Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Fayol acreditava que o sucesso de uma empresa pode ser atingido através de um sistema
de
administração descrito em Administration Industrialle et Genéralle(Administração indus
trial e
geral), publicado em 1916.
Nesse sistema as funções empresariais foram divididas em 6 partes, sendo elas:
1. Funções Técnicas: relacionadas à produção de bens ou serviços da empresa,
2. Funções Comerciais: relacionadas à compra, venda e permuta de matéria prima e
produtos,
3. Funções Financeiras: relacionadas à captação e gerência de capitais,
4. Funções de Segurança: relacionadas à proteção e preservação de bens e das
pessoas,
5. Funções Contábeis: relacionadas à inventários, registros, balanços, custos e
estatísticas, e
6. Funções Administrativas: coordena e sincroniza as demais funções.
As funções administrativas tratam de coordenar as demais funções da empresa, elas pod
em
ser divididas em 5 categorias de ações, sendo elas:
1. Planejar: traçar os objetivos da empresa e utilizar planos de ações fundados na
sondagem do futuro para cumpri-los,
2. Organizar: coordenar os recursos da empresa (humanos, materiais e financeiros), de
forma a alocálos da melhor forma possível de acordo com o planejamento estabelecido,
3. Comandar: fazer com que os subordinados executem o que deve ser feito,
4. Coordenar: ligar, unir e harmonizar todos os atos e esforços coletivos rumo ao
cumprimento das metas estabelecidas.
5. Controlar: estabelecer medidas de desempenho.
Essas funções não se restringem aos altos níveis empresa, mas se manifestam de forma
proporcional a cada nível da hierarquia, nos níveis mais baixos funções administrativas
são
divididas com as outras funções empresariais e, a medida em que ascendemos na hierar
quia,
elas aumentam em volume e extensão.
Princípios básicos da administração segundo Fayol
1. Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas a fim de
aumentar a eficiência.
2. Autoridade e responsabilidade: autoridade é o poder de dar ordem e esperar a
obediência e esponsabilidade é a consequência da autoridade, é o dever de prestar
contas (essas duas forças devem se equilibrar).
3. Disciplina: necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas para
todos os funcionários.
4. Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um chefe.
5. Unidade de direção: cada conjunto de atividades que tenham o mesmo objetivo
devem seguir um plano em comum.
6. Subordinação dos interesses individuais: o interesse geral da organização deve se
sobrepor aos interesses individuais dos empregados.
7. Remuneração: a remuneração do pessoal deve ser suficiente pra manter a satisfação
dos funcionários e da organização.
8. Centralização: concentração do poder no topo da hierarquia.
9. Cadeia escalar: defesa da estrutura hierárquica, respeitando à risca uma linha de
autoridade fixa.
10. Ordem: preservar um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.
11. Equidade: a justiça deve ser mantida em toda a organização.
12. Estabilidade dos funcionários: baixa rotatividade de empregados.
13.
Iniciativa: capacidade de visualizar um plano e assegurar pessoalmente seu sucesso.14.
Espírito de equipe: Harmonia e união entre as pessoas.
Teoria da Administração
Os autores clássicos pretendiam criar uma teoria da administração baseada na divisão do
trabalho, especialização, coordenação e atividades de linha e de staff.
O ponto de partidapara isso foi a visão da administração como ciência, substituindo os
métodos empíricos pelos científicos.
Teoria da organização
A Teoria Clássica concebe a organização em termos de estrutura, forma e disposição da
s partes que a constituem, além do inter-relacionamento entre essas partes.
Divisão do trabalho e especialização
A organização se constitui a partir de uma divisão de trabalho claramente definida.
Essa divisão pode ocorrer de duas formas:
Vertical: através de uma hierarquia.
Horizontal: segundo os diferentes níveis de atividades da organização (divisão em
departamentos).
Coordenação
Para Fayol, coordenação é a reunião, unificação de toda atividade e esforço, ela deve ser
baseada em uma comunhão de interesses e indica a existência de um alvo em comum pa
ra toda a empresa. A pressuposição básica era que quanto maior a empresa, maior a
necessidade de coordenação.
Conceito de linha e staff
Fayol dava preferência para a organização linear que se baseia em princípios:
a) Unidade de Comando ou supervisão única: Um indivíduo possui apenas um chefe
b) Unidade de Direção: Todos os planos se integram a planos maiores que conduzam os
objetivos da organização
c) Centralização da Autoridade: toda a autoridade máxima de uma organização deve
estar centralizada no topo
d) Cadeia escalar: a autoridade deve estar disposta em uma hierarquia
Essa organização linear apresenta uma forma piramidal. Nela ocorre a supervisão linear,
baseada na unidade de comando e que é o oposto à supervisão funcional de Taylor. Na
organização linear os órgãos de linha, ou seja, os órgãos que compõem a organização,
seguem rigidamente o princípio escalar (autoridade de comando). Porém, para que os
órgãos de linha possam executar suas atividades especializadas, tornam-se necessários
órgãos prestadores de serviço especializados, como assessoria, recomendações,
conselhos e outros. Esses não obedecem ao conceito de princípio escalar nem possuem
autoridade de comando.
Para que os órgãos de linha possam se dedicar exclusivamente às suas funções são
necessários outros órgãos prestadores de serviço para a execução de tarefas estranhas às
atividades dos órgãos de linha. Esses órgãos prestadores de serviço, denominados órgão
s de staff ou de assessoria, fornecem aos órgãos da linha de serviços instruções, concelh
os, recomendações, consultas e assessorias.
Foi esta abordagem que fez com que a preocupação com a máquina, com o método de
trabalho e com a organização formal pudessem dar espaço para a preocupação com as
pessoas e os grupos sociais (tanto no aspecto psicológico, quanto no sociológico). Esta
transição ocorreu, principalmente, a partir da década de 1930, nos Estados Unidos,
impulsionada pelas modificações no cenário social, econômico e político, em função da
grande depressão econômica ocorrida em 1929. A partir daí a preocupação principal
passou a ser buscar a eficiência nas organizações.
Em 1924, a Academia nacional de ciências dos Estados unidos fez uma pesquisa para
verificar a correlação entre produtividade e iluminação do local de trabalho, dentro dos
pressupostos da administração cientifica. Pouco antes, Mayo conduzira uma pesquisa
em uma indústria têxtil com elevadíssima rotatividade de pessoal ao redor de 250% ao
ano e que havia tentado inutilmente vários esquemas de incentivos salariais. Mayo
introduziu um intervalo de descanso, delegou aos operários a decisão sobre horários de
produção e contratou uma enfermeira. Em pouco tempo emergiu um espírito de grupo, a
produção aumentou e a rotatividade do grupo diminuiu.
Na primeira fase da experiência foram escolhidos dois grupos de operários que faziam o
mesmo trabalho e em condições idênticas, um grupo trabalhava sobre intensidade de luz
variável enquanto o outro tinha controle de luz constante. Pretendiam conhecer o efeito
da iluminação sobre o rendimento dos operários , os observadores não encontraram
correlação direta entre ambas variáveis,mas verificaram desapontados , a existência de
uma variável difícil de ser isolada denominada fator psicológico:os operários julgavam
na obrigação de produzir mais quando a intensidade de iluminação aumentava o
contrario quando diminuía .comprovou-se ,a preponderância do fator psicológico sobre
o fator fisiológico:a eficiências de seus operários e afetada por condições psicológicas
reconhecendo o fator psicológico como influencia negativa os pesquisadores queriam
eliminar da pesquisa por considera-lo inoportuno
2. Este período durou cinco semanas o grupo experimental foi isolado na sala de provas
mantendo as condições e o horário de trabalho normal e medindo-se a ritmo de
produção. Serviu para verificar o efeito da mudança de local de trabalho.
6. Neste período introduziu-se três intervalos de cinco minutos na manhã e três a tarde.
7. Neste período volto-se a dois intervalos de dez minutos em cada período servindo um
lanche leve.
10. Neste período o grupo experimental voltou a trabalhar até as 17:00 como no sétimo
a produção aumentou bastante.
12. Neste período volto-se as mesma condições do terceiro período tirando todos os
benefícios dados com assentamento das moças. Esse período ultimo e decisivo durou
doze semanas.
Foi escolhido um grupo experimental para trabalhar em uma sala especial com
condições de trabalho idênticas as do departamento. Um observador ficava dentro da
sala e um entrevistador do lado de fora entrevistava o grupo. Essa experiência visava
analisar a organização informal dos operários.O sistema de pagamento era baseado na
produção do grupo, havendo um salário-hora com base em fatores e um salário mínimo
horário, para o caso de interrupções na produção. Os salários só podiam ser maiores se a
produção total aumentasse. Assim que se familiarizou com o grupo experimental, o
observador pôde constatar que os operários dentro da sala usavam várias artimanhas-
logo que os operários montavam o que julgavam ser a sua produção normal, reduziam
seu ritmo de trabalho. Os operários passaram a apresentar certa uniformidade de
sentimentos e solidariedade grupal. O grupo desenvolveu métodos para assegurar suas
atitudes, considerando delatar o membro que prejudicasse algum companheiro e
pressionando os mais rápidos para estabelizarem sua produção por meio de punição
simbólicas essa quarta fase permitiu o estudo das relações entre a organização informal
do empregados e a organização formal da fabrica. A experiência de Hawthorne foi
suspensa em 1932 por motivos financeiros sua influência sobre a teoria administrativa
foi fundamental os princípios básicos da teoria clássica então dominante.
Com o decorrer do tempo, surgiram algumas críticas à Escola das Relações Humanas,
tais como:
– Oposição cerrada à teoria clássica – Tudo aquilo que esta preconizava, a teoria das
relações humanas negava.
– Ênfase exagerada nos grupos informais colaboraram rapidamente para que esta teoria
fosse repensada.