O ABORTO E SEU CONTEXTO HISTÓRICO
uma gestação que não as fazem felizes e geram varias consequências
O aborto é uma pratica que sempre esteve presente na história da
humanidade, uma vez que desde os tempos mais remotos as mulheres
buscavam e encontravam um meio para se livrar de um filho indesejado.
Apresenta se como uma pratica que é tratada de formas variadas, sendo
que em determinadas épocas e países não são punidos, e sua
desaprovação ou aprovação é uma questão que diz respeito apenas à
família, estando na competência da mesma à decisão sobre fazer ou não
fazer um aborto.
Em contrapartidas em outras épocas e outros povos é severamente
punido, e algumas vezes com pena de morte. No entanto, foi com os
cristãos que teve inicio de forma conhecida o combate a pratica do
aborto, os mesmos defendiam que a criança não era uma simples parte
do corpo de sua mãe, mas um ser que possuía uma alma, razão pela qual
os escritores da igreja, como são Cipriano e Gregório, defendiam que a
extirpação do feto do ventre de sua mãe era sempre considerado
homicídio.
Comentário: No Eixo Temático 1: Condição Humana tratamos da questão
da “alma” e do corpo como somente “matéria”, contexto dado pelo
Cristianismo para doutrinar fiéis. Veja como se interliga perfeitamente
com a questão do aborto defendida pelo próprio cristianismo.
No Brasil, a gravidez é obrigatória, sendo assim, o aborto é permitido
apenas em casos de risco de vida para gestante, nos casos fetos
anencefálicos e estupro. Fora disto a pratica é expressamente proibida,
por assim ser todos os anos varias mulheres são forçadas a levar adiante
psicológicas e físicas.
O QUE É ABORTO?
É a interrupção de uma gravidez antes que ela se complete, ou seja, a
expulsão do embrião ou do feto antes que ele se desenvolva totalmente –
isso de um ponto de vista médico. Afinal, a questão do aborto permeia
muitos universos: o biológico, o médico, o jurídico, o moral e o pessoal.
Não existe um consenso médico e biológico de quando a gravidez é
iniciada. Alguns dizem que é no momento da nidação – quando as células
masculinas e femininas formam o zigoto e ele “gruda” na parede do útero
–, que é quando se forma o embrião. Outras pessoas argumentam que a
gestação começa após algumas semanas desse estágio, quando o embrião
se torna um feto, que será denominado assim até o fim da gravidez.
PORQUE ALGUMAS MULHERES ABORTAM?
Mulheres realizam abortos em situações drásticas: quando têm que
determinar a continuação de uma gravidez, essa questão não diz respeito
somente a elas, mas também a outro ser – o que torna essa questão
muito mais complexa para elas do que às vezes é pintado, sendo difícil de
encarar principalmente pelo psicológico da própria gestante.
As razões para um aborto induzido podem variar muito, dependendo do
contexto social em que aquela mulher está inserida, de suas necessidades
e experiências. Os motivos pelos quais essas mulheres realizam abortos
são extremamente singulares e íntimos, podendo ser por conta de
vulnerabilidade financeira, idade, falta de apoio familiar e do pai da
criança, entre diversos outros motivos. Essa questão, porém, é delicada
em qualquer que seja sua motivação para cogitar um abortamento.
O ABORTO COMO UM DIREITO INDIVIDUAL
O que se discute bastante ao redor do mundo é a questão do direito
individual da mulher que, em países democráticos, como o Brasil, é
garantido pelas suas respectivas constituições. Diferentemente, das
drogas, por exemplo, que apesar de ser um direito individual de cada
cidadão, é também uma questão de segurança e saúde pública. Isso
porque, o uso e comercialização de drogas é um problema que envolve a
sociedade; veja os efeitos do comércio de drogas na sociedade com o
tráfico. E, até mesmo, os efeitos do uso de drogas na sociedade: pessoas
viciadas jogadas nas ruas, como na cracolândia, em São Paulo, cometendo
delitos e ocupando vias públicas. No entanto, o aborto, não é algo que
“inclui” a sociedade; pelo menos não com a mesma extensão que as
drogas. A mulher que fizer um aborto seguro estará envolvendo ela
mesma e no máximo, seus efeitos serão estendidos ao parceiro e a
família. Há uma preocupação com a saúde mental dessa mulher, mas,
ainda assim, os efeitos do aborto ficam mais restritos à mulher.
No caso do Brasil, porque não tornar o aborto legal?
O ABORTO E A RELIGIÃO NO BRASIL
O Brasil é um país majoritariamente conservador e cristão. Em razão
dessas crenças cristãs de concepção de família e seguimento de preceitos
tradicionais, assuntos como o aborto, por exemplo, são veementemente
renunciados. A explicação para isso se ancora nos dizeres bíblicos e nos
preceitos da igreja, como por exemplo, nessa passagem do livro de
Gênesis “Todo aquele que derramar o sangue humano terá seu próprio
sangue derramado pelo homem, porque Deus fez o homem à sua
imagem” (Gn 9,6) e essa presente no livro de Êxodos “Se homens
brigarem, e acontecer que venham a ferir uma mulher grávida, e essa der
à luz sem nenhum dano, eles serão passíveis de uma indenização imposta
pelo marido da mulher, e que pagarão diante dos juízes. Mas, se houver
outros danos, urge dar vida por vida” (Ex 21,22-23). É importante ressaltar
que a Bíblia não legisla especificamente em torno da palavra aborto, não
há passagens específicas para embriões; a vida humana, na Bíblia, é
tratada de forma geral. Por outro lado há leis da igreja que consideram a
vida um bem inalienável dentro que quaisquer contextos e condenam a
prática do aborto na mesma proporção de um homicídio ou até mesmo,
pior como na constituição Pastoral “Gaudium et Spes”, número 27, diz
que: “Tudo o que atenta contra a própria vida, como qualquer espécie de
homicídios, o genocídio, o aborto (…), é efetivamente digna de censura”; e
no número 51, “existem os que ousam trazer soluções desonestas a esses
problemas e não recuam até mesmo diante da destruição da vida. (…)
Deus, com efeito, que é o Senhor da vida, confiou aos homens o nobre
encargo de preservar a vida, para ser exercido de maneira condigna do
homem. Por isso, a vida deve ser protegida com o máximo cuidado desde
a concepção”.
Diante do exposto, com a nobre influência que a igreja tem dentro do
estado, mesmo sendo o Brasil um estado laico, pautas como a legalização
do aborto tornam-se praticamente impossíveis de serem aprovadas.
O ABORTO ILEGAL E AS CONSEQUÊNCIAS PARA A MULHER
Mesmo sem a proteção legal do aborto, no Brasil, mulheres continuam a
fazer a prática. Isso porque, lidar com uma gestação indesejada é por
vezes, suicida. O que acontece é que, essas mulheres fazem seus abortos
dentro de clínicas clandestinas ou se automedicando. Sem o
acompanhamento de profissionais capacitados e sem estarem dentro de
hospitais equipados para servir em eventuais problemas, milhares de
mulheres morrem anualmente, na tentativa. Quando não morrem,
convivem pelo resto de suas vidas com os danos – físicos e psicológicos -
que a prática causou.
O aborto é uma questão de saúde pública e o governo decide não tomar
partido em relação a isso. Sem querer defender um lado ou outro, mas é
questionável descobrir quem é o assassino da história. Não é mesmo?
ALUSÃO HISTÓRICA
LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO
“É ‘de esquerda’ ser a favor do aborto e contra a pena de morte, enquanto
‘direitistas’ defendem o direito do feto à vida, porque é sagrada, e o
direito do Estado de matá-lo se ele der errado”.
O escritor brasileiro faz, com essa frase, uma dura crítica ao governo. Ele
usa os termos esquerdistas e direitistas para mostrar a dualidade de
pensamento. No entanto, mostra um pensamento perspicaz e, para
explica-lo, vou usar Madre Tereza de Calcutá “Eis porque o aborto é um
pecado tão grave. Não somente se mata a vida, mas nos colocamos mais
alto do que Deus; os homens decidem quem deve viver e quem deve
morrer”. Se o estado brasileiro, não permite a prática do aborto por ser
um “crime sagrado”, porque não obrigar a gravidez em quaisquer esferas?
Se é Deus, o máximo poder divino que dá a vida, se Ele manda uma vida
anencefálica pode o estado dar permissão para matar? Ora, aquela vida
também estava nos “planos de Deus”. O feto vindo de um ato
inescrupuloso de estupro estava nos planos de Deus. Porque então,
parafraseando Madre Tereza de Calcutá o estado pode se colocar mais
alto que Deus e decidir que determinados tipos de feto não podem
continuar sua vida?
Será que Deus só tem responsabilidade sobre bons fetos?
CLANDESTINAS DOCUMENTÁRIO (2013)
No Brasil, o aborto ainda é considerado um tabu e há muita hipocrisia na
discussão do tema. Pesquisa Nacional de Aborto, da UnB (Universidade de
Brasília) mostra que uma em cada cinco mulheres já fez pelo menos um
aborto na vida. A maioria delas, segundo a pesquisa, se declarava católica,
ou seja, a religião não impediu a interrupção da gravidez. Relatos reais de
quem já vivenciou um aborto são mostrados no documentário
“Clandestinas” que entrevista mulheres reais que já fizeram aborto no
Brasil.
 DADOS/ EXEMPLOS

De acordo com a Pesquisa Nacional do Aborto, feita pela Anis – Instituto de Bioética, quem realiza abortos em maior escala são mulheres comuns,
normalmente casadas, que já têm filhos e declaram seguir uma fé cristã. São milhares: 1 em cada 5 mulheres realiza um aborto até os 40 anos no Brasil. Ao
contrário do que se coloca em discussão sobre essa questão, quem mais realiza abortamentos não são majoritariamente meninas jovens que têm relações
sexuais sem proteção. A proporção de mulheres que fizeram aborto cresce com a idade: varia de 6% para mulheres com idades entre 18 e 19 anos a 22%
entre mulheres de 35 a 39 anos. Os números deixam claro ser essencial a chegada da informação, a educação sexual, a possibilidade de planejamento
familiar, e o acesso a métodos contraceptivos a mulheres de quaisquer idades.

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

 Congresso Nacional precisa discutir a questão do aborto em relação à vida em todas as suas esferas, nessa discussão é necessário estar a proteção
da vida do feto e da vida da mãe, considerando as taxas de mortalidade de mulheres que fazem abortos clandestinos. É necessário aprovar uma lei
que proteja a liberdade da mulher (que é um bem constitucional), a vida do feto e saúde da mãe.
 Ministério da Saúde em parceria com o Ministério da Educação deve fazer campanhas a nível nacional para educar jovens e crianças sobre a prática
sexual sem proteção. Mostrando sempre as consequências danosas (na saúde, na mente e na sociedade) que uma relação desprotegida pode
causar.
“A escola não é pra aprender a fazer sexo. Quando o pai bota o filho na
escola, quer que ele aprenda alguma coisa”.
A frase, proferida pelo presidente eleito Jair Bolsonaro em uma
transmissão realizada em seu perfil do Facebook, foi uma resposta ao
debate que tem tomado as redes sociais. Afinal de contas, as escolas
devem ou não tratar de sexualidade em sala de aula? Primeiramente, é
importante ressaltar que educação sexual não tem o objetivo de ensinar
as pessoas a fazerem sexo e sim de conhecer a respeito da sua
sexualidade e de todos os aspectos que uma relação sexual pode
ocasionar, como por exemplo, doenças sexuais, gravidez precoce, aborto.
COMO SE FORMA O INDIVÍDUO?
Os seres humanos são formados em três principais bases: família,
sociedade, situação. Ainda há a genética, mas isso é discutível. No Eixo
Temático 1: Condição Humana, muito foi falado sobre o individuo na pura
essência do seu ser e apesar de a condição humana ser explicada de
diversas formas, a mais coerente com a realidade são as suas principais
características “Inteligência (consciência para aprender), liberdade,
escolha dos valores mais adequados (do que é certo e errado) e
sociabilidade”.
FAMÍLIA: PRIMEIRA INSTITUIÇÃO SOCIAL
A família é a primeira instituição social que o individuo tem contato. São
os pais que dão a primeira “visão de mundo” às crianças e por isso, não é
difícil aceitar que a maior responsabilidade pela vida das crianças seja da
família. No que tange à educação sexual esse conceito não está distante,
porque os pais é que dão as primeiras formações sexuais mesmo sem essa
intenção. É através da forma como um pai trata sua filha que ela tem as
primeiras impressões de como um homem deve ser, assim como a
imagem do pai tratando a mãe. O mesmo vale para os meninos: qual a
mulher ideal para ele? Ora, aquela que tenha os mesmos preceitos que
sua mãe. Ou não, porque isso pode ser negativo também, se a mãe em
questão é alguém descomprometida com a vida e que causa pouca ou
nenhuma sensação de admiração, a mulher ideal deve ser aquela que tem
características contrárias.
O mesmo se entende por sexualidade. Muito se questiona a respeito da
homossexualidade, por exemplo, ser algo concebido no nascimento ou
ser uma questão de identidade. Para esse entendimento, vou refutar a
ideia da genética, pois essa é inquestionável. No entanto, parafraseando
uma famigerada frase de que se tem a ideia de que se educa pelo
exemplo, então a questão da família nesse caso seria fundamental.
Crescer em um ambiente homossexual é mais propenso a formar adultos
homossexuais ou, talvez a formar adultos mais tolerantes a
homossexualidade. Isso porque, os seres humanos se identificam com
aquilo que veem e que fazem bem aos olhos. Seguindo a mesma ideia
acima, essa visão pode ser dar pelo lado bom (concordância) ou pelo lado
mau (discordância).
QUAL O PAPEL DA ESCOLA NA SOCIEDADE?
A escola é uma instituição que detém o dever de formar o individuo em
todas as suas esferas. É na escola que as crianças começam a desenvolver
sua cidadania em razão da convivência com seus pares. Pensando na
escola como formadora da personalidade cidadã das crianças e jovens é
totalmente plausível que a educação sexual também aconteça em sala de
aula. Nas escolas, inclusive, há um ativo que não há nas famílias que é a
pluralidade de pessoas, cada uma com ideias, crenças e pensamentos
diferentes. E isso é ótimo para que se tenham debates e que se exercite o
poder do respeito na vida em sociedade. Em relação às escolas, há
debates que fomentam a ideia de que não é possível confiar em pessoas
ditas estranhas para ensinar sexualidade a crianças e jovens. Mas talvez,
seja essa, justamente, a maior qualidade de pessoas estranhas ensinando
algo tão particular: o fato de que a lição está mais propensa à
imparcialidade.
ESTADO LAICO COM UMA PITADA DE INFLUÊNCIA RELIGIOSA
O Brasil é um país majoritariamente conservador e cristão e, por essa
razão, os preceitos religiosos são muito difundidos e aceitos pela maior
parte da sociedade. O tema educação sexual nas escolas está atrelado
também a questão da “liberdade sexual” que seria agregar termos como a
ideologia de gênero, por exemplo. O conservadorismo e os preceitos
religiosos judaicos – cristão brasileiros defendem a ideia de família
tradicional, aquela formada pelo homem, mulher e os filhos; um
relacionamento heterossexual que tende a formar filhos heterossexuais.
Nessa perspectiva, nota-se que difundir liberdade sexual dentro das
escolas seja algo extremamente inadequado e que vai totalmente de
encontro aos preceitos religiosos citados. Assim como ensinar aos jovens
a como deve ser feito um sexo seguro – com o uso de métodos
contraceptivos, por exemplo; já que, a religião defende a visão bíblica de
que sexo seguro é aquele feito dentro do casamento e nada mais que
isso. Não que a visão religiosa esteja errada, mas as estatísticas da
realidade mostram outra versão do mesmo fato: dezenas de milhares de
jovens grávidas precocemente, aumento estrondoso das taxas de HIV
entre jovens, maior taxa de aborto entre mulheres acima de 30 anos e
casadas. Sem contar que o Brasil é o segundo país com as maiores taxas
de traição no mundo, perdendo somente para a Holanda.
Para um país que se diz cristão/conservador, onde está o erro?
Um palpite possível: na comunicação.
ALUSÃO HISTÓRICA
ESCOLA SEM PARTIDO
O movimento Escola sem Partido visa garantir que professores ensinem
somente a seus alunos matérias para “estudo”. Com a aprovação desse
projeto, as escolas estarão proibidas de tratar de assuntos como a
educação sexual, por exemplo, bem como assuntos políticos e
ideológicos. Abaixo um trecho retirado do site oficial do projeto:
“A doutrinação política e ideológica em sala de aula ofende a liberdade de
consciência do estudante; afronta o princípio da neutralidade política e
ideológica do Estado; e ameaça o próprio regime democrático, na medida
em que instrumentaliza o sistema de ensino com o objetivo de JORNAL DA USP – UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
desequilibrar o jogo político em favor de um dos competidores.

Por outro lado, a exposição, em disciplina obrigatória, de conteúdos que

possam estar em conflito com as convicções morais dos estudantes ou de
seus pais, viola o art. 12 da Convenção Americana sobre Direitos
Humanos, segundo o qual “os pais têm direito a que seus filhos recebam a
educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas próprias
convicções.”

Essas práticas, todavia, apesar de sua manifesta inconstitucionalidade e

ilegalidade, tomaram conta do sistema de ensino. A pretexto de
“construir uma sociedade mais justa” ou de “combater o preconceito”,
professores de todos os níveis vêm utilizando o tempo precioso de suas
aulas para “fazer a cabeça” dos alunos sobre questões de natureza
político-partidária, ideológica e moral”.
Disponível em: https://www.programaescolasempartido.org/projeto
 DADOS/ EXEMPLOS

Pesquisa Retrato do Comportamento Sexual Brasileiro (2018):

 35,4% dos brasileiros fizeram sexo antes dos 15 anos de idade

 1,8% dos casos de HIV no Brasil são entre jovens de 13 a 19 anos de idade

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

 Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – SNDCA, vinculada a pasta dos Direitos Humanos do governo federal deve fomentar
programas como cartilhas, por exemplo, a nível nacional direcionado às famílias para que instruir os pais a estimular o ensino sexual com as
crianças, embasados nos preceitos de alerta aos perigos de uma relação sexual desprotegida bem como ao respeito as demais manifestações de
sexualidade.
 Congresso Nacional deve formular leis que impeçam que preceitos religiosos se sobreponham as politicas públicas para determinados seguimentos
da sociedade, como a educação sexual. Visto que as taxas de HIV, gravidez precoce e aborto são incompatíveis com a posição neutra que o governo
federal tem assumido na atualidade.