 − (3)
z1 z2 z1
1 1 1
i2 = − v 1 + + v2 (4)
z1 z1 z3
– 79–
I Deve-se igualar os coeficientes das equações (1) com (3) e (2) com (4):
1 1
− =−
z1 αz
1 1 1
+ =
z1 z2 z
1 1 1
+ = 2
z1 z3 αz
z1 = αz
α
z2 = z
α−1
2
α
z3 = z
1−α
Exemplo
– 80–
Considerando os seguintes valores de base:
Sb = 300 MVA
Vb1 = 220 kV
Vb2 = 22 kV
x = 0,06
+ +
v1 v2
PSfrag replacements
− −
1:α
PSfrag replacements
220/22 kV
PSfrag replacements
220/18,2 kV
– 81–
que pode ser representado por:
PSfrag replacements
Base 220 kV
Base 22 kV
220/22 kV 22/18,2 kV
rag replacements
1:1
PSfrag replacements 1 : 0,8273 1 : 0,8273
1,12
1,20
1,04
1,16
1,08
0,80
0,92
0,84
0,96
0,88
0,8273
– 82–
O modelo π fica:
+ j0,0504 +
PSfrag replacements
v1 −j0,3150 j0,2646 v2
− −
Exercı́cio
Exercı́cio
– 83–
4.17 Fluxos de potência ativa e reativa em transformadores
Ek = Vk ∠θk Em = Vm ∠θm
Ikm y/α Imk
I2 I3
I1
α−1
1−α
α
y α2 y
Ikm = I1 + I2
y α−1
= (Ek − Em ) + yEk
α α
y
= (y) Ek + − Em
α
Imk = −I1 + I3
y 1−α
= − (Ek − Em ) + yEm
α α2
y y
= − Ek + Em
α α2
– 84–
Potência saindo do barramento k:
∗
Skm = Ek∗ Ikm
h y i
∗
= Ek yEk + − Em
α
1
= (g + jb) Vk2 − (g + jb) Vk Vm (cos θkm − j sen θkm)
α
Vk Vm
Pkm = gVk2 − (g cos θkm + b sen θkm)
α
Vk Vm
Qkm = −bVk2 − (g sen θkm − b cos θkm )
α
∗ ∗
Smk = Em Imk
h y y i
∗
= Em − Ek + Em
α α
1 1
= 2 (g + jb) Vm2 − (g + jb) Vk Vm (cos θkm + j sen θkm)
α α
g 2 Vk Vm
Pmk = V − (g cos θkm − b sen θkm)
α2 m α
b Vk Vm
Qmk = − 2 Vm2 + (g sen θkm + b cos θkm)
α α
– 85–
Referências
– 86–