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leitura e da escrita em
alunos com
deficiência intelectual
Olá!
Caro Cursita:
Dando sequência aos nossos estudos sobre Deficiência
Intelectual, veremos neste e-book o processo de aquisição
da leitura e a aprendizagem da linguagem escrita em
alunos com deficiência intelectual.
Imagem: http://www.ehow.com.br/atividades-ajudar-criancas-deficiencias-info_188517/
Mudanças na concepção do que seja
a leitura e a escrita vêm permitindo
significativa evolução no que se
refere ao entendimento do processo
de alfabetização.
Conflitos Cognitivos?
Quando temos um conhecimento prévio, mas algo o
modifica, entramos em conflito cognitivo: assimilamos
o novo conhecimento para posteriormente o
acomodarmos, transformando-o em uma nova
aprendizagem.
Concepções sobre leitura:
Duas concepções sobre leitura podem fundamentar a prática dos
professores. Elas são antagônicas e divergem quanto à metodologia
de ensino.
Soletração de
Concepção Tradicional decodificação
Compreensão
leitora
palavras
isoladas
Na leitura: levar o aluno a ler textos de diferentes tipos e gêneros e com diferentes
funções, em diversas situações e condições de produção. Para o aluno com deficiência
intelectual, aprender a ler, é mais que aprender um instrumento de comunicação: é
construir estruturas e pensamentos de abstração mais elaborados.
Na análise linguística: refletir sobre os textos lidos, escritos e falados, analisando a
materialidade da língua, as características de cada gênero e tipo de texto.
Veremos agora aspectos importantes para o desenvolvimento
da leitura e da escrita em alunos com DI, mas seguintes
dimensões:
Letramento,
Dimensão desejante,
As expectativas do entorno,
Ensino e às interações escolares.
O Letramento: Como podemos defini-lo?
O letramento pode ser definido como um conjunto de práticas
sociais, visto que gera consequências sociais, culturais,
políticas, cognitivas e linguísticas.
https://mamaenaescola.com.br/tag/educacao/
A avaliação da aprendizagem
da leitura e da escrita
Imagem:
https://afabricadedesenhos.wordpress.com/about/livros-
para-autores-independentes/pagina-mnina-livro-
ilustrado-desenhos-cartum-infantil-autor-independente/
Crianças em idade
• Texto e desenho não Pré-escolar • A criança consegue
se diferenciam distinguir texto e
• Consegue fazer a desenho, mas vê
distinção entre sentidos em ambos.
desenho e texto.
Imagem:
http://alana.org.br/presidente-
do-instituto-alana-fala-sobre-
inclusao-e-preconceito-na-onu/
Para avaliar a relação que a criança estabelece
entre o desenho e o texto, o professor poderá
utilizar diferentes procedimentos.
Um deles consiste em apresentar um livro de
literatura infantil com imagens e texto, e apresentar um livro
solicitar para a criança indicar onde ela pensa de literatura infantil
que se lê a história. com imagens e texto,
Normalmente no início da escolarização, três e solicitar para a
criança indicar onde
níveis de conhecimento podem ser
ela pensa que se lê a
identificados nos alunos no que se refere à história
relação que eles estabelecem entre desenho
e texto.
Imagem: http://pt.slideshare.net/GraaSousa/a-galinha-que-sabia-ler
Possibilidade de avaliação da relação entre
desenho e texto
Outra possibilidade de avaliar a relação que a
criança estabelece entre desenho e texto é
apresentar à criança dois cartões contendo
imagens idênticas, mas cada um com uma palavra
diferente (conforme as imagens ao lado). Nessa
atividade, o professor apresenta um dos cartões e
solicita que a criança diga o que está escrito nele. Borracha
Em seguida apresenta o segundo cartão com
imagem idêntica à do cartão apresentado
anteriormente, mas com uma palavra diferente
daquela do cartão precedente. Solicita-se que a
criança diga o que está escrito.
O professor deve apresentar primeiro o cartão que
contem o nome correspondente a figura. Ele deve
perguntar o que a criança observa sobre o cartão
(indicando a figura), depois pergunta o que esta LÁPIS
escrito (indicando a palavra escrita sobre a figura).
A proposição dessa tarefa suscita quatro tipos de
respostas diferentes:
1
A criança reconhece o texto 2
A criança percebe a diferença na
como etiqueta do desenho.
escrita das palavras e atribui
Apesar de reconhecer a
uma nova interpretação à
diferença na escrita das duas
segunda palavra: por exemplo:
palavras, continua afirmando
ao invés de dizer Lápis, diz que é
que no segundo cartão está
uma caneta.
escrita a mesma palavra que no
primeiro cartão.
3 4
A criança reconhece a A criança lê ambas as palavras
diferença entre as palavras, no sem fazer uma relação direta
entanto, ainda não consegue com o desenho. Isso ocorre
atribuir sentido à segunda quando ela já é capaz de ler
palavra. alfabeticamente.
Estratégias de Leitura
Imagem: http://diplomaciacivil.org.br/10-livros-que-todo-estudante-de-relacoes-internacionais-deve-ler-segundo-professor-de-
harvard/
Estratégia com base no contexto:
Imagem: https://freguesiadolivro.wordpress.com/about/
Estratégia de associação de letras.
Imagem: http://www2.comunitaria.com.br/12-alunos-da-regiao-sao-selecionados-para-o-programa-
criancas-do-rio-grande-escrevendo-historias/
.
Apesar de alguns professores do
ensino regular afirmarem que não
estão preparados para receber alunos
com deficiência intelectual em suas
salas de aula, pesquisas recentes vêm
indicando que esses alunos
vivenciam processos cognitivos
semelhantes aos de outras crianças
sem deficiência, no que se refere ao
aprendizado da leitura e da escrita.
Embora o ritmo de aprendizagem dos
alunos com deficiência se diferencie
por requerer um período mais longo
para a aquisição da língua escrita, as
estratégias de ensino para esses
alunos podem ser as mesmas
utilizadas com os demais alunos.
Assim como os demais alunos , os alunos com deficiência
intelectual percorrem o mesmo caminho até aprender a escrita
alfabética:
Pré-Silábica Silábica
Silábica/Alfabética Alfabética
Momento de conflito para a A criança compreende a
criança, pois ela precisa negar a organização do sistema
lógica da hipótese silábica. O alfabético.
valor sonoro torna-se imperioso.
A criança começa a Quando escreve, demonstra
acrescentar letras conhecer o valor sonoro
especialmente na primeira convencional de grande parte das
sílaba. Ex: EFANT (elefante) letras
Pré-silábica:
Silábica:
Vejamos alguns exemplos das formas de escrita:
Silábica-
Alfabética:
Alfabética:
Para avaliar a evolução escrita de alunos com deficiência
intelectual, o professor pode utilizar as mais variadas
proposições, tais como:
Reescrita de
Escrita livre
atividades
de palavras
vivenciais Reescrita de
e frases
histórias lidas
Produção com
base em Escrita de
imagens bilhetes
Imagem: http://www.atividadeseducacaoinfantil.com.br/artes/atividades-colagem-maternal/
Como o professor
pode trabalhar para
superar essas
dificuldades?
Utilizando:
letras móveis,
fichas com palavras e frases escritas,
jogos pedagógicos,
livros de literatura infantil.
O que podemos concluir deste exemplo de texto produzido pelo aluno Eduardo?
• Na produção da história de Aladim, o aluno usa um repertório
limitado de letras tendo como referência as letras que compõem
o seu nome.
Obrigada!
Bibliografia utilizada: