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VOLTANDO AO PRIMEIRO AMOR

“O reino dos céus é também semelhante a um que


negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma
pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a
compra.” (Mateus 13.45,46)
INTRODUÇÃO - O que é o primeiro amor? É um fogo em nosso
íntimo, de grande intensidade, e que coloca Jesus acima de
todas as outras coisas. Não é uma religião e nem tão pouco
uma congregação, estas nos ajudam, mas Jesus é a pérola de
grande valor. O Senhor fala de alguém que, além de
transbordar de alegria por ter encontrado o Reino de Deus ainda
se dispõe a abrir mão de tudo o que tem para desfrutar de seu
achado. Na parábola do semeador, alguns permitem que o
Reino desapareça diante de algumas provas:
“O que foi semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a
palavra e a recebe logo, com alegria; mas não tem raiz
em si mesmo, sendo, antes, de pouca duração; em lhe
chegando a angústia ou a perseguição por causa da
palavra, logo se escandaliza.” (Mateus 13.20-21)
Outros que acharam esta pérola de grande valor, mesmo em
face das mais duras provações, permanecem transbordantes de
alegria: “Chamando os apóstolos, açoitaram-nos e,
ordenando-lhes que não falassem em o nome de Jesus, os
soltaram. E eles se retiraram do Sinédrio regozijando-se
por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas
por esse Nome.” (Atos 5.40,41)
No primeiro amor o Reino de Deus passa a ser prioridade
absoluta. É quando amamos a Deus de todo nosso coração e
alma, com todas as nossas forças e entendimento.
Este primeiro amor nos leva a viver intensamente a fé.
Marcos 12:30 Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o
teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu
entendimento e de toda a tua força.
COMO PODEMOS PERDER O PRIMEIRO AMOR?
Antes de falarmos como perdemos o primeiro amor, precisamos
explicar algo: Alguns acham que o primeiro amor é aquele
trabalho que desenvolvemos na Igreja, então, quando
produzimos pouco perdemos o primeiro amor.
O primeiro amor não é produtividade, isto nos motiva, mas
não é o essencial. De acordo com a Bíblia, não se trata apenas
de “relaxar” no trabalho de Deus, pois o Senhor lhes disse:
“Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua
perseverança” (Ap 2.2a) Este tipo de trabalho não se trata de
desânimo ou desistência, uma vez que nesta mensagem
profética o Senhor Jesus louva a persistência destes cristãos:
“e tens perseverança, e suportaste provas por causa do
meu nome, e não te deixaste esmorecer” (Ap 2.3).
Portanto, a perda do primeiro amor é uma queda, chamada
pecado e necessita arrependimento. Tem muito crente que
continua se dedicando ao trabalho do Senhor, mas perdeu sua
paixão. Faz o que faz por hábito, rotina, por medo ou por
qualquer outro motivo que, acompanhado daquele primeiro
amor intenso faria sentido, mas sozinho não.
PORQUE PERDEMOS O PRIMEIRO AMOR
1) O convívio com o pecado;
2) A falta de profundidade;
3) A falta de tratamento.
O convívio com o pecado tem o poder de esfriar nosso amor
por Deus:“E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de
muitos se esfriará”. (Mateus 24.12)
Precisamos ter o cuidado de não nos acostumarmos com o
pecado à nossa volta. Muitas vezes nos acostumamos com
certos valores contrários aos que pregamos. Acabamos
aceitando violência, imoralidade e muitos outros valores
mundanos ao ponto de nosso amor se esfriar. Precisamos agir
como Ló, que se afligia pelas iniquidades cometidas à sua volta.
A falta de profundidade A semente que caiu em solo
pedregoso; é aquela planta que brota depressa, mas não
desenvolve profundidade. Porque a raiz não consegue penetrar
fundo no solo (pois se depara logo com a pedra), se torna
superficial, se desenvolve na superfície. O resultado é que,
saindo o Sol (o calor das provações), esta planta morre logo.
“A que caiu sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra,
a recebem com alegria; estes não têm raiz, crêem apenas
por algum tempo e, na hora da provação, se desviam”.
(Lucas 8.13)
O segredo de não nos afastarmos do Senhor nem perdemos a
alegria inicial é desenvolver profundidade. Muitos cristãos vivem
só dos cultos semanais. Não investem tempo num
relacionamento diário, não oram, não se enchem da Palavra,
não procuram mortificar sua carne e viver no Espírito, não se
engajam no trabalho. Vivem só na superfície!
A falta de tratamento em algumas áreas de nossas vidas.
“Outra caiu no meio dos espinhos; e estes, ao crescerem
com ela, a sufocaram”. (Lucas 8.7)
Note que os espinhos não pareciam ser tão comprometedores a
princípio, pois eram pequenos. Mas porque não foram
arrancados, eles cresceram.
“A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no
decorrer dos dias, foram sufocados com os cuidados,
riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a
amadurecer”. (Lucas 8.14)
Aquelas áreas que não são tratadas em nossas vidas podem não
parecer tão nocivas hoje, mas serão justamente estas áreas que
poderão nos sufocar na fé e no amor ao Senhor.
A queda não é um acidente, nem um ato instantâneo ou
imediato, é um PROCESSO que envolve repetidas
negligências de nossa parte; e são estas mesmas “inocentes”
negligências que nos vencerão depois. Por isso, devemos dar
mais atenção às áreas que precisam ser trabalhadas.
CONCLUSÃO: Jesus que propôs o caminho de restauração:
“Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à
prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e
moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te
arrependas”. (Apocalipse 2.5)
1) “Lembra-te”;
2) “Arrepende-te”;
3) “Volta à prática das primeiras obras”.
“Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”.
(Lamentações de Jeremias 3.21)
(Tiago 4.8-10)
É tempo de resgatar nosso amor ao Senhor e dar-lhe nada
menos que amor total. Que o Senhor nos dê graça para viver
intensamente a obediência ao maior mandamento!

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