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SENAI

METALMECÂNICA
MÓDULO
TORNEARIA MECÂNICA

1
NESSE CApíTULO
vOCê ENCONTRA

Qualidade

Qualidade, Meio ambiente, incêndio


noções básicas de
Segurança no Trabalho primeiros socorros

e Higiene


Não faça
da sua vida
um rascunho,
pois você pode
não ter tempo
de passá-la
a limpo
A. R o s s A t o

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Qualidade, Meio-aMbiente, Segurança no trabalho e higiene
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Qualidade Conceito de Desperdício


É todo e qualquer recurso que se gasta na execução de um
Definição de qualidade total produto ou serviço além do estritamente necessário (ma-
A qualidade total pode ser definida como: um conjunto téria-prima, materiais, tempo, dinheiro, energia etc.). Dis-
de atitudes e técnicas que abordam toda a organização pêndio extra acrescentado aos custos normais do produ-
para através da valorização das pessoas produzir, geren- to / serviço, sem trazer qualquer melhoria ao cliente.
ciar e aperfeiçoar, de modo continuo, os processos de
trabalho a fim de atender às necessidades e expectativas Programa 5S – ABC da qualidade
dos clientes. O Programa 5S teve sua origem no Japão, onde os pais en-
sinavam aos seus filhos bons hábitos para terem uma vi-
da melhor. Este programa é utilizado para melhorar a qua-
PARA BOTAR NA MOLDURA
lidade do ambiente de trabalho, dos funcionários e da pro-
dução da empresa.
Dez princípios da qualidade total Agora que já sabemos o que é o desperdício (tudo que
1 Total satisfação dos clientes gera custo extra) e como localizá-lo, podemos eliminá-lo
2 Gerência participativa em 5 fases, ou seja, aplicando o Programa 5S.
3 Desenvolvimento dos recursos humanos
4 Constância de propósitos OLHA AÍ!
UMA
Os focos de ação da
5 Aperfeiçoamento contínuo LUZ
6 Gerência de processos
qualidade total Conheça o Programa 5S
Os Princípios da Qualidade são bordados
7 Delegação na Qualidade Total em focos de ação, os
1ª FASE Descarte (SEIRI)
quais chamamos de Focos da Qualidade. 2ª FASE Ordem/Arrumação (SEITON)
8 Disseminação de informações
Foco no cliente 3ª FASE Limpeza (SEISO)
9 Garantia da Qualidade
Foco no processo 4ª FASE Higiene (SEIKETSU)
10 Não-aceitação de erros Foco nas pessoas 5ª FASE Disciplina (SHITSUKE)

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PDCA Essas palavras são, respectivamente, a tradução dos sig-


Como gerenciar para se atingir um ponto mais baixo
NA nificados das siglas do ciclo PDCA que significam: Plan,
dos custos?
LINHA Do, Check e Act.
DO
Ou um ponto de qualidade superior? Cada termo do ciclo PDCA exerce um papel importan-
VENTO
Ou um ponto de melhor prazo de entrega? te na organização do Programa de Qualidade adotado
Existe um caminho para isso que todos na empresa po- em sua empresa. Só se atinge a Qualidade Total quando
dem estudar e aprender, que é o método do ciclo PDCA você e o restante de sua equipe “giram” o ciclo. Quando
de controle. esse Ciclo “gira” em sua empresa, significa que todos pla-
Conheça o que
nejam, desempenham, controlam e agem corretivamen-
significa PDCA
O que é te. Logo, são responsáveis por aquilo que fazem.
O ciclo PDCA é um método gerencial que tem como ob- P Planejar

jetivo exercer o controle de processo, que nada mais é que: D Desempenhar Meio-ambiente
C Controlar O Fórum Global das ONGs, de 1992, elaborou quase qua-
Estabelecer uma diretriz de controle fazendo um pla- A Agir corretivamente tro dezenas de documentos e planos de ação, demons-
nejamento da qualidade. trando o grau de organização e de mobilização atingido
Manter o nível de controle respeitando todos os padrões pelas ONGs na década final do século XX.
que foram estabelecidos anteriormente. Os documentos resultantes da Cúpula da Terra foram
Alterar a diretriz de controle sempre que necessário os seguintes:
para mantê-la atualizada com as necessidades do pú- Declaração do Rio sobre Meio Ambiente
blico-alvo. Desenvolvimento e a Agenda 21
Esse método de gerenciamento é composto de quatro
fases básicas de controle: Norma NBR ISO 14001 – ABNT
Planejar Esta norma, ao definir o SGA como sistema de gestão glo-
Desempenhar bal, quer dizer que a gestão ambiental deve ser implemen-
Controlar tada de forma integrada, com o gerenciamento global da
Agir corretivamente empresa ou instituição.

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A função do Sistema de Gestão Ambiental é organizar


todas as ações da empresa relativas às questões ambien- LIGAÇÃO DIRETA
tais de suas atividades, produtos e serviços. Ao estruturar A Norma NBR ISO 14001 se aplica a todos os tipos e
as ações ambientais de uma empresa, o SGA torna possí- tamanhos de organizações que queiram:
vel o maior atendimento às leis e regulamentos ambien- Implementar um sistema de gestão ambiental.
Garantir que sua atuação esteja em conformidade com sua política ambiental.
tais, minimizando os riscos financeiros decorrentes de
Demonstrar essa conformidade para terceiros, sejam eles ONGs, agências de
aplicações de multas e penalizações por parte das agên- controle ambiental, seguradoras, grupos de pressão etc.
cias de controle ambiental. Buscar certificação de seu Sistema de Gestão Ambiental, por meio de um organismo
O SGA também possibilita às organizações significati- externo, chamado de certificação de terceira parte.
Realizar uma autodeclaração de conformidade do SGA com a Norma ISO 14001.
va economia de tempo e ganho de competitividade, de-
As etapas para a implementação da Norma NBR ISO 14001 na empresa você pode
corrente da melhoria de seus processos e da construção
analisar no Quadro 1. Veja o que compreende cada uma delas.
de uma imagem “verde”.

QUADRO
BOLA NA REDE
1 Etapas para implementar a Norma NBR ISO 14001

IMPLEMENTAÇÃO E VERIFICAÇÃO E ANÁLISE CRÍTICA PELA


PLANEJAMENTO
Entre as diversas vantagens propiciadas OPERAÇÃO AÇÃO CORRETIVA ADMINISTRAÇÃO
pela implementação de um Sistema de Política ambiental Estrutura e Monitoramento e medição Avaliação dos processos
Gestão Ambiental, citamos: Aspectos ambientais responsabilidade Não-conformidade, de auditoria

Requisitos legais e Treinamento, ações corretivas e Acompanhamento e


Economia por meio da conservação de matérias-primas outros requisitos conscientização e preventivas apoio das revisões
e insumos. competência Registros do sistema
Objetivos e metas
Satisfação das expectativas ambientais dos clientes; Comunicação Auditoria do SGA
Programa de
Gestão Ambiental Documentação do SGA
Satisfação dos critérios para as linhas de financiamentos.
Controle de documentos
Limitação dos aspectos de operações de risco.
Controle operacional
Obtenção de seguros a custo mais baixo.
Preparação e atendimento
Manutenção das boas relações com as partes interessadas. a emergências

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Gestão de Resíduos e de Reciclagem QUADRO


NA
Coleta de resíduos sólidos
2
Veja, no
A contaminação do solo é ocasionada, em grande parte, LINHA
Quadro 2, DO Responsabilidade
pelos resíduos sólidos. ao lado, VENTO
ORIGEM DO RESÍDUO CLASSES RESPONSÁVEL
Mas o que é um resíduo sólido? a quem
cabe a Domiciliar III, II e I Prefeitura
Para a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),
responsabilidade pela coleta Comercial III, II e I Prefeitura e o próprio gerador
lixo é definido como “restos das atividades humanas, con- dos resíduos sólidos
do resíduo, quando ele é um
grande gerador
siderados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou Industrial III, II e I O próprio gerador do resíduo
descartáveis, podendo-se apresentar no estado sólido, se- Público III e II Prefeitura
mi-sólido ou líquido, desde que não seja passível de tra- CHOQUE Serviços de saúde III, II e I O gerador do resíduo. Em
DE ORDEM algumas cidades, a prefeitura
tamento convencional”. assume a responsabilidade
Código de cores Portos, aeroportos e III, II e I Gerador do resíduo
O lixo sólido e o semi-sólido constituem os resíduos terminais ferroviários
dos resíduos
sólidos, cuja definição, de acordo com a Norma NBR Agrícola III, II e I Gerador do resíduo
Por meio da Resolução
Entulho III Gerador do resíduo
10004, da ABNT, é a seguinte: “resíduos nos estados sóli- nº 275, do Conselho
do e semi-sólido, que resultam de atividades da comuni- Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA), o governo QUADRO
dade de origem industrial, doméstica, hospitalar, comer-
3
brasileiro estabeleceu um
Código de cores dos resíduos
cial, agrícola, de serviços e de varrição”. código de cores para alguns
tipos de resíduos sólidos a
ser usado na identificação CORES TIPO DE RESÍDUO
Classificação dos resíduos sólidos quanto aos riscos de coletores e Azul Papel e papelão
transportadores, assim
Os resíduos sólidos são classificados de acordo com os Vermelho Plástico
como nas campanhas Verde Vidro
riscos potenciais que acarretam ao meio ambiente e à saú- informativas para a
Amarelo Metal
de pública. É na Norma NBR 10004, da ABNT, que esses coleta seletiva.
Preto Madeira
resíduos são classificados, de modo que possam ter ma- Conheça o código Branco Resíduos infectantes, ambulatoriais e de serviços de saúde
de cores para
nuseio e destinação adequados. Laranja Resíduos perigosos
diferentes tipos de
Roxo Resíduos radioativos
Classe I – Resíduos perigosos resíduo que está
Marrom Resíduos orgânicos
relacionado no
Classe II – Resíduos não-inertes Quadro 3, ao lado. Cinza Resíduo geral não reciclável ou misturado,
ou contaminado não passível de separação
Classe III – Resíduos inertes

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Segurança no trabalho e higiene


Na Lei nº 8.213, de 24/7/1991, do Ministério da Previdên- PARA BOTAR NA MOLDURA Acidente de trabalho
cia Social, que dispõe sobre o plano de benefícios da pre-
vidência social, encontra-se a definição de acidente do Veja o que é o acidente do trabalho.
trabalho, nos artigos transcritos a seguir. Em seguida você vai conhecer como previní-los.

ACIDENTE
UMA
Art. 19. Acidente do Trabalho é É todo fato inesperado, não planejado, que interrompe ou
LUZ
o que ocorre pelo exercício do interfere num processo normal de trabalho, resultando em lesão
trabalho a serviço da empresa e/ou danos materiais ou, simplesmente, perda de tempo.
ou pelo exercício do trabalho
INCIDENTE
dos segurados especiais,
É um acontecimento não desejado e inesperado que, em circunstâncias um pouco
provocando lesão corporal ou
diferentes, poderia ou não ter resultado em lesão, doença, danos ao patrimônio ou
perturbação funcional que
interrupção do processo produtivo. Pode-se destacar que, a diferença entre acidente
cause a morte ou a perda ou
e incidente é que, no incidente não há o contato com a fonte de energia.
redução, permanente ou
temporária, da capacidade
ATO INSEGURO
para o trabalho.
É a maneira pela qual o indivíduo se expõe, consciente ou inconscientemente, a riscos
de acidentes. Muitas vezes se trata da violação de um procedimento de segurança
consagrado, violação essa responsável pelo acidente.
Além do conceito legal de acidente do trabalho, mais
CONDIÇÕES INSEGURAS
direcionado para as lesões ocorridas no trabalhador, há
Condições inseguras em um local de trabalho são as falhas físicas que comprometem
também o conceito prevencionista, mais amplo, volta-
a segurança do trabalhador; em outras palavras, as falhas, defeitos, irregularidades
do para a prevenção e que considera outros danos além técnicas, carência de dispositivos de segurança e outros, que põem em risco a
dos físicos. integridade física e/ou a saúde das pessoas, além da própria segurança das instalações
De acordo com o conceito prevencionista, veja o que e dos equipamentos.
é acidente do trabalho.

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PARA BOTAR NA MOLDURA Riscos ocupacionais CHOQUE DE ORDEM

Agora você vai saber quais são os riscos ocupacionais. CIPA – Comissão Interna de
Eles podem ser representados por riscos: Prevenção de Acidentes
A Comissão Interna de Prevenção de
FÍSICOS
Acidentes (CIPA) tem como objetivo a
São múltiplos e existem em todos os locais de trabalho, contribuindo para causas de prevenção de acidentes e doenças
doenças profissionais. Incluem-se neste item: temperaturas extremas (calor e frio), decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível
umidade, ruídos e vibrações, pressões anormais, radiações etc. permanentemente o trabalho com a preservação da vida
QUÍMICOS e a promoção da saúde do trabalhador.
São substâncias ou produtos químicos empregados como matéria-prima, uso na Entre as atribuições da CIPA, destacamos:
manufatura de produtos etc. que podem contaminar um ambiente de trabalho. Realização de reuniões ordinárias mensais, extraordinárias
São os maiores causadores de doenças profissionais. Dos riscos químicos fazem parte: emergenciais.
aerodispersóides (poeiras, fumos, pós), névoas, neblinas, gases, vapores. Identificação dos riscos do processo de trabalho e
BIOLÓGICOS elaboração do mapa de riscos, com a participação do
São representados por microrganismos, capazes de ocasionar doenças relacionadas maior número de trabalhadores com assessoria do SESMT,
ou não com uma atividade profissional. Exemplos: infecções causadas por bactérias onde houver.

(tuberculose, tétano, pneumonia), vírus (sarampo, gripe etc.) e fungos. Elaboração do plano de trabalho que possibilite
a ação preventiva na solução de problemas de segurança e
ERGONÔMICOS
ERCONÔMICOS
saúde no trabalho.
Caracterizam-se por determinadas condições adversas de trabalho e por atitudes e
Divulgação aos trabalhadores de informações relativas à
hábitos profissionais incorretos que podem ser transmitidos ao esqueleto e órgãos
segurança e saúde no trabalho.
do corpo, criando deformações físicas, posturas viciosas, modificações
da estrutura óssea e, principalmente, fadigas. Colaboração no desenvolvimento e implementação do
PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à
ACIDENTAIS segurança e saúde no trabalho.
Caracterizam-se pelas falhas ambientais (máquinas, ferramentas,
Divulgação e promoção do cumprimento das
equipamentos, projetos etc.) que possam provocar um acidente.
Normas Regulamentadoras, bem como de cláusulas de
Exemplos: arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, acordos e convenções coletivas de trabalho relativas à
ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada e outros. segurança e saúde no trabalho.

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Ergonomia no local de trabalho CHOQUE Instalação de “Aterramento Temporário”, com equipo-


A NR-17 estabelece parâmetros que permitem a adapta- DE ORDEM tencialização dos condutores dos circuitos.
ção das condições de trabalho às características psicoló- Conheça como
Proteção dos elementos energizados existentes na “Zo-
gicas e físicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar proceder com segurança na Controlada”.
o máximo de conforto, segurança e desempenho eficien- em instalações
te. Esses parâmetros podem ser chamados de fatores er- elétricas deserginizadas O estado de instalação desenergizada deve ser manti-
gonômicos positivos, pois visam proporcionar situações e energizadas. do até a autorização para reenergização, devendo respei-
favoráveis de ocupação para o trabalhador. tar a sequência de procedimentos a seguir:
No entanto, na maioria das vezes, em cada tipo de tra- Retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos.
balho predominam os fatores ergonômicos negativos, que Retirada da zona controlada de todos os trabalhadores
trazem sérios riscos para a saúde do trabalhador não envolvidos no processo de reenergização.
Remoção do aterramento temporário, da equipotencia-
Dispositivos e instalação elétrica lização e das proteções adicionais.
Podemos dividir os trabalhos em instalações elétricas em: Remoção da sinalização de impedimento de reenergi-
zação.
Energizadas Desernegizadas
“Destravamento”, se houver, e religação dos dispositi-
vos de seccionamento.
Observe a seguir a descrição dos dois tipos.
Assim sendo, as instalações elétricas só serão conside-
Segurança em instalações elétricas desernegizadas radas desenergizadas e seguras para trabalhos após os
Somente serão consideradas desenergizadas as instala- procedimentos de “Travamento e Sinalização”.
ções elétricas liberadas para trabalho mediante os proce-
dimentos apropriados, obedecida à sequência: Segurança em instalações elétricas energizadas
Seccionamento. Instalações elétricas energizadas são aquelas com tensão
Impedimento de reenergização. superior à tensão de segurança (Extrabaixa Tensão – EBT),
Constatação da ausência de tensão. ou seja: 50 VCA ou 120 Vcc (Vca – Volts em Corrente Al-

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ternada; Vcc – Volts em Corrente Contínua). O trabalho


UMA
nessas condições só poderá ser realizado por profissio- Riscos em máquinas e equipamentos
nais autorizados, como é descrito na NR-10. LUZ
MÁQUINA
Qualquer pessoa não treinada em eletricidade pode re- Todo o equipamento, (inclusive acessórios e equipamentos
alizar operações elementares de ligar ou desligar circui- de segurança), com movimento, (engrenagens), e com

tos elétricos em baixa tensão (a baixa tensão vai de 50 fonte de energia que não a humana.

Vca até 1.000 Vca ou 120 Vcc até 1.500 Vcc), desde que SEGURANÇA DE MÁQUINAS
se encontrem em perfeitas condições de operação. O uso de máquinas e ferramentas deve sempre ser
seguido das determinações de operação e segurança de
Sempre que atividades forem executadas no interior da
cada equipamento e as normas da empresa.
zona controlada, procedimentos de segurança especí-
REDUÇÃO DOS RISCOS DE ACIDENTE
ficos devem ser observados, respeitando-se as distân-
Os acidentes são evitados com a aplicação de medidas
cias de segurança, isolamento de partes energizadas, específicas de segurança, selecionadas de forma a
proteção por barreiras, indicação aos trabalhadores en- estabelecer maior eficácia na prevenção da segurança.
volvidos quanto a pontos energizados, palestra inicial
ELIMINAÇÃO DO RISCO
de segurança, preenchimento de permissões de traba- Significa torná-lo definitivamente inexistente. (exemplo: uma escada com piso
lho, utilização de listas de verificação etc. escorregadio apresenta um sério risco de acidente. Esse risco poderá ser eliminado
Antes de qualquer nova atividade é necessária a identi- com um piso antiderrapante).

ficação dos riscos inerentes, e depende desses riscos a NEUTRALIZAÇÃO DO RISCO


utilização de um determinado procedimento, de tipos O risco existe, mas está controlado. Esta opção é utilizada na impossibilidade
temporária ou definitiva da eliminação de um risco.
diferenciados de EPIe EPC, de diferentes acessórios de
trabalho. A esse procedimento damos o nome de “Aná- Exemplo disto são as partes móveis de uma máquina como polias, engrenagens,
correias etc. devem ser neutralizadas com anteparos de proteção
lise de Risco”. No entanto outros riscos não previstos
podem surgir, como inundações, tempestades, raios, SINALIZAÇÃO DO RISCO
É a medida que deve ser tomada quando não for possível eliminar ou isolar
ou quaisquer outros cuja neutralização não seja possí-
o risco. (exemplos: máquinas em manutenção devem ser sinalizadas com
vel. Nesse caso, o responsável pela atividade deve sus-
placas de advertência).
pender as atividades.

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BOLA NA REDE CHOQUE DE ORDEM

Proteção de partes móveis de máquinas Os Requisitos de segurança seus


DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO acionamentos e comandos:
PROTETORES FIXOS Tem de ser acionados ou desligados pelo
Os mais vulgarmente utilizados são as guardas. São estruturas metálicas operador na sua posição de trabalho.
aparafusadas à estrutura da máquina e devem impedir o acesso aos órgãos de
Não se localize na zona perigosa da máquina
transmissão. O acesso só para ações de manutenção.
ou equipamento e nem acarrete riscos adicionais.
PROTETORES MÓVEIS
Neste caso as guardas são fixadas à estrutura por dobradiças ou calhas o que as Possa ser acionado ou desligado, em caso de emergência,
torna amovíveis. A abertura da proteção deve levar à paragem automática do por outra pessoa que não seja o operador.
“movimento perigoso”, (pode-se recorrer a um sistema de encravamento elétrico).
Não possa ser acionado ou desligado involuntariamente pelo
COMANDO BI-MANUAL operador ou de qualquer outra forma acidental.
Para uma determinada operação, em vez de uma só betoneira existem duas que
devem ser pressionadas em simultâneo. Isto obriga a que o trabalhador mantenha Devem estar devidamente identificados em português ou
as duas mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (Guilhotinas, Prensas). então por símbolos.

BARREIRAS ÓPTICAS
COMANDO DE ARRANQUE
Dispositivo constituído por duas “colunas”, uma emissora e
a outra receptora, entre elas existe uma “cortina” de raios A máquina só entra em funcionamento quando se acionar este
infra-vermelhos. Quando alguém ou algum objeto atravessa comando, não devendo arrancar sozinho quando ligado a corrente;
esta “cortina” surge uma interrupção de sinalo que leva
á paragem de movimentos mecânicos perigosos. COMANDO DE PARAGEM
Deve sempre sobrepor-se ao comando de arranque;
DISTÂNCIAS DE SEGURANÇAS
Define-se distância de segurança, a distância necessária que STOP DE EMERGÊNCIA
impeça que os membros superiores alcancem zonas perigosas
Corta a energia, pode ter um aspecto de barra botão ou cabo.
do equipamento.

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UMA Riscos de partes móveis de máquinas


LUZ
As proteções e dispositivos de segurança são instalados nas Não usar luvas com máquinas que tenham partes rotativas ou pontos
máquinas para evitar acidentes. de agarramento.
Nunca operar qualquer equipamento sem que as proteções estejam Ajuste, troca de ferramentas, manutenções e outras intervenções
no lugar e em bom estado, no caso de falta da proteção ou a mesma devem ser feitas Exclusivamente com a máquina parada.
ter sido retirada para reparos ou ajustes, comunicar a supervisão. Evitar / bloquear movimentos perigosos.
Familiarize-se com o manual e com as regras de segurança. Utilizar recursos auxiliares adequados.
Quando julgar que alguma máquina esteja apresentando falha de Os pontos de transmissão de força das máquinas e equipamentos
segurança, informar a supervisão imediatamente. deverão estar devidamente protegidos.
Sempre ter atenção para não deixar as mãos expostas nas áreas Máquinas e equipamentos que propiciam a projeção de peças, deverão
perigosas ou através de abertura de proteção. estar protegidos.
Antes de usar uma maquina rotativa, certifique-se que a direção de A industria deverá implantar rotinas de manutenção preventiva,
rotação está correta. além de fornecer treinamento para o uso de Equipamentos de
Só faça medições após a máquina parar todos os seus movimentos. Proteção Individual.
O uso de luvas é proibido nos trabalhos de usinagem. Os cabos de alimentação devem estar dispostos de tal modo que
Antes de iniciar qualquer trabalho, verificar se todas as proteções não sejam criados obstáculos para se tropeçar.
estão nos devidos lugares, e se não há ninguém nas proximidades
onde a máquina possa atingi-lo. OLHA AÍ!
Nunca operar um equipamento se nele estiver presa a
A seguir você vai conhecer,
etiqueta de bloqueio.
sobre a utilização de
Não alterar, ajustar ou remover proteção alguma e se esta equipamentos de segurança.
interferir com a operação, comunicar a supervisão.
Equipamento de Proteção Coletiva
Não devem ser usados anéis nos dedos para operar máquinas Equipamento Proteção Individual
nas quais possa haver contato com partes móveis.

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BATER DE FRENTE LIGAÇÃO DIRETA

Utilização do Equipamento de VERMELHO AMARELO


Distingui e indica equipamentos e Indica Cuidado!. Como fundo de letreiro e
Proteção Coletiva e Individual
aparelhos de proteção e combate a avisos de advertência, partes baixas de escadas
No ambiente de trabalho, você e as pessoas que incêndio. Não deve ser usado na portáteis, espelhos de degraus etc.
ali se encontrem estão expostos a diversos riscos, indústria para assinalar perigo,
BRANCO
e portanto é necessário a instalação e o uso de por ser de pouca visibilidade em
comparação com o amarelo (de alta visibilidade) Empregado em passarela e corredores de
equipamentos, dispositivos e materiais que circulação, por meio de faixas, zonas de segurança,
e o alaranjado (que significa alerta).
proporcionem proteção. áreas de armazenagem, áreas em torno dos
AZUL equipamentos de socorro de urgência etc.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPCs)
Indica Cuidado!, em avisos contra o uso e
São os equipamentos instalados nos locais de trabalho para
PRETO
movimentação de equipamentos, que deverão
dar proteção a todos que ali executam suas tarefas. permanecer fora de serviço. Também é utilizado Empregado para indicar as canalizações de
em canalizações de ar comprimido, prevenção inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs) contra movimentação acidental de qualquer como óleo lubrificante, asfalto, piche etc.
São equipamentos de uso pessoal, cuja finalidade é atenuar equipamento em manutenção entre outros. LARANJA
ou evitar lesões no trabalhador. É dito individual porque PÚRPURA Identifica canalizações contendo ácidos, partes
protege individualmente o trabalhador em relação a riscos móveis de máquinas, faces internas de caixas
Indica perigos de radiações eletromagnéticas
inerentes à sua atividade e/ou empresa. penetrantes de partículas nucleares. Também protetoras de dispositivos elétricos etc.
O tipo de equipamento e o seu uso serão determinados pela usada em portas e aberturas que dão acesso a CINZA
função ou atividade que promova a exposição ao(s) agente(s) locais onde se manipulam ou armazenam
Claro para identificar canalizações de vácuo.
de risco específico(s), passível de gerar um acidente com materiais radioativos ou contaminados por
Escuro na identificação de eletrodutos.
radioatividade, sinais luminosos etc.
lesão no trabalhador.
ALUMÍNIO
VERDE
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA Utilizado em canalizações contendo gases
Caracteriza segurança. Empregado para
A norma NR26 estabelece as cores que devem ser utilizadas liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de
sinalizar canalizações de água, caixas de
nos locais de trabalho para prevenção de acidentes. Identifica baixa viscosidade.
equipamento de primeiros socorros de urgência,
os equipamentos de segurança, delimita áreas, identifica as chuveiros de segurança etc. MARROM
canalizações empregadas nas indústrias para a condução de LILÁS Pode ser adotado, a critério da empresa,
líquidos e gases e adverte contra riscos. Veja no quadro ao para identificar qualquer fluido não identificável
Indica canalizações que contenham álcalis.
lado, as cores adotadas pela NR-26. pelas demais cores.

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Incêndio Mais tarde, descobriu-se que a combustão se proces-


sa em cadeia, ou seja, após o início é mantida pelo calor
Algumas noções sobre o fogo produzido pelas rupturas das moléculas do combustível
O fogo é a consequência de uma rápida reação química (pirólise) que resultam em produtos intermediários ins-
de oxidação, denominada combustão, que produz calor táveis (radicais) e os elétrons.
ou calor e luz. Para que ocorra esta reação, devem existir,
no mínimo, dois reagentes que, a partir de uma situação LIGAÇÃO DIRETA
favorável, poderão se combinar. É o chamado, para fins
didáticos, triângulo do fogo, cujos elementos são:

CHOQUE DE ORDEM

COMBURENTE

É o oxigênio, isto é,
o que ativa e Os radicais reagem com as
intensifica o fogo. OLHA AÍ! moléculas do combustível e
os elétrons tornam o oxigênio
COMBUSTÍVEL
A reação em mais reativo, aumentando a
É o que alimenta a combustão e
cadeia intensidade da oxidação.
permite a propagação do fogo,
representa
ou seja, é o queimado. As reações liberam calor, que
o quarto
aumenta a intensidade da
CALOR elemento
combustão. Com esse fenômeno,
É o que inicia a combustão e essencial.
uma outra figura passou a ser
incentiva a propagação do fogo.
utilizada, o “quadrado do fogo”.

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BOLA NA REDE PARA BOTAR NA MOLDURA

Métodos empregados para se interromper o fogo


Classes de Incêndio
RESFRIAMENTO
Os incêndios são divididos em
É o mais conhecido. Consiste em diminuir a temperatura do material em chamas até situá-la
quatro classes: abaixo do ponto de combustão, quando não mais haverá o desprendimento de vapores, na
quantidade necessária para sustentar a combustão.
CLASSE A
São os que ocorrem em materiais combustíveis ABAFAMENTO
comuns ( como tecidos, madeira, papel, fibras, etc.), e Redução do oxigênio presente no ar, situado acima da superfície do combustível. Para corpos
que têm a propriedade de queimar em sua superfície sólidos, abaixo de 13% de oxigênio a combustão ocorre lentamente, sem chamas, até que a
e profundidade, e que deixam resíduos (cinzas). concentração atinja 6%, quando a combustão não mais existirá.

INTERFERÊNCIA NA REAÇÃO EM CADEIA


CLASSE B
Ocorrem em líquidos e gases combustíveis e Conhecido como extinção química. O agente extintor reage com os produtos intermediários da
combustão (radicais livres e elétrons), reduzindo a intensidade da combustão, até eliminá-la.
inflamáveis, (óleos, graxas, vernizes, tintas, gasolina,
etc.), e que queimam somente em sua superfície, não REMOÇÃO DO COMBUSTÍVEL
deixando resíduos. Não necessita de agente extintor. Consiste na retirada ou na interrupção do fluxo do combustível
que alimenta as chamas e daqueles ainda não atingidos pelo incêndio. Como exemplo pode ser
CLASSE C citado o fechamento de válvulas.
Ocorrem em equipamentos elétricos energizados,
DILUIÇÃO
(motores, transformadores, quadros de distribuição,
Incêndio em líquido solúvel em água pode, em alguns casos, ser extinto por
fios, etc).
diluição. A proporção de água necessária à extinção varia em função do líquido.
CLASSE D
EMULSIFICAÇÃO
Ocorrem em elementos pirofóricos (magnésio,
Quando dois líquidos não miscíveis são vigorosamente agitados há
o zircônio, o titânio, lítio, etc.). Exigem, para sua
formação de emulsão, ou seja, dispersão e mistura das gotículas de ambos os
extinção, agentes extintores especiais que se fundem líquidos. Esse fenômeno ocorre se a água na forma de jato for lançada na superfície
em contato com o material combustível em chama, de um líquido não miscível que possua baixa pressão de vapor, como é o caso
formando uma capa que o isola do ar, interrompendo dos óleos (minerais e vegetais). A emulsão, em geral, apresenta aspecto leitoso
a combustão. ou como espuma, que reduz a liberação de vapores do líquido aquecido.

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QUADRO
UMA Agentes extintores
LUZ
Os principais agentes de extinção são conhecidos como extintores de
4 Utilização de extintores

TIPO DE EXTINTOR
incêndio, em virtude da sua atuação sobre o fogo, conforme os métodos CLASSE DE
INCÊNDIO PÓ QUÍMICO
expostos anteriormente, e são os seguintes substâncias: ÁGUA ESPUMA CO2
SECO

ÁGUA Papel
Apresenta como característica principal a capacidade de diminuir a temperatura dos Madeira
A Tecidos
Sim Sim Não Não
materiais em combustão, agindo, portanto, por resfriamento, quando utilizada sob a
Fibras
forma de jato. Pode também combinar uma ação de abafamento, se aspergida em
gotículas, isto é, sob a forma de neblina. Óleo
Gasolina
ESPUMA B Graxa Não Sim Sim Sim
Tinta
Pode ser química, quando resultante da mistura de duas substâncias (por exemplo, GLP
bicarbonato de sódio e sulfato de alumínio, ambos em solução aquosa) ou mecânica
Equipamentos
(extrato adicionado à água, com posterior agitação da solução para formação da
C Elétricos Não Não Sim Sim
espuma). Sua ação principal é de abafamento, criando uma barreira entre o material Energizados
combustível e o oxigênio (comburente). Magnésio Sim

GÁS CARBÔNICO D Zircônio Não Não Não Obs: um


pó químico
Titânio especial
Agente que atua por abafamento, reduzindo o oxigenio necessário a
combustão, também conhecido por dióxido de carbono ou CO2. É mais
pesado que o ar; no entanto, não é eficiente em locais abertos eventilados.
OLHA AÍ!
PÓ QUÍMICO
Seco comum (bicarbonato de sódio) atua por abafamento; é preferível
Variante para CLASSE D
ao CO2 em locais abertos. Quando se trata de pós especiais, utilizados
Utilizar o método de
na chamada “classe D”, eles se fundem em contato com o metal
pirofórico, formando uma “camada protetora” que isola o oxigênio, abafamento por meio
interrompendo a combustão (existem pós químicos expecificos de areia seca ou limalha
para cada material). de ferro fundido.

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QUADRO Noções básicas de primeiros socorros


5 Tipos de agentes extintores Acidentes acontecem e a todo o momento estamos ex-
postos a inúmeras situações de risco que poderiam ser
CLASSE COMBUSTÍVEL GÁS ÁGUA ESPUMA GÁS PÓ QUÍMICO A PRESSURIZAR PÓ SECO
PRESSURIZADA CARBÔNICO / ESPECIAL
evitadas se, no momento do acidente, a primeira pessoa
PRESSURIZADO
a ter contato com o paciente soubesse proceder correta-
Madeira Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim mente na aplicação dos primeiros socorros.
Papel (ótimo) (ótimo) (regular) (sem (sem (sem (sem
Tecido grande grande grande grande
Muitas vezes esse socorro é decisivo para o futuro e a
A Papelão eficiência) eficiência) eficiência) eficiência) sobrevivência da vítima.
Algodão
Fibras
Lixo
Recomendações aos socorristas
Procure sempre conhecer a história do acidente.
Gasolina Não Não Sim Sim Sim Sim Sim
Óleo (contra- (contra- (ótimo) (bom) (ótimo) (ótimo) (sem Peça ou mande pedir um resgate especializado enquan-
Querosene indicado): indicado): grande to você realiza os procedimentos básicos.
B Tintas aumenta aumenta eficiência)
Graxas a área de a área de Sinalize e isole o local do acidente.
incêndio incêndio
Durante o atendimento utilize, equipamentos que lhe
dêem proteção.
Sinalize o local para evitar outros acidentes e disperse
Instalação Não Não Não Sim Sim Sim Sim
elétrica (perigoso): (perigoso): (perigoso): (ótimo) (bom) (bom) (bom) os curiosos.
C energizada conduz conduz conduz
eletricidade eletricidade eletricidade

É preciso proteger e controlar NA


o local do acidente: LINHA
Isolando-o e sinalizando-o DO
Metais Não Não Não Não Não Não Sim Iluminando-o, se for noite ou VENTO
D pirofóricos (provoca (provoca (provoca (ineficaz) (ineficaz) (ineficaz) (bom) se a região for pouco iluminada
explosão) explosão) explosão)
Arejando-o, para que a vítima
receba ventilação

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Avalie o estado geral da vítima e verifique os sinais vitais: CHOQUE O controle das vias aéreas
Pulso DE ORDEM Em algumas situações as vias aéreas podem ficar obstruídas
Respiração por sangue, vômitos, corpos estranhos (pedaços de dente,
Temperatura Os princípios próteses dentárias, terra) ou pela queda da língua para trás,
básicos do
Pupila como acontece nos casos de convulsões e inconsciência.
atendimento de
Nível de consciência
emergência
Sensibilidade do corpo, entre outros. O controle da ventilação
Rapidez no
Restabelecer a respiração natural, caso esta tenha cessa-
atendimento
Efetue as técnicas de primeiros socorros de acordo com do (parada respiratória) ou em caso de asfixia.
Reconhecimento
cada caso. O sinal indicativo da parada respiratória é a paralisa-
das lesões
Antes de adotar qualquer procedimento o socorrista ção dos movimentos do diafragma (músculo que realiza
Reparação das lesões
deve avaliar o estado geral da vítima e efetuar a técnica os movimentos do tórax e abdome).
específica para o caso dos primeiros socorros.
Respiração boca-a-boca

LIGAÇÃO DIRETA Antes de aplicar a respiração boca-a-boca verifique se há


obstrução das vias aéreas e proceda à desobstrução e apli-
Como agir em casos de emergência, que as manobras para facilitar a ventilação.
algumas técnicas são válidas e podem ser
aplicadas em todos os casos
Se a vítima sentir sede umedeça os lábios com gaze.
A restauração da circulação
Não dê bebidas alcoólicas. Em algumas situações você poderá se deparar com casos
Mantenha-a deitada. em que o coração da vítima deixou de pulsar, porém, com
Mantenha a respiração.
Evite a perda de sangue.
possibilidade de restabelecimento, neste caso você deve
Evite virá-la, empurrá-la ou puxá-la, para não agravar as aplicar massagem cardiorespiratória.
lesões ósseas. Para tal, a forma mais correta de se diagnosticar a pa-
Não retire do corpo objetos penetrantes, como vidros, etc.
Chame de imediato o atendimento especializado.
rada cardíaca será a verificação, cuidadosamente, do pul-
so da artéria carótida.

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Transporte de acidentados Queimaduras


O transporte da vítima é de extrema importância e pode São lesões decorrentes da ação do calor sobre o organismo.
ser decisivo para a sua sobrevivência. Setenta por cento das queimaduras ocorrem no lar,
Antes de transportá-la verifique sempre: com crianças e pessoas idosas por descuido na manipu-
Se está respirando lação de líquidos superaquecidos.
Se há hemorragia
Se há fraturas Ferimentos
Se existe traumatismo da coluna Os ferimentos acontecem com muita frequência em nos-
so cotidiano. No entanto, costumamos tratá-los de forma
Choque elétrico incorreta. Muitas vezes damos prioridade ao uso de subs-
Nunca toque na vítima até que ela seja separada da cor- tâncias anti-sépticas em detrimento de adequada limpe-
rente elétrica, ou que esta seja interrompida. za da ferida com água corrente e sabão comum.
Se a corrente não puder ser desligada, coloque-se sobre
um pedaço de madeira e afaste a vítima com uma vara Hemorragias
de madeira ou bambu. A hemorragia é a perda de sangue ocasionada pelo rom-
pimento dos vasos sanguíneos.
NA Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente.
Consequências mais comuns nos LINHA Grandes perdas sanguíneas podem levar ao estado de cho-
casos de eletrocussão (Choque elétrico) DO que e à morte em poucos minutos.
VENTO
QUEIMADURAS
Estado de choque OLHA AÍ!
As queimaduras por corrente elétrica se propagam em
O estado de choque é uma situação
Agora você vai
ondas, o que acarreta a continuidade das lesões, podendo
de risco que pode levar à morte e de- estudar
atingir planos mais profundos da pele mesmo após a O processo
corre, na maioria das vezes, de he-
Mecânico de
separação da vítima da corrente elétrica.
morragias internas ou externas não Usinagem.
Boa sorte!
controladas adequadamente.

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