Você está na página 1de 2

NOTA DE ESCLARECIMENTOS

No início da pandemia Coronavírus, a BRASFORT SEGURANÇA, manifestou, além de sua


preocupação com a questão da saúde de seus funcionários e seus familiares, bem como
agiu para preservar o sustento de seus empregados.

Com estes objetivos (manutenção da saúde e dos empregos de sua força de trabalho), os
gestores da empresa determinaram a adoção de todas as recomendações das
autoridades sanitárias, como também fizeram uso das medidas permitidas pelas MPs
927 e 936 de 2.020 para preservar o seu quadro de pessoal, como, por exemplo, a
antecipação de férias.

Cabe lembrar que o trabalho dos vigilantes, em razão de sua função específica, não
comporta a prestação de serviços em home office, mas mesmo assim a empresa honrou,
desde março, com os salários daqueles que, por determinação das autoridades sanitárias,
não podiam permanecer em seus postos de serviço – isto em um momento em que
diversas empresas já estavam demitindo parte de sua força de trabalho e atrasando o
pagamento de direitos trabalhistas.

Assim, os vigilantes e demais empregados que integram o grupo de risco, desde o início
da pandemia, em março último, foram afastados das frentes de serviços para se
manterem em isolamento / quarentena, com recebimento integral de seus salários.

Os que se encontram em atividade receberam máscaras de proteção e demais itens


recomendados pelas autoridades sanitárias, estão orientados a se afastarem
imediatamente de suas atividades ao menor sinal de infecção gripal, também sem
prejuízo de seus salários.

Ocorre que, a pandemia se alastra ao tempo, avança em proporções que além de vidas,
culminam também na perda de empregos, em todo o Brasil.

A Secretaria de Economia, por sua vez, passou a encaminhar ofícios reiterados,


informando a intenção de glosar valores de grande monta da empresa com relação às
despesas de empregados afastados que não podiam prestar serviços durante a
pandemia.

Em 10 de julho de 2020, a Assessoria Jurídico-Legislativa da Secretaria de Economia,


lavrou a Nota Jurídica N.º 110/2020 - SEEC/GAB/AJL/ULIC, que instruiu:

4. CONCLUSÃO

4.1. Em relação aos questionamentos específicos inseridos no feito,


o parecer é no sentido de que:
4.1.1. Em observância ao entendimento firmado pela douta
Procuradoria-Geral do Distrito Federal no sentido de que, mesmo
ante a decretação da calamidade pública, não há como mitigar ou
flexibilizar as Normas de Planejamento, Orçamento, Finanças,
Patrimônio e Contabilidade do Distrito Federal, de que trata o
Decreto 32.598/2010, uma vez que a suspensão parcial dos serviços
pactuados ocasiona o não pagamento correlato ao objeto contratual
não adimplido.
Deve-se, portanto, considerar que a liquidação de despesa depende
da comprovação da prestação do serviço, procedendo-se a glosa dos
valores caso a organização da escala implique em redução ou
suspensão dos serviços contratados.
4.1.2. Deve-se proceder a glosa caso a contratada não realize a
substituição do funcionário que seja afastado por ser considerado do
grupo de risco ou que a sua ausência implique na redução do efetivo
contratado. (destacamos).
(...)
4.3. É o entendimento que se submete.
Assessor Especial
Assessoria Jurídico-Legislativa – ULIC/AJL/GAB/SEEC
Por aderir aos seus fundamentos e conclusões, aprovo a presente
Nota Jurídica-SEEC/GAB/AJL/ULIC .
À Chefe da Assessoria Jurídico-Legislativa.
Chefe da ULIC/AJL/GAB/SEEC

O certo é que a empresa, diante insegurança jurídica e dos valores envolvidos, no último
dia 17 de julho de 2020, ante o prolongamento e a imprevisibilidade da extensão da crise
sanitária e financeira, teve que readequar seu quadro de colaboradores, para subsidiar a
execução contratual e, portanto, tomou a difícil e penosa decisão de dispensar parte da
sua mão-de-obra que se encontrava sem atividade - e que não poderia ser reaproveitada
em regime de teletrabalho, como já anteriormente esclarecido em razão da
especificidade da atividade dos vigilantes.

Lamentavelmente, houve a necessidade de se tomar medidas mais duras, visando a


sustentabilidade da empresa e a manutenção de emprego dos demais empregados.

No momento atual, a BRASFORT, mais uma vez, buscará alternativas junto a Secretaria
de Economia, para as soluções viáveis ao caso e reforça que o momento impõe decisões
com reflexos penosos, sem precedentes, tanto para os empregados, como para a
Empresa.

Brasília-DF, 28 de setembro de 2020.

BRASFORT EMPRESA DE SEGURANÇA LTDA.

Você também pode gostar