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PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL - PCA

LT 230 SE kV BARREIRAS II/SE RIO GRANDE II - BARREIRAS/SÃO


DESIDÉRIO

JUNHO - 2015
Volume Único
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Sumário
1. APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 6

2. DADOS BÁSICOS DO EMPREENDIMENTO .................................................... 9

3. IDENTIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NA ELABORAÇÃO10

4 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............................................. 11

5. PLANOS, PROGRAMAS E SUBPROGRAMAS .............................................. 16

5.1. PROGRAMA DE GESTÃO E SUPERVISÃO AMBIENTAL .......................... 17

5.2. PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO (PAC) ......................................... 32

5.3. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS ...................................... 72

5.4. PLANO DE SEGURANÇA/EMERGÊNCIA ................................................... 85

5.5. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ......................... 98

5.6. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE RUÍDOS .................................... 120

5.7. PLANO DE CONTROLE E MONITORAMENTO DE EMISSÃO DE


MATERIAL PARTICULADO............................................................................... 130

5.8. PROGRAMA DE CONTROLE DE PROCESSO EROSIVO E


ASSOREAMENTO ............................................................................................. 139

5.9. PLANO DE SINALIZAÇÃO E CONTROLE DE TRÁFEGO ........................ 149

5.10. PLANO DE CONTRATAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE MÃO DE OBRA


LOCAL ................................................................................................................ 160

5.11. PLANO DE APOIO ÀS ATIVIDADES PRODUTIVAS PARA ARRANJOS


PRODUTIVOS .................................................................................................... 172

5.12. PLANO DE INDENIZAÇÃO FUNDIÁRIA .................................................. 180

5.13. PROGRAMA DE MANUTENÇÃO DE FAIXA DE SERVIDÃO .................. 204

5.14. PLANO DE DESMATAMENTO E RESGATE DE FLORA ........................ 210

5.15. PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS (PRAD) ........ 235

5.16. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE FLORA ................................... 262

5.17. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE FAUNA ................................... 270


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5.18. PROGRAMA DE AFUGENTAMENTO E RESGATE DA FAUNA SILVESTRE


........................................................................................................................285

5.19. PLANO DE CONECTIVIDADE ENTRE COMPONENTES .......................... 302

DA PAISAGEM ................................................................................................... 302


5.16 PROGRAMA DE PROTEÇÃO E MONITORAMENTO DE RECURSOS
HÍDRICOS ............................................................................................................... 321

5.21. PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ............................................. 332

5.22. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................ 346

5.23.PROGRAMA DE RESGATE, MONITORAMENTO E EDUCAÇÃO


PATRIMONIAL ................................................................................................... 360

5.24. PROGRAMA DE MONITORAMENTO PALEONTOLÓGICO .................... 381

6. ANEXOS ......................................................................................................... 396

Listas de quadros, tabelas e figuras

Quadro 1: Planos, Programas e Subprogramas.......................................................... 7


Quadro 2 - Composição e Responsabilidades das Áreas de Atuação do PGSA ...... 25
Quadro 3: Aspectos ambientais da construção ......................................................... 40
Quadro 4: Quadro Geral e Comparação dos Três Tipos de Análises de Risco ........ 77
Quadro 5: Previsão da Composição dos Resíduos ................................................. 106
Quadro 6: Critério de avaliação para ambientes externos, em dB (A) .................... 125
Quadro 7: Metas, Atividades, Ações ....................................................................... 145
Quadro 8: Metas do PCCMOL ................................................................................ 166
Quadro 9: Atividades/Ações do PCCMOL ............................................................... 167
Quadro 10: Material de apoio do Plano de Contratação e Capacitação de Mão de
Obra Local ............................................................................................................... 167
Quadro 11: Metas, atividades, ações do Programa ................................................ 176
Quadro 12: Metas, atividades, ações ...................................................................... 194
Quadro 13: Metas do Plano de Desmatamento ...................................................... 228
Quadro 14: Metas, atividades, ações ...................................................................... 253
Quadro 15: Material de apoio PRAD ....................................................................... 254

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Quadro 16: Metas, atividades, ações ...................................................................... 267


Quadro 17: Metas, atividades, ações ...................................................................... 279
Quadro 18: Metas, atividades, ações ...................................................................... 296
Quadro 19: Coordenadas geográficas dos pontos selecionados para aplicação do
Plano. ...................................................................................................................... 310
Quadro 20: Metas, Atividades, Ações ..................................................................... 315
Quadro 21: Metas, atividades, ações ...................................................................... 328
Quadro 22: Metas do PCS ...................................................................................... 340
Quadro 23: Atividades/Ações do PCS ..................................................................... 340
Quadro 24: Material de Apoio PCS ......................................................................... 341
Quadro 25: Metas do PEA....................................................................................... 354
Quadro 26: Atividades/Ações do PEA ..................................................................... 354
Quadro 27: Material de apoio do PEA ..................................................................... 354
Quadro 28: Metas do PRMEP ................................................................................. 372
Quadro 29: Atividades e ações do PRMEP ............................................................. 372

Tabela 1: Coordenadas dos pontos de soltura ........................................................ 295


Tabela 2: Sítios e ocorrências na área da LT 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II
- Barreiras/São Desidério ........................................................................................ 367
Tabela 3: Sítios arqueológicos cadastrados no CNSA/IPHAN na área de influência
da linha de transmissão .......................................................................................... 367
Tabela 4: Torres em áreas de alto potencial paleontológico definidas durante a
avaliação das potencialidades paleontológicas ....................................................... 385
Tabela 5: Torres em áreas de médio potencial paleontológico definidas durante a
avaliação das potencialidades paleontológicas. ...................................................... 388

Figura 1: Fluxograma das atividades do PAC ........................................................... 48


Figura 2: Processo de Redução do Risco ................................................................. 75
Figura 3: Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ............................................. 93
Figura 4: Aterro sanitário de São Desidério ............................................................ 100
Figura 5: Cores da Coleta Seletiva .......................................................................... 106
Figura 6: Recipientes para acondicionamento adequado dos resíduos sólidos ...... 110

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Figura 7: Exemplo de local para acondicionamento adequado dos resíduos sólidos


................................................................................................................................ 111
Figura 8: Acima caminhão para coleta de resíduos sólidos e abaixo caminhão para
coleta de resíduos líquidos ...................................................................................... 113
Figura 9: Segregação dos resíduos ........................................................................ 115
Figura 10: Largura da Supressão Vegetal na Faixa de Servidão no Cerrado/Caatinga
e nas áreas de APP e Reserva Legal. .................................................................... 216
Figura 11: Praças das Torres (estaiada e autoportante). ........................................ 218
Figura 12: Avaliação da tendência natural de queda da árvore. ............................. 220
Figura 13: Indicação dos caminhos de fuga. ........................................................... 221
Figura 14: Esquema da técnica de padrão de corte ................................................ 221
Figura 15: Tifor. ....................................................................................................... 222
Figura 16: Redirecionamento da queda da árvore através do uso de cunha e
assimetria na largura da dobradiça. ........................................................................ 222
Figura 17: Técnica de ancoragem, onde podem ser Combinadas as utilizações de
Cunha, de Tirfor e de Assimetria na Largura da Dobradiça. ................................... 222
Figura 18: Empilhamento de toras de madeira. Detalhes dos tipos de suporte para
aeração da madeira empilhada e recomendações para evitar acidentes. .............. 224
Figura 19: Representação gráfica da disposição dos baldes e lonas nas estações de
pitfalls ...................................................................................................................... 276
Figura 20: Ponto de soltura 1 (12°12’9.60”S 44°48’56.14”O) e Ponto de soltura 2
(12°27’20.88”S 45°1’51.44”O). ................................................................................ 294
Figura 21: Ponto de soltura 3 (12°39’40.83”S 45°13’40.94”O) e Ponto de soltura 4
(12°49’36.50”S 45°27’48.01”O). .............................................................................. 295
Figura 22: Fonte: Google Earth. .............................................................................. 311
Figura 23: Fonte Google Earth. ............................................................................... 312
Figura 24: Fonte Google Earth. ............................................................................... 313
Figura 25: Fonte Google Earth. ............................................................................... 314
Figura 26: Fonte Google Earth. ............................................................................... 315
Figura 27: Exemplo de curso de capacitação em paleontologia - aula teórica ........ 387
Figura 28: Exemplo de acompanhamento paleontológico com achado de materiais
fósseis. .................................................................................................................... 390

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1. APRESENTAÇÃO

Este documento, integrante do processo de Licenciamento Ambiental,


apresenta o Plano de Controle Ambiental – PCA relativo às obras de implantação da
Linha de Transmissão em 230 kV – SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São
Desidério.
O Plano de Controle Ambiental tem por objetivo a continuidade do processo
de Licenciamento Ambiental, apresentando os planos, programas e subprograma
ambientais a serem executados durante a construção do referido empreendimento,
conforme determina a legislação em vigor, para obtenção da Licença de Instalação –
LI junto ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – INEMA.
Este conjunto de subprograma, programas e planos, com suas respectivas
medidas preventivas, mitigadoras e/ou compensatórias é abrangente e certamente
garantirá que todos os impactos diretos e indiretos do Empreendimento sejam de
alguma forma preventivamente atacados, mitigados e/ou compensados.
O traçado da Linha de Transmissão em 230 kV – SE Barreiras II/SE Rio
Grande II – Barreiras/São Desidério, foi definido seguindo diretrizes, critérios e
padrões de projeto na definição de localização e tipos de torres, tipos de cabo e
outros acessórios. Foram também analisados os aspectos ambientais e sociais
envolvidos, como travessias de corpos hídricos e remanescentes florestais,
cruzamento de propriedades, benfeitorias e rodovias/estradas, com o objetivo de
minimizar os possíveis impactos causados pela implantação do empreendimento.
Para todos os impactos ambientais identificados nos meios físico, biótico e
socioeconômico, foram apresentadas medidas de prevenção, mitigação e/ou
compensação, reunidas em planos, programas e subprograma ambientais, dispostos
no quadro a seguir:

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Quadro 1: Planos, Programas e Subprogramas

01 Programa de Gestão e Supervisão Ambiental

02 Plano Ambiental da Construção

03 Programa de Gerenciamento de Risco

04 Plano de Segurança/Emergência

05 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

06 Plano de Monitoramento de Ruído

07 Plano de Controle e Monitoramento de Emissão de Material Particulado

08 Programa de Controle de Processos Erosivos e Assoreamento

09 Plano de Sinalização e Controle de Tráfego

10 Plano de Contratação e Capacitação da Mão de Obra Local

11 Plano de Apoio às Atividades Produtivas para Arranjos Produtivos

12 Plano de Indenização Fundiária

13 Programa de Manutenção da Faixa de Servidão

14 Plano de Desmatamento e Resgate de Flora

15 Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração de Vegetação

16 Programa de Monitoramento de Flora

17 Programa de Monitoramento de Fauna

18 Programa de Afugentamento e Resgate da Fauna Silvestre

19 Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem

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Programa de Proteção e Monitoramento de Recursos Hídricos e


20
Subprograma de Preservação de Nascentes

21 Programa de Comunicação Social

22 Programa de Educação Ambiental

23 Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial

24 Programa de Monitoramento Paleontológico

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2. DADOS BÁSICOS DO EMPREENDIMENTO

Identificação Do Empreendedor
Razão Social: SÃO PEDRO TRANSMISSORA DE ENERGIA S.A.
CNPJ: 18.707.010/0001-27
Endereço: Av. Miguel Sutil, 8695 – 2º andar, Sala 4 – Bairro Duque de Caxias –
Cuiabá-MT
Telefone: (65) 3051-6100
Responsável: Antônio Augusto Garcia Palma – Diretor

Identificação da Construtora
Razão Social: SAE Towers Brasil Torres de Transmissão Ltda
CNPJ: 07. 758.028/0001-31
Endereço: Moacyr Gonçalves Costa, n°15, Bairro Distrito Industrial Pielmont Sul,
Betim, Minas Gerais
Telefone: (31) 3399 2842
Responsável: Vagner Facin de Araújo – CREA 63506/D-SP e Marcelo Duarte dos
Santos CREA 51663/D-MG

Identificação da Empresa Responsável pelo Elaboração do PCA


Razão Social: NOVO NORTE ENERGIA E CONSULTORIA LTDA
CNPJ: 09.613.277/0001-64
Endereço: Av. Miguel Seror, n° 128, Bairro Santa Rosa – Cuiabá-MT
Telefone: (65) 3023-1771
Responsável Técnico: Gleice Medeiros Rodrigues – CREA-MT 018425-D
Coordenação do Projeto: Marcela Marques – CRBio 72861/08-RS

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3. IDENTIFICAÇÃO DOS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NA ELABORAÇÃO

Profissional Função Formação Registro Profissional


Marcela Marques Coordenadora do Projeto Bióloga CRBio 72861/08-RS
Patrícia Palermo Equipe Técnica Geógrafa CREA/MT019195
Sabine Garcia Equipe Técnica Bióloga CRBio 81372/03-D
Juliana Veronese Equipe Técnica Bióloga CRBio 76552/04 - D
Rafhael Mamede Equipe Técnica Eng. Florestal CREA/MT1207471470

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4 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

4.1. Síntese do Empreendimento

A implantação de uma Linha de Transmissão (LT) em 230kV entre as


Subestações de SE Barreiras II à SE Rio Grande II, visa proporcionar atendimento
adequado às cargas supridas pela SE Barreiras, bem como permitir o crescimento
das cargas no extremo oeste baiano, melhorando o setor energético dos municípios
que ele atravessará – Barreiras e São Desidério - de forma a complementar o
quadro de distribuição energética no estado da Bahia.
Esta oferta energética contribui economicamente para a região melhorando
a qualidade da energia fornecida principalmente em regiões nas proximidades dos
municípios diretamente atingidos que sofrem de falta de energia nas épocas
chuvosas, bem como suprir empreendimentos comerciais, industriais e serviços.
A vinda da LT 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São
Desidério para a região também favorece na perspectiva de crescimento da
população economicamente ativa, aumento da geração de emprego e renda e
favorecimento da economia local.
A localização dos municípios afetados pelo empreendimento, bem como o
traçado da linha de transmissão, as vias de acesso existentes, a cobertura vegetal a
ser suprimida no decorrer do trecho, a linha de transmissão existente paralela à LT a
ser construída e as Áreas de Preservação Permanente, estão indicadas no Anexo
4.1.

4.2 Características Técnicas do Projeto

O Projeto da Linha de Transmissão em 230kV de acordo com os critérios e


especificações básicas apresenta as seguintes características técnicas principais:

Tensão Nominal.......................................................................230kV;
Faixa de Servidão (circuito simples) .......................................40m;
Faixa de Servidão (circuito duplo) ...........................................50m;
Tensão máxima de operação..................................................241,5kV;
Frequência...............................................................................60Hz;
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Número de circuitos.................................................................02;
Número de fases......................................................................03;
Cabo condutor Tipo A..............................................................aluminio (CAA);
Bitola........................................................................................636MCM;
Cabo para-raios........................................................................aço;
Bitola.........................................................................................9,52m

4.3 Montagem das Estruturas das Torres

As estruturas metálicas das torres serão montadas nas praças de montagem


preparadas. A montagem das estruturas metálicas será efetuada através de seções
pré-montadas no solo, podendo o içamento ser efetuado com guindaste ou
manualmente, utilizando mastro (pau-de-carga). Serão seguidas as seguintes
diretrizes de operação:
- Será dada preferência a procedimentos que reduzam a abertura de áreas
destinadas às atividades de montagem da Linha de Transmissão, com a otimização
de equipamentos de grande porte, de forma a preservar as áreas a serem atingidas;
- Os serviços de montagem serão restritos às áreas previstas para cada frente de
montagem;
- As frentes de trabalho próximas a áreas urbanas serão devidamente isoladas com
tapumes e sinalizações, de forma a evitar quaisquer acidentes ou distúrbios junto às
comunidades.

4.4 Instalação dos Cabos Condutores, Para-raios e Acessórios

A instalação do aterramento será feita antes do lançamento dos cabos para-


raios, em valetas de 0,80 m de profundidade, de maneira a tornar a resistência de
aterramento compatível com o desempenho desejado e a segurança de terceiros. O
aterramento será restrito à faixa de segurança da LT e não interferirá com outras
instalações existentes com atividades desenvolvidas dentro da faixa.
Quando houver necessidade de realização de travessias sobre linhas de
distribuição e transmissão, rodovias e rios serão elaborados projetos específicos
para cada travessia, a serem submetidos à aprovação dos órgãos competentes. Nos
locais de cruzamento com interferências, será implantado sistema específico de
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sinalização, possibilitando o desenvolvimento dos trabalhos com segurança, tanto


das equipes quanto dos demais elementos afetados.
Após a instalação dos cabos de aterramento, também chamados de fio
contrapeso, e a devida conexão destes com as partes metálicas das torres, serão
iniciados os serviços de lançamento dos cabos aéreos, denominados cabos para-
raios e cabos condutores.
Os cabos condutores e para-raios serão montados a partir de frentes de
lançamento, sob tensão mecânica controlada automaticamente pelos equipamentos
de lançamento, até ser obtido o nivelamento recomendado pelo projeto para cada
vão da Linha de Transmissão, seguindo-se o grampeamento dos mesmos.
No processo de lançamento dos cabos serão adotados os seguintes
procedimentos:
- A área ocupada para cada frente de lançamento será a mínima necessária;
- Após a utilização da área pela frente de lançamento, serão reestabelecidas as
condições originais do local;
- Será adotada a sinalização de segurança de trabalho específica para cada frente e
faixa de lançamento;
- O lançamento do cabo será realizado com a utilização de equipamento apropriado
e somente na faixa de lançamento, de forma a evitar intervenções em áreas
externas;
- Serão instaladas estruturas de proteção entre os cabos a serem lançados e as
interferências, tais como rodovias, cursos d’água, outros tipos de linhas, redes
elétricas e cercas de divisa. Nesses casos também será implantada a sinalização
específica de segurança.

4.5 Subestações

A diretriz do traçado da Linha de Transmissão em 230 kV, proposta pela


ANEEL, atravessa o Estado da Bahia no sentido Nordeste/Sudoeste, apresentando
uma extensão de 123 km e está totalmente contida dentro de um corredor de
estudos com largura de 5,0 km, e interligará as subestações SE Barreiras II à SE Rio
Grande II.
Esta Linha de Transmissão prevê a ampliação de uma Subestação ao longo
de seu eixo, no município de Barreiras, sob coordenadas, UTM, X 519994 e Y
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8656758. Haverá ainda a construção de uma subestação no município de Barreiras


(Barreiras II), coordenadas UTM X 521030 e Y 8654522. Uma terceira subestação
será construída próximo ao município de Rio Grande, sob as coordenadas X 446293
e Y 8579828.

4.6 Mão de Obra

A quantidade de mão-de-obra estimada para a implantação do


Empreendimento será de 300 trabalhadores distribuídos ao longo dos 16 meses de
obra. Esses trabalhadores estarão mobilizados nos canteiros de obras e/ou nas
frentes de trabalho.

4.7 Traçado Escolhido

Para avaliação das diretrizes de traçado, foram inicialmente gerados mapas


com imagens de satélites LANDSAT 8 e mapas gerados através da base
cartográfica do estado da BA.
A escolha do traçado preferencial (Anexo 4.2) foi subsidiada, ainda, pela
consulta às informações disponíveis em órgãos públicos e agências governamentais
como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, Instituto do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos - INEMA, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, Departamento Nacional de Produção
Mineral – DNPM e Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Natural – IPHAN,
além de informações recolhidas nas prefeituras dos municípios atravessados pela
Linha de Transmissão
Buscou-se posicionar o traçado da LT em áreas antropizadas, evitando-se
ao máximo a supressão de vegetação em maciços florestais. Evitou-se também,
posicionar o eixo da LT em locais de relevos acidentados ou encostas com grandes
inclinações, que dificultem o trabalho de implantação das torres.
O estudo de alternativas procurou evitar ao máximo as regiões com
escassez de acessos e com elevada densidade de drenagem, onde a construção de
caminhos de acesso poderia gerar impactos ambientais significativos, assim também
as serras e escarpas que em alguns trechos ocorrem transversalmente ao eixo da
Linha de Transmissão.
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Todas essas características foram avaliadas in loco pela equipe da Novo


Norte Ambiental.

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5. PLANOS, PROGRAMAS E
SUBPROGRAMA

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5.1. PROGRAMA DE GESTÃO E


SUPERVISÃO AMBIENTAL

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5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental

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5.1.1. APRESENTAÇÃO

A concepção do Programa de Gestão e Supervisão Ambiental é a criação


de um procedimento que permita garantir a implementação das medidas mitigatórias
e de proteção ambiental preconizadas no Plano de Controle Ambiental (PCA),
especialmente no Plano Ambiental para Construção (PAC), e nas condicionantes
das licenças ambientais que sejam aplicadas ao empreendimento em questão.
Dessa forma, haverá uma integração entre os diferentes agentes, empresas
contratadas e subcontratadas, consultores e instituições públicas e privadas,
garantindo a segurança necessária para o cumprimento das normas ambientais
vigentes e aplicáveis à implantação da LT 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II –
Barreiras/São Desidério.

5.1.2. PROGRAMA DE GESTÃO E SUPERVISÃO AMBIENTAL

A legislação vigente apresenta um volume de exigências muito amplo,


tornando-se as ações de Gestão Ambiental bastante complexas. Essa realidade, de
certa forma, tem aumentado o trabalho das equipes de meio ambiente das
empresas, uma vez que essas exigências são crescentes e começam a ampliar o
campo de atuação, exigindo a coordenação de profissionais experientes.
A prática da Gestão Ambiental introduz a variável ambiental no planejamento
empresarial, e quando bem aplicada, permite a redução de custos diretos, pela
diminuição do desperdício de matérias-primas e de recursos cada vez mais
escassos e mais dispendiosos, como água e energia, e de custos indiretos,
representados por sanções e indenizações relacionadas a danos ao meio ambiente
ou à saúde de funcionários e de comunidades próximas.
O Programa de Gestão e Supervisão Ambiental consiste em uma ferramenta
de gerenciamento das atividades corriqueiras relacionadas à qualidade ambiental da
fase de construção da Linha de Transmissão (LT), de forma a evitar, minimizar e
controlar os impactos ambientais relacionados, contribuindo para a manutenção de
um melhor estado possível de qualidade ambiental e de vida das comunidades
contempladas, assim como dos colaboradores envolvidos nas atividades
construtivas.
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5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental

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É de responsabilidade do empreendedor zelar pela preservação, tanto


quanto possível, do meio ambiente, restringindo a sua intervenção às áreas
necessárias à implantação do empreendimento, definindo as técnicas de proteção,
manejo e recuperação ambiental mais indicadas para cada situação de obra, além
de criar condições operacionais para a implantação e acompanhamento dos
Programas Ambientais.
Ressalta-se que todos os procedimentos ambientais serão
permanentemente coordenados e fiscalizados por especialistas ambientais
contratados para esse empreendimento.

5.1.3. JUSTIFICATIVA

A LT 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério é


um empreendimento planejado para implantação em uma região reconhecida como
sensível, em termos ambientais, por estar situada em dois sensíveis biomas o que
(Cerrado e Caatinga), por si só, já justifica a adoção de uma estratégia de gestão
ambiental uniformizada em termos de política, responsabilidades e diretrizes de
atuação, mas flexível o suficiente para ter seus procedimentos e processos
adaptáveis às características diferenciadas – aspectos ambientais - das intervenções
de engenharia previstas e que mostram-se como potenciais geradoras de impactos.
Nesse norte, justifica-se a adoção de um sistema de gestão ambiental que
possa propiciar os adequados armazenamento e gestão da
informação/conhecimento que vá sendo adquirido ao longo do tempo, vital para a
garantia e a maximização da eficácia do sistema de gestão proposto e, em última
análise, conduzir à desejada cumulatividade e sinergia positivas na prevenção,
mitigação, controle, alavancagem de consequências positivas e mesmo
compensação de impactos.
Especificamente no que tange às partes interessadas, os denominados
“stakeholders”1, a complexidade inerente à implantação da LT está também

1 O conceito de “stakeholder” a ser considerado neste PGA é aquele defendido pela norma ISO 26.000, relativa à
Responsabilidade Social: “stakeholders” são aqueles que têm interesse identificável nas atividades de um empreendimento
e não somente aqueles que sejam impactados por atividades desse empreendimento

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5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental

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associada à multiplicidade das mesmas, dado ao elevado conjunto de atores


intervenientes no processo: população direta e indiretamente afetada; organizações
da sociedade civil; representantes do poder judiciário; representantes de municípios
também direta e indiretamente afetados; órgãos licenciadores; fornecedores e
colaboradores envolvidos na implantação do empreendimento; acionistas;
comunidade ambientalista etc. Todos com suas demandas e necessidades de
respostas, as primeiras devendo ser registradas e objeto de análise pelas pessoas
encarregadas da gestão ambiental, enquanto que as respostas deverão ser dadas a
partir da colocação em prática de estratégias de comunicação e interação
fundamentadas, sempre que possível, em resultados e conclusões derivados da
implementação de ações ambientais, o que colaborará para a transparência e a
veracidade das informações divulgadas e, consequentemente, para a credibilidade
do processo de implantação da LT 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II –
Barreiras/São Desidério.
Como no rol das partes interessadas incluem-se os colaboradores
envolvidos na implantação do empreendimento, justifica-se que o PGSA, e seu
sistema de gestão associado, também abranja questões afetas à manutenção das
condições de saúde e segurança intrínsecas à execução das obras e,
posteriormente, à operação da LT.
Em suma, justifica-se a implementação deste PGSA, bem como seu sistema
integrado de gestão devido à necessidade de se configurar para a LT, com eficácia,
um sistema planejador e fiscalizador da qualidade ambiental e das condições de
saúde e segurança concomitantes com o avanço das obras e, posteriormente, com o
início e continuidade das operações, decorrente do registro, da avaliação e da
melhoria, sempre que necessário, da multiplicidade de ações ambientais propostas e
das interações com pessoas e instituições, para garantir a implementação
sustentável, e com responsabilidade social, do empreendimento em questão.
O Programa de Gestão e Supervisão Ambiental (PGSA) da LT 230 kV SE
Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério visa configurar, sob a ótica
gerencial e estratégica, e sob o ponto de vista ambiental, de saúde e segurança, um
instrumento de supervisão do conjunto das ações previstas neste Plano de Controle
Ambiental (PCA) para potencializar impactos positivos, evitar, mitigar ou compensar

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental

Página 20
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

aqueles de natureza negativa provocados pelas intervenções necessárias para


implantar o empreendimento e, posteriormente, para operá-lo.

5.1.4. OBJETIVOS

5.1.4.1. Objetivo Geral

O Programa tem como objetivo geral garantir que todos os Programas


Ambientais instituídos no PCA serão desenvolvidos com estrita observância à
legislação de qualquer nível (federal, estadual e municipal) aplicável às obras do
Projeto de Implantação da Linha de Transmissão, bem como garantir que serão
realizados nos prazos todos os acordos e condições estabelecidos durante o
processo de licenciamento ambiental junto ao INEMA. E vias à implementação de
medidas de controle dos riscos de acidente e processo construtivo que possa agredir
o Meio Ambiente ou gerar Impacto Ambiental. Para tal, o PGSA deve contar com um
Sistema de Gestão Ambiental (SGA) contemplando atividades e técnicas que
propiciem (i) o acompanhamento, controle e avaliação funcionais qualitativas e
quantitativas, (ii) sistematizações que possibilitem a uniformização do fluxo de
comunicação e das informações geradas, bem como a gestão do conhecimento
derivado do resultado da implementação dessas ações ambientais e (iii) contando
com uma estrutura organizacional de pessoas que permita a sua execução e a
contínua interface com as partes interessadas.

5.1.4.2. Objetivos Específicos

- A observância plena dos princípios da Política de Meio Ambiente2 e da Missão do


empreendedor da LT e a busca contínua do atendimento aos objetivos, metas e
diretrizes estratégicas por elas estabelecidas;
- O controle rígido e permanente do atendimento aos requisitos legais e normativos
aplicáveis, com especial ênfase ao conteúdo detalhado do presente PCA e ao

2
A Norma de Gestão Ambiental ISO 14001 define “Política Ambiental” como a declaração da organização, que pode ser
entendida como um empreendimento, contendo intenções e princípios relacionados com seu desempenho ambiental
global, prevendo estrutura para ação e definição dos objetivos e metas ambientais

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental

Página 21
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

escopo de condicionantes apostas pelo órgão ambiental quando da concessão da


Licença Prévia (LP) e da Licença de Instalação (LI), bem como de qualquer outra
autorização necessária à execução de ações previstas em Planos, Programas e
Subprograma do PCA. Tal controle estende-se às finalidades, escopo, níveis de
responsabilidade, custos e cronogramas afetos a esses compromissos;
- A adequação às expectativas dos acionistas, colaboradores, comunidade local e
sociedade em geral no sentido de maximizar a minimização dos impactos
associados à implementação do empreendimento, mantendo essas partes
interessadas continuamente informadas, com a devida transparência, a respeito dos
resultados alcançados quanto ao tratamento desses impactos. Para tal, deverá se
proceder:
- A sistematização e a homogeneização de um conjunto de procedimentos e
instrumentos técnico-gerenciais que facilitem o acesso às informações de cunho
ambiental relacionadas à implantação da LT, no sentido de (i) garantir a implantação
das ações propostas em acordo com o seu detalhamento executivo constante deste
PCA e com as considerações tecidas pelos órgãos ambientais quando da concessão
de licenças e autorizações; e (ii) facilitar o cálculo e a análise periódica de
indicadores ambientais3 para as diferentes ações, viabilizando, assim, a reavaliação
sistemática dos impactos ambientais gerados pelo empreendimento; e
- A consolidação de documentos periódicos, padronizados quanto à sua
estruturação e formas de circulação, de maneira a facilitar a obtenção de
informações para elaboração de relatórios gerenciais de acompanhamento e
controle das ações ambientais propostas, bem como para a divulgação das mesmas
junto às diferentes partes interessadas, aqui incluindo-se o órgão ambiental
licenciador.
- O desenvolvimento sustentável e a utilização dos recursos naturais renováveis na
área de implementação da LT, aqui subentendida a contínua atenção aos limites

3 Indicadores são meios de verificação, estabelecidos a partir dos objetivos e metas do projeto, que visam demonstrar
evolução, avanço e desenvolvimento em relação aos resultados esperados. Os indicadores podem ser quantitativos –
aqueles apoiados em métodos estatísticos e visando medir resultados por meio da coleta de informações numéricas que
possam ser obtidos em fontes secundárias e primárias - e qualitativos – centrados na análise dos processos sociais e dos
atores envolvidos.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental

Página 22
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

identificados para a capacidade de suporte desses recursos frente às novas


demandas configuradas direta ou indiretamente pelo empreendimento;
- A proteção da saúde humana, do patrimônio cultural e da biodiversidade, incluindo-
se, no âmbito desta última, espécies tidas como ameaçadas e ecossistemas
sensíveis;
- O respeito ao modo de vida e ao patrimônio imaterial das populações que habitam
as Áreas de Influência do empreendimento;
- A orientação, sob a ótica ambiental, das equipes de engenharia para que sejam
implementadas as alternativas de construção que se mostrem com menor potencial
de impactos associados, sempre respeitando a sua exequibilidade. Para tal, o PGSA
deverá viabilizar que os diversos setores componentes da estrutura organizacional
do empreendimento tenham controle sistemático de todas as demandas ambientais
proveniente das intervenções construtivas, bem como das soluções implementadas
para saná-las, minimizá-las e monitorá-las, garantindo um fluxo ágil de informações
para a resolução de questões ambientais que possam interferir no andamento das
obras;
- O planejamento e a supervisão da manutenção das condições apropriadas para
atuação em situações de emergência que representem risco à vida das pessoas
durante a implantação do empreendimento, tais como incêndios e explosões;
- O fortalecimento da imagem pública e da reputação do empreendedor em função
de posturas proativas na busca da melhoria contínua da qualidade dos atributos
ambientais dos ecossistemas na região de inserção do empreendimento, assim
como dos atributos sociais afetos aos colaboradores envolvidos na implementação e
à população afetada pela LT; e
- Satisfação das expectativas e previsões do empreendedor quanto ao cumprimento
do prazo e do custo associados à implementação do empreendimento, no que tange
a interveniência de fatores de cunho ambiental.

5.1.5. PÚBLICO ALVO

O público alvo do PGSA é constituído por:


- Órgãos públicos envolvidos no processo de licenciamento ambiental do
empreendimento;
Plano de Controle Ambiental (PCA)
5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Empresas construtoras e de supervisão contratadas para a construção das linhas


de transmissão;
- Contingente de colaboradores envolvidos (engenheiros, técnicos e funcionários) na
instalação do empreendimento;
- Empresas e profissionais envolvidos na execução dos programas socioambientais
previstos no PCA.

5.1.6. METODOLOGIA

O Programa de Gestão e Supervisão Ambiental foi baseado na metodologia


conhecida como ciclo Plan-Do-Check-Act (PDCA), ou seja, Planejar-Executar-
Verificar-Agir, permitindo que haja um processo de melhoria contínua no sistema de
gestão ambiental. Uma vez estabelecida à política ambiental, os objetivos derivados
da identificação dos aspectos ambientais significativos e a valoração dos impactos
associados, se faz elaborar uma série de procedimentos que possuam a função de
guiar a organização em sua rotina operacional.

Planejar
A etapa de planejamento, dentro do ciclo PDCA, permite:
- Identificação de aspectos ambientais e avaliar os respectivos impactos ambientais;
- Identificação da legislação ambiental e outros requisitos legais aplicáveis;
- Estabelecimento de objetivos e metas ambientais, sendo formulados planos para
atingi-los.

Executar
Implementar e operar o Programa de Gestão e Supervisão Ambiental por
meio de:
- Criação de estruturas de gestão, atribuindo cargos e responsabilidades com a
devida atribuição de recursos;
-Treinamento e formação de colaboradores, assegurando as competências
necessárias e tarefas a desempenhar;
- Desenvolvimento e manutenção da documentação elaborada;
- Desenvolvimento e manutenção do controle da documentação;
Plano de Controle Ambiental (PCA)
5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental

Página 24
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Desenvolvimento e manutenção do controle do PGA;


-Sensibilização para uma postura ativa no controle de eventuais situações de
emergências.

Verificar e Agir
- Condução de uma ação contínua de controle e monitoramento;
- Avaliação das condições de operação frente aos requisitos legais;
- Identificação das não conformidades e tomada de ações corretivas e preventivas;
- Gerência dos registros do PGSA;
- Condução de ações de aperfeiçoamento do PGSA, em intervalos regulares.

Aborda-se, a seguir, os princípios metodológicos especificados para a


estruturação organizacional das equipes responsáveis por colocar em prática o PGA
em pauta, para estruturação do SGA, para planejamento e controle do cumprimento
do PBA e para comunicação com as partes interessadas.

Estruturação Organizacional da Gestão Ambiental


As atividades inerentes à gestão ambiental da LT estarão a cargo de uma
equipe estruturada para desenvolver suas funções, além de prever uma instância
consultiva de participação social. A composição e as responsabilidades dessas
áreas de atuação constam do Quadro 2.

Quadro 2 - Composição e Responsabilidades das Áreas de Atuação do PGSA


Composição e Responsabilidades em relação ao
Área de Atuação
PGSA
Centralizará a tomada de decisão final relativa a todas as
ações de cunho ambiental, saúde e segurança afetas à
implantação do empreendimento, bem como a representação
Diretoria de Meio Ambiente institucional do empreendedor junto a diferentes partes
interessadas, com ênfase para as instâncias políticas federal e
estadual, e eventualmente também municipal, bem como junto
aos órgãos licenciadores
Instância consultiva de participação social, a ser formada
congregando as partes interessadas: representantes de
Comissão de
entidades e instituições locais/regionais (sindicatos, ONG’s,
Acompanhamento do
organizações sociais, instituições públicas estaduais e
Empreendimento
municipais, conselhos) e representantes da população
afetada, além do empreendedor.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental

Página 25
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Composição e Responsabilidades em relação ao


Área de Atuação
PGSA
Responsável pela liderança da supervisão de todas as ações
de ótica ambiental, mantendo interface permanente com a
Diretoria de Meio Ambiente e com a instância da Gestão de
Campo de Meio Ambiente, Saúde e Segurança, de forma a
Gestão Geral de Meio
promover um contínuo acompanhamento e um nível de
Ambiente, Saúde e
discussão sobre a implementação das ações ambientais na
Segurança
frente de obras. Estará em contato permanente com a
Coordenação Geral das empresas contratadas para
implementação do PCA, bem como com a Comissão de
Acompanhamento do Empreendimento.
Equipes das empresas responsáveis técnicas pela
implementação de todos os Planos, Programas e
Subprograma do PCA – à exceção do PGSA -, já contratadas
ou que ainda venham a sê-lo, no tocante à implementação de
Equipes Responsáveis pela obras, execução da supressão vegetal etc. Essas empresas
Implementação dos Planos, deverão ter uma instância de coordenação geral, que fará a
Programas e Subprograma interface contínua com a Gestão Geral de Meio Ambiente,
do PCA Saúde e Segurança, com a Diretoria de Meio Ambiente e com
a Comissão de Acompanhamento do Empreendimento. As
empresas responderão tecnicamente pela implementação do
PCA junto à São Pedro, à Gestão Ambiental, aos órgãos
licenciadores e às partes interessadas, em geral
Hierarquicamente vinculada à Gestão Geral de Meio
Ambiente, Saúde e Segurança e responsável pela supervisão,
em campo, dos trabalhos realizados para implementar o PCA.
A supervisão será feita por meio de inspeções periódicas de
Gestão de Campo de Meio campo, formação de grupos de trabalho focados no
Ambiente, Saúde e andamento do PCA e pela implementação da ferramenta de
Segurança não conformidades ambientais, tanto em relação a eventuais
não cumprimentos de escopo pelas empresas responsáveis
técnicas pelo PCA, quanto ao não atendimento do cronograma
originalmente previsto. Terá equipes otimizadas para
operacionalizar as supervisões
Responsável pelo planejamento e controle do escopo, prazos
e orçamentos para implementação dos Planos, Programas e
Subprograma ambientais, bem como para atendimento das
Planejamento e Controle
condicionantes, consolidando informações que serão
fornecidas não só à Gestão Geral de Meio Ambiente, Saúde e
Segurança, bem como à Diretoria de Meio Ambiente
Responsável pela estruturação, implantação e
operacionalização do SGA, por meio do desenvolvimento e
implementação de procedimentos voltados aos níveis
estratégicos (Planos Diretores), táticos (Manuais) e
operacionais (Padrões de Sistema), bem como pela
Implementação do SGA
arquitetura e alimentação de banco de dados georreferenciado
a partir das informações repassadas pelas empresas
responsáveis pela implantação do PCA. Fornecerá à Gestão
Geral de Meio Ambiente, Saúde e Segurança, bem como à
Diretoria de Meio Ambiente, resultados para subsidiar a
Plano de Controle Ambiental (PCA)
5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Composição e Responsabilidades em relação ao


Área de Atuação
PGSA
análise crítica da evolução dos impactos e o grau de eficácia
das medidas implementadas. Ficará responsável por relatórios
periódicos e consolidados para os órgãos ambientais
Deverá coordenar todos os procedimentos de comunicação
Assessoria de Comunicação interna e externa, participando da Comissão de
Acompanhamento do Empreendimento da LT.
Com atuação esporádica, realizando auditorias internas para
verificar, junto às empresas contratadas para implementar o
PCA, o atendimento a padrões normativos e legais e a
Consultoria Técnica
qualidade técnica do cumprimento de escopo e prazos
previstos no PCA e em condicionantes de licenças e
autorizações

5.1.7. METAS

As metas deverão ser coerentes com a política ambiental definida pelo


empreendedor, tendo como base os temas e os eixos de ação prioritário nela
definidos. Dessa maneira, as metas a serem alcançadas durante a instalação da LT
e a implantação dos programas socioambientais do PCA são as seguintes:
- Implantar um sistema de gestão ambiental, capaz de coordenar e articular as ações
ambientais previstas;
- Prevenir e corrigir as não conformidades ambientais que por ventura forem
identificadas durante a instalação da LT, mantendo essas nos níveis próximo a zero;
- Implementar os programas socioambientais do PCA dentro dos prazos, conforme
aprovado pelo órgão ambiental licenciador;
- Atender, dentro dos prazos definidos, a todas as condicionantes ambientais
presentes nas licenças e autorizações emitidas pelo órgão licenciador e aplicáveis
ao empreendimento em questão;
- Assegurar o cumprimento da legislação vigente aplicável.

5.1.8. ATIVIDADES/AÇÕES

Formação, Sensibilização e Competência


Os treinamentos devem contemplar não somente os profissionais
responsáveis diretamente pelo PGSA, mas também os demais colaboradores das

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

obras de instalação da LT. Ressalta-se que o conteúdo e o material


didático/informativo dos treinamentos a serem implementados para a equipe de
colaboradores da empreiteira e de suas subcontratadas será administrada pela
própria prestadora de serviços e deverá passar por aprovação prévia do
empreendedor.

Comunicação
Este item inclui 02 (dois) tipos de comunicação no que diz a respeito aos
aspectos ambientais e ao próprio PGSA, a comunicação interna e a comunicação
externa.
A comunicação interna, entre os diversos níveis e funções relacionados com o
ambiente, tem como objetivo facilitar o entendimento e a cooperação mútua de toda
a equipe envolvida no desempenho ambiental. Deverá ser elaborado um
procedimento padrão onde sejam estabelecidos os meios de comunicação interna
formal e informal, com os respectivos registros.
A comunicação externa deverá ser estendida em 02 (duas) vertentes, o
tratamento das exigências das partes interessadas e a comunicação externa
voluntária. Serão adotadas as práticas específicas de relacionamento e divulgação
de informações conforme descrito no Programa de Comunicação Social e no
Programa de Educação Ambiental.

5.1.9. AVALIAÇÃO

Os indicadores ambientais estão diretamente ligados as metas pré-


estabelecidas, ou seja, o não atendimento integral e/ou atendimento parcial das
mesmas serão os indicadores na execução do PGSA.
As atividades do PGSA exigem o registro permanente das ocorrências e
informações obtidas, gerando um grande banco de dados sobre o empreendimento.
No acompanhamento das ações ambientais, essas informações são
compatibilizadas por meio dos seguintes instrumentos gerenciais:
- Relatórios Mensais de Atividades: Serão emitidos Relatórios Mensais de
Atividades, para registro e acompanhamento das atividades e dos programas
socioambientais em andamento, e descrição das não conformidades ambientais.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Relatórios Finais após a conclusão de uma atividade, etapa, projeto ou programa.


- Relatórios Quadrimestrais de Consolidação: Serão emitidos Relatórios
Quadrimestrais de acompanhamento de todas as atividades realizadas e presentes
nos Relatórios Mensais consolidadas neste único relatório.
- Atas e Notas de Reuniões: Elaboradas após a realização de reuniões
administrativas e técnicas, e distribuídas a todos os participantes, registrando os
fatos ocorridos, as decisões e deliberações tomadas.

Não Conformidades, Ações Corretivas e Preventivas


Deverão ser identificadas as não conformidades e as mesmas deverão ser
eliminadas através das definições de ações corretivas e o estabelecimento de ações
preventivas para que não haja repercussões a outros níveis.
As ações corretivas são aquelas tomadas para eliminar as causas de uma
não conformidade, evitando que estas tornem a ocorrer novamente.
As ações preventivas são tomadas para eliminar as causas potenciais,
evitando a ocorrência de possíveis não conformidades, ou seja, aplicadas a causas
que nunca tenham gerado não conformidades ou causas de não conformidades em
potenciais que possam previsivelmente vir a ocorrer.

5.1.10. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Não há legislação especial que exija a implementação deste PGSA. A


legislação existente é específica de cada um dos Planos e Programas inseridos
neste, estando neles listada, quando aplicável.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.1.11. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Mobilização e Instalação do Canteiro
2.1 SAETOWERS . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 PROGRAMA DE GESTÃO E SUPERVISÃO AMBIENTAL


33% 33% 34%
Planejamento das ações a serem
3.1 NOVO NORTE
implementadas no PGSA
33% 33% 34%
3.2 Treinamento da equipe técnica do PGSA NOVO NORTE
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
Comunicação interna para os colaboradores
3.3 NOVO NORTE
do empreendimento
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
3.4 Comunicação externa NOVO NORTE
6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25%
3.5 Relatórios mensais NOVO NORTE
25% 25% 25% 25%
3.6 Relatórios quadrimestrais consolidados NOVO NORTE

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental

Página 30
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.1.12. BIBLIOGRAFIA

As referências bibliográficas para a elaboração do PGA foram as normas da


ABNT além dos seguintes documentos:

CHESF. Companhia Hidrelétrica do São Francisco. Linha de Transmissão 500kv


P.Dutra/Teresina II – Circuito 2 – Relatório de Detalhamento dos Programas
Ambientais.

PBA. Projeto Básico Ambiental do AHE Jirau. Cap. 1: Sistema de Gestão


Ambiental.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.1. Programa de Gestão e Supervisão Ambiental

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.2. PLANO AMBIENTAL DA


CONSTRUÇÃO (PAC)

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

Página 32
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.2.1. APRESENTAÇÃO

O PAC contém as diretrizes e as técnicas básicas recomendadas para


serem empregadas durante a construção e montagem da Linha de Transmissão,
visando minimizar e/ou evitar os impactos ambientais gerados pela obra.

5.2.2. PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO – PAC

O PAC, apresentado de forma detalhada neste capítulo, é um instrumento


gerencial de grande importância para o monitoramento de todas as atividades das
obras. Nele são apresentadas as diretrizes e as técnicas básicas recomendadas
para serem empregadas durante a construção e montagem de empreendimento,
abordando tópicos relacionados aos métodos de construção padronizados e
especializados, incluindo procedimentos para desmonte de rocha; medidas para
prevenir, conter e controlar os vazamentos de máquinas utilizadas na construção;
dentre outros.
Concentrando tais informações, o PAC é utilizado como parte integrante do
contrato entre empreiteiras e empreendedor, para garantir que o empreendedor
obtenha os padrões ambientais que almeja em suas instalações. Assim, espera-se
que os custos para implementação do PAC estejam contemplados nos
planejamentos e orçamentos das construtoras.
Com isso, tal implantação é plenamente justificável, considerando o
atendimento às exigências ambientais impostas pela legislação pertinente,
notadamente as definidas no processo de licenciamento, a partir dos planos e
programas definidos no EIA e das condicionantes da Licença Prévia, além dos
aspectos específicos do empreendimento, adotando cuidados e medidas que evitem
ou corrijam imprevistos que possam ocorrer ao longo do processo construtivo,
aplicados em caráter preventivo ou corretivo, de forma coerente com a Política
Nacional de Meio Ambiente, e a política ambiental do empreendedor.
Adendo a tais finalidades do PAC encontra-se a também a de garantir a
mitigação e minimização de impactos e o pleno enquadramento do empreendimento
no contexto socioambiental da região que o mesmo está inserido.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.2.3. JUSTIFICATIVA

As obras de engenharia em geral interferem no meio ambiente requerendo,


desta forma, a elaboração de estudos técnicos que definam medidas de controle e
ações para prevenir e reduzir os impactos ambientais decorrentes.
Intervenções normais de obra, como a abertura de acessos, a implantação
de canteiros de obras, a realização de escavações e concretagens, entre outras têm
um potencial impactante, uma vez que podem alterar as características da paisagem
local. Para evitar que esses impactos venham a ser concretizados ou para reduzir a
sua magnitude, é importante que as atividades construtivas atendam a padrões
criteriosos preestabelecidos.

5.2.4. OBJETIVOS

5.2.4.1. Objetivo Geral

O principal objetivo do PAC é o de assegurar que as obras sejam implantadas


e operem em condições de segurança, evitando danos ambientais às áreas de
trabalho e seus entornos, estabelecendo ações para prevenir e reduzir os impactos
identificados no EIA e promover medidas mitigadoras e de controle.

5.2.4.2. Objetivos Específicos

- Controle e prevenção de processos erosivos (limitação da descobertura, orientação


para movimentações de terra, estabilização de solos, revegetação,
dimensionamento de saídas de água e dissipadores de energia);
- Critérios para localização de canteiros de obra e suas estruturas
- Controle de resíduos de máquinas e equipamentos;
- Controle de geração de material particulado e ruídos;
- Controle de resíduos sólidos (canteiros de obra e frentes de trabalho);
- Procedimentos Operacionais e Estratégias de Ação;
- Definir as diretrizes ambientais associadas aos procedimentos executivos de obras,
visando, sobretudo, à eliminação ou mitigação de impactos ambientais e sociais;

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

Página 34
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Estabelecer diretrizes visando à segurança, saúde e emergências médicas, para


evitar danos físicos, preservar vidas e prover adequado atendimento;
- Ampliar o conhecimento dos empregados referente à preservação ambiental, da
saúde e prevenção de acidentes, por meio da participação em treinamentos na obra;
- Garantir o cumprimento das legislações ambientais federal, estadual e municipais
vigentes.

5.2.5. PÚBLICO ALVO

O Plano Ambiental para a Construção da LT deverá ser executado


considerando a participação de todos os trabalhadores da obra e, também, daqueles
que indiretamente poderão vir a ser alvo das demandas ou consequências da
implantação do empreendimento.
Ressalta-se que estão incluídos no grupo de trabalhadores de obra, todos os
níveis hierárquicos dos quadros de profissionais da construtora e das empresas de
gestão/fiscalização da obra.

5.2.6. METODOLOGIA

5.2.6.1. Estrutura de Apoio e Infraestrutura

As obras de implantação da Linha de Transmissão em questão contarão


com um Canteiro de Obras localizado no perímetro urbano de São Desidério, BA.
Os trabalhadores encarregados da obra ficarão alojados em São Desidério,
em imóveis existentes a serem locados e/ou hotéis.
Será utilizado a rede pública de água e esgoto da localidade. Caso venha a
não atender as demandas, será utilizado água de poços e/ou caminhões pipa.
O esgoto sanitário será depositado em fossas sépticas devidamente
construídas.
A água para consumo humano será adquirida de fornecedores locais.
Neste empreendimento não está sendo previsto a utilização de materiais de
empréstimo. Serão utilizados os materiais oriundos/sobrantes das fundações das
torres.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Os materiais sobrantes (refugos) serão destinados ao aterro sanitário da


Prefeitura Municipal de Barreiras e/ou de São Desidério.

5.2.6.2. Código de Conduta do Trabalhador

Visando estabelecer regras comuns para todos os colaboradores, de forma a


garantir que a instalação da LT respeite os aspectos de meio ambiente, segurança
de trabalho e saúde ocupacional, segue estabelecido o Código de Conduta do
Trabalhador, cujas diretrizes, são as seguintes:
- Proíbe-se qualquer intervenção não autorizada por órgão ambiental competente na
fauna, especialmente de forma a caçar, comercializar e domesticar qualquer animal
silvestre;
- Caso seja observado algum animal silvestre com evidencias de lesões, informar
imediatamente os profissionais responsáveis pelo meio ambiente e pela
implementação Programa de Afugentamento e Resgate da Fauna para que esses
providenciem as medidas necessárias para o trato desse tipo de situação;
- Proíbe-se a extração, comercialização e manutenção de espécies vegetais nativas,
especialmente orquídeas, bromélias, cactos, dentre outras;
- Proíbe-se o porte de arma branca e/ou de fogo em todas as instalações do canteiro
de obras;
- Os trabalhadores designados a segurança poderão portar armas de fogo, sendo
que a empresa construtora assegurará e comprovará o necessário treinamento
desses profissionais quanto ao seu manuseio;
- Os equipamentos de trabalho, principalmente aqueles que podem ser utilizados
como armas (facões, machados, motosserras, dentre outros) deverão permanecer
sobre responsabilidade da empresa construtora, após o expediente diário;
- Proíbe-se a venda, manutenção e consumo de bebidas alcoólicas, e entorpecentes
(drogas ilegais) em todas as instalações do canteiro de obras, faixa de servidão e
frentes de trabalho;
- A realização de eventos, comemorações e práticas esportivas, devem ocorrer
dentro dos limites e horários estabelecidos pela empresa construtora das LT;
- Destinar de forma adequada todos os resíduos sólidos gerados e utilizar sempre e
corretamente os banheiros para suas necessidades fisiológicas;

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Proíbe-se o uso de fogo em quaisquer circunstâncias, salvo nos casos em que


houver a necessidade de cozimento de alimentos fora dos limites da cozinha, o que
requer autorização prévia e supervisão da empresa construtora;
- Todos os trabalhadores deverão respeitar e se portar de maneira educada em
relação aos companheiros de trabalho, aos proprietários das terras de instalação das
torres e às comunidades vizinhas, evitando sempre situações de conflito;
- Respeitar sempre os limites de velocidade estabelecidos e placas de sinalização
dentro e fora do canteiro de obras;
- Os operadores de veículos e máquinas deverão trafegar estritamente nos acessos
previamente autorizados;
- Caso haja a necessidade de tráfego de veículos, não vinculados diretamente à
construção da LT, nos limites dos canteiros, esses deverão ter autorização prévia da
empresa construtora;
- Para a entrada no canteiro de obras com a finalidade de visitação, deverá ser
obtida autorização prévia, sendo designado um colaborador responsável para fazer
o acompanhamento;
- Zelar sempre pela manutenção da boa qualidade do solo, água e ar utilizando
todos os meios ambientalmente corretos disponíveis.
A empresa contratada para a construção da LT será a responsável pela
divulgação e treinamento dos colaboradores em relação a esse código e normas
internas da mesma.
O treinamento deverá ser realizado no momento da contratação do
colaborador, e sempre que necessário, ao longo da instalação da LT. A divulgação
deve ocorrer por meio da distribuição de cartilhas, contendo as diretrizes do Código
de Conduta do Trabalhador, além do uso de cartazes e placas de sinalização em
locais estratégicos, quando houver a necessidade.
Em caso de não observância a qualquer diretriz desse Código de Conduta,
seja isso constatado pelo empreendedor e/ou fiscalização do meio ambiente, caberá
a esses estabelecer punições a empreiteira. Os casos mais graves deverão
ocasionar o imediato desligamento do colaborador do quadro de funcionário da
empreiteira, sem prejuízo aos demais processos criminais ou civis. Já os mais
brandos, poderão ser punidos através de uma simples advertência e, em casos de
reincidência, com multa, suspensão temporária e até desligamento.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

Página 37
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.2.6.3. Treinamento dos Colaboradores

Os trabalhadores das frentes de trabalho, bem como o pessoal


administrativo, serão treinados para que observem as condições de saúde,
segurança e principalmente as questões ambientais, tendo como objetivo prevenir a
ocorrência de acidentes e impactos ambientais na área de intervenção do
empreendimento e no seu entorno, bem como a disseminação de doenças de
veiculação hídrica e infectocontagiosas.
Para tanto, serão realizadas:
- Palestras com recursos áudios-visuais a serem realizadas no início das obras e
periodicamente, à medida que novas equipes sejam integradas.
- Campanhas educativas, por meio de material de apoio distribuído nas instalações
dos canteiros e frente de obras, contendo orientações específicas sobre cuidados
necessários relativos à saúde, segurança e meio ambiente, em linguagem simples e
acessível aos trabalhadores.
Serão mantidas permanentemente atividades de sensibilização e
treinamento dos trabalhadores, juntamente com as ações previstas no Programa de
Comunicação Social.

5.2.6.4. Diretrizes da Obra

O conjunto de atividades das obras de implantação da LT - construção de


alojamentos, canteiros, acessos, supressão de vegetação, escavações,
concretagem, montagem de torres, lançamentos de cabos e comissionamento -
poderá causar impactos ambientais, significativos ou não, devido a ação de agentes
diversos, como a implementação das atividades de obra e as interferências dessas
obras sobre a flora, a fauna e as populações locais. Nesse caso, os elementos de
controle ambiental, na forma de procedimentos, são necessários para garantir o
desenvolvimento adequado das obras, levando-se em conta também as
características típicas da região. Nesse sentido, destacam-se:
- As APP´s e Reservas Legais, requerem cuidados com a implantação das
estruturas das torres, no lançamento de cabos, visando minimizar as alterações
provocadas no habitat local e a produção de resíduos gerados pela obra;

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

Página 38
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Cuidados especiais deverão ser tomados em relação ao possível aparecimento de


ninhais;
- Para os volumes de escavação de cavas, principalmente em locais com presença
de rocha, deverão ser adotadas, sempre que possível, soluções que envolvam o uso
desse material em proteções superficiais, em áreas susceptíveis a erosão e
transições de taludes, entre outros;
- No caso de ser necessário desmonte de rocha a fogo, serão empregadas as
normas e procedimentos específicos para a realização dessa atividade;
- A mão de obra disponível local deverá ser utilizada, e as compras de insumos
básicos deverão ser, na medida do possível, efetuadas nas localidades situadas
próximo às frentes de trabalho, alojamentos e canteiros, objetivando alcançar o
máximo de benefícios socioeconômicos na região de implantação da Linha de
Transmissão;
- Deverão ser previstas cercas em locais específicos e previamente identificados nas
áreas de abertura de cavas (estas terão que estar isoladas e tampadas) e nas
praças de montagem de torres e de lançamentos de cabos, principalmente onde
ocorra maior densidade de bovinos e pessoas;
- Prever soluções de drenagem, escoamento e proteção, para minimizar e eliminar
problemas de alagamento;
- Adotar dispositivos (cercas-filtro, entre outras) que reduzam a velocidade do fluxo
d’água para o interior dos corpos hídricos, evitando, desse modo, processos
erosivos e de assoreamento;
- Reduzir as áreas de supressão e desapropriação;
- Todas as superfícies expostas de cortes, principalmente em praças de montagem
de torres, deverão ser protegidas contra as ações erosivas de agentes naturais
(chuvas e ventos);
- Deverá ser elaborado o Código de Conduta destinado a todos os trabalhadores
envolvidos, visando conscientizá-los dos aspectos ambientais (de segurança e
comportamentais), notadamente em relação às comunidades da Área de Influência
Direta da Linha de Transmissão;
- Abastecer os veículos e equipamentos com segurança. Esse serviço fica proibido
em áreas úmidas, só podendo ser executados a 40m de distância dessas áreas,

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

Página 39
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

tendo-se ainda a necessidade de kits contra vazamentos, por ocasião do


abastecimento;
- Prever equipamentos e sistema de combate a incêndio nos locais indicados,
conforme requisitos das normas de segurança.
A construtora também será responsável pela mitigação dos danos
ambientais durante todas as atividades, de forma a preservar, tanto quanto possível,
as condições naturais da paisagem. As intervenções deverão ser restritas às áreas
necessárias, e a recuperação deverá ser definida da forma mais aproximada às
condições originais (considerar os locais passíveis de recomposição, que deverão
sofrer processos de reconformação dos terrenos, revegetação, implantação dos
dispositivos de drenagem e de estabilização de solos, dentre outras), que deverá ser
executada tão logo estejam concluídas as fases da obra. Para essa finalidade, suas
ações deverão basear-se nas metodologias descritas no Programa de Recuperação
de Áreas Degradadas.
A construtora deverá explicitar também, dentre outros, quais os cuidados
ambientais que deverão ser tomados para evitar derramamentos de combustíveis e
lubrificantes e o deságue de águas servidas, incluindo-se aquelas usadas no
beneficiamento de agregados e produção de concreto, bem como as utilizadas para
minimizar a poluição do ar (gases e poeira).
No quadro abaixo são apresentados os aspectos ambientais como local,
causas e medidas a serem realizadas durante a construção do empreendimento.

Quadro 3: Aspectos ambientais da construção


Causas e danos
Área Medidas a considerar
ambientais
Erosão dos taludes de
Drenagem superficial, proteção
escavação (produção de
vegetal
sedimentos).
Canteiro de Obras e Disposição de resíduos
Reciclagem/tratamento/disposição
Alojamentos perigosos – Classe I
em aterros sanitários especiais.
(poluição).
Disposição de resíduos Coleta seletiva e disposição em
sólidos, Classes II e III aterros sanitários/ reciclagem.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Causas e danos
Área Medidas a considerar
ambientais
(poluição).
Efluentes sanitários Tratamento em filtros anaeróbios /
(poluição). fossas sépticas
Efluentes não-perigosos
Tratamento em filtros anaeróbios /
(produção de
fossas sépticas.
sedimentos).
Efluentes não-perigosos
(produção de Decantação.
sedimentos).
Efluentes líquidos - oficina Sistema de separação água e óleo
(poluição). / reciclagem.
Depósito de combustíveis Sistema de prevenção contra
e lubrificantes (poluição). vazamentos.
Produção de ruídos Uso de EPIs (Equipamentos de
(poluição). Proteção Individual).
Produção de poeira
Aspersão de água.
(poluição).
Emissão de gases
(poluição) por Sistemas de manutenção e filtros.
equipamentos.
Danos às vias existentes
Melhoria da pista e da drenagem –
(interferência no
restauração imediata.
cotidiano).
Reforço da sinalização e
treinamento pessoal. Observar os
Transporte de
Acidentes (interferência veículos de transporte de
Pessoal,
no cotidiano). trabalhadores, que deverão estar
equipamentos e
compatíveis com as normas
materiais
vigentes.
Produção de poeira
Aspersão de água.
(poluição).
Emissão de gases
Sistemas de manutenção e filtros.
(poluição) por

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

Página 41
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Causas e danos
Área Medidas a considerar
ambientais
equipamentos.
Estabilidade de taludes
Drenagem superficial, proteção
(produção de
vegetal.
sedimentos).
Produção de poeira
Aspersão de água.
(poluição).
Produção de gases
Utilização e Sistemas de manutenção, filtros.
(poluição).
aberturas de vias de
Emissão de gases
acesso
(poluição) por Sistemas de manutenção, filtros.
equipamento.
Drenagem superficial e
Recomposição (poluição
revegetação (conforme Programa
e produção de
de Recuperação de Áreas
sedimentos).
Degradadas).
Conformação da morfologia do
Recomposição (produção
Canteiro terreno, drenagem superficial e
de sedimentos).
proteção vegetal.
Desmonte (uso de
Normas do Exército e da ABNT.
explosivos).
Produção de ruídos
Uso de EPIs.
(poluição).
Produção de poeira
Aspersão de água.
(poluição).
Pedreiras
Emissão de gases
(poluição) por Sistemas de manutenção, filtros.
equipamento.
Recomposição (poluição Conforme Programa de
e produção de Recuperação de Áreas
sedimentos). Degradadas.
Desmonte (uso de
Escavações em Normas do Exército e da ABNT.
explosivos).
rochas
Produção de ruídos Uso de EPIs.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Causas e danos
Área Medidas a considerar
ambientais
(poluição).
Produção de poeira
Aspersão de água.
(poluição).
Emissão de gases
(poluição) por Sistemas de manutenção, filtros
equipamento.
Deverá ser armazenado em local
Os aditivos de concreto. confinado, coberto, ventilado e
controlado por pessoal capacitado.
Deverá ser controlada e realizada
A lavagem dos
em local apropriado, com sistema
agregados.
de canalização e contenção.
Central de concreto Agregados miúdos e O material coletado deverá ser
graúdos. reciclado.
Locais de captação de Deverão ser devidamente
água para concretagem. licenciados.
Evitar, durante a concretagem, a
Concretagem em áreas
produção de resíduos fora dos
sensíveis.
locais previstos.
Sistemas de controle de erosão e
Escavação (produção de produção de sedimentos
sedimentos). (geotêxtis, telas-filtro, cercas de
silte).
Produção de ruídos
Uso de EPIs.
Escavações (cavas) (poluição).
Produção de poeira
Aspersão de água.
(poluição).
Emissão de gases
(poluição) por Sistemas de manutenção, filtros.
equipamento.
Escavação em rocha sem
Isolamento da área.
Uso de martelete uso de explosivos.
Locais de bota-fora. Licenciamento junto aos órgãos

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Causas e danos
Área Medidas a considerar
ambientais
ambientais.
Disposição e controle de Programa de Recuperação de
resíduos. Áreas Degradadas.
Corte, remoção e disposição em
Supressão de vegetação. locais determinados nas licenças
ambientais.
Topografia Evitar, durante a topografia, a
Trabalhos em áreas supressão excessiva e a produção
sensíveis. de resíduos, principalmente em
Áreas de Proteção Ambiental.
Fundamental importância para o
bom andamento dos trabalhos,
Sinalização Colocação de placas. pois aumenta a segurança dos
trabalhadores e das populações do
entorno.
Margem de curso d’água Montagem de cavaletes (projeto
(Mata Ciliar) adequado).
Corte, remoção e disposição em
Supressão de vegetação. locais determinados nas licenças
Travessias ambientais.
Licenciamento junto aos órgãos
ambientais, sinalização,
Rodovias
planejamento e controle de
resíduos.
As causas e danos ao
Observar todo o processo de
meio ambiente envolvem
licenciamento, principalmente em
todas as fases
relação às condicionantes das
Terraplenagem construtivas da LT
licenças e restrições da área e dos
(acesso, canteiro, praças
programas ambientais a serem
de montagem,
implementados.
lançamentos).
Corte, remoção e disposição em
Fundação das torres Supressão de vegetação.
locais determinados nas licenças

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Causas e danos
Área Medidas a considerar
ambientais
ambientais.
Observar Normas de Segurança,
Abertura de cavas. isolamento da área e cobertura
das cavas até seu fechamento.
Evitar, durante a concretagem, a
Concretagem das
produção de resíduos fora dos
fundações.
locais previstos.
Utilizar o material da abertura das
Aterro das bases cavas, evitando, assim, áreas de
empréstimo adicionais.
Segregação e controle de
Programa de controle de resíduos.
resíduos
Corte, remoção e disposição em
Supressão de vegetação locais apropriados para a
na área da torre. cubagem. Utilizar a menor área
possível.
Cercar toda a área de trabalho,
não permitindo o acesso de
Isolamento da área de animais e pessoas estranhas.
trabalho. Sinalizar adequadamente a praça,
além de criar uma área de
vivência.
Praça de montagem
Acondicionar, adequadamente,
de torres
dentro da praça, as estruturas.
Cuidados deverão ser tomados
Armazenamento das
com as áreas de proteção
estruturas metálicas.
ambiental quando houver, por
exemplo: mata ciliar, córregos,
parques, reservas florestais, etc.
Execução de aterramento em toda
Aterramento das a LT e o seccionamento e
estruturas aterramento de cercas e demais
estruturas condutoras, evitando-se

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

Página 45
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Causas e danos
Área Medidas a considerar
ambientais
com isso a propagação das
descargas elétricas que
eventualmente incidirem nas
mesmas.
Otimização de processos
Utilizar procedimentos de controle
erosivos causados, pela
de erosão.
instalação da praça.
Evitar, durante a concretagem, a
Concretagem em áreas
produção de resíduos fora dos
sensíveis.
locais previstos.
Recolhimento,
segregação e disposição
Programa de controle de resíduos.
dos resíduos gerados
nesta fase.
Corte, remoção e disposição em
Supressão de vegetação locais apropriados para a
na área da torre. cubagem. Utilizar a menor área
possível.
Cercar toda a área de trabalho,
não permitindo o acesso de
Isolamento da área de animais e pessoas estranhas.
trabalho. Sinalizar adequadamente a praça,
Praça de além de criar uma área de
lançamento de vivência.
cabos Acondicionar, adequadamente,
dentro da praça, os materiais.
Armazenamento dos Cuidados deverão ser tomados
equipamentos, dos com as áreas de proteção
carretéis e cabos. ambiental quando houver, por
exemplo: mata ciliar, córregos,
parques, reservas florestais, etc.
Cuidados com a segurança do
Colocação de isoladores.
trabalho. Observar o programa de

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Causas e danos
Área Medidas a considerar
ambientais
controle de resíduos.
Recolhimento,
segregação e disposição
e dos resíduos gerados Programa de controle de resíduos.
em todas as fases da
Comissionamentos obra.
Eliminação de todas as Realizar auditorias no sentido de
Não-Conformidades da entregar a obra ambientalmente
implantação da Linha de correta, obedecendo às exigências
Transmissão. da Licença de Instalação (LI).

Os requisitos básicos para a construção da LT referem-se àqueles de ordem


geral, necessários para garantir a infraestrutura básica da obra, envolvendo os
serviços de topografia, estradas de acesso, terraplenagem, canteiro de obras,
supressão de vegetação, escavação e sinalização.
Dessa forma, são descritos, a seguir, os elementos considerados como
requisitos básicos para a construção da Linha de Transmissão, conforme fluxograma
a seguir (Figura 1):

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Figura 1: Fluxograma das atividades do PAC

Canteiro de Obras
A localização do Canteiro será proposta pela construtora, com a sua
respectiva análise ambiental, para uma verificação, in loco, pela equipe de meio
ambiente do empreendedor.
As áreas elencadas para o canteiro deverão estar em locais que causem o
mínimo de impactos ambientais e às comunidades locais, e serem submetidas às
Prefeituras locais. A construtora deverá apresentar relatório contendo uma descrição
das áreas, o layout previsto, a estrutura funcional e suas respectivas instalações
(redes de água, esgotos, energia, acessos, alojamentos, ambulatórios, destino final
do lixo e controle de resíduos), o qual deverá ser submetido à análise do
empreendedor e dos órgãos ambientais responsáveis, se for o caso. Os
licenciamentos desses órgãos, quando solicitados, deverão ser apresentados ao
empreendedor antes das obras, para que seja liberada a instalação do canteiro.
Plano de Controle Ambiental (PCA)
5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

A definição dos local do Canteiro de Obras em empreendimentos lineares


depende de uma série de fatores que diretamente envolvem a logística (procedência
da mão de obra especializada e forma de habitação a ser utilizada — alojamentos
e/ou hotéis, pensões, repúblicas) e a forma estratégica de execução da construtora.
A seleção de áreas de apoio e Canteiro de Obras ocorrerá na fase de início
de construção. No entanto, outras áreas de apoio secundárias serão definidas
paulatinamente ao longo de todo o cronograma de construção. Na presente obra,
além do Canteiro de Obras, os serviços construtivos necessitarão das seguintes
instalações secundárias:
- Módulos de apoio de frente de obra;
- Oficinas avançadas;
- Frentes de lançamento de cabos.
Para a escolha dessas áreas critérios devem ser observados, dentre esse
incluem:
- Inexistência de qualquer restrição de zoneamento municipal ao tipo de atividade
proposta;
- Inexistência de necessidade de supressão de vegetação nativa ou interferência
com áreas de preservação permanente (APP);
- Preferência por terrenos de baixa declividade.
A estratégia de seleção de áreas de apoio visará minimizar distâncias de
transporte envolvendo o uso de vias locais. Procurar-se-á também evitar, na medida
do possível, o cruzamento de rodovias pelos veículos a serviço das obras.
A localização de canteiros secundários, caso seja necessário, será proposta
pela construtora, com a sua respectiva análise ambiental, para uma verificação, in
loco, pela equipe de meio ambiente do empreendedor e após essa definição seguirá
para ciência e aprovação da INEMA/BA.
Caso haja a necessidade de canteiros secundários, estes não possuirão
estruturas de alojamentos. Assim, não provocarão impactos significativos, cumprindo
as diretrizes e os critérios estabelecidos nos estudos, que serão verificados
antecipadamente pela gestão da obra (empreendedor / empreiteira), conforme
previsto neste PAC. Registra-se que, em obras já realizadas ou em andamento,
nesses tipos de unidades, os impactos são mínimos e mitigáveis.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

As premissas de localização do canteiro servirão como orientação, tendo


sido estabelecidas a partir da experiência das empresas do setor elétrico em obras
similares, uma vez que a definição exata da logística de cada frente de obra é
prerrogativa da empresa que venha a ser contratada para execução dos trabalhos
em cada trecho considerado.
No Canteiro de Obras, estará localizadas estruturas, tais como:
almoxarifado, depósitos de máquinas, ferragens das estruturas, equipamentos e
materiais, escritório de projetos e administração, dentre outras.
Os alojamentos, sempre que possível, serão instalados em prédios alugados
nas cidades próximas. O contingente de mão de obra deverá ser transportado
diariamente dos alojamentos para o Canteiro de Obras e, destes, até as frentes de
trabalho.
Para a operação e manutenção do canteiro, serão previstos dispositivos e
rotinas que não só atendam às prescrições básicas de conforto, higiene e segurança
dos trabalhadores como também minimizem os transtornos que possam ser
causados à população vizinha, tais como ruídos, poeira, bloqueio de acessos, etc.
O Canteiro de Obras será dotado de portaria, exigindo-se a identificação das
empresas envolvidas na obra, com acesso restrito de pessoas autorizadas e com
normas rígidas de conduta.
As diretrizes e os critérios a serem considerados pela empresa contratada,
para a locação do Canteiro de Obras, são:
- Antecipadamente, deverá ser solicitado o apoio das Prefeituras locais a fim de
cadastrarem a mão de obra local disponível para as obras, veiculando propagandas,
pela imprensa e através de cartazes, com especificação dos tipos de profissionais
necessários. Esse procedimento visa priorizar a contratação da mão de obra local,
evitando-se a mobilização de pessoas estranhas à região e, ao mesmo tempo,
diminuir a estrutura de apoio às obras (alojamentos, despejos sanitários, resíduos,
lixo, etc.). Contribui também para evitar a veiculação de doenças transmissíveis e
minimizar os problemas de aumento da prostituição e violência, dentre outros
aspectos;
- Deverá situar-se nas imediações de municípios dotados de boa infraestrutura:
acessos, comunicações, transportes interestadual e intermunicipal, hotéis, hospital,

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

comércio (peças automotivas e materiais de construção) e mão de obra


semiespecializada (pedreiros, carpinteiros, armadores, etc.);
- Esses locais deverão situar-se, preferencialmente, próximo aos grandes centros,
onde os impactos, em razão da chegada de trabalhadores, serão minimizados;
- A infraestrutura da região atravessada pela diretriz da Linha de Transmissão
deverá ser considerada, visando à possibilidade de alojar o máximo de seus
empregados, em casas alugadas, repúblicas, hotéis e pensões existentes nas
redondezas;
- A área a ser utilizada, preferencialmente, já deverá ter sido impactada, devendo ser
previsto o possível reaproveitamento da infraestrutura a ser instalada, quando do
término da obra;
- A área a ser escolhida deverá ter como requisitos básicos: o tipo de solo e acessos
compatíveis com o porte dos veículos/equipamentos e com a intensidade do tráfego.
Deverá ser dotada de sistema de sinalização de trânsito e de sistema de drenagem
superficial, com um plano de manutenção, fuga e limpeza;
- A localização não deverá interferir expressivamente com o sistema viário e de
saneamento básico, sendo necessário contatar as Prefeituras, órgãos de trânsito,
segurança pública, sistema hospitalar, concessionária de água, esgotos, energia
elétrica, telefone, etc., para qualquer intervenção em suas áreas e redes de atuação;
- Em regiões com deficiência de infraestrutura, sua localização deverá priorizar a
não-interferência com as atividades cotidianas da comunidade local;
- O Canteiro de Obras, nem os secundários, caso venha a ter a necessidade, não
serão implantados próximos a reservas florestais nem a Áreas de Preservação
Permanente (APPs);
- Os procedimentos de mobilização e posterior desmobilização deverão ser bem
informados à comunidade; da mesma forma, os diversos ramos de atividades locais,
como comércio, recursos médicos e outros, deverão ser convenientemente
comunicados dos eventos pertinentes programados para a fase de construção;
- Os víveres serão guardados em local mantido permanentemente limpo, refrigerado
no caso de perecíveis. Deverão ser utilizadas telas e cercas protetoras, garantindo-
se a inacessibilidade a animais e insetos;
- O projeto e a montagem das cozinhas (caso previstas) deverão ser executados de
forma a permitir total higiene e possuir todos os equipamentos e recursos

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

necessários à limpeza do local e ao pessoal envolvido no preparo de refeições para


atendimento dos canteiros e alojamentos;
- As instalações do refeitório deverão prever o uso de telas, boa ventilação, contar
com sanitários em número adequado e demais equipamentos — tudo em
conformidade com as melhores práticas de higiene e saúde;
- O sistema de armazenamento de água para o consumo humano deverá ser objeto
de inspeção e limpeza periódica, visando garantir a potabilidade;
- A drenagem do canteiro deverá prever estruturas que comportem o tráfego de
máquinas e equipamentos;
- Os sistemas de drenagem de águas pluviais e de esgotamento sanitário ou de
óleos, graxas, etc., serão individualizados, nunca podendo ser interligados;
- Todos os resíduos gerados no canteiro e demais locais da obra serão recolhidos
com frequência de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;
- Será realizada a separação do lixo hospitalar e dos resíduos perigosos,
classificados conforme a NBR 10.004, visando à sua estocagem, transporte e
destinação final adequada, conforme a Legislação Federal e do Estado da Bahia;
- No caso de uso de produto químico para tratamento e desinfecção, seu
armazenamento e manipulação serão realizados de forma segura, evitando riscos às
pessoas, aos animais e ao meio ambiente;
- Deverá haver proteção contra contaminação em todo o sistema de abastecimento
de água, especialmente em caixas d’água e poços. A proteção deverá ser exercida
mediante a escolha adequada de local, construção de cercas, sobrelevações e
outras obras similares;
- Os combustíveis deverão ser armazenados em reservatórios apropriados, isolados
da rede de drenagem e com diques de contenção com capacidade para o volume
armazenado. Os dispositivos de armazenamento não poderão ter drenos, a não ser
que esses dispositivos escoem para outra área de contenção ou reservatório, onde
todo o derramamento possa ser contido;
- Será observado o cumprimento do Plano de Segurança/Emergência (uso de EPIs),
a ser estabelecido pela construtora, de acordo com as Normas do Ministério do
Trabalho.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Topografia
Os serviços de topografia foram essenciais para definição traçado, a partir
de um estudo topográfico bem feito, impactos futuros serão evitados. A equipe
responsável assimilou o máximo de informações socioambientais a esse
levantamento, definindo um traçado o mínimo impactante.
Seguindo a Planta Perfil e o Projeto Executivo, a equipe de campo iniciará
os trabalhos de locação das torres, etapa inicial para implantação da LT.
Os trabalhos preliminares de topografia deverão seguir as seguintes
orientações:
- Reconhecimento prévio da área onde será realizada a locação da faixa, visando
minimizar os impactos ao meio ambiente;
- Antes do início dos serviços topográficos, a equipe responsável pelo levantamento
cadastral deverá verificar, em qualquer propriedade, se o proprietário recebeu a
comunicação do início dos serviços de implantação da Linha de Transmissão, ou
seja, a entrada das equipes em qualquer propriedade só será possível com a devida
autorização de passagem. Essa comunicação deverá ser dada de acordo com as
diretrizes do Programa de Comunicação Social;
- As equipes do levantamento topográfico deverão receber treinamento adequado, a
fim de se conscientizarem da importância de eliminar ou minimizar os impactos
ambientais referentes aos serviços;
- Todas as motosserras utilizadas nos serviços deverão estar obrigatoriamente
acompanhadas da licença específica (Licença para Porte e Uso de motosserra –
LPU). As recomendações constantes nas Normas de Segurança no Trabalho e do
Código de Conduta deverão ser cumpridas;
- A abertura de picadas de topografia será executada em conformidade com as
orientações e licença obtidas na INEMA/BA limitando podas e supressões ao
suficiente apenas para possibilitar a medição e locação da faixa de servidão, praças
de montagem e de lançamento;
- Encontrando-se restos cerâmicos ou artefatos de pedras lascadas ou qualquer
vestígio relacionado a civilizações antigas, ao longo de travessias de corpos d’água
ou nas proximidades onde serão instaladas as torres e as praças de lançamento de
cabos, ou quando da abertura de novos acessos, o fato deverá ser comunicado
imediatamente ao funcionário responsável, que retransmitirá a informação ao

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Supervisor Ambiental, para que tome as devidas providências, em conformidade


com as ações previstas neste PCA.
Considera-se que, nas etapas de topografia como a exploração de traçado,
poligonação, levantamento do perfil do terreno e cadastro de propriedades e
benfeitorias, assim como no próprio projeto de engenharia, deverão ser levadas em
conta as seguintes situações quanto às condições geológico-geotécnicas,
observando-se as seguintes condições:
- Terrenos estáveis;
- Evitar a locação em terrenos alagados e inundáveis, pântanos, brejos, mangues e
margens de rios.
Deverá evitar também a passagem por áreas onde se encontrem as
seguintes ocorrências:
- Proximidade de conglomerados urbanos, sedes de propriedades rurais e de
construções isoladas;
- Passagem por zonas altas, com o objetivo de evitar grandes esforços devido à
pressão do vento e às descargas atmosféricas e a interferência com a rota
migratória de aves;
- Passagem por terrenos inundáveis, sujeitos à erosão, afloramentos rochosos ou de
difícil acesso.
Ao se desviar de interferências como benfeitorias, não deverá haver
nenhuma intervenção com habitações, procurando-se dispensar, dessa forma,
qualquer procedimento de relocação de população/famílias.
Os terrenos deverão ser considerados sob regime por servidão, e sua
demarcação será estabelecida por decreto. A servidão compreenderá uma faixa de
40m de largura ao longo de toda a extensão da LT.

Estradas de Acesso
Os acessos a serem utilizados são os previstos no Projeto da Linha de
Transmissão, evitando-se, ao máximo, a abertura de outros. Prevendo assim, a
melhoria e utilização dos acessos já existentes. Durante a melhoria desses acessos,
poderão ser gerados materiais inconsolidados sujeitos a erosão e transporte por
águas pluviais. Dessa forma, deverão ser considerados os seguintes aspectos de
proteção ambiental:

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Implementar cuidados necessários para evitar focos erosivos, principalmente


respeitando a topografia do local, locando os acessos em pontos menos favoráveis
ao desencadeamento de erosões;
- Havendo necessidade de cortes e aterros, dotá-los de proteção, como canaletas de
crista e de pé, além de revegetá-los;
- Procurar encaminhar as saídas d’água dessas vias para o talvegue mais próximo,
evitando deixá-las a meia vertente, o que poderá favorecer processos erosivos;
- Quando os caminhos tiverem baixa capacidade de suporte, a superfície deve ser
revestida por toras de madeira colocadas transversalmente (Estivas);
- Utilizar solo-cimento no fundo das canaletas de drenagem com maior fluxo de
água;
- Se forem construídos, os taludes devem ter a proteção adequada: canaletas
colocadas em suas cristas, escadas d’água, caixas de dissipação de energia,
bermas e proteção vegetal, visando à derivação das águas lateralmente e evitando,
assim, erosão nos declives.
Durante as obras, deve-se priorizar o período de menor pluviosidade para a
movimentação de material (solos e rochas escavados), devendo-se aplicar um
colchão de pedrisco com camada mínima de 5 cm para reduzir o desprendimento de
solo nas estradas de terra, vias de acesso e vias de passagem no canteiro e
alojamentos. Além disso, deverá ser executada a contenção do talude (corte/aterro)
mediante o plantio de gramíneas.
Alguns cuidados, de ordem geral, deverão ser observados:
- Deverão ser usadas as estradas internas de acesso autorizadas, negociadas pela
construtora, com proprietários e empreendedor;
- As estradas de acesso existentes, usadas durante as obras, deverão ser
restauradas nas condições anteriores à construção;
- As melhorias introduzidas não deverão afetar os sistemas de drenagem e cursos
d’água naturais existentes;
- Para evitar os transtornos advindos do aumento do tráfego e diminuir o risco de
acidentes, deverão ser adotadas medidas, tais como: sinalização das vias (placas de
controle de velocidade, animais silvestres, cruzamentos, indicação da obra, escolas,
travessias de pedestres, lugarejos e comunidades, etc.); distribuição do transporte
ao longo do dia, para que não haja concentração dessa atividade num único

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

período; transporte de determinadas cargas e equipamentos em períodos de menor


fluxo de veículos; conscientização dos motoristas visando à redução de acidentes;
- Se confirmada a manutenção do tráfego junto às comunidades, deverá ser
providenciada, no período seco, a umectação das vias de acesso a elas, de forma a
reduzir as emissões de poeira sobre as residências locais, além da aplicação de um
colchão de pedrisco com camada mínima de 5 cm, para reduzir o desprendimento
de solo nas estradas de terra;
- Quando forem transportados materiais de construção, devem-se usar, de
preferência, caminhões fechados, a fim de evitar que caiam acidentalmente, o que
pode vir a causar problemas ambientais e de segurança para a população do
entorno.
Ao final dos serviços, materiais e equipamentos, sucata e material
descartável deverão ser retirados dos locais de trabalho, utilizando-se as vias de
acesso disponíveis.

Terraplanagem
Em função das características da região, serão considerados os aspectos
listados a seguir para os serviços de terraplanagem, notadamente para estradas de
acessos, com o objetivo de minimizar, ou mesmo eliminar, a possibilidade de
degradação ambiental decorrente desses serviços.
O serviço terá que ser cuidadosamente planejado, objetivando evitar
impactos desnecessários ao meio ambiente.
Deverão ser considerados para os acessos:
- Os critérios especificados nas instruções técnicas de projeto, em relação à
drenagem de estradas de acesso e aos tipos de traçado (cortes e aterros) que
deverão ser evitados ao máximo;
- Melhoramento dos acessos existentes, objetivando o restabelecimento das
condições naturais da rede de drenagem, por meio da implantação de
bueiros/galerias, pontilhões, etc;
- Proteção de todos os taludes de cortes e/ou aterros, em tempo hábil, visando à
segurança das instalações e preservação do terreno contra a erosão, através do
plantio de vegetação adaptada à região e dispositivos de drenagem/contenção;

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5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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- Até o encerramento da obra, as pistas das estradas de acesso serão mantidas sob
condições adequadas, para permitir tráfego permanente aos equipamentos e
veículos de construção, montagem e fiscalização.
Os seguintes itens deverão ser considerados para áreas de canteiro:
- O cumprimento rigoroso dos critérios especificados de projeto;
- Evitar serviços de terraplenagem nas áreas de almoxarifado e depósito de material
ao tempo, mantendo, sempre que possível, as vegetações rasteiras, retirando-se
apenas os arbustos necessários e evitando, ao máximo, cortar as árvores existentes.
O material deverá ser estocado sobre calços metálicos ou de madeira, de modo a
evitar seu contato direto com o solo;
- Manter protegidos e sob condições adequadas os acessos internos de circulação
entre os elementos dos canteiros;
- Manter protegidos todos os taludes de cortes e/ou aterros;
- Redução, ao máximo, dos serviços de terraplenagem/raspagem nessas áreas.
Deverão ser considerados para praças de montagem de torres e lançamento
de cabos os seguintes itens:
- Planejar os serviços com o objetivo de evitar processos erosivos;
- Prever seção típica com solo de escavação comum, empregando material
conforme especificação de projeto.
De maneira geral, as obras de terraplanagem devem ser, sempre que
possível, acompanhadas da instalação de dispositivos de drenagem que possibilitem
o escoamento das águas pluviais sem o desencadeamento de processos erosivos.
O Programa de Controle de Processos Erosivos e Assoreamento descreve as
práticas mais adequadas a serem adotadas nesse sentido.

Supressão de Vegetação
O corte seletivo e a supressão parcial da vegetação (NBR 5.422), nas áreas
diretamente afetadas pelo empreendimento, quando necessários, têm como
finalidade principal a abertura de acesso, limpeza, abertura e delimitação clara da
faixa de servidão, de serviço, de segurança, além das áreas de escavações das
bases das torres, praças de montagem e lançamentos de cabos.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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A limpeza envolve a remoção de árvores, arbustos e restos de vegetação


(resíduos, galhos finos, folhas, etc). Os procedimentos padrão a serem seguidos
durante o processo de remoção são os seguintes:
- Os locais de obra e os limites da faixa de servidão deverão ser claramente
delimitados, certificando-se de que não irá ocorrer nenhuma remoção além dos seus
limites;
- As árvores deverão ser tombadas nos locais de obra;
- Qualquer árvore que cair dentro de cursos d’água, drenagem natural ou além do
limite da faixa de servidão deverá ser imediatamente removida;
- As árvores localizadas fora dos limites dos locais da faixa não deverão ser, em
hipótese alguma, cortadas com o objetivo de obter madeira, evitando-se também a
poda dos galhos projetados;
- Toda e qualquer operação de remoção de vegetação só poderá ser iniciada
mediante autorização expressa do Supervisor Ambiental do empreendimento.
Abaixo os requisitos necessários para o aproveitamento/estocagem da
madeira:
- A madeira que não for especificamente designada para outros usos deverá ser
cortada no comprimento da árvore e ficará organizadamente empilhada em local
determinado pela Supervisão Ambiental;
- A madeira não deverá ser estocada em valas de drenagem ou em áreas úmidas, a
não ser que as condições específicas do local não permitam o armazenamento de
forma mais adequada;
- Árvores e vegetação arbustiva, bem como restos de vegetação, deverão ser
dispostas, e os tocos de árvores removidos não poderão ser enterrados;
- A queima e o uso de herbicidas são terminantemente proibidos.
Atendendo às restrições do local e das licenças ambientais, utilizar-se-ão as
formas apresentadas a seguir:
- Os arbustos deverão ser empilhados organizadamente em locais previamente
definidos pela Supervisão Ambiental;
- O empilhamento dos arbustos não deverá ser contínuo, sendo necessária a criação
de intervalos entre as pilhas, para facilitar a passagem da fauna e, também, uma
futura remoção.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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O lasqueamento, caso necessário, deverá ser efetuado na forma de cortes,


e os arbustos deverão ser dispostos ou transformados em lascas, que poderão ser
utilizadas em áreas a serem recompostas, de maneira que não iniba o crescimento
da vegetação.
Com relação ao enterramento, queima e destruição fora do local da obras,
caso sejam necessários, deverão ser observados os seguintes requisitos:
- Deve-se tentar comercializar qualquer material útil, seguindo rigorosamente as
determinações das licenças ambientais;
- Restos de madeira deverão restringir-se aos locais de obra, a menos que haja
autorização por escrito do proprietário e aval do órgão ambiental.

Escavações
a) Escavação em Solos: no que diz respeito à escavação em solos, para as
fundações das torres, deverão ser especialmente observados os critérios listados a
seguir:
- Dever-se-á evitar a utilização de máquinas pesadas na abertura de praças de
trabalho. A escavação deverá ser executada manualmente, nos locais mais críticos,
visando preservar, ao máximo, as condições naturais do terreno e sua vegetação;
- Todo o material escavado e não utilizado, proveniente, principalmente, da camada
superficial, rica em matéria orgânica, deverá ser espalhado superficialmente nas
áreas das torres.
- Todas as áreas de escavações em zonas de pastoreio deverão ser cercadas, a fim
de evitar a queda de animais de criação (bovinos caprinos, etc.);
-As cavas, quando abertas, deverão ser tampadas de forma adequada e segura.
Atualmente, em empreendimentos similares, vem-se utilizando a parte redonda das
bobinas menores com excelente resultado.

b) Escavações em Rocha: caso haja necessidade de escavação em rocha, os


fragmentos poderão ser usados durante a construção da LT, em estruturas da
contenção ou dispostos na região, com a anuência do proprietário da terra.
O material rochoso que não puder ser reaproveitado poderá ser removido e
colocado num local previamente aprovado ou, então, espalhado em áreas de
influência da torre.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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c) Procedimentos de Uso de Explosivos: no início dos trabalhos de localização das


áreas rochosas, deverão ser utilizados equipamentos adequados para a
identificação do perfil rochoso. Evita-se, assim, uma surpresa em relação à
quantidade de rochas retiradas da cava; possibilita, também, se for o caso, um
destino final adequado desse material. Antes das escavações em rocha, deverão ser
executadas as seguintes atividades:
- Preparação de um plano de fogo adequado às necessidades do trabalho que se
pretende executar;
- Colocação de sinais de advertência, bandeiras e barricadas;
- Obediência aos procedimentos para armazenar, carregar, disparar e destruir o
material explosivo com segurança e de acordo com os regulamentos do País,
inclusive o R-105 do Ministério do Exército;
- Execução dos serviços por pessoal qualificado, supervisionado por profissional
habilitado, conforme a legislação.
Além da regulamentação do Ministério do Exército sobre o uso de explosivos
(R105), deverão ser cumpridas as seguintes diretrizes:
- Norma Regulamentadora para Explosivos - Portaria nº 3.214 do Ministério do
Trabalho;
- Normas de Segurança para Armazenamento, Descontaminação e Distribuição de
Explosivos do Ministério do Exército. Além disso, deverão ser utilizadas outras
especificações e procedimentos que cuidam do tema “Explosivos e Detonadores”.
No que diz respeito a ruídos e vibrações, diversas são as normas e
recomendações aplicáveis para diferentes tipos de ambientes, dentre as quais se
destacam:
- ISO (International Standard Organization) - R 1996 (1971) e R 1999 (1975);
- ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) - NBR 10.151 e 10.152;
- IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) - Resoluções CONAMA 001 e 002,
de 17/8/1990.
Essas normas consideram os parâmetros que influenciam o desconforto, e
também a variação dos níveis e das horas em que ocorre a exposição das pessoas.

A - Procedimentos Gerais:

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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- As detonações deverão ser executadas em horários preestabelecidos,


programados com, pelo menos, 24 horas de antecedência. A Fiscalização também
deverá ser avisada da detonação com a mesma antecedência;
- No horário das detonações, deverá ser acionada uma sirene, e toda a área em
torno de 300 m do ponto de detonação deverá ser evacuada. As detonações
deverão ser executadas no horário compreendido entre as 10 e as 17 horas;
- Após a detonação, o trabalho só deverá ser liberado após a vistoria de técnico
especializado;
- Nenhum trabalho com explosivos poderá ser realizado sem a obtenção dos
certificados de habilitação dos operadores, do certificado de registro e da
autorização do Ministério do Exército para o uso de explosivos;
- O transporte de explosivos deverá ser feito por veículos autorizados e com guia de
tráfego emitida pelo Ministério do Exército exclusivamente para a obra. O material
deverá ser armazenado atendendo às prescrições das normas específicas.

B - Procedimentos a céu aberto:


Perfuração: deverá ser executada com perfuratrizes e compressores
portáteis especiais.
Explosivos: em áreas secas, deverá ser utilizado explosivo comum e, em
regiões alagadas, emulsões explosivas encartuchadas. Deverão ser iniciadas por
cordel detonante e utilizados explosivos de retardo. O acionamento do cordel deverá
ser por meio de estopim mais espoleta.
Onde houver necessidade de conter o lançamento de fragmentos, deverá
ser usada uma camada de terra limpa sobre a vala e sacos de terra no seu entorno.

C - Proteção Ambiental:
No caso de detonação próxima ou em Áreas de Preservação Permanente,
deverá ser elaborado um procedimento específico de desmonte de rocha, a ser
enviado ao órgão ambiental responsável, antes do início dos serviços.
Para reduzir a onda de choque das detonações, deve-se evitar detonar
grande quantidade de furos ou fogos simultaneamente, usando retardos entre os
furos, e deixar parte do furo sem explosivos.

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5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Quando as explosões forem realizadas a céu aberto, também deverão ser


observados alguns parâmetros importantes, dentre os quais se destacam:
- A fauna local deverá ser observada em função da área-dormitório e da área de
descanso de bandos, onde as explosões que se fizerem necessárias ocorrerão em
horários após o amanhecer, e nunca ao anoitecer;
- Qualquer animal que, porventura, seja atingido deverá ser recolhido e
encaminhado pela equipe técnica responsável pela fauna, para a Base de Triagem
onde receberá os devidos cuidados e providências.

Sinalização do Empreendimento
A implantação de placas de sinalização é importante para o bom andamento
dos trabalhos, pois aumenta a segurança dos trabalhadores e das populações do
entorno. O trânsito de veículos envolvidos com as obras, as proximidades de áreas
escolares ou a presença de animais na pista são alguns dos elementos que exigem
atenção das pessoas que circulam pela área, não só motoristas como também
pedestres e trabalhadores. Placas educativas, por exemplo, com recomendações
para a preservação da natureza, também são importantes ferramentas de Educação
Ambiental.

Fundações das Torres


Os procedimentos e recomendações ambientais a serem adotados são
apresentados a seguir. Deverão ser tomadas todas as medidas cabíveis, de forma a
evitar o início de processos de erosão no preparo e limpeza dos locais de execução
das fundações, especialmente a recomposição da vegetação rasteira.
Quando da utilização de concretagem local por meio de betoneiras, cuidados
deverão ser tomados visando à utilização total do concreto disponível nelas; isso
impedirá a colocação dos resíduos em áreas inadequadas. A água de lavagem das
betoneiras só poderá ser descartada nas usinas de concretagem.
Quando forem usados pré-moldados no canteiro de concretagem, os
mesmos cuidados deverão ser tomados.
Deverão ser tomadas precauções especiais na execução das fundações de
torres nas travessias de cursos de água, a fim de não provocar nenhuma alteração
ou interrupção no sistema de drenagem natural.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Deverão ser providenciadas as proteções e sinalizações adequadas, para


que sejam evitados acidentes na execução desses serviços, quando executados nas
proximidades de áreas urbanas/habitacionais.
Sempre que necessário, as fundações deverão ser protegidas contra erosão,
por meio de canaletas, muretas, etc.
Quando do término de todas as obras de fundação, o terreno à sua volta
deverá ser recomposto, revestido, compactado, drenado e protegido, não dando
margem ao início de processos erosivos.
Durante o período das fundações das bases das torres, a inspeção de
segurança deve checar todos os EPIs necessários a esta fase da obra e à saúde
dos trabalhadores.

Reaterro das Fundações das Torres


O material escavado que vier a ser utilizado como reaterro das fundações
deverá ser acondicionado, de maneira a preservar a vegetação nas imediações. O
material escavado e não utilizado deverá ser espalhado e compactado na área da
torre, não deixando acúmulo de terra fofa.
Durante o período de reaterro das bases das torres, a inspeção de
segurança deve checar todos os EPIs necessários a esta fase da obra, bem como à
saúde dos trabalhadores.

Praça de Montagens das Torres


As estruturas metálicas das torres deverão ser montadas, peça por peça
e/ou por seções pré-montadas no solo, nas praças de montagem preparadas. Os
procedimentos e recomendações ambientais e de segurança a serem adotados são
apresentados a seguir:
- As praças de montagem deverão ocupar as menores áreas de trabalho possíveis,
pois assim diminuirão os impactos ambientais;
- Durante o período de montagem das torres, a inspeção de segurança deve checar
todos os EPIs necessários a esta fase da obra;
- A sinalização também se torna necessária nessas áreas, tendo em vista que a
construtora responsável pela obra terá que ser identificada para as comunidades
lindeiras. Da mesma forma, os acessos às torres devem ser restritos;

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Os serviços de montagem deverão ser executados dentro da área delimitada para


a praça de montagem, mantendo-se o processo de recolhimento de resíduos
sólidos, em consonância com o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
Só poderão permanecer dentro da praça de montagem os funcionários
necessários à execução dos serviços.
Na execução desses serviços próximos a áreas urbanas/habitacionais,
deverão ser providenciadas as proteções adequadas (tapumes, cercas isolantes,
sinalizações, etc.), para evitar acidentes.

Praça de Lançamento dos Cabos Condutores e Para-raios


Para início das atividades de lançamento, o sistema de aterramento deverá
estar completamente instalado. Esta instalação é feita antes da montagem das
torres. Os suportes da LT deverão ser enterrados de maneira a tornar a resistência
de aterramento compatível com o desempenho desejado e com a segurança de
terceiros. O aterramento deverá restringir-se à faixa de segurança da Linha e não
interferir com outras instalações existentes e com atividades desenvolvidas dentro
da faixa. A execução das valetas para contrapeso deverá garantir condições
adequadas de drenagem e proteção contra erosão, tanto na fase de abertura como
na de fechamento, recompondo o terreno ao seu término.
O lançamento dos cabos condutores e para-raios deverão ser executados a
partir das praças de lançamento, sob tensão mecânica controlada automaticamente,
até ser obtido o fechamento recomendado pelo projeto para cada vão da Linha de
Transmissão, seguindo-se o grampeamento dos mesmos.
Para a sinalização, deverão ser identificados os pontos obrigatórios (rotas
aeroviárias, vales profundos, cruzamentos com rodovias, ferrovias e outras linhas de
transmissão), para os quais serão executados projetos específicos de sinalização
aérea e de advertência, baseados nas normas da ABNT e nas exigências de cada
órgão regulador envolvido.
Os principais procedimentos a serem adotados são:
- Evitar praças de lançamento de cabos situadas em encostas íngremes, próximas a
cursos de água e em locais com vegetação nativa de porte arbustivo-arbóreo;
- Reduzir, ao máximo, o número e a área a ser utilizada em função da implantação
das praças de lançamento;

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- A área da praça de lançamento de cabos terá de ser cercada e isolada, evitando a


entrada de pessoas estranhas ao empreendimento;
- Evitar a raspagem do solo nessas localidades e quando a mesma for necessária
armazenar as camadas orgânicas superficiais do solo escavado;
- Remodelar a topografia do terreno ao término da utilização respectiva,
restabelecendo o solo, as condições de drenagem e a cobertura vegetal;
- Limitar a abertura da faixa de servidão por ocasião da etapa de lançamento dos
cabos na medida estritamente necessária, para passagem do trator que conduz o
cabo-guia, de forma a evitar maiores interferências na área atravessada;
- Demarcar, cercar e sinalizar os locais de instalação dos cabos condutores, para-
raios e acessórios;
- Instalar estruturas de proteção adequada à LT (por exemplo, cavaletes de
madeira), para manter a distância necessária entre os cabos, os obstáculos
atravessados e o solo, nos casos de travessias sobre rodovias, linhas elétricas e de
telecomunicações e outros cruzamentos. Deverá ser instalada uma rede ou malha
de material não-condutor para evitar a queda do cabo sobre o obstáculo
atravessado, em caso de falha mecânica no processo de lançamento;
- Colocar sinais de advertência pintados com tinta fosforescente, se as
empolgaduras (traves de proteção ao lançamento dos cabos) forem situadas a
menos de 2 m do acostamento da estrada. Os sinais deverão ser postos de modo tal
que fiquem facilmente visíveis para os veículos que trafegam nos dois sentidos. Em
rodovias de maior importância, é recomendada a utilização de lâmpadas de
advertência tipo “pisca-pisca”;
- Todas as cercas eventualmente danificadas durante a fase de instalação dos
cabos deverão ser reconstituídas após o lançamento.
Durante o período de lançamento de cabos, a inspeção de segurança deve
checar todos os EPIs necessários a esta fase da obra. Todos os resíduos desta fase
deverão ser recolhidos, selecionados, classificados e colocados para a disposição
final conforme o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Comissionamento
Na fase de comissionamento das obras, além da parte técnica a ser
observada, deverá ser inspecionado o estado final dos seguintes itens:

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

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- Áreas florestais remanescentes;


- Preservação das culturas;
- Vãos livres de segurança, verticais e laterais, entre árvores e a LT;
- Limpeza de proteção contra fogo;
- Proteção contra erosão e ação das águas pluviais;
- Reaterro das bases das estruturas;
- Condições dos corpos d’água;
- Recomposição.
As ações a serem implementadas são apresentadas no Plano de
Recuperação de Áreas Degradadas.

5.2.7. METAS

A principal meta deste plano é minimizar os problemas de ordem ambiental


que possam surgir durante as obras da LT, por meio da implementação de ações
preventivas inter-relacionadas a outros programas ambientais.

5.2.8. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Para a elaboração do PAC foram consultadas diversas normas técnicas


brasileiras, as quais são citadas a seguir:

Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego


NR 4: Serviços Especializados em Engenharia e de Segurança e em Medicina do
Trabalho.
NR 5: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
NR 6: Equipamento Proteção Individual.
NR 7: Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
NR 9: Programas de Prevenção de Riscos Ambientais.
NR 10: Instalações e Serviços em Eletricidade.
NR 11: Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais.
NR 12: Máquinas e Equipamentos.
NR 18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da Construção.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

Página 66
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

NR-20: Líquidos Combustíveis e Inflamáveis.


NR-23: Proteção Contra incêndio.
NR 24: Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho.
NR 25: Resíduos Industriais.
NR 26: Sinalização de Segurança.

Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)


NBR 5419: Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas.
NBR 5422: Projeto de Linhas Aéreas de Transmissão de Energia Elétrica.
NBR 9735: Conjuntos de Equipamentos para Emergências no Transporte Terrestre
de Produtos Perigosos.
NBR 10004: Resíduos Sólidos.
NBR 10151: Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto
da comunidade.
NBR 10152: Níveis de Ruído para Conforto Acústico.
NBR 17505: Armazenamento de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis.

Resoluções CONAMA
CONAMA 001/1990: Estabelece critérios acerca da poluição sonora.
CONAMA 002/1990: Dispõe sobre o Programa Nacional de Educação e Controle da
Poluição Sonora.
CONAMA 275/2001: Estabelece os Códigos de Cores para os Diferentes Tipos de
Resíduos.
CONAMA 307/2002: Estabelece Diretrizes, Critérios e Procedimentos para Gestão
dos Resíduos da Construção Civil.
CONAMA 357/2005: Dispõe sobre a Classificação dos Corpos de Água e Diretrizes
Ambientais para seu Enquadramento, bem como Estabelece as Condições e
Padrões de Lançamentos de Efluentes, e dá outras providências.
CONAMA 397/2008: Altera o inciso II do § 4º e a Tabela X do § 5º ambos do art. 34
da Resolução CONAMA nº 357, de 2005.

Leis Federais
Decreto 79.367/1977: Dispõe sobre Normas e Padrão de Potabilidade da Água.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

Página 67
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Decreto 88.821/1983: Aprova o Regulamento para Execução do Serviço de


Transporte Rodoviário de Cargas e Produtos Perigosos.
Decreto 96.044/1988: Aprova o Regulamento para o Transporte Rodoviário de
Produtos Perigosos.
Instrução Normativa IBAMA 01/1991: Regulamenta a Exploração de Vegetação
Caracterizada como Pioneira, Capoeirinha, Capoeira, Floresta Descaracterizada,
Floresta Secundária, Proíbe a Exploração em Floresta Primária.
Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde: Estabelece os Procedimentos e
Responsabilidades Relativos ao Controle e Vigilância da Qualidade da Água para
Consumo Humano e seu Padrão de Potabilidade.
Portaria 3214 do Ministério do Trabalho: Aprova as Normas Regulamentadoras -
NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à
Segurança e Medicina do Trabalho.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

Página 68
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.2.9. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO
MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
a Assinatura do Contrato e Adiantamento CLIENTE
Contratual
Entrega de 60% da Faixa Liberada (em
b CLIENTE
sequência)
Autorização de Supressão da Vegetação
c CLIENTE
(ASV)
LI
d Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Entrega dos Projetos da Torres inclusive
1.1 CLIENTE/DAMP
Listas de Materiais e Acessórios
dia 19 =50% dia 30= 100%
1.2 Entrega da Plotação e Tabela de Locação ENGEPRO

1.3 Entrega da Lista de Materiais ENGEPRO

Topografia - Locação das torres no campo e


1.4 TOPOCART
PLDV

1.5 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

Entrega dos Projetos Típicos de Fundações e


1.6 ENGEPRO
do Sistema de Aterramento
50,0% 50,0%
1.7 Definição dos Tipos de Fundações ENGEPRO

Tabelas de Esticamento e Grampeação dos


1.8 ENGEPRO
Cabos
2 FORNECIMENTO DE MATERIAIS
STUBS 50,0% 50,0%
2.1 Estruturas Metálicas (entrega na obra) DAMP

50,0% 50,0%
2.2 Cabo Condutor (entrega na obra) ALUBAR

Cabos de Aço e Cabo OPGW e Acessórios 20,0% 40,0% 40,0%


2.3 SAETOWERS
(entrega na obra)
50,0% 50,0%
Ferragens dos Condutores e Pára-raios
2.4 (Cadeias de Suspensão e Jumper, SAETOWERS
Ancoragem, Emendas e Amortecedores )
20,0% 40,0% 40,0%
2.5 Isoladores (entrega na obra) SAETOWERS

Acessórios Diversos e de Aterramento 20,0% 40,0% 40,0%


2.6 SAETOWERS
(entrega na obra)

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

Página 69
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)


ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
3 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM

Mobilização e Instalação do Canteiro 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
3.1 SAETOWERS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
. . . . . . . . . . . .
3.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


. . . . . . . .
3.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


. . . . . . . .
3.4 Escavação das Fundações SAETOWERS

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


. . . . . . . . . . . .
3.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS
20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%
. . . .
3.6 Contrapeso SAETOWERS
20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3.7 Montagem de Estruturas Metálicas SAETOWERS
20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%
3.8 Lançamento de Cabos SAETOWERS
30,0% 40,0% 30,0%
3.9 Comissionamento (Revisão Final) SAETOWERS
100,0%
3.10 Desmobilização SAETOWERS

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

Página 70
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.2.10. BIBLIOGRAFIA

As referências bibliográficas para a elaboração do PAC foram as normas legais


apresentadas no item Fundamentação Legal desse documento, além dos seguintes
documentos:

Gestão Ambiental de Resíduos da Construção Civil: a experiência do


SindusCon. - São Paulo, SindusCon-SP, 2005.

PBA. Plano Básico Ambiental da UHE Jirau. Cap. 2: Programa Ambiental para
Construção. CESTE/BIODINÂMICA. Plano Básico Ambiental da LT 500kV SE
UHE Estreito – SE Imperatriz. Rio de Janeiro, 2008.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.2. Plano Ambiental da Construção (PAC)

Página 71
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.3. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO


DE RISCO

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.3. Programa de Gerenciamento de Riscos

Página 72
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.3.1. APRESENTAÇÃO

A finalidade deste Programa de Gerenciamento de Risco (PGR) é fornecer


um conjunto de diretrizes como ferramentas de gerenciamento, tanto sob o ponto de
vista ambiental, como de segurança de processo, uma vez que essas diretrizes
fornecem, entre outros, os seguintes resultados:
- Conhecimento detalhado da instalação e de seus perigos;
- Avaliação dos possíveis danos às instalações, aos trabalhadores, à população
externa e ao meio ambiente;
- Subsídios para a implementação de medidas para a redução e gerenciamento dos
risco existentes na instalação.

5.3.2. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCO

Internacionalmente, o termo gerenciamento de risco é utilizado para


caracterizar o processo de identificação, avaliação e controle de risco. Porém, de
modo geral, o gerenciamento de risco pode ser definido como sendo a formulação e
a implantação de medidas e procedimentos, técnicos e administrativos, que têm por
objetivo prevenir e controlar o risco, bem como manter uma instalação operando
dentro de padrões de segurança considerados toleráveis ao longo de sua vida útil.
Assim, toda e qualquer empresa que desenvolva atividades que possam acarretar
em acidentes maiores devem estabelecer um Programa de Gerenciamento de Risco
(PGR). Diversas instituições, têm implementado normas e procedimentos para o
desenvolvimento de programas de gerenciamento de risco em instalações
consideradas perigosas.
O PGR deve antes de tudo, contar com o apoio da alta direção do
empreendedor, uma vez que deve fazer parte da política prevencionista da mesma,
na qual todos os seus funcionários e/ou contratados devem ter as suas atribuições e
responsabilidades muito bem definidas. Assim, o PGR deve ter, entre outras, as
seguintes características:
- Conter informações detalhadas dos perigos inerentes às instalações e atividades
do empreendimento;

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.3. Programa de Gerenciamento de Riscos

Página 73
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Ser capaz de fornecer aos responsáveis pela sua implementação, os dados e as


informações necessárias para adoção das medidas para o controle e gerenciamento
do risco.
Como todo programa de grande porte a ser implementado num
empreendimento, o PGR deve ser dimensionado de forma a atender os seguintes
requisitos:
- Alcance gradativo dos objetivos propostos;
- Flexibilidade para se adaptar a alterações e imprevistos;
- Integração entre os programas ambientais do empreendimento para que as metas
e objetivos traçados possam ser alcançados. Assim, o sucesso no desenvolvimento
e na implantação de um PGR está intimamente ligado aos seguintes aspectos:
- Apoio;
- Documentação;
- Conscientização;
- Integração;
- Controle.
Independentemente dos aspectos relacionados com a prevenção de
acidentes, o PGR deve estar também devidamente integrado à política e estratégia
financeira e administrativa do empreendimento, uma vez que dos atividades de risco
podem ser identificados e quantificados os possíveis acidentes e seus respectivos
danos e perdas. Embora as ações previstas no PGR devam contemplar todas as
operações e equipamentos, o programa deve considerar os aspectos críticos que
por ventura possam surgir durante a implantação dos programas ambientais, de
forma que sejam priorizadas as ações de gerenciamento do risco, a partir de critérios
estabelecidos com base nos cenários acidentais de maior relevância.

5.3.3. JUSTIFICATIVA

Considerando que o risco é uma função da frequência de ocorrência dos


possíveis acidentes e dos danos (consequências) gerados por esses eventos
indesejados, a redução do risco numa instalação ou atividade perigosa pode ser

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.3. Programa de Gerenciamento de Riscos

Página 74
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

conseguida através da implementação de medidas, sobretudo físicas, que visem


reduzir as frequências de ocorrência dos acidentes, bem como as suas respectivas
consequências, anterior ao acontecimento do evento, conforme apresentado na
Figura 2.

Figura 2: Processo de Redução do Risco

5.3.4. OBJETIVOS

5.3.4.1. Objetivo Geral

O objetivo principal do PGR é a prevenção e mitigação de eventuais


ocorrências de acidentes maiores, sendo que cada elemento que tenha alguma
relação direta ou indireta com as atividades desenvolvidas na empresa, deve ser
gerenciado, seja este elemento um funcionário, um material ou um equipamento.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.3. Programa de Gerenciamento de Riscos

Página 75
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.3.5. PÚBLICO ALVO

Este Programa tem com público-alvo todos os trabalhadores, técnicos e


demais profissionais, das empresas contratadas, envolvidos nas atividades de
construção do empreendimento.

5.3.6. METODOLOGIA

Tipos de Análises de Risco


Os três tipos de estudo de risco são:
- Análise de Risco na Segurança (Processos e Instalações)
Tipicamente de baixa probabilidade, acidentes de alta consequência; agudo,
efeitos imediatos. Relação causa-efeito óbvia. O foco deve ser dado na segurança
do trabalhador e na prevenção de perdas, principalmente dentro dos limites do
ambiente de trabalho.
- Estudo de Risco sobre a Saúde
Tipicamente de alta probabilidade, baixa consequência, contínuos,
exposições crônicas; latência longa, efeitos retardados. As relações de causa e
efeito não são facilmente estabelecidas. O foco é dado para a saúde de seres
humanos, principalmente fora dos ambientes de trabalho.
- Estudo de Risco Ecológico
Uma complexidade de interações entre populações, comunidades e
ecossistemas (incluindo cadeia alimentar) ao nível micro e macro; grande incerteza
na relação causa-efeito. O foco é dado em impactos de habitats e ecossistemas que
podem se manifestar bem distantes das fontes geradoras do impacto.
Depois dos perigos serem definidos, o próximo passo é identificar a
população de receptores potenciais e os locais de exposição. A exposição ocorre
quando alguém toma contato com o perigo, ou seja, ocorrência em tempo e espaço
do perigo e o receptor. Concluímos assim, que o perigo só constitui um risco se
houver o contato entre eles e, consequentemente, na fase de caracterização do
risco, a natureza e a magnitude das consequências da exposição são formalizadas.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.3. Programa de Gerenciamento de Riscos

Página 76
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Na análise de perigo da segurança do trabalho, os efeitos finais são bem


definidos: fatalidades, danos e perdas econômicas. O impacto é imediato e
transparente; a causa-efeito está clara no seu relacionamento.

Quadro 4: Quadro Geral e Comparação dos Três Tipos de Análises de Risco

Estudo de Risco
Análise de Risco de Estudo de Risco à Saúde
Segurança Humana Ecológico
O processo passo a passo: O processo passo a passo: O processo passo a passo:

1.Identificação do Perigo 1. Análise dos Dados e 1.Formulação do Problema


Identificação do Perigo Flora e fauna existente,
a) Materiais, equipamentos, Quantidade e concentrações especialmente espécies
procedimentos. Por exemplo de agentes químicos, físicos ameaçadas de extinção;
localização e tamanho dos e biológicos no meio levantamentos terrestres e
inventários, materiais ambiente do local ou área em aquáticos; contaminantes e
combustíveis, reativos e estudo. geradores de “stress” na
tóxico agudo. área em estudo.
2. Estudos de Dose-
b) Início de eventos, por Resposta ou Toxicidade 2. Estudos de Exposição
exemplo, equipamentos com Relacionamento entre Caminhos, “habitats” ou
mal funcionamento, erro exposição e dose e efeitos populações receptoras,
humano, falhas de adversos sobre a saúde. especialmente em perigo
“containers”. ou ameaçadas de extinção;
3. Estudo de Exposição concentrações de
2. Estimativa de Caminhos e rotas, receptores exposição.
Probabilidade e Frequência potenciais incluindo
Por exemplo, probabilidade subgrupos sensíveis, taxas 3. Estudos de toxicidade e
de iniciar eventos e de exposição e tempo. efeitos ecológicos
acidentes (causas internas e Testes aquáticos, terrestres
externas). 4. Caracterização de Risco e microbiais, por exemplo,
Integração da toxicidade e estudos de campo de LC50
3. Análise de Consequência dados de exposição para (concentração letal para
Natureza e magnitude dos expressão qualitativa e 50% da população
efeitos adversos, por quantitativa de riscos sobre a exposta).
exemplo, fogos, explosões, saúde; análise de incertezas.
liberação repentina de 4. Caracterização do Risco
materiais tóxicos. Finalizações Típicas: Saúde e Ameaça
humana, por exemplo, risco Integração dos
4. Avaliação e Determinação de câncer individual e levantamentos de campo,
de Risco populacional, perigos de toxicidade e dados de
Integração de probabilidades doenças não cancerígenas. exposição para
e consequências para caracterização de riscos
estimativas quantitativas de Aplicações Típicas: ecológicos significativos,
riscos de segurança. - Contaminação de subsolo. relação causal e incertezas.
Finalizações Típicas: - Licenciamento ambiental
Fatalidades, danos e perdas - Aditivos de alimentos e Finalizações Típicas:
econômicas. remédios Impacto de habitats e
- Contaminação alimentícia ecossistemas, por exemplo,
Aplicações Típicas: por peixes e frutos do mar. abundância de populações,
Plano de Controle Ambiental (PCA)
5.3. Programa de Gerenciamento de Riscos

Página 77
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Estudo de Risco
Análise de Risco de Estudo de Risco à Saúde
Segurança Humana Ecológico
- Segurança de processos diversidade de espécies.
químicos e petroquímicos.
- Transporte de materiais Aplicações Típicas:
Perigosos - Estudos ambientais
- Sítios contaminados
- Segurança de processos - Seleção de locais para
ocupacionais industriais
- Estudos em mangues
- Gerenciamento de -Licenciamento/registros de
segurança e meio ambiente. pesticidas
- Controle da fabricação de
substâncias tóxicas,

O Estudo de Risco e o seu Gerenciamento


Em geral o estudo de risco se constitui nas seguintes fases:
1) Identificação das fontes de perigo
2) Estimativa da dose resposta
3) Estimativa da exposição
4) Caracterização do risco
As questões básicas relacionadas diretamente aos estudos de análise de
riscos podem ser apresentadas da seguinte forma:
1) O que pode dar errado e por quê?
2) Quanto provável seria?
3) Quanto negativo poderia ser?
4) O que pode ser feito sobre isto?
Estas quatro questões embasam toda a análise de riscos, incluindo a
identificação dos perigos, estimativa da possibilidade de ocorrência de eventos
causadores de acidentes, potenciais consequências de cada acidente e as
medidas/sistemas a serem adotados visando a redução ou eliminação dos riscos.
Para um melhor entendimento, apresenta-se abaixo algumas definições
básicas sobre o assunto.
- Perigo: situação (incêndio, explosão ou vazamento de substâncias tóxicas) que
ameaça a existência de uma pessoa ou a integridade física de instalações e
edificações. Alternativamente, pode também ser definida como sendo as condições
de uma variável com potencial para causar danos ou lesões.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.3. Programa de Gerenciamento de Riscos

Página 78
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Risco: possibilidade de ocorrência de um perigo.


- Análise de Riscos: identificação e avaliação de elementos e/ou situações que
possam causar eventos potencialmente perigosos.
- Avaliação de Riscos: utilização de metodologias de caráter experimental e/ou
matemático para a determinação dos valores dos riscos provocados por uma
instalação ou atividade industrial à população exposta.

Capacitação de recursos humanos


Certamente os erros do homem contribuem de forma significativa para a
ocorrência de acidentes. Um importante fator para a redução dos erros humanos
numa obra é assegurar que as interfaces entre os operadores e os equipamentos
sejam compatíveis entre si. Essa compatibilidade nem sempre é fácil de ser definida,
mas, frequentemente, é um fator contribuinte para induzir a um erro. Assim, os erros
do homem nesse processo podem ser caracterizados das seguintes formas:
- ausência de ação;
- ação tardia;
- ação errada;
- combinações das ações anteriores.
Dessa forma, um PGR deve contemplar ações específicas para o
gerenciamento e redução dos erros humanos numa instalação ou atividade
perigosa, com vista a prevenir a ocorrência de acidentes. Essas ações devem incluir:
- manuais para a prevenção de erros humanos;
- planos de gerenciamento de operações e de tomadas de decisão;
- auditorias específicas voltadas para a identificação e avaliação de erros
operacionais;
- ações de controle das interfaces homem-máquina;
- sistemas de comunicação.
Muitos acidentes na indústria estão associados à deficiência de treinamento.
Algumas vezes isto ocorre porque os procedimentos operacionais não foram
atualizados ou repassados aos operadores; entretanto, na grande maioria das
vezes, o treinamento dos operadores fica restrito à prática de campo. Embora o
acúmulo de experiência seja um importante elemento de treinamento, há a
necessidade de haver um equilíbrio entre teoria e prática. O treinamento restrito ao

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.3. Programa de Gerenciamento de Riscos

Página 79
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

“treinamento durante o trabalho” pode resultar na utilização de técnicas operacionais


de má qualidade ou no uso de “atalhos impróprios” na execução de determinadas
tarefas.
Um treinamento adequado de um operador de uma planta industrial deve
contemplar informações sobre as principais características físico-químicas e
toxicológicas das substâncias envolvidas; a definição da filosofia do projeto e as
razões pelas quais um determinado equipamento deve ser operado de forma
específica. Sem este conhecimento, que certamente é melhor adquirido em salas de
aula, o operador não conseguirá aprender a enfrentar e resolver problemas com
facilidade e de forma adequada, tornando-se, consequentemente, mais dependente
dos instrumentos de controle do processo e sistemas de segurança para prevenir ou
corrigir ocorrências anormais.
A reciclagem de treinamento é outra prática muito pouco presente na maioria
das empresas. Este tipo de treinamento é importante não só para a revisão de
conceitos muitas vezes já esquecidos, mas também para a atualização dos
conhecimentos e práticas adequadas de trabalho.
De maneira geral, um programa de treinamento para operadores em
atividades perigosas deve contemplar os seguintes aspectos:
- requisitos básicos de formação profissional para as diferentes funções;
- procedimentos operacionais, de segurança e de manutenção específicos;
- formas de avaliação dos conhecimentos;
- acompanhamento do desempenho na execução de tarefas.

Revisão da análise de risco


Os dados e as informações que norteiam um PGR advêm dos estudos de
análise de risco. Porém, ao longo do tempo, esses estudos devem ser revisados e
atualizados, uma vez que os processos, materiais e equipamentos, ou mesmo a
vizinhança ao redor da instalação, têm suas características alteradas.
Assim, periodicamente, ou sempre que julgado necessário, os estudos de
análise de risco devem ser revistos para propiciar os subsídios necessários para a
atualização e o aperfeiçoamento do PGR e do Plano de Segurança/Emergência.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.3. Programa de Gerenciamento de Riscos

Página 80
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Investigação de acidentes
Os acidentes maiores, ou mesmo ocorrências anormais sem maiores
consequências, devem ser investigados, para que as ações corretivas possam ser
implementadas, além das conclusões do processo de investigação servirem de base
para a prevenção de eventos futuros.
É desejável que seja mantido sistemas de registro de ocorrências, onde as
informações relativas a esses casos fiquem armazenadas, de forma que ao longo do
tempo dados estatísticos das causas dos acidentes, ações corretivas adotadas e
alterações de projetos ou de procedimentos operacionais subsidiem ações e
projetos futuros.
As ações implementadas devem ser amplamente divulgadas para todos os
funcionários envolvidos na obra, de modo que as medidas adotadas possam
efetivamente surtir os efeitos preventivos desejados.

5.3.7. METAS

Este programa tem como meta evitar e controlar acidentes, aplicando as


Normas Regulamentadoras. E em caso de acidentes de riscos, dotar de técnicas
emergenciais seguras, rápidas e corretivas para que tenham o maior sucesso
possível em casos de riscos.

5.3.8. ATIVIDADES/AÇÕES/AVALIAÇÃO

Auditorias
Como todo programa considerado fiscalizador e ditador de medidas
preventivas, o PGR também requer um sistema de auditoria como forma de
acompanhamento e verificação da sua implementação, e o percentual de
emergências/acidentes controlados sujeitos à avaliação da eficácia do programa,
considerando os aspectos citados na metodologia.

Relatórios
Deverão ser elaborados Relatórios de Não Conformidades, acidentes e
incidentes, para a elaboração de indicadores, que serão vinculados a elaboração de
Plano de Controle Ambiental (PCA)
5.3. Programa de Gerenciamento de Riscos

Página 81
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

relatórios e que posteriormente devem gerar medidas preventivas e/ou corretivas de


acompanhamento e monitoramento deste programa com periodicidade bimestral.

5.3.9. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

ABNT NBR ISSO 31000:2009

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.3. Programa de Gerenciamento de Riscos

Página 82
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.3.10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO
MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Mobilização e Instalação do Canteiro
2.1 SAETOWERS . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS


25% 25% 25% 25%
3.1 Capacitação e treinamento da equipe NOVO NORTE
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
Análise de Riscos (segurança, saúde humana,
3.2 NOVO NORTE
ecológico)
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
3.3 Gerenciamento de Riscos NOVO NORTE
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
3.4 Revisão da Análise de Riscos NOVO NORTE
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
3.5 Investigação de acidentes NOVO NORTE
12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5%
3.6 Emissão de Relatórios NOVO NORTE

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.3. Programa de Gerenciamento de Riscos

Página 83
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.3.11. BIBLIOGRAFIA

BARALDI, Paulo. Gerenciamento de riscos empresariais: a gestão de


oportunidades, a avaliação de riscos e a criação de controles internos nas
decisões empresariais. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

BRASILIANO, Antônio Celso Ribeiro. Manual de planejamento: gestão de riscos


corporativos. São Paulo: Sicurezza, 2003. BRITO, Osias Santana. Gestão de
riscos: uma abordagem orientada a riscos operacionais. São Paulo: Savaiva, 2007.

SALLES JÚNIOR, Carlos Alberto Corrêa; et al. Gerenciamento de riscos em


projetos. Rio de Janeiro: Editora FGV, 20

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.3. Programa de Gerenciamento de Risco
Página 84
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.4. PLANO DE
SEGURANÇA/EMERGÊNCIA

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.4. Plano de Segurança/Emergência
Página 85
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.4.1. APRESENTAÇÃO

A finalidade deste Plano de Segurança/Emergência (PSE) é fornecer um


conjunto de diretrizes, dados e informações que propiciem as condições necessárias
para a adoção de procedimentos lógicos, técnicos e administrativos, estruturados
para serem desencadeados rapidamente em situações de emergência, para a
minimização de impactos à população e meio ambiente, na fase de obras da LT 230
kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério.

5.4.2 PLANO DE SEGURANÇA/EMERGÊNCIA

A preocupação com a segurança e saúde do trabalhador permeia mais que


o próprio indivíduo, é um valor intrínseco e indispensável ao processo de construção
como um todo. A empresa enquanto responsável pelo trabalhador tem por obrigação
oferecer condições para que este possa usufruir de uma boa qualidade de vida, ter
aproveitamento potencial em sua função, além de ter respeitado, os direitos
humanos.
A incorporação das boas práticas de segurança no trabalho no âmbito das
empresas contribui para a proteção contra os riscos presentes no ambiente de
trabalho, prevenindo e reduzindo acidentes e diminuindo consideravelmente os
custos.
Por isso, deve-se estabelecer a necessidade de pessoal, equipamentos e
materiais capazes de atender a situações de emergência, assim como cumprir as
rotinas exigidas pela Legislação do Trabalho no Brasil.
Os principais aspectos relacionados são as condições meteorológicas
adversas, os campos eletromagnéticos, a queda de estruturas e o trânsito de
máquinas, equipamentos e veículos, também cuidados especiais serão observados à
eventuais impactos à LT em função de vendavais, rajadas de vento ou fenômenos
semelhantes.
A estratégia do plano orienta-se por exigir da empresa construtora os serviços
necessários na área da segurança e saúde, assim como fiscalizar e avaliar,
continuamente, a execução desses serviços.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.4. Plano de Segurança/Emergência
Página 86
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.4.3 JUSTIFICATIVA

O PSE deve definir claramente as atribuições e as responsabilidade dos


envolvidos, prevendo também os recursos humanos e materiais compatíveis com os
possíveis acidentes a serem atendidos. Além dos procedimentos de acionamento e
das rotinas de combate às emergências de acordo com a tipologia dos cenários
acidentais estudados.

5.4.4 OBJETIVOS

5.4.4.1 Objetivos Gerais

- Promover as condições de preservação da saúde e segurança de todos os


empregados e colaboradores da obra;
- Conscientizar os funcionários da importância das recomendações propostas pelo
plano e da responsabilidade de cada um;
- Zelar pela segurança individual e pela segurança de todos os envolvidos na
obra;
- Atender às situações de emergência;
- Ampliar o conhecimento dos trabalhadores vinculados às obras, esclarecendo-os
sobre a prevenção de acidentes.

5.4.4.2 Objetivos Específicos

- Prevenção e primeiros socorros em caso de acidentes, bem como o pronto


atendimento às situações de emergência;
- Uso de equipamentos de proteção individual e coletiva - EPI’s e EPC’s, na
prevenção de acidentes;
- Atividades educativas e preventivas em relação a acidentes com animais
peçonhentos, bem como a implantação de uma estrutura de apoio para atuar em
situações de ocorrência de acidentes com animais peçonhentos;
- Assistência pela equipe de saúde contratada pela empresa em caso de acidentes;
- Campanhas de vacinação para os funcionários;

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5.4. Plano de Segurança/Emergência
Página 87
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Estruturação dos serviços de Segurança e Saúde, atendendo às rotinas de


prevenção e controle e casos emergenciais;
- Adoção de procedimentos rápidos e eficientes no atendimento a emergências;
- Promover o uso correto de equipamentos e ferramentas.

5.4.5. PÚBLICO ALVO

Este Programa tem com público-alvo todos os trabalhadores, técnicos e


demais profissionais, das empresas contratadas, envolvidos nas atividades de
construção do empreendimento.

5.4.6. METODOLOGIA

Ações
Para contemplar a Segurança do Trabalho nos ambientes do
empreendimento, é sugerido que sejam adotadas as medidas expostas abaixo:
- Fazer uma Análise de Risco da atividade executada pelo trabalhador, através da
identificação de riscos potenciais de acidentes físicos e materiais;
- Oferecer treinamento para correta execução de cada etapa do trabalho com
segurança, bem como manejo adequado das máquinas e ferramentas;
- Oferecer Equipamentos de Proteção Individual e promover o uso correto;
- Realizar inspeções de campo para vistoria em equipamentos e instalações;
- Sinalizar materiais (Pesados, difícil manejo, cortante, quente, corrosivo, tóxico,
inflamável, perfurante...) e a obra (Pisos e passagens irregulares, obstruídas,
escorregadias, com saliência ou buracos...) a fim de instruir os trabalhadores;
- Elaborar relatórios mensais com as ocorrências de eventuais acidentes, bem como
dispor medidas para evitar reincidência;
- Condições sanitárias de conforto e segurança das instalações do Canteiro de Obras
e nos pontos de apoio, no que diz respeito a refeitórios, sanitários,
abastecimento de água potável, destinação e tratamento de efluentes e resíduos
sólidos;
- Instalação de consultório e enfermaria para pronto atendimento na obra para
atendimentos emergenciais;

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5.4. Plano de Segurança/Emergência
Página 88
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Transporte de emergência através de ambulância, a qual permanecerá na obra


durante todo o período de construção.

Controle de Situação de Emergência

- Incêndio/Explosão não Programada


Emergência: Ocorrência de incêndio na faixa de servidão ou em estruturas de apoio
no canteiro de obras.
Disposição:
- Ao verificar-se uma situação de emergência acima citada, os setores de meio
ambiente ou segurança do trabalho deverão imediatamente ser acionados, via rádio
transceptor ou telefone;
- O técnico de segurança do trabalho e os membros da brigada se dirigirão ao local
do incêndio e iniciarão as primeiras medidas a serem tomadas para o combate ao
fogo e evacuações, se for necessário;
- O responsável deverá providenciar a evacuação do local e isolamento da área;

- Deslizamentos/Desmoronamentos
Emergência: Desmoronamentos em taludes causados pela ação da água (infiltração
de água da chuva, percolação da água através do solo ou rocha, ausência de
drenagem, dentre outras) ou pela alteração da geometria do talude (aumento da
altura ou inclinação, corte na base, aterro no topo do talude).
Disposição:
- Ao serem constatados indícios de instalação ou desmoronamento, o supervisor
ambiental, deve imediatamente vistoriar o local para identificar a causa provável do
evento e as medidas possíveis de estabilização. No caso de haver perigo de novos
desmoronamentos no mesmo local afetado, este deve ser interditado e medidas de
estabilização devem ser imediatamente iniciadas;
- Deverá ser realizada a limpeza do material do desmoronamento, de forma a
possibilitar o acesso de pessoal e equipamento;
- Deverá ser adicionado material (solo e/ou blocos de rocha) na base do talude,
formando uma berma de estabilização, se for o caso;

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.4. Plano de Segurança/Emergência
Página 89
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Remoção de material no topo do talude e/ou suavização do talude, caso seja


possível;
- Após passar o perigo iminente de novos deslizamentos ou desmoronamentos,
outras medidas de estabilização devem ser consideradas, dependendo da dimensão
do evento;
- Dar início a trabalhos para evitar nova ocorrência ou agravamento da situação,
através de: impermeabilização do topo ou face do talude, com concreto, asfalto ou
vegetação e canaletas de drenagem, de modo a minimizar a infiltração de água no
material do talude, bem como drenagem interna através de drenos sub-horizontais,
colchões drenantes ou drenos de pé, de modo a minimizar as pressões de água
(poropressões) e implantação de vegetação adequada para estabilização.

- Acidentes com Colaboradores


Emergência: Acidentes do trabalho com lesão, caracterizada como “sem
asfaltamento” ou “com asfaltamento”.
Disposição:
- O encarregado da frente de serviço ou o técnico de segurança deverá entrar em
contato com o ambulatório médico e com o Setor de Segurança do Trabalho,
informando o acidente, o local da ocorrência, sua identificação pessoal e o código de
Potencial de Gravidade;
- O ambulatório médico de imediato enviará a ambulância ao local do acidente (se
for o caso) e prestará os primeiros socorros de acordo com o tipo de gravidade da
lesão e número de acidentados, tomando as seguintes providências: imobilizando e
transportando o acidentado para o ambulatório médico do canteiro de obra e
prestando atendimento de primeiros socorros com os recursos do ambulatório;
- Dependendo da gravidade da lesão, o acidentado será removido para o hospital do
município mais próximo, onde a equipe médica do hospital avaliará a gravidade do
acidente, decidindo pela internação no próprio hospital ou transferido para outro
hospital de maior porte, se for o caso;
- A Segurança do Trabalho convocará uma comissão para investigação do acidente
e elaborará relatório técnico, no intuito de investigar as causas e propor medidas
preventivas para que situações semelhantes não voltem a se repetir.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.4. Plano de Segurança/Emergência
Página 90
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Vendaval / Chuva Torrencial


Emergência: Ocorrência de vendaval e chuvas torrenciais, provocando acidentes na
faixa de servidão, falta de energia e destelhamento e danos nas estruturas do
canteiro de obras.
Disposição:
- No caso de falta e energia no canteiro de obras, seja pro problema interno ou
externo, os pontos essenciais que não podem ficar sem energia terão geradores
elétricos instalados e dimensionados para as atividades necessárias;
- Quando o canteiro de obras ficar sem comunicação externa via telefone fixo, a
comunicação da emergência deverá ser feita através do sistema de comunicação
independente, via rádio ou celular.

- Tombamento de Torre
Emergência: Ocorrência de Tombamento de torre provocando acidentes na faixa de
servidão, falta de energia.
Disposição:
- Ao verificar-se uma situação de emergência acima citada, o setor de segurança do
trabalho deverá imediatamente ser acionados, via rádio transceptor ou telefone;
- Os responsáveis da área afetada, com o apoio da brigada de emergência, devem
providenciar a evacuação do local e isolamento da área;
- Se houver vítimas, o ambulatório médico de imediato enviará a ambulância ao local
do acidente e os membros da área de segurança do trabalho que for acionado por
tais situações deverá tentar dar os primeiros socorros básicos e acionar de imediato
o ambulatório médico, informando o acidente, o local da ocorrência, sua identificação
pessoal e a gravidade do mesmo;
- A Segurança do Trabalho convocará uma comissão para investigação do acidente
e elaborará relatório técnico, no intuito de investigar as causas e propor medidas
preventivas para que situações semelhantes não voltem a se repetir.

- Afogamento
Emergência: Ocorrência inesperada por capotamento de máquinas, equipamentos
ou veículos próximo a áreas de rios e áreas alagadiças.
Disposição:

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.4. Plano de Segurança/Emergência
Página 91
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- O encarregado/supervisor que for acionado por tais situações deverá tentar dar os
primeiros socorros básicos e acionar de imediato o ambulatório médico e o setor de
Segurança do Trabalho, informando o acidente, o local da ocorrência, sua
identificação pessoal e a gravidade do mesmo;
- O ambulatório médico de imediato enviará a ambulância ao local do acidente (se
for o caso) e prestará os primeiros socorros de acordo com o tipo de gravidade da
lesão e número de acidentados, tomando as seguintes providências: imobilizando e
transportando o acidentado para o ambulatório médico do canteiro e prestando
atendimento de primeiros socorros com os recursos do ambulatório;
- Dependendo da gravidade da lesão, o acidentado deverá ser encaminhado para o
hospital mais próximo, onde a equipe médica do hospital avaliará a gravidade do
acidente, decidindo pela internação no próprio hospital ou transferência para outro
de maior porte;
- A Segurança do Trabalho convocará uma comissão para investigação do acidente
e elaborará relatório técnico, no intuito de investigar as causas e propor medidas
preventivas para que situações semelhantes não voltem a se repetir.

- Demais Emergências
Para cada atividade da obra, existirá uma Análise Preliminar de Risco, que é
uma ferramenta de análise de todas as etapas de um trabalho a serem realizados ou
em desenvolvimento. Caso necessário, a mesma conterá um item descrito como
“emergência” e nele estarão descritos as passos para os devidos atendimentos nos
casos de emergência.
Para cada Análise Preliminar de Risco desenvolvida ou revisada, será feito o
treinamento para todos os profissionais envolvidos.

Medidas Preventivas
Deverá ser estruturada a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
(CIPA), segundo a NR-5, com empregados da empresa construtora, a qual se
reunirá periodicamente e deverá elaborar o Mapa de Riscos Ambientais, e definir os
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), segundo a NR-6, a serem utilizados
pelos diferentes setores das obras, cuidando para que sejam utilizados e mantidos
estoques de reposição.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.4. Plano de Segurança/Emergência
Página 92
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Alguns Equipamentos de Proteção (Figura 3), serão obrigatórios e outros


eventuais, são eles:
- EPI obrigatório: camisa de algodão com manga comprida, calça jeans, bota de
segurança, capacete, óculos de segurança e luva impermeável.
- EPI eventuais: máscara respiratória, protetor auricular, bota de borracha, macacão
impermeável, protetor facial, cinto de segurança e outros necessários ao combate à
emergência.

Figura 3: Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

Deve-se compor o quadro da equipe de segurança (engenheiros, técnicos,


médicos e enfermeiros especializados), de acordo com o número de funcionários de
cada empreiteira, conforme determinações estabelecidas na NR-4.
Deve ser elaborado um Plano de Contingência para Emergências Médicas e
Primeiros Socorros, incluindo a implementação de convênios com os serviços
hospitalares das cidades mais próximas às obras, garantindo o pronto atendimento
de casos emergenciais, quando a remoção vier a ser necessária.
A meta do plano é, portanto, a estruturação dos serviços de Segurança
Industrial e Saúde, atendendo às rotinas de prevenção e controle e casos
emergenciais.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.4. Plano de Segurança/Emergência
Página 93
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.4.7 METAS

Este plano tem como meta evitar emergências e acidentes de forma segura,
aplicando as Normas Regulamentadoras. E em caso de acidentes e emergências
ambientais, dotar de técnicas emergenciais seguras e rápidas para que tenham o
maior sucesso possível em casos de acidentes.

5.4.8 ATIVIDADES/AÇÕES

Para minimizar os riscos de situações de emergências contidas neste plano,


devem garantir que as seguintes providências sejam continuamente realizadas:
- Realizar periodicamente inspeção nos equipamentos em uso de obra, através de
um plano de manutenção preventiva;
- Permitir que somente pessoas qualificadas e autorizadas operem máquinas e
equipamentos;
- Promover treinamentos para o pessoal envolvido na obra;
- Adotar rotina de inspeção e monitoramento da obra;
- Manter as placas, as faixas e os avisos de segurança. Saúde e meio ambiente da
obra em perfeitas condições;
- Comandar a evacuação a obra após análise da situação;
- Todo acidente/incidente envolvendo pessoas, equipamentos e danos ambientais
deverão ser investigados a fim de apurarem as causas e recomendar medidas que
previnam ocorrências semelhantes futuramente. As ocorrências serão registradas
em formulários apropriados.

5.4.9 AVALIAÇÃO

- Quantidade de trabalhadores treinados para a realização das atividades.


- Percentual de emergências controladas sujeitas à avaliação da eficácia do Plano,
considerando os aspectos de extensão dos danos, adequação de procedimentos,
tempo de resposta e eficiência dos envolvidos.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.4. Plano de Segurança/Emergência
Página 94
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Relatórios: Deverão ser elaborados relatórios de não conformidades, acidentes e


incidentes, CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho), análise de acidentes,
relatórios médicos e registro de queixas e reclamações, para a elaboração de
indicadores, que serão vinculados a elaboração de relatórios e que posteriormente
devem gerar medidas preventivas ou corretivas de acompanhamento e
monitoramento deste plano com periodicidade bimestral.

5.4.10 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Portaria 3214 do Ministério do Trabalho: Aprova as Normas Regulamentadoras -


NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a
Segurança e Medicina do Trabalho.
NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho
NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA
NR 6 - Equipamentos de Proteção Individual – EPIs
NR 7 - Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO
NR-12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
Nota Técnica NT 001/2003 aprovada através da Resolução n° 3138/2003 –
Conselho Estadual do Meio Ambiente CEPRAM, que dispões sobre emergências
ambientais no Estado da Bahia.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.4. Plano de Segurança/Emergência
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.4.11. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Mobilização e Instalação do Canteiro
2.1 SAETOWERS . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 PLANO DE SEGURANÇA/EMERGÊNCIA
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
Análise de risco das atividades executadas
3.1 NOVO NORTE
pelos trabalhadores
Treinamento para os funcionários da obra 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%

3.2 sobre a utilização correta de máquinas e NOVO NORTE


ferramentas
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
Treinamento para os trabalhadores sobre
3.3 NOVO NORTE
controle em situações de emergência
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
3.4 Inspeção e monitoramento periódico da obra NOVO NORTE

7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
Adoção de medidas preventivas que visem a
3.5 NOVO NORTE
segurança do trabalhador
14,3% 14,3% 14,3% 14,3% 14,3% 14,3% 14,3%
3.6 Emissão de relatórios NOVO NORTE

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.4. Plano de Segurança/Emergência
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.4.12. BIBLIOGRAFIA

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que foram citadas


neste texto.

NBR 14.276/99.
Portaria Ministerial (MTb) 3.214/78 – NR-23

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.4. Plano de Segurança/Emergência
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5.5. PLANO DE GERENCIAMENTO DE


RESÍDUOS SÓLIDOS

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.5.1 APRESENTAÇÃO

Este Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - contém as diretrizes e


as técnicas básicas recomendadas para serem empregadas durante a construção e
montagem da Linha de Transmissão, visando minimizar e/ou evitar os impactos
ambientais, e promover ações de fiscalização.

5.5.1.1 Identificação do Gerador

- Razão Social: SAE Towers Brasil Torres de Transmissão Ltda


- CNPJ: 07. 758.028/0001-31
- Nome Fantasia: SAE Towers
- Endereço: Moacyr Gonçalves Costa, 15, Bairro Distrito Industrial Pielmont Sul
- Município e Estado: Betim, Minas Gerais
- Área total do Empreendimento: 400.000 m²
- Número de empregados próprios e terceirados: 200 próprios e 60 terceirizados
- Responsável pelo plano: Marcela Marques – CRBio 71861/RS-08
- Responsável legal da empresa: Vagner Facin de Araújo – CREA 63506/D-SP e
Marcelo Duarte dos Santos CREA 51663/D-MG
- Descrição da atividade: Fabricação e venda de estruturas metálicas para edifícios,
pontes, torres de transmissão, andaimes e outros fins; incluindo tratamento e
proteção das estruturas; transformação e aplicação de energia elétrica; administração
de obras objetivo parcial.

5.5.2. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),


resíduos sólidos são aqueles no estado sólido e semissólido, que resultam de
atividade da comunidade, de origem: industrial, doméstica, de serviços de saúde,
comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nessa definição os
lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em
equipamentos e instalações de controle da poluição, assim como determinados
líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento em corpos d’água

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Página 99
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

ou rede de esgoto ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente


inviáveis, em face à melhor tecnologia disponível.
Este Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos consiste num
instrumento que visa primordialmente à adequação do projeto e da implantação do
empreendimento em sintonia com a política ambiental. As conclusões e
recomendações obtidas possibilitam uma utilização compatível com a área
estudada, tendo em vista manter sua qualidade ambiental e do seu entorno
imediato. Ressaltando ações corretivas e preventivas com iniciativas destacadas de
proteção ambiental, descrevendo os cenários e valorizando a gestão dos resíduos
sólidos da construção civil, permitindo a adoção de medidas equilibradas, possíveis
de serem implementadas.
Os resíduos sólidos produzidos pelo empreendedor, como resíduos
orgânicos, papel e plástico serão destinados para o aterro sanitário localizado à 6 km
da cidade de São Desidério, coordenadas UTM 23L 498008.45 E/ 8627542.25 S. Já
Os resíduos enquadrados como perigosos e hospitalares, serão transportados pelas
empresas Divisa e Nova Loca Ltda, sendo de responsabilidade da mesma (Figura
4).

Figura 4: Aterro sanitário de São Desidério

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Página 100
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.5.2.1 Diretrizes do PGRS: Redução na Fonte Geradora

São estas as diretrizes a serem alcançadas.


Reduzir os desperdícios e o volume de resíduos gerados, através de:
- Otimização do projeto arquitetônico e seus elementos construtivos, com o
cronograma físico da obra proposto;
- Cuidado no manejo da matéria prima, no canteiro de obra,
- Controle e acondicionamento correto dos materiais necessários para atender o
plano de gerenciamento;
- Capacitar todos os envolvidos, por meio de treinamento geral no canteiro de obra
para conhecimento dos materiais, segregação, reaproveitamento, destinação para o
recipiente apropriado, de forma a desenvolver a cultura do desenvolvimento
ambiental;
- Selecionar os resíduos por classes e tipos,
- Quando viável, reutilizar os materiais que não requisitem de transformações,
- Identificar o transportador,
- Conhecer volume de resíduos gerados,
- Conhecer por tipo e classe os resíduos gerados,
- Dar destinação adequada aos resíduos gerados,
- Proteger o meio ambiente.

Como vantagem deste gerenciamento, obtém-se:


- Diminuição da quantidade de recursos naturais e energia a serem gastos,
- Diminuição dos custos de produção,
- Aquisição do material certo com colocação adequada dentro do canteiro de obra,
- Precaução quanto à emissão de resíduos poluentes,
- Diminuição da poluição do meio ambiente,
- Identificação dos materiais de fácil monitoramento,
- Destino final de resíduos adequado,
- Desenvolver plano de educação ambiental junto aos profissionais e aos
colaboradores da obra.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Página 101
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.5.3. JUSTIFICATIVA

O problema do tratamento e destinação final do lixo merece destaque, pois o


manejo inadequado de resíduos sólidos gera desperdícios, contribui de forma
importante à manutenção das desigualdades sociais, constitui ameaça constante à
saúde pública e agrava a degradação ambiental, comprometendo assim a qualidade
de vida da população.
O manejo dos resíduos sólidos depende de vários fatores, dentre os quais
devem ser ressaltados: sua forma de geração, acondicionamento na fonte geradora,
coleta, transporte, recuperação e disposição final.
Grande parte dos resíduos provenientes das atividades de construção de
Linhas de Transmissão por suas próprias características apresentam pequenos
riscos à saúde humana e ao meio ambiente, mas que exigem cuidados especiais
quanto ao seu tratamento. Os resíduos gerados devem atender às exigências legais,
instruções ambientais e normas de segurança em relação ao seu manuseio, coleta,
acondicionamento, armazenamento, transporte, disposição final e controle, de
acordo com sua natureza, grau de risco, origem, volume e características técnicas,
constantes na legislação ambiental vigente e nas Normas Regulamentadoras do
Ministério do Trabalho, em especial na NR-25 (Resíduos Industriais).

5.5.4. OBJETIVOS

5.5.4.1 Objetivo Geral

O objetivo principal deste plano, é evitar impactos ambientais relacionados a


resíduos e sólidos da LT, devido à falta de controle que podem ser gerados com as
obras de implantação nas áreas da LT.

5.5.4.1 Objetivos Específicos

- Quantificar e qualificar os resíduos gerados na obra;


- Buscar minimizar a geração de resíduos na fonte;
- Adequar a segregação na origem;

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Controlar e reduzir risco;


- Assegurar o correto manuseio, armazenamento e disposição destes resíduos;
- Conscientizar os colaboradores da importância da uma correta disposição dos
resíduos e os impactos destes sobre o meio ambiente;
- Estar em conformidade com a legislação vigente.

5.5.5. PÚBLICO ALVO

O presente Plano tem como público alvo, de forma direta, o empreendedor


e os trabalhadores da obra; e de forma indireta, os proprietários da área de
influência.

5.5.6. METODOLOGIA

Classificação dos Resíduos Sólidos


Triagem e Acondicionamento
A triagem dos resíduos será feita preferencialmente nos locais de geração,
dentro do canteiro de obras, e de acordo com as etapas de execução e tipos de
resíduos gerados, visando segregação do material que será transportado até as
áreas de acondicionamento temporário para posterior remoção do canteiro de obra.
Serão observados aspectos relacionados com os fluxos de materiais e
resíduos dentro do canteiro, com adequada sinalização dos locais de circulação e
acondicionamento dos resíduos. Questões relacionadas à saúde e segurança dos
trabalhadores também serão consideradas.

Classificação (Resoluções CONAMA)


De acordo com a Resolução CONAMA – Conselho Nacional de Meio
Ambiente n° 307, de 05 de Julho de 2002, que dispõe sobre gestão dos resíduos da
construção civil, estabelecendo diretrizes, critérios e procedimentos para gestão dos
resíduos da construção civil:

I - CLASSE A
São os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados:

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
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- Da construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e outras obras de


infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplenagem;
- Da construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes
cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimentos, etc..), argamassa e
concreto;
- Do processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto
(blocos, tubos, meios-fios, etc..) produzidos no canteiro de obras;

II – CLASSE B
São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos,
papel e papelão, metais, vidros, madeiras e outros;

III – CLASSE C
São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou
aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem em
recuperação, como os produtos oriundos do gesso.

IV – CLASSE D
São os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como:
tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições,
reformas e reparos em clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.

Classificação (Fonte NBR 10.004/96)


Quanto às características físicas
Seco
Papéis, plásticos, metais, couros tratados, tecidos, vidros, madeiras,
guardanapos e tolhas de papel, pontas de cigarro, isopor, lâmpadas, parafina,
cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças.

Inorgânico
Composto por produtos manufaturados como plásticos, vidros,
borrachas, tecidos, metais (alumínio, ferro, etc.), tecidos, isopor, lâmpadas,
velas, parafina, cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças, etc.
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5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
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Composição gravimétrica
Traduz o percentual de cada componente em relação ao peso total do
lixo.

Peso específico
É o peso dos resíduos em função do volume ocupado, expresso em
kg/m³. Sua determinação é fundamental para o dimensionamento de
equipamentos e instalações.

Teor de umidade
Esta característica tem influência nos processos de tratamento e
destinação do lixo. Varia muito em função das estações do ano e da
incidência de chuvas.

Compressibilidade
O grau de compactação indica a redução de volume que uma massa
de lixo pode sofrer, quando submetida a uma pressão determinada. A
compressibilidade do lixo situa-se entre 1:3 e 1:4 para uma pressão
equivalente a 4 kg/cm2. Tais valores são utilizados para dimensionamento de
equipamentos compactadores.

Padrão de Cores de Identificação e Separação dos Resíduos Sólidos


(Fundamentada pela Resolução CONAMA, N° 275, de 25 de Abril de 2001)

AZUL: Papel e Papelão


VERMELHO: Plástico
VERDE: Vidro
AMARELO: Metal
PRETO: Madeira
LARANJA: Resíduos Perigosos
BRANCO: Resíduos Ambulatoriais e de Serviço de Saúde
ROXO: Resíduos Radioativos
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5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
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MARROM: Resíduos Orgânicos


CINZA: Resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de
separação.

Figura 5: Cores da Coleta Seletiva

Quadro 5: Previsão da Composição dos Resíduos

Origem Materiais Grupo


Papelão, papel, madeira, plásticos, vidro, cerâmica, metais,
tecidos, areia, pó, restos de materiais elétricos, produtos de D
Construção de
higiene pessoal e produtos de limpeza.
edificações e
Embalagens e restos de tintas, vernizes, solventes e
instalações
defensivos domésticos, serragem, estopas, escovas e B
pincéis contaminados. Lâmpadas fluorescentes.
Papelão, papel, plásticos, vidro, metais, tecidos e produtos
de higiene pessoal, todos potencialmente contaminados por A
Ambulatórios e
fluidos orgânicos.
farmácias
Papelão, papel, plásticos, vidro, metais, produtos
B
quimioterápicos e bioterápicos.
Papelão, papel, plásticos, vidro, metais, tecidos, todos
A
potencialmente contaminados por fluidos orgânicos.
Instalações
Papelão, papel, plásticos, vidro, metais, produtos de higiene
sanitárias
pessoal, produtos de limpeza, cosméticos, produtos B
quimioterápicos e bioterápicos.
Cozinhas, Papelão, papel, plásticos, vidro, metais, tecidos, produtos
D
restaurantes, de higiene pessoal, produtos de limpeza, restos de insumos

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5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
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Origem Materiais Grupo


lanchonetes e alimentares e restos de alimentos.
bares
Papelão, papel, plásticos, vidro, metais, tecidos, areia, pó,
restos de instrumentos de limpeza, produtos de higiene D
pessoal e produtos de limpeza,
Limpeza geral
Embalagens e restos de ceras e solventes sintéticos ou
derivados de petróleo. Pilhas e baterias de aparelhos B
eletrônicos e telefones móveis.
Papelão, papel, madeira, plásticos, vidro, cerâmica, metais,
tecidos, areia, pó, restos de instrumentos de manutenção,
D
restos de materiais elétricos, produtos de higiene pessoal e
Manutenção de
produtos de limpeza.
edificações
Embalagens e restos de tintas, vernizes, solventes e
defensivos domésticos, serragem, estopas, escovas e B
pincéis contaminados. Lâmpadas fluorescentes.
Papelão, papel, madeira, plásticos, vidro, cerâmica, metais,
tecidos, areia, pó, restos de instrumentos de manutenção,
restos de materiais mecânicos, hidráulicos, elétricos e D
Manutenção de eletrônicos, filtros de ar, produtos de higiene pessoal e
instalações e produtos de limpeza.
equipamentos Embalagens e restos de lubrificantes e solventes, filtros de
lubrificantes, serragem, estopas, escovas e pincéis
B
contaminados. Pilhas e baterias de equipamentos
eletroeletrônicos.
Papelão, papel, madeira, plásticos, vidro, cerâmica, metais,
Manutenção e D
tecidos, pedras, areia, pó, restos de instrumentos de
limpeza de rede
manutenção, restos vegetais.
viária, pátios,
Embalagens e restos de defensivos agrícolas,
passeios, jardins e
lubrificantes e solventes, filtros de lubrificantes, B
arvoredos
serragem, estopas, escovas e pincéis contaminados.
Tratamento de Lodos contendo argilas, matéria orgânica, hidróxido de
água, manutenção alumínio e cal.
B
de piscinas e
parques aquáticos
Tratamento de Lodos contendo particulados finos inorgânicos e orgânicos, A

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5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
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Origem Materiais Grupo


esgotos incluindo micro-organismos potencialmente patogênicos
Administração Papelão, papel, plásticos, restos de materiais de escritório. D

Triagem e Acondicionamento
Resíduos Classe A
São tirados e acondicionados inicialmente em pilhas próximas aos locais de
geração, onde são executados os serviços e posteriormente transportados para os
contêineres destinados aos Resíduos Classe A, onde permanecem acondicionados
até serem transportados para uma usina de reciclagem de resíduos da construção
civil ou outro destino licenciado para receber esta classe de resíduo. Parte dos
sedimentos retirados na fase de escavação será reaproveitada na própria obra.

Resíduos Classe B
As madeiras são dispostas inicialmente nas áreas de acondicionamento
temporário, nos dispositivos de acondicionamento destinados a este tipo de resíduo,
que estão devidamente distribuídas nos locais geradores, onde serão
posteriormente transportadas até a central de resíduos ou para uma baia destinadas
as madeiras, onde ficam até serem reutilizadas ou recicladas na própria obra, ou
destinadas para reutilização e/ou reciclagem por terceiros.
O plástico é acondicionado inicialmente nas áreas de acondicionamento
temporário, no dispositivo de acondicionamento destinado ao plástico, que estará
devidamente distribuído nos locais geradores, onde é posteriormente transportado
até a baia destinada ao plástico, ficando acondicionado até ser vendido ou doado
para cooperativas de coleta seletiva e triagem de resíduos ou aparistas.
Os metais, papel e papelão, vidros e outros são dispostos inicialmente em
um dispositivo de acondicionamento, que ficarão próximos ao local gerador, onde
são posteriormente transportadas as baias destinadas ao recebimento destes
materiais, ficando acondicionados até serem vendidos ou doados para cooperativas
de coleta seletiva de resíduos ou aparistas.
O papel e o papelão quando gerados em grande volume são inicialmente
enfardados nos locais geradores até serem transportados até um dispositivo

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5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
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destinado a receber papel e papelão, ficando acondicionado até ser vendido ou


doado.
Os Resíduos Classe B, de uma maneira geral, podem ser vendidos ou
doados as instituições de caridade ou cooperativas de reciclagem devidamente
licenciadas para reciclagem dessa classe de resíduos. Os volumes e classes de
resíduos vendidos ou doados devem ser, contudo, controlados pelo órgão
licenciador.

Resíduos Classe C
O gesso e outros materiais dessa classe são inicialmente acondicionados
em áreas de acondicionamento temporário, em dispositivos apropriados, que estarão
devidamente distribuídas nos locais geradores. A partir daí são transportados para
local de acondicionamento, preferencialmente protegido de intempéries, para
posterior destinação à usina de reciclagem de resíduos da construção civil,
reciclagem específica para essa classe de material, ou outra área devidamente
licenciada.

Resíduos Classe D
Os Resíduos Classe D, observadas as recomendações técnicas para alguns
materiais constantes na NBR 10.004, são acondicionados em baias ou dispositivos
apropriados, de modo a evitar contaminação do solo ou lixiviação e diluição em
águas pluviais, até serem destinados a locais devidamente licenciados e habilitados
a receber esta classe de resíduo.

Acondicionamento do Lixo
Os tipos de recipientes apropriados para o acondicionamento dos materiais
descartáveis são:
- Metálicos: de lata ou chapa galvanizada ou pintada
- Plástico rígido.
- Saco plástico: de polietileno, colorido, não devendo ser transparente.
- Saco de papel: só de papel, ou de papel com camada interna de plástico.
As principais características a serem observadas em tais recipientes são:
- Ser hermético e à prova d’água.

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5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
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- Ter tampa bem ajustada ou sistema adequado de fechamento.


- Ser resistente, inclusive à corrosão.
-Ser de capacidade adequada, com volume máximo de 100 litros, o que corresponde
mais ou menos a 30 kg.
- Ser provido de alças, quando rígido e meio cheio, para que possa ser manipulado
com facilidade por uma pessoa.
- Ter forma tronco-cônica, quando rígido, o que facilita o esvaziamento e a limpeza
- Ser de polietileno e não transparente, quando for saco plástico.

Figura 6: Recipientes para acondicionamento adequado dos resíduos sólidos

Estes recipientes devem atender as normas: EB588 - Sacos plásticos para


acondicionamento de lixo, P-EB 588 - Recipientes padronizados para lixo e ainda
MB 732 - Sacos plásticos para acondicionamento de lixo, sendo essas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABN).

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5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
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Figura 7: Exemplo de local para acondicionamento adequado dos resíduos sólidos

Os resíduos putrescíveis como os restos orgânicos vegetais e animais,


procedendo de preparo e consumo dos alimentos, devem ser adequadamente
acondicionados, antes de serem depositados nos recipientes. É conveniente
acondicioná-los previamente em sacos plásticos, o que reduzirá odores
desagradáveis, tanto nos recipientes como durante a coleta e o transporte, bem
como acesso de moscas. A adoção dessa prática facilita também o esvaziamento
dos recipientes.
No âmbito do correto acondicionamento do lixo devem ser observados os
seguintes aspectos:

Conservação dos Recipientes e dos seus Arredores em Condições Higiênicas: a


limpeza de recipientes não descartáveis utilizados para a coleta do lixo é muito
importante para o controle de moscas e roedores, bem como para eliminação de
odores. Tal frequência pode ser ainda diminuída se os resíduos sólidos putrescíveis
forem bem envolvidos em papel ou acondicionados em sacos fechados, e se o
material for envolvido internamente também com papel.
O tratamento por inseticidas dos recipientes não descartáveis também é
conveniente. O recipiente deve ser escovado e desinfetado, pois não existe
acondicionamento à prova de ratos ou de insetos quando os recipientes estão em
mau estado.
Os locais ao redor do recipiente devem ser mantidos limpos, não devendo
existir lixo fora dos mesmos, pois desta forma atrairiam moscas, baratas e ratos.
Plano de Controle Ambiental (PCA)
5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
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Controle e Manejo de Resíduos Sólidos


Durante a construção, uma grande quantidade de resíduos sólidos será
gerada, ressaltando-se o lixo produzido no alojamento e o entulho, descarte e refugo
resultantes das diversas frentes e etapas de trabalho. Esses resíduos deverão ser
dispostos conforme sua classificação e atendendo ao disposto na legislação
correspondente e normas da ABNT.
- Lixo doméstico
As empresas contratadas e subcontratadas promoverão a coleta periódica
do lixo e o seu encaminhamento para o local de tratamento escolhido, dentro da
obra.
Deverão ser implantados a coleta seletiva e reaproveitamento do material
reciclável gerado pela obra.
O lixo de rápida deterioração deverá ser coletado diariamente. O lixo
decorrente de limpeza, embalagens e outros, poderão ser recolhidos em intervalos
maiores, de no máximo três dias. A coleta deverá obedecer a um programa, com
frequência e horários de conhecimento dos usuários.

- Resíduo patogênico do ambulatório médico


O resíduo sólido de origem ambulatorial deverá ser coletado diariamente e
disposto conforme estabelecido na legislação correspondente.

- Resíduo industrial
Assim como para os demais tipos de resíduos, as empresas contratadas e
subcontratadas promoverão a coleta periódica do resíduo industrial e seu
encaminhamento para o destino final, de acordo com sua classificação.
Excetuando-se os resíduos inflamáveis, reativos, oleosos, orgânico-
persistentes ou que contenham líquidos livres, os demais deverão ser dispostos em
aterros industriais exclusivos e especialmente preparados para este fim, licenciados,
instalados e operados conforme as legislações vigentes, atendendo às disposições
legais pertinentes e às normas da ABNT.
Nesses aterros, os resíduos deverão ser dispostos de acordo com o plano
de segregação elaborado de forma a evitar que resíduos incompatíveis sejam
dispostos no mesmo local, provocando reações indesejáveis.

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5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
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Os resíduos perigosos e os anteriormente listados deverão ser tratados, ou


encaminhados para tratamento, segundo suas características, normas técnicas
correspondentes e legislação em vigor.

Coleta e Transporte
A cargo da empresa contratada para execução do projeto, o sistema de
coleta e transporte dos resíduos deverá apresentar segurança e pontualidade, posto
que a falha operacional no sistema possa gerar efeitos negativos como poluição
visual, odores e surgimento de focos de vetores como moscas, mosquitos e etc.

Figura 8: Acima caminhão para coleta de resíduos sólidos e abaixo caminhão para coleta de
resíduos líquidos

O transporte externo dos resíduos classificados como Classe I – Perigosos,


necessitam de prévia autorização para o seu transporte, denominada
AUTORIZAÇÃO PARA O TRANSPORTE DE RESÍDUOS PERIGOSOS – ATRP.
A ATRP deve ser solicitada pelo gerador, acompanhado dos seguintes documentos:
I - cópia da Licença de Operação da empresa geradora;
II - cópia da Licença de Operação da empresa receptora;
III - termo de responsabilidade da transportadora dos resíduos;
IV - anuência da instalação receptora;
V - anuência do órgão ambiental do Estado de destino;

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5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
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VI - comprovante do pagamento de remuneração;


VII - outras informações complementares exigidas.
Durante o percurso do transporte, o responsável pela condução do veículo
deverá dispor de cópia da respectiva ATRP.
Os resíduos serão transportados através de empresas transportadoras
devidamente Licenciadas.

5.5.7. ATIVIDADES/AÇÕES

Destino Final
É a área onde são empregadas técnicas de disposição de resíduos da
construção civil, Classe A, conforme a classificação da Resolução do CONAMA N°
307/02, e resíduos inertes no solo, visando à estocagem de materiais segregados,
de forma a possibilitar o uso futuro dos materiais ou futura utilização da área
conforme princípios da engenharia para confiná-los ao menor volume possível, sem
causar danos à saúde pública e ao meio ambiente.

Beneficiamento
Consiste na operação que permite a requalificação dos resíduos da
construção civil por meio de reutilização, reciclagem, valorização energética e
tratamento para outras aplicações.

Resíduos da Construção Civil


São os resíduos provenientes de construções, reformas, reparos e
demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da
escavação de terrenos tais como os tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral,
solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras, compensados, argamassas,
gesso, telhas, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica, e outros comumente
chamados de entulhos de obra.

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5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
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Reutilização
É o reaproveitamento dos resíduos da construção civil sem transformação
física ou físico-química, assegurado, quando necessário, o tratamento destinado ao
cumprimento dos padrões de saúde pública e meio ambiente.

Segregação
Consiste na triagem dos resíduos da construção civil no local de origem ou
em áreas devidamente licenciadas para esta atividade, segundo classificação
exigida por norma regulamentadora.
A segregação dos resíduos tem como finalidade evitar a mistura daqueles
incompatíveis, visando garantir a possibilidade de reutilização, reciclagem e a
segurança no manuseio. Todos os funcionários serão devidamente treinados sobre
a correta separação, acondicionamento, transporte e destinação final dos resíduos e
o que a mistura de resíduos incompatíveis pode causar.

Figura 9: Segregação dos resíduos

Redução
É o ato de diminuir de quantidade, em volume ou peso, tanto quanto
possível, de resíduos oriundos das atividades da construção civil.

Reciclagem
É o processo de transformação de resíduos da construção civil que envolve
a alteração das propriedades física e físico-química dos mesmos, tornando-os
insumos destinados a processos produtivos.

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5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
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O entulho deve ser visto como fonte de materiais de grande utilidade para a
construção civil. Seu uso mais tradicional, com sua colocação em aterros, nem
sempre é o mais racional, pois ele serve também para substituir materiais
normalmente extraídos de jazidas ou pode se transformar em matéria-prima para
componentes de construção, de qualidade comparável aos materiais tradicionais.
É possível produzir agregados como areia, brita corrida para uso em
pavimentação, contenção de encostas, canalização de córregos, e uso em
argamassas e concreto, sendo também possível fabricar componentes de
construção, como blocos, briquetes, tubos para drenagem, placas. Para todas as
aplicações, é possível obter similaridade de desempenho em relação a produtos
convencionais, com custos muito competitivos.
A produção de componentes deve considerar a necessidade de cuidados
especiais para que a composição do entulho não prejudique o produto final. Além
disso, o controle da composição e do processamento do material é indispensável.
Todos os resíduos terão tratamento preventivo quanto aos riscos de
destinação final, segundo os padrões técnicos vigentes e normas técnicas da ABNT.
Deverá ser implantado um sistema de coleta seletiva de resíduo.

5.5.7.1.Treinamento/Educação Ambiental

Fases do Treinamento no Canteiro de Obras.


- Definir meio ambiente;
- Identificação dos materiais utilizados no canteiro de obras;
- Cuidados no manuseio desses materiais;
- Como minimizar, reutilizar, acondicionar e dar destino final aos resíduos, de forma
ambientalmente correta;
- Identificar o comportamento dos resíduos na natureza, quando colocados de forma
errada;
- Fornecer conhecimento que como cidadão, deve-se promover ações que
combinem o desenvolvimento com a proteção do meio ambiente.

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5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
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5.5.8. AVALIAÇÃO

- Quantidade de trabalhadores treinados para a realização das atividades.


- Percentual de emergências controladas sujeitas à avaliação da eficácia do Plano,
considerando os aspectos de extensão dos danos, adequação de procedimentos,
tempo de resposta e eficiência dos envolvidos.

Relatórios: Deverão ser elaborados relatórios de não conformidades, quando


necessário, que serão vinculados a elaboração de relatórios e que posteriormente
devem gerar medidas preventivas ou corretivas de acompanhamento e
monitoramento deste plano com periodicidade bimestral.

5.5.9. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Resolução CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente n° 307, de 05 de


Julho de 2002, que dispõe sobre gestão dos resíduos da construção civil,
estabelecendo diretrizes, critérios e procedimentos para gestão dos resíduos da
construção civil.

Resolução CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente n° 275, de 25 de Abril


de 2001, que dispõe sobre separação resíduos sólidos.

ABNT – NBR 10.004/96; EB588; P-EB 588; MB 732 – Acondicionamentos em


recipientes apropriados, em sacos plásticos para lixo.

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5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
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5.5.10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Mobilização e Instalação do Canteiro
2.1 SAETOWERS . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


33,3% 33,3% 33,3%
Implantação do programa de gerenciamento
3.1 NOVO NORTE
de resíduos sólidos e suas estruturas
6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25%
Controle e monitoramento dos resíduos
3.2 NOVO NORTE
sólidos
20,00% 20,00% 4,30% 4,30% 4,30% 4,30% 4,28% 4,28% 4,28% 4,28% 4,28% 4,28% 4,28% 4,28% 4,28% 4,28%
Treinamento e educação ambiental dos
3.3 NOVO NORTE
funcionários da obra
20% 20% 20% 20% 20%
3.4 Emissão de relatórios NOVO NORTE

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Página 118
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.5.11. BIBLIOGRAFIA

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Conjunto de normas Aplicáveis


— a) armazenamento de resíduos classe II (não-inertes) e classe III (inertes) – NBR
11.174:1990; b) transporte terrestre de resíduos – NBR 13.221:2005; c)
armazenamento de resíduos sólidos perigosos – NBR 12.235:1992; d) classificação
de resíduos sólidos – NBR 10004:2004; e) procedimento para obtenção de extrato
lixiviado de resíduos sólidos – NBR 10005:2004; f) procedimento para obtenção de
extrato solubilizado de resíduos sólidos – NBR 10006:2004; g) amostragem de
resíduos sólidos – NBR 10007:2004; h) resíduos da construção civil e resíduos
volumosos – NBR 15.112:2004; i) resíduos sólidos da construção civil e resíduos
inertes – NBR 15.113:2004; j) resíduos sólidos da construção civil (áreas de
reciclagem) – NBR 15.114:2004; k) agregados reciclados de resíduos sólidos da
construção civil – NBR 15.115:2004; l) agregados reciclados de resíduos sólidos da
construção civil – NBR 15.116:2004; m) transporte terrestre de produtos perigosos –
NBR 7.501:2005; n) conjunto de equipamentos para emergências no transporte
terrestre de produtos perigosos – NBR 9.735:2006; e o) identificação para o
transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos – NBR
7.500:2007.

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC ANVISA – nº306,


estabelece o Regulamento Técnico para o gerenciamento dos resíduos de serviços
de saúde, 2004.

Brasil. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente.


Resolução nº 275, de 25 de abril de 2001. Estabelece código de cores para 130
diferentes tipos de resíduos na coleta seletiva. Diário Oficial da União, Brasília, 19
jun. 2001.
Brasil. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente.
Resolução nº 362, de 23 de Junho de 2005. Estabelece definições sobre
recolhimento, coleta e destinação final de Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado
– OLUC. Diário Oficial da União, Brasília, 27 Jun. 2005.

SindusCon – Sindicato da Construção. Gestão Ambiental de Resíduos da


Construção Civil. A experiência do SindusCon-SP, 2005.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.5. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Página 119
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.6. PROGRAMA DE MONITORAMENTO


DE RUÍDO

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.6. Programa de Monitoramento de Ruídos
Página 120
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.6.1 APRESENTAÇÃO

Este Plano de Controle e Monitoramento de Ruído contém as diretrizes e as


técnicas básicas recomendadas para serem empregadas durante a construção e
montagem da LT 230 kV SE Barreiras de Transmissão, visando minimizar e/ou evitar
os impactos ambientais, e promover ações de fiscalização.

5.6.2. PLANO DE CONTROLE E MONITORAMENTO DE RUÍDO

No intuito de preservar o bem estar da população local, bem como a saúde


dos funcionários e colaboradores da fase de implantação da LT 230 kv SE Barreiras
II/SE Rio Grande, deverão ser tomadas medidas para minimizar e/ou eliminar os
riscos relacionados aos ruídos provenientes dos equipamentos de construção civil,
como bate-estaca, serra, lixa, betoneira, entre outros e também do tráfego de
veículos.
Independente da fonte de ruído, ela só se constitui em um problema de
poluição sonora se o som atingir um ponto receptor em um nível que provoque
incomodo ou dano à saúde. Além dos efeitos sobre a saúde humana, a poluição
sonora também afeta os animais, por processos similares. Portanto, deve-se prever
meios de controle acústico através do planejamento do layout do canteiro de obras,
de modo que os ruídos emitidos sejam separados fisicamente dos pontos
receptores, assim como, prever ações de redução dos ruídos provenientes do
tráfego de caminhões nas vias de acesso e no canteiro de obras, além de ações
preventivas em máquinas e equipamentos geradores de ruídos. O objetivo deste
programa é evitar que a operação de máquinas e equipamentos geradores de ruído
e a circulação de veículos interfiram prejudicialmente na região e na saúde dos
trabalhadores do estaleiro.

5.6.2.1 Diretrizes do PCMR

Recomenda-se dividir o espaço do canteiro de obras conforme as finalidades


de uso, reservando áreas específicas para as atividades geradoras de ruído como:
corte e serra, lixamento, entre outras. As áreas destinadas ao repouso e alimentação

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.6. Programa de Monitoramento de Ruídos
Página 121
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

dos colaboradores também deve ser específica e estar, dentro do possível, em local
afastado das áreas mais críticas em relação ao ruído, além de adotarem medidas
para o controle acústico.
O meio mais direto de atenuar os efeitos do ruído consiste em controlá-lo
diretamente na fonte, reduzindo a emissão sonora. Para cada fonte de ruído deverá
ser previsto uma técnica específica de controle. Como por exemplo, através do uso
de sistemas de amortecimento de vibrações, abafadores, silenciadores de fluxo de
gases, entre outros.
Outra medida comumente utilizada para fontes fixas, quando viável, é o
enclausuramento do equipamento ruidoso, por meio da construção de uma sala para
o seu isolamento ou da instalação de painéis em torno dele, o que reduz a
transmissão sonora, resultando e um nível de ruído externo adequado. Como
medida de mitigação dos impactos do ruído provenientes do transito de veículos, o
empreendedor deverá instruir todos os motoristas envolvidos na fase de implantação
do empreendimento para que se estabeleça uma velocidade controlada. Os
veículos, ao passarem sobre obstáculos, principalmente os caminhões, emitem
ruído, decorrente desse movimento, proveniente de rodas, suspensão,
deslocamento de carroceria e eventualmente da movimentação de carga, se esta
não estiver bem fixada, além da própria aceleração do veículo.
Propõe-se que o empreendedor utilize de meios para que os veículos e
equipamentos utilizados apresentem baixos índices de ruídos, além de uma
sistemática de manutenção periódica, visando eliminar problemas mecânicos
operacionais.
Outra medida a ser aplicada consiste na realização de inspeções periódicas
nos veículos envolvidos na fase de implantação do empreendimento, sejam eles da
própria empresa ou de terceiros. Este procedimento permitirá exigir do proprietário a
manutenção do veículo, em especial ao sistema de escapamento, nas condições
originais de fabricação. Esta manutenção pode ser vinculada a liberação dos
veículos para circulação dentro do site e deverá ser feita com frequência a ser
definida.
Também, para auxiliar na redução do impacto gerado pelo aumento do
tráfego, o empreendedor deverá limitar, sempre que possível, o trafego no período

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.6. Programa de Monitoramento de Ruídos
Página 122
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

noturno durante a fase de implantação do empreendimento, dando preferência para


o período entre 7 e 19 horas.
É importante que estas medidas estejam articuladas com o Programa de
Comunicação Social e Educação Ambiental, pois os resultados estão diretamente
ligados à participação efetiva de todos os trabalhadores que atuarão nas obras,
tendo em vista que estes estão diretamente envolvidos com a execução das
atividades geradoras de emissões de ruído.

5.6.3 JUSTIFICATIVA

Uma das características mais importantes dos ruídos e vibrações na


construção civil é a alta proporção do ruído impulsivo presente nesta atividade. Isto
ocorre através de processos diferentes como: passagem de caminhões e máquinas
bate-estacas, atividades que utilizam cabos para elevar materiais, impacto devido a
lascamentos, processos de perfurações e retirada de entulhos, processos
percussivos, alguns explosivos e empilhamentos. Todos esses itens proporcionam
alto nível de ruído impulsivo que é uma causa potencial de reclamações públicas,
pois causa perdas auditivas temporárias.
Mesmo considerando as medidas mitigadoras, existe a preocupação quanto
às emissões de ruídos que, se não tratados com os cuidados necessários, poderão
causar danos ao meio ambiente e à população dentro da área de influência direta do
empreendimento.

5.6.4 OBJETIVOS

5.6.4.1 Objetivo Geral

Este plano visa estabelecer diretrizes para o monitoramento e mitigação


dos impactos gerados pela emissão de ruídos decorrentes da implantação da LT SE
Barreiras II – SE Rio Grande II.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.6. Programa de Monitoramento de Ruídos
Página 123
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.6.4.2 Objetivos Específicos

- Adotar medidas de controle ambiental visando o acompanhamento de parâmetros


indicadores de vibrações e da manutenção da qualidade do ruído de fundo nas
áreas afetadas pela implantação e operação do empreendimento, incluindo suas
instalações operacionais.
- Estabelecer diretrizes para medições periódicas e sistemáticas para
acompanhamento dos níveis de ruído na área de entorno do empreendimento e nas
proximidades das áreas afetadas.
- Assegurar que todos os procedimentos de obras civis sejam realizados conforme
as normativas pertinentes.
- Assegurar a adequada especificação técnica e a manutenção preventiva e
corretiva de máquinas, veículos e equipamentos geradores de ruído.
- Assegurar a adoção dos sistemas de controle ambiental e medidas preventivas de
geração de ruído para equipamentos e/ou atividades específicas.

5.6.5 PÚBLICO ALVO

O presente Plano tem como público alvo, de forma direta, os trabalhadores


da obra; e de forma indireta, os proprietários da área de influência direta.

5.3.6 METODOLOGIA

Controle das fontes de emissão


Deverão ser realizadas vistorias periódicas semanais para observação das
medidas adotadas para controle da poluição sonora, como a correta manutenção
dos veículos e equipamentos. Serão realizadas medições dos níveis de ruído emitido
para verificação da sua conformidade com a legislação vigente.
Os impactos gerados pela emissão de ruídos durante as obras poderão ser
mitigados mediante:
- Planejamento da obra de forma a otimizar os horários de trabalho, evitando
atividades noturnas e durante domingos e feriados, além de evitar a utilização de
máquinas e equipamentos simultaneamente;

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.6. Programa de Monitoramento de Ruídos
Página 124
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Instalação de equipamentos fixos o mais distante possível de áreas habitadas;


fixação rígida dos motores e equipamentos ruidosos, de forma a atenuar as
vibrações transmitidas às estruturas;
- Priorização da escolha de equipamentos que apresentem baixos índices de ruídos;
- Realização sistemática de manutenção dos veículos e equipamentos para controle
da emissão de ruído;
- Realização do balanceamento e equilíbrio das partes móveis das máquinas e
equipamentos, de modo a mantê-las sempre ajustadas;
- Lubrificação adequada das peças dos equipamentos onde há atrito;
- Manutenção de proteção acústica dos equipamentos.
Monitoramento dos níveis de ruído: será definida uma malha de amostragem
para fins de monitoramento periódico dos níveis de ruído gerados durante a
execução das obras, considerando-se a proximidade dos canteiros de obras com
áreas habitadas, de forma a controlar os possíveis incômodos na vizinhança.

Ruído
No que se refere aos níveis de ruídos, deverá ser respeitada a legislação
pertinente, especificamente a Resolução Conama nº 001/90, que estabelece critérios
e padrões para emissão de ruído por atividade industrial, e que considera como
aceitáveis os níveis de ruídos previstos nas normas técnicas da ABNT, NBR
10.151/87 (atualizada em junho de 2000, Avaliação de Ruídos em áreas habitadas
visando o conforto da comunidade) e NBR 10.152/87 (Níveis de ruídos para conforto
acústico).

Quadro 6: Critério de avaliação para ambientes externos, em dB (A)


Tipos de Áreas Diurno Noturno
Áreas de sítios e fazendas 40 35
Áreas estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de 50 45
escolas
Área mista, predominantemente residencial 55 50
Área mista, com vocação comercial e administrativa 60 55
Área mista, com vocação recreacional 65 55
Área predominantemente industrial 70 60
Fonte: ABNT, NBR 10.151

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.6. Programa de Monitoramento de Ruídos
Página 125
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.6.7 ATIVIDADE/AÇÕES

O monitoramento sistemático do nível de ruídos deverá fornecer o suporte


para controle das fontes de emissões sonoras de modo a assegurar a manutenção
da qualidade ambiental acústica e o conforto da comunidade que porventura possa
ser afetada.
Com isso espera-se minimizar os incômodos sonoros causados aos
funcionários durante as obras, especialmente aos trabalhadores que operam
máquinas e caminhões.
Além disso serão disponibilizados e exigido o uso de EPIs para os
trabalhadores, os quais serão qualificados para atuar diretamente nas atividades
construtivas do empreendimento.

5.6.8 AVALIAÇÃO

- Percentual de emergências controladas sujeitas à avaliação da eficácia do Plano,


considerando suas atividades em conjunto com os Programa de Comunicação
Social e Educação Ambiental, das fiscalizações.

Relatórios: Deverão ser elaborados relatórios de não conformidades, quando


necessário, que serão vinculados a elaboração de relatórios e que posteriormente
devem gerar medidas preventivas ou corretivas de acompanhamento e
monitoramento deste plano com periodicidade bimestral.

5.6.9. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

A seguir são relacionadas as referências normativas aplicáveis à avaliação de


ruído e vibrações:
- Resolução CONAMA 010, de 26 de setembro de 1984 - Dispõe sobre medidas
destinadas ao controle da Poluição causada por Veículos Automotores.
- Resolução CONAMA 018, de 06 de maio de 1986 - Dispõe sobre a criação do
Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores – PROCONVE.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.6. Programa de Monitoramento de Ruídos
Página 126
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Resolução CONAMA 005, de 15 de junho de 1989 - Dispõe sobre o Programa


Nacional de Controle da Poluição do Ar – PRONAR.
- Resolução CONAMA 001, de 08 de março de 1990 - Dispõe sobre critérios e
padrões de emissão de ruídos, das atividades industriais. Este dispositivo se reporta
à norma da ABNT NBR 10.151, revisada em junho de 2000, referente à “Avaliação
do Ruído em Áreas Habitadas, Visando o Conforto da Comunidade”. Esta norma
especifica um método para a medição de ruído, a aplicação de correções nos
valores medidos e uma comparação dos níveis corrigidos, usando um critério que
leva em conta o zoneamento urbano local, NCA - Nível de Critério de Avaliação.
- Resolução CONAMA 002, de 08 de março de 1990 - Dispõe sobre o Programa
Nacional de Educação e Controle da Poluição Sonora – SILÊNCIO.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.6. Programa de Monitoramento de Ruídos
Página 127
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.6.10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Mobilização e Instalação do Canteiro
2.1 SAETOWERS
. . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 PLANO DE CONTROLE E MONITORAMENTO DE RUÍDO


33% 33% 34%
3.1 Mobilização e treinamento da equipe técnica NOVO NORTE
7,15% 7,15% 7,15% 7,15% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
3.2 Monitoramento periódico dos níveis de ruído NOVO NORTE
7,15% 7,15% 7,15% 7,15% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
Adoção de medidas mitigatórias para a
3.3 NOVO NORTE
redução do ruído
12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5%
3.4 Emissão de relatórios NOVO NORTE

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.6. Programa de Monitoramento de Ruídos
Página 128
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.6.11 BIBLIOGRAFIA

Associação Brasileira de Normas Técnicas. (1987). NBR-10.152. Resolução Nº.


95/1986. Níveis de ruído para conforto acústico. Rio de Janeiro: ABNT.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. (2000). NBR-10.151. Resolução Nº.


358/2005. Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da
comunidade. Rio de Janeiro: ABNT.

Resolução CONAMA Nº1, 08 de março de 1990: Emissão de Ruídos.

Resolução do CONAMA nº2, 08 de março de 1990: Institui o Programa Nacional


de Educação e Controle da Poluição Sonora – Silêncio.

Resolução CONAMA nº1, de 11 de fevereiro de 1993 - Estabelece limites


máximos de ruídos de veículos. Resolução CONAMA nº 17, de 13 de dezembro
de 1995 - Ratifica limites máximos de ruídos de veículos.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.6. Programa de Monitoramento de Ruídos
Página 129
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.7. PLANO DE CONTROLE E


MONITORAMENTO DE EMISSÃO DE
MATERIAL PARTICULADO

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.7. Programa de Controle e Monitoramento de Emissão de Material Particulado
Página 130
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.7.1. APRESENTAÇÃO

Este Plano de Controle e Monitoramento de Emissão de Material Particulado


contém as diretrizes e as técnicas básicas recomendadas para serem empregadas
durante a construção e montagem da LT 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II –
Barreiras/São Desidério, visando minimizar e/ou evitar os impactos ambientais, e
promover ações de fiscalização.

5.7.2. PLANO DE CONTROLE E MONITORAMENTO DE EMISSÃO DE MATERIAL


PARTICULADO

No intuito de preservar o bem estar da população local, bem como a saúde


dos funcionários e colaboradores na fase de implantação da LT 230 kV SE Barreiras
II/SE Rio Grande – Barreiras/São Desidério, deverão ser tomadas medidas para
minimizar e/ou eliminar os riscos relacionados à emissão de material particulado.
A implantação da pavimentação das pistas e estruturas de apoio às fases de
construção e operação do empreendimento impõe aos moradores, trabalhadores,
transeuntes e à fauna da região, impactos relacionados ao aumento da geração
gases, poeiras e outros poluentes aéreos que representam uma queda na qualidade
de vida local.
Portanto, deve-se prever meios de controle e monitoramento de emissão de
material particulado através do planejamento de ações e fiscalização das atividades
e cumprimento de normas. O objetivo deste plano é evitar que algumas ações e a
operação de máquinas e equipamentos geradores de material particulado interfiram
prejudicialmente na região e na saúde dos trabalhadores do empreendimento.

5.7.3 JUSTIFICATIVA

Material particulado é caracterizado pela mistura de partículas sólidas ou


líquidas encontradas no ar. Algumas destas partículas podem ser vistas a olho nu,
como é o caso das poeiras ou resíduos, outras somente com uso de microscópios
eletrônicos. O material particulado pode ser emitido diretamente na atmosfera ou se
formar na atmosfera a partir de emissões primárias de gases. As poeiras de

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.7. Programa de Controle e Monitoramento de Emissão de Material Particulado
Página 131
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

construção, por exemplo, são emitidas diretamente no ar. Já os sulfatos são


formados a partir, por exemplo, da emissão de SO 2 (dióxido de enxofre) pelas
indústrias. As partículas MP10 (material particulado menos que 10 µm) ou de
diâmetro menor, são partículas que representam riscos à saúde humana e que
recebem maior atenção de órgãos nacionais e internacionais ligado ao meio
ambiente. Tais partículas têm facilidade em penetrar nas vias respiratórias e
pulmões e estão relacionadas a várias doenças nos pulmões e coração, levando
muitas vezes à morte. Muitos problemas de saúde estão relacionados à longa
exposição ou ainda exposição diária ou de picos (1 hora, por exemplo); são
exemplos: asma, bronquites, alergias, arritmia cardíaca e ataques do coração. As
crianças e idosos são os mais afetados. Além de ser um problema de saúde pública,
o material particulado também causa outros impactos ao meio ambiente como a
redução de visibilidade, impactos à vegetação e ecossistemas, danos a edificações,
incômodos a vizinhos, poluição dos solos e das águas, entre outros. A emissão de
material particulado está relacionada há algumas fontes como emissão dos
escapamentos de veículos, gases emitidos por indústrias, queimas de matas,
estradas de terra, canteiros de obras, pulverização de pesticidas, ou ainda causas
naturais como erupções de vulcões, água do mar, decomposições biológicas, entre
outras (ALMEIDA, 1999).
Por essas razões, o empreendimento visa o controle e monitoramento da
emissão do material particulado.

5.7.4. OBJETIVOS

5.7.4.1. Objetivo Geral

Este plano visa estabelecer diretrizes para o monitoramento e mitigação dos


impactos gerados pela emissão do material particulado decorrentes da implantação
da LT SE Barreiras II – SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.7. Programa de Controle e Monitoramento de Emissão de Material Particulado
Página 132
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.7.4.2. Objetivos Específicos

- Adotar medidas de controle ambiental visando o acompanhamento de parâmetros


indicadores de emissão de material particulado nas áreas afetadas pela implantação
e operação do empreendimento, incluindo suas instalações operacionais.
- Estabelecer diretrizes para medições periódicas e sistemáticas para
acompanhamento dos níveis de emissão na área de entorno do empreendimento e
nas proximidades das áreas afetadas.
- Assegurar que todos os procedimentos de obras civis sejam realizados conforme
as normativas pertinentes.
- Assegurar a adequada especificação técnica e a manutenção preventiva e
corretiva de máquinas, veículos e equipamentos;
- Assegurar a adoção dos sistemas de controle ambiental e medidas preventivas de
emissão de material particulado para equipamentos e/ou atividades específicas.

5.7.5. PÚBLICO ALVO

O presente Plano tem como público alvo, de forma direta, os trabalhadores


da obra; e de forma indireta, os proprietários da área de influência direta.

5.7.6 METODOLOGIA

Controle das fontes de emissão


Deverão ser realizadas vistorias periódicas semanais para observação das
medidas adotadas para controle da emissão de material particulado.
Os impactos gerados pela emissão de material particulado durante as obras
poderão ser mitigados mediante:
- O controle do nível de poeira em suspensão nas frentes de obra em solo exposto,
nos acessos sem pavimento, será realizado pela umectação do solo, com a
periodicidade necessária, a depender do tipo de solo e das condições climáticas no
período;

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.7. Programa de Controle e Monitoramento de Emissão de Material Particulado
Página 133
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Durante os períodos secos e de ventos fortes, serão estabelecidos limites de


velocidade para os veículos de obra, de maneira a reduzir a suspensão de poeira
durante a circulação nas estradas não pavimentadas;
- As áreas de estocagem de materiais serão protegidas, a fim de prevenir a
dispersão de particulados;
- Os equipamentos de mistura e as máquinas de vibração equipadas com
dispositivos de remoção de poeira serão adequadamente fechados;
- As áreas internas dos canteiros de obras terão sua superfície livre de materiais
soltos inconsolidados, passíveis de sofrer suspensão durante a circulação regular de
veículos e máquinas;
- Veículos de transporte de insumos e produtos terão sua circulação limitada aos
acessos previamente designados até o canteiro de obras.

Emissões de Gases
Para o controle das emissões de gases durante a fase de implantação,
acontecerá inspeções, no regime de auditoria, podendo, para tal, ser selecionado
qualquer veículo ou máquina em uso. Nas inspeções internas dos locais de obras
será registrada ainda a correta utilização de EPI, pelos funcionários. De mesma
forma, os resultados obtidos serão utilizados para ajuste e/ou substituição de
equipamentos e máquinas, para ajuste de filtros de contenção de gases e para
campanhas de esclarecimento à população através do Programa de Comunicação
Social e Educação Ambiental.

Teor de Umidade no Solo


O controle do teor de umidade no solo, como medida mitigadora à emissão
de poeiras, será feito constantemente através da observação direta e da
determinação de aspersão de água com caminhão pipa em todas as vias utilizadas
para as obras, principalmente nos acessos de calçamento de terra e durante a
estação de seca. As áreas onde estiverem sendo executadas as operações de
terraplanagem serão isoladas da população e/ou, quando não for possível, também
serão submetidas à aspersão d’água. A perspicácia do inspetor será fundamental na
decisão do momento adequado para aspergir água nas vias e áreas, antes que se

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.7. Programa de Controle e Monitoramento de Emissão de Material Particulado
Página 134
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

agrave a emissão de poeira e numa quantidade que evite a formação de poças e


atoleiros.

5.7.7. ATIVIDADE/AÇÕES

O monitoramento sistemático do nível de emissão de material particulado


deverá fornecer o suporte para controle das fontes de emissões de modo a
assegurar a manutenção da qualidade ambiental do ar e o conforto da comunidade
que porventura possa ser afetada.
Com isso espera-se minimizar os incômodos causados aos funcionários
durante as obras, especialmente aos trabalhadores.
Além disso serão disponibilizados e exigido o uso de EPI’s para os
trabalhadores, os quais serão qualificados para atuar diretamente nas atividades
construtivas do empreendimento.

5.7.8. AVALIAÇÃO

- Percentual de emergências controladas sujeitas à avaliação da eficácia do Plano,


considerando suas atividades em conjunto com os Programa de Comunicação
Social e Educação Ambiental, e das fiscalizações.

Relatórios: Deverão ser elaborados relatórios de não conformidades, quando


necessário, que serão vinculados a elaboração de relatórios e que posteriormente
devem gerar medidas preventivas ou corretivas de acompanhamento e
monitoramento deste plano com periodicidade bimestral.

5.7.9. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Quanto à emissões atmosféricas, na legislação brasileira a poluição é


definida, em termos gerais, pela Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981, no art.3°,
como "a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou
indiretamente a) prejudiquem a saúde, a segurança, e o bem-estar da população; b)
criem condições adversas às atividades sociais e econômicas ; c) afetem

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.7. Programa de Controle e Monitoramento de Emissão de Material Particulado
Página 135
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

desfavoravelmente a biota ; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio


ambiente ; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais
estabelecidos".

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.7. Programa de Controle e Monitoramento de Emissão de Material Particulado
Página 136
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.7.10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO

MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)


ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%

2.1 Mobilização e Instalação do Canteiro SAETOWERS


Administração e Manutenção do Canteiro . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .

15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%


2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 PLANO DE CONTROLE E MONITORAMENTO DE MATERIAL PARTICULADO


33% 33% 34%
3.1 Mobilização e treinamento da equipe técnica NOVO NORTE
7,2% 7,2% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Controle das fontes e emissão de material
3.2 NOVO NORTE
particulado
7,2% 7,2% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Inspeções internas para o controle de
3.3 emissões de gases de máquinas e veículos, NOVO NORTE
usos correto de EPI's
7,2% 7,2% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Controle do teor de umidade do solo com o
3.4 NOVO NORTE
uso de caminhão pipa
7,2% 7,2% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Proposição de medidas mitigatórias e
3.5 corretivas para a redução de emissão de NOVO NORTE
material particulado
14,3% 14,3% 14,3% 14,3% 14,3% 14,3% 14,3%
3.6 Emissão de relatórios NOVO NORTE

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.7. Programa de Controle e Monitoramento de Emissão de Material Particulado
Página 137
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.7.11. BIBLIOGRAFIA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12065 - Atmosfera –


determinação da taxa de poeira sedimentável total. Rio de Janeiro, 1991.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9547 - Material


particulado em suspensão no ar ambiente - determinação da concentração
total pelo método do amostrador de grande volume - método de ensaio. Rio de
Janeiro, 1986.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13412 - Material


particulado em suspensão na atmosfera - determinação da concentração de
partículas inaláveis pelo método do amostrador de grande volume acoplado a
um separador inercial de partículas. Rio de Janeiro, 1995.

ALMEIDA, I. T. A poluição atmosférica por material particulado na mineração a


céu aberto. Dissertação de mestrado. 1999.194f. Escola Politécnica, Universidade
de São Paulo, São Paulo, 1999.

EIA/RIMA das OBRAS DE PAVIMENTAÇÃO NAS ESTRADAS RJ-151 E RJ-163.


FERMA Engenharia Ltda.2009.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.7. Programa de Controle e Monitoramento de Emissão de Material Particulado
Página 138
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.8. PROGRAMA DE CONTROLE DE


PROCESSO EROSIVO E
ASSOREAMENTO

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.8. Programa de Controle de Processo Erosivo e Assoreamento
Página 139
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.8.1. APRESENTAÇÃO

Este Programa de Controle de Processos Erosivos e Assoreamento contém


as diretrizes e as técnicas básicas recomendadas para serem empregadas durante a
construção e montagem da LT 230 kV SE Barreiras II/ SE Rio Grande II –
Barreiras/São Desidério, visando minimizar e/ou evitar os impactos ambientais
diretamente ligados ao solo. As especificações são baseadas em técnicas e
diretrizes usadas com sucesso em obras lineares similares.

5.8.2. PROGRAMA DE CONTROLE DE PROCESSOS EROSIVOS E


ASSOREAMENTO

Este Programa compreende aos dispositivos a serem aplicados e adotados


no sentido de proteger e estabilizar locais que serão diretamente afetados pela
implantação e operação da Linha de Transmissão. Visa manter uma coexistência
harmônica com as áreas circunvizinhas cobertas por vegetação natural ou ocupadas
por culturas temporárias, nas estradas já existentes e nos novos acessos que serão
abertos para construção do empreendimento; e evitar danos aos solos, ao sistema
hidrográfico, aos mananciais e aos ecossistemas.
Em função da geologia, relevo, solos e clima da região podem ocorrer zonas
mais ou menos alteradas e irregulares, caracterizando assim áreas de diferentes
resistências a processos erosivos. A diferença de permeabilidade entre o solo e a
rocha constitui um meio de percolação preferencial na interface entre esses dois
tipos de material, podendo desencadear processos erosivos e instabilidades,
principalmente em terrenos com maior declividade e de solos menos coesivos.
Esses processos são intensificados pelas ações antrópicas e pelas
precipitações pluviométricas, sendo favorecidos pela posição do lençol freático e
quando a cobertura vegetal não é suficiente para a proteção do solo.
Com as alterações provocadas no meio natural pela implantação e operação
do empreendimento, será necessária a adoção de medidas preventivas e corretivas
visando evitar o desencadeamento desses fenômenos morfodinâmicos, tais como, a
aceleração dos processos erosivos, carreamento de sólidos e movimento de massa.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.8. Programa de Controle de Processo Erosivo e Assoreamento
Página 140
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.8.3. JUSTIFICATIVA

Mesmo apresentando condições favoráveis à implantação da LT do ponto de


vista do meio físico, o presente programa se faz necessário para que as atividades
de instalação do empreendimento não acarretem impactos relativos a processos
erosivos e ao assoreamento dos corpos hídricos.
Durante o período de obras, diversas frentes de obras serão realizadas,
cada uma delas podendo envolver atividades de cortes de taludes, aterro ou
terraplanagem.
A necessidade de recuperação e estabilização da área de implantação do
empreendimento, evitando danos aos solos e ao sistema hídrico constitui a principal
justificativa do programa.

5.8.4. OBJETIVOS

5.8.4.1 Objetivo Geral

Este Programa tem como principal objetivo localizar e atuar nas áreas com
maior fragilidade, ao longo do traçado proposto, sugerindo e adotando as medidas
de prevenção e correção mais adequadas e eficazes para controlar processos
erosivos, evitando que se instalem durante as diversas etapas das obras.

5.8.4.2 Objetivos Específicos

- Monitorar a instabilidade das áreas afetadas pela obra durante a instalação do


empreendimento, que possam comprometer sua implantação e operação; e
- Evitar assoreamento dos cursos d’água atravessados decorrentes de processos
erosivos ocasionados pela obra.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.8. Programa de Controle de Processo Erosivo e Assoreamento
Página 141
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.8.5. PÚBLICO ALVO

O público alvo do presente programa são os profissionais especializados


envolvidos da empresa construtora, a comunidade da área de influência do
empreendimento.

5.8.6 METODOLOGIA

Ações
As ações a serem adotadas em cada ponto crítico identificado ao longo do
traçado dependerão das características físicas desse local, como comprimento e
declividade das encostas, características do processo erosivo e sua relação com a
rede de drenagem, bem como, características litológicas e dos solos. Cada um dos
cenários identificados deve ser avaliado especificamente pela construtora e sua
equipe técnica, para que se decida quanto à melhor intervenção.
As medidas preventivas e de controle da deflagração e desenvolvimento dos
processos erosivos consideram, principalmente, o escoamento das águas
superficiais, evitando fluxos concentrados, e dissipando a energia da água em
superfície.
O controle do escoamento das águas superficiais evita concentrações de
fluxos e permite a dissipação da energia da água, conduzindo-a para locais
adequadamente protegidos. Essa é uma medida corretiva e de controle fundamental
para evitar a ocorrência e/ou a intensificação de possíveis focos de erosão. Sistemas
de drenagem superficial e proteção dos taludes de corte e aterro com gramíneas
evitam que esses processos ocorram.
O assoreamento ocorre pela movimentação de terra, principalmente durante
o período de obras, podendo estar associado tanto ao transporte do material
escavado quanto a rupturas e instabilidade de taludes decorrentes das
descontinuidades hídricas subsuperficiais, provocadas pelos próprios cortes. Como
medida preventiva e de controle de assoreamentos é fundamental a retenção de
sólidos através de bermas de contenção e de sedimentos em bacias de
sedimentação para decantação posicionadas entre o local da obra e os corpos
hídricos, sempre que necessário.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.8. Programa de Controle de Processo Erosivo e Assoreamento
Página 142
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Monitoramento das atividades de construção civil preventivas


Ao longo do período de obras, ocorrerão inspeções diárias em todas as
frentes de obras do longo do traçado da LT, a fim de identificar as atividades das
empreiteiras na construção de aparelhos de contenção de possíveis processos
erosivos e de assoreamento.
Após eventos de chuva extremos, devem ser realizadas inspeções nos
pontos críticos identificados ao longo de toda a obra.
Todos os problemas identificados devem ser relatados com uma descrição
sucinta do tipo de processo. Ilustrados com fotos, reportados ao empreendedor e
encaminhado às empreiteiras, sejam elas de cunho natural, como desenvolvimento
de processos erosivos, ou por execução inadequada das atividades desenvolvidas
pelas construtoras, para que se realizem medidas corretivas pertinentes a cada
caso.

Cortes e aterros
Deverá ser realizada a construção prévia de estruturas de
contenção/confinamento de sólidos que impeçam o deslocamento de material não
consolidado, além dos “off-sets” projetados de aterros a serem reconstruídos em
planícies fluviais, evitando-se o assoreamento dos cursos d’água.
Estas estruturas podem ser constituídas por diques iniciais de contorno,
construídos com solos compactados, com drenagem adequada e proteção à erosão;
matacões e/ou “rachão”, formando enrocamento; caixas de gabião; solo-cimento
ensacado; ou qualquer outra estrutura que propicie a retenção dos sólidos. Após a
construção do maciço de aterro, esta estrutura exercerá também a função de
proteção de sua base à erosão e solapamentos decorrentes de eventuais episódios
de cheias dos rios ou de acúmulo de águas pluviais.

Estruturas de retenção de sólidos para controle do assoreamento


Durante o período de obras, nos locais onde serão construídos torres
próximas à rede de drenagem perene, deverão ser construídas pequenas bacias de
sedimentação a montante dos cursos de água para decantação de material sólido
transportado pelo escoamento superficial.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.8. Programa de Controle de Processo Erosivo e Assoreamento
Página 143
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

As estruturas de retenção de sólidos serão construídas dentro da faixa de


servidão e acessos, priorizando áreas já degradadas (campos antropizados,
pastagens ou culturas temporárias), sempre a jusante dos locais de instalação das
torres de modo a proteger a rede de drenagem perene.
No caso de estruturas provisórias serão priorizadas técnicas e materiais que
não envolvam a utilização de concreto. Canaletas de drenagem escavadas
interligadas a caixas de sedimentação, montadas com sacos de areia para a
diminuição da energia cinética/fluxos concentrados de água e contenção de
sedimentos, serão instaladas próximas às bases das torres. Em áreas mais
declivosas, pode ser necessária a construção de estruturas permanentes como
plataformas com declividade mínima que garantam o escoamento da água e
escadas de drenagem em pontos côncavos da vertente que disciplinem o
escoamento das águas, prevenindo a deflagração de processos erosivos que
venham a comprometer a instalação e funcionamento da LT. De maneira geral, os
dispositivos de drenagem devem escoar a água recebida para áreas de vegetação
mais densa, evitando que seja encaminhado para a rede de drenagem perene
evitando seu assoreamento.
Algumas das estruturas que podem vir a ser construídas para a drenagem
adequada, de modo a evitar a deflagração e a intensificação de processos erosivos
são: canaletas transversais que direcionam as águas escoadas de maneira a não
criar pontos de saturação do solo dentro da faixa de domínio, próximo as bases das
torres, caixas de deposição de sólidos, cercas filtro em taludes de corte ou aterro,
dentre outras. Como este programa prevê principalmente o monitoramento das
atividades construtivas, fica a cargo do PAC o melhor desenvolvimento e a descrição
das estruturas de drenagem e de retenção de sólidos a serem utilizadas.

Medidas Corretivas
Os próprios dispositivos do sistema de drenagem e demais elementos
construtivos previstos nas obras da LT deverão se prestar à correção de eventuais
ocorrências de erosão e/ou assoreamento.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.8. Programa de Controle de Processo Erosivo e Assoreamento
Página 144
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Recuperação das áreas de apoio (taludes)


Assim que atinjam sua conformação final, todos os cortes de taludes e
aterros criados deverão ser vegetados com gramíneas ou leguminosas, protegendo
o solo contra processos erosivos.
De maneira geral, o traçado da LT não apresenta grandes descontinuidades
clinográficas, fazendo com que a necessidade de vegetação de taludes seja apenas
em trechos específicos que serão apontados pela equipe técnica responsável.

Métodos para Operacionalização do Programa


Durante a fase de obras serão realizadas vistorias de campo diárias pelos
inspetores ambientais do empreendedor e da empreiteira em todos os pontos em
que estiverem ocorrendo atividades de construção civil, dentro da faixa de domínio e
nos acessos. Além disso, serão realizadas campanhas pontuais nos locais de maior
risco à deflagração de processos erosivos, para a avaliação das condições das
obras de drenagem e das obras de contenção.
As feições erosivas identificadas e àquelas que venham a se desencadear,
podendo prejudicar o funcionamento normal da LT, ou mesmo que provocarem
assoreamento de cursos hídricos, serão indicadas medidas mitigadoras (obras de
contenção ou instalação de rede de drenagem) a serem realizadas.

5.8.7 METAS / ATIVIDADES / AÇÕES

A seguir, as metas, atividades e ações para este Programa:

Quadro 7: Metas, Atividades, Ações


Metas Atividades / Ações
- Identificar focos de deflagração de Monitoramento das atividades de construção
processos erosivos; civil preventivas
- Identificar atividades construtivas
ambientalmente inadequadas, que não
atendam às especificações do programa,
por parte da construtora
- Definir as medidas de controle e reportá-
las ao empreendedor por meio de relatórios

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.8. Programa de Controle de Processo Erosivo e Assoreamento
Página 145
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Metas Atividades / Ações


- Gerar relatórios de acompanhamento e Elaboração de relatórios de
diagnóstico das condições de realização das acompanhamento e indicação das
obras e indicar as devidas estruturas estruturas a serem instaladas.
(contenção ou drenagem) a serem
construídas para o controle dos possíveis
focos de erosão e assoreamento

5.8.8. AVALIAÇÃO

Deverá ser entregue ao empreendedor e à equipe responsável pela gestão,


um relatório mensal contendo as condições dos terrenos, das atividades de obra e
das possíveis estruturas a serem construídas, como sistemas de drenagem e obras
de contenção de erosão

5.8.9. FUNDAMENTOS LEGAIS

Este Programa atende a legislação brasileira no que se refere aos diretos e


deveres dos contratantes e contratados, na CLT – Consolidação das Leis do
Trabalho.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.8. Programa de Controle de Processo Erosivo e Assoreamento
Página 146
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.8.10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO

MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)


ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%

2.1 Mobilização e Instalação do Canteiro SAETOWERS


Administração e Manutenção do Canteiro . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .

15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%


2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 PROGRAMA DE CONTROLE DE PROCESSOS EROSIVOS E ASSOREAMENTO


33% 33% 34%
Identificação e avaliação das áreas que
3.1 NOVO NORTE
apresentam instabilidade do solo
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
Monitoramento das atividades de construção
3.2 NOVO NORTE
civil preventivas
33% 33% 34%
Construção prévia de estruturas de
3.3 NOVO NORTE
contenção/confinamento de sólidos
Construção de estruturas de sólidos para 33% 33% 34%
3.4 NOVO NORTE
controle do assorreamento
25% 25% 25% 25%
3.5 Recuperação das áreas de apoio (taludes) NOVO NORTE

Adoção de medidas preventivas e de controle 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%

3.6 da deflagração e desenvolvimento de NOVO NORTE


processos erosivos e assoreamento
6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25%
3.7 Emissão de relatórios NOVO NORTE

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.8. Programa de Controle de Processo Erosivo e Assoreamento
Página 147
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.8.11. BIBLIOGRAFIA

Energia Sustentável do Brasil. Sistema Integrado de Gestão Socioambiental, Saúde


e Segurança da Linha de Transmissão. 2009
.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.8. Programa de Controle de Processo Erosivo e Assoreamento
Página 148
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.9. PLANO DE SINALIZAÇÃO E


CONTROLE DE TRÁFEGO

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.9. Plano de Sinalização e Controle de Tráfego
Página 149
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.9.1. APRESENTAÇÃO

Este Plano de Sinalização e Controle de Tráfego contém as diretrizes e


as técnicas básicas recomendadas para serem empregadas durante a
construção e montagem da Linha de Transmissão, visando minimizar e/ou evitar
os impactos ambientais, e promover ações de fiscalização.

5.9.2. PLANO DE SINALIZAÇÃO E CONTROLE DE TRÁFEGO

O aumento da movimentação de pessoas, veículos e equipamentos


durante os 16 (dezesseis) meses de execução das obras interferirá
temporariamente na normalidade do tráfego da região, exigindo cuidados
específicos para evitar a ocorrência de acidentes. Nesse sentido, a prevenção
é fundamental e deve tratar as questões relativas ao alerta nas estradas e à
segurança quanto ao acesso ao canteiro de obra e seu entorno.
A segurança e o alerta no trânsito deverão ser uma preocupação
constante durante a obra, por se tratar de interferência na vida de pessoas
devido a alteração de seu cotidiano, o que requer atitudes preventivas que
serão repensadas diariamente, a fim de monitorar os resultados alcançados
pelo plano aqui apresentado.

5.9.3. JUSTIFICATIVA

O Plano de Sinalização e Controle de Tráfego prevê um conjunto de


ações e procedimentos necessários para propiciar maior segurança aos
trabalhadores, aos residentes nas imediações da obra e aos transeuntes,
decorrentes das intervenções da obra. As ações e os procedimentos propostos
por esse Plano estão de acordo com as fases da obra, normas e
procedimentos técnicos, consistindo basicamente de medidas de sinalização,
manutenção e divulgação. Nas intervenções de engenharia são adotados
procedimentos e ações de segurança e alerta. No caso específico do
empreendimento, essas medidas foram determinadas pela análise das
intervenções a serem realizadas, do cronograma de obras e da análise de
impactos potenciais. A metodologia de desenvolvimento desse Plano
Plano de Controle Ambiental (PCA)
5.9. Plano de Sinalização e Controle de Tráfego
Página 150
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

considerou as diferentes fases de implantação do empreendimento, para cada


uma delas, quais as ações que de fato significam riscos para a segurança. A
partir dessas ações foram elaboradas medidas preventivas, ações de
comunicação e soluções emergenciais a serem adotadas em casos de
acidente.

5.9.4 OBJETIVOS

5.9.4.1 Objetivo Geral

O objetivo geral deste plano é apresentar as atividades e medidas a


serem adotadas para garantir a segurança em relação à circulação de veículos,
leves e pesados, pessoas e equipamentos durante a execução da obra de
implantação da LT 230 kV SE Barreiras II/ SE Rio Grande II – Barreiras/São
Desidério.

5.9.4.2 Objetivos Específicos

- Orientar os trabalhadores, diretos e terceirizados, que utilizam as vias de


acesso ao empreendimento, e próximas ao mesmo, sobre o risco relativo ao
tráfego de veículos pesados e automotivos nas vias internas e nas vias
externas que ligam, direta e indiretamente, as aglomerações urbanas ao
empreendimento;
- Promover treinamento e divulgar informações sobre a identificação dos riscos
no canteiro de obras, visando à prevenção de acidentes;
- Sinalizar as vias internas e externas ao empreendimento com sinalizações
verticais (placas e faixas de trânsito) visando à prevenção de acidentes;
- Orientar os motoristas de veículos e pedestres que utilizam as vias de acesso
do empreendimento, e próximas ao mesmo, sobre a segurança no trânsito,
através da distribuição de folders e panfletos;
- Orientar os funcionários quanto aos riscos durante o preparo das áreas de
trabalho, escavações, montagem dos equipamentos, dentre outros.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.9. Plano de Sinalização e Controle de Tráfego
Página 151
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.9.5 PÚBLICO ALVO

- Mão de obra alocada para a obra;


- População que transita nas estradas de acesso ao local das obras;
- População das propriedades rurais inseridas no corredor de implantação da
LT e dos povoados circunvizinhos.

5.9.6 METODOLOGIA

Este plano considerou a observância dos requisitos técnicos e normas


legais aplicáveis à sinalização, bem como a relação existente entre a
comunidade e o local de implantação do empreendimento, características e
proximidade das populações a serem afetadas pela intensificação do fluxo de
veículos e equipamentos na área de influência direta do empreendimento.
Requisitos técnicos e normas legais:
- Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código Nacional de Trânsito.
- Resolução nº 180, de 26 de agosto de 2005 - Manual Brasileiro de
Sinalização de Trânsito - Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
- Norma NBR 14.644:2007 – Sinalização Vertical Viária – Películas –
Requisitos.

Estratégia de execução:
O período inicial das obras é o que requer maior cuidado quanto à
modificação do cotidiano das pessoas, exigindo uma readequação de seus
hábitos. A partir daí e durante todo o período de construção do
empreendimento deverá ser mantida uma vigilância preventiva quanto a
possíveis acidentes.
Buscar-se-á uma interação com as comunidades, especialmente
através da Comissão de Acompanhamento do Empreendimento, no sentido de
compatibilizar as atividades com a realidade local.
O monitoramento deverá ser constante, para que se possa aferir a
adequação das medidas adotadas durante a implantação do canteiro e dos
acessos aos locais das obras, as quais podem ser identificadas em 2 etapas:

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.9. Plano de Sinalização e Controle de Tráfego
Página 152
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Etapa A - Início da obra, quando as atividades irão centrar-se na implantação


do canteiro de obras e acessos, e terão como objetivo alertar os transeuntes e
orientar sobre segurança nos locais de circularão de veículos pesados e
alterações no trânsito local.
Etapa B – Construção da infraestrutura. Nesta etapa, quando serão
executadas as escavações, montadas as torres e instalados os cabos, serão
mantidas as ações de alerta (placas, avisos e faixas), de modo a garantir a
segurança em relação à trafegabilidade. Haverá estreita relação com o
Programa de Comunicação Social, envolvendo a Comissão de
Acompanhamento do Empreendimento, com intensa veiculação de
informações de monitoramento da segurança do público alvo em geral:
- Atividades a serem desenvolvidas
- Instalação de placas de sinalização
- Produção e divulgação de folders informativos
- Treinamentos
Serão instaladas placas de regulamentação, de advertência e
educativas, voltadas para a mudança na intensidade do fluxo de veículos e
abertura de novos acessos em razão da instalação do canteiro de obras e
outras estruturas.
Os materiais a serem utilizados, tanto na sinalização vertical quanto na
horizontal, deverão estar em conformidade com as Normas da ABNT para
chapas, estruturas de sustentação, tintas, películas e dispositivos auxiliares
(taxas e elementos refletivos).
A sinalização deverá ser constantemente avaliada quanto à sua
efetividade na segurança da operação da via, promovendo-se os ajustes
necessários de inclusão, remoção e modificação de dispositivos.
A instalação dos dispositivos de sinalização vertical considerará:
- O posicionamento dentro do campo visual do usuário;
- A legibilidade das mensagens e símbolos;
- Adoção de mensagens simples e claras;
- Padronização.
Dessa forma, os sinais devem estar corretamente posicionados dentro
do campo visual do usuário, ter forma e cores padronizadas, símbolos e

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.9. Plano de Sinalização e Controle de Tráfego
Página 153
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

mensagens simples e claras, além de letras com tamanho e espaçamento


adequados à velocidade de percurso, de modo a facilitar sua percepção,
assegurando uma boa legibilidade e, por consequência, uma rápida
compreensão das mensagens pelos usuários. As cores devem se manter
inalteradas tanto de dia quanto à noite, mediante iluminação ou refletorização.
A regra geral para os sinais posicionados lateralmente à via é adotar
uma pequena deflexão horizontal, entre 3º e 5º (três e cinco graus), em relação
à direção ortogonal ao trajeto dos veículos que se aproximam, de forma a evitar
reflexos provocados pela incidência de faróis de veículos ou de raios solares
sobre a placa.
No que se refere à padronização de cores, os diferentes sinais serão
identificados de acordo com sua categoria funcional, por meio de 3 (três) cores
da escala cromática:
- Sinais de regulamentação - vermelho;
- Sinais de advertência - amarelo;
- Sinais de educação – branco;
- Sinais de obras - laranja.
Ainda sobre a padronização de sinais, os mesmos deverão ter, além das
cores, formas próprias, de modo a facilitar ainda mais sua identificação.
Apresenta-se a seguir as diferentes categorias funcionais de sinais,
considerando-se as suas formas e cores:
- Sinais de regulamentação: utilizam predominantemente a forma circular, a cor
branca em seu fundo e a cor vermelha em sua borda.
- Sinais de advertência: têm a forma quadrada, com posicionamento definido
por diagonal na vertical, e fundo na cor amarela.
-Sinais educativos: predominantemente retangulares, com posicionamento do
lado maior na horizontal e fundo na cor branca.
- Sinais de obras: forma quadrada, com posicionamento definido por diagonal
na vertical, e fundo na cor laranja.
A tipologia das placas e faixas a serem implantadas deverá observar as
recomendações a seguir, conforme orientações do Código Nacional de Trânsito
(Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997):
- Placa Triangular (90,0 cm de lado);

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.9. Plano de Sinalização e Controle de Tráfego
Página 154
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Placa Circular (75,0 cm de diâmetro);


- Placa Retangular (2,0 x 1,0 m);
- Placa Quadrada (60,0 x 60,0 cm);
- Placa Retangular Educativa (40,0 x 60,0 cm);
- Faixas (lona resistente).
A sinalização deverá ser alvo de manutenção cuidadosa, com
reposição dos dispositivos eventualmente danificados.
Apresenta-se a seguir modelos de placas que poderão ser utilizados.

As placas serão instaladas nas proximidades do canteiro de obras e


nas vias de acesso às áreas de implantação do empreendimento.
Os trabalhadores serão capacitados mediante a realização de cursos
de segurança, direção defensiva, controle e sinalização do tráfego, e a
população em geral será alertada também através das ações desenvolvidas no
âmbito do Programa de Comunicação Social, para reforçar as atitudes
preventivas.
A execução deste plano é responsabilidade do empreendedor,
podendo o mesmo buscar o apoio e a participação da Polícia Militar, DER e
Prefeituras de Barreiras e São Desidério. Mediante especificações contratuais,

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.9. Plano de Sinalização e Controle de Tráfego
Página 155
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

o empreendedor poderá atribuir à empresa contratada para executar a obra a


tarefa de sinalizar o empreendimento e seu entorno, e as estradas de acesso.

5.9.7. META

Minimizar os riscos de acidentes e transtornos.

5.9.8 AVALIAÇÃO/MONITORAMENTO

A avaliação e o monitoramento da eficácia dos resultados desse plano


serão avaliados por 2 (dois) indicadores: (i) ocorrência de acidentes de trânsito
e (ii) número de reclamações da população do entorno.
Serão elaborados relatórios bimestrais internos, para fins de
monitoramento dos resultados alcançados e possíveis ajustes necessários, e
um relatório de avaliação final.
O monitoramento deverá envolver:
- Acompanhamento do planejamento e da execução das obras, visando
verificar a efetiva observância do estabelecido neste Plano e a promoção das
eventuais correções, inclusive no que respeita à sinalização de novos
segmentos de obra.
- Verificação junto às comunidades e usuários locais, através de entrevistas, da
necessidade ou não de melhorias da sinalização, inclusive noturna.
- Manutenção e conservação das placas e dos sinais durante todo o período de
obras.
- Avaliação quanto à suficiência dos sinais de trânsito, dispositivos de
canalização do tráfego, dispositivos luminosos e controle de trânsito.
- Operação nos segmentos com tráfego alternado, por meio de sinaleiros,
barreiras e sinais suplementares.
- Existência de obstáculos e atritos laterais ao tráfego.
- Controle da regulagem e da velocidade de operação dos equipamentos e
veículos;
- Tratamento adequado, no caso da formação de nuvens de poeira e de áreas
enlameadas.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.9. Plano de Sinalização e Controle de Tráfego
Página 156
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Aplicação de treinamento (com reciclagem) para os trabalhadores


encarregados dos serviços de maior responsabilidade, com o objetivo de
orientar e promover a incorporação e conscientização dos conceitos
ambientais, a este público alvo.

5.9.9. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Entre os requisitos legais e as normas a serem observadas em todas


as atividades das obras civis, destacam-se:
Normas do Ministério do Trabalho :NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes – CIPA / Manual CIPA; NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual
– EPI; NR 8 – Edificações; NR 9 – Programas de Prevenção de Riscos
Ambientais; NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenamento e Manuseio
de Materiais; NR 12 – Máquinas e Equipamentos; NR 15 – Atividades e
Operações Insalubres; NR 17 – Ergonomia; NR 18 – Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil; NR 19 – Explosivos;
NR 21 – Trabalho a Céu Aberto; NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto
nos Locais de Trabalho; NR 26 – Sinalização de Segurança.
b) Normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas: NBR 7276 –
Sinalização de Advertência em linhas aéreas de transmissão de energia
elétrica; NBR 7395 – Marcas Viárias; NBR 8664 – Sinalização para
identificação de linha aérea de transmissão de energia elétrica.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.9. Plano de Sinalização e Controle de Tráfego
Página 157
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.9.10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
Mobilização e Instalação do Canteiro 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
2.1 SAETOWERS . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 PLANO DE SINALIZAÇÃO E CONTROLE DE TRAFEGO


Treinamento e divulgação de informações 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%

3.1 sobre a identificação dos riscos no canteiro NOVO NORTE


de obras
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Produção e divulgação de folders
3.2 NOVO NORTE
informativos
20% 20% 20% 20% 20%
3.3 Instalação de placas sinalizadoras NOVO NORTE
8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33%
3.4 Monitoramento e controle das vias de acesso NOVO NORTE
14,3% 14,3% 14,3% 14,3% 14,3% 14,3% 14,2%
3.5 Emissão de relatórios NOVO NORTE

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.9. Plano de Sinalização e Controle de Tráfego
Página 158
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.9.11. BIBLIOGRAFIA

Manual Rodoviário de Conservação, Monitoramento e Controle Ambientais


do DNIT – Publicação IPR – 711, de 2005.

Manual para Atividades Ambientais Rodoviárias – Publicação IPR – 730, de


2006.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.9. Plano de Sinalização e Controle de Tráfego
Página 159
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.10. PLANO DE CONTRATAÇÃO E


CAPACITAÇÃO DE MÃO DE OBRA
LOCAL

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.10. Plano de Contratação de Capacitação de Mão de Obra Local
Página 160
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.10.1. APRESENTAÇÃO

Ao longo de todo o período de implantação da LT 230 kV SE Barreiras II/SE


Rio Grande II – Barreiras/São Desidério, serão efetuadas as contratações de
trabalhadores, conforme necessidades estabelecidas pelas empresas envolvidas na
construção dessa obra.
As contratações se darão de forma sistematizada, seguindo o processo
seletivo, e de capacitação dos candidatos.
Este plano será realizado sob a responsabilidade do empreendedor que
poderá buscar parcerias com entidades especialistas: Sistema Nacional de
Emprego/Instituto de Desenvolvimento do Trabalho - SINE/IDT, Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial - SENAC, Prefeituras Municipais, Associações Comerciais
e de Classe, etc.
As atividades relacionadas ao treinamento dos trabalhadores serão de
responsabilidade das construtoras, compartilhadas com o empreendedor.

5.10.2. PLANO DE CONTRATAÇÃO E CAPACITAÇÃO DA MÃO DE OBRA


LOCAL

Importante considerar a contratação, ao máximo, de trabalhadores que


residem nos municípios da Área de Influência do empreendimento e/ou das
localidades vizinhas, pois isso fomenta o desenvolvimento socioeconômico da
região, através da geração de empregos para integrantes das comunidades vizinhas
ao empreendimento, além de melhorar sua imagem diante dessas comunidades,
obtendo mais apoio ao empreendedor na implantação da LT e dos seus demais
programas de caráter social e ambiental, voltados aos municípios atingidos.
Comumente trabalhadores de alta especialização não costumam ser
encontrados nas regiões onde é construído esse tipo de empreendimento, o que
ocorre também nesse caso, requerendo que esses profissionais sejam trazidos, na
maioria das situações, de fora, estando mais disponibilizados para as comunidades
locais funções que não exigem muita especialização.
Além disso, através da priorização em contratar trabalhadores locais, há
diminuição do porte dos alojamentos e áreas de lazer para acomodação dos

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.10. Plano de Contratação de Capacitação de Mão de Obra Local
Página 161
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

trabalhadores oriundos de fora da região, além da redução da geração de esgoto


sanitários e resíduos sólidos, e da contribuição para minimizar os impactos
socioeconômicos negativos às comunidades envolvidas.

5.10.3. JUSTIFICATIVA

É previsto que na construção do empreendimento sejam empregados em


média 300 trabalhadores no pico da obra. Por sua vez, o diagnóstico
socioeconômico realizado para o Estudo de Médio Impacto (EMI), identificou que a
região se caracteriza, em termos médios, por uma população pouco qualificada para
atuar diretamente nas atividades construtivas do empreendimento uma vez que a
força de trabalho é notoriamente ligada à agricultura e demais serviços ligados ao
comércio, sendo indicada, portanto, a sua capacitação, de forma que possam
atender as necessidades das obras e se qualificar para concorrerem aos postos de
trabalho a serem gerados.
O referido plano enquadrar-se-á nas normas regulamentadoras do Ministério
do Trabalho nas leis estabelecidas na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT e
da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Frente ao exposto, e de forma a maximizar o aproveitamento da mão de obra
local para o período construtivo, contribuindo para a redução e gestão do fluxo
migratório que poderia ocorrer frente à implantação do empreendimento, justifica-se
a implementação de programas voltados para a capacitação dessa população.

5.10.4. OBJETIVOS

5.10.4.1 Objetivo Geral

O objetivo do Plano de Contração e Capacitação de Mão de Obra é


organizar as ações de qualificação de mão de obra do empreendimento. Como o
próprio nome indica, o plano visa oferecer condições à população da Área de
Influência do empreendimento, para se capacitar e participar dos processos de
seleção dos trabalhadores na implantação da Linha de Transmissão. Estas medidas,
portanto, têm como objetivo final potencializar os impactos positivos de aumento de

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.10. Plano de Contratação de Capacitação de Mão de Obra Local
Página 162
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

emprego e renda e mitigar possíveis impactos negativos associados à atração de


mão de obra e população de outras regiões do Estado.

5.10.4.2 Objetivos Específicos

- Fomentar ao desenvolvimento socioeconômico regional através da contratação de


trabalhadores locais;
- Melhorar a imagem do empreendimento junto às comunidades locais;
- Facilitar a implantação de atividade de educação ambiental e patrimonial;
- Obtenção de maior apoio para a implantação do empreendimento e as suas
demais ações, seja de caráter social, econômico e ambiental.

5.10.5. PÚBLICO ALVO

O Plano de Contratação e Capacitação de Mão de Obra Local é voltado para


as pessoas interessadas e contratadas para trabalhar na fase de implantação do
empreendimento.

5.10.6. METODOLOGIA

Divulgação
A divulgação deve partir do Departamento de Recursos Humanos da empresa
construtora, com o apoio das prefeituras municipais, bem como estações de rádio
locais, antes do início das obras.

Cadastramento
O cadastramento dos trabalhadores interessados deve ser realizado antes
do início das obras (recomenda-se 02 meses), em tempo hábil ao treinamento a ser
desempenhado pela função o posto de trabalho.
A construtora deve divulgar previamente o interesse na contratação de mão
de obra local nos meios de comunicação local, para orientar quais os locais de
entrega do cadastro da população, que devem abordar no mínimo: Nome, Idade,
Sexo, Escolaridade, Experiência anterior, Deficiência (auditiva, fala, física, visual),

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.10. Plano de Contratação de Capacitação de Mão de Obra Local
Página 163
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Área de interesse (armador, carpinteiro, pedreiro, pintor, mecânico, encanador,


soldador, lixador, etc.), Situação profissional (empregado, desempregado) e renda
familiar.
As informações obtidas no cadastramento dos trabalhadores possibilitam a
formação de um banco de dados da mão de obra local pela construtora responsável,
o que possibilita gerar um acervo de quadro técnico para futuros empreendimentos
que venham a ocorrer na região.

Seleção dos Candidatos


A seleção dos candidatos é feita por critérios de acordo com a necessidade
da obra, tempo de experiência, incluindo quesitos sociais, favorecendo os
candidatos com maiores necessidade e potenciais de crescimento a serem
explorados.
A seleção dos empregados a serem contratados / recrutados segue o
seguinte roteiro:
- Levantamento Estatístico do Perfil dos Candidatos, a partir dos quesitos do
cadastramento;
- Classificação dos Candidatos;
- Comprovação das Qualificações;
- Exame Médico Admissional;
- Treinamento e Capacitação.
Os trabalhadores, durante a seleção e recrutamento devem ser informados
quanto à duração prevista para as obras.

Treinamento e Capacitação
As atividades de treinamento e capacitação dos trabalhadores recrutados
devem ser iniciadas antes do início das obras (recomenda-se 02 meses) e objetivam
a orientação sobre os principais aspectos do projeto, de sua estrutura de gestão, de
seu código de conduta relativo ao relacionamento com residentes nas áreas de
influência do empreendimento, de suas obrigações quanto aos aspectos de saúde e
segurança no trabalho, incluindo o uso de EPI’s – Equipamento de Proteção
Individual.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.10. Plano de Contratação de Capacitação de Mão de Obra Local
Página 164
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Entretanto, as palestras de orientação devem se estender durante toda a


execução das obras, em função da maior necessidade que for identificada pelas
equipes de segurança do trabalho e da gestão ambiental do empreendimento, como
acidentes reincidentes num mesmo local, informações relacionadas à produção e
produtividade, saúde e segurança no trabalho e meio ambiente.
A comunicação deve ser diária entre os trabalhadores e o gerente
responsável pela execução das obras, para orientar permanentemente ao
trabalhador quanto às melhores condutas a serem adotadas frente aos principais
temas das obras. Deve ser realizada a divulgação intensiva das práticas
recomendadas como código de conduta, de acordo com Plano Ambiental da
Construção (PAC).
Dentro do treinamento de capacitação, os empreendedores e suas
contratadas desenvolverão as seguintes ações básicas:
- Efetuar treinamento do contratado passando a este todas as informações básicas
pertinentes à função que irá desempenhar, ao equipamento que irá manusear e a
área de execução da sua função;
- Disponibilizar aos empregados a oportunidade de realização de cursos correlativos
as suas atividades ou às atividades da empresa como forma de reciclagem do
contratado para o melhor desempenho das suas atividades.
Dentro do treinamento de segurança, a empresa deverá atender as
seguintes orientações:
- Todos os empregados admitidos deverão passar por treinamento básico de
segurança do trabalho antes de ter acesso às áreas de operação;
- Todos os operários mobilizados para execução dos serviços deverão receber
orientação quando os riscos inerentes aos serviços a serem executados, riscos
próprios da área em que atuarão, bem como procedimentos de trabalho e medidas
preventivas a serem adotadas; e,
- Ministrar treinamento, simulando incêndios, a fim de preparar equipes capacitadas
a cumprir com eficiência a prevenção e combate a incêndio.

Desmobilização da Mão de Obra


Para a desmobilização de mão de obra, a empreiteira responsável deve
promover entendimentos que facilitem a recolocação no mercado de trabalho nas

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.10. Plano de Contratação de Capacitação de Mão de Obra Local
Página 165
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

fases de liberação dos trabalhadores, através de um trabalho integrado com


prefeituras municipais, com órgãos de classe, sindicatos e com empreendedores de
outras obras da região.
A desmobilização dos trabalhadores deve ocorrer progressivamente até a
conclusão das obras, levando em conta a possibilidade de indicação dessa mão de
obra para outras eventuais frentes de trabalho na região.
Os critérios quanto ao retorno dos trabalhadores objetivam reduzir os
impactos adversos provenientes da indução de movimentação de pessoas atraídas
por oportunidades de emprego, evitando o surgimento de aglomerações e
serviços/atividades informais que possam causar desestabilização da organização
social vigente.
A empreiteira contratada deverá ainda na fase de desmobilização da obra:
- Avaliar a manutenção do funcionário para atendimento a outros contratos em vigor;
- Consultar outras empreiteiras priorizando a reposição em novas vagas;
- Estabelecer medidas de transição adequadas, como o desligamento programado,
treinamento e reciclagem;
- Disponibilizar registro documental comprovando as atividades desenvolvidas,
capacitações adquiridas e tempo de experiência; e,
- Estimular o retorno dos empregados, com residência fixa fora da região, à sua
origem, ao fim do contrato.

5.10.7 METAS

As metas do Plano de Contratação e Capacitação de Mão de Obra Local são


apresentadas no quadro a seguir:

Quadro 8: Metas do PCCMOL


METAS
Selecionar candidatos
Capacitação dos candidatos - Treinamentos
Inserção dos trabalhadores ao mercado de trabalho

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.10. Plano de Contratação de Capacitação de Mão de Obra Local
Página 166
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.10.8. ATIVIDADES/AÇÕES

As atividades/ações do Plano de Contratação e Capacitação de Mão de


Obra Local são apresentadas no quadro a seguir:

Quadro 9: Atividades/Ações do PCCMOL


ATIVIDADES/AÇÕES
Divulgar das vagas
Ministrar Capacitação
Ministrar Palestras (Trabalhadores)
Divulgar a desmobilização dos trabalhadores – inserção no mercado

5.10.9 MATERIAL DE APOIO

Para a implementação do Plano de Contratação e Capacitação de Mão de


Obra Local, será necessário:

Quadro 10: Material de apoio do Plano de Contratação e Capacitação de Mão de Obra Local
ATIVIDADE RECURSO ESPECIFICAÇÕES
Equipamento Técnico Trabalhadores/Equipe EPI’s

Capacitação Equipe Técnica; Carro; Capacitação/Treinamento


Recursos audiovisuais, EPI’s

5.10.10 AVALIAÇÃO

Para avaliar o Plano de Contratação e Capacitação de Mão de Obra Local,


bem como orientar possíveis adequações, propõe-se um monitoramento permanente
das ações desenvolvidas, tornando possível avaliar a eficácia das ações por meio
de:
- Reuniões periódicas com a equipe de responsável;
- Avaliação dos treinamentos durante a capacitação.
Relatório pós contratação: este relatório conterá as informações desta etapa inicial
de contratação, contendo evidências da divulgação, seleção e capacitação.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.10. Plano de Contratação de Capacitação de Mão de Obra Local
Página 167
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Relatórios: relatórios de atividade semestrais contendo evidências do andamento


das ações previstas por este plano.

5.10.11. FUNDAMENTOS LEGAIS

Este Programa atende a legislação brasileira no que se refere aos diretos e


deveres dos contratantes e contratados, na CLT – Consolidação das Leis do
Trabalho.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.10. Plano de Contratação de Capacitação de Mão de Obra Local
Página 168
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.10.12 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Mobilização e Instalação do Canteiro
2.1 SAETOWERS . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 CRONOGRAMA - PLANO DE CONTRATAÇÃO E CAPACITAÇÃO DA MÃO DE OBRA LOCAL


Divulgação prévia do interesse na 100,0%
3.1 NOVO NORTE
contratação de mão de obra local
Cadastramento dos trabalhadores 50,0% 50,00%
3.2 NOVO NORTE
interessados
Formação de um banco de dados da mão de 34,0% 33,0% 33,0%
3.3 NOVO NORTE
obra local pela construtora responsável
Seleção dos empregados a serem 34,0% 33,0% 33,0%
3.4 NOVO NORTE
contratados / recrutados
Promover atividades de treinamento e 34,0% 33,0% 33,0%
3.5 NOVO NORTE
capacitação dos trabalhadores recrutados
6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66%
3.6 Palestras de orientação NOVO NORTE

Promover troca de informações diárias entre 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66%
3.7 os trabalhadores e o gerente responsável NOVO NORTE
pela obra
Disponibilizar aos empregados a 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66%
oportunidade de realização de cursos de
3.8 NOVO NORTE
reciclagem para o melhor desempenho das
atividades

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.10. Plano de Contratação de Capacitação de Mão de Obra Local
Página 169
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)


0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66%
Reuniões periódicas com a equipe
3.9 NOVO NORTE
responsável
34,0% 33,0% 33,0%
Avaliação dos treinamentos durante a
4 NOVO NORTE
capacitação
6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66% 6,66%
Divulgação das práticas recomendadas como
4.1 código de conduta, de acordo com Plano NOVO NORTE
Ambiental da Construção (PAC)
5,88% 5,88% 5,88% 5,88% 5,88% 5,88% 5,88% 5,88% 5,88% 5,88% 5,88% 5,88% 5,88% 5,88% 5,88% 5,88% 5,88%
Elaboração e emissão de Relatório Pós-
4.2 NOVO NORTE
contratação
25,0% 25,0% 25,0% 25,0%
Elaboração e emissão de Relatórios de
4.3 NOVO NORTE
Atividades
50,0% 50,0%
4.4 Desmobilização de mão de obra NOVO NORTE

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.10. Plano de Contratação de Capacitação de Mão de Obra Local
Página 170
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.10.13. BIBLIOGRAFIA

PEREIRA, Potyara Amazoneida P. A questão social e as transformações das


políticas sociais: resposta do estado e da Sociedade civil. Ser Social – Questão
Social e Serviço Social. Revista semestral do programa de Pós-Graduação em
Política Social da UnB. Brasília , nº 6 p. 119, jan./jun. 2000

IANNI, Octávio. Estado e Planejamento Econômico no Brasil. 4ª ed. Rio de Janeiro.


Civilização Brasileira, 1986

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.10. Plano de Contratação de Capacitação de Mão de Obra Local
Página 171
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.11. PLANO DE APOIO ÀS


ATIVIDADES PRODUTIVAS PARA
ARRANJOS PRODUTIVOS

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.11. Plano de Apoio às Atividades Produtivas para Arranjos Produtivos
Página 172
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.11.1. APRESENTAÇÃO

A implantação da A LT 230 kV SE Barreiras II / SE Rio Grande II –


Barreiras/São Desidério, com sua extensão de 125 km, poderá afetar as atividades
da agricultura local, presentes nos municípios entre Barreiras e São Desidério. Serão
desenvolvidas ações que visem o apoio a produtividade das propriedades rurais, a
fim de minimizar os impactos negativos da implantação da obra nas estruturas
produtivas do municípios envolvidos na AID. Além disso, a proposição de um arranjo
produtivo local permitirá a integração entre os produtores e estes com o poder
público e outros atores.

5.11.2. PLANO DE APOIO AS ATIVIDADES PRODUTIVAS

O Plano de Apoio as Atividades Produtivas para Arranjos Produtivos, deverá


subsidiar parcerias entre os produtores rurais, ampliando as chances de
sobrevivência e crescimento no agronegócio da região.
Informações produtivas, tecnológicas e metodológicas poderão ser trocadas
entre os produtores locais, através da realização de eventos/feiras, cursos e
seminários. Esse arranjo proporcionaria a troca de experiências, formando uma rede
de aprendizagem e de difusão de inovações. O arranjo produtivo local constitui uma
fonte fundamental para a transmissão de conhecimento e a ampliação da
capacitação produtiva, além de facilitar a consolidação de parcerias com instituições
de ensino e pesquisa e o poder público.
A produção agrícola gera em torno, principalmente, da produção de soja,
vinculando a produção local com a produção nacional, seguida pela produção do
milho e do arroz. Outras culturas também se destacam, como feijão algodão e frutas.
A diversidade da agricultura, tendo como consequências positivas a rotação de
culturas associadas à pecuária, faz com que os municípios de Barreiras e São
Desidério, não sofram o risco de decadência produtiva por conta de cultivo de
monocultura.
Desta maneira, este plano tem como objetivo apoiar os produtores rurais,
estimulando a interação entre eles e a atividade produtiva principal da região. Serão
estabelecidas parcerias entre os produtores, o empreendedor e o órgão público, com

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.11. Plano de Apoio às Atividades Produtivas para Arranjos Produtivos
Página 173
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

o propósito de implementar medidas que minimizem o impacto sobre a produtividade


local. Juntamente com o Programa de Educação Ambiental e o Programa de
Comunicação Social, serão fomentadas atividades voltadas para a agricultura
sustentável.

5.11.3. JUSTIFICATIVA

A região oeste da Bahia é marcada pela modernização conservadora da


agricultura, apresentando fluxo intenso de migrantes, principalmente da região sul do
país, ocupando as áreas de cerrado, aproveitando as vantagens naturais da região
para o estabelecimento de lavouras para fins comerciais e processamento industrial,
servindo como base para a implantação e consolidação de diversas agroindústrias
que vão se estabelecer ao longo do tempo.
O conceito de sustentabilidade ambiental irá ser incorporado as atividades
desenvolvidas pelo plano, incentivando melhoramentos nas metodologias utilizadas
nos cultivos atuais, minimizando os impactos causados no ambiente.

5.11.4. OBJETIVOS

5.11.4.1. OBJETIVO GERAL

Estabelecer procedimentos para a formalização do arranjo produtivo local,


dos produtores entre os municípios de Barreiras e São Desidério, da AID da linha de
transmissão, viabilizando o desenvolvimento do agronegócio, através do incentivo
aos pequenos produtores pelo poder público local.

5.11.4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Estimular a cooperação e a interação entre os pequenos produtores locais;


- Envolver outros atores no arranjo produtivo local (empreendedor, instituições de
ensino/pesquisa e o poder público);
- Desenvolver práticas sustentáveis junto com os produtores rurais, através de
eventos, feiras, seminários, palestras, etc. e a comunidade local;

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.11. Plano de Apoio às Atividades Produtivas para Arranjos Produtivos
Página 174
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Incentivar a agricultura familiar, com foco social e de apoio a produção de


alimentos;
- Desenvolver parcerias com órgãos do poder público para a garantia de incentivos
que viabilizem o crescimento do pequeno produtor.

5.11.5. PÚBLICO ALVO

Serão envolvidos neste programa os produtores rurais locais da AID da linha


de transmissão, instituições de ensino e pesquisa, poder público.

5.11.6. METODOLOGIA

Identificação do conjunto de atores envolvidos no arranjo produtivo


Realizar o levantamento de instituições locais e órgãos do poder público que
auxiliarão no desenvolvimento de atividades pertinentes a este plano, com os
produtores rurais que irão compor o arranjo produtivo local.

Realização do diagnóstico sobre o arranjo produtivo local


Avaliar as atividades desenvolvidas pelos pequenos produtores rurais, e
proposição de medidas que visem a cooperação entre eles. Obter conhecimentos
sobre os produtos cultivados e propor ações que estimulem o compartilhamento de
informações e ao mesmo tempo o aprendizado de novas metodologias.

Realização de um fórum com os produtores rurais e o poder público


A realização de um fórum entre os produtores rurais e o poder público,
objetivando estabelecer os princípios que serão necessários para a implementação
do arranjo produtivo local. Neste fórum, também será elegido um representante que
comporá a Comissão de Acompanhamento do Empreendimento.

Realização de eventos que estimulem a troca de conhecimentos entre os produtores


rurais e o poder público
Realização de atividades, como por exemplo: eventos/feiras, seminários e
cursos, com a comunidade e atores envolvidos na execução deste plano, com o
Plano de Controle Ambiental (PCA)
5.11. Plano de Apoio às Atividades Produtivas para Arranjos Produtivos
Página 175
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

apoio do poder público, estimulando a troca de conhecimento e obtenção de novas


experiências que poderão ser utilizadas no cotidiano. Promover atividades que
envolvam o programa de educação ambiental, sobre ambiente sustentável.

Acompanhamento e Monitoramento das atividades


Durante a execução deste plano a equipe técnica irá realizar o
acompanhamento e o monitoramento das atividades que estarão sendo
desenvolvidas, como a formalização da cooperação e interação entre os produtores
rurais, a atuação dos demais atores. A participação do poder público no fomento das
atividades deste plano, será de grande importância, pois proporcionará a elaboração
de projetos com os produtores rurais e para a agricultura familiar, com a liberação de
incentivos.

Emissão de Relatórios
Os relatórios das atividades serão encaminhados ao órgão licenciador
quadrimestralmente.

5.11.7. METAS/ATIVIDADES/AÇÕES

Quadro 11: Metas, atividades, ações do Programa

Metas Atividades / Ações

- Levantamento de instituições locais e órgãos


do poder público que auxiliarão no
Identificação do conjunto de atores
desenvolvimento de atividades pertinentes a
envolvidos no arranjo produtivo
este plano,
- Levantamento dos produtores rurais que irão
compor o arranjo produtivo local.
- Avaliar as atividades desenvolvidas pelos
pequenos produtores rurais, e proposição de
medidas que visem a cooperação entre eles.
Realização do diagnóstico sobre o
- Obter conhecimentos sobre os produtos
arranjo produtivo local
cultivados
- Propor ações que estimulem o
compartilhamento de informações e ao mesmo
tempo o aprendizado de novas metodologias.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.11. Plano de Apoio às Atividades Produtivas para Arranjos Produtivos
Página 176
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Metas Atividades / Ações

- Realização de um fórum entre os produtores


Realização de um fórum com os
rurais e o poder público;
produtores rurais e o poder público
- Definição de uma comissão de
acompanhamento do plano.
- Realização de atividades, como por exemplo:
Realização de eventos que eventos/feiras, seminários e cursos, com a
estimulem a troca de comunidade e atores envolvidos na execução
conhecimentos entre os produtores deste plano;
rurais e o poder público - Promover atividades que envolvam o
programa de educação ambiental, sobre
ambiente sustentável.
- Acompanhamento e o monitoramento das
Acompanhamento e
atividades que estarão sendo desenvolvidas;
Monitoramento das atividades
- Participação do poder público no fomento
das atividades deste plano;
- Relatórios das atividades serão
Emissão de Relatórios
encaminhados ao órgão licenciador
quadrimestralmente.

5.11.8.AVALIAÇÃO

Está prevista a emissão de relatórios quadrimestrais internos para


acompanhamento. Tal relatório terá como objetivo, avaliar e subsidiar a
readequação e/ou redirecionamento das ações/parcerias previstas neste plano.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.11. Plano de Apoio às Atividades Produtivas para Arranjos Produtivos
Página 177
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.11.9. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

CRONOGRAMA FÍSICO
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Mobilização e Instalação do Canteiro
2.1 SAETOWERS . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 PLANO DE APOIO AS ATIVIDADES PRODUTIVAS PARA ARRANJOS PRODUTIVOS


15% 40% 45%
Identificação do conjunto de atores
3.1 NOVO NORTE
anvolvidos no arranjo produtivo
33% 33,0% 34%
Realização do diagnóstico sobre arranjo
3.2 NOVO NORTE
produtivo local
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
Realização de fórum com os produtores
3.3 NOVO NORTE
rurais e o poder público
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
Realização de eventos entre os produtores
3.4 NOVO NORTE
rurais e o poder público
6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25%
Acompanhamento e monitoramento das
3.5 NOVO NORTE
atividades
25% 25% 25% 25%
3.6 Emissão de relatórios NOVO NORTE

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.11. Plano de Apoio às Atividades Produtivas para Arranjos Produtivos
Página 178
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.11.10. BIBLIOGRAFIA

SOUZA, Edilson Correia da Silva et al. OESTE DA BAHIA: NOVOS ARRANJOS


ESPACIAIS. Universidade Estadual de Feira de Santana. Anais do XVI Encontro
Nacional dos geógrafos. Eng 2010. Porto Alegre.

APL Arranjo Produtivo Local. Série Empreendimentos Coletivos. Disponível em


<http://www.agem.sp.gov.br/midia/defini----o-apl.pdf> Último acesso: 28/04/2015.

Projeto Política Nacional de Apoio ao Desenvolvimento Local. Instituto


Cidadania. Disponível em < http://dowbor.org/06dlfinal.pdf> Último acesso:
28/04/2015.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.12. Plano de Indenização Fundiária
Página 179
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.12. PLANO DE INDENIZAÇÃO


FUNDIÁRIA

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.12. Plano de Indenização Fundiária
Página 180
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.12.1. APRESENTAÇÃO

O Programa de Indenização Fundiária visa à formulação de uma proposta de


negociação, tendo em vista que, em geral, a expectativa por parte dos proprietários
sobre os critérios de avaliação e os procedimentos a serem adotados pelo
Empreendedor para a indenização das áreas onde passará a LT.

5.12.2. PLANO DE INDENIZAÇÃO FUNDIÁRIA

A LT 230 kV SE Barreiras II / SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério,


com sua extensão de 123 km, cortará 109 propriedades. Este programa visa a
formulação de uma proposta de negociação, tendo em vista que, em geral, há a
expectativa por parte dos proprietários sobre os critérios de avaliação e os
procedimentos a serem adotados pelo empreendedor para a indenização das áreas
onde passarão a LT.
O estabelecimento de um canal de comunicação entre o empreendedor e os
proprietários afetados é fundamental importância para que a implantação do
empreendimento se dê da forma mais transparente possível, evitando, dessa
maneira, inquietações e desinformações destes proprietários.
Assim, a implementação de ações de negociação, desde a fase de
planejamento, é imprescindível para que o processo se dê de forma mais
transparente possível. A constante troca de informações sobre as ações e
necessidades das partes envolvidas não só possibilita a tomada de decisões
consensuais, como também promove a interação entre a população afetada e o
empreendedor.

5.12.3. JUSTIFICATIVA

Uma das questões que mais se destacam na implantação de


empreendimentos de grande porte é a interferência em terras e benfeitorias rurais
para instalação da infraestrutura prevista, como também para estruturas de apoio,
tais como canteiro de obras, alojamento e vias de acesso. Tal impacto remete à

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.12. Plano de Indenização Fundiária
Página 181
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

necessidade de se formular uma proposta de indenização das áreas interferidas pela


LT, de acordo com as normas de avaliação vigentes. A indenização de servidão de
passagem das áreas a serem interferidas pelo empreendimento constitui parte
essencial das ações necessárias à desocupação dessas áreas.
O Empreendedor deverá considerar as preocupações, naturais e legítimas,
por parte dos proprietários de áreas interferidas, tomando como princípio o
estabelecimento de um processo baseado nas normas de avaliação vigentes, no
sentido de se encontrar valores justos e adequados para as indenizações, para o
processo de negociação.

5.12.4. OBJETIVOS

5.12.4.1. Objetivo Geral

O objetivo do presente Programa é apresentar as ações que o


empreendedor deverá realizar, com a finalidade de indenizar os produtores pela
restrição à utilização plena das áreas destinadas à implantação da LT, considerando
também as benfeitorias, e os usos do solo presentes em cada propriedade e os
acessos a serem afetados. Deverão ser utilizadas as normas de avaliação vigentes
para definição dos valores de indenização.
A estratégia básica do Programa é o estabelecimento de contatos
permanentes com os proprietários/posseiros afetados, desde o levantamento
topográfico da faixa, passando pelo cadastramento, avaliação, negociação e registro
em cartório.
A estratégia política para inserção do empreendimento na região deverá ser
traçada dentro de parâmetros de credibilidade, no entendimento com as
comunidades, para informa-las sobre as diretrizes e critérios de indenizações para a
instituição da servidão, por restrição de uso do solo, ressarcimento de danos
causadas à propriedade, remoção de benfeitorias e valores de referência,
obedecendo à legislação específica.
Será de fundamental importância esclarecer os proprietários, sobre as
questões ambientais, patrimoniais e relativas à eventual remoção de benfeitorias e
as diretrizes e critérios para instituição da faixa de servidão.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.12. Plano de Indenização Fundiária
Página 182
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.12.5. PÚBLICO ALVO

Constitui público alvo do presente Programa o conjunto de proprietários das


terras onde será implantado o empreendimento e obras complementares, bem como
meeiros, arrendatários, parceiros e agregados, compreendendo todas as famílias
moradoras na área de influência direta - AID e as propriedades ali existentes.

5.12.6. METODOLOGIA

Licença de Passagem
Deverão ser apresentadas individualmente aos proprietários, as atividades e
serviços a serem realizados na implantação do empreendimento. Neste primeiro
momento serão prestados esclarecimentos sobre o cadastro topográfico, dos
levantamentos físicos de terras e benfeitorias, critérios para determinação de
valores, avaliação e indenização, documentação necessária para a escrituração da
servidão de passagem, da necessidade de abertura de estradas de acesso e praças
de lançamento, da passagem aérea dos cabos condutores e a consequente
energização da Linha de Transmissão.
Desta forma, será elaborado um documento específico, intitulado Licença de
Passagem, onde constará de forma sucinta as características do empreendimento, a
necessidade de remoção de edificações e recursos naturais, os riscos e restrições a
serem impostos na faixa de domínio e a consequente indenização pelos danos
causados na propriedade.

Cadastro Socioeconômico e Cadastro Físico-documental


Os cadastros consistirão de uma pesquisa de campo abrangendo as
propriedades existentes na área, contemplando os seguintes aspectos básicos
como: matrícula, CCIR, ITR, identificação do proprietário; características básicas da
propriedade; área total e situação legal; utilização das terras; características da
produção agrícola e da pecuária; renda auferida; fontes de abastecimento de água;
energia elétrica; e nível de informação e opiniões do entrevistado sobre o
empreendimento.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.12. Plano de Indenização Fundiária
Página 183
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Já aquele direcionado às famílias residentes na área de interferência do


empreendimento deverá considerar os seguintes itens: identificação do entrevistado
e da família; caracterização do domicílio (incluindo-se questões de saneamento
básico); caracterização da família (número de membros, sexo, idade, relação com o
chefe, naturalidade, procedência, tempo de residência no domicílio e escolaridade);
relações de trabalho, ocupação e renda; condições de saúde; e nível de organização
social.
O cadastro físico compreende o levantamento das características físicas do
bem a ser atingido pelo empreendimento, ou seja, terras, plantações, edificações e
demais benfeitorias.
Será realizado o levantamento topográfico planimétrico para obter a área do
terreno interferido, plantações, entre outros. Os trabalhos de topografia vão gerar
dois produtos finais: i) o desenho topográfico e, ii) o memorial descritivo do terreno
interferido, por propriedade.
O levantamento físico das construções existentes (medição de casas,
galpões, paióis, pocilgas, chiqueiros, cercas, passeios, gramados etc.) será realizado
para servir de base na elaboração de orçamentos de custo ou simplesmente para
produção de provas.
A documentação deverá ser utilizada para formalizar as negociações
(contratos ou instrumentos particulares de compra e venda, de constituição de
servidão de passagem, desapropriação amigável etc.) ou para compor processos
judiciais de ações de desapropriação ou de constituição de servidão de passagem. A
documentação do imóvel serve para informar quem é o proprietário ou proprietários,
ou seja, quem deve assinar e, também, para verificar a existência de gravames/ônus
sobre o imóvel (hipoteca, penhora etc.).
Todas as etapas do processo de instituição da faixa de servidão serão
arroladas em processos individualizados — tantas propriedades quantas forem
interferidas — nos quais serão anexados todos os documentos e histórico do
processo de instituição de servidão ou indenização, até a efetiva escrituração e
registro da servidão.
Todos os registros documentais do titular e do imóvel também farão parte do
cadastro, sendo utilizados para o desenvolvimento das demais etapas do processo
de avaliação, negociação e indenização.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.12. Plano de Indenização Fundiária
Página 184
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

DADOS DO PROPRIETÁRIO / OCUPANTE:


Constará das seguintes informações:
Nome: consiste no nome completo do proprietário, conforme consta em documento;
Data de nascimento: certificado conforme consta em documento;
Nacionalidade: quando for estrangeira, será indicado o país em que o mesmo
nasceu;
Local de Nascimento: corresponde ao município de seu nascimento;
Estado: Unidade de Federação a que pertence o município de seu nascimento;
Profissão: constará a principal profissão que exerce o proprietário;
CPF/CNPJ: quando for pessoa física, indicar o CPF, o seja, a numeração constante
no Cartão de Identidade do Contribuinte, emitido pelo Ministério da Fazenda.
Quando for pessoa jurídica, irá constar o número constante do Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica – CNPJ, emitido pelo mesmo ministério.
Assinatura: sabe assinar? Constará um “X” no espaço reservado para SIM, se o
proprietário sabe assinar e NÃO caso o mesmo não saiba assinar;
Tipo de Documento de Identificação: indica-se o documento apresentado no ato com
a correspondente numeração inserida no mesmo, bem como o órgão expedidor;
Nome dos Pais: deverá constar de forma legível, o nome dos pais do proprietário;
Estado Civil: será assinalado qual ao estado civil do ocupante. No caso específico
de casado com comunhão de bens: se o casamento tiver sido realizado após
26/12/1977, será citada a certidão de pacto anti-nupcial; Cônjuge: o procedimento
será da mesma maneira que o item relativo ao proprietário;
Endereço Residencial: constarão todos os itens constantes do endereço residencial
do proprietário, que não será necessariamente o mesmo da propriedade atingida.
Este item é importante para futuros contatos com o proprietário;
Condição de proprietário: deverá ser assinalado com um “X” se for único, ou se
forem vários os proprietários. Neste caso, será indicado o número e preenchido um
cadastro para cada um dos proprietários;
Espólio: no caso específico de espólio, será indicado o nome do inventariante, o
juízo, o cartório e o nome do advogado, bem como seu endereço e telefone, para
futuros contatos;
Se existirem herdeiros menores de idade, serão mencionados seus nomes e
datas de nascimento.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.12. Plano de Indenização Fundiária
Página 185
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

DADOS DA PROPRIEDADE:
Será informado se consta averbada na matrícula, a presença de área de
reserva legal ou não.
Quanto à situação de ocupação do imóvel será considerado:
Se de domínio, quando o proprietário possui documento de propriedade
registrado no Cartório de Registro de Imóveis (ou que esteja providenciando).
Se de posse, quando o ocupante está em área de domínio público. Ex: faixa
de marinha. Se de posse em área particular, quando o ocupante está em área de
terceiros.
Se de situações extraordinárias, será explicado no item observações;
No caso de ocupante de terreno por posse, será preenchido o termo de
declaração, que consiste no reconhecimento da posse pelo cidadão, mediante
testemunho do confrontante anterior e posterior ao imóvel serviente.
Prosseguindo, na folha cadastral irá constar os demais itens para
identificação do imóvel:
Distrito: Onde se situa o imóvel.
Município: ao qual pertence o distrito.
Comarca: a que pertence o município.
Estado: unidade de Federação a qual pertence o município.
Denominação/Região: quando a propriedade tem algum nome específico e/ou nome
da localidade;
Identificação Fundiária: nome de gleba e número de lotes;
Discriminação de documentos Registrados: constará a informação da comarca a que
pertence o município, o ofício – conforme escritura, pois existem comarcas com mais
de um ofício, a matrícula/transcrição, livro e folha – números constantes de escritura
ou do registro, área de cada documento em hectares, assim como a área total, onde
constará o somatório das áreas.
No cadastro do ITR/CCIR, constará o número (sempre com 13 algarismos),
o módulo, o número do módulo, a Fração Mínima de Parcelamento – FMP, a área de
cada documento, bem como, o somatório das mesmas, sempre em hectare.
Cumpre destacar que ambos os cadastros são fundamentais para a
discussão dos critérios a serem adotados para a indenização dos proprietários
interferidos. Com o objetivo de manter os proprietários rurais sempre informados

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.12. Plano de Indenização Fundiária
Página 186
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

sobre as diversas etapas de instalação do empreendimento e notícias sobre o


andamento das obras, cronogramas, preocupações ambientais e medidas de
preservação ambiental propostas.

Cartilhas e folders
Deverá ser elaborada em consonância com o Programa de Comunicação
Social, uma cartilha/folder para distribuição junto aos proprietários rurais contendo
informações tais como: sistema de transporte, segurança pública e trânsito, data e
período dos lançamentos de cabos, nas rodovias e estradas municipais,
funcionamento da área do canteiro e das estruturas da obra, cuidados ambientais,
entre vários outros.
Sugere-se, também, que os assuntos apresentados abaixo sejam
contemplados nas cartilhas/folders:
− Prestação de informações sobre as justificativas de construção das LT;
− Cronograma informando as etapas da obra;
− Prestação de esclarecimentos sobre as questões ambientais com ênfase nas
restrições de uso na faixa de servidão das LT. Explicitar que esta faixa consiste em
área de segurança para o empreendimento, sendo necessário estabelecer algumas
restrições de uso de modo a preservar a segurança das linhas e dos usuários dos
terrenos sob seu domínio. Os proprietários e usuários das terras localizadas sob a
faixa de servidão deverão ser informados que, durante toda a fase de operação das
LT, deverão se submeter às restrições de uso e ocupação desta faixa, com a
impossibilidade de construção de benfeitorias, de realização de queimadas e de
cultivos de produtos agrícolas de grande porte, como eucaliptos e vegetação
arbórea, que possam colocar em risco a segurança do empreendimento e da
população. Não existe nenhuma restrição para criação de animais e plantios de
culturas rasteiras ou de médio porte (banana, café, milho, feijão, soja etc.);
− Esclarecimentos quanto à indenização da faixa de servidão por restrição de uso
salientando que o processo de negociação deverá ser transparente. Serão objeto de
indenização as benfeitorias que porventura estejam localizadas na área do traçado
das LT;

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.12. Plano de Indenização Fundiária
Página 187
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

− Prestação de informações quanto às questões de segurança, esclarecendo que as


LT serão implantadas obedecendo às normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas – ABNT;
− Estabelecimento de mecanismos de contato e acesso com as equipes do
empreendedor, a empreiteira e subcontratadas (disponibilização de contato
telefônico, endereço para correspondência, e-mail, pessoas responsáveis etc.).

Levantamento de faixa de servidão


O levantamento de faixa de servidão consiste em descrever as
características principais incidentes na faixa serviente e no imóvel avaliando, tais
como, aptidão agrícola dos solos, manejo da propriedade, acessibilidade e distância
ao centro consumidor mais próximo.
Um dos mais sensíveis fatores de valoração de um imóvel é o uso e aptidão
agrícola do solo. Esta variável está relacionada com a potencialidade do solo em
produzir e gerar riquezas, sendo função do uso dado ao mesmo, bem como das
características pedológicas.
Na região de abrangência do empreendimento, foi possível identificar as
seguintes classes de uso e aptidão agrícola dos solos:

a) Aptidão Agrícola dos Solos


Classe IV: Solos intermediários entre os apropriados às culturas e os considerados
impróprios; limitação decorrente da declividade elevada, média fertilidade dos solos
e pedregosidade. Solos propícios a culturas permanentes. Terras cultiváveis apenas
ocasionalmente ou em extensão limitada, com sérios problemas de conservação.
Classe V: Solos com textura arenosa e baixa fertilidade. Terras adaptadas em geral
para pastagens e/ou reflorestamento, sem a necessidade de práticas especiais de
conservação, cultiváveis apenas em casos muito especiais.
Classe VI: Solos com textura arenosa e baixa fertilidade. Terras adaptadas em geral
para pastagens e/ou reflorestamento, com problemas simples de conservação,
cultiváveis apenas em casos especiais de algumas culturas permanentes protetoras
do solo.
Classe VII: Solos com textura arenosa e baixa fertilidade. Terras adaptadas em
geral para pastagens e/ou reflorestamento, com problemas simples de conservação,

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5.12. Plano de Indenização Fundiária
Página 188
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

cultiváveis apenas em casos especiais de algumas culturas permanentes protetoras


do solo.
Classe VIII: Solos impróprios para cultura, pastagem ou reflorestamento, podendo
servir apenas como abrigo e proteção de fauna e flora silvestre, como ambiente para
recreação, ou para fins de armazenamento de água.

b) Nível de Manejo
Manejo Avançado: caracteriza-se pela adoção de práticas agrícolas que
demonstram o interesse do proprietário na obtenção de produtividades altas e na
conservação das características desejáveis do solo em sua propriedade. Assim
nesse manejo o solo será usado conforme sua aptidão agrícola e a aplicação de
capital será intensa, tanto na mecanização, principalmente no envaletamento e
construção dos diques e barragens, como no manejo integrado de pragas e
doenças, conservação do solo e plantio de variedades melhoradas, refletindo um
alto nível tecnológico da propriedade.

Semiavançado: caracteriza-se pela adoção de práticas agrícolas que levam a


obtenção de produtividades médias e na conservação das características desejáveis
de sua propriedade. Assim, neste manejo o solo estará sendo usado conforme sua
aptidão agrícola, mas a aplicação de capital será menor em relação ao manejo
avançado, pois a mecanização não estará presente em todas as fases da operação
e serão adotadas práticas agrícolas simples para a construção das barragens,
curvas de nível e terraços, bem como na utilização de defensivos agrícolas e plantio
de variedades melhoradas, sendo que algumas delas poderão não ser usadas,
refletindo um médio nível tecnológico da propriedade.

Tradicional: adotam-se práticas agrícolas que demonstram o interesse do


proprietário em apenas manter uma razoável produtividade e na conservação das
características desejáveis de sua propriedade. Ocorre o uso de mecanização, mas o
manejo das terras é precário. Praticamente não há aplicação de capital para manejo,
melhoramento e conservação das condições das terras.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.12. Plano de Indenização Fundiária
Página 189
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Primitivo: demonstram o interesse do proprietário em uma agricultura extrativa, isto


é, não há preocupação nenhuma com a aptidão do solo nem com o melhoramento e
a conservação das condições das terras e das lavouras. Praticamente só se faz a
queimada da vegetação existente e o plantio, refletindo um nível tecnológico
rudimentar.

Improdutivo: caracterizado pela não exploração da propriedade, quer devido à


pouca aptidão do solo, e/ou a exagerada declividade do terreno, a excessiva
pedregosidade ou umidade do solo, ou ainda, por tratar-se de Área de Preservação
Ambiental, não sendo possível, assim, atribuir nível tecnológico a propriedade.

c) Acessibilidade
Vários fatores influenciam direta ou indiretamente na valorização de um imóvel rural.
Um destes fatores e a condição de acesso à propriedade, que pode ser identificada
de cinco maneiras distintas, analisadas sob o ponto de vista de sua construção,
conservação e manutenção.
Acessibilidade Ótima: imóveis servidos por rodovias pavimentadas.
Acessibilidade Muito Boa: imóveis servidos por rodovias não asfaltadas, porém
com ótima faixa de rolamento, ótima visibilidade, sem aclives acentuados e com
manutenção constante dos órgãos estaduais e municipais.
Acessibilidade Boa: servidos por rodovias cascalhadas ou não, com boa faixa de
rolamento, mas com limitações quanto a largura, aclives e manutenção.
Acessibilidade Regular: estradas construídas espontaneamente, sem nenhum
projeto ou anteprojeto, restritas ao tráfego de veículos leves, denominadas Estradas
Rurais, com boa trafegabilidade durante o ano todo.
- Acessibilidade Ruim: imóveis servidos por estradas rurais (acessos vicinais) que
não oferecem satisfatórias condições de tráfego e com sérios problemas nos dias de
chuva.

d) Distância ao Núcleo Urbano


Outro fator de valoração num imóvel rural é a sua distância do centro
consumidor, não importando se este centro é ou não sede do município, mas sim se
é o mais próximo da sede do imóvel. Desta forma, podemos identificar quatro

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5.12. Plano de Indenização Fundiária
Página 190
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

situações distintas da valorização de um imóvel em função de sua distância ao


centro consumidor.

 Muito Próximo: zero a 5 km


 Próximo: 6 a 15 km

 Distante: 16 a 30 km

 Muito Distante: mais de 30 km

Levantamento de danos na faixa de servidão


Esta etapa consiste em inventariar criteriosamente as terras e benfeitorias
existentes na faixa de servidão ou que interagem com esta. Além da terra nua,
especificada pela classe de aptidão agrícola dos solos, manejo tecnológico
empregado, são também consideradas as benfeitorias existentes.
As benfeitorias poderão ser culturas ou plantas (árvores frutíferas,
ornamentais e também áreas de pastagem e culturas anuais) , bem como os
recursos naturais (plantas produtora de madeira e lenha), que necessariamente
serão removidas.
Toda esta caracterização, evidentemente, é necessária para a devida
avaliação dos danos na propriedade. Para tanto, deverá constar na junta de
documentos de cada processo administrativo, o formulário de levantamento e o
Termo de Acordo aos Valores Atribuídos aos danos previstos ou causados.

Pesquisa de Preços
De acordo com o estabelecido pelas NBR-5.676 e NBR-8.799, da ABNT –
Associação Brasileira de Normas Técnicas, para avaliação de imóveis urbanos e
rurais, respectivamente, serão coletados preços de mercado, para terras,
benfeitorias reprodutivas e não reprodutivas, visando a determinação de valores
unitários básicos para serem utilizados nas avaliações. A pesquisa será realizada na
Área de Influência do empreendimento, sendo então estabelecidos preços
diferenciados para indenização, de acordo com a região homogênea onde a
propriedade está inserida.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.12. Plano de Indenização Fundiária
Página 191
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

É importante salientar que, embora os preços sejam diferenciados ao longo


do empreendimento, serão considerados iguais para aquelas regiões que forem
semelhantes.
Os dados serão coletados, em separado, para terra nua e benfeitorias.
Os preços coletados sofrerão procedimento de homogeneização e
tratamento estatístico, para definição de valores unitários básicos e avaliação dos
diversos itens dos imóveis interferidos, resultando numa tabela de preços.
Ressalta-se que o laudo de avaliação forma a base técnica para a
indenização.

Avaliação dos Imóveis


Depois de aprovada a pesquisa de preços pelo empreendedor, proceder-se-
á composição dos valores unitários, que serão aplicados aos quantitativos
constantes nos levantamentos físicos de campo, mediante coeficiente de utilização
que considera as restrições de uso e outros fatores.
Será realizada uma avaliação, por equipe competente, em todas as
propriedades cadastradas. A avaliação da propriedade será realizada com os dados
da vistoria, com base nas normas técnicas de avaliação da ABNT – Associação
Brasileira de Normas Técnicas, e considerando os preços dos mercados imobiliários,
local e regional. Com este conjunto de informações, serão estabelecidos critérios
básicos preliminares de indenização, adequados à realidade do empreendimento.

Negociação de Imóveis
Será emitido laudo técnico de avaliação, assinado por profissionais
devidamente habilitados, na forma das Leis 5.194/66 e 5.524/68 e do Decreto-Lei
90.922/85, contendo os valores a serem apresentados para negociação com os
proprietários pela interferência do empreendimento (remoção de benfeitorias,
servidão administrativa, entre outros), de acordo com as Normas Técnicas
Brasileiras e de Engenharia de Avaliações.
Serão apresentados ao proprietário ou beneficiários do imóvel os valores de
avaliação, com os respectivos levantamentos para verificação da procedência das
avaliações, e também as informações e esclarecimentos que se façam necessários
ao entendimento do proprietário.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.12. Plano de Indenização Fundiária
Página 192
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Na oportunidade, serão definidos os prazos para remoção das benfeitorias


contidas na faixa da servidão, caso haja necessidade, e que poderão variar de 30 a
60 dias. Porém, todas deverão estar removidas 30 dias antes do lançamento dos
cabos na propriedade.
Em havendo aprovação dos valores apresentados, o proprietário ou
beneficiários assinarão carta de concordância, com a qual se procederá à solicitação
dos recursos para as devidas indenizações.
Não havendo acordo, por discrepância de valores ou quantificações, o
processo será encaminhado para novo levantamento ou reavaliação, de maneira a
viabilizar a renegociação.
Nos casos em que não houver acordo com o proprietário, por questões que
não sejam técnicas, o processo será encaminhado à assessoria jurídica do
empreendedor ou à empresa contratada para realização de tais serviços, que tomará
as medidas cabíveis.
A empresa deverá enfatizar o interesse em conduzir o processo de
negociação da maneira mais transparente possível e concluir o processo através de
solução amigável, ou seja, concluir as negociações através de um valor comum,
efetivar a constituição da servidão através de instrumento particular e pagar no ato
da escritura pública de constituição de servidão administrativa.
Os casos onde não se obtiver êxito na negociação amigável será utilizada a
Declaração de Utilidade Pública (DUP). Para as negociações sem êxito o condutor
do processo será o Poder Público.

Indenização e Escrituras de Imóveis


Serão emitidos cheques nominais aos beneficiários das indenizações
devidas, a serem entregues no momento da assinatura, em cartório, das
competentes escrituras ou contratos de constituição de servidão.
No caso dos imóveis apresentarem irregularidades na documentação, os
proprietários serão orientados e auxiliados juridicamente pelo empreendedor, no
sentido de obter e/ou regularizar a posse das terras e/ou propriedades.
Todas as despesas legais/cartoriais decorrentes da escrituração do imóvel
correrão por conta do empreendedor.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.12. Plano de Indenização Fundiária
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5.12.7. METAS / ATIVIDADES / AÇÕES


A seguir, as metas, atividades e ações para este Plano:

Quadro 12: Metas, atividades, ações


Metas Atividades / Ações

Elaboração do cadastro socioeconômico dos


estabelecimentos agropecuários localizados
Caracterização das propriedades rurais e do
na área de inserção do empreendimento.
perfil socioeconômico das famílias
Esse cadastro deverá contemplar a
residentes na área de interferência do
caracterização das propriedades rurais e o
empreendimento.
perfil socioeconômico das famílias
residentes.
Elaboração de orçamentos de custo e
formalização das negociações (contratos ou
instrumentos particulares de compra e Elaboração do cadastro físico-documental
venda, de constituição de servidão de dos estabelecimentos agropecuários e dos
passagem, desapropriação amigável etc.) domicílios situados na área a ser afetada
ou composição de processos judiciais de pelo empreendimento.
ações de desapropriação ou de constituição
de servidão de passagem.

Determinação de valores unitários básicos


para serem utilizados nas avaliações. Realização da Pesquisa de Preços

Estabelecimento de critérios básicos


preliminares de indenização, adequados à
realidade do empreendimento. Realização da Avaliação dos Imóveis

Emissão de laudo técnico de avaliação para


apresentação ao proprietário ou
beneficiários do imóvel para as devidas
indenizações.
Realizar a negociação, sempre que
possível, de forma amigável. Garantir o total Negociação de Imóveis
ressarcimento dos proprietários cujas terras
e benfeitorias serão afetadas pelo
empreendimento.

Pagamento aos beneficiários das


indenizações devidas Indenização e Escrituras de Imóveis

5.12.8. AVALIAÇÃO

Está prevista a emissão de relatórios semestrais internos para


acompanhamento. Tal relatório terá como objetivo, subsidiar a readequação e/ou
redirecionamento de serviços e mesmo de ações previstas.

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5.12. Plano de Indenização Fundiária
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5.12.9. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Para a implantação do Programa deverão ser consideradas as normas da


Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e de Engenharia de Avaliações,
dentre as quais podem ser citadas as NBR 5.676, NBR 8.799, NBR 8.951, NBR
8.976, NBR 5.422, NBR 14.653 2 e NBR 14.653-3.

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5.12. Plano de Indenização Fundiária
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5.12.10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS


2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Mobilização e Instalação do Canteiro
2.1 SAETOWERS . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 PLANO DE INDENIZAÇÃO FUNDIÁRIA


15% 45% 40%
3.1 Licença de Passagem NOVO NORTE

33% 33% 34%


Cadastro sócioeconômico e cadastro físico-
3.2 documental dos proprietários das áreas afetadas NOVO NORTE
pelo empreendimento
33% 33% 34%
Levantamento topográfico e planimétrico das
3.3 NOVO NORTE
propriedades afetadas
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
3.4 Elaboração de cartilhas e folderes NOVO NORTE
33% 33% 34%
3.5 Levantamento de faixa de servidão NOVO NORTE
33% 33% 34%
3.6 Levantamento de danos na faixa de servidão NOVO NORTE
33% 33% 34%
Levantamento físico das estruturas e
3.7 NOVO NORTE
benfeitorias das propriedades
6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7%
Pesquisa de preços dos imóveis urbanos e
3.8 NOVO NORTE
rurais
6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7%
3.9 Avaliação, negociação e indenização dos imóveis NOVO NORTE

33% 33% 34%


4 Emissão de relatórios semestrais NOVO NORTE

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5.12. Plano de Indenização Fundiária
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5.12.11. RELAÇÕES DAS PROPRIEDADES SEGUNDO NOMES DOS


PROPRIETÁRIOS

A tabela a seguir relaciona as propriedades envolvidas no Programa de


Indenização Fundiária.

NOME DA
PROCESSO NOME DO PROPRIETÁRIO MUNICÍPIO
PROPRIEDADE
RES. LEGAL ASS. DOS PEQUENOS
SPTE BA-013 ASSOC PROD RURAIS DA BARREIRAS
MANTIQUEIRA MANTIQUEIRA
ESPÓLIO DE PEDRO O. DA
SPTE BA-015 SILVA (JOAQUIM SILVA DE BARREIRAS
OLIVEIRA)

SPTE BA-016 NEIDE TAVARES DE SOUZA BARREIRAS

PEDRO FERREIRA FILHO


SPTE BA-017 (NEIDE TAVARES DE BARREIRAS
SOUZA)
SPTE BA- PEDRO MONTEIRO DA
BARREIRAS
017A SILVA
SÍTIO SÃO ESMAILDO PAIXÃO DE
SPTE BA-018 BARREIRAS
MARCOS ARAÚJO SILVA
SÍTIO
SPTE BA-019 CISERO NERY DOS SANTOS BARREIRAS
MANTIQUEIRA
ANTENISIO ROCHA SANTOS
FAZENDA
SPTE BA-020 (MARCELO WANDERLEY BARREIRAS
MANTIQUEIRA
MORENO SANTOS)
ESTRADA ESTRADA MUNICIPAL
SPTE BA-021 BARREIRAS
MUNICIPAL MANTIQUEIRA
ANTENISIO ROCHA SANTOS
FAZENDA
SPTE BA-022 (MARCELO WANDERLEY BARREIRAS
MANTIQUEIRA
MORENO SANTOS)
SITIO ERALDO BARBOSA DOS
SPTE BA-023 BARREIRAS
MANGUEIRAL SANTOS
ANTENISIO ROCHA SANTOS
FAZENDA
SPTE BA-024 (MARCELO WANDERLEY BARREIRAS
MANTIQUEIRA
MORENO SANTOS)
PEDRO MONTEIRO DA
SPTE BA-025 BARREIRAS
SILVA
ANTENISIO ROCHA SANTOS
FAZENDA
SPTE BA-026 (MARCELO WANDERLEY BARREIRAS
MANTIQUEIRA
MORENO SANTOS)
JOSÉ PEREIRA DE ARAÚJO
SPTE BA-027 (CARLOS PEREIRA DE BARREIRAS
ARAÚJO)

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5.12. Plano de Indenização Fundiária
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NOME DA
PROCESSO NOME DO PROPRIETÁRIO MUNICÍPIO
PROPRIEDADE
ESPÓLIO JOÃO PEREIRA DE
ARAÚJO (JOELYNY DE
SPTE BA-028 S/D BARREIRAS
SOUZA ARAÚJO
MENDONÇA)
ESTRADA MUNICIPAL DO
SPTE BA-029 S/D BARREIRAS
BUQUEIRÃO
ESPÓLIO JOÃO PEREIRA DE
ARAÚJO (JOELYNY DE
SPTE BA-030 S/D BARREIRAS
SOUZA ARAÚJO
MENDONÇA)
JOSÉ RODRIGUES GOMES
SPTE BA-031 (MANOEL PEREIRA DE BARREIRAS
ARAÚJO)
FRANCISCO MONTEIRO DA
SPTE BA-032 CATOLÂNDIA
SILVA
JOSEMAR OLIVEIRA DO
SPTE BA-033 CATOLÂNDIA
NASCIMENTO
MANOEL PEREIRA DE
SPTE BA-034 CATOLÂNDIA
ARAÚJO
ADALCIO ALMEIDA DA
SPTE BA-035 CATOLÂNDIA
PAIXÃO

SPTE BA-036 JAIME DIAS DOS SANTOS CATOLÂNDIA

RES.LEGAL
ASS. DOS PEQUENOS
ASSENT
SPTE BA-037 PROD. RURAIS DO CATOLÂNDIA
BUQUEIRÃO
BUQUEIRÃO DO JUSTINO
DO JUSTINO
ESTRADA
SPTE BA-038 ESTRADA MUNICIPAL CATOLÂNDIA
MUNICIPAL

SPTE BA-039 S/D DENIVALDO REGIS GOMES CATOLÂNDIA

JOSÉ SANTOS QUEIROS


SPTE BA-040 (ELEUSA DA CONCEIÇÃO CATOLÂNDIA
GOMES DOS SANTOS)
GONÇALO FERREIRA
SPTE BA-041 S/D CATOLÂNDIA
GOMES
ADELAIDE DA CONCEIÇÃO
SPTE BA-042 S/D CATOLÂNDIA
GOMES BARRETO
SITIO JOAQUIM RODRIGUES DE
SPTE BA-043 CATOLÂNDIA
VARGINHA SOUZA
ESTRADA ESTRADA MUNICIPAL FELIX
SPTE BA-044 CATOLÂNDIA
MUNICIPAL PRETO
FAZ.PORTO VALDENILSON RODRIGUES SÃO
SPTE BA-045
RICO PORTO DESIDÉRIO
SÃO
SPTE BA-046 ESTRADA MUNICIPAL
DESIDÉRIO

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5.12. Plano de Indenização Fundiária
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NOME DA
PROCESSO NOME DO PROPRIETÁRIO MUNICÍPIO
PROPRIEDADE
SÃO
SPTE BA-047 S/D AIRTON
DESIDÉRIO
ORMESIO RODRIGUES DE SÃO
SPTE BA-048
SOUZA DESIDÉRIO
FAZ.VEREDA ORMESIO RODRIGUES DE SÃO
SPTE BA-049
GRANDE 2 SOUZA DESIDÉRIO
ROÇADO JOSÉ PAULINO GOMES SÃO
SPTE BA-050
VELHO ROSA DESIDÉRIO
ESPÓLIO DE AMADEU SÃO
SPTE BA-051 FAZ. VAU
RODRIGUES DE CARVALHO DESIDÉRIO
JOSÉ ADEMAR FERNANDES SÃO
SPTE BA-052 SITIO VAU
RODRIGUES DESIDÉRIO
PROJETO
ESPÓLIO DE EMIDIO JOSÉ SÃO
SPTE BA-053 CODEVASF
DE SOUZA DESIDÉRIO
LOTE 02
CANAL SÃO
SPTE BA-054 CANAL MUNICIPAL
MUNICIPAL DESIDÉRIO
PROJETO
ESPÓLIO DE EMIDIO JOSÉ SÃO
SPTE BA-055 CODEVASF
DE SOUZA DESIDÉRIO
LOTE 02
SÃO
SPTE BA-057 RIO SÃO DESIDÉRIO
DESIDÉRIO
LOTE 01 – SÃO
SPTE BA-059 ODESINO SILVERIO ALVES
CODEVASF DESIDÉRIO
JOÃO MARQUES PEREIRA I SÃO
SPTE BA-060
SILVA DESIDÉRIO
SÃO
SPTE BA-061 BR/135 BR/135
DESIDÉRIO
JOÃO MARQUES PEREIRA I SÃO
SPTE BA-062 S/D
SILVA DESIDÉRIO
JOSELIO PEREIRA DE SÃO
SPTE BA-063 S/D
OLIVEIRA DESIDÉRIO
SALVADOR FERREIRA DOS SÃO
SPTE BA-064 CHÁCARA
SANTOS DESIDÉRIO
EST. MUNICIPAL ROÇADO SÃO
SPTE BA-065 S/D
VELHO DESIDÉRIO
JOSELIO PEREIRA DE SÃO
SPTE BA-066 S/D
OLIVEIRA DESIDÉRIO
ESPÓLIO DE HERCÍLIO
RODRIGUES DOS SANTOS SÃO
SPTE BA-067 S/D
(AGUINALDO RODRIGUES DESIDÉRIO
DIAS)
MANOEL BARBOSA DE SÃO
SPTE BA-068 S/D
SOUSA DESIDÉRIO
LUIZ CARLOS DE SOUZA SÃO
SPTE BA-069 S/D
ALMEIDA DESIDÉRIO

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5.12. Plano de Indenização Fundiária
Página 199
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

NOME DA
PROCESSO NOME DO PROPRIETÁRIO MUNICÍPIO
PROPRIEDADE
CASA DO SÃO
SPTE BA-070 ODOM DE ALMEIDA PINTO
PRODUTOR DESIDÉRIO
ESPÓLIO DE SILVIO JOSÉ
SÃO
SPTE BA-071 S/D SANTOS (MANOEL
DESIDÉRIO
BARBOSA DE SANTANA)
SÃO
SPTE BA-072 BELA VISTA ALMIRO ROSENO DE LIRO
DESIDÉRIO
ANTÔNIO RIBEIRO DE SÃO
SPTE BA-073 S/D
SOUZA DESIDÉRIO
SÃO
SPTE BA-074 EST.MUNICIPAL ESTRADA MUNICIPAL
DESIDÉRIO
CASA DO SÃO
SPTE BA-075 ODOM DE ALMEIDA PINTO
PRODUTOR DESIDÉRIO
BR-
SÃO
SPTE BA-076 462/SENTIDO BA-463
DESIDÉRIO
RODA VELHA
JOÃO BARBOSA DE SOUZA SÃO
SPTE BA-078 S/D
SOBRINHO DESIDÉRIO
ENEDINO LEONE DE
FAZ. CAPÃO DA SÃO
SPTE BA-079 ALMEIDA (LECIO ANTÔNIO
MAMONINHA DESIDÉRIO
DE ALMEIDA)
FAZ. MATO DA FLORISVALDO FERREIRA SÃO
SPTE BA-080
LAGOA DOS ANJOS DESIDÉRIO
ENEDINO LEONE DE
FAZ. CAPÃO DA SÃO
SPTE BA-081 ALMEIDA (LECIO ANTÔNIO
MAMONINHA DESIDÉRIO
DE ALMEIDA)
SÃO
SPTE BA-082 PAULO CÉSAR DE ALMEIDA
DESIDÉRIO
SPTE BA- SÃO
PAULO CÉSAR DE ALMEIDA
082A DESIDÉRIO
JUVENCIO RODRIGUES DE SÃO
SPTE BA-083 S/D
SOUZA DESIDÉRIO
FAZ. SÃO
SPTE BA-084 PEDRO DAVI SHIMITT
PALMEIRAL DESIDÉRIO
ESTEVAM DE MENEZES SÃO
SPTE BA-085
JUNIOR DESIDÉRIO
SÃO
SPTE BA-086 RIO GRANDE RIO-RIO GRANDE
DESIDÉRIO
FAZ. JARDIMIRO PEREIRA SÃO
SPTE BA-087
COQUEIRINHO DUTRA DESIDÉRIO
JORGE ANTÔNIO LUZ SÃO
SPTE BA-088
BRAGA DESIDÉRIO
FAZ. MANOEL BAILON FERREIRA DOS SÃO
SPTE BA-089
DE SOUZA ANJOS DESIDÉRIO
ORLANDO COELHO SÃO
SPTE BA-090 S/D
BARRETO FILHO DESIDÉRIO

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.12. Plano de Indenização Fundiária
Página 200
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

NOME DA
PROCESSO NOME DO PROPRIETÁRIO MUNICÍPIO
PROPRIEDADE
JOAQUIM PEREIRA DOS SÃO
SPTE BA-091 FAZ. BEIRA RIO
SANTOS DESIDÉRIO
FAZ. BEIRA RIO SÃO
SPTE BA-092 NILTON RUPENTTAL
I DESIDÉRIO
PAULO PIRES (JORGE SÃO
SPTE BA-093 S/D
BRAGA) DESIDÉRIO
ESTRADA MUNICIPAL SÃO
SPTE BA-094 EST.MUNICIPAL
PAULÃO DESIDÉRIO
PAULO PIRES (JORGE SÃO
SPTE BA-095 S/D
BRAGA) DESIDÉRIO
SÃO
SPTE BA-096 PAULO BRAGA
DESIDÉRIO
SÃO
SPTE BA-097 FAZ.PAJESSICA SIDERURGICA VALINHO
DESIDÉRIO
FAZ. CARLOS EDUARDO REIS SÃO
SPTE BA-098
ESPERANÇA CRUZ DESIDÉRIO
JORGE KOBIRAKI/VALTER SÃO
SPTE BA-099 FAZ. MAMEIRAL
ROBIRAKI DESIDÉRIO
FAZ. CEDRICH ANTONIO SÃO
SPTE BA-100
BOMBARDA BOMBARDA DESIDÉRIO
ESTRADA SÃO
SPTE BA-101 ESTRADA MUNICIPAL
PAULÃO DESIDÉRIO
FAZ. DECISÃO MARILENE ZACANARO SÃO
SPTE BA-102
II B ZANELLA DESIDÉRIO
JOSÉ AGRIPINO DE SÃO
SPTE BA-103 6000 ha
BARROS BRAGA DESIDÉRIO
ESTRADA RIO SÃO
SPTE BA-104 ESTRADA MUNICIPAL
GRANDE DESIDÉRIO
JOSÉ AGRIPINO DE SÃO
SPTE BA-105
BARROS BRAGA DESIDÉRIO
PAULO MASSAYOSHI E SÃO
SPTE BA-106 FAZ. CIRIEMA
OUTROS DESIDÉRIO
FAZ. SÃO
SPTE BA-107 ARMINDO BRUGNERA
ESPERANÇA DESIDÉRIO
AMAURI THOME E OUTRO
FAZ. SÃO SÃO
SPTE BA-108 (HELENA MATUYO ISHADA
DOMINGOS DESIDÉRIO
SATO)
SYKUE SÃO
SPTE BA-109 SYKUE BIOENERGIA
BIOENERGIA DESIDÉRIO
SE RIO SÃO
SPTE BA-110 SE RIO GRANDE
GRANDE DESIDÉRIO
ÁGUA JOÃO MARCOS FARIAS DA
SPTE BA-113 BARREIRAS
VERMELHA MOTA
ESTRADA
SPTE BA-114 ESTRADA MUNICIPAL BARREIRAS
MUNICIPAL

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.12. Plano de Indenização Fundiária
Página 201
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

NOME DA
PROCESSO NOME DO PROPRIETÁRIO MUNICÍPIO
PROPRIEDADE
ÁGUA JOÃO MARCOS FARIAS DA
SPTE BA-115 BARREIRAS
VERMELHA MOTA
ÁGUA
SPTE BA-116 CESAR LUIZ SCHINEIDER BARREIRAS
VERMELHA
ÁGUA VIVALDO CECILIO DA MOTA
SPTE BA-117 BARREIRAS
VERMELHA FILHO
ÁGUA JOÃO MARCOS FARIAS DA
SPTE BA-118 BARREIRAS
VERMELHA MOTA
VALDENILSON RODRIGUES
SPTE BA-119 FONTE NOVA BARREIRAS
PORTO
ESTRADA
SPTE BA-120 MUNICIPAL/SITI ESTRADA MUNICIPAL BARREIRAS
O
VALDENILSON RODRIGUES
SPTE BA-121 FONTE NOVA BARREIRAS
PORTO
ESTRADA
SPTE BA-122 VELHA DO ESTRADA MUNICIPAL BARREIRAS
SITIO
SANTO ESPÓLIO DE SATURNINO
SPTE BA-123 BARREIRAS
ANTÔNIO LOURENÇO DE SOUZA
SABINO DE SOUZA SANTOS
SPTE BA-124 S/D BARREIRAS
(MARIA SILVA DOS SANTOS)
SPTE BA-
IVO LOURENÇO DE SOUZA BARREIRAS
124A
TABOA DA
SPTE BA- ESPOLIO DE LEONIDIA
ÁGUA BARREIRAS
125A MAGALHÃES DE SOUZA
VERMELHA
SPTE BA- ESTRADA
ESTRADA MUNICIPAL BARREIRAS
125B MUNICIPAL
TABOA DA
ESPOLIO DE LEONIDIA
SPTE BA-126 ÁGUA BARREIRAS
MAGALHÃES DE SOUZA
VERMELHA
SANTO ESPÓLIO DE SATURNINO
SPTE BA-125 BARREIRAS
ANTÔNIO LOURENÇO DE SOUZA
TABOA DA
ELPIDIO LOURENÇO DE
SPTE BA-128 ÁGUA BARREIRAS
SOUZA
VERMELHA
AUTO DA BOA JAIRO LOURENÇO DE
SPTE BA-129 BARREIRAS
VISTA SOUZA
SPTE BA-
JOSÉ MILTON DE SOUZA BARREIRAS
129A
TABOA DA
GRACINDO DOS SANTOS
SPTE BA-132 ÁGUA BARREIRAS
ROCHA
VERMELHA
TABOA DA JURACI DE AQUINO ROCHA
SPTE BA-133 BARREIRAS
ÁGUA (SUELI ROCHA SOUZA)

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.12. Plano de Indenização Fundiária
Página 202
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

NOME DA
PROCESSO NOME DO PROPRIETÁRIO MUNICÍPIO
PROPRIEDADE
VERMELHA

ESTRADA
SPTE BA-130 MUNICIPAL ESTRADA MUNICIPAL BARREIRAS
CORREIA

SPTE BA-131 BEZERRO JOSÉ XAVIER DE LIMA BARREIRAS

SPTE BA- AUGUSTO FRANCISCO


BARREIRAS
133A NERY
ESPOLIO DE ANA LIMA
SPTE BA-134 MANTIQUEIRA BARRETO (MARIA LIMA DE BARREIRAS
OLIVEIRA)

5.12.12. BIBLIOGRAFIA

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.12. Plano de Indenização Fundiária
Página 203
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.13. PROGRAMA DE MANUTENÇÃO


DE FAIXA DE SERVIDÃO

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.13. Programa de Manutenção de Faixa de Servidão
Página 204
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.13.1 APRESENTAÇÃO

Para a construção da Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/Rio


Grande II será necessário a constituição de uma Faixa de Servidão em todo o
traçado da Linha de Transmissão. No caso da LT 230 kV SE Barreiras II/Rio Grande
II será de 40 metros de largura, sendo 20 metros de largura para cada lado a contar
do eixo de diretriz da linha.
Esta distância foi determinada em consonância com o que preconiza a
Norma Técnica NBR 5422 – projeto de Linhas Aéreas de Transmissão de Energia
Elétrica, da ABNT, que define os parâmetros mínimos para determinação da
distância de segurança em função da natureza ou tipo de utilização do terreno.

5.13.2 PROGRAMA DE MANUTENÇÃO DA FAIXA DE SERVIDÃO

A Faixa de Servidão é a parte do terreno onde serão implantadas as torres


de transmissão e por onde passarão os cabos de energia elétrica. Esta, é
devidamente identificada e sinalizada, cujo domínio permanece com o
proprietário/possuidor, mas que por questões de segurança tem sua utilização
restrita com algumas limitações, em razão da necessidade de preservar a segurança
das pessoas, evitando acidentes, e prevenir problemas com as linhas.
Esta característica demonstra a necessidade de que as atividades deste
projeto sejam desenvolvidas durante a implantação do empreendimento, objetivando
precaver e mitigar a ocorrência de conflitos junto aos proprietários, bem como,
prevenir futuros desgastes ambientais ocasionados pela supressão da vegetação.
Assim, deve-se estabelecer uma criteriosa avaliação das condições socioambientais
da área onde será estabelecida a servidão administrativa para a faixa de servidão da
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/Rio Grande II.

5.13.3 JUSTIFICATICA

O Programa de Manutenção da Faixa de Servidão se justifica em função da


verificação preventiva e identificação de não conformidades de natureza ambiental
nas áreas localizadas em vias de acesso, nas praças das torres e na faixa de
servidão. Adicionalmente, deve realizar a adoção, execução, fiscalização,
Plano de Controle Ambiental (PCA)
5.13. Programa de Manutenção de Faixa de Servidão
Página 205
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

monitoramento e aprovação das ações corretivas relacionadas. Deve ser promovida


a recuperação de todas as áreas que sofreram algum tipo de alteração nas suas
características, a fim de que o local da interferência volte a ter uma condição
próxima da existente antes da realização das intervenções.

5.13.4 OBJETIVOS

5.13.4.1 Objetivo Geral

Garantir o bom estado da faixa de servidão, com fiscalizações e medidas de


manutenção adequada considerando as peculiaridades da área e mantendo um bom
relacionamento com os proprietários da área seccionada.

5.13.4.2 Objetivos Específicos

- Controlar o dossel arbóreo nas faixas de servidão e áreas paralelas, de modo que
a altura dos indivíduos não implique em risco de interrupção de transmissão de
energia elétrica;
- Definir os procedimentos, critérios e Especificações Técnicas que serão adotados
na manutenção da faixa de servidão quanto a limpeza de faixa de passagem e das
estradas de acesso, suficientes para permitir a operação e manutenção das linhas
de transmissão e subestações.

5.13.5 PÚBLICO ALVO

O público alvo deste Programa é o conjunto de proprietários e moradores


situados nas proximidades da faixa de servidão, pertencentes à Área de Influência
Direta.

5.13.6 METODOLOGIA

A atividade de limpeza de faixas de servidão pode ser realizada por equipes


próprias ou contratadas, e é executada sob as redes e linhas de distribuição de

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.13. Programa de Manutenção de Faixa de Servidão
Página 206
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

energia. Para tanto, deve-se cumprir as orientações dos seguintes manuais: MIT
160909 –Procedimentos de Poda de Árvore, MIT 160911 – Fiscalização de Serviços
de Manutenção, Poda e Roçada, MIT 163203 – Atividades de Manutenção
Preventiva e Corretiva e Serviços Comerciais e Emergenciais, MIT 161608 –
Motosserra, MIT 163204 – Atividades de Manutenção de Redes e MIT 164001 –
Normas e Procedimentos quanto ao meio ambiente (vegetação) nas atividades da
durante a supressão contidas no Plano de Desmatamento.
As atividades de manutenção da faixa de servidão, como limpeza da faixa de
passagem e das estradas de acesso devem ser realizadas através de cortes da
vegetação que está se restabelecendo de forma suficiente para permitir a operação
e manutenção da linha de transmissão e subestações.
Nos trechos de áreas sujeitas a queimadas e incêndios florestais deve-se
agir com ações de forma prevenir ou minimizar tais eventos e garantir a segurança
operacional e confiabilidade do sistema.
Os trechos de relevo mais ondulado exigirá manutenção constante na faixa
de servidão e para tanto, atua-se de forma preventiva, na verificação e identificação
de não conformidades de natureza ambiental/social nestas áreas.

5.13.7 ATIVIDADES/AVALIAÇÃO

A inspeção da faixa de servidão também será realizada periodicamente, de


forma a verificar quaisquer irregularidade que possam pôr em risco as instalações
existentes, indicando as ações/intervenções natural necessárias para a operação e
manutenção da LT. Essa inspeção, terá como produto relatório contendo evidências,
como fotos e medidas propostas e executadas. Os relatórios serão entregues
bimestralmente.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.13. Programa de Manutenção de Faixa de Servidão
Página 207
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.13.8 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1,2 TOPOCART
PLDV

1,3 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Mobilização e Instalação do Canteiro
2.1 SAETOWERS . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .
20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%
2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 CRONOGRAMA - PROGRAMA DE MANUTENÇÃO DA FAIXA DE SERVIDÃO


100,0%
3.1 Mobilização da equipe NOVO NORTE
Definição dos procedimentos, critérios e 50,0% 50,0%
3.2 especificações técnicas para a manutenção NOVO NORTE
da faixa de servidão
Controle do dossel arbóreo nas faixas de 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
3.3 NOVO NORTE
servidão e áreas paralelas
Prevensão de queimadas e incêndios 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
3.4 NOVO NORTE
florestais
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
3.5 Realização de inspeções periódicas NOVO NORTE
14,28% 14,28% 14,28% 14,28% 14,28% 14,28% 14,28%
Elaboração e emissão de relatórios de
3.6 NOVO NORTE
atividades

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.13. Programa de Manutenção de Faixa de Servidão
Página 208
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.13.9 BIBLIOGRAFIA

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.13. Programa de Manutenção de Faixa de Servidão
Página 209
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.14. PLANO DE DESMATAMENTO E


RESGATE DE FLORA

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
Página 210
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.14.1 APRESENTAÇÃO

Para a implantação da Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/Rio


Grande II – Barreiras/São Desidério, ocorrerá a supressão da vegetação e, este
Plano busca fornecer os subsídios e as diretrizes necessárias para a supressão que
deverá ser efetuada na faixa de servidão do empreendimento, de modo a reduzir ao
máximo e mitigar os impactos causados na comunidade vegetal e na biodiversidade
local.
Uma medida adotada por este Plano é o Resgate de Flora, tendo como
principal ação o resgate de germoplasma (sementes e propágulos) para fomentar a
produção de mudas.

5.14.2 PLANO DE DESMATAMENTO

Para a instalação da Linha de Transmissão em questão, a supressão de


vegetação nativa necessária será a menor possível. Ocorrerá somente em alguns
trechos ao longo do seu traçado, principalmente em função das atividades de
lançamento dos cabos (pilotos e condutores) e, em alguns casos, na implantação
de torres. Será, também, necessário que se obedeça às distâncias mínimas de
segurança entre as copas das árvores e os cabos condutores.
Como primeira medida de mitigação, os impactos decorrentes da supressão
de vegetação foram minimizados durante a otimização do estudo de traçado
realizado, o qual priorizou a escolha de uma alternativa onde a ocorrência de
interferências com áreas cobertas com vegetação nativa era menor, bem como
foram previstos ajustes pontuais, visando preservar as áreas existentes. Como
segunda medida para a mitigação desses impactos, a supressão de vegetação
para instalação da referida LT seguirá as recomendações da NBR-5422/85, que
estabelece a necessidade de se restringi-la ao mínimo necessário, para a instalação
e operação da linha de transmissão.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
Página 211
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.14.2.1. RESGATE DE FLORA

Apesar de as estratégias para a conservação dos recursos naturais serem


conhecidas como necessárias, o crescente processo de antropização em áreas
florestais nos biomas brasileiros tem levado à redução da biodiversidade. Uma das
principais atividades antrópicas tem sido os desmatamentos para expansão da
fronteira agrícola e a produção de madeira, e mesmo o desmatamento para
implantação de empreendimentos energéticos. Os empreendimentos energéticos e o
conjunto de ações de mitigação e compensação dos impactos podem ser uma
oportunidade de ampliar o conhecimento científico sobre a flora regional, como
também realizar esforços que garantam uma representação genética mínima da
diversidade de espécies de áreas florestadas sob pressão antrópica.
As áreas que sofrerão a supressão vegetal poderão servir como fonte de
germoplasma, fornecendo insumos para investigação científica das espécies,
permitindo futuras atividades de reabilitação e recomposição florística de áreas de
interesse do empreendedor, ou mesmo de possíveis parceiros do empreendimento.
Assim, o desenvolvimento do Resgate de Flora - Coleta de Propágulos,
integrante do Plano de Desmatamento, vem somar esforços de conservação e
manejo sustentável dos recursos florísticos da região de inserção do
empreendimento.

5.14.3 JUSTIFICATIVA

Este Plano de Desmatamento se justifica devido à necessidade de direcionar


as atividades de execução da supressão de vegetação para a implantação da LT
230 kV SE Barreiras II/Rio Grande II – Barreiras/São Desidério, buscando otimizar o
processo e minimizar os danos. Especialmente, este plano se mostra necessário,
pois evidencia e adota metodologias que minimizem a extensão da supressão de
vegetação, e que a vegetação remanescente próxima à faixa de servidão não sofra
nenhum tipo de interferência pela implantação do empreendimento.
Em complementação ao resgate da flora, a coleta de propágulos e a
produção de mudas vem contribuir para a manutenção da diversidade e da
variabilidade genética das populações vegetais locais. O desenvolvimento das ações

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
Página 212
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

previstas nesta ação, notadamente prevê o incremento/ampliação de viveiro já


existente nos municípios de Barreiras e/ou São Desidério, através de parcerias
firmadas com os municípios, que atuarão como fornecedores de mudas, de modo a
auxiliar na mitigação e compensação dos impactos da LT. Visto que a LT não terá
áreas de empréstimos e bota-foras, nem aberturas de novos acessos, e que a
supressão é limitada apenas para as praças de torres e faixa de supressão, os
propágulos e sementes que forem coletados durante a supressão, serão
encaminhados para os viveiros parceiros nos municípios de Barreiras e São
Desidério, como também farão parte de ações de educação ambiental. E para as
ações relacionadas ao PRAD, serão adquiridas desses viveiros, as mudas para o
reflorestamento.
O potencial da flora nativa para reabilitação dos ambientes tem sido
demonstrado em vários trabalhos técnicos desenvolvidos nas últimas décadas.
Sendo assim, é de importância vital para atingir os objetivos deste Plano de
Desmatamento a execução das ações de Resgate de Propágulos e Produção de
Mudas, com vistas a contribuir para o conhecimento de uma das regiões de maior
diversidade florística do mundo, promovendo a mitigação dos danos ambientais
causados, mediante plantios orientados das mudas produzidas no âmbito deste
programa.
O empreendedor ainda poderá interagir com a comunidade científica
regional, contribuindo desta maneira para o fortalecimento das instituições de
excelência da região, com o fornecimento de germoplasma coletado aos Bancos
Ativos de Germoplasma existentes e em outras coleções que tiverem interesse no
material botânico regional (Veiga, 1999).

5.14.4. OBJETIVOS

- Minimizar a supressão de vegetação por meio do estabelecimento de técnicas e


procedimentos ambientais, a serem adotados durante as atividades de instalação e
através da adoção de medidas de controle e monitoramento eficientes;
- Quantificar as áreas de vegetação nativa suprimidas ao longo das atividades de
instalação da LT;

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
Página 213
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Estimar o volume do material lenhoso a ser retirado, considerando-se as áreas de


supressão total (faixa de serviço), as áreas de corte seletivo (demais áreas das faixas
de servidão), como subsídio para se obter a autorização para a Supressão de
Vegetação Nativa, no INEMA;
- Atender aos critérios de segurança para a instalação e operação da LT;
- Realizar, concomitantemente com as atividades de supressão de vegetação, o
afugentamento e resgate da fauna;
- Minimizar o impacto relativo à perda de germoplasma vegetal;
- Estabelecer uma rede de parcerias entre as instituições regionais e/ou nacionais
para o aproveitamento científico do material botânico;
- Atender à Legislação Ambiental em geral.
Com a realização da caracterização quali-quantitativa da vegetação natural,
em áreas representativas dos diversos ambientes com remanescentes de vegetação
arbórea, grande parte dos três primeiros objetivos listados acima, foram atendidos;
entretanto será realizado o acompanhamento dos cortes e a quantificação do material
lenhoso efetivamente suprimido durante a supressão para alcançar o volume real de
madeira a ser suprimida, uma vez que o impacto será minimizado através da aplicação
dos procedimentos ambientais aqui propostos.

5.14.5 PÚBLICO ALVO

Formam o público alvo deste plano o conjunto de empresas envolvidas na


Instalação da LT, os órgãos ambientais e os proprietários de terras por onde
passarão a referida LT, e a comunidade científica e os viveiros parceiros.

5.14.6 METODOLOGIA

PLANO DE DESMATAMENTO
As atividades de supressão de vegetação deverão acontecer durante a
limpeza das áreas para a implantação do canteiro de obras, limpeza da faixa de
servidão, para a construção das fundações e aterramento, montagem de torres ao
longo do traçado da LT e demais melhorias, conforme estabelecido no cronograma
geral da obra. As principais etapas previstas estão descritas a seguir:
Plano de Controle Ambiental (PCA)
5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
Página 214
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Operacionalização
As atividades de supressão da vegetação serão limitadas ao mínimo
necessário, garantindo a instalação e operação seguras da LT, seguindo-se as
recomendações da Norma Técnica Brasileira NBR-5422/85 e obedecendo-se
rigorosamente às especificações ambientais vigentes.
Seguem as etapas operativas do Plano de Desmatamento:

Planejamento de atividades
É imprescindível que cada intervenção de potencial impactante seja
cuidadosamente planejada. A equipe ambiental do empreendimento será a
responsável pelo planejamento das operações e elaborará, junto com a
empreiteira, um plano semanal e diário de operações, de acordo com as facilidades
e as eventuais prioridades da obra.
Essa atividade destina-se a orientar as operações de corte, precavendo-se
quanto aos elementos desfavoráveis, o que torna conhecidos os eventuais
obstáculos. A importância desta, reside na mitigação dos impactos decorrentes das
atividades de remoção da cobertura arbórea sobre as áreas limítrofes do
empreendimento e seu entorno, permitindo um planejamento minucioso das
alternativas, técnicas e equipamentos de corte a serem empregados. Outra
avaliação de suma importância reside na segurança dos trabalhadores envolvidos em
tal atividade.

Supressão da Vegetação nas Subestações e Canteiro de Obras


A supressão da vegetação nas praças de montagem e lançamento de cabos,
bem como nas subestações, deverá seguir critérios específicos, podendo ser utilizada
a supressão mecanizada por se tratar de áreas construtivas devendo haver destoca
Nesses locais, a supressão também será realizada apenas nas dimensões
mínimas necessárias, sendo que, os canteiros de obras não poderão ser instalados
em APP e ARL. Preferencialmente, deverão ser locados em áreas já ocupadas, de
forma a não interferirem com áreas bem conservadas, principalmente as áreas de
proteção já citadas.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
Página 215
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Supressão da Vegetação na Faixa de Servidão


A supressão da vegetação será por corte raso numa faixa central nas áreas
sem restrição legal de acordo com as diferentes tipologias interceptadas pelo eixo da
LT, podendo haver destoca nas áreas de tráfego de veículos, acessos permanentes e
praças de torres, limitando-se a 20 metros, tanto no circuito simples (40m) como no
circuito duplo (50m). Nas Áreas de Preservação Permanente (Nascentes, Encostas,
Mata Ciliares, Veredas, etc) e Reservas Legais, a supressão da vegetação ficará
restrita a um corte raso sem destoca, utilizando-se motosserra, com largura máxima
de 5 metros, prevendo-se, no entanto, um limite de 3 metros, apenas para passagem
do cabo piloto e equipamentos (Figura 10).

Figura 10: Largura da Supressão Vegetal na Faixa de Servidão no Cerrado/Caatinga e nas áreas de
APP e Reserva Legal.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
Página 216
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Nas áreas adjacentes ao corte raso, será realizado abate seletivo das árvores
e arbustos que apresentarem as copas a uma distância superior ao raio de ação
dos cabos condutores, também considerando o movimento dos cabos em dias de
fortes ventanias.
A supressão de vegetação será semimecanizada, sendo efetuado o corte das
árvores que estiverem dentro da área de trabalho, procurando sempre direcionar a
queda das mesmas para o centro da Faixa de Servidão. Os resíduos vegetais (por ex:
galhadas) provenientes da supressão deverão ser trituradas e deixadas nesta Faixa.
Os fustes das árvores com valor comercial deverão ser identificadas, marcadas e
empilhados separadamente. Esses fustes deverão ser seccionados em toras
acima de 3 metros de comprimento (comprimento comercial), para facilitar o
empilhamento. As árvores, arbustos e galhos grossos que não tiverem valor comercial
serão aproveitados em forma de lenha, sendo seccionados em aproximadamente 1 m
e empilhados no limite da Faixa de Servidão.
As árvores abatidas nas áreas de supressão seletiva deverão permanecer no
próprio terreno após seccionamento em toras, de forma que não obstruam os cursos
d´água, as vias de acesso ou atrapalhem a operacionalização das etapas
construtivas da Linha de Transmissão.
Outra operação necessária é a limpeza periódica da Faixa de Servidão,
cujo objetivo é de reduzir e manter a altura da vegetação em patamar que
possa eliminar possíveis riscos ao sistema de transmissão de energia. Muitas vezes,
esta limpeza é feita mediante o corte raso da vegetação, sendo possível o manejo da
mesma com o corte seletivo em função da altura e distância dos cabos, permitindo a
permanência de árvores de pequeno e médio porte.

Supressão da Vegetação nas Praças das Torres e de Lançamentos


A supressão da vegetação nas praças de montagem e lançamento de cabos
deverá seguir critérios específicos citados anteriormente. Nessas áreas a supressão
será corte raso e deverão ocorrer do centro para a periferia, sempre conservando as
vegetações rasteiras, para se evitar processos erosivos, retirando apenas as árvores e
arbustos e não usando equipamento motorizado. Além disso, o desgalhamento e o
desdobro deverão seguir as mesmas orientações já citadas.
O material proveniente da supressão deverá ser enleirado nas bordas

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

laterais da faixa de servidão, sendo que as toras de valor comercial e lenha


deverão ser empilhadas separadamente.
As praças das torres terão dimensões máximas de 1.600 m² (40 m x 40
m), para as torres autoportantes e 400 m2 (20 m X 20 m) para as estaiadas. Estas
áreas serão suficientes para a montagem e o içamento das torres, trânsito de veículos
e transporte de materiais. O corte raso ocorrerá em toda a área das praças, para
instalação das torres (Figura 11).

Figura 11: Praças das Torres (estaiada e autoportante).

Supressão da Vegetação nas Vias de Acesso


Neste empreendimento, prevê-se apenas manutenção nas vias de
acessos já existentes, não havendo necessidade de abertura de novos
acessos.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Os procedimentos gerais no processo de limpeza durante a supressão da vegetação


A abertura e a limpeza da Faixa de Servidão, tanto no que se refere à
supressão total (corte raso) quanto à parcial (corte seletivo), envolve a remoção
de árvores ou material lenhoso. Os procedimentos gerais que vêm sendo
seguidos durante o processo de limpeza são:
- Demarcação das áreas: a faixa de servidão bem como aquelas de
apoio às obras devem ser demarcadas e sinalizadas;
- Identificação botânica das árvores: esta atividade deve ser exercida por
pessoa de comprovada experiência em trabalhos dessa natureza.

Procedimentos para corte de vegetação


As operações e etapas a seguir descritas apresentam um
conjunto de recomendações de natureza operacional.
- Avaliação das árvores: essa atividade destina-se a orientar as
operações de corte, precavendo-se quanto aos elementos desfavoráveis,
o que torna conhecidos os eventuais obstáculos.
- Corte de cipós: o corte de cipós é uma operação fundamental para mitigação
dos impactos em áreas onde há uma densidade elevada dessas lianas, bem
como para a segurança individual dos trabalhadores que atuam diretamente com
a supressão vegetal. A presença dessas ocasiona muitos problemas às
operações de remoção da vegetação, dentre os quais, destacam-se os danos às
árvores do entorno da faixa de servidão e o risco de acidentes de trabalho. Essa
operação deve ser realizada antes do início dos cortes das árvores. É uma
atividade essencialmente manual, entretanto convém salientar a importância da
utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI) no resguardo da
integridade física do trabalhador.

Planejamento da supressão
Esta atividade buscará identificar a melhor sistemática de trabalho para a
supressão, definindo a forma de trabalho.
- Operação de corte e retirada da vegetação: esta atividade pode ser efetuada por
métodos mecanizados (tratores para o transporte) ou semimecanizados (motosserra
para os cortes).

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Procedimentos para o corte com motosserra (semimecanizados)


Esta atividade requer:
- O operador deverá estar legalmente habilitado e treinado conforme a NR 12 para a
operação da motosserra sendo que este equipamento deverá estar licenciado/autorizado
pelo IBAMA;
- Verificação, por parte do operador, se a direção de queda recomendada no
planejamento é possível e adequada à minimização dos impactos sobre a
vegetação em torno, além da avaliação sobre riscos de acidentes, por exemplo,
galhos quebrados pendurados na copa, cipós não-seccionados, etc.
- Limpeza do tronco a ser cortado, promovendo o corte de cipós e arvoretas, além da
remoção de eventuais casas de cupins, galhos quebrados ou outros obstáculos
situados próximos à árvore. Deve-se atentar sempre para a presença de insetos
como vespas, abelhas e formigas na área, assim como para os ofídios venenosos
(cobras e serpentes), pois pode provocar acidentes de natureza grave;
- Preparação dos caminhos de fuga, por onde a equipe deve afastar-se no momento
da queda da árvore. Esses caminhos devem ser construídos no sentido contrário ao
que a árvore tende a cair. Para árvores com tronco de boa qualidade (pouco
inclinado e sem rachaduras) e direção natural de queda favorável à operação
de arraste, utiliza-se a técnica padrão de corte. Outras técnicas, classificadas como
"cortes especiais", são utilizadas para as árvores que apresentam, pelo menos,
uma das seguintes características: diâmetro grande, inclinação excessiva,
tendência à rachadura, existência de ocos grandes e direção de queda desfavorável
(Figuras 12 a 14).

Figura 12: Avaliação da tendência natural de queda da árvore.

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5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
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Figura 13: Indicação dos caminhos de fuga.

Figura 14: Esquema da técnica de padrão de corte

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Cortes especiais
Para corte específicos poderão ser utilizados o redirecionamento com
cunha, o tifor e técnica de ancoragem com cabos (Figura 16). Estas técnicas
devem ser empregadas para a mitigação dos impactos da biota do entorno bem
como na prevenção de acidentes.

Figura 16: Redirecionamento da queda da árvore através do uso de cunha e assimetria na


largura da dobradiça.

Figura 15: Tifor.

Figura 17: Técnica de ancoragem, onde podem ser Combinadas as


utilizações de Cunha, de Tirfor e de Assimetria na Largura da Dobradiça.

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5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Seccionamento e aproveitamento da madeira


Para o seccionamento e melhor aproveitamento da madeira, serão
adotados os seguintes procedimentos:
- Os cortes dos troncos serão efetuados próximos ao solo e executados de forma a
resultar numa superfície plana, normal ao eixo longitudinal do caule. Os cortes
executados com ferramentas manuais deverão ser imediatamente acabados.
- As árvores com diâmetros maiores que 8 cm deverão ter seus galhos cortados
antes de serem empilhadas.
- O seccionamento será regido pelo uso potencial de cada fuste, objetivando
sempre o aproveitamento mais nobre. A madeira poderá ser usada como estiva, ou
para controlar a erosão.
- O comprimento das toras será estabelecido em acordo prévio com os proprietários
das terras, procurando seguir um modelo, para facilitar a cubagem.
- Os resíduos (lenha) deverão ter comprimento máximo de 0,60 m e serão agrupados
em pilhas de 1,00 m altura por 2,0 m de comprimento, com o mesmo objetivo. O
material suprimido somente deverá ser cubado após o
baldeio/transporte/empilhamento conforme citado anteriormente, sendo elaborados os
laudos florestais de supressão nessa ocasião.

Empilhamento da madeira
O material lenhoso será devidamente ordenado fora da faixa de servidão,
preferencialmente em locais próximos às instalações do proprietário das terras
atravessadas, ou em outro local determinado pelo empreendedor em comum
acordo com os proprietários.
O aporte de biomassa via serrapilheira é um dos mais importantes
processos de transferência de nutrientes nos ecossistemas (Martins e Rodrigues,
1999). Desta forma, os resíduos vegetais deverão ser espalhados de forma
uniforme ao longo da faixa suprimida, de modo a promover um acréscimo de
serrapilheira.
Segundo ALVARENGA (1995) manter a superfície do solo permanentemente
coberta por materiais vegetais em fase vegetativa ou com resíduos é, efetivamente,
o manejo recomendado para proteção e conservação do solo. A fim de minimizar a
compactação dos solos, os resíduos serão dispostos uniformemente ao longo da
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5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
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faixa de supressão, minimizando o impacto do maquinário utilizado para construção


da linha.
A forma a ser utilizada para quantificação é a cubagem das pilhas de toras já
traçadas, leiradas às margens da faixa de servidão, antes do baldeio (Figura 18).

Figura 18: Empilhamento de toras de madeira. Detalhes dos tipos de suporte para aeração da
madeira empilhada e recomendações para evitar acidentes.

A matéria vegetal será devidamente ordenada fora da faixa de servidão,


preferencialmente em locais próximos às instalações do proprietário das terras
atravessadas, ou em outro local determinado pelo empreendedor em comum
acordo com os proprietários.

Transporte da madeira
A opção de distribuir uniformemente ao longo da faixa de supressão o
material lenhoso seccionado, a fim de acrescentar matéria orgânica e acelerar a
recuperação da floresta, elimina a necessidade de retirada da madeira e evita os
impactos ambientais promovidos pela retirada desse material.
No entanto caso haja interesse do proprietário sobre o material em questão,
o mesmo estará seccionado, empilhado e disponibilizado na propriedade da qual
foi extraído. O proprietário poderá fazer o aproveitamento dessa madeira da forma
que melhor o convier, desde que respeite a legislação municipal, estadual, e
federal vigente e as exigências do órgão ambiental competente. Entretanto, é
recomendado que este uso seja direcionado para benfeitorias dentro da própria
propriedade.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Além disso, o transporte da madeira deve ocorrer dentro da propriedade


limitando-se entre a faixa de serviço até o local pré acordado com o proprietário. O qual
deve ser executado pela construtora responsável pela supressão.

Quantificação volumétrica posterior à supressão


A quantificação da vegetação suprimida deverá ser realizada para o controle
das atividades propostas neste Plano. O levantamento desses dados deverá ser
efetuado no momento após as operações de remoção da vegetação nativa. O
objetivo é avaliar, com rigor, o volume extraído em números exatos, através de
laudos florestais a serem encaminhados posteriormente ao órgão ambiental.

Cubagem
Consiste na medição da pilha (1 x 1 x 1 m), geralmente expressa em uma
unidade denominada “estéreo (st)”; contudo, para a determinação do volume de
lenha suprimida, é necessária a obtenção de um fator de cubicação ou de
empilhamento. Para isso, é necessária a cubagem rigorosa das toras, como
mencionado anteriormente, e o estabelecimento da razão entre os volumes, que
representa o índice de conversão do volume global da pilha em volume sólido de
lenha. Essa tarefa será de total responsabilidade do executor da supressão e será
fiscalizada pela Supervisão Ambiental.

Elaboração de laudo e relatório


A elaboração do laudo técnico florestal deverá ocorrer imediatamente após o
transporte ao local acertado com o proprietário das terras suprimidas, devendo ser
elaborado e revisado e assinado por técnico com competência legal para tal
(incluindo laudo o número do CREA e a ART devidamente paga para o profissional
que realizará a confecção dos laudos durante a atividade).
Ao término das atividades, deverá ser apresentado pelo empreendedor um
relatório contendo registro fotográfico das atividades de supressão de vegetação, a
quantificação e localização da área suprimida, volume total atingido, laudo de
cubagem e destino final do material lenhoso.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Monitoramento Ambiental
O monitoramento das atividades de supressão da vegetação e de seus
impactos tem como objetivo detectar riscos, corrigir procedimentos, avaliar as
operações, contabilizar e registrar a supressão, centralizar e proceder à organização
e compilação dos documentos afetos a este projeto e inspecionar as operações de
campo, ou seja, inter-relacionar as suas diversas etapas. Esta atividade deverá ser de
responsabilidade do proposto ambiental da empreiteira, fiscalizado pela Supervisão
Ambiental.

Acompanhamento e Avaliação Ambiental


A etapa de acompanhamento e avaliação (supervisão ambiental) deverá
garantir que todas as atividades que envolvam intervenções sobre áreas de
vegetação sejam fiscalizadas. O supervisor ambiental deverá participar em turno
integral das atividades de supressão e zelar para que todos os procedimentos
previstos neste documento sejam executados, principalmente o registro das
supressões de vegetação, assinalando o início e término das atividades em cada
trecho. Serão registradas Relatórios de Não-Conformidades (RNC), que deverão ser
imediatamente informadas ao empreendedor e devidamente solucionadas no prazo
estabelecido.
A equipe ambiental diretamente envolvida com o acompanhamento e
avaliação, receberá treinamento para fiscalização das atividades, sendo
igualmente responsável pela fiscalização integral da aplicação das especificações
ambientais correspondentes e pela emissão e acompanhamento da solução das
Não-Conformidades Ambientais.

RESGATE DE FLORA – GERMOPLASMA

Coleta de Sementes e Propágulos


Espécies alvo
As espécies que serão foco deste programa deverão apresentar as
seguintes características: serem de interesse comercial (produção de produtos
florestais madeireiro e não madeireiro, alimentação humana e medicinal, entre
outros), pertencerem ao grupo com importância ecológica, ser rara e/ou ameaçada e

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
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constante na lista oficial da flora brasileira ameaçada de extinção e apêndices da


Convention of Internacional Trade Endangered Species - CITES.

Coleta de propágulos
Na coleta de sementes será amostrado o número máximo de indivíduos em
frutificação de cada população, objetivando assim o resgate da maior variabilidade
genética possível. O material em mudas será enviado imediatamente para os
viveiros. Serão coletadas sementes em quantidades suficientes para permitir sua
propagação nos viveiros parceiros do empreendimento.
Em campo, o material coletado será acondicionado em sacos devidamente
identificados com data e local de coleta, sendo enviado ao viveiro para triagem,
beneficiamento, armazenamento e ou para ser semeado, dependendo das
características fisiológicas das sementes de cada espécie. As sementes coletadas
serão classificadas quanto a sua longevidade, para definir as condições de
armazenamento. As sementes recalcitrantes serão encaminhadas para produção de
mudas.
As sementes serão retiradas dos frutos por maceramento e lavagem em
água corrente ou permanecerão nos próprios frutos, dependendo da espécie. Os
aspectos fisiológicos de cada espécie serão considerados de forma a garantir a
melhor germinação.
As sementes que forem semeadas imediatamente deverão passar por
período de secagem ao ar livre para posteriormente serem armazenadas em sacos
plásticos em sala a temperatura ambiente (desde que não sejam recalcitrantes) ou
em câmaras frias, câmaras secas e câmaras frias e secas, que se adaptam a
maioria das situações. Espécies com baixos percentuais de germinação ou
germinação demorada serão submetidas a tratamentos para queda de dormência,
tais quais: imersão em água fervente, imersão em água a temperatura ambiente por
1-2 dias, retirada do arilo, escarificação mecânica, etc.

Produção de Mudas/Plantio
Todo o material coletado será encaminhado para os viveiros onde será
realizada a triagem do material e processamento segundo suas características.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

As mudas coletadas no campo serão separadas em lotes por espécie e


colocados em locais com luminosidade variada, de acordo com a demanda de cada
espécie (heliófita, semiheliófita, ombrófila).
Tanto no viveiro quanto nas áreas de plantio final, as mudas deverão ser
identificadas com o número, e esta numeração deverá ser mantida também nos
plantios, de forma a permitir o acompanhamento individual de cada uma e sua
substituição em caso de ocorrer morte da muda.
Para a produção de mudas, faremos parcerias com os viveiros nos
municípios que já foram identificados pela equipe técnica da Novo Norte.

5.14.7. METAS/ATIVIDADES/AÇÕES

Para este Plano temos:

Quadro 13: Metas do Plano de Desmatamento

Metas Atividades / Ações


Reduzir ao máximo e mitigar a perda de
Supressão da Vegetação
habitats naturais, a fragmentação da
paisagem local e perda de diversidade.
Produção de Mudas (parceria).
Resgate de Germoplasma

5.14.8. AVALIAÇÃO

A partir do início da implantação do plano, o empreendedor, responsável


pela execução deste, apresentará ao órgão licenciador relatórios dos trabalhos
realizados, conforme a periodicidade definida pelo órgão licenciador na ASV,
contendo informações quantitativas, informações técnicas e relatório fotográfico, e
ainda informações sobre as atividades ainda previstas, quando couber, e demais
informações solicitadas pelo órgão.
Serão emitidos pela equipe executora relatórios de campo periódicos
descrevendo as atividades realizadas durante o acompanhamento da supressão,
relatórios de romaneio e relatório consolidado ao final das atividades.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
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Relatórios – Resgate de Germoplasma


Relatórios Técnicos que serão encaminhados ao órgão licenciador
quadrimestralmente, com o caráter de Relatórios Parciais, sendo que estes
subsidiarão o Relatório Consolidado também encaminhado ao órgão licenciador no
final da obra.

5.14.9 FUNDAMENTOS LEGAIS

Constituição da República Federativa do Brasil (1988).


Lei nº 4.771 - Institui o Código Florestal Federal, modificado pela Medida Provisória
nº 1.956-50, de 26/5/2000, e atualizada pelo Novo Código Florestal 12.651/2012.
Lei nº 7.754, de 14/4/1989 - Estabelece medidas para proteção das florestas
existentes nas nascentes dos rios, e dá outras providências.
Resolução CONAMA nº 002/96 - Compensação Ambiental.
Resolução CONAMA nº 237/97, de 19/12/97 - Licenciamento Ambiental.
Resolução CONAMA nº 303/02, de 20/3/02 - Dispõe sobre parâmetros, definições e
limites de Áreas de Preservação Permanente.
Lei nº 9.605, de 12/2/98 - Crimes Ambientais.
Instrução Normativa IBAMA nº 30, de 31/12/2002 - Disciplina o cálculo do volume
geométrico das árvores em pé, através da equação de volume que especifica, e dá
outras providências.
Portaria IBAMA nº 37-N/92 - Lista oficial de espécies da flora brasileira ameaçada
de extinção.
Norma Técnica da ABNT 5422/85 - Procedimentos para linhas de transmissão.
Portaria INEMA n°8.578/2014 - Define os documentos e estudos necessários para
requerimento junto ao INEMA dos atos administrativos para regularidade ambiental
de empreendimentos e atividades no Estado da Bahia.
Para a atividade de Resgate de Germoplasma também deverão ser
consideradas as orientações do Ministério de Meio Ambiente preconizadas para
acessar patrimônio genético nacional, Medida Provisória nº 2.186 -16 de 23/08/2001,
que ‘regulamenta o inciso II do § 1º e o § 4º do art. 225 da Constituição, os arts. 1º,
8º, alínea "j", 10, alínea "c", 15 e 16, alíneas 3 e 4 da Convenção sobre Diversidade
Biológica, dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, a proteção e o acesso ao

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
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conhecimento tradicional associado, a repartição de benefícios e o acesso à


tecnologia e transferência de tecnologia para sua conservação e utilização, e dá
outras providências’

Plano de Controle Ambiental (PCA)


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5.14.10 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Mobilização e Instalação do Canteiro
2.1 SAETOWERS . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 PROGRAMA DE DESMATAMENTO E RESGATE DE FLORA


50,0% 50,0%
3.1 Planejamento das atividades NOVO NORTE
Formalização de parcerias com instituições 100,0%
3.2 para o aproveitamento científico do material NOVO NORTE
botânico
Elaboração dos planos diários e semanais das 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25%
3.3 NOVO NORTE
atividades
6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25%
Quantificação das áreas de vegetação nativa
3.4 NOVO NORTE
suprimidas durante a instalação da LT
Demarcação e sinalização da faixa de 34,0% 33,0% 33,0%
3.5 servidão e de áreas para apoio às obras NOVO NORTE
25,0% 25,0% 25,0% 25,0%
Estimativa do volume do material lenhoso a
3.6 NOVO NORTE
ser retirado
16,66% 16,66% 16,66% 16,66% 16,66% 16,66%
3.7 Coleta de sementes e propágulos NOVO NORTE

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
Página 231
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CRONOGRAMA FÍSICO
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
16,66% 16,66% 16,66% 16,66% 16,66% 16,66%
Auxílio nas atividades de afugentamento e
3.8 NOVO NORTE
resgate da fauna
16,66% 16,66% 16,66% 16,66% 16,66% 16,66%
3.9 Supressão da vegetação na faixa de servidão NOVO NORTE
12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5%
3.10 Limpeza periódica da faixa de servidão NOVO NORTE
12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5%
Supressão da vegetação nas Praças das
3.11 NOVO NORTE
Torres e Praças de Lançamentos
12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5%
Remoção dos resíduos provenientes da
3.12 NOVO NORTE
supressão
14,28% 14,28% 14,28% 14,28% 14,28% 14,28% 14,28%
3.13 Enleiramento NOVO NORTE

7,69% 7,69% 7,69% 7,69% 7,69% 7,69% 7,69% 7,69% 7,69% 7,69% 7,69% 7,69% 7,69%
Reposição florestal em áreas de Reserva
3.14 NOVO NORTE
Legal e APP
34,0% 33,0% 33,0%
3,15 Identificação botânica das árvores NOVO NORTE

16,66% 16,66% 16,66% 16,66% 16,66% 16,66%


Avaliação das árvores para orientar as
3.16 NOVO NORTE
operações de corte
Operação de corte e retirada da vegetação 16,66% 16,66% 16,66% 16,66% 16,66% 16,66%
3.17 por meio de métodos mecanizados ou NOVO NORTE
semimecanizados
14,28% 14,28% 14,28% 14,28% 14,28% 14,28% 14,28%
3.18 Transporte da madeira NOVO NORTE

50,0% 50,0%
Quantificação volumétrica posterior à
3.19 NOVO NORTE
supressão
25,0% 25,0% 25,0% 25,0%
3.20 Cubagem e emissão de laudos NOVO NORTE
8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33%
3.21 Monitoramento Ambiental NOVO NORTE
8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33%
3.22 Acompanhamento e avaliação ambiental NOVO NORTE
Elaboração e emissão de relatórios técnicos 25,0% 25,0% 25,0% 25,0%
3.23 NOVO NORTE
quadrimestrais
Elaboração e emissão do Relatório 100,0%
3.24 NOVO NORTE
Consolidado

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
Página 232
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.14.11 BIBLIOGRAFIA

AMARAL, P.; VERÍSSIMO, A.; BARRETO, P. & VIDAL, E. 1998. Belém: Imazon. 155
p. Floresta para Sempre: Um Manual para a Produção de Madeira na Amazônia,
1998.

MACHADO. C. C. Corte Florestal. In: Colheita Florestal. 2002. 405 p. Ed. UFV.
Viçosa – MG. 2002.

MUELLER-DOMBOIS, D. & ELLENBERG, H. 1974. Aims and Methods of


Vegetation Ecology, Wiley, New York.

STEVENS, S.M. & HUSBAND, T.P. 1998. The influence of edge on small mammals:
evidence from Brazilian Atlantic forest fragments. Biological Conservation 85: 1-8.
BUDOWSKI, A. Distribution of tropical American rain forest species in the light
of successional progresses. Turrialba, Turrialba, 1965.

FIGLIOLIA, M. B.; AGUIAR, I. B. de. Colheita de sementes. In: AGUIAR, I.B. de;
PIÑA-RODRIGUES, F. C. M.; FIGLIOLIA, M. B. Sementes florestais tropicais.
Brasília: Abrates, 1993.

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LEÃO, N, V. M.; OHASHI, S. T.; VIEIRA, I.C.G.; GHILARDI JR., R. 2005. Ilha de
Germoplasma de Tucuruí – Uma Reserva da Biodiversidade para o Futuro.
Brasília: Eletronorte. 232p.

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nativas. São Paulo: Fundação Florestal. 18p.

MEDEIROS, A. C. DE S. Armazenamento de sementes de espécies florestais


nativas. Colombo: Embrapa Florestas, 2001.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
Página 233
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

MEDEIROS, A. C. DE S. Planejamento da Coleta de Sementes Florestais


Nativas. Circular Técnica 144, Colombo: Embrapa Florestas, 2007.

MEDEIROS, A. C. DE S.; CHODOR, J. & BULGACOV, A. Coleta de sementes em


árvores altas. Colombo: Embrapa Florestas, 2007.

NOGUEIRA, A.C. Coleta de Sementes Florestais Nativas. Circular Técnica 144,


Colombo: Embrapa Florestas, 2007.

ODUM, H.T., PIGEON R.F. A Tropical Rain Forest: A Study Of Irradiation and
Ecology at El Verde, Puerto Rico. National Technical Information Service,
Springfield, Virginia, 1970.

PROBIO/SP. 2001. Programa Estadual para a Conservação da Biodiversidade


Entendendo o meio ambiente, v. 2, convenção da biodiversidade, [on line]
<http://www.bdt.org.br/sma/entendendo/indic2>.

VIEIRA, A. H.; MARTINS, E. P.; PEQUENO, P. L.; LOCATELLI, M.; SOUZA, M.


G. Técnicas de produção de sementes florestais. Porto Velho: Embrapa, CT
2005, 2001.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.14. Plano de Desmatamento e Resgate de Flora
Página 234
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.15. PLANO DE RECUPERAÇÃO DE


ÁREAS DEGRADADAS (PRAD)

PLANO DE RESTAURAÇÃO DE VEGETAÇÃO


Resolução CEPRAM n° 4.119/10

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
Página 235
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.15.1 APRESENTAÇÃO

Este Programa de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD - contém as


diretrizes e as técnicas básicas recomendadas para serem empregadas durante a
construção e montagem da LT 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II –
Barreiras/São Desidério, visando minimizar e/ou evitar os impactos ambientais. As
especificações são baseadas na legislação vigente e em técnicas e diretrizes
usadas com sucesso em obras lineares similares.
A recomposição de áreas degradadas é obrigatória e necessária não só para
possibilitar a retomada do uso original ou alternativo das áreas impactadas onde
houve intervenção antrópica, como também para atender às Legislações
Ambientais, Federal e Estadual, assim como, atender a Resolução CEPRAM n°
4.119/10.

5.15.2 PLANO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS (PRAD) / PLANO


DE RESTAURAÇÃO DA VEGETAÇÃO

Estão contidas neste plano proposições para recuperação ambiental em


áreas que, por ventura, tenham sofrido algum tipo de degradação durante as
intervenções necessárias à instalação da LT 230 kV SE Barreiras II/SE Rio
Grande II – Barreiras/São Desidério.
Recuperar ambientes degradas, como possíveis cenários da LT em
questão, é uma maneira de mitigar alterações ambientais oriundas de ações
antrópicas. Embora sejam tomadas inúmeros cuidados na instalação de obras
de apoio, bem como na instalação das estruturas provisórias e permanentes, a
implantação da LT poderá provocar interferências ambientais nas áreas alvo de
intervenção, fazendo com que, seja necessária a implantação de medidas de
recuperação.
A Recuperação de Áreas Degradadas (RAD) pode ser definida como o
conjunto de medidas adotadas por especialistas de várias áreas com o objetivo
de se restabelecerem o equilíbrio e a sustentabilidade anteriormente existes no
ecossistema (DIAS, 1998, 2000, 2001; Rolt, 2000). Assim, a RAD possui 02
(dois) objetivos principais: restaurar a estabilidade ecológica e promover a

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
Página 236
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

produtividade da área degradada a fim de facilitar o início do processo de


sucessão ecológica nas áreas atingidas pela degradação, para que a
recomposição vegetal possa ser restabelecida mais rapidamente (Lamb, 1998;
Meguro et al. 1998).
As áreas de pastagens plantadas constituem, também, uma das fisionomias
mais comuns da área do empreendimento, ocupando antigas áreas agrícolas ou
áreas onde houve a supressão da vegetação original.
Na região por onde passará a LT, será utilizada, sempre que possível, a
malha viária existente além da construção de alguns acessos para o transporte da
mão de obra, de equipamentos e materiais de construção e montagem. As estradas
e caminhos deverão ser conservados durante toda a fase de execução dos trabalhos.

5.15.2.1 Caracterização Ambiental Regional

A Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/ SE Rio Grande II –


Barreiras/São Desidério, será inserida nos domínios do Cerrado, em uma região
atualmente antropizada. Além deste bioma, está presente, ainda, trechos de
Caatinga Arbustiva-arbórea.
A Caatinga, é um ecossistema típico do nordeste brasileiro. Suas
características são muito peculiares, que mesmo com sua região semiárida,
apresenta uma flora e fauna muito diversificada e endêmica. A vegetação da
Caatinga é adaptada às condições de aridez (xerófila), com perda de folhagem pela
durante a estação seca.
Na Bahia, o bioma Cerrado encontra-se distribuído de forma bem
heterogênea, compondo várias áreas de transição Cerrado/Caatinha e Cerrado/Mata
Atlântica, no entanto a sua maior concentração está na região oeste do estado. O
Cerrado destaca-se não só quanto a sua biodiversidade, mas quanto ao seu
potencial de água sendo cortado pelas três maiores bacias hidrográficas da América
do Sul, Tocantins, Prata e São Francisco. Os recursos hídricos de superfície da
região oeste da Bahia, se constitui em sua maior parte na mais importante fonte de
alimentação de água do Médio São Francisco, bacia hidrográfica a qual pertencem
em sua margem esquerda, cerca de 75% do aporte hídrico no estado da Bahia. São
rios e riachos que nascem nas veredas encontradas no Chapadão Ocidental,

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
Página 237
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

resultado da grande capacidade de armazenamento hídrico pluvial dos arenitos de


Formação Urucuia, da armadilha estrutural desses arenitos com as rochas de grupo
Babuí, permitem o afloramento das águas. As formações de veredas, tipo particular
de vegetação que aí se desenvolve e acúmulo de matéria orgânica vegetal que vai
formar os horizontes orgânicos que são reguladores naturais do fluxo das águas das
nascentes, particularmente no período seco, devido ao poder de esponja,
característicos desse material residual orgânico. Assim, a partir das veredas do
chapadão, e compondo uma rede de drenagem paralela, se formam as três bacias
hidrográficas mais importantes da região oeste da Bahia: Bacia Rio Corrente, Bacia
Rio Carinhanha e Bacia do Rio Grande, sendo esta última, a Bacia que este referido
empreendimento está inserido.
O regime hídrico das três Bacias são idênticos, considerando que todas
estão submetidas ao mesmo regime climático.
Segundo classificação climática de Köppen (KÖPPEN, 1948), o clima dos
municípios do corredor de estudo é do tipo Aw – clima tropical, com inverno seco.
Apresenta estação chuvosa no verão, de novembro a abril, e nítida estação seca no
inverno, de maio a outubro, sendo julho o mês mais seco. A temperatura média do
mês mais frio é superior a 18°C. As precipitações são superiores a 750 mm anuais,
atingindo 1800 mm.
A caracterização da pedologia se dá da seguinte forma:
- PVA: Associação de: ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Tb, A moderado, textura
médio/argilosa e arenosa/médio, relevo plano e suave ondulado + CAMBISSOLO
EUTRÓFICO + LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO DISTRÓFICO.
- LVAd1 LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO DISTRÓFICO, A fraco e moderado,
textura média, relevo plano.
-LVAd2 Associação de: LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO DISTRÓFICO, A
fraco e moderado, textura média, relevo plano e suave ondulado + NEOSSOLO
QUARTZARÊNICO DISTRÓFICO.
-LVAd3 Associação de: LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO DISTRÓFICO, A
fraco e moderado, textura média, relevo plano e suave ondulado + NEOSSOLO
QUARTZARÊNICO + NEOSSOLO LITÓLICO.
- LVA LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO, A fraco e moderado, textura média,
relevo plano e suave ondulado.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
Página 238
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- CXe1 Associação de: CAMBISSOLO HÁPLICO EUTRÓFICO Ta não cascalhento e


cascalhento, A moderado, textura argilosa, fase rochosa e não rochosa, relevo
ondulado e forte ondulado + ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO EUTRÓFICO +
AFLORAMENTOS ROCHOSOS
- CXe2 Associação de: CAMBISSOLO HÁPLICO EUTRÓFICO Ta, A moderado e
chernozênico, textura argilosa, relevo plano + NEOSSOLO FLÚVICO EUTRÓFICOS
+ ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO EUTRÓFICO + PLANOSSOLO
EUTRÓFICO.
- CXe3 Associação de: CAMBISSOLO HÁPLICO EUTRÓFICO Ta cascalhento e não
cascalhento, A moderado, textura argilosa, fase rochosa, relevo ondulado e forte
ondulado + NEOSSOLOS LITÓLICOS EUTRÓFICOS E DISTRÓFICO +
CAMBISSOLO HÁPLICO DISTRÓFICO.
- CXe4 Associação de: CAMBISSOLO HÁPLICO EUTRÓFICO Ta, A moderado,
textura argilosa, fase rochosa, relevo suave ondulado e ondulado + ARGISSOLO
VERMELHO-AMARELO EUTRÓFICO + NEOSSOLOS LITÓLICOS EUTRÓFICO.
- RL1 Associação de: NEOSSOLO LITÓLICO, A fraco e moderado, textura arenosa,
média e argilosa, relevo ondulado, forte ondulado, montanhoso e escarpado +
AFLORAMENTOS ROCHOSOS.
- RQ Associação de: NEOSSOLO QUARTARÊNICO DISTRÓFICO, A fraco e
moderado, relevo plano e suave ondulado + LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO
DISTRÓFICO.

5.15.3 JUSTIFICATIVA

A implantação da LT poderá causar alterações ambientais em locais


atingidos pelas intervenções necessárias, tais como: canteiros de obras,
alojamentos, acessos pátios de estocagem de material e de lançamento de cabos,
dentre outros. Sendo assim, é necessária a implantação de medidas preventivas e
corretivas para a recuperação e restauração das áreas degradas em todos os locais
diretamente atingidos pelas obras, conforme definido pela Lei n° 6.938/81, que
dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, e em seu Art. 4°, é determinado
que todo empreendimento causador de degradação ambiental deverá realizar a

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
Página 239
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

reabilitação da área afetada, com a finalidade de minimizar e controlar os impactos


causados.
Aliado ao fator legal, têm-se ainda questões de estética, de conservação dos
solos e de proteção à biodiversidade. Além de mitigar as alterações causadas pela
instalação da LT, a implantação de medidas de recuperação também auxilia na
estabilidade das torres desta linha e contribui para melhoria da funcionalidade
ambiental da paisagem.

5.15.4 OBJETIVOS

5.15.4.1 Objetivo Geral

Este Programa visa o estabelecimento de medidas práticas, corretivas e


preventivas, que minimizem os problemas ambientais gerados pela Linha de
Transmissão e sua reintegração à paisagem natural.

5.15.4.2 Objetivos Específicos

- Identificar e mapear todas as áreas degradadas no processo de Instalação da LT;


- Promover a estabilização dos terrenos;
- Colaborar com a conservação, proteção e sustento da fauna;
- Implantar uma cobertura vegetal nas áreas degradadas;
- Recuperar as áreas que serão utilizadas como canteiros de obras, alojamentos e
outros, visando o reafeiçoamento do relevo e à revegetação dessas áreas;
- Implantar medidas capazes de restabelecer e reintegrar áreas degradadas à
paisagem regional, contribuindo para a melhoria da qualidade ambiental em
conformidade com valores ambientais, estéticos e sociais das circunvizinhanças;
- Contribuir para a reconstituição da vegetação nas áreas impactadas, de forma que,
no final, aproximem-se ao máximo das condições naturais anteriores à intervenção
antrópica;
- Recompor e proteger o solo nas áreas em que os horizontes subsuperficiais
ficarem expostos (com devolução das camadas de solo fértil), a fim de preparar o
terreno para sua utilização pelos agricultores, promovendo o retorno ao ciclo produtivo

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
Página 240
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

das áreas agrícolas, reintegrando as que forem afetadas;


- Fornecer condições mínimas para se estabelecer um novo equilíbrio
dinâmico entre solo, água e vegetação;
O PRAD visa promover a rápida revegetação das áreas degradadas,
estabilizar os terrenos e controlar a erosão, recuperar as atividades biológicas no
solo, realizar o tratamento paisagístico das áreas afetadas e preservar e restaurar o
equilíbrio natural.

5.15.5 PÚBLICO ALVO

O PRAD, além de instruir e colaborar com os usuários das vias de acesso e


proprietários locais, visa orientar os profissionais envolvidos com a instalação da LT
e aqueles responsáveis pela recuperação das áreas degradadas.

5.15.6 METODOLOGIA

As técnicas e as metodologias a serem empregadas na recuperação de áreas


degradadas deverão ser individualizadas para cada situação, respeitando-se suas
características específicas bem como o tipo de uso que foi responsável pela
degradação.
As áreas de uso agrícola que sofrerem intervenções devem ser recuperadas
de modo que os proprietários as utilizem com agricultura e/ou pastagem, da
mesma forma como ocorria antes da implantação do empreendimento ou com
outros usos, respeitando-se as recomendações do empreendedor quanto à
segurança.
O Programa compreende um conjunto de fases, desde a caracterização
inicial das áreas que devam ser recuperadas até as recomendações gerais de
medidas a serem tomadas durante e após as obras. Os casos específicos serão
tratados entre empreiteira e empreendedor, mediante a elaboração de projetos
específicos, conforme as necessidades locais, sempre com a aquiescência dos
proprietários.
Os itens a seguir apresentados descrevem, nas distintas fases de trabalho, as
formas convencionais para recuperação das áreas degradadas e as ações que

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
Página 241
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

serão necessárias para atingir os objetivos e metas estabelecidos.

Caracterização e Localização das Áreas a serem Recuperadas


Compreende a identificação, avaliação e delimitação de áreas que devem ser
recuperadas notadamente naquelas destinadas a canteiro de obras, acessos,
locais de escavação e fundação de torres, reaterro, locais para montagem de
estruturas, lançamento de cabos condutores, para-raios e acessórios.

Escolha do Processo de Recuperação


A escolha do processo de recuperação das áreas impactadas do
empreendimento deverá ser de acordo com as características dessas áreas e de seus
entorno, com vistas a se proceder a um manejo ajustado a sustentabilidade ambiental de
seus sistemas e à implantação de ações de baixos custos ao empreendedor, conforme os
locais.
No primeiro ano optaremos pela condução da regeneração natural pela qual a
própria natureza estabelece o equilíbrio dinâmico, porque o habitat é propício à
germinação das sementes e ao desenvolvimento da mudas, favorecendo a regeneração,
principalmente das espécies adaptadas ao sítio. Para aceleramento da recuperação no
ano seguinte (2016) iniciaremos o enriquecimento da área com plantio de mudas nativas.

Remoção, Armazenamento e Manejo do Material Vegetal e da Camada


Superficial do Solo
A camada superficial do solo removida será estocada, para ser utilizada
nas áreas a serem recuperadas. Serão armazenadas em formas de leiras com
cerca de 1,0m de altura, ou em pilhas individuais de 5 a 8m³, permitindo aeração
necessária para que não haja alteração da matéria orgânica. A principal atividade
biológica do solo ocorre nessas camadas superficiais, e sua conservação
constitui uma prática eficiente para recuperação das camadas superiores do solo.
Os operadores de máquinas devem ser instruídos para que não aprofundem
demasiadamente a retirada desse material, buscando-se evitar mistura com
material subsuperficial ou de subsolo, em caso de escavações mais profundas.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
Página 242
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Recuperação de Áreas
Áreas de Canteiros de Obras
A recuperação das áreas de canteiros de obras obedecerá às recomendações
constantes neste Programa. O tratamento para recuperação inclui a
reconfiguração do terreno, procurando recompor suas condições anteriores,
revegetação e/ou plantio de gramíneas pelo método mais indicado ao local, a ser
definido em projeto específico a ser elaborado pela empreiteira.
Os métodos de recuperação serão os descritos nesse Programa e devem ser
aplicados nos pontos de apoio acima citados. São válidas também para a área de
canteiro de obras, as diretrizes gerais para recuperação de áreas descritas a seguir.

Recuperação e Conservação de Acessos


Tendo em vista o alto grau de antropização da área onde está inserido o
empreendimento, a maioria dos acessos às obras será feita através de vias já
existentes, evitando-se a abertura de novas estradas e caminhos, que estarão
condicionados às áreas onde isso seja absolutamente necessário.
Quando for necessária a abertura de novos acessos, recomenda-se adotar
medidas preventivas pertinentes, de modo que os trabalhos de recuperação sejam
restritos ao mínimo necessário, evitando-se intervenções ambientais. Os cuidados que
devem ser seguidos durante a abertura dos acessos estão descritos no Plano
Ambiental para a Construção (PAC), também integrante deste PCA.
Para os casos em que for necessário o corte ou aterro de taludes nas
extremidades das vias, recomenda-se principalmente a execução de rede de
drenagem, caixas de passagens e até bueiros ao pé dos taludes, para direcionamento
do fluxo de águas pluviais.

Recuperação de Praças de Montagem das Torres


Estas praças deverão ser definidas durante a obra, conforme as
necessidades.
É importante evitar a degradação da área, minimizando os gastos e trabalhos
de recomposição. Alguns procedimentos simples permitem diminuir essas
atividades.
Se a montagem for mecanizada com uso de guindastes, o nivelamento para o

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
Página 243
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

uso das máquinas deverá será executado por meio de calços, evitando-se
processos mais complicados e desnecessários. Se algum tipo de raspagem
superficial for necessário, o solo deve ser estocado em pilhas ou leiras.
Antes da recuperação dos terrenos, deve-se coletar todo o material
descartado da montagem (metais, madeira e plástico), deixando o terreno limpo para
recomposição.
Terminado o trabalho, os solos deverão ser recompostos, utilizando-se os
métodos de gradagem e plantios descritos adiante, com o objetivo de se criar
uma cobertura vegetal a mais próxima possível da original.

Recuperação de Praças de Lançamento e Emendas de Cabos


As praças de lançamento de cabos devem priorizar áreas onde não serão
necessárias supressões de vegetação, quando isso não for possível, a área de
serviço será desmatada e limpa somente nas dimensões mínimas necessárias.
Deve-se evitar a utilização de máquinas pesadas na abertura de praças de
trabalho, para não provocar maior compactação dos solos.
Nos locais propícios pelas condições de relevo e em presença de solos não
pedregosos superficialmente, a recomposição do terreno consistirá em gradagens -
uma mais profunda, atingindo 20 a 25 cm de profundidade e outra, superficial leve,
em profundidades de 10 a 12 cm. As gradagens superficiais leves são utilizadas para
melhorar a estrutura dos solos, incorporando restos de cultura, calcário e
destorroamento das camadas superficiais. Quando efetuadas em duas operações,
essas gradagens devem ser cruzadas. Caso se faça apenas uma operação,
inicia-se o corte pela periferia, em direção ao centro da área.
Quando os solos forem rasos ou compactados ou tiverem camadas
impermeáveis nos primeiros 30 cm de profundidade, pode-se lançar mão de
escarificadores. Se a camada compactada for mais profunda, podem-se utilizar
subsoladores. Esses procedimentos sempre devem ser avaliados visando-se à
conservação dos solos, de modo que possíveis problemas locais de compactação
não venham a ser agravados pelas gradagens.
Em áreas já terraceadas em pequenos declives, os terraços devem ser
localmente recompostos conforme se encontravam originalmente, considerando as
áreas concretadas e as torres. A drenagem deve ser garantida mediante o uso de

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
Página 244
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

canaletas apropriadas a cada caso, em áreas arenosas e/ou com maiores declives, a
serem previstas no Projeto Executivo.

Revestimento Vegetal - Plantios de Gramíneas


Essa metodologia tem a finalidade de recompor e preservar áreas expostas
durante a obra, proporcionando condições para que resistam à erosão superficial
causada pelas precipitações pluviais, através da proteção vegetal de gramíneas
adaptadas às condições locais.
A empreiteira apresentará ao empreendedor os métodos, os quantitativos
envolvidos e os locais prioritários que serão recuperados. Esses locais receberam a
visita da equipe de meio ambiente para aprovação desses métodos.
Serão prioritários os serviços nas áreas íngremes, margens dos cursos d’água
e locais onde pode haver escorregamento de massa, pois são sujeitos a maiores
riscos de erosão e assoreamento.
Na recuperação, usam-se as técnicas básicas de cultivo: por semeadura,
enleivamento ou plantio de mudas. A escolha do método depende de fatores, tais
como, a natureza da área a ser semeada, o tamanho, a capacidade germinativa
das sementes e as características de propagação de espécies individuais. A
semeadura pode ser feita a lanço ou por hidrossemeadura. A semeadura a lanço
deixa as sementes expostas na superfície, exigindo a colocação de uma cobertura
de solo.

Enleivamento
Uma cobertura de gramíneas pode também ser obtida por meios diversos,
porém os mais usuais são as placas de grama ou estolões. Esses procedimentos
podem ser utilizados em áreas instáveis, quando houver grande disponibilidade de
grama na região e sua retirada não causar degradação local. Consiste na retirada de
placas de gramados adjacentes aos locais das obras, de forma intercalada, para
permitir a sua regeneração.
É um dos métodos de melhor resultado na proteção vegetal e, para sua
implantação, alguns procedimentos devem ser seguidos, como os descritos abaixo:
- O terreno deverá ser reparado mediante revolvimento e, em determinados
casos, escarificado. A seguir, deve-se misturar a terra vegetal resultante da

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
Página 245
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

raspagem dos horizontes superiores dos solos, convenientemente estocada e


tratada;
- A extração das leivas deve ser precedida de um exame técnico sobre a sanidade
do gramado, a infestação por ervas daninhas e o desenvolvimento satisfatório
da gramínea que se desejará retirar. Essa deve ser cortada rente ao solo, sendo
retiradas placas de 30 a 40 cm de lado, com espessura suficiente para conter raízes
e solo superficial — cerca de 5 a 10 cm. A operação poderá ser realizada por
meio de equipamentos manuais, ou mecânicos. Assim que forem retiradas, as
placas podem ser carregadas em veículos de carga e transportadas para os locais
de plantio, quanto mais próximo ao local do plantio, mas adaptada as gramíneas
estarão;
- O plantio constará da colocação manual das placas sobre o terreno. A fixação
poderá ser efetuada por meio de soquetes de madeira ou metal. Caso a área seja
íngreme, recomenda-se cravar ponteiras de madeira com a finalidade de fixar as
placas ao solo;
- A irrigação é importante para a fixação das placas. A prática pode ser repetida
inúmeras vezes, até o completo restabelecimento do gramado.

Plantio de Grama em Mudas


É um método indicado para terrenos planos e de baixa declividade, pois
impede que as mudas sejam levadas pelas águas pluviais antes de enraizarem no
solo onde forem plantadas.
A separação das mudas ou touceiras é efetuada manualmente, no local da
obra. As mudas ou touceiras, à razão de 100 por metro quadrado, serão colocadas em
sulcos especialmente preparados, com cerca de 10 cm de profundidade, recobertas
com terra e compactadas manualmente. A terra restante deve ser espalhada entre
as mudas.
Após o plantio, é recomendável irrigar as mudas, quanto necessário, até a
sua definitiva fixação no solo.

Hidrossemeadura
A proteção pelo método de hidrossemeadura é, normalmente, utilizada em
locais terraplanados, onde podem ocorrer processos de mobilização e carreamento de

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

partículas, em áreas com pouco recobrimento pela vegetação, em taludes


íngremes e valas ou quaisquer outras superfícies de solo desprotegidas e suscetíveis
à erosão.
A hidrossemeadura é uma técnica mecanizada, semelhante à semeadura a
lanço. Uma de suas principais vantagens é a capacidade de cobrir, com rapidez e
economia, áreas inacessíveis em declives íngremes.
A preparação do terreno para fixação das sementes compreende a
regularização do talude e a eliminação de concavidades e negatividade do mesmo,
para evitar a formação de novos focos erosivos e desmoronamentos.
Os procedimentos e métodos a serem utilizados para o sucesso da
hidrossemeadura estão descritos a seguir:

- Picoteamento ou Microcoveamento:
Consiste em abrir pequenas covas no talude com dimensões de 10x10cm,
espaçadas entre si cerca de 15 a 20 cm, dispostas de forma alternada, com a
finalidade de aumentar a rugosidade do terreno, remover a camada oxidada do
subsolo e permitir a retenção da mistura a ser lançada pela hidrossemeadura.

- Preparação da Mistura:
A mistura de sementes, fertilizantes, mulch, corretivos e adesivos com água
deve ser preparada em tanque de caminhão, dotado de misturador e pulverizador. A
preparação da mistura consiste em encher o tanque do caminhão até sua capacidade
normal, deixando o misturador ligado. A seguir, devem ser lançados o acetalmulchim,
os adubos e, finalmente, as sementes.
O acetalmulchim trata-se de um composto de acetato de celulose e celulose
que, fixado no solo, forma um tecido protetor altamente resistente à energia
mecânica da água.

Características das Espécies a serem Utilizadas para Revegetação

A escolha das espécies mais adequadas deve basear-se em critérios de


adaptabilidade edafoclimática, rusticidade, boa capacidade de reprodução,
perfilhamento, velocidade de crescimento, adaptabilidade às condições de solo e

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5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
Página 247
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

subsolo e facilidade de obtenção de sementes. As espécies a serem utilizadas


devem ser tolerantes às eventuais deficiências hídricas e aos fatores climáticos
locais mais importantes.
Deve-se ter em conta que os taludes mais profundos atingem o subsolo, cuja
capacidade de suporte às plantas é muito baixa.
A ocorrência e a constituição de gramados para originarem mudas e a
disponibilidade de sementes ou grama em placa em viveiros locais ou próximos às
áreas a serem recuperadas são fatores a serem considerados, pois podem limitar a
lista de espécies a serem utilizadas, além de proporcionar economia nos custos de
transporte.

Espécies Recomendadas
Entre as gramíneas (família Poaceae ou Gramineae) para hidrossemeadura,
enleivamento, plantio em placas ou mudas, as espécies que preenchem as melhores
condições para revegetação, considerando os critérios expostos, é a seguinte:
- Grama-esmeralda (Zoysia japonica): também conhecida por zoisia-silvestre,
grama-zoisia ou zoisia, possui folhas estreitas e médias, cor verde-esmeralda e
estolões penetrantes, que enraízam facilmente. Esse tipo forma perfeito tapete de
grama, de grande beleza, sendo recomendada para paisagismo e recuperação de
áreas de canteiros de obras em áreas próximas a cidades, com folhas macias e
resistentes ao pisoteio, devido ao entrelaçamento dos estolões com as folhas.
Recomendada para controle da erosão em climas quentes, possui raízes que
chegam a atingir 20 cm de profundidade. É indicada para plantios a pleno sol e seu
porte pode atingir 15 cm.

Reflorestamento com Espécies Arbóreas


Caso sejam necessários, em locais específicos, a serem definidos no
Projeto Executivo, será necessário recuperar a vegetação arbustiva e arbórea.
Nesse caso, serão plantadas espécies nativas, de preferência que ocorram na
região, segundo um padrão que deve ser delineado para cada local.
Em relação aos aspectos da sucessão secundária na vegetação, (BUDOWSKI
1961;1965) considera três estágios de sucessão antes de a Floresta Tropical
Úmida chegar ao seu clímax: pioneiro, secundário inicial e secundário tardio.

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5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
Página 248
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Conforme se avança na sucessão há um aumento na complexidade florística


e na estrutura das florestas em função dos diferentes fatores que condicionam a
regeneração natural.
Baseada nesses princípios, a recomposição da vegetação arbustivo-arbórea
deverá ser do tipo heterogêneo, considerando-se os três grupos ecológicos, conforme
segue:
- 1o grupo: espécies pioneiras - grupo constituído por plantas heliófitas, de porte
médio a baixo, com desenvolvimento rápido;
- 2o e 3o grupos: secundárias iniciais e tardias - plantas que possuem
características intermediárias de exigência de luz, incremento e longevidade e ciclo de
vida maior do que as pioneiras;
- 4o grupo: climáxicas - grupo constituído por plantas de desenvolvimento lento, porte
elevado quando adultas, ombrófilas na fase inicial de desenvolvimento,
longevas e com sementes pesadas dispersas por roedores e pássaros.
A recomendação de percentagens de plantas considerando os grupos
ecológicos para todos os estágios da sucessão poderá ser, por exemplo: 50% de
pioneiras; 30% de secundárias iniciais; 15% de secundárias tardias; 5% de clímax.
Além de considerar esses grupos, é muito importante a introdução de
leguminosas, pois elas se associam com microrganismos fixadores de nitrogênio e
com fungos micorrízicos e têm sido utilizadas com sucesso como condicionadoras da
melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas de substratos degradados
(Faria, Embrapa).
As espécies de rápido crescimento, de metabolismo acelerado, com ciclo
anual, que germinam em sete dias na época das chuvas, denominadas
transitórias, têm a finalidade de ocupar o solo, fixando os nutrientes lançados por
aspersão e estabelecendo uma proteção eficiente contra a erosão. Formam um
tapete verde permitindo que as espécies permanentes, que germinam 30 a 40
dias após o plantio, invadam os espaços, originando uma cobertura
autossustentável.

Espécies Arbóreas Recomendadas


Caso sejam necessários plantios de espécies arbóreas para a recuperação das
áreas degradadas, serão adquiridas mudas de espécies do mesmo bioma,

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5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
Página 249
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preferencialmente da mesma região, para que as áreas a serem reflorestadas


mantenham as características mais próximas das de origem.
Para o sucesso da recomposição ou do reflorestamento com espécies
nativas, são necessárias várias etapas desde a preparação da área até o plantio e a
manutenção das mudas. Dessa forma, o plantio propriamente dito compreende as
seguintes atividades, descritas a seguir:

Preparação da Área para o Reflorestamento


Abertura de aceiros
Em casos específicos, é importante a demarcação de aceiros externos,
4,0 m
contendo uma largura que seja eficaz para proteção contra possíveis queimadas da
área a ser reflorestada, bem como para facilitar o acesso, tanto por ocasião da
implantação, como na manutenção.

Espaçamento e marcação
4,0 m
Para reflorestamento, após definidas as áreas, será realizada a marcação
das covas na zona de plantio, com o espaçamento escolhido de 3 X 3 m em média,
totalizando 1,150 plantas por hectare. Quando o local da marca coincidir com uma
árvore em desenvolvimento, deverá ser deslocado no sentido da linha de plantio,
seguindo o espaçamento, como esquema a seguir:

3,0m 3,0m

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Planta Pioneira Planta Secundária Planta Climax

Combate a formigas
O ataque de formigas em plantios de recomposição florestal constitui sério
problema, que merece atenção especial e constante. A erradicação das formigas
cortadeiras deverá ser efetuada na fase de preparo do terreno, por causa da maior
facilidade de localização dos formigueiros, nos quais não deve ser feita nenhuma
limpeza. Devem ser utilizadas iscas granuladas em dias não-chuvosos, à razão de
10g/m² de formigueiro, usando-se porta-iscas para evitar acidentes e destruição das
iscas pelas chuvas. Para os ninhos de difícil localização, a isca de granulação média
ou pequena é recomendada. As iscas devem ser utilizadas quando o formigueiro
estiver em plena movimentação e distribuídas pelos olheiros ativos.

Coveamento
Consiste na abertura das covas, depois de demarcadas, no seu respectivo
espaçamento, nas proporções 0,40 x 0,40 x 0,40 metros. A terra extraída deverá ser
depositada próximo à cova, para posterior incorporação do adubo.

Correção da acidez e adubação do solo


Na terra extraída na abertura das covas, deverá ser feita a correção da
acidez por meio de calagem, devendo-se observar um intervalo para o plantio de,
pelo menos, 20 dias; transcorrido esse período, a terra deverá ser tratada com
adubação, para ser incorporada à cova. As proporções dos nutrientes serão
determinadas após a realização da análise. Sempre é recomendada a coleta de
amostras de solos, com o objetivo de determinar o estado atual de sua fertilidade,
em relação ao teor de elementos essenciais à nutrição das plantas e condições de
acidez. Essa análise inicial servirá como elemento para sugestões de adubação e

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calagem. Dentre as determinações que deverão ser feitas, destacam-se: pH em


água, Al+++, Ca+++Mg++ em cmolc /kg, Fósforo(ppm) e Potássio (ppm).

Plantio
Deverão ser seguidas as orientações básicas para plantio de árvores,
estabelecimento prévio de módulos considerando a composição florística adequada
a cada caso e plantio nas covas segundo a marcação e conforme o módulo:
- Distribuição das mudas, de modo que as espécies de rápido crescimento venham a
sombrear as mudas de espécies que se desenvolvem melhor à sombra;
- Os plantios serão efetuados na época das chuvas;
- Deverão ser cumpridas as recomendações técnicas, conforme diretrizes adotadas
para o projeto.

Irrigação
Em caso de déficit hídrico, a irrigação é um procedimento utilizado para
suprir as necessidades hídricas, em quantidades adequadas e nos momentos
oportunos quando as dotações pluviométricas ou qualquer outra forma natural não é
suficiente para garantir um bom desenvolvimento dos plantios realizados. Neste
caso as mudas deverão ser regadas utilizando caminhões ou tratores pipa na forma
de chuviscos leves nas horas mais frescas do dia, ou seja, no fim ou início do dia, na
proporção de 10 litros de água/muda

Replantio
As plantas que não sobreviveram ao plantio serão repostas. Essa operação
deverá ser executada 30 dias após o plantio inicial ou de acordo com as condições
climáticas, tendo como objetivo manter um mínimo de sobrevivência do plantio.

Atividades de manutenção
O projeto deve prever o coroamento de manutenção ao redor da muda, que
consta de capinas; a primeira, três meses após o plantio. O número de capinas
dependerá do tempo de fechamento da floresta, que varia conforme as condições
locais e espécies plantadas. Sempre que plantas indesejáveis estiverem competindo
com as mudas, deverá ser realizado o coroamento.

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5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
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Nas áreas degradadas, dever-se-á ter cuidado para aproveitar ao máximo o


crescimento das espécies em regeneração, eliminando-se apenas a vegetação que
estiver cobrindo as mudas. As roçadas deverão restringir-se ao estritamente
necessário, para evitar que áreas em regeneração sejam cortadas. A menor
intervenção é sempre ecologicamente benéfica; no entanto, deve-se ter em mente
que as áreas deverão estar livres de espécies daninhas e preparadas contra
incêndios.

Adubação de Cobertura
Visando a um desenvolvimento uniforme de todas as mudas plantadas,
deve-se prever uma adubação de cobertura nas covas de plantas não fixadoras de
nitrogênio.

Monitoramento das atividades


O monitoramento dos trabalhos de revegetação deve ser executado pela
equipe de fiscalização do empreendedor, através de visitas periódicas às áreas em
reabilitação, e repassadas as informações ao coordenador ambiental do
empreendimento. Para o acompanhamento do andamento do PRAD é
imprescindível a produção de relatórios com informações das ações executadas nas
áreas passíveis de recuperação.
Para impedir o trânsito de máquinas e equipamentos nas áreas degradadas
será realizado a identificação por placar de advertência e isolamento da mesma,
através da construção de uma cerca de arame liso ou farpado no limite externo da
área a ser revegetada.

5.15.7 METAS / ATIVIDADES / AÇÕES

A seguir, as metas, atividades e ações para este Plano:

Quadro 14: Metas, atividades, ações


Metas Atividades / Ações
Desativações de canteiros e pátios, praças
Recompor a paisagem tanto quanto possível
de lançamento
Contribuir para a reconstituição da Reestruturação dos terrenos

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5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
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vegetação nas áreas impactadas pelas


obras
Recuperar a estabilidade física dos solos
que sofrerem alterações;
Contribuir para a reconstituição da Tratamentos físicos dos solos
vegetação nas áreas impactadas pelas
obras
Recuperar a estabilidade química dos solos
que sofrerem alterações;
Contribuir para a reconstituição da Tratamentos químicos dos solos
vegetação nas áreas impactadas pelas
obras
Recompor a paisagem tanto quanto possível Revegetação
Monitorar as áreas recuperadas, visando à
Ações complementares ao plantio
manutenção das ações implantadas.

5.15.8 MATERIAL DE APOIO

Os recursos necessários para a execução do PRAD dependem diretamente


da magnitude das alterações ambientais necessárias à implantação das linhas de
transmissão. Sendo assim, na tabela a seguir serão propostos recursos empíricos
que poderão sofrer alterações durante a execução do plano.

Quadro 15: Material de apoio PRAD


Recursos Especificações
As formulações do composto, bem como a dosagem, podem ser
Adubos
alteradas, por profissionais qualificados.
As mantas deverão ser utilizadas caso seja necessário e a
Mantas vegetais
quantidade pode variar de acordo com a área.
Sementes Câmara de estocagem, material para conservação.
Mudas nativas A quantidade de mudas varia de acordo com o tamanho da área.
Os implementos são aqueles necessários ao preparo do solo e ao
Implementos plantio de semente e mudas como, enxadas, subsoladores, grades,
etc.

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5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
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Maquinário necessário ao preparo do solo e ao transporte de


Trator de pneu
materiais.
Veículo de carroceria utilizado para transporte de insumos, mudas,
Caminhão
etc.
A tipologia e a quantidade de EPI’s necessários deve levar em
conta a quantidade de pessoas envolvidas nas atividade de
EPI’s
recuperação. Esta indicação deverá ser feita pelo técnico de
segurança responsável.

5.15.9 AVALIAÇÃO

Após o tratamento dos cenários propostos, através do planejamento e da


execução das atividades, deve ser realizado acompanhamento durante os primeiros
anos nas áreas recuperadas. Este acompanhamento deve ser balizado por
indicadores de qualidade dos trabalhos e as observações devem ser descritas em
relatórios. A seguir, são sugeridos alguns indicadores ambientais que devem ser
observados.
- Efetividades do processo de recuperação e reabilitação funcional da cada área
degrada pela implantação do empreendimento;
- Eficácia de sistemas de planejamento e gestão de programas de recuperação;
- Redução da interferência dos processos construtivos, como, por exemplo, o
transporte sólido para cursos d’água;
- Sistemas de drenagem implantados;
- Índice de satisfação do público-alvo.

Relatórios
Para que haja interface dos colaboradores com o empreendedor, é
imprescindível a produção de relatórios com informações das ações executadas nas
áreas passíveis de recuperação.
Estes relatórios podem ser divididos da seguinte maneira:
- Relatórios mensais: estes relatórios têm o objetivo de descrever as ações que
estão sendo executadas em cumprimento ao PRAD. Estes relatórios devem
mencionar as seguintes atividades: Atividades prévias – visam indicar e quantificar
todas as áreas que sofrerão intervenção e descrever a situação de cada local.

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Atividades de planejamento – visam indicar ações mais adequadas para a


recuperação de cada sítio analisado, de acordo com as características locais.
Atividade de execução – visam informar o andamento das ações de recuperação,
bem como quantificar os matérias e o contingente de pessoas envolvidos no
processo.
- Relatórios semestrais: devem informar as ações, executadas no período, de forma
clara e sequencial, fazendo uma ligação entre as atividades prévias, de
planejamento e executivas e ainda informar as próximas atividade a serem
executadas.
- Relatório conclusivo: deve apresentar os resultados das operações de
recuperação, além de trazer um resumo das atividades realizadas.

5.15.10. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

O Programa de Recuperação de Áreas Degradas atenderá às normas


técnicas específicas e aos requisitos legais pertinentes, compreendendo a
Legislação Federal e Estadual.
A legislação federal e estadual, além do Código Florestal, à qual o programa
atenderá, está resumida a seguir:
Resolução CONAMA nº 237, de 19/12/1997 - Dispõe sobre o Licenciamento
Ambiental.
Lei nº 9.605, de 12/02/1998 - Dispõe sobre a Lei de Crimes Ambientais.
Lei nº 6.938, de 31/08/1981 - Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.
Decreto nº 7.903, de 01/07/1997 - Regulamenta a Lei nº 547, de 30/12/1993 – Lei
do Meio Ambiente Estadual.
Além do que estabelece a legislação citada anteriormente, serão seguidas
as determinações das principais normas técnicas pertinentes ao assunto, que estão
citadas a seguir:
Norma Brasileira NBR 10.703 TB 350 (1989) - Trata da degradação do solo.

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Norma Brasileira NBR 11682 (1991) – ABNT - Trata da estabilidade dos taludes.
Norma Brasileira NBR 13030 (1999) – ABNT - Trata da elaboração e apresentação
de projeto de reabilitação de áreas degradadas.

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5.15.11 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Mobilização e Instalação do Canteiro
2.1 SAETOWERS . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 CRONOGRAMA - PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS


Identificação, avaliação e delimitação das 34,0% 33,0% 33,0%
3.1 NOVO NORTE
áreas que devem ser recuperadas
Seleção do processo de recuperação das 34,0% 33,0% 33,0%
3.2 NOVO NORTE
áreas impactadas
Implantação de cobertura vegetal nas áreas 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
3.3 NOVO NORTE
degradadas
Promover o enriquecimento da área com 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
3.4 NOVO NORTE
plantio de mudas nativas
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
3.5 Promover a estabilização dos terrenos NOVO NORTE

Remoção, armazenamento e manejo do 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
3.6 material vegetal e da camada superficial do NOVO NORTE
solo

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ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)


0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
3 CRONOGRAMA - PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
Recuperação das áreas que serão utilizadas 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%

3.7 como canteiros de obras, alojamentos, NOVO NORTE


acessos e outros
Implantação de medidas capazes de 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%

3.8 restabelecer e reintegrar áreas degradadas à NOVO NORTE


paisagem regional
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
Recomposição e protegeção do solo nas
3.9 áreas em que os horizontes subsuperficiais NOVO NORTE
ficarem expostos

Delimitação e utilização das áreas de bota- 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
4 NOVO NORTE
fora
Orientação dos operadores do maquinário 50,0% 50,0%
4.1 NOVO NORTE
quanto à profundidade das escavações
Recuperação das praças de montagem das 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
4.2 NOVO NORTE
torres
Recuperação das praças de lançamento e das 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
4.3 NOVO NORTE
emendas de cabos
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
4.4 Enleivamento NOVO NORTE
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
4.5 Plantio de grama em mudas NOVO NORTE
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
4.6 Picoteamento ou microcoveamento NOVO NORTE

Preparação da mistura de sementes, 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
4.7 fertilizantes, mulch, corretivos e adesivos NOVO NORTE
com água
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
Seleção das espécies a serem utilizadas para
4.8 NOVO NORTE
revegetação
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
4.9 Reflorestamento com espécies arbóreas NOVO NORTE

7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
5 Abertura de aceiros NOVO NORTE

7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
5.1 Marcação das covas para plantio NOVO NORTE
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
5.2 Medidas de combate às formigas NOVO NORTE

7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
5.3 Coveamento NOVO NORTE
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
5.4 Correção da acidez e adubação do solo NOVO NORTE

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
Página 259
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)


0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
3 CRONOGRAMA - PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
5.6 Replantio NOVO NORTE
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
5.7 Manutenção NOVO NORTE

7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
5.8 Adubação de cobertura NOVO NORTE

25,0% 25,0% 25,0% 25,0%


5.9 Monitoramento das atividades NOVO NORTE

7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7%
6 Elaboração e emissão de Relatórios Mensais NOVO NORTE

34,0% 33,0% 33,0%


Elaboração e emissão de Relatórios
6.1 NOVO NORTE
Semestrais
100,0%
6.2 Elaboração e emissão do Relatório Final NOVO NORTE

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
Página 260
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.15.12 BIBLIOGRAFIA

Barth, R.C. (1989). Avaliação da recuperação de áreas mineradas no Brasil.


Boletim Técnico no 1. SIF/UFV, Viçosa, MG. 41p. In: Curso Recuperação de áreas
degradadas, vol. II. UFPr/FUPEF-Pr/Associação Paranaense de Engenheiros
Florestais. Curitiba, 5 - 15/07/93.

FAVARETTO, Nerilde; MORAES, Aníbal de; MOTTA, Antônio Carlos Vargas et al -


Efeito da revegetação e da adubação de área degradada na fertilidade do solo
e nas características da palhada – Pesquisa Agropecuária Brasileira, fevereiro de
2000, volume 35, nº 2, p:289-297.

FREITAS, P.L., de Aspectos físicos e biológicos do solo. In: LANDERS, J.N. Ed.
Experiências de Plantio Direto no Cerrado. Goiânia: APDC, 1994. P. 199-213.261p.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.15. Plano de Recuperação de Áreas Degradadas e Restauração da vegetação
Página 261
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.16. PROGRAMA DE
MONITORAMENTO DE FLORA

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.16. Programa de Monitoramento de Flora
Página 262
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.16.1 APRESENTAÇÃO

O Programa de Monitoramento de Flora, visa minimizar os possíveis


impactos gerados durante a implantação como a fragmentação de habitats, devido a
necessidade de supressão vegetal; tendo como principal medida o resgate e o
monitoramento de epífitas e hemiepífitas.

5.16.2 PROGRAMA DE MONITORAMENTIO DA FLORA

A área de influência da LT 230 kV SE Barreiras II / SE Rio Grande II –


Barreiras/São Desidério é composta pela predominância dos biomas Cerrado e
Caatinga.
Neste contexto, um dos principais objetivos do Programa de Monitoramento
de Flora é acompanhar e mitigar os impactos das atividades de supressão durante a
fase de implantação da linha de transmissão.
Espécies epífitas, além do grande potencial econômico como ornamentais,
possuem um papel importante nas comunidades florestais uma vez que, auxiliam na
manutenção da diversidade biológica e no equilíbrio da floresta proporcionando
recursos alimentares como frutos, néctar, pólen e retenção de água. As epífitas
possuem uma capacidade de elaborar biomassa suspensa, que associada a
retenção de água e matéria orgânica proporcionam micro habitats especializados
para a microfauna (ODUM & PIGEON, 1970). Funcionam também como
bioindicadores do estágio sucessional da floresta, tendo em vista que comunidades
em fases secundárias apresentam menor diversidade epifítica do que comunidades
primárias (BUDOWSKY, 1965).

5.16.3 JUSTIFICATIVA

O foco deste programa está na preservação das epífitas e hemiepífitas, por


se considerar suas respostas às alterações ambientais como um instrumento
importante para o entendimento dos impactos e o estabelecimento de diretrizes de
manejo. Adicionalmente, além das espécies-indicadoras, os parâmetros que serão
monitorados e avaliados, associando aspectos inerentes às espécies e à condição

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.16. Programa de Monitoramento de Flora
Página 263
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

dos habitats existentes antes e durante a construção e operação da LT, deverão


trazer resultados práticos no manejo conservacionista das espécies.
Plantas epífitas deverá ser priorizado no resgate, uma vez que necessitam
de uma atenção maior por serem fontes alimentares (como frutos, néctar e pólen),
de abrigo e retenção de água (ODUM & PIGEON, 1970). Além de serem indicadores
do estágio sucessional da floresta e do microclima da área, tendo em vista que
comunidades em fases secundárias apresentam menor diversidade epifítica do que
comunidades primárias (BUDOWSKY, 1965).
Dentro deste contexto, a implantação deste programa visando o resgate de
flora voltado para epífitas decorre da necessidade de realizar ações de conservação
e manejo do material genético que será retirado, quando das ações de supressão
vegetal para implantação da LT.
Destaca-se também o valioso conhecimento que será resultante da
implantação deste programa, em que as ações de resgate da flora contribuem para a
formação de uma base de conhecimento passível de ser transmitida à população
local e aos profissionais das instituições de ensino e pesquisa da região.

5.16.4 OBJETIVOS

5.16.4.1 Objetivo Geral

O objetivo geral deste Programa é obter conhecimento específico sobre


padrões ecológicos dos grupos indicadores de qualidade (epífitas e hemiepífitas).
Mediante ações de monitoramento continuado ao longo do período de implantação
do empreendimento, será possível verificar tendências de estabilidade, aumento ou
declínio das espécies na área de influência da LT, de modo a fornecer subsídios aos
gestores das políticas públicas ambientais para que estes atuem na conservação
das espécies.

5.16.4.2 Objetivos Específico

- Minimizar o impacto relativo à perda de diversidade genética, mediante o resgate


de material da flora;

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.16. Programa de Monitoramento de Flora
Página 264
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Resgatar, identificar, reintroduzir e monitorar as epífitas nas áreas adjacentes ao


empreendimento.

5.16.5 PÚBLICO ALVO

As informações geradas a partir deste programa servirão para as


comunidades científicas, legisladores e gestores dos recursos naturais, órgão
licenciador, população local, além de futuros empreendimentos da região.

5.16.6 METODOLOGIA

Detalhamento do planejamento das ações de resgate


Com vistas a orientar as ações operacionais em campo, antes de iniciar as
atividades de resgate, propriamente dita, deverá ser elaborado um mapa das áreas
que serão suprimidas indicando o tamanho das áreas por tipologia vegetal. Esta
ação visa otimizar as ações de resgate, com base em tais definições, e no
planejamento das ações dimensionando a quantidade de material botânico a ser
obtido por frente de supressão.
De posse das áreas que sofrerão intervenções é lícito que a equipe de
resgate da flora realize antes da supressão um resgate prévio das epífitas e
hemiepífitas.

Procedimentos de Coleta de material botânico


A coleta de epífitas e hemiepífitas deverá incluir as famílias Araceae,
Cactaceae, Bromeliaceae, Orchidaceae, presentes nas áreas de supressão florestal.
As epífitas serão translocadas para árvores remanescentes situadas próximas ao
local de onde foram resgatadas, considerando características de habitat e
microclima semelhantes da área onde os indivíduos foram resgatados. Para reduzir
o efeito de borda, as epífitas serão translocadas para locais situados a cerca de 10
metros das margens em remanescentes vegetacionais.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.16. Programa de Monitoramento de Flora
Página 265
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Triagem e translocação das epífitas e hemiepífitas


O material resgatado durante a supressão vegetal será acondicionado em
sacos plásticos ou de entulho (ráfia), ou caixas baixas de madeira (tipo engradado
sem tampa).
Serão anotadas informações do forófito onde as epífitas e hemiepífitas
estavam fixadas, e quando possível a sua identificação no local. Os dados serão
registrados em caderneta de campo, com número do coletor, coordenadas
geográficas, data de coleta e descrição do habitat de ocorrência.
Após a coleta será realizada a triagem do material coletado e o registro
fotográfico para posterior identificação das espécies, com a utilização guias
botânicos disponíveis e em literatura especializada em tratamento taxonômico, e
também por comparação morfológica. Os indivíduos receberão uma numeração
específica e serão translocados em áreas adjacentes próximas à área de supressão
vegetal.
Os indivíduos resgatados, na forma de exsicatas, também poderão ser
destinados a instituições de pesquisa/conservação, para que mantenham-se
preservadas ou ainda, serem transferidas para as áreas passiveis de recuperação,
como forma de enriquecimento vegetal.

Monitoramento
Os indivíduos resgatados serão monitorados mensalmente, alimentando o
banco de dados com informações sobre o estado de cada indivíduo quanto aos
seguintes critérios:
- Adaptado: com a presença de novas estruturas vegetativas (folhas e raízes);
- Estável: não sofreu nenhuma alteração desde o resgate;
- Sem folhas: após a translocação ocorreu a perda das folhas dos indivíduos;
- Morto: quando o indivíduo resgatado não apresenta mais nenhuma vitalidade.
Baseados nos dados do monitoramento serão propostas ações e medidas
que viabilizem a sobrevida e a conservação dos indivíduos translocados.

5.16.7 METAS / ATIVIDADES / AÇÕES

A seguir, as metas, atividades e ações para este Programa:

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.16. Programa de Monitoramento de Flora
Página 266
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Quadro 16: Metas, atividades, ações


Metas Atividades / Ações
Resgatar e Monitorar a Flora – Epífitas e Campanhas de Campo para levantamento
hemiepífitas de dados que subsidiarão medidas
mitigadoras

5.16.8 AVALIAÇÃO

Para acompanhar o desenvolvimento desse programa, deverão ser


observadas:
- O quantitativo de espécies resgatas.
- O sucesso de sobrevivência após a translocação.

Relatórios: Técnico que serão encaminhados ao órgão licenciador


quadrimestralmente, com o caráter de Relatórios Parciais, sendo que estes
subsidiarão o Relatório Consolidado também encaminhado ao órgão licenciador no
final da obra.

5.16.9. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

A base legal e normativa para as ações de resgate é prevista principalmente


na legislação federal. A coleta de material biológico tem seu respaldo na Instrução
Normativa do IBAMA nº 154, de 01º de março de 2007, que instituiu o Sistema de
Autorização e Informação em Biodiversidade – SISBIO, com objetivo de fixar normas
sobre a realização de atividades com finalidade científica ou didática no território
nacional, na plataforma continental e na zona econômica exclusiva.
Quanto às espécies ameaçadas de extinção, a Instrução Normativa nº 06 de
23 de setembro de 2008, publicada no Diário Oficial da União em 24 de setembro de
2008 indica as espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.16. Programa de Monitoramento de Flora
Página 267
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.16.10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV
1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS
2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Mobilização e Instalação do Canteiro
2.1 SAETOWERS . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .
20% 20% 20% 20% 20%
2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .
20% 20% 20% 20% 20%
2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .
20% 20% 20% 20% 20%
2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .
3 PROGRAMA DE MONITORAMENTO FLORA
50% 50%
Realização do planejamento das ações de
3.1 NOVO NORTE
resgate
50% 50%
3.2 Escolha das espécies-alvo para o resgate NOVO NORTE
50% 50%
Mobilização e treinamento da equipe de
3.3 NOVO NORTE
resgate de flora
33,3% 33,3% 33,3%
3.4 Escolha das áreas de translocação NOVO NORTE
25% 25% 25% 25%
Formalização de parcerias com instituições
3.5 NOVO NORTE
de ensino e pesquisa
15% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15%
Resgate de epífitas e hemiepífitas e
3.6 NOVO NORTE
translocação
7,69% 7,69% 7,69% 7,69% 7,69% 7,69% 7,69% 7,69% 7,69% 7,69% 7,69% 7,69% 7,69%
3.7 Monitoramento das epífitas translocadas NOVO NORTE
16,67% 16,67% 16,67% 16,67% 16,67% 16,65%
Realização de registro e alimentação do
3.8 NOVO NORTE
banco de dados do programa
20% 20% 20% 20%
Emissão de relatórios consolidados para o
3.9 NOVO NORTE
órgão ambiental

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.16. Programa de Monitoramento de Flora
Página 268
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.16.11. BIBLIOGRAFIA

CRONQUIST, A. 1988. The Evolution and Classification of Flowering Plants. The


New York Botanical Garden. Flora Neotropica - Monograph nº 1 - New York:
Organization for Flora Neotropica by the New York Botanical Garden, 1996, 555 p.

IBGE. 1991. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE. Rio


de Janeiro, Secretaria do Orçamento e Coordenação da Presidência da República.
Série Manuais Técnicos em Geociências, 92p.

LEÃO, N, V. M.; OHASHI, S. T.; VIEIRA, I.C.G.; GHILARDI JR., R. 2005. Ilha de
Germoplasma de Tucuruí – Uma Reserva da Biodiversidade para o Futuro.
Brasília: Eletronorte. 232p.

Themag - Engenharia. 2010. Estudos de Impacto Ambiental do AHE Sinop.


Diagnóstico Ambiental do Meio Biótico da Área de Influência Direta, Volume VI.
293 p.

RIZZINI, C.T.; MORS, W.B. 1976. Botânica econômica brasileira. São Paulo:
EDUSP, 207p.

WALTER, B.M.T. 2000. Resgate de Germoplasma e Levantamento Florístico no


Aproveitamento Hidrelétrico Serra da Mesa. Relatório Final. (Convênio
EMBRAPA/CENARGEN – Furnas Centrais Hidrelétricas S.A.)

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.16. Programa de Monitoramento de Flora
Página 269
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.17. PROGRAMA DE
MONITORAMENTO DE FAUNA

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.17. Programa de Monitoramento de Fauna
Página 270
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.17.1. APRESENTAÇÃO

Mediante ações de monitoramento continuado ao longo do período de


implantação da LT 230 kV SE Barreiras II / SE Rio Grande II – Barreiras/São
Desidério, será possível verificar tendências de aumento ou declínio das populações
de animais e plantas na área de influência do empreendimento, de modo a fornecer
subsídios aos gestores das políticas públicas ambientais para que estes atuem na
conservação das espécies.
Os possíveis impactos gerados durante a implantação são: a perda ou
fragmentação de habitats nas áreas em que a supressão vegetal se fizer necessária,
o atropelamento da fauna em virtude do aumento do tráfego de veículos nas vias de
acesso e a possível interferência na comunidade local de aves, devido à presença
de cabos elétricos na fase de operação da LT.
Desta forma, este programa justifica-se como um meio de verificar os
possíveis impactos causados à fauna durante as fases de implantação e operação
do empreendimento, propor medidas mitigatórias, além de oferecer informações
sobre a composição e diversidade da fauna da região.

5.17.2. PROGRAMA DE MONITORAMENTIO DA FAUNA

A área de influência da LT 230 kV SE Barreiras II / SE Rio Grande II é


composta pela predominância dos biomas Cerrado e Caatinga. O Estudo de Médio
Impacto (EMI) da LT 230 kV SE Barreiras II / SE Rio Grande II levantou 24 espécies
de mamíferos, 119 de aves, 15 de anfíbios e 26 de répteis.
A redução da cobertura vegetal e as alterações das condições naturais
decorrentes da implantação de grandes empreendimentos produzem impactos
diretos e imediatos às comunidades faunísticas das regiões afetadas. Mudanças
ambientais nos habitats acarretam alterações nas comunidades de anfíbios, répteis,
aves e mamíferos, uma vez que agem sobre as características comportamentais e
fisiológicas destes animais. Esses quatro grupos faunísticos possuem características
biológicas intrínsecas que, além de demonstrarem a qualidade das condições
ambientais, também os colocam como “grupos de interesse” na maior parte dos

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.17. Programa de Monitoramento de Fauna
Página 271
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

programas de monitoramento de fauna.


Neste contexto, um dos principais objetivos do Programa de Monitoramento
de Fauna é acompanhar e mitigar os impactos das atividades de supressão durante
a fase de implantação e operação da LT, bem como os impactos posteriores à sua
instalação. Para empreendimentos lineares, o principal impacto sobre a fauna é a
fragmentação dos habitats, uma vez que o próprio empreendimento representa uma
barreira física de difícil transposição para alguns grupos.
Outra alteração importante sobre a fauna é o efeito de borda. Este fator
representa uma condição ambiental impactante sobre as características ecológicas
da fauna e da flora, modificando sua dinâmica natural, além dos fatores abióticos do
meio, como por exemplo: temperatura e umidade (FERNADEZ 2000, QUEIROGA &
RODRIGUES 2005). Segundo RODRIGUES (1993), o efeito direto envolve
mudanças, na abundância e na distribuição das espécies, provocadas por fatores
abióticos nas proximidades das bordas, como por exemplo, o aumento da densidade
de plantas devido ao aumento da radiação solar. Já os efeitos indiretos envolvem
mudanças na interação entre as espécies, como predação, parasitismo, herbivoria,
competição, dispersão de sementes e polinização, uma vez que espécies menos
sensíveis às alterações podem ser favorecidas pelas alterações ambientais.
Informações importantíssimas sobre a biodiversidade neotropical vêm sendo
desperdiçada devido à pouca articulação entre o setor privado responsável pelos
empreendimentos e a comunidade científica. Dentro desse contexto, com as ações
de monitoramento adequadas será possível obter informações técnicas qualificadas
sobre a fauna terrestre e subsidiar a tomada de decisão para seu devido manejo e
conservação na área de influência da LT.
Assim, o presente Programa de Monitoramento da Fauna propõe ações e
metodologias que permitam avaliar os possíveis impactos causados à fauna silvestre
devido à implantação da LT. Uma vez que se conheça a dinâmica populacional e
biologia dos grupos amostrados, será possível criar medidas capazes de minimizar e
compensar os efeitos do empreendimento sobre a fauna.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.17. Programa de Monitoramento de Fauna
Página 272
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.17.3. JUSTIFICATIVA

Os projetos que enfocam ações de monitoramento buscam avaliar


tendências espaciais e temporais nos padrões ecológicos das espécies da fauna,
com vistas ao estabelecimento de práticas eficazes de manejo e conservação. Com
base em conhecimentos prévios da literatura científica especializada e,
conhecimentos obtidos ao longo do próprio programa, alterações nas tendências dos
parâmetros selecionados podem ser ou não confirmadas. Dessa forma, destaca-se
que o Programa de Monitoramento da Fauna proposto para o PCA da LT não prevê
estudos de levantamentos de riqueza de espécies de toda a fauna da região, mas
sim monitorar padrões ecológicos específicos de grupos indicadores previamente
selecionados que trarão informações consubstanciadas para aferir os impactos da
implantação do empreendimento nestes grupos, de modo a obter subsídios robustos
para indicar medidas de controle, mitigação e compensação destes impactos. Ainda,
para proposição deste Programa, de seus objetivos, dos parâmetros a serem
monitorados e de técnicas de monitoramento, considerou-se a dinâmica de
ocupação territorial da região, como também estratégias previstas em práticas da
biologia da conservação.
Para a seleção das espécies alvo deste Programa, considerou-se as
respostas dos grupos às alterações ambientais, pois se mostram como um
importante instrumento para o entendimento dos impactos e o estabelecimento de
diretrizes de manejo. Além das espécies-indicadoras, outros parâmetros também
serão monitorados e avaliados, associando aspectos inerentes às espécies e à
condição dos habitats existentes ao longo das etapas de construção e operação da
LT.
Esse projeto de monitoramento ainda subsidiará, com suas atividades, a
formação e fixação de recursos humanos qualificados para atuarem em áreas como
levantamento da flora e da fauna, e planejamento racional da exploração dos
recursos naturais renováveis. Assim, espera-se que as avaliações realizadas
possam trazer resultados práticos acerca do manejo conservacionista das espécies.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.17. Programa de Monitoramento de Fauna
Página 273
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.17.4. OBJETIVOS

5.17.4.1. Objetivo Geral

O objetivo geral deste Programa é obter conhecimento específico sobre


padrões ecológicos dos grupos indicadores selecionados, a fim de aferir os impactos
causados pela instalação e operação da LT, bem como indicar medidas de mitigação
e compensação destes impactos. Mediante ações de monitoramento continuado ao
longo do período de obras será possível verificar tendências de aumento ou declínio
das populações na área de influência da linha, de modo a fornecer subsídios aos
gestores das políticas públicas ambientais para que estes atuem na conservação
das espécies.

5.17.4.2. Objetivos Específico

- Estabelecer padrões de composição de espécies para os seguintes grupos


indicadores: mamíferos de médio e grande porte, avifauna e herpetofauna;
- Identificar, caracterizar e mapear os principais habitats e microhabitats, buscando
tipificar a ocorrência de espécies habitat-dependente;
- Identificar sítios reprodutivos na área de influência do empreendimento, mapeando-
os, tipificando-os, analisando seu grau de proteção e importância (quando possível)
para a manutenção das populações dos grupos monitorados;
- Avaliar as tendências na dinâmica populacional das espécies indicadoras
presentes nos grupos selecionados para o monitoramento;
- Fornecer informações técnico-científicas para um banco de dados do
empreendimento sobre as espécies foco do monitoramento, de modo a auxiliar na
análise estratégica regional para o estabelecimento de medidas de conservação da
natureza; e
- Colaborar para a geração de conhecimento científico sobre a fauna regional.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.17. Programa de Monitoramento de Fauna
Página 274
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.17.5. PÚBLICO ALVO

As informações geradas a partir deste programa servirão para as


comunidades científicas, legisladores e gestores dos recursos naturais, órgão
licenciador, população local, além de futuros empreendimentos da região

5.17.6. METODOLOGIA

As áreas de amostragens serão definidas ao longo do LT 230 kV SE


Barreiras II / SE Rio Grande II, que tem a extensão aproximada de 123 km. Serão
selecionadas 5 (cinco) áreas amostrais (ANEXO 5.17.1), sendo que em cada uma
delas será instalado um transecto de 4Km de extensão por 1m de largura.
As campanhas de campo terão a periodicidade trimestral na fase de
implantação e semestral na fase de operação, com duração de 5 (cinco) dias de
campo por área amostral.
Uma campanha piloto está prevista para os dois primeiros meses após a
obtenção da Licença de Instalação. Neste período será feito reconhecimento e
preparação dos pontos de coleta (abertura e limpeza das transecções) para a
realização da primeira campanha no mês subsequente. Nesta campanha piloto
serão feitos apenas registros de encontros ocasionais dos três grupos faunísticos, os
dados obtidos serão utilizados para compor a lista de espécies presentes a área de
influência do empreendimento, bem como informações adicionais ao monitoramento.
Além dos métodos descritos a seguir, poderão ser utilizados, também,
levantamentos de dados secundários e aplicação de questionários junto aos
moradores do entorno do empreendimento, como métodos adicionais para o
enriquecimento dos dados coletados.

Herpetofauna
Os representantes deste grupo apresentam requisitos específicos de
habitats e, em certa medida, algumas espécies podem ser consideradas habitat-
dependentes, sendo então excelentes indicadores de qualidade ambiental e de
alteração ambiental. Em relação aos anfíbios, sua diversidade está geralmente
associada à heterogeneidade de hábitat e, por apresentarem um ciclo de vida

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.17. Programa de Monitoramento de Fauna
Página 275
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

associado à água, estes animais são sensíveis às perturbações ambientais,


apresentando respostas relativamente rápidas às alterações estruturais.
A amostragem da herpetofauna será feita através de armadilhas de
interceptação e queda (pitfall) e também por busca ativa na serapilheira e em corpos
d’água, quando houverem.

- Armadilha de intercepção e queda (pitfall):


Será disposta uma estação de pitfall no final de cada uma das transecções
de 4km. Cada estação será composta de oito baldes plásticos de 60 litros, distantes
10 m um do outro e interligados por uma cerca-guia feita de lona plástica com 50cm
de altura em relação ao solo (Figura 16). Estas armadilhas serão revisadas todas as
manhãs durante cinco dias consecutivos. Dentro dos baldes serão colocadas
pequenas placas de EVA com o intuito de minimizar as mortes por afogamento, as
quais são frequentes durante o período de mais chuva na região.

Figura 19: Representação gráfica da disposição dos baldes e lonas nas estações de pitfalls

- Procura Ativa Limitada por Tempo (PLT)


Serão realizadas duas buscas, uma diurna e uma noturna, em cada
transecto. Durante as buscas diurnas a identificação de abrigos será priorizada e,
quando encontrados, os abrigos serão catalogados e fotografados, tendo as

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5.17. Programa de Monitoramento de Fauna
Página 276
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

coordenadas geográficas registradas com GPS. O esforço amostral será calculado


como tempo/observador.

Mastofauna
De uma forma geral os mamíferos são associados a ambientes florestais e
boa parte das espécies representam ótimos bioindicadores da qualidade ambiental.
Em virtude das diferenças de hábitos e da amplitude de tamanhos corpóreos, para
os mamíferos serão utilizadas técnicas diferenciadas, de acordo com as
características de cada grupo.

Pequenos mamíferos terrestres


Os pequenos mamíferos terrestres, tido como aqueles com peso inferior a
2kg, serão amostrados por métodos diretos: armadilhas de contenção e armadilhas
de interceptação e queda.

- Armadilhas de contenção:
Serão dispostas, por transecto, armadilhas do tipo Shermann e armadilhas
do tipo Tomahawk. As armadilhas serão distribuidas no solo (uma Shermann e uma
Tomahawk) e no estrato arbóreo (uma Shermann), a cada 100m ao longo do
transecto. Como isca será utilizada uma pasta a base de amendoim, sardinha,
banana e fubá. Estas armadilhas serão vistoriadas e iscadas diariamente durante
cinco dias consecutivos.

- Armadilhas de interceptação e queda (pitfall):


As mesmas estações de pitfalls utilizadas para a caracterização da
herpetofauna serão utilizadas para a amostragem de pequenos mamíferos.

Mamíferos de médio e grande porte


Os mamíferos de médio e grande porte, acima de 2kg, podem ser
amostrados por métodos diretos e indiretos. Ambos são de grande valia para a
caracterização do grupo e serão utilizados de maneira criteriosa e restritiva.

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5.17. Programa de Monitoramento de Fauna
Página 277
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Censo Visual:
Será realizada uma busca ativa diurna ao longo de cada transecção.
Recomenda-se a realização da amostragem com uma equipe de duas pessoas - um
pesquisador e um auxiliar de campo -, que devem percorrer a transecção
cuidadosamente, a uma velocidade constante de 1,0 a 1,3 km/h. Além disso, o
percurso deverá ser realizado nas primeiras horas do dia, a fim de evitar o horário
em que a temperatura está mais elevada e a atividade dos animais está reduzida.
A cada encontro (avistamento) com indivíduos ou grupos das espécies são
registrados os seguintes parâmetros: hora, localização na trilha, espécie, número de
indivíduos e suas respectivas classes sexo-etárias (quando possível), distância
perpendicular animal-trilha, distância de detecção, comportamento do animal
observado, sua altura em relação ao chão. Outras informações relevantes também
deverão ser registradas, como o item alimentar que eventualmente esteja sendo
consumido, relações agonísticas, ou mesmo características importantes do habitat
local. No caso de grupo, os dados são coletados para o primeiro animal avistado.
Antes de se iniciar o percurso, são anotados a data, o sítio ou ponto amostral,
identificação dos observadores, condições climáticas e hora de início do
levantamento e a hora de encerramento.

- Armadilhamento Fotográfico:
Serão dispostas três armadilhas fotográficas por transecção, uma no início,
uma no meio e a terceira no final da trilha, totalizando 15 armadilhas distribuidas em
toda a área do empreendimento. As câmeras permanecerão instaladas durante os
cinco dias de amostragem em cada transecto.

Avifauna
O monitoramento das aves que habitam região, principalmente dos grupos
mistos associados à diferentes tipos de ambiente, poderá trazer informações
consistentes relacionadas à dependência destes grupos em relação à estrutura
vegetacional dos biomas, auxiliando na orientação de ações de recomposição de
habitats e manutenção destas populações.

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5.17. Programa de Monitoramento de Fauna
Página 278
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Índice Pontual de Abundância (IPA):


Consiste na observação dos indivíduos observados e/ou que estejam
vocalizando nos 360º em volta de um observador fixo durante um período de 15
minutos (VIELLIARD & SILVA 1989). Em cada estação deverão ter 3 (três) pontos
monitorados. Deve-se realizar a gravação de vocalizações utilizando equipamento
específico.

- Redes de Neblina (Mist-nets):


Em cada estação serão utilizadas 2 (duas) redes de neblina (6 x 3m com
malha de 15mm). As redes deverão permanecer abertas por um total de 6h, sendo
revisadas a cada 30 min. Serão registrados para cada indivíduo os dados
biométricos, peso e sexo do animal.

As metodologias poderão ser adaptadas após análises dos especialistas em


campo a fim de otimizar os resultados. As adaptações serão relatadas ao órgão
ambiental competente.

5.17.7. METAS / ATIVIDADES / AÇÕES

A seguir, as metas, atividades e ações para este Programa:

Quadro 17: Metas, atividades, ações


Metas Atividades / Ações

Monitorar a fauna silvestre: aves, répteis, Campanhas de campo para


anfíbios e mamíferos levantamento de dados que subsidiarão
medidas mitigadoras

Compor um banco de dados e lista das Planilhas com os dados coletados


espécies registradas na região

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.17. Programa de Monitoramento de Fauna
Página 279
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Fornecer, quando possível, informações Disponibilizar os dados coletadas para a


à comunidade científica, auxiliando no comunidade científica interessada
aprimoramento dos conhecimentos
acerca da ecologia e biogeografia da
fauna

Contribuir para a geração de Promover palestras e treinamentos,


conhecimento científica, bem como confeccionar folders e cartilhas
divulgação para os meios de educativas em interface com o Programa
comunicação (palestras, artigos de Educação Ambiental, utilizar
científicos, congressos, entre outros) diferentes meios para divulgar os
resultados

Propor medidas mitigatórias e Propor medidas e alternativas que


compensatórias para a conservação da reduzam o impacto sobre a fauna
fauna local.

Propor projetos de conservação para Propor projetos de pesquisa específicos


grupos específicos, por exemplo: para espécies de interesse
espécies raras, endêmicas ou com
algum grau de ameaça, segundo IUCN

5.17.8. AVALIAÇÃO
Para acompanhar o desenvolvimento desse programa, deverão ser
observadas:
- O quantitativo de espécies apresentadas nos Relatórios Técnicos pós campanhas;
- A abundância das espécies registradas em cada campanha;
- A presença de espécies bioindicadoras;

Relatórios

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.17. Programa de Monitoramento de Fauna
Página 280
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Ao término de cada campanha de campo, um Relatório Técnico deverá ser


encaminhado ao órgão licenciador, com o caráter de Relatórios Parciais, sendo que
estes subsidiarão o Relatório Consolidado também encaminhado ao órgão
licenciador ao final de todo o período.

5.17.9. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Lei n° 4.771, de 15 de setembro de 1965 – Institui o Código Florestal Brasileiro,


alterado pela Medida Provisória n° 1956-50, de 26 de maio de 2000.
Lei n° 7.754, de 14 de abril de 1989 – Estabelece medidas para proteção das
florestas existentes nas nascentes dos rios e dá outras providências.
Instrução Normativa nº 146, de 11 de janeiro de 2007 do IBAMA – Estabelece
critérios e padroniza os procedimentos relativos à fauna no âmbito do licenciamento
ambiental de empreendimentos e atividades que causam impactos sobre a fauna
silvestre.
Portaria N° 10, de 22 de Maio de 2009 – Altera itens da Instrução Normativa IBAMA
Nº146/07.
Lei N° 6.938, de 02 de Setembro de 1981 - Dispõe sobre a política nacional do meio
ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências.
RESOLUÇÃO CONAMA nº 1, de 23 de Janeiro de 1986 – Dispõe sobre critérios
básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental.
RESOLUÇÃO CONAMA nº 237, de 19 de Dezembro de 1997 - Dispõe sobre a
revisão e complementação dos procedimentos e critérios utilizados para o
licenciamento ambiental.
Lei N° 5.197, de 03 de Janeiro de 1967 - Dispõe sobre a proteção à fauna e dá
outras providências.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.17. Programa de Monitoramento de Fauna
Página 281
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5.17.10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Mobilização e Instalação do Canteiro
2.1 SAETOWERS . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE


100,0%
3.1 Mobilização e treinamento das equipes NOVO NORTE

Contato e formalização de parcerias com as 85,0% 15,0%


3.2 instituições de ensino e pesquisa, entre NOVO NORTE
outras de interesse
Obtenção junto ao órgão competente da 70,0% 30,0%
3.3 Autorização de Captura, Coleta e Transporte NOVO NORTE
de Fauna Silvestre
Campanha piloto para identificação/ratificação 100,0%
3.4 dos sítios de amostragem para NOVO NORTE
monitoramento da fauna terrestre, bem como
Preparação da área para a realização da 100,0%
3.5 NOVO NORTE
primeira campanha de monitoramento
Planejamento das atividades junto à equipe 10,0% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0%
3.6 responsável pelo desenvolvimento do NOVO NORTE
programa

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5.17. Programa de Monitoramento de Fauna
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ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)


0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
3 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE FAUNA TERRESTRE

Realização das campanhas trimestrais de 20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%

monitoramento, para os grupos faunísticos


3.7 NOVO NORTE
de interessa (mastofauna, avifauna e
herpetofauna)

Elaboração e atualização do banco de dados 20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


3.8 NOVO NORTE
e lista das espécies
Elaboração e emissão de Relatórios 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%
3.9 NOVO NORTE
Trimestrais, ao final de cada campanha
Elaboração e emissão do Relatório 50,0% 50,0%
4 NOVO NORTE
Consolidade

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5.17. Programa de Monitoramento de Fauna
Página 283
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.17.11. BIBLIOGRAFIA

Fernandez, F. (2000). O poema imperfeito: crônicas de biologia, conservação da


natureza e seus heróis. Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

Queiroga, L.J. & Rodrigues, E. (2005). Efeito de borda em fragmentos de Cerrado


em áreas de agricultura no Maranhão. Tese de doutorado, Universidade Estadual
de Londrina.

Rodrigues, E. (1993). Ecologia de fragmentos florestais ao longo de um gradiente


de urbanização em Londrina-PR. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de
São Carlos, São Carlos.

Vielliard, J.M.E. & Silva, W.R. (1989). Nova metodologia de levantamento


quantitativo da avifauna e primeiros resultados no interior do Estado de São
Paulo, Brasil. Palestra proferida no IV Encontro Nacional de Anilhadores de Aves,
Brasília, p. 369.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.17. Programa de Monitoramento de Fauna
Página 284
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.18. PROGRAMA DE
AFUGENTAMENTO E RESGATE DA
FAUNA SILVESTRE

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5.18. Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna Silvestre
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5.18.1. APRESENTAÇÃO

Dada a diversidade faunística da região de implantação da Linha de


Transmissão (LT) 230 kV SE Barreiras II / SE Rio Grande II – Barreiras/São
Desidério, o Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna Silvestre, visa
minimizar o impacto direto em indivíduos e, em certa medida, em populações,
durante as atividades do empreendimento, através de medidas de afugentamento
que afastem os animais do local de implantação da linha de transmissão,
proporcionando vias de acesso a remanescentes florestais com recursos naturais
que possam suprir as necessidades e garantir a sobrevivência da fauna (Anexo
5.18.1 – Pré-campanha de Fauna Silvestre).

5.18.2. PROGRAMA DE AFUGENTAMENTO E RESGATE DA FAUNA SILVESTRE

Dentre o conjunto de processos impactantes, há que se destacar a atividade


de supressão vegetal, que implica no deslocamento compulsivo da fauna ou mesmo
na retirada de indivíduos do local. Por sua vez, é comum, desde a década de 70
(ELETROBRÁS 1999), se proceder a ações de afugentamento, resgate e
aproveitamento científico da fauna, como forma de mitigar os efeitos sobre esta.
Entretanto, este tema polêmico ainda é amplamente discutido, tanto entre
pesquisadores quanto entre os profissionais do setor de consultoria ambiental e
geração de energia (Rodrigues 2006).
Este programa visa salvaguardar os espécimes da fauna silvestre
encontrados a frente de desmate do presente Empreendimento, através do
afugentamento e, quando necessário, resgatar indivíduos, principalmente os que
apresentam baixa mobilidade, e alguns animais que, por ventura, possam ter sofrido
alguma injúria que comprometa sua sobrevivência. Além disso, busca-se subsidiar o
desenvolvimento de trabalhos subsequentes para a elaboração de instrumentos de
defesa e preservação dos recursos naturais durante a etapa de instalação da LT,
bem como contribuir com dados relevantes ao Programa de Monitoramento de
Fauna por meio de conhecimentos em relação à ecologia da fauna local (Anexo
5.18.2).

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.18. Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna Silvestre
Página 286
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.18.3. JUSTIFICATIVA

Em função da implantação desse empreendimento, deverão ser realizadas


atividades de supressão vegetal. Neste contexto, a fauna terrestre e, em menor
grau, a avifauna, serão diretamente afetada por tais atividades, sendo o foco de
procedimentos específicos que permitem a minimização dos impactos. Esses
procedimentos visam o afugentamento de indivíduos que estão presentes nas
frentes de desmatamento, como também o resgate daqueles animais que tem
dificuldade ou morosidade em se deslocar como, por exemplo, herpetofauna,
ninhedos, animais machucados ou senis.
Visto que o resgate e translocação de fauna não garantem a sobrevivência
dos indivíduos, o método de afugentamento tornou-se uma medida prioritária
durante o processo de supressão vegetal. O afugentamento de fauna normalmente
ocorre em função da movimentação dos trabalhadores associados à obra, como
também em resposta aos ruídos e à movimentação de maquinário pesado, utilizados
para a instalação prévia da infraestrutura básica do empreendimento. Em
complementação a isto, também são aplicados métodos realizados por equipe
técnica especializada para direcionar a fauna para áreas onde não ocorrerá nenhum
tipo de intervenção ou alteração. Esta medida visa o deslocamento dos animais para
as proximidades que apresentam características ambientais semelhantes à área
suprimida, provendo as necessidades biológicas dos indivíduos e, assim,
aumentando sua probabilidade de sobrevivência.
Enquanto isso, o resgate consiste na captura e translocação da fauna das
áreas comprometidas com a supressão. A translocação, que compreende uma das
fases do processo de afugentamento e resgate, é definida como a captura e
transferência de animais selvagens de uma parte de sua área natural de ocorrência
para outra, com o mínimo de manipulação e tempo gasto em cativeiro (Konstant &
Mittermeier 1982), ou ainda como o movimento de indivíduos selvagens ou
populações de uma parte de sua área de ocorrência para outra (IUCN 1987). Esta
ação é indicada para a fauna resgatada, que não necessita de cuidados veterinários,
sendo realizada em locais pré-definidos, os quais devem apresentar características
bióticas e abióticas semelhantes ao local de origem do indivíduo capturado.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.18. Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna Silvestre
Página 287
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Já os animais que venham à óbito após a captura ou que forem encontrados


mortos em campo, poderão ser encaminhados, como material biológico, para
instituições de pesquisa, universidades e museus. Enquanto que indivíduos
incapazes de retornar ao seu habitat natural, em virtude de sequelas que limitem sua
sobrevivência, poderão ser conduzidos à zoológicos e criatórios conservacionistas
e/ou científicos, desde que previamente autorizados pelo órgão licenciador.
Empreendimentos de pequeno, médio e grande porte, como: linhas de
transmissão, AHE, PCH e UHE, geram condições de amostragem e acesso à fauna
que não são encontradas em situações normais de estudos científicos. Sendo assim,
é de extrema importância compor uma base de dados contendo as informações
ecológicas de todos os grupos faunísticos observados no local. Além disso, as
informações coletadas no decorrer das atividades poderão ser disponibilizadas,
quando possível, para a comunidade científica interessada, contribuindo para o
aprimoramento e aumento dos conhecimentos acerca da ecologia, biologia e
biogeografia da biodiversidade regional.

5.18.4. OBJETIVOS

5.18.4.1. Objetivo Geral

Este Programa tem como objetivo geral mitigar os impactos que ocorrerão
com a implantação da LT 230 kV SE Barreiras II / SE Rio Grande II – Barreiras/São
Desidério, sobre a fauna de vertebrados da região, fornecendo subsídios para a
formulação de medidas conservacionistas da fauna regional.

5.18.4.2. Objetivos Específicos

- Afugentar a fauna silvestre por meio de métodos passivos não invasivos;


- Resgatar o maior número possível de espécimes afetados pelas atividades da
supressão;
- Capturar animais feridos em decorrência das atividades de supressão de
vegetação e de formação do reservatório e encaminhá-los à Base de Triagem

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.18. Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna Silvestre
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

(CETAS) no Canteiro de Obras, para fins de tratamento e relocação, quando


possível;
- Montar uma base de dados e lista de espécies;
- Encaminhar às Instituições Científicas os animais que porventura sofrerem óbito
durante as atividades de supressão de vegetação;
- Encaminhar à Zoológicos e Criatórios Autorizados os indivíduos que não sejam
capazes retornar e sobreviver em seu habitat natural.

5.18.5. PÚBLICO ALVO

As informações geradas a partir deste programa servirão para as


comunidades científicas, legisladores e gestores dos recursos naturais, órgão
licenciador e população local, além de futuros empreendimentos da região.

5.18.6. METODOLOGIA

Afugentamento e Resgate
Sabe-se que a fragmentação de habitats está entre as principais causas da
perda de biodiversidade no Brasil. Entretanto, especialmente neste
empreendimento, a supressão da vegetação não ocorrerá de forma contínua em
toda a faixa de servidão e, por isso, dificilmente ocorrerá perda de conectividade
entre as áreas, garantindo mínima intervenção sobre as comunidades faunísticas
locais. Além disso, segundo o Estudo de Médio Impacto (EMI) do empreendimento,
optou-se por instalar a LT em uma área com o mínimo possível de vegetação nativa
e com o predomínio de áreas antropizadas, a fim de reduzir os impactos sobre a
biodiversidade local.
A supressão da vegetação antecederá a instalação das torres e o
lançamento dos cabos condutores. Desta forma, o afugentamento e o resgate da
fauna deverão ser realizados durante as atividades de desmate, considerando-se as
normas legais e as orientações constantes no Plano de Desmatamento.
Deverão ser priorizadas as ações de afugentamento, que tem como objetivo
dispersar as espécies, com a mínima interferência, antes do início dos trabalhos de
retirada da vegetação. Durante esta fase é comum que a maior parte da fauna migre
Plano de Controle Ambiental (PCA)
5.18. Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna Silvestre
Página 289
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

para áreas do entorno que possuam similaridade com a área original. Já o resgate
da fauna, este deverá ocorrer somente em alguns casos necessários, como por
exemplo; para os animais com pouca mobilidade, arborícolas e/ou terrestres; e
ninhos.
Preliminarmente aos trabalhos de campo, deverá ser ministrado treinamento
para toda a equipe de afugentamento e resgate de fauna, como também para os
trabalhadores das frentes de supressão. A equipe técnica executora também
realizará o afugentamento prévio da fauna, pouco antes do início da supressão
vegetal propriamente dita, estando sempre presente na área, para os casos de
manejo e captura de animais. A equipe técnica responsável pelo programa estará
capacitada para realizar o manejo da fauna, sendo disponibilizados equipamentos
específicos (ganchos, pucás, pinção, cambão, caixas de transporte, sacos plásticos
e sacos de tecido) para que os profissionais possam desenvolver suas atividades da
melhor forma possível e com total segurança.
Este treinamento indicará os procedimentos a serem adotados nas
atividades de campo, tais como o direcionamento da supressão, prevenção de
acidentes com animais silvestres, peçonhentos e não peçonhentos e uso de
equipamentos de segurança obrigatórios. Vale ressaltar que grande parte da fauna
acaba sendo afugentada pelo ruído e movimento do maquinário e das equipes de
campo, destacando-se a importância de tais atividades no período que antecede o
início da supressão vegetal.
Ao iniciar os trabalhos em campo, a equipe de afugentamento de fauna
deverá orientar as equipes de supressão a ligarem as motosserras e os demais
equipamentos com antecedência de 15 minutos antes do início da atividade. Além
disso, a equipe deve percorrer a frente de desmate provocando ruídos e remexendo
troncos e galhos, de modo a afugentar ativamente os animais.
A orientação sobre o sentido da supressão é fundamental para se evitar a
formação de ilhas e a facilitar a dispersão da fauna para fragmentos do entorno.
Com o auxílio de mapas e também in loco, a direção que deve ser tomada para a
retirada da vegetação deve ser aferida constantemente, à medida que cada porção
do traçado da LT vai sendo contemplada pelo Plano de Desmatamento. Isso por que
se trata de um empreendimento em linha reta, onde os fragmentos florestais a serem
suprimidos são esparsos, não sendo possível definir previamente uma direção única

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.18. Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna Silvestre
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de supressão para toda a extensão da LT. Sendo assim, é importante ressaltar que
a equipe de fauna deverá notificar imediatamente, aos responsáveis, o não
cumprimento das normas de desmatamento no tocante à fauna.
Merecem destaque as árvores com ninhos, as quais devem ser mantidas de
pé, juntamente com a vegetação adjacente, de maneira a proporcionar
sombreamento e proteção ao ninho. No caso de espécies ameaçadas de extinção,
raras e/ou endêmicas a equipe deverá avisar aos responsáveis pelo monitoramento
de fauna, visando que façam o monitoramento do ninho.
Os animais que estiverem machucados e/ou debilitados deverão ser
encaminhados para a Base de Resgate localizada no Canteiro de Obras, onde
permanecerão em quarentena até sua total reabilitação. Eles serão identificados e
receberão atendimento específico às suas características fisiológicas. Aqueles
animais que apresentarem condições de serem soltos, serão encaminhados para
uma área de soltura pré-determinada. Lembra-se aqui que o local onde o animal
será solto deverá ter alguns pré-requisitos para atender o sucesso de translocação,
ou seja, deverá ser similar ao habitat original do indivíduo, ser compatível com sua
distribuição geográfica, ter baixa densidade de população da espécie para evitar,
principalmente, a competição por recursos, como por exemplo: defesa de território,
recursos alimentares e reprodutivos, fuga de predadores; bem como demais
aspectos próprios da história natural de cada espécie translocada.
Espécimes que, por ventura, venham a óbito ou que sejam encontrados
mortos nas frentes de supressão, poderão ser fixados com formol 10% e,
posteriormente, conservados em álcool 70%. Neste caso, os exemplares serão
depositados em coleções científicas.
No período de implantação das torres das linhas de transmissão, as cavas
deverão ser tampadas diariamente, evitando que a fauna silvestre tenha acesso a
estas áreas e fique presa.

- Atropelamento de Fauna
Em áreas sujeitas à presença e à travessia de animais silvestres, como vias
de acesso às torres e pontos de cruzamento da LT, deverão ser instaladas placas
educativas, específicas para a fauna, indicando a possível presença destes animais,

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.18. Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna Silvestre
Página 291
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

placas de sinalização com indicação de limite de velocidade e, se necessário,


redutores de velocidade, por exemplo: lombadas.
Esta medida tem o objetivo de contribuir para a redução de atropelamento
de fauna. Ações voltadas para Comunicação Social e à Educação Ambiental,
desenvolvidas em conjunto com a instalação das placas sinalizadoras, auxiliam na
eficiência desta medida, que também nos auxilia no salvamento da fauna silvestre
da região.

- CETAS – Centro de Triagem de Animais Silvestres


Uma Base de Triagem deverá ser disponibilizado pelo empreendedor para a
equipe de resgate, com capacidade para serem desenvolvidas atividades de
identificação, cadastro e manutenção de exemplares vivos de diferentes grupos.
Sugere-se que a Base de Triagem possua as seguintes estruturas:
- Sala de Triagem/Ambulatório – sala destinada a receber os animais provenientes
da captura e resgatados durante as atividades na Etapa de Implantação do
empreendimento. A recepção deverá contar com um biólogo responsável pelo
recebimento e identificação de cada espécime, este biólogo deverá, também,
alimentar uma base de dados com todas as informações referentes aos animais
recebidos. Portanto, deverá ser elaborada uma ficha técnica contendo informações
sobre o local de captura (coordenada geográfica), data, horário, identificação da
espécie, nome do responsável pela captura, destinação do animal (soltura/coleção
científica/zoológico ou criatório) e demais informações relevantes, sendo que a
coordenada geográfica também deve ser registrada para os animais translocados.
- Quarentena/Recintos – sala destinada para acomodação dos animais e que pode
constituir-se de grandes e médias caixas plásticas, devidamente ventiladas e
numeradas, incubadoras, gaiolas, gatis, canis e terrários de vidro, em tamanhos
variados.
- Cozinha – sala destinada exclusivamente ao preparo, conservação e
armazenamento da alimentação de espécimes resgatados e em tratamento
contendo uma separação (almoxarifado) - para guardar equipamentos e materiais.
A Base de Triagem deverá contar com um profissional habilitado (médico
veterinário) e com um funcionário para serviços de manutenção, de modo a prover
boas condições de limpeza e higiene local.

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5.18. Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna Silvestre
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Deverá ser realizado um controle do fluxo de pessoas na área interna da


base, de modo a serem evitados tumultos, transtornos e acidentes, lembrando-se
que estarão sendo manuseados animais peçonhentos, havendo, inclusive, risco de
contaminação com material biológico. Esta medida garante, também, o bem estar
dos animais que chegam estressados e, muitos, debilitados e feridos, favorecendo e
facilitando sua recuperação.
Será obrigatório o uso de equipamentos de segurança individual e coletiva
neste local.

- Áreas de Soltura
Foram selecionados quatro pontos iniciais para soltura dos animais a serem
translocados, de forma a não concentrar todas as solturas em um único ponto
(Figuras 20 e 21). Deste modo, nenhum ponto ficará sobrecarregado com um grande
número de solturas, garantindo, também, recursos para a sobrevivência dos animais,
uma vez que o adensamento de indivíduos da mesma espécie será pequeno. Além
disso, em virtude da extensão do empreendimento e do deslocamento linear das
frentes de supressão ao longo do eixo, essa distribuição aleatória dos cinco pontos
de soltura nas proximidades da linha facilitará e viabilizará um rápido transporte e
translocação dos indivíduos capturados. Estas áreas estão localizadas nas
seguintes coordenadas (Tabela 1).

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.18. Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna Silvestre
Página 293
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Figura 20: Ponto de soltura 1 (12°12’9.60”S 44°48’56.14”O) e Ponto de soltura 2 (12°27’20.88”S


45°1’51.44”O).

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.18. Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna Silvestre
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Figura 21: Ponto de soltura 3 (12°39’40.83”S 45°13’40.94”O) e Ponto de soltura 4 (12°49’36.50”S


45°27’48.01”O).

Tabela 1: Coordenadas dos pontos de soltura

Ponto Coordenadas
01 12°11’56.24’’ S 44°46’47.52’’ O
02 12°15’48.49’’ S 44°57’2.31’’ O
03 12°28’30.72’’ S 45°1’19.42’’ O
04 12°45’57.14’’ S 45°26’41.47’’ O

Estas áreas serão utilizadas para solturas pontuais, as quais envolvem a


translocação dos espécimes. Contudo, a soltura branda é uma alternativa que
poderá ser utilizada para animais de médio a grande porte, que não apresentem
nenhum tipo de injúria, ou seja, que estejam aptos a retornar ao ambiente. Este
método consiste na captura e direcionamento dos animais para as proximidades e é,
Plano de Controle Ambiental (PCA)
5.18. Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna Silvestre
Página 295
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

indicado, principalmente, para animais que não podem ser manejados, por exemplo:
exemplares da família dos Cervídeos, ou para animais cujo manejo e deslocamento
para o CETAS representa um risco para o técnico e/ou para o próprio animal.

5.18.7. METAS / ATIVIDADES / AÇÕES

A seguir, as metas, atividades e ações para este Programa:

Quadro 18: Metas, atividades, ações


Metas Atividades / Ações

Afugentar e resgatar a fauna nas áreas onde


Afugentar e resgatar a fauna
ocorrerão as atividades de supressão de
vegetação.
Translocar os animais capturados para
Translocação da fauna
áreas de soltura previamente selecionadas.
Compor e alimentar banco de dados, no
Compor banco de dados da fauna local
formato de tabelas em excel, com as
características dos espécimes capturados.
Disponibilizar, quando possível, as
Disponibilizar as informações referentes à
informações coletas para a comunidade fauna captura
científica, a fim de aprimorar os
conhecimentos sobre a biodiversidade local.
Encaminhar para zoológicos e/ou criatórios
Encaminhamento dos animais para locais
os animais que não podem retornar para apropriados
seu habitat natural.
Encaminhar para coleções científicas e/ou
Encaminhamento adequado do material
museus as carcaças e/ou animais que biológico
venham a óbito pós-captura.
Evitar atropelamento da fauna nos
Instalação de placas sinalizadoras e placas
cruzamentos da LT com as vias de acesso indicativas de passagem de fauna.
às torres.

5.18.8. AVALIAÇÃO

Para acompanhar o desenvolvimento desse programa, deverão ser


observadas:
- A diminuição da quantidade de animais resgatados, que demonstra a efetividade
das ações realizadas no afugentamento da fauna;
Plano de Controle Ambiental (PCA)
5.18. Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna Silvestre
Página 296
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- O número de óbitos e animais feridos, o que irá demonstrar a qualidade do método


de supressão vegetal adotado e o cumprimento das normas estabelecidas para tal
atividade;
- A participação dos trabalhadores e da comunidade em palestras e atividades
educativas voltadas a sensibilização sobre atropelamento de fauna;
- A queda no número de atropelamentos, a fim de verificar-se a efetividade das
atividades de sensibilização.

Relatórios
Para a atividade de Afugentamento e Resgate de Fauna deverão ser
elaborados Relatórios Mensais, os quais deverão conter o desenvolvimento das
atividades realizadas durante o período, com registros fotográfico das atividades,
planilha de dados e resultados aferidos. No caso de ocorrência de resgate de fauna,
deverá ser mencionada a lista de espécimes resgatados com seus respectivos locais
de captura e soltura georreferenciados, além das informações biométricas dos
animais. Estes relatórios serão compilados no Relatório Final, 60 dias após o término
das atividades de supressão.
Relatórios periódicos referentes às atividades de atropelamento de fauna
também poderão ser confeccionados.

5.18.9. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Lei nº 5.197, de 3/01/1967. Dispõe sobre a proteção à fauna e dá outras


providências.
Decreto Legislativo Nº 58.054 de 1966. Promulga a Convenção para a Proteção da
Fauna, Flora e Belezas Cênicas Naturais dos Países da América, assinada pelo
Brasil em 27 de fevereiro de 1940.
Lei n° 5.197 de 1967. Dispõe sobre a proteção à fauna, alterada pelas Leis Nos
7.584/87, 7.653/88, 7.679/88, 9.111/75 e 9.605/98.
Portaria IBAMA nº 1.522/1989. Reconhece a Lista Oficial de Espécies de Fauna
Brasileira Ameaçadas de Extinção (alterada pelas Portarias IBAMA 45-N/92, 62/97,
28/98 e Instrução Normativa MMA 03/03).

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.18. Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna Silvestre
Página 297
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Lei Nº 9.605, de 12/02/1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas


derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências.
Instrução Normativa nº 146, IBAMA, de 10 de janeiro de 2007 - Estabelece os
critérios para procedimentos relativos ao manejo de fauna silvestre em áreas de
influência de empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente
causadoras de impactos à fauna, sujeitas ao licenciamento ambiental.
Instrução Normativa no 169, IBAMA, de 20 de fevereiro de 2008 - Institui e
normatiza as categorias de uso e manejo da fauna silvestre em cativeiro em território
brasileiro

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5.18. Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna Silvestre
Página 298
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5.18.10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Mobilização e Instalação do Canteiro
2.1 SAETOWERS . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 PROGRAMA DE AFUGENTAMENTO E RESGATE DE FAUNA SILVESTRE


100,0%
3.1 Mobilização e treinamento das equipes NOVO NORTE
85,0% 15,0%
3.2 Instalação do CETAS pelo empreendedor NOVO NORTE

Contato e formalização de parcerias com as 70,0% 30,0%


3.3 instituições de ensino e pesquisa, entre NOVO NORTE
outras de interesse
100,0%
Eleição das Áreas de Soltura, com
3.4 NOVO NORTE
fitofisionomias similares aos habitats afetados

Obtenção de licença de captura, coleta e 70,0% 30,0%


3.5 NOVO NORTE
transporte da fauna silvestre
Planejamento das atividades junto à equipe 25,0% 13,0% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,0%
3.6 responsável do programa e de outros NOVO NORTE
programas associados

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.18. Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna Silvestre
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ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)


0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
3 PROGRAMA DE AFUGENTAMENTO E RESGATE DE FAUNA SILVESTRE
Execução das ações de afugentamento da 15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
3.7 fauna silvestre por meio de métodos passivos NOVO NORTE . . . . . .
não invasivos
Execução do resgate da fauna nas frentes de 18,0% 18,0% 17,0% 17,0% 16,0% 14,0%
3.8 NOVO NORTE
supressão
Realização da triagem e destinação dos 14,5% 14,4% 14,3% 14,2% 14,2% 14,3% 14,1%
3.9 NOVO NORTE
indivíduos resgatados
Elaboração e atualização do banco de dados 14,8% 14,6% 14,2% 14,4% 14,0% 14,0% 14,0%
4 NOVO NORTE
e lista dos espécimes
15,0% 14,6% 14,3% 14,0% 14,1% 14,0%
4.1 Realização das ações de soltura NOVO NORTE

Encaminhamento dos espécimes, não aptos 14,5% 14,4% 14,3% 14,2% 14,2% 14,3% 14,1%

4.2 para soltura, para zoológicos ou criatórios NOVO NORTE


autorizados
Elaboração e apresentação de palestras 20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%

educativas e de sensibilização sobre fauna


4.3 NOVO NORTE
atropelada, em interface com outros
programas
45,0% 25,0% 15,0% 15,0%
Aplicação das medidas mitigatórias nas vias
4.4 NOVO NORTE
de acesso
20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%
Elaboração e emissão de Relatório Trimestral
4.5 NOVO NORTE
de atividades (Atropelamento de Fauna)

14,8% 14,6% 14,2% 14,3% 14,1% 14,0% 14,0%


Destinação do material biológico para
4.6 instituições de pesquisa e/ou coleções NOVO NORTE
científicas
14,3% 14,3% 14,3% 14,3% 14,3% 14,3% 14,2%
Elaboração e emissão de relatórios mensais
4.7 NOVO NORTE
(Afugentamento e Resgate de Fauna)

Elaboração e emissão do Relatório Final 100,0%


4.8 NOVO NORTE
(Afugentamento e Resgate de Fauna)

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.18. Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna Silvestre
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.18.11. BIBLIOGRAFIA

ELETROBRÁS (1999). O tratamento do impacto das hidrelétricas sobre a fauna


terrestre. Reunião Temática, Centrais Elétricas Brasileiras S.A., Rio de Janeiro,
53pp..

IUCN (1987). Translocation of Living Organisms - The IUCN Position Statement on


Translocation of Living Organisms - 22nd Meeting of the IUCN Council, Gland,
Switzerland.

KONTANT, W.R. & Mittermeier, R.A. (1982). Introduction, reintroduction and


translocations of Neotropical primates: past experiences and future
possibilities. International Zoo Yearbook, 22:69-77.

RODRIGUES, M. (2006). Hidrelétricas, ecologia comportamental, resgate de


fauna: uma falácia. Natureza e Conservação, 4(1):29-38.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.18. Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna Silvestre
Página 301
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.19. PLANO DE CONECTIVIDADE


ENTRE COMPONENTES
DA PAISAGEM

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.19. Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.19.1.APRESENTAÇÃO

O Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem visa formular


uma proposta de conservação das áreas Remanescentes de Vegetação Nativa
juntamente às áreas de Reserva Legal e áreas Prioritárias para a Conservação por
meio de corredores ecológicos com ênfase na biodiversidade local. Desta forma,
será possível garantir a movimentação e a dispersão de espécimes entre fragmentos
remanescentes dos Biomas Cerrado e Caatinga, reduzindo o impacto sobre a fauna.

5.19.2 PLANO DE CONECTIVIDADE ENTRE COMPONENTES DA PAISAGEM

Com a heterogeneidade de fragmentos da paisagem que compõe a área de


implantação da LT 230 kV SE Barreiras II / SE Rio Grande II – Barreiras/São
Desidério, o Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem visa
estabelecer a conectividade entre componentes da paisagem, juntamente com o
Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, propondo a implantação de
corredores ecológicos ou corredores de biodiversidade, reduzindo a fragmentação
de habitat e facilitando fluxo gênico entre as populações.
Os corredores correspondem a estruturas lineares da paisagem que diferem
das unidades vizinhas e que ligam pelo menos dois fragmentos isolados de habitat.
Com isso, facilita os fluxos hídricos e biológicos na paisagem, reduz os riscos de
extinção local e favorece a recolonização (aumentando assim a sobrevivência da
metapopulações).
Serão propostas medidas que permitam a conexão entre áreas de
vegetação nativa, reserva legal e áreas prioritárias para a conservação, permitindo a
movimentação e a dispersão de espécies entre fragmentos dos Biomas Cerrado e
Caatinga. Tais medidas reduzirão o impacto sobre a fauna, além de propor ações
para a melhoria dos habitats e aumento da biodiversidade.
Os corredores ecológicos representam uma das estratégias mais
promissoras para o planejamento regional eficaz de conservação e preservação da
fauna e flora. Sobre este assunto, dentro do aspecto jurídico, temos o Código
Florestal, Lei nº 4771/65, e a Lei 9985/2000 que institui o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação da Natureza, que em seu artigo 2o (item XIX) define o
termo como:

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5.19. Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem
Página 303
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

“Art. 2°- corredores ecológicos: porções de


ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando
unidades de conservação, que possibilitam entre elas o
fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a
dispersão de espécies e a recolonização de áreas
degradadas, bem como a manutenção de populações
que demandam para sua sobrevivência áreas com
extensão maior do que aquela das unidades
individuais.”

Sistemas agroflorestais utilizados em corredores de biodiversidade, por


exemplo, bem como os corredores ecológicos propriamente ditos, estão entre os
métodos mais indicados para a restauração vegetal de áreas degradas. O cultivo de
diferentes espécies vegetais nas áreas de interesse abre espaço para a sucessão
vegetal. Este processo ecológico é a base para os sistemas agroflorestais, uma vez
que, do ponto de vista ambiental, ele garante a regeneração do habitat local e, do
ponto de vista econômico, retorna inúmeros produtos e serviços para o proprietário
responsável pelo manejo da terra.
Desta forma, torna-se possível viabilizar a conservação do ambiente que
compõe as linhas do corredor em harmonia com uma atividade/produção econômica
local duradoura (VIANNA, 2012).

5.19.3 JUSTIFICATIVA

A conservação da biodiversidade representa um dos maiores desafios da


atualidade devido, principalmente, à crescente demanda da sociedade humana por
recursos naturais e espaço físico. Atividades como: exploração das espécies e
cultivo de alimentos são fatores que afetam as comunidades e ecossistemas
naturais de forma negativa.
Segundo dados da Conservation International do Brasil (MACHADO et al.,
2004) a área desmatada do Cerrado é de 51%. Para a Caatinga não existem dados
precisos, mas estima-se que cerca de 40% deste bioma já foi destruído.
Em relação ao Bioma Cerrado a situação é bastante preocupante pois o
nível de desmatamento que se observa atualmente é resultado de um processo
iniciado apenas a algumas décadas atrás. Além disso, por meio de estudos
realizados entre 1994 e 2003, estimou-se uma média anual de desmatamento de

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.19. Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem
Página 304
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

1,5% ao ano para este bioma, ou seja, acredita-se que, neste ritmo, até 2030 o
Cerrado pode apresentar apenas 5% da sua cobertura vegetal original que estará
protegida em Unidades de Conservação (MACHADO et al., 2004).
Assim sendo, surge a necessidade de um planejamento em escala regional,
a fim de se englobar tanto as áreas protegidas quanto o mosaico de paisagens e
ecossistemas existentes no entorno do empreendimento.
Sistemas tradicionais de exploração dos recursos naturais têm demonstrado
pouca eficiência quando se trata de sustentabilidade ambiental, acarretando,
inclusive, na perda de biodiversidade (MEIRELLES, 2003). A adoção de modelos
complementares capazes de promover a diversificação do uso da terra
provavelmente são a melhor alternativa para que se possa compatibilizar a
conservação com o desenvolvimento tecnológico regional (MEIRELLES, 2003).
Nesse sentido, os Sistemas Agroflorestais (SAF) talvez representem uma
boa opção para se criar, em determinadas porções da paisagem, espaços onde a
exploração agropecuária seja menos intensa, mas por intermédio da diversificação,
talvez seja possível compensar a substituição de um modelo de exploração intensiva
mais agressivo, por outro menos intensivo e hostil para a biodiversidade.
Segundo Gonçalves (2010), quando comparamos propriedades com e sem a
aplicação do Sistema Agroflorestal é possível observar uma grande diferença,
quanto a viabilidade dos habitats e ao fluxo gênico, entre as área, demonstrando que
o SAF é eficiente para projetos que buscam conservação da biodiversidade
acarretando na disseminação e regeneração das espécies de importância ecológica
e econômica.
A possibilidade de participação e colaboração de empresas para o plano
representa uma etapa importante para o sucesso das atividades. A partir de
parcerias com esse setor da economia, pode-se garantir o plantio de mudas em
larga escala, uma vez que o maior facilitador e motivador à contribuição das
empresas é o número de árvores a serem plantadas, ou seja, pode ser encarado
como um meio de equilibrar as emissões de gases de efeito estufa emitidas pelas
operações das atividades do respectivo empreendedor.

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5.19. Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem
Página 305
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.19.4. OBJETIVOS

5.19.4.1. Objetivo Geral

Este plano visa estabelecer diretrizes para restaurar a heterogeneidade da


paisagem, fazer a recomposição da flora local, bem como minimizar os efeitos de
borda e reestabelecer o regime natural de perturbação dentro dos biomas Cerrado e
Caatinga, encontrados na Área Influência da LT SE Barreiras II – SE Rio Grande II –
Barreiras/São Desidério. Tais diretrizes serão instauradas por meio de corredores
ecológicos; direcionando os esforços para a conservação da biodiversidade local.

5.19.4.2.Objetivos Específicos

- Caracterizar os principais fatores bióticos e abióticos na AI do empreendimento;


- Analisar como as perturbações causadas no ambiente interferem na sua dinâmica;
- Identificar e definir áreas de fragilidade ambiental, visando o aumento da
conectividade entre fragmentos nativos por meio de restauração vegetal;
- Evitar a extinção local de espécies por meio da aplicação das diretrizes
mencionadas;
- Manter e assegurar as dinâmicas naturais de movimentação e dispersão das
espécies;
- Aumentar o estado de proteção das áreas protegidas;
- Manejar a matriz de paisagem de forma a estimular a implantação de modelos de
desenvolvimento e uso da terra que sejam menos impactantes para os ecossistemas
naturais;
- Interface com o Programa de Educação Ambiental;
- Promover o envolvimento das comunidades locais e proprietários de terras no
processo de conservação da biodiversidade;
- Promover a integração das políticas públicas de conservação e desenvolvimento
socioeconômico.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.19. Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem
Página 306
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.19.5. PÚBLICO ALVO

As informações geradas a partir deste programa poderão ser utilizadas pelas


comunidades científicas, legisladores e gestores dos recursos naturais, órgão
licenciador e comunidades locais, incluindo os proprietários das áreas e
comunidades próximas.

5.19.6. METODOLOGIA

Caatinga
A Caatinga é um dos biomas mais diferenciados do Brasil. Com uma área
original aproximada de 800.000 km2, este bioma representando 70% da região
nordeste e 11% do território nacional (BUCHER 1982), com porções nos seguintes
estados: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas,
Sergipe, Bahia e Minas Gerais.
A fauna e a flora da Caatinga são bastante diversas, sendo registrados,
também, alguns endemismos para a região (LEAL et al. 2003). Alguns estudos como
o de Garda (1996), por exemplo, já indicaram processos de intensa desertificação no
bioma, devido, principalmente, às queimadas e à substituição da vegetação natural
por culturas.
Recentemente a Caatinga foi reconhecida pela Conservation International
como uma das 37 grandes regiões naturais do planeta (LEAL et al. 2003), fazendo
parte da lista de áreas prioritárias para a conservação. De forma mais específica, a
conservação da Caatinga é fundamental para a manutenção dos padrões regionais
e globais do clima, manutenção da disponibilidade de água potável e,
principalmente, para a composição de uma grande parcela da biodiversidade do
planeta (LEAL et al. 2003).
Sendo assim, um sistema eficiente de conservação para a Caatinga deve,
de alguma forma, incluir toda a heterogeneidade paisagística existente na região,
garantindo uma composição florística igual ou semelhante á original, capaz de suprir
todas as necessidades ecológicas e biológicas da fauna local.

Implantação dos Corredores Ecológicos e Conservação da Biodiversidade

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.19. Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Essa medida se faz necessária quando fragmentos de vegetação estão


isolados e encontram-se a uma distância relativamente grande das demais porções
vegetais, dificultando a transposição de algumas espécies da fauna. Esse
isolamento impede o fluxo gênico entre comunidades, podendo levar à extinção de
algumas espécies mais sensíveis às alterações ambientais.
Nas áreas de interesse, a implementação dos corredores ecológicos de
biodiversidade, permitirá que a conservação ocorra em uma escala suficientemente
ampla e abrangente para que os processos naturais sejam considerados em sua
totalidade, afim de compatibilizar a conservação dos recursos naturais com o
desenvolvimento regional
Dentro dessa perspectiva, a adoção do conceito dos Corredores de
Conservação da Biodiversidade – CCB, apresenta um grande avanço no modelo de
conservação adotado pelo Brasil e por vários países. O termo pode ser definido
como sendo ‘uma área geográfica específica estabelecida com a função básica de
promover a manutenção dos processos ecológicos naturais e, ao mesmo tempo,
compatibilizar a conservação da biodiversidade com o desenvolvimento
socioeconômico regional’. Desta forma, um CCB passa a ser visto como uma
unidade de planejamento regional que possui dois vieses: a consolidação de uma
rede de áreas protegidas e o manejo regional de um mosaico de usos múltiplos da
terra.
Além disso, o desenvolvimento de parcerias, diálogos e relacionamentos de
confiança devem ser incentivados junto às comunidades e municípios envolvidos, os
quais serão beneficiados pelo corredor ecológico (Rafaela Vianna). A abordagem e
os métodos de intervenção devem ser desenvolvidos em cada uma dessas
vertentes, conforme suas características particulares, para que a comunidade
desenvolva seu papel na conservação da biodiversidade, garantindo o sucesso
desses corredores.

Locais Recomendados para Aplicação dos Métodos


Os procedimentos são indicados para áreas de lavoura ou criação de
animais, que apresentam anos de mau uso da terra. Para reverter os danos
causados pela extração indevida de madeira e exploração do solo, o proprietário
pode começar plantando cercas-vivas e quebra-ventos, depois implantar aleias e

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.19. Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem
Página 308
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

faixas de retenção. A aplicação contínua do método acarreta em um aprimoramento


gradativo do mesmo, gerando ótimos resultados a longo prazo.

Mapeamento da Cobertura Vegetal e do Uso e Ocupação do Solo


Por meio de imagens de satélite será possível definir estratégias de
conservação da biodiversidade e o estudo da paisagem onde será implantada a LT,
obtendo informações das condições originais do meio, por meio de um diagnóstico
ambiental das condições físicas, topográficas e espaciais dos elementos da
paisagem. As ações devem priorizar técnicas que assegurem as áreas de maior
fragilidade e, dessa forma, aumentar a conectividade entre os fragmentos.
Características como: tamanho, forma, efeito de borda e matrix dos
fragmentos disponíveis, são fundamentais para uma melhor compreensão da
biodiversidade local. Sendo assim, são listadas, a seguir, algumas atividades que
permitem essa caracterização da área:
- Análise dos fatores abióticos (hidrografia, geomorfologia e pedologia)
- Análise da cobertura vegetal e uso do solo
- Definição das áreas de fragilidade quanto aos aspectos abióticos
- Cálculo do índice de conectividade (porcentagem de fragmentos que estariam
conectados com uma distância de dispersão de 100 m de raio)

Levantamento das Espécies Alvo


Cercas vivas e sombreamento da pastagem são práticas simples que podem
ser aplicadas à grande maioria dos sistemas agroflorestais. Entretanto, para que
essa etapa seja concluída com sucesso é fundamental que verifique-se as espécies
vegetais escolhidas, pois os resultados vem a médio e longo prazo.
Para o cultivo são indicadas espécies nativas da região, frutíferas, que
atraiam prováveis dispersores que buscam alimento, e espécies que atuem como
quebra-ventos e que produzam fertilização natural no solo. Espécies arbóreas
árvores que forneçam abrigo para animais que fazem o controle populacional de
insetos. São indicados para o plantio: palmito, café, cacau, seringueira, castanheira.
O plantio de uma única espécie não é recomendado, uma vez que o risco de
perda da safra por alguma alteração climática é elevado. A escolha das espécies
mais indicadas, bem como das espécies que melhor se relacionam entre si, depende

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.19. Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem
Página 309
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

de quatro fatores: arquitetura, tolerância à sombra, exigências em termos de solo e


umidade e afinidade no tempo da sucessão.

Manejo
Em sistemas agroflorestais, o manejo implica na remoção das plantas
doentes, além do enriquecimento do local com árvores que irão garantir o futuro
sucessional, podar árvores que estejam sombreando em excesso, e fazer isso para
renová-las, não para matá-las. Cada espécie tem suas características, e conhecê-las
é a única maneira de fazer a coisa certa no tempo certo.

Proposição de Zonas para Compor Corredores Ecológicos


A escolha do processo de recuperação das áreas destinadas à corredores deverá
ser de acordo com as características dessas áreas e de seus entornos, com vistas a se
proceder a um manejo ajustado a sustentabilidade ambiental de seus sistemas e à
implantação de ações de baixos custos ao empreendedor, conforme os locais. Sendo
assim são sugeridos alguns pontos do Bioma Caatinga (Quadro 19) onde seja possível
realizar a recomposição da superfície vegetal e criação dos corredores, a localização está
indicada nas figuras a seguir (Figuras 1 a 5). A escolha destes pontos teve como base o
mapa de vegetação disponibilizado no Estudo de Médio Impacto (EMI) do
empreendimento.

Quadro 19: Coordenadas geográficas dos pontos selecionados para aplicação do Plano.

COORDENADA
PONTO
E S

1 0498448.90 8635736.57

2 0508013.86 8648567.36

3 0510570.82 8649005.98

4 0511862.53 8649427.74

5 0514652.01 8651324.55

6 0514790.99 8651270.74

7 0515623.48 8651810.13

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.19. Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem
Página 310
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

COORDENADA
PONTO
E S

8 0516349.02 8653226.02

9 0508906.64 8660550.76

10 0508957.88 8660782.89

11 0509594.47 8660614.87

12 0508897.23 8659674.83

13 0509421.95 8659808.58

14 0507763.89 8660282.00

Figura 22: Fonte: Google Earth.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.19. Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem
Página 311
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Figura 23: Fonte Google Earth.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.19. Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem
Página 312
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Figura 24: Fonte Google Earth.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.19. Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem
Página 313
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Figura 25: Fonte Google Earth.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.19. Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem
Página 314
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Figura 26: Fonte Google Earth.

5.19.7. METAS / ATIVIDADES / AÇÕES

A seguir, as metas, atividades e ações para o Plano de Conectividade entre


Componentes da Paisagem:

Quadro 20: Metas, Atividades, Ações

Metas Atividades / Ações

Seleção de áreas prioritárias para


Identificação de áreas prioritárias
execução do Plano

Formalização de parcerias com Buscar parcerias com os diferentes

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.19. Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem
Página 315
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Metas Atividades / Ações


proprietários, empresas, associação de setores da sociedade e da economia
moradores, entre outros setores da local
sociedade que tenham interesse nas
atividades

Buscar apoio do Poder Público Manter contato com o Poder Público

Interface com o Programa de Educação Desenvolvimento de atividades de


Ambiental educação ambiental

Restauração da vegetação original no Métodos de plantio e restauração da


pontos de interesse vegetação local

Formação dos corredores para o fluxo


Implantação dos Corredores Ecológicos
da fauna

5.19.10. AVALIAÇÃO
Para avaliar o Plano de Conectividade, bem como orientar possíveis
adequações propõe-se um monitoramento permanente das ações desenvolvidas,
tornando possível avaliar a eficácia das ações por meio de:
- Reuniões periódicas com a equipe responsável pelo Plano;
- Reuniões periódicas com os setores envolvidos (proprietários, pequenos
produtores, empresas, associação de moradores, entre outros);
- Aplicação de uma avaliação de satisfação nas atividades de educação ambiental.
- Monitoramento dos pontos e avaliação da regeneração vegetal;
Por meio de tais avaliações será possível conhecer a eficácia dos métodos
adotados, bem como o envolvimento da população local com as atividades
desenvolvidas. Além disso, com estas informações a equipe responsável saberá
identificar as dificuldades e os pontos fracos do Plano, buscando métodos
alternativos para adaptar as atividades à realidade local.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.19. Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem
Página 316
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Relatórios: relatórios de atividade mensais e quadrimestrais escritos e fotográficos


das ações desenvolvidas no âmbito do Plano de Conectividade entre Componentes
da Paisagem, contendo em anexos atas, documentos e outras evidências.

5.19.9. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

- Resolução CONAMA nº 237, de 19/12/1997 - Dispõe sobre o Licenciamento


Ambiental.
- Lei nº 9.605, de 12/02/1998 - Dispõe sobre a Lei de Crimes Ambientais.
- Lei nº 6.938, de 31/08/1981 - Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.
- Decreto nº 7.903, de 01/07/1997 - Regulamenta a Lei nº 547, de 30/12/1993 – - Lei
do Meio Ambiente Estadual.
- Lei n° 9985, de 17 de julho de 2000 - Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza
- Norma Brasileira NBR 10.703 TB 350 (1989) - Trata da degradação do solo.
- Norma Brasileira NBR 11682 (1991) – ABNT - Trata da estabilidade dos taludes.
- Norma Brasileira NBR 13030 (1999) – ABNT - Trata da elaboração e apresentação
de projeto de reabilitação de áreas degradadas.
- Lei n° 4.771, de 15 de setembro de 1965 – Institui o Código Florestal Brasileiro,
alterado pela Medida Provisória n° 1956-50, de 26 de maio de 2000.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.19. Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem
Página 317
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.19.10.CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
CRONOGRAMA FÍSICO
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
Mobilização e Instalação do Canteiro 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
2.1 SAETOWERS . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 PLANO DE CONECTIVIDADE DOS COMPONENTES DA PAISAGEM


50% 50%
Mapeamento da cobertura vegetal e do uso e
3.1 NOVO NORTE
ocupação do solo
50% 50%
Escolha de locais recomendados para a
3.2 NOVO NORTE
implementação de corredores ecológicos
33% 33% 34%
3.3 Levantamento das espécies-alvo NOVO NORTE
7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7%
Conexão da paisagem através da
3.4 NOVO NORTE
implementação dos corredores ecológicos
7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7% 7,7%
Manejo das espécies utilizadas para compor
3.5 NOVO NORTE
os corredores ecológicos
6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,3%
3.6 Emissão de Relatórios Mensais NOVO NORTE
20% 20% 20% 20%
3.7 Emissão de Relatórios Quadrimestrais NOVO NORTE

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.19. Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem
Página 318
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.29.11. BIBLIOGRAFIA

AYRES, J.M.; FONSECA, G.A.B.; RYLANDS, A.B.; QUEIROZ, H.L.; PINTO, L.P.;
MASTERSON, D. & CAVALCANTI, R.B. (2005). Os corredores ecológicos das
florestas tropicais do Brasil. Sociedade Civil Mamirauá, Belém, Pará, 256pp..

BUCHER, E.H. (1982). Chaco and caatinga – South American arid savannas,
woodlands and thickets. In: B. J. Huntey & B. H. Walther (eds.), Ecology of tropical
savanas, Springer-Verlag, New York, 48-79p.

GARDA, E.C. (1996). Atlas do meio ambiente do Brasil. Editora Terra Viva,
Brasília.

GONÇALVES A. L. R. (2010). Prognóstico de 60 propriedades rurais designadas.


Parâmetros e propostas para recuperação de passivo ambiental e PSA.
Instrumentos e parâmetros para recuperação produtiva de passivo ambiental em
assentamentos e propriedades rurais no entorno de áreas protegidas no município
de Juína - Noroeste do Estado de Mato Grosso. (Relatórios). In: Promoção de
conservação e uso sustentável da biodiversidade nas florestas de fronteira do
Noroeste de Mato Grosso (Projeto BRA/00/G31). 32 pp..

LEAL, I.R.; TABARELLI, M. & SILVA, J.M.C. (2003). Ecologia e conservação da


caatinga. I.R. Leal, M. Tabarelli, J.M.C. Silva (eds.). Ed. Universitária da UFPE,
Recife. 822 pp..

MACHADO, R.B., RAMOS NETO M.B., PEREIRA P., CALDAS E., GON- ÇALVES
D., SANTOS N., TABOR K. & STEININGER M. (2004). Estimativas de perda da
área do Cerrado brasileiro. Conservation International do Brasil, Brasília, 7pp..

MEIRELLES, L.R. (2003). Revista dos sistemas agroflorestais - Centro


Ecológico Litoral Norte - PDA/PPG7/MMA. Dom Pedro de Alcantara, Rio Grande
do Sul, 60pp.

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5.19. Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem
Página 319
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

TITO, M.R.; NUNES, P.C. & VIVAN, J.L. (2011). Desenvolvimento agroflorestal no
Noroeste do mato grosso - Dez anos contribuindo para conservação e uso das
florestas. 1° edição, Brasília, Distrito Federal, 136pp..

VIANNA, R. (2012). CORREDOR ECOLÓGICO: O ESTUDO DE CASO DE UM


MODELO DE GESTÃO INOVADOR NO VALE DO PARAÍBA. Trabalho de
Conclusão de Curso, Fundação Instituto Administração, São Paulo, 41pp..

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5.19. Plano de Conectividade entre Componentes da Paisagem
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.16 PROGRAMA DE PROTEÇÃO E


MONITORAMENTO DE RECURSOS
HÍDRICOS

SUBPROGRAMA DE PRESERVAÇÃO DE
NASCENTES

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.20. Programa de Proteção e Monitoramento de Recursos Hídricos
Subprograma de Preservação das Nascentes
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.20.1 APRESENTAÇÃO

O Programa de Proteção e Monitoramento de Recursos Hídricos visa


estabelecer ações para monitorar as condições físicas, químicas e biológicas dos
recursos hídricos superficiais que poderão sofrer alterações pela implantação da
infraestrutura necessária para execução do empreendimento.

5.20.2 PROGRAMA DE PROTEÇÃO E MONITORAMENTO DE RECURSOS


HÍDRICOS

Com a implantação da LT 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II –


Barreiras/São Desidério, far-se-á necessário a supressão vegetal onde será a Faixa
de Servidão, em que a mesma cortará 5 (cinco) corpos d’água em todo o seu
traçado, sendo eles: rio Boa Sorte, rio São Desidério, rio Grande, vereda Anastácio e
vereda Passaginha.(Anexo 5.20.1)
Uma das medidas mitigatórias adotadas por este PCA, foi a diminuição da
supressão das Áreas de Preservação Permanente, sendo assim a largura da área
suprimida de no máximo 5,0 m. Esta medida visa não só a proteção da APP’s mas
também a proteção e qualidade da água presente no perímetro da LT.
Na Área de Influência Direta (5 km) do empreendimento, foram localizadas 2
(duas) nascentes – N1: 45° 12’ 34,987’’ W 12° 35’ 58,276’’ S; N2: 45° 18’’ 45,87’’ W
12° 42’ 35,326’’ S. Estas nascentes serão monitoradas como alvo específico do
Subprograma de Preservação de Nascentes. (Anexo 5.20.2)

5.20.2.1 SUBPROGRAMA DE PRESERVAÇÃO DE NASCENTES

Entende-se por nascente o afloramento do lençol freático que vai dar origem
a uma fonte de água de acúmulo (represa), ou cursos d’água (regatos, ribeirões e
rios). Em virtude de seu valor inestimável dentro de uma propriedade agrícola, deve
ser tratada com cuidado todo especial. A nascente ideal é aquela que fornece água
de boa qualidade, abundante e contínua, localizada próxima do local de uso e de
cota topográfica elevada, possibilitando sua distribuição por gravidade, sem gasto de
energia.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.20. Programa de Proteção e Monitoramento de Recursos Hídricos
Subprograma de Preservação das Nascentes
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

As nascentes, cursos d’água e represas, embora distintos entre si por várias


particularidades quanto às estratégias de preservação, apresentam como pontos
básicos comuns o controle da erosão do solo por meio de estruturas físicas e
barreiras vegetais de contenção, minimização de contaminação química e biológica
e ações mitigadoras de perdas de água por evaporação e consumo pelas plantas.
Quanto à qualidade, deve-se salientar que, além da contaminação com produtos
químicos, a poluição da água resultante de toda e qualquer ação que acarrete
aumento de partículas minerais no solo, da matéria orgânica e dos coliformes totais
pode comprometer a saúde dos usuários – pessoas ou animais. Por fim, deve-se
estar ciente de que a adequada preservação de uma nascente envolve diferentes
áreas do conhecimento, tais como hidrologia, conservação do solo, reflorestamento,
etc.
Considerando a urgência de preservar as nascentes que exercem um papel
fundamental na formação e manutenção dos recursos hídricos, este Subprograma
de Preservação propõe não só como ponto de partida estratégico para recuperação
dos recursos hídricos, mas também para preservar a estabilidade geológica, a
biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo, gerar trabalho,
manter e ampliar a beleza cênica de uma paisagem, e assegurar o bem-estar das
populações humanas.
Este Subprograma será executado por meio de ações de preservação com a
utilização de técnica pré-definida em áreas de no mínimo 50 m de APP. Tais
técnicas de preservação inclui cercar toda a área adjacente à nascente (APP) a fim
de evitar o acesso de animais, pessoas, veículos, etc.
Todas as medidas devem ser tomadas para favorecer seu isolamento, tais
como proibir a pesca e a caça, evitando-se a contaminação do terreno ou
diretamente da água.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.20. Programa de Proteção e Monitoramento de Recursos Hídricos
Subprograma de Preservação das Nascentes
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.20.3 JUSTIFICATIVA

O monitoramento qualitativo e quantitativo das águas superficiais é um dos


instrumentos mais importantes para dar suporte às estratégias, ações preventivas e
políticas de uso, proteção e conservação do recurso hídrico.
A definição de diretrizes nacionais para o monitoramento das águas é uma
necessidade premente para uma futura integração das redes de monitoramento e
sistemas de informações. Estas diretrizes são importantes no sentido de
compatibilizar e normatizar procedimentos comuns entre os estados, a fim de
construir as bases para a definição do desenho das redes em bacias hidrográficas,
hidrogeológicas ou locais, de acordo com suas especificidades.

5.20.4 OBJETIVOS

5.20.4.1. Objetivo Geral

Este Programa e Subprograma foram criados com o objetivo de monitorar a


qualidade da água e preservar os corpos d’aguas e as nascentes localizadas na
Área de Influência Direta de implantação da LT e avaliar a ocorrência de possíveis
impactos oriundos do empreendimento.

5.16.4.2. Objetivos Específico

- Conhecer o quadro atual da qualidade das águas;


- Implantar a rede de monitoramento de qualidade de águas superficiais na
área de travessia da LT;
- Aprimorar a escolha dos parâmetros de controle ao longo da construção das obras,
assim como após a sua implantação;
- Acompanhar as modificações de qualidade de água, antes, durante e depois da
implantação do empreendimento;
- Monitorar a estabilidade das nascentes;
- Propor medidas de preservação das nascentes;

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.20. Programa de Proteção e Monitoramento de Recursos Hídricos
Subprograma de Preservação das Nascentes
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- Envolver as comunidades diretamente afetadas pelo empreendimento e os


trabalhadores envolvidos na obra, na conservação dos recursos hídricos, através de
ações de Educação Ambiental.

5.20.5 PÚBLICO ALVO

Serão envolvidos neste Programa e Subprograma, os trabalhadores da obra


e comunidades diretamente afetadas pelo empreendimento.
As informações geradas a partir deste Programa e Subprograma servirão
para as comunidades científicas, legisladores e gestores dos recursos hídricos,
órgão licenciador, além de futuros empreendimentos da região.

5.20.6 METODOLOGIA

Coleta das Amostras


Anteriormente ao início da construção das obras e durante a sua
implantação serão realizadas 05 campanhas para a coleta de dados referentes a
qualidade da água. Antecedendo a emissão da LI será realizada uma campanha
piloto com a coleta de amostras das águas superficiais dos corpos d’agua e
nascentes, afim de estabelecer um parâmetro inicial sobre a qualidade da água
local. Posteriormente, serão realizadas 04 campanhas quadrimestrais, tendo o início
a partir do mês 03 e seu término no mês 15, em que os dados coletados serão
utilizados para a geração de relatórios consolidados.
As coletas serão feitas por técnicos de um laboratório especializado a ser
contratado para esse empreendimento, e acontecerão nos 5 cincos corpos d’água
em que a LT atravessará e nas 2 nascentes presentes na AID.
Os locais a serem selecionados serão referenciados geograficamente,
fotografados e descritos, preenchendo-se uma ficha descritiva para cada estação.

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5.20. Programa de Proteção e Monitoramento de Recursos Hídricos
Subprograma de Preservação das Nascentes
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Parâmetros de Análise dos Corpos d’Água

Parâmetros – Corpos d’Água


Temperatura
Sólidos Sedimentáveis
Turbidez
Oxigênio Dissolvido
Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO
pH
Fósforo Total
Nitrito
Nitrato
Amônia
Nitrogênio Total
Coliformes Fecais e Totais
Clorofila
Fitoplâncton
Zooplâncton
Zoobentos

Parâmetros de Análise das Nascentes

Parâmetros – Nascentes
Temperatura
Sólidos Sedimentáveis
Turbidez
Oxigênio Dissolvido
Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO
pH
Fósforo Total
Nitrito
Nitrato

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.20. Programa de Proteção e Monitoramento de Recursos Hídricos
Subprograma de Preservação das Nascentes
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Parâmetros – Nascentes
Amônia
Nitrogênio Total
Coliformes Fecais e Totais
Clorofila
Fitoplâncton
Zooplâncton
Zoobentos

Análise das Amostras


As análises serão feitas em um laboratório especializado, sendo o mesmo,
responsável pelo transporte a acondicionamento das amostras.
Após as análises, será elaborado um relatório referente à campanha de
coleta.

Preservação das Nascentes


Antes de qualquer ação relacionada às nascentes da AID do
empreendimento, será feito o contato com o proprietário da área em que as
nascentes estão localizadas em busca de uma anuência às medidas preventivas
para preservação das nascentes. Após este contato, as nascentes serão cercadas e
identificadas.
Como medida de preservação, também poderá acontecer a recuperação
vegetal ao entorno das nascentes, caso estas, estejam degradadas. Para isso,
poderão ser usadas diversas técnicas, como: plantio de mudas, semeadura direta,
indução e/ou condução da regeneração natural, sempre considerando o uso de
espécies nativas.

5.20.7 METAS / ATIVIDADES / AÇÕES

A seguir, as metas, atividades e ações para este Programa e Subprograma:

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.20. Programa de Proteção e Monitoramento de Recursos Hídricos
Subprograma de Preservação das Nascentes
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Quadro 21: Metas, atividades, ações


Metas Atividades / Ações
IQA – Índice de Qualidade da Água Realização das coletas e análises das
amostras
Preservação de Nascentes Isolamento e identificação das nascentes;
Atividades de Educação Ambiental.

5.20.8 AVALIAÇÃO

Para acompanhar o desenvolvimento desse programa, deverão ser


observadas:
-O quantitativo dos parâmetros amostrados nos corpos d’água e nascentes.

Relatórios
No término de cada campanha de campo, com periodicidade quadrimestral,
terá Relatório Técnico que serão encaminhados ao órgão licenciador, com o caráter
de Relatórios Parciais, sendo que estes subsidiarão o Relatório Consolidado
também encaminhado ao órgão licenciador no final do 16 meses de obra, tendo este
Relatório Consolidado um perfil comparativo com os dados do Programa de
Monitoramento da Qualidade das Águas da Bahia - INEMA.

5.20.9 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Lei n° 11.612/2009 que dispões sobre Recursos Hídricos alterada pela Lei nº
12.035/10, 12.212/11 e 12.377/11, que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos
Hídricos, o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras
providências.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.20. Programa de Proteção e Monitoramento de Recursos Hídricos
Subprograma de Preservação das Nascentes
Página 328
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.20.10 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


PROGRAMA DE PROTEÇÃO E MONITORAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS
CRONOGRAMA FÍSICO
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Mobilização e Instalação do Canteiro
2.1 SAETOWERS . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 PROGRAMA DE PROTEÇÃO E MONITORAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS


100%
Identificação dos corpos d'agua presentes na
3.1 NOVO NORTE
AID da LT
100%
Autorização dos proprietários para acesso e
3.2 NOVO NORTE
coleta de amostras de água
100%
3.3 Escolha dos pontos de monitoramento NOVO NORTE
100%
3.4 Campanha piloto NOVO NORTE
25% 25% 25% 25%
3.5 Campanhas de monitoramento NOVO NORTE
10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10%
3.6 Análise das amostras coletadas NOVO NORTE
25% 25% 25% 25%
3.7 Emissão de relatórios NOVO NORTE

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.20. Programa de Proteção e Monitoramento de Recursos Hídricos
Subprograma de Preservação das Nascentes
Página 329
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

SUBPROGRAMA DE PRESERVAÇÃO DAS NASCENTES


CRONOGRAMA FÍSICO
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%

2.1 Mobilização e Instalação do Canteiro SAETOWERS


Administração e Manutenção do Canteiro . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .

15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%


2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 SUBPROGRAMA DE PRESERVAÇÃO DAS NASCENTES


100%
Autorização dos proprietários para acesso e
3.1 NOVO NORTE
coleta de amostras de água
100%
Delimitação do local onde as nascentes se
3.2 NOVO NORTE
encontram
100%
3.3 Campanha piloto de monitoramento NOVO NORTE
25% 25% 25% 25%
Campanhas de monitoramento da qualidade
3.4 NOVO NORTE
da água
10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10% 10%
3.5 Análise das amostras coletadas NOVO NORTE
25% 25% 25% 25%
3.6 Emissão de relatórios NOVO NORTE

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.20. Programa de Proteção e Monitoramento de Recursos Hídricos
Subprograma de Preservação das Nascentes
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.20.11 BIBLIOGRAFIA

ODUM P. (1983). Ecologia. Rio de Janeiro: Interamericana

PIELOU, E. C. 1984. The interpretation of ecological data: a primer on


classification and ordination. London, John Wiley & Sons, 262p.

SHANNON, C.E.; WIENNER, W. (1963). The mathematical theory of


communication. Urbana: University of Illinois Press. 173 p.

UTERMÖHL, H. (1958). Zur Vervollkomnung der quantitativen Phytoplankton-


Metodik. Mitt. Int. Verein. Theor. Ange. Limnol., 9: 1-38.

WEBER, C.I. Plankton. In: National environmental research center office of research
and development U.S. Environmental Protection Angency Cincinnati (Eds).
Biological field and laboratory methods for measuring the quality of surface
water and effluents. USA, p. 1-17, 1973THORP, J. H.; COVICH, A. P. Ecology and
Classification of North American Freshwater Inverterbrates. San Diego: Academic
Press. 1991, 911p.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.20. Programa de Proteção e Monitoramento de Recursos Hídricos
Subprograma de Preservação das Nascentes
Página 331
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.21. PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO


SOCIAL

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.21. Programa de Comunicação Social
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.21.1. APRESENTAÇÃO

O Programa de Comunicação Social é um dos instrumentos que auxiliará a


gestão ambiental da LT 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São
Desidério, principalmente na interação entre as ações previstas em todos os
programas deste PCA, bem como na manutenção de um fluxo de comunicação, de
forma a identificar os anseios da população e de todos os segmentos sociais
envolvidos, dando o retorno adequado às dúvidas e/ou sugestões de melhoria,
promovendo nivelamento das informações sobre o empreendimento.

5.21.2. PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL (PCS)

O Programa de Comunicação Social é direcionado para as comunidades da


Área de Influência Direta (AID) do empreendimento, a ser desenvolvido com base
nas diretrizes da Lei nº 12.056/2011 que institui a Política Estadual de Educação
Ambiental e o Programa de Educação Ambiental (PEA-BA), contemplando a
dimensão de Educomunicação Sociambiental.
Trata-se do programa de maior abrangência em relação ao público a ser
atingido, em função de seu caráter de canal de comunicação e interação.
Será dada prioridade à comunidade diretamente afetada, objetivando a
informação e o esclarecimento sobre o empreendimento, além da divulgação dos
demais programas a serem implementados durante a construção da LT. Este
programa possibilitará a abertura de um canal de comunicação para ouvir e registrar
sugestões, receios e queixas dos diversos setores interessados.
O Programa de Comunicação Social possibilitará o despertar de uma
consciência participativa da população atingida, pelo empreendimento, através da
Comissão de Acompanhamento do Empreendimento - CAE, trazendo à tona um
importante processo de democratização, onde o empreendedor manterá uma forma
de comunicação horizontal, proporcionando às comunidades o poder de voz as suas
reivindicações e opiniões, participando, ativamente, das diversas etapas da obra.
No dia 20 de maio de 2015, realizou-se no município de Barreiras, as primeira
reunião para constituição da Comissão de Acompanhamento do Empreendimento,

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.21. Programa de Comunicação Social
Página 333
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

em que representantes do poder público, construtora e empreendedor, se fizeram


presentes.

5.21. 3. JUSTIFICATIVA

O planejamento das ações deste programa se estrutura com base


metodológica participativa, onde os diversos segmentos sociais devem estar
incluídos ao longo do processo de andamento deste programa. Adicionalmente,
prevê a incorporação das demandas locais ao planejamento e a superação dos
possíveis conflitos existentes, apresentando instrumentos bem definidos acordado e
legitimados pelos atores sociais envolvidos.
Suas ações básicas estão centradas a definição do público e dos meios para
que o espaço de comunicação entre empreendedor e os segmentos envolvidos se
estabeleça. E através do presente programa que as informações sobre a natureza,
implantação, decisões e estratégias a serem tomadas, andamento das obras e suas
implicações ambientais serão compartilhadas.
De modo geral, essas ações permitem o equacionamento dos possíveis
conflitos gerados pela implantação do empreendimento e o exercício da cidadania,
uma vez que a divulgação de informações permite uma análise coerente sobre os
impactos positivos e negativos, e quais as atitudes a serem tomadas pela população
e pelo empreendedor.

5.21.4. OBJETIVOS

5.21.4.1. Objetivo Geral

O Programa de Comunicação Social tem como objetivo principal estabelecer


um processo permanente de diálogo entre o empreendedor e a sociedade, visando
informar os impactos positivos e os adversos associados à sua implantação e
operação, bem como a gestão em relação aos mesmos. Além disso, visa administrar
as expectativas da comunidade, levando em conta o mapeamento de partes
interessadas e as informações socioeconômicas da região.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.21. Programa de Comunicação Social
Página 334
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.21.4.2. Objetivos Específicos

- Divulgar a importância estratégica e econômica do empreendimento para o


desenvolvimento local e regional, bem como a importância do investimento
energético;
- Divulgar as informações sobre o empreendimento, os impactos ambientais, as
medidas mitigadoras e compensatórias e os programas socioambientais de forma
clara para os diferentes públicos das áreas de influência do empreendimento;
- Contribuir para mitigar impactos socioambientais, através da divulgação de
informações, do estabelecimento de canais para comunicação com a população da
áreas de influência do empreendimento, durante toda as fases do empreendimento;
- Estimular a participação e a articulação dos diversos segmentos da sociedade que
possam estar envolvidos com o empreendimento;
- Gerenciar e compatibilizar as informações oriundas das diversas atividades
inerentes ao projeto, tanto na sua fase construtiva quanto na sua fase de operação,
as quais envolvam a necessidade de comunicação e interação com a população
interferida;
- Informar o público interno (corpo funcional e prestadores de serviço) acerca do
andamento das etapas do empreendimento

5.21.5. PÚBLICO ALVO

O Programa de Comunicação Social (PCS) atuará em várias frentes


associadas aos diferentes grupos de interesse ali atuantes, como:
- Moradores da área de influência direta do empreendimento – AID, ou seja,
proprietários afetados pela construção da LT e, área de influência indireta – AII;
- Instituições nos municípios de Barreiras e São Desidério;
- Trabalhadores envolvidos na implantação da LT.
Deve-se levar em consideração a faixa etária, o grupo social que esse
público representa, sua situação socioeconômica.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.21. Programa de Comunicação Social
Página 335
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.21.6. METODOLOGIA

Para o desenvolvimento das ações de comunicação serão considerados


fases de execução das atividades, conforme descritas a seguir:
- Fase de Planejamento, Negociação de terras e Interface com a Comunidade
Para esta fase estão previstas:

Reuniões de Planejamento e Alinhamento


Esta estratégia visa alinhar e integrar a equipe responsável pelo PCS
proporcionando continuidade a metodologia desenvolvida nas ações de
comunicação em execução na região em função da implantação da LT, com as
representações do empreendedor e demais representantes a serem identificados, de
modo que as ações sejam realizadas em consonância com estratégias já em curso.
Neste momento serão esclarecidos aspectos relativos aos procedimentos
metodológicos, definida uma pauta comum de ações e cronograma com
responsabilidades, para que a gestão do Programa seja iniciada desde a fase inicial
de planejamento.

Articulação Político-institucional e mapeamento dos atores sociais de


interesse – Elaboração de Matriz de Atores Sociais
A estruturação da matriz terá por finalidade identificar os principais entes
atuantes relacionados ao empreendimento, principalmente os proprietários de terra
ao longo do traçado da LT e que desempenham papel relevante quando na
implantação dos Programas Ambientais, sob a forma de parceria, participação ou
interatividade com os mesmos.
As visitas da equipe do PCS na AID do empreendimento, acontecerão para
levantamento dos dados que comporão o cadastro socioeconômico. O material
servirá também de insumo para elaboração do conteúdo dos Boletins Informativos
que serão distribuídos na região.
Nesse sentido, as ações desenvolvidas serão continuadas, com base nos
dados obtidos, de forma individualizada, com visitas de casa em casa,
proporcionando um canal direto e fidedigno com a comunidade envolvida. Outros
atores sociais considerados mais relevantes, pelo grau de inter-relação com o

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.21. Programa de Comunicação Social
Página 336
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

empreendimento, possibilidades de parcerias, ou ainda, resistência ou potencial


conflito, serão objeto de abordagens diferenciadas nas ações de sensibilização a
serem realizadas.
A Matriz de Atores Sociais e Institucionais é um instrumento cuja principal
característica é seu dinamismo, querendo isso dizer que deve ser constantemente
atualizada e alimentada com dados e informações, fruto de alterações da realidade
estudada.

Reunião de Comunicação
Esta reunião será realizada com a comunidade envolvida a fim de informar
acerca do empreendimento, seu projeto, seus impactos, esclarecer dúvidas e colher
sugestões para o programa. Essas reuniões serão realizadas em locais de fácil
acesso a comunidade, de preferência em escolas do município.
Para tanto deverão ser elaborados e distribuídos com antecedência, cartas
convites em cada uma das propriedades e divulgação nos locais de maior
circulação, como escolas e locais de prestação de serviços. Deverão estar
presentes, neste momento, representantes do empreendedor e atores envolvidos
com o empreendimento, para prestarem maiores esclarecimentos sobre as fases de
implantação e operação do empreendimento.
Como material de apoio deverá ser elaborada uma apresentação, com
conteúdo elaborado de modo a permitir o fácil entendimento de todos os
participantes, abordando as seguintes temáticas: o empreendedor; a importância do
empreendimento no cenário nacional e local; o empreendimento em si; suas fases
de licenciamento; suas etapas de obra e seu cronograma de forma geral, os demais
Programas Ambientais; para então ser aberto espaço para o diálogo e
esclarecimento de dúvidas. Ao final da reunião, serão distribuídos folders
explicativos, trazendo resumidamente, as informações sobre as etapas do
empreendimento e os Programas Ambientais.
A Reunião de Comunicação deverá ser registrada através de filmagem e
lista de presença. Estas reuniões serão realizadas ao longo de todas as fases do
empreendimento.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.21. Programa de Comunicação Social
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Fase Antes do Início da Obra


Para esta fase está previsto:

Reunião de Comunicação
Com os atores intervenientes ao empreendimento para informar do início
das obras e prestar maiores esclarecimentos.
Para essa reunião será utilizada a mesma metodologia aplicada nas
reuniões de comunicação realizadas no âmbito da fase de Planejamento de
empreendimento.

Boletim Informativo
O Boletim Informativo – BI, é o veículo de comunicação que deve ser
utilizado como instrumento de largo alcance, permitindo aos diversos atores sociais,
interferidos ou não pelo empreendimento, o acompanhamento e atualização das
informações sobre as ações ambientais e andamento, de modo regular, direto e de
fácil entendimento. Este é um importante instrumento de divulgação dos demais
programas contemplados no Plano de Controle Ambiental, sendo esta sua principal
função neste Programa.
Portanto, o BI será estruturado dando continuidade aos informativos
distribuídos na região, permitindo a comunicação entre o empreendedor e seu
público alvo, tendo a preocupação de: esclarecer o processo e as etapas de
licenciamento do empreendimento; esclarecer as dúvidas da população; e
apresentar as ações em andamento nos demais Programas Ambientais.
Esse material terá periodicidade bimestral.

Fase Durante o Período da Obra


Durante todo o período da obra, estão previstas:

Reuniões Trimestrais
Atendendo a mesma metodologia das reuniões de comunicação realizadas
anteriormente, essas reuniões terão o caráter de informar sobre o empreendimento,
os Programas Ambientais em andamento e esclarecimento de dúvidas, juntamente à
Comissão de Acompanhamento do Empreendimento.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.21. Programa de Comunicação Social
Página 338
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Release para a imprensa


Este recurso deverá ser utilizado com o objetivo de apresentar o
empreendedor e criar uma rotina de informação que viabilize, quando necessário, a
publicação imediata de informações que ajudem a reduzir boatos e distorções que
por ventura ocorram. Deverão ser elaborados textos com informações sobre o
empreendimento para serem divulgados aos meios de comunicação regionais.

Fase de Operação
Para a fase de operação da LT está prevista a elaboração e distribuição de
Boletim Informativo com periodicidade semestral, durante o período de 16 meses.
Este Boletim deverá trazer as informações dos Programas Ambientais ainda em
realização, conforme estabelecidos pelo órgão licenciador, e sanar as dúvidas ainda
existentes na população.

Métodos para a Operacionalização do Programa


O Programa de Comunicação Social não se restringirá a divulgar a
importância estratégica do empreendimento, embora este seja um dos objetivos
traçados pelo PCS. A proposta de criação de espaços e mecanismos de
comunicação tem o intuito de promover uma ação social mais participativa e
transparente, sendo este um dos principais elementos norteadores do Programa.
Em relação às técnicas de comunicação, será utilizada uma abordagem
denominada buscar formas de comunicação que transcendam o simples ato da
informação, tendo a capacidade de construir o diálogo entre diferentes atores sociais
envolvidos. Nessa perspectiva, a comunicação se faz instrumento centrado na
capacidade de negociação de compromissos, o que significa instaurar uma
modalidade de trabalho orientada para a busca de entendimento e consentimento
entre os diferentes sujeitos que se comunicam.
Além disso, a abordagem aqui proposta está centrada no reconhecimento da
diversidade e pluralidade cultural, buscando contextualizar todas as ações e
atividades previstas. Assim, o PCS é também o principal canal de comunicação
entre os demais programas, estando diretamente relacionado à Gestão Ambiental do
Empreendimento e à Comissão de Acompanhamento do Empreendimento.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.21. Programa de Comunicação Social
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.21.7. METAS

As metas do Programa de Comunicação Social (PCS) são apresentadas no


quadro a seguir:

Quadro 22: Metas do PCS


METAS
Apresentar o empreendimento em visitas iniciais
Estabelecer contato direto, adequado e sistemático com os grupos de interesse
Criar canais de diálogo com as comunidades
Realizar eventos informativos e Reuniões de Comunicação
Criar canais de diálogo com as comunidades
Disseminar informações sobre o empreendimento nas comunidades
Disseminar na mídia local informações sobre a LT e a distribuição de energia
Veiculação de informes bimestrais sobre a evolução das ações em forma de
Boletins Informativos
Informar plenamente os funcionários sobre o desenvolvimento do empreendimento,
para servirem de multiplicadores

5.21.8. ATIVIDADES/AÇÕES

As atividades/ações do Programa de Comunicação Social (PCS) são


apresentadas no quadro a seguir:

Quadro 23: Atividades/Ações do PCS


ATIVIDADES/AÇÕES
Elaboração e distribuição de panfletos/cartilha contendo as principais informações
sobre o Empreendimento
Elaboração e distribuição de Boletins Informativos
Elaboração e distribuição para fixação de Cartazes em locais públicos
Ministrar Palestras – Tema: Apresentação do PCA
Ministrar Palestras – Tema: Específicos abordados nos programas
Vídeos para divulgação em televisão, sites e redes sociais
Spots para divulgação em rádios e carro de som

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.21. Programa de Comunicação Social
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.21.9. MATERIAL DE APOIO

Para a implementação do PCS, será necessário:

Quadro 24: Material de Apoio PCS

ATIVIDADE RECURSO ESPECIFICAÇÕES

Alinhar e integrar a equipe


Equipe Técnica, responsável pelo PCS com
Reuniões de Alinhamento e Empreendedor e Comissão as representações do
Planejamento de Acompanhamento do Empreendedor e demais
Empreendimento representações a serem
identificadas

Finalidade de identificar os
principais entes atuantes
Articulação Político-
relacionados ao
Institucional e Mapeamento Equipe Técnica; Carro;
empreendimento,
dos Atores Sociais de Cartilha; Questionário.
principalmente os
Interesse
proprietários de terra ao
longo do traçado da LT.

Visita aos Proprietários de Equipe Técnica; Carro;


Mapeamento
Terra Cartilha; Questionário.

Reuniões de Comunicação
para informação e
Agente de Comunicação;
esclarecimentos que
Reunião de Comunicação Folder; Data Show,
deverão ter registros de
Computador, Carro.
participantes para
evidências.

Formato A2 com dobra Distribuídos nas AID e AII


Boletim Informativo (frente e verso), em cores, com informações sobre o
arte gráfica e jornalista. empreendimento.

Agente de Comunicação; Reuniões de Comunicação


Comissão de para informação e
Acompanhamento do esclarecimentos que
Reuniões Trimestrais
Empreendimento; Folder; deverão ter registros de
Data Show, Computador, participantes para
Carro. evidências.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.21. Programa de Comunicação Social
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

ATIVIDADE RECURSO ESPECIFICAÇÕES

Informativo de fases do
Coordenador; Agente de
Release para Imprensa empreendimento para
Comunicação.
imprensa.

5.21.10. AVALIAÇÃO
Para a avaliar se o Programa de Comunicação Social está ocorrendo de
forma simétrica entre o empreendedor e os públicos envolvidos, bem como orientar
possíveis adequações quanto ao PCS proposto, é preciso, ao longo da condução
das ações de informação, prever uma metodologia de diagnóstico dos públicos-alvo.
Propõe-se um monitoramento permanente das ações desenvolvidas,
tornando possível avaliar a eficácia das ações de comunicação por meio de:
- Reuniões Estratégicas, com periodicidade mensal, com a equipe de comunicação:
todos os dados apurados serão discutidos;
- Análise da cobertura da imprensa local;
- Feedbacks das reuniões realizadas e contatos com representantes de todos os
públicos, internos e externos, envolvidos no projeto;
- Reuniões trimestrais com a Comissão de Acompanhamento do Empreendimento.

Relatórios
Os relatórios mensais servem para monitorar e avaliar as ações do PCS, e
conhecer a eficácia das ações de comunicação implementadas. E tem como
objetivos específicos levantar: i) quais as ações que melhor estão chegando junto à
comunidade; ii) que tipo de informação está sendo absorvida; iii) aceitação e rejeição
dos meios/veículos utilizados; iv) sugestões. A partir dessas informações, será
possível avaliar a eficácia das ações de informação descritas no Programa de
Comunicação Social delineado nesta oportunidade. Tal monitoramento proposto
oferecerá um panorama completo de como a comunicação deve ser conduzida até o
final da obra, permitindo a readequação das estratégias de comunicação, se
necessário.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.21. Programa de Comunicação Social
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5.21.11. FUNDAMENTOS LEGAIS

O presente programa está consoante ao Art 10, Inciso I, Resolução


CONOMA n° 237/97, onde o Programa de Comunicação Social faz parte dos
documentos, projetos e estudos ambientais, necessários ao processo de
licenciamento e a Lei nº 12.056/2011 que institui a Política Estadual de Educação
Ambiental e o Programa de Educação Ambiental (PEA-BA), contemplando a
dimensão de Educomunicação Sociambiental.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.21. Programa de Comunicação Social
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5.21.12 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO
MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a CLIENTE
Emissão de Licença de Instalação
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%

2.1 Mobilização e Instalação do Canteiro SAETOWERS


Administração e Manutenção do Canteiro . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .

15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%


2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL


100,0%
Reuniões de planejamento e alinhamento com
3.1 NOVO NORTE
os lideres locais
Identificar os principais atores sociais 100,0%

3.2 relacionados ao empreendimento e NOVO NORTE


proprietários de terras
100,0%
Formar a Comissão de Acompanhamento do
3.3 NOVO NORTE
Empreendimento (CAE)
6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25%
Elaboração de material de apoio para as
3.4 NOVO NORTE
reuniões com a comunidade local
6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25%
3.5 Reuniões com a comunidade local NOVO NORTE

16,7% 16,7% 16,7% 16,7% 16,7% 16,7%


Reuniões trimestrais com a CAE e a
3.6 NOVO NORTE
comunidade afetada
12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5%
Elaboração e distribuição de boletim
3.7 NOVO NORTE
informativo
7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14% 7,14%
3.8 Release para a imprensa NOVO NORTE

6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25% 6,25%
3.9 Elaboração de Relatórios NOVO NORTE

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.21. Programa de Comunicação Social
Página 344
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.21.13 BIBLIOGRAFIA

Resolução N° 4.119 de 30/08/2010 que aprova a Norma Técnica NT 01/2010 que


contém em seus anexos o Termo de Referência para a elaboração do
Programa de Comunicação Social.

MATTELART, Armand. Histórias da Teorias da Comunicação São Paulo, Editora


Loyola, 1999.

PINTO. VIRGÍLIO NOYA, Comunicação e cultura brasileira. 4ª ed. São Paulo:


Martins Fontes,1997.
GUARESCHI, PEDRINHO A. Mídia, educação e cidadania. 2ª ed. São Paulo:
Moderna, 1997.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.21. Programa de Comunicação Social
Página 345
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.22. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO


AMBIENTAL

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.22. Programa de Educação Ambiental
Página 346
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.22.1 APRESENTAÇÃO

O Programa de Educação Ambiental – PEA, da implantação da LT 230


kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério destinado aos
trabalhadores do Empreendimento e população da ADA e AID, terá uma
oportunidade para aprimorar a consciência ambiental da comunidade
envolvida, estimulando a construção do conhecimento de forma crítica,
tratando de conteúdos voltados ao meio ambiente, à educação sexual, à
prevenção às drogas e atividades educacionais e culturais com ênfase na
valorização histórica e arqueológica dos municípios de Barreiras e São
Desidério, considerando as diretrizes da lei 12.056/2011 que institui a Política
Estadual de Educação Ambiental e o PEA-BA.
Serão desenvolvidas ações que visem a sensibilização ambiental dos
trabalhadores e da comunidade, objetivando minimizar danos causados no
ambiente e a formação de cidadãos participativos e conscientes de suas
decisões.
A educação é o alicerce para o exercício da democracia, atua
possibilitando o respeito à pluralidade e diversidade cultural, o fortalecimento
da ação coletiva e organizada, a articulação dos aportes dos diferentes saberes
e fazeres, a compreensão da problemática ambiental em toda a sua
complexidade, e as relações dos seres humanos entre si e a natureza.

5.22.2. PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL (PEA)

Este programa foi elaborado em consonância com a Lei nº


12.056/2011, que institui a Política Estadual de Educação Ambiental, e o
Programa de Educação Ambiental do Estado da Bahia (PEA), elaborado pela
Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental do Estado da Bahia e
publicado em 2013 pela Secretaria do Meio Ambiente.
Uma das características importantes da educação ambiental é o fato de
ser uma forma abrangente de educação, que se propõe a atingir todos os
cidadãos das localidades em que é desenvolvida, por meio de processos
pedagógicos participantes e permanentes.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.22. Programa de Educação Ambiental
Página 347
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

O processo educativo deve ser estruturado no sentido de superar a


visão fragmentada da realidade através da construção e reconstrução do
conhecimento sobre ela.
O Programa de Educação Ambiental, então, para ser efetivo, deve
promover simultaneamente o desenvolvimento da qualidade ambiental. Deste
modo, a aprendizagem será ainda mais efetiva se as atividade estiverem
adaptadas às situações da vida real das localidades.
Nessa perspectiva ainda devem ser considerado os seguintes pontos:
- O meio ambiente deve ser considerado em sua totalidade, isto é, em seus
aspectos culturais e criados pelo homem (político, social, econômico, científico-
tecnológico, histórico-cultural, moral e estético);
- Sensibilizar e contribuir para o pensamento crítico frente às questões
ambientais;
- Analisar e debater sobre as principais questões ambientais, do ponto de vista
local, e regional, de modo que os participantes identifiquem-se nas condições
ambientais que os cercam;
- Concentrar-se nas condições ambientais atuais, tendo em conta também a
perspectiva histórica.
A Educação Ambiental pode ser formal e não-formal. A primeira é
entendida como a educação ambiental desenvolvida no âmbito dos currículos
das instituições de ensino públicas e privadas. E a segunda trata de ações e
práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões
ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio
ambiente.
Tomando como ponto de vista que a implantação da LT é uma
oportunidade para sensibilizar e estimular a consciência ambiental, este projeto
prevê atividades para os funcionários da obra e para a comunidade dos
municípios envolvidos. Assim, o PEA procurará conscientizar os trabalhadores
a respeito de assuntos relacionados a educação sexual, a prevenção do uso de
drogas, a valorização histórica e cultural dos municípios envolvidos e sobre a
preservação no meio ambiente e bem estar.
Ao mesmo, tempo, como estímulo aos munícipios, prevê-se a
realização de cursos de capacitação de professores do ensino público sobre

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.22. Programa de Educação Ambiental
Página 348
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

projetos de educação ambiental. Dessa forma, os professores e alunos atuarão


como multiplicadores, difundindo os preceitos da educação ambiental em meio
à população.

5.22.2.1 Inter-relação: Programa de Educação Ambiental X Programa de


Comunicação Social

O PEA e o PCS possuem uma característica própria de interação com


todos os outros programas por meio de ações educativas.
Na inter-relação entre os programas, pratica-se o conceito de
Educomunicação, ou seja, Comunicação para a Educação Ambiental, para
produzir, gerir e disponibilizar, de forma interativa e dinâmica, as informações
relativas à Educação Ambiental. Conforme Art. 21 da Lei 12.056/2011:

“Art. 21 – A Educomunicação Socioambiental é a inter-


relação da comunicação e da educação com a utilização
de práticas comprometidas com a ética da
sustentabilidade, através da construção participativa, da
democratização dos meios e processos de comunicação
e informação, da articulação entre setores e saberes, e
da difusão do conhecimento, promovendo o pleno
desenvolvimento da cidadania.”

Essa inter-relação objetiva de forma democrática uma divulgação


ampla dos diversos programas executados durante a instalação da linha de
transmissão, em uma linguagem acessível para todos os trabalhadores e para
a população envolvida, de forma a garantir um linha de comunicação estreita e
contínua entre as ações que estarão ocorrendo durante as obras e a
sociedade.

5.22.3. JUSTIFICATIVA

A implantação da LT poderá promover, em graus variáveis, a


alteração da realidade física, biológica, socioeconômica e culturais da sua área
de influência. Dessa forma, o Programa de Educação Ambiental foi previsto

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.22. Programa de Educação Ambiental
Página 349
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

como parte das medidas de controle e mitigação dos possíveis impactos


associados.
O programa deve proporcionar condições para produção e aquisição
de conhecimentos e habilidades, bem como, para o desenvolvimento de
atitudes visando à participação individual e coletiva na gestão do uso dos
recursos ambientais, e na concepção e aplicação das decisões que afetam a
qualidade dos meios físico, biótico, socioeconômico e cultural da comunidade
envolvida.

5.22.4 OBJETIVOS

5.22.4.1. Objetivo Geral

O PEA aqui proposto tem por objetivos gerais: informar, sensibilizar e


desenvolver o espírito crítico dos atores, em geral, a respeito da sua relação
com o meio ambiente, buscando a compreensão da interdependência entre os
seus diversos componentes e da possibilidade de uso sustentável dos recursos
naturais. Além disso abordar assuntos, junto aos trabalhadores e população da
AID e ADA, relacionados a educação sexual, prevenção às drogas e atividades
educacionais e culturais com ênfase na valorização histórica e arqueológica da
região, considerando as diretrizes estabelecidas na lei 12.056/2011.

5.22.4.2. Objetivos Específicos

Definidos como:
- Difundir conhecimentos específicos, instrumentalizando os trabalhadores e
população local para uma atuação socioambiental mais incisiva e participativa;
- Mobilizar e orientar os trabalhadores envolvidos na construção e operação do
empreendimento, sobre as medidas de proteção ambiental, como também
sobre condutas adequadas de relacionamento com a comunidade;
- Apresentar as medidas a serem adotadas para minimizar as interferências do
empreendimento com o meio ambiente;

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.22. Programa de Educação Ambiental
Página 350
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Capacitar educadores da rede pública de ensino como agentes


multiplicadores de educação ambiental para difusão de informações,
sensibilização e mobilização social, planejamento e execução de ações
socioambientais em suas unidades educacionais;
- Produzir e editar material educativo, destinados à população e aos
trabalhadores com a finalidade de instrumentalizar educadores e formadores
de opinião para apoiar o processo de sensibilização acerca da importância de
se conservar e/ou recuperar o meio ambiente.

5.22.5. PÚBLICO ALVO

Compõem o público alvo deste PEA:


- População da área de influência direta– AID e área diretamente afetada -
ADA,
- Público interno, para os trabalhadores do empreendimento.

5.22.6. METODOLOGIA

Ações de Educação Ambiental


As ações do Programa se destinarão aos trabalhadores do
empreendimento e a população local da área de influência do empreendimento.
Será dado especial destaque aos trabalhadores, abordando assuntos ligados a
educação sexual e ás drogas. Tal como aos estudantes e professores, jovens e
adultos, pressupondo que a escola é espaço para engajamento e multiplicação
de experiências promovidas pela Educação Ambiental.

Mapeamento das Escolas da Área de Influência


Essa ação deverá ser desenvolvida por meio de contatos com as
Prefeituras Municipais e Secretarias de Educação, bem como por meio de
visitas de campo, a fim de promover um levantamento de todas as escolas
municipais e estaduais da localidade onde se realizarão os eventos.
Esse mapeamento se faz necessário para se alcançar plenamente toda
a comunidade atendendo assim o objetivo de difundir conhecimentos

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.22. Programa de Educação Ambiental
Página 351
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

específicos, instrumentalizando a população local para uma atuação


socioambiental mais incisiva e participativa, bem como de promover a
integração entre a comunidade local e o Empreendedor.

Desenvolvimento de Cartilha
A equipe do PEA elaborará cartilha tratando da realidade ambiental
local e regional, que serão trabalhadas com os trabalhadores do
empreendimento e com a população afetada.
Esse material trará conteúdo participativo ligados a assuntos do
cotidiano como saúde e bem estar, educação sexual, drogas, e aspectos
culturais e arqueológicos dos municípios envolvidos. Estes temas serão
tratados na forma de palestras, oficinas, debates, etc.
Ademais, as cartilhas poderão ser ainda fornecidas para todas as
instituições locais relacionadas à questão ambiental.

Palestras, oficinas e debates


Esses eventos terão periodicidade trimestrais e em datas que se
julgarem adequadas, e serão ministrados por um representante do PEA, com o
objetivo de fomentar conhecimento e promover transformações
socioambientais com atividades junto aos alunos.
No final do evento, recomenda-se aplicação de uma avaliação de
satisfação e críticas, além de sugestões de outros eventos. Os eventos serão
realizados em todas as escolas da AID.
Apresenta-se a seguir, sugestões preliminares de conteúdo a serem
abordados:
- O Funcionamento e o Impacto do Empreendimento
- Educação Sexual;
- Prevenção às drogas;
- Valorização histórica e arqueológica dos municípios de Barreiras e São
Desidério;
- Sustentabilidade e Meio Ambiente;
- Conservação da Fauna e Flora da região;
- Animais Peçonhentos: Cuidados e Primeiros socorros

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.22. Programa de Educação Ambiental
Página 352
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Uso racional da água;


- Resíduos sólidos: Lixo e reciclagem;
- Queimada, caça e pesca e a Lei de Crimes ambientais;

Métodos para Operacionalização do Programa


Preconizar uma metodologia participativa. Este programa deve
considerar os interesses, expectativas e prioridades emitidas pelos diferentes
públicos no planejamento das atividades, realizando ações que garantam os
seguinte pontos:
- Linguagem acessível e aprendizado permanente
- Participação efetiva das partes interessadas relevantes na concepção e
implementação do programa para garantir sua sustentabilidade.
- Monitoramento e avaliação sistemática das ações;
- Maximização do uso de recursos locais;

EAT – Educação Ambiental para os Trabalhadores


Serão ministradas palestras e dinâmicas sobre temas citados
anteriormente, além de temas como segurança do trabalho e saúde para os
funcionários da LT.
Durante o desenvolvimento da obra podem ser desenvolvidos outros
temas que se julgar importantes.
Os encontros acontecerão antes do início do expediente de trabalho,
através de apresentações com no máximo 15 minutos de duração, sempre com
um tema diferente.
A frequência da atividade será quadrimestral, tendo início após a
instalação do canteiro de obras. O empreendedor deve buscar a participação
de profissionais dos municípios da Área de Influência para ministrarem as
palestras, além dos componentes da equipe do PEA.

5.22.7. METAS

As metas do Programa de Educação Ambiental (PEA) são


apresentadas no quadro a seguir:

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.22. Programa de Educação Ambiental
Página 353
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Quadro 25: Metas do PEA

METAS
Consolidação das ações do PEA
Realizar ações de educação ambiental nas escolas das AID e entre os funcionários
da obra
Ações sistemáticas de educação ambiental, valorizando a história e cultura local

5.22.8. ATIVIDADES/AÇÕES

As atividades/ações do Programa de Educação Ambiental (PEA) são


apresentadas no quadro a seguir:

Quadro 26: Atividades/Ações do PEA


ATIVIDADES/AÇÕES
Capacitar a equipe técnica do PEA
Mapear as escolas municipais e estaduais da AID da LT
Ministrar cursos de capacitação para os professores
Produzir e distribuir materiais educativos
Ministrar palestras, debates e oficinas nas escolas públicas
Ministrar palestras e dinâmicas para os trabalhadores da obra

5.22.9. MATERIAL DE APOIO

Para a implementação do PEA, será necessário:

Quadro 27: Material de apoio do PEA


ATIVIDADE RECURSO ESPECIFICAÇÕES
Elaboração de Cartilhas Equipe Técnica Material de divulgação

Oficinas e Debates Equipe Técnica; Carro; Capacitação da


Cartilha; Questionário; comunidade; Formação de
Datashow, DVD, multiplicadores.
Computador, Câmera
Fotográfica, Material
específico para recreação.

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5.22. Programa de Educação Ambiental
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.22.10. AVALIAÇÃO

Para avaliar o Programa de Educação Ambiental, bem como orientar


possíveis adequações propõe-se um monitoramento permanente das ações
desenvolvidas, tornando possível apontar a eficácia das ações por meio de:
- Reuniões periódicas com a equipe de responsável;
- Aplicação de uma avaliação de satisfação e críticas nas oficinas realizadas.
Esse monitoramento deverá avaliar as atividades, possibilitando
conhecer a eficácia das ações de educação ambiental implementadas. E dessa
forma, mensurar as ações com melhor aceitação e/ou rejeição desenvolvidas,
bem como sugestões.
O PEA, juntamente com o Programa de Comunicação Social, informará
aos proprietários rurais afetados sobre os procedimentos/medidas de
segurança durante as obras e operação do empreendimento.
Produtos: elaborados como suporte às ações de educação ambiental.
Relatórios: relatórios de atividade mensais e quadrimestrais escritos e
fotográficos das ações desenvolvidas no âmbito do PEA contendo em anexos
atas, documentos e outras evidências.

5.22.11. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

A Constituição Federal de 1988 no artigo 225 diz:

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente


ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
(...)
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis
de ensino e a conscientização pública para a
preservação do meio ambiente;

Neste contexto, o conceito de educação ambiental se encontra


presente, constituindo um interesse do Poder Público a conscientização a

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.22. Programa de Educação Ambiental
Página 355
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

preservação ambiental em todos os níveis de ensino, tendo em vista a


formação de cidadãos cientes das suas escolhas. No mesmo sentido a Lei
6938/81 da Política Nacional do Meio Ambiente, preconiza a educação
ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade,
objetivando a sua participação na preservação do meio ambiente.

Art 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por


objetivo a preservação, melhoria e recuperação da
qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar,
no País, condições ao desenvolvimento sócio-
econômico, aos interesses da segurança nacional e à
proteção da dignidade da vida humana, atendidos os
seguintes princípios:
(...)
X - educação ambiental a todos os níveis de ensino,
inclusive a educação da comunidade, objetivando
capacitá-la para participação ativa na defesa do meio
ambiente.

Segundo a Lei 9795/99 que institui a Política Nacional de Educação


Ambiental, entende-se por educação ambiental os processos por meio dos
quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente. Dessa forma, a educação ambiental não fica presa apenas ao ensino
formal, no currículo escolar, mas também abrange o ensino informal, atingindo
os diversos atores sociais. Entende-se também que os assuntos relacionados
na educação ambiental não sejam apenas voltados para a natureza, fauna e
flora, mas também a assuntos relacionados com a convivência do homem em
sociedade e sua inter-relação com o meio.

Art. 1 Entendem-se por educação ambiental os


processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.22. Programa de Educação Ambiental
Página 356
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

(...)
Art. 13. Entendem-se por educação ambiental não-formal
as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização
da coletividade sobre as questões ambientais e à sua
organização e participação na defesa da qualidade do
meio ambiente.

A Lei 12.056/2011 institui a Política Estadual de Educação Ambiental


da Bahia, baseada na Lei de 9795/99. Conforme o texto da lei:

Art. 2º- Para os fins previstos nessa Lei, entende-se por


Educação Ambiental o conjunto de processos
permanentes e continuados de formação individual e
coletiva para a sensibilização, reflexão e construção de
valores, saberes, conhecimentos, atitudes e hábitos,
visando uma relação sustentável da sociedade humana
com o ambiente que integra.

O respeito ao pluralismo de ideias, a ênfase a ética, ao compromisso


individual e coletivo com o bem comum, são princípios expressos nessa lei,
objetivando o incentivo da participação da comunidade como um todo em prol
de um ambiente equilibrado e uma melhor qualidade de vida.
Dessa forma, a Educação Ambiental é um importante instrumento na
construção de uma sociedade ativa e participativa, que saiba valorizar as inter-
relações com o meio ambiente cuidando da sua preservação. A comunidade
local e os trabalhadores envolvidos nas obras da LT, terão acesso à Educação
Ambiental por meio deste programa, adquirindo saberes sobre assuntos do
cotidiano, que irão lhes proporcionar um entendimento sobre a riqueza do
nosso meio ambiente e sobre a vida, conforme exposto na legislação.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.22. Programa de Educação Ambiental
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.22.12. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Mobilização e Instalação do Canteiro
2.1 SAETOWERS . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL


50% 50%
3.1 Capacitação da equipe técnica do PEA NOVO NORTE
50% 50%
Mapeamento das escolas municipais e
3.2 NOVO NORTE
estaduais da AID da LT
50% 50%
Seleção das escolas e escolha dos
3.3 NOVO NORTE
professores para serem capacitados
5,9% 5,9% 5,9% 5,9% 5,9% 5,9% 5,9% 5,9% 5,9% 5,9% 5,9% 5,9% 5,9% 5,9% 5,9% 5,9% 5,9%
Produção e distribuição de Material Educativo
3.4 NOVO NORTE
(cartilhas, cartazes e panfletos)
20% 20% 20% 20% 20%
Palestras, oficinas e debates nas escolas e
3.5 NOVO NORTE
para comunidade em geral
20% 20% 20% 20% 20%
Palestras educativas para os trabalhadores
3.6 NOVO NORTE
da obra
6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7% 6,7%
3.7 Produção de Relatórios Mensais NOVO NORTE
25% 25% 25% 25%
3.8 Produção de Relatórios Quadrimestrais NOVO NORTE

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.22. Programa de Educação Ambiental
Página 358
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.22.13 BIBLIOGRAFIA

BRASIL, Governo Federal. Lei de educação ambiental. Lei nº 9795/99.


Brasília: 1999

BRASIL, Governo Federal. Política Nacional do Meio Ambiente. Lei nº


6938/81. Brasilia. 1981.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 17. ed. atual.


ampl. São Paulo: Saraiva, 1997.

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA. Política Estadual de Educação


Ambiental. Lei 12056/2011. Salvador, Bahia. 2012

LANFREDI, Geraldo Ferreira. Política ambiental: Busca da efetividade de


seus instrumentos. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.

PEREIRA, P. H. Santana, TERZI, A.M. Aspectos gerais da lei de educação


ambiental e a problemática da transversalidade em sua aplicação nas
escolas. Revista Âmbito Jurídico. Disponível em <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index. php?artigo_id=7348&n_link=revista_artigos_leitura>
Acesso 14/04/2015.

TOALDO, Adriane Medianeira. A educação ambiental como instrumento


para a concretização do desenvolvimento sustentável. Revista Âmbito
Jurídico. Disponível em <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_
link=revista_artigos_leitura &artigo_id=9171> Acesso 14/04/2015.

LOUREIRO, Carlos Frederico Bernardo, LAYRARGUES, Philippe Pomier e


CASTRO, Ronaldo de Souza. Educação ambiental: repensando o espaço
da cidadania. Cortez Editora, São Paulo, 2002.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.22. Programa de Educação Ambiental
Página 359
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.23.PROGRAMA DE RESGATE,
MONITORAMENTO E EDUCAÇÃO
PATRIMONIAL

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.23. Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial
Página 360
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.23.1. APRESENTAÇÃO

Em referência a Portaria do IPHAN/Minc nº 007 de 01 de dezembro de


1988, o Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial, visa
minimizar e compensar os impactos negativos gerados pela instalação do
empreendimento sobre os bens de caráter patrimonial da região, além de
promover ações educativas com a finalidade de proporcionar uma discussão
ampla sobre a importância do patrimônio cultural.
No escopo de um projeto de prospecção, resgate e monitoramento
arqueológicos e programa de educação patrimonial estão previstas ações
como: coleta de material arqueológico, que possa contribuir para a
caracterização de horizontes de ocupação na área do empreendimento;
intervenções em subsuperfície, para a delimitação da estratificação existente
em áreas onde ocorreu a formação do registro arqueológico e resgate de
evidências culturais in situ; análises técnicas e/ou tecnológicas da cultura
material móvel coletada; acondicionamento das peças coletadas na instituição
de endosso responsável pela salvaguarda do material e, socialização do
conhecimento acerca do patrimônio cultural existente na área de abrangência
do empreendimento, conforme recomenda a legislação vigente.
Por outro lado, o programa de educação patrimonial cobrindo
diferentes localidades e diferentes contextos, tende a contribuir para as
comunidades abordadas na medida em que pode vir a proporcionar “soluções
inovadoras de reconhecimento e de salvaguarda do patrimônio cultural para
muitas populações” (PINHEIRO, 2010: 29). “A metodologia específica da
educação patrimonial pode ser aplicada a qualquer evidência material ou
manifestação da cultura” (HORTA, GRUNBERG & MONTEIRO, 1999: 5).
Trata-se, pois, de um processo que se pretende ativo, envolvendo crianças
e/ou adultos no(s) ato(s) de experimentar ou ter contato direto com os bens
culturais ou elementos representativos das mais diversas manifestações da
cultura.
Assim, a educação patrimonial “envolve o desenvolvimento de
atividades lúdicas e de ampliação do conhecimento sobre o passado e sobre
as relações que a sociedade estabelece com ele: como é preservado, o que é

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.23. Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial
Página 361
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

preservado e por quem é preservado” (BITTENCOURT, 2004: 277 – Grifo da


autora).
O planejamento e a execução deste programa deverão ser compatíveis
com o cronograma de obras, de maneira a não prejudicar o desenvolvimento
normal das pesquisas e das obras.

5.23.2. PROGRAMA DE RESGATE, MONITORAMENTO E EDUCAÇÃO


PATRIMONIAL

Seguindo os padrões e as normas da Portaria do IPHAN 230/02, os


trabalhos de arqueologia no processo de licenciamento ambiental, prevê três
etapas acrescidas da Educação Patrimonial:
- Diagnóstico e avaliação de impactos;
- Prospecção Arqueologia Intensiva;
- Execução do Programa;
- Educação Patrimonial.
A proposta para as ações de Resgate, Monitoramento e Educação
Patrimonial no presente programa está subsidiada pelas implantações de
medidas mitigatórias quando as obras de engenharia forem iniciadas
ameaçando a integridade de sítios arqueológicos, e propor discussões e
reflexões sobre o tema, encampadas por pesquisadores das universidades
brasileiras e de órgãos públicos.
O fluxo de etapas do programa será:
- análise dos dados referentes aos sítios arqueológicos e dos vestígios já
documentados na área, no EMI;
- Resgate do material arqueológico encontrado na área de influência da Linha
de transmissão;
- monitoramento do patrimônio arqueológico durante atividades de impacto em
solo, subsolo e afloramentos rochosos relacionados à construção da obra;
- escavações dos sítios arqueológicos mais importantes;
- documentação dos sítios importantes na área de influência;
- atividades de educação patrimonial

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.23. Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial
Página 362
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

As diretrizes apresentadas deverão ser aprovadas pelo IPHAN,


obedecerão a legislação vigente e pertinente, tanto federal como estadual.

5.23.2.1. CONTEXTUALIZAÇÃO E HISTÓRIA DOS MUNICÍPIOS DE BARREIRAS E


SÃO DESIDÉRIO

Na contextualização histórica dos municípios de Barreiras e São


Desidério, conta com a presença do homem no período da “pré-história”. No
cadastro no IPHAN sabe-se de quatro sítios na região, estes estão localizados
em grutas e cavernas, que a natureza preservou.
Em Barreiras nos anos 90 iniciou-se uma pesquisa arqueológica no
município e outras cidades, com uma equipe de estudiosos do Museu Nacional
do Rio de Janeiro. Urnas funerárias, com esqueletos, armas e objetos de pedra
lascada e polida, são achados importantes, expostos no Museu Municipal de
Barreiras.
Ao surgir como povoado, ao redor do seu porto, a atual cidade de
Barreiras, recebeu o nome de São João, em homenagem ao seu padroeiro. No
entanto, como o local já era chamado de "Porto das Barreiras", por ser o último
porto navegável do Rio Grande, o povoado passou a ser chamado de São João
das Barreiras, até que por ocasião da sua emancipação política foi abreviado
para Barreiras. A origem do município de Barreiras está relacionada à atividade
de pecuária extensiva, agricultura mercantil e ao comércio, através da
navegação do Rio Grande, maior afluente a margem esquerda do Rio São
Francisco.
Na década de 1880, a região era um povoado, que apresentava 20
casebres de taipa ou adobe. Contudo, a grande abundância, nas matas locais,
da mangabeira, de cuja seiva se fazia a borracha, foi fator definitivo de
crescimento e de uma nova atividade econômica, pela qual o pequeno povoado
pôde progredir mais rapidamente e obter, logo no ano seguinte, 1881, a criação
de sua freguesia. A partir de o então povoado de São João das Barreiras
recebeu um grande número de imigrantes vindos das regiões sul e sudeste do
do país, que chegaram impulsionados pelo extrativismo e exportação da
borracha da mangabeira, o que determinou um rápido crescimento econômico
do povoado. A agroindústria da cana-de-açúcar inicia, assim, os seus primeiros
Plano de Controle Ambiental (PCA)
5.23. Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial
Página 363
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

passos no século XIX. As fazendas já possuíam seus engenhos, suas rústicas


casas de farinha e rodas d’água para mover os moinhos de beneficiar o arroz e
o milho.
Após 10 anos de prosperidade o povoado passou a ser distrito de paz
do município de Angical, em virtude de Lei municipal de 20 de fevereiro de
1891. Em seguida foi elevado a categoria de vila, pela Lei estadual nº 237, de 6
de abril de 1891, que também criou o município respectivo, com território
desmembrado do de Angical. A vila e o Conselho Municipal começaram a
funcionar em 26 de maio de 1891, enquanto o "Fórum", em agosto do mesmo
ano. A sede municipal adquiriu foros de cidade pela Lei estadual nº 449, de 19
de maio de 1902, investindo-se nessa categoria em 15 de novembro desse
mesmo ano, quando já possuía mais de 630 casas e 2.500 habitantes. Em 15
de março de 1943 começou a operar uma agência do Banco do Brasil, o
primeiro banco da cidade.
No início do século XX, o progresso chega a Barreiras e deixa marcas
dessa época, nos imponentes casarões, que são verdadeiros monumentos
arquitetônicos, que em parte sobrevive até hoje. A agricultura e a pecuária
continuavam a se desenvolver nos mesmos moldes, mas já se cultivava o
algodão e a mamona, que eram exportadas tanto de in natura, como
beneficiadas em descaroçadeiras e prensas para extrair o óleo. A navegação
era a única forma de transporte da região. A produção de algodão e mamona
crescia e era toda escoada pelo porto de Barreiras, determinando o progresso
do município.
Com a implantação da hidrelétrica, a segunda da Bahia, construída por
Dr. Geraldo Rocha, em 1928, Barreiras presenciou uma época de grande
prosperidade. A chegada da energia elétrica impulsionou as usinas
beneficiadoras de cereais e algodão, possibilitou a instalação de uma fábrica
de tecidos e fios de algodão e de um curtume industrial instalados pelo Cel.
Baylon Boaventura.
Nesta mesma época, Dr. Geraldo Rocha, havia fundado a empresa
Cia. Sertaneja e, através dela, muito realizou para o progresso de Barreiras. Na
década de 1930, Dr. Geraldo Rocha, constrói um grande Frigorífico Industrial
que produzia e exportava charque, paio, salame e salsicha.

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5.23. Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial
Página 364
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Outro aspecto importante do município de Barreiras, que contribuiu


para o seu desenvolvimento econômico refere-se a localização geográfica, pois
está situada no centro do Brasil, com um rio navegável que fazia a sua ligação
com Juazeiro, onde havia trem de ferro para Salvador. Isso possibilitou a
escolha de Barreiras para sediar um aeroporto que serviria de ponto de apoio
ao desenvolvimento da aviação no Brasil, devido à possibilidade de trazer-se
para aqui o combustível necessário ao abastecimento dos aviões. Iniciou-se a
construção do aeroporto em 1937, e em 1940, com a inauguração do novo
aeroporto, a viagem Miami- Rio de Janeiro foi reduzida de 5 para 3 dias. Logo a
seguir veio a 2ª Guerra Mundial, quando o aeroporto se tornou base aérea
americana, para os aviões que iam bombardear a África. Ao fim da guerra, em
1945, passou a ser o ponto de apoio para a aviação civil, com vôos de todo o
Brasil, que aqui se abasteciam.
A história do município de São Desidério está diretamente ligada ao
contexto histórico do município de Barreiras, tendo em vista que eles só foram
desmembrados na década de 1960. São Desidério tem esse nome em
homenagem ao antigo proprietário da área, Desidério Francisco de Souza, que
usava o local para realizar festas, celebrações e encontros entre os habitantes
dos arredores. Dessa forma, muitas pessoas passaram a frequentar o lugar e
formaram um povoado, que se emancipou em 1962, conforme já citado
anteriormente. São Desidério é uma pequena cidade localizada no oeste da
Bahia. A colonização da região data da segunda metade do século XIX,
quando da aquisição da fazenda que propiciou o surgimento do núcleo
habitacional por Desidério José de Souza, foi o responsável por influenciar a
criação do povoado A
De acordo com a tradição oral, nesta fazenda, as festas religiosas
tinham a finalidade de realizarem casamentos e batizados. Provavelmente o Sr.
Desidério solicitava um padre na Missão do Aricobé ou em Campo Largo,
oferecendo, assim, uma missa com batizados e casamentos aos habitantes da
vizinhança e sob sua proteção começam a estabelecer as primeiras
habitações.
Um grande impulso foi dado com o desmembramento de vários
Municípios da Região Oeste; em janeiro de 1891, Angical se emancipou de

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5.23. Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial
Página 365
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Campo Largo, elevando o território até as fronteiras do Goiás onde estava


incluído São Desidério.
Em 26 de maio de 1891 Barreiras se emancipou de Angical ficando
São Desidério em seu território. Em 10 de abril de 1895, através do ato do
Governador da Bahia, Dr. Joaquim Manoel Rodrigues, foi elevado à condição
de Distrito de Barreiras. E a década de 1960, caracterizada por um grande
movimento de emancipação política, São Desidério conquista independência
em relação a Barreiras, com a emancipação, São Desidério ficou com um
imenso território totalizando 14.819 Km² limitando-se com os Estados de Goiás,
de Tocantins e com as cidades de Barreiras, Baianópolis, Santa Maria da
Vitória, Catolândia, com uma população de aproximadamente 19.006
habitantes.
Até a década de 1980 o Município tinha como principal atividade
econômica a agricultura de subsistência, onde pouco de produzia e seu
comércio praticamente inexistia. Vencidas as dificuldades iniciais, inclusive a
falta de energia elétrica, o Município ganha impulso a partir de 1985, graças à
chegada dos gaúchos, que muito contribuiu para o desenvolvimento agrícola
através da mecanização da diversidade da cultura de alimentos, e atualmente é
considerado o maior produtor de grãos do Norte/Nordeste.

5.23.2.2. CONTEXTUALIZAÇÃO DOS SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS E DAS


OCORRÊNCIAS EXISTENTES NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO
EMPREENDIMENTO

O Diagnóstico Arqueológico Interventivo (FERREIRA, 2015) realizado


ao longo do traçado da linha de transmissão objeto deste projeto identificou,
em sua pesquisa de campo um total de 4 sítios arqueológicos e 4 ocorrências
arqueológicas, essas últimas as quais durante o aprofundamento da presente
pesquisa poderão ou não ser caracterizadas enquanto sítios arqueológicos.
No computo dos sítios arqueológicos existentes ao longo das áreas de
influência do empreendimento, incluem-se ainda 2 sítios arqueológicos
cadastrados durante a realização de uma pesquisa sobre a região cárstica de
São Desidério, executada por pesquisadores ligados a diferentes instituições

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.23. Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial
Página 366
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

(LOBO et al, 2013) e cuja descrição dos sítios encontra-se também no relatório
de Ferreira (2015).
Tomando por base os dados coligidos durante o projeto anteriormente
referido e, levando-se em consideração o traçado da linha de transmissão, que
consta no Anexo 4.1 deste projeto, existem, de acordo com a área de influência
do empreendimento, os sítios e/ou ocorrências arqueológicas constantes na
tabela abaixo. Tais sítios e ocorrências, levando-se em consideração a sua
inserção nas áreas de influência da linha de transmissão, conforme estipulação
do tamanho das áreas constantes no relatório do diagnóstico arqueológico
interventivo (FERREIRA, 2015), serão resgatados, no caso dos sítios
arqueológicos, ou sofrerá uma aprofundamento nos estudos, quando tratar-se
das ocorrências identificadas na fase de pesquisa anterior, uma vez que este
projeto destina-se também à prospecção.

Tabela 2: Sítios e ocorrências na área da LT 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II -


Barreiras/São Desidério
Área Diretamente Afetada (ADA)
Sítio ou ocorrência Localização (UTM – Zona 23L)
Rio Grande 01 E 487.991/S 8.616.908
Área de influência Direta (AID)
Sítio ou ocorrência Localização (UTM – Zona 23L)
Rio da Boa Sorte 01 E 514.006/S 8.654.747
Rio da Boa Sorte 02 E 511.589/S 8.650.400
Serra do Mimo 01 E 504.858/S 8.656.303
Sítio 01 E 503.250/S 8.632.750
Sítio 02 E 503.500/S 8.633.000
Ocorrência 01 E 503.992/S 8.657.099
Ocorrência 02 E 467.047/S 8.591.552
Ocorrência 03 E 504.247/S 8.635.361
Ocorrência 04 E 490.177/S 8.619.597

Tabela 3: Sítios arqueológicos cadastrados no CNSA/IPHAN na área de influência da linha de


transmissão
Município Sítio Arqueológico Características
Barreiras BA 34 Sítio arqueológico contendo urnas

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5.23. Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial
Página 367
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Município Sítio Arqueológico Características


funerárias, em solo argiloso, com 150 m².
O nome de cadastro é Barreiras.
Sítio arqueológico apresentando
Barreiras BA 35 fragmentos cerâmicos e relacionado a
existência de um cemitério. O nome de
cadastro é Riachinho.
Sítio arqueológico do tipo aldeamento,
Barreiras BA 230 com materiais líticos e cerâmicos, com
700 metros de comprimento. O nome é
de cadastro é Serra do Mimo.
Sítio arqueológico com arte rupestre,
Barreiras BA 251 especificamente gravuras. O nome de
cadastro é Toca do Caboclo.
Sítio arqueológico com material lítico
Barreiras BA 670 lascado, particularmente lascas e um
núcleo, apresentado 45 m² de área. O
nome de cadastro é Barreiras II
Sítio arqueológico 410 m², apresentado
estilhas e lascas bifaciais com retoque,
Barreiras BA 717 cuja matéria prima é o arenito silicificado
e está a cerca de 2 metros do "rio de
Ondas". O nome de cadastro é Barreiras
I.
Sítio arqueológico com arte rupestre,
especificamente pinturas nas cores
São Desidério BA 227 vermelho e amarelo, apresentando
motivos geométricos, antropomorfos e
astronômicos. O nome de cadastro é
Gruta das Pedras Brilhantes.

5.23.3. JUSTIFICATIVA

O programa insere-se na política de Estado de restauração e


conservação de bens edificados, surgida com a criação do IPHAN, em 1937, e
ampliada, em períodos posteriores, para abarcar outras representações
culturais tanto de natureza material como imaterial.
A partir do EMI constatou-se a presença de sítios arqueológicos na
área de influência da LT 230kV SE Barreiras II/ SE Rio Grande II –
Barreiras/São Desidério. Consequentemente, atividades relacionadas à
estudos patrimoniais e arqueológicos faz-se necessário, para a obtenção de
conhecimento espacial/cultural/cronológica sobre a ocupação da região.

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5.23. Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial
Página 368
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.23.4. OBJETIVOS

5.23.4.1. Objetivo Geral

Realização do Programa Básico Ambiental de arqueologia, através da


execução de trabalhos de prospecção, resgate e monitoramento arqueológicos
na área de influência da LT 230 KV, da Subestação Barreiras II até a
Subestação Rio Grande II, e, desenvolver o programa de educação
patrimonial/arqueologia pública, em áreas dos municípios de Barreiras e São
Desidério, estado da Bahia.
Utilizar a educação patrimonial como forma de levar os indivíduos a
refletir sobre eles mesmos e acerca do patrimonial cultural no seu entorno,
como forma de reconhecer e respeitar a diversidade cultural presente em sua
vida e na de outras pessoas, sejam elas da mesma localidade ou não.

5.23.4.2. Objetivos Específicos

- Executar levantamentos bibliográficos, de fontes e de campo, tendo em vista


a delimitação e resgate de bens arqueológicos ao longo do traçado proposto
para o empreendimento;
- Executar procedimentos intensivos e extensivos de prospecção capazes de
identificar e delimitar espacialmente e/ou em subsuperfície, os bens de
natureza arqueológica existentes na área de impacto do empreendimento;
- Desenvolver atividades de resgate arqueológico dos sítios cujos componentes
venham a ser afetados pela implantação do empreendimento, ou propor
medidas alternativas destinadas a preservação e/ou conservação desses bens,
quando necessário;
- Executar durante a implantação do empreendimento procedimentos de
monitoramento arqueológico, acompanhando a realização das obras, tendo em
vista a salvaguarda de bens arqueológicos por ventura existentes e não
identificados durante as atividades de prospecção arqueológica.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.23. Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial
Página 369
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Executar programa de educação patrimonial e/ou ações de arqueologia


pública tendo em vista proporcionar a formação de um conhecimento crítico
acerca do patrimônio cultural.

5.23.5. PÚBLICO ALVO

O presente Programa atende os seguintes públicos alvo:


- As comunidades dos municípios da Área de Influência, uma vez que o
objetivo maior do presente Programa é recuperar os diferentes cenários de
ocupação humana que se desenvolveram na área, ao longo do tempo, através
de práticas colaborativas de envolvimento e participação da comunidade.
- Trabalhadores da obra;
- Os órgãos licenciadores envolvidos, desenvolvendo as ações previstas e
atendendo a legislação vigente. Em especial, o Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional/IPHAN, responsável pela emissão de Portaria de pesquisa,
pelo acompanhamento e pela avaliação final deste Programa;
- A comunidade científica, uma vez que o desenvolvimento dos trabalhos
deverá trazer dados novos para os campos da Arqueologia, História, Ciência
Sociais e Humanas.

5.23.6. METODOLOGIA

Obtenção de licenças junto ao IPHAN e contato com universidades e museus


Deverá ser providenciada a solicitação de licença junto ao IPHAN para
as atividades de prospecções e resgate do patrimônio arqueológico. Também
deverão ser efetuados contatos com instituições de pesquisa, ensino e
museus, de modo a averiguar a possibilidade de interesse em recebimento de
exemplares para fins científicos, entre outros objetivos.

Resgate arqueológico
- Ocorrerá a execução de escavações em sítios relevantes e ampliação das
prospecções. O salvamento deve ocorrer em conjunto com as obras e prever a
realização de escavações exaustivas.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.23. Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial
Página 370
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Realização de trabalhos de laboratório e gabinete (limpeza, triagem, registro,


análise, interpretação, acondicionamento adequado do material coletado);
- Pesquisas científicas relativas ao acervo constituído durante a execução dos
presentes serviços;
- Divulgação dos trabalhos em periódicos científicos e/ou eventos acadêmicos,
bem como levados ao conhecimento da comunidade local.

Monitoramento arqueológico
- Monitoramento periódico das obras, visando identificar sítios arqueológicos
e/ou vestígios. Com a sua localização se dará a interrupção da intervenção civil
até a liberação do sítio e o resgate de evidências.

Educação Patrimonial
- Elaboração de materiais impressos e audiovisuais, com informações relativas
ao patrimônio arqueológico, na forma de publicação acessível ao público
escolar, seja em oficinas, palestras, seminários e exposições. Conforme
estabelecido pelo IPHAN, junto as comunidades locais e trabalhadores da obra;
- Elaboração de placas e painéis informativos.
A Educação Patrimonial será aplicada em vários âmbitos, desde
unidades escolares localizadas nas zonas urbana e rural até à associações de
moradores, ou núcleos residenciais, em áreas nos municípios envolvidos no
traçado da Linha de Transmissão, assim também para os trabalhadores ali
envolvidos.
A materialização das ações de educação patrimonial ocorrerá, entre
outros aspectos, da seguinte maneira:
- Observação: exercícios de percepção/ sensorial, por meio de perguntas,
manipulação de objetos, mediação, anotações, dedução, comparação, etc;
- Registro: desenhos, descrição verbal ou escrita, gráficos, fotografias,
maquetes, mapas e plantas baixas, modelagem, etc;
- Exploração: análise do problema, levantamento de hipóteses, discussão,
questionamento, avaliação, pesquisa em outras fontes, etc;

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5.23. Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial
Página 371
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- Apropriação: recriação, releitura, dramatização, interpretação em diferentes


meios de expressão, como a pintura, escultura, drama, dança, música, poesia,
texto, filme e vídeo, exposição.

5.23.7. METAS

As metas do Programa de Educação Patrimonial (PRMEP) são


apresentadas no quadro a seguir:

Quadro 28: Metas do PRMEP


METAS
Consolidação das ações do PRMEP
Execuçãor o Programa de Resgate e Monitoramento do Material arqueológico
Realizar as ações de educação patrimonial para os trabalhadores da obra e
comunidade local

5.23.8. ATIVIDADES/AÇÕES

As atividades/ações do Programa de Resgate, Monitoramento e


Educação Patrimonial (PRMEP) são apresentadas no quadro a seguir:

Quadro 29: Atividades e ações do PRMEP


ATIVIDADES/AÇÕES
Obtenção de licença para resgate de material arqueológico do IPHAN
Formalização de parcerias com instituições de pesquisa e museus
Resgate e Monitoramento de material arqueológico
Educação Patrimonial para a comunidade local e trabalhadores da obra

5.23.9. AVALIAÇÃO

Para avaliar o Programa de Resgate, Monitoramento e Educação


Patrimonial, bem como orientar possíveis adequações propõe-se um
monitoramento permanente das ações desenvolvidas, tornando possível avaliar
a eficácia das ações por meio de:

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.23. Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial
Página 372
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Reuniões periódicas com a equipe de responsável;


- Aplicação de uma avaliação de satisfação e críticas nas oficinas realizadas.
Esse monitoramento deverá avaliar as atividades, possibilitando
conhecer a eficácia das ações implementadas deste programa. E dessa forma,
mensurar as ações com melhor aceitação e/ou rejeição desenvolvidas, bem
como sugestões.
Produtos: elaborados como suporte às ações do programa.
Relatórios: relatórios de atividade bimestrais escritos e fotográficos das ações
desenvolvidas no âmbito do PRMEP contendo em anexos atas, documentos e
outras evidências.

5.23.10. FUNDAMENTOS LEGAIS

Este Programa atende a legislação brasileira no que se refere à


proteção ao patrimônio arqueológico, histórico e cultural, considerando:
Decreto-Lei n. 25, de 30/11/1937, que organiza a proteção do patrimônio
histórico e artístico nacional;
Lei n. 3.924, de 26/07/1961, que proíbe a destruição ou mutilação, para
qualquer fim, da totalidade ou parte das jazidas arqueológicas, o que é
considerado crime contra o patrimônio nacional;
Constituição Federal de 1988 (artigo 216), que define o patrimônio cultural
brasileiro, de natureza material e imaterial, garantindo sua guarda e proteção.
Por outro lado, este Programa considera também as diretrizes
normativas e operacionais fornecidas pelos seguintes instrumentos:
Resolução CONAMA 01/86, especificamente artigo 6, inciso I, alínea C, onde
são destacados os sítios e monumentos arqueológicos como elementos a
serem considerados nas diferentes fases de planejamento e implantação do
Empreendimento (LP, LI, LO);
Resoluções CONAMA 1986 e 1988, no que se refere à realização de estudos
de patrimônio arqueológico, histórico e cultural dentro de processos de
licenciamento ambiental;
Resolução CONAMA 07/97, que vem detalhar as atividades e produtos
esperados para cada uma das fases acima citadas;

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5.23. Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial
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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Portaria IPHAN/MinC 07, de 01.12.1988, que normatiza e regulamenta as


ações de intervenção junto ao patrimônio arqueológico nacional, bem como
define o acompanhamento e aprovação dos trabalhos;
Portaria IPHAN/MinC 230, de 17.12.2002, que define o escopo das pesquisas
a serem realizadas durante as diferentes fases de licenciamento de obra.

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5.23. Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial
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5.23.11. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO
MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Mobilização e Instalação do Canteiro
2.1 SAETOWERS . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20% 20% 20% 20% 20%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 PROGRAMA DE RESGATE, MONITORAMENTO E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL


33% 33% 34%
3.1 Obtenção de Licenças junto ao IPHAN NOVO NORTE
33% 33% 34%
Formalização de parcerias com instituições
3.2 NOVO NORTE
de pesquisas e museus
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
3.3 Resgate arqueológico NOVO NORTE
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
3.4 Monitoramento arqueológico NOVO NORTE
6.25% 6.25% 6.25% 6.25% 6.25% 6.25% 6.25% 6.25% 6.25% 6.25% 6.25% 6.25% 6.25% 6.25% 6.25% 6.25%
Elaboração de materiais impressos e
3.5 NOVO NORTE
audiovisuais para a educação patrimonial
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Realização de oficinas e palestras sobre
3.6 NOVO NORTE
educação patrimonial
20% 30% 50%
Produção de material científico sobre os
3.7 resultados obtidos durante a execução do NOVO NORTE
projeto
12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5% 12,5%
3.8 Emissão de Relatórios NOVO NORTE

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.23. Programa de Resgate, Monitoramento e Educação Patrimonial
Página 375
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

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5.24. PROGRAMA DE
MONITORAMENTO
PALEONTOLÓGICO

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.24. Programa de Monitoramento Paleontológico
Página 381
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.24.1. APRESENTAÇÃO

O Programa de Monitoramento Paleontológico visa a caracterização da


região por meio de sua composição fossilífera, preservando o patrimônio
natural, por meio de coleções osteológicas, presente na área de influência da
LT 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério (Anexo
5.24.1).

5.24.2. PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO, MONITORAMENTO E


SALVAMENTO PALEONTOLÓGICO

A implantação deste empreendimento seccionará os municípios de


Barreiras e São Desidério no estado da Bahia, impactando notadamente a
Formação Urucuia unidade geológica cretácica da Bacia Sanfranciscana.
Secundariamente, em menor distribuição, sequências proterozoicas do
embasamento cristalino representado pelas formações Riachão das Neves,
Serra da Mamona e São Desidério, além de depósitos cenozoicos.
De acordo com os estudos preliminares, existe um comprovado, porém
escasso, registro paleontológico descrito na bibliografia. Alguns registros
fósseis narrados em resumos e em históricos bibliográficos da base PALEO
(CPRM) também corroboram a presença de ocorrências fósseis nas litologias a
serem escavadas.
Por ser uma área pouco prospectada paleontologicamente, eventuais
jazimentos, porventura ainda não identificados, na Área de Influência Direta
(AID) da futura LT, mais especificamente nas bases de torres, poderão ser
interferidos. Assim, este programa tem como propósito a implementação de
ações que possibilitem a integral proteção a este patrimônio em consonância
ao que pressupõe a legislação em vigor proposta pelo DNPM.

5.24.3. JUSTIFICATIVA

O Brasil, por ser um dos países mais ricos em biodiversidade, passa a


ter posição de destaque no potencial de informações osteológicas da fauna

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.24. Programa de Monitoramento Paleontológico
Página 382
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

tropical (NUNES & PERÔNCIO 2008). Estudos paleontológicos são de


fundamental importância para o conhecimento da biodiversidade existente no
planeta em tempos passados (MEDEIROS 2003), portanto, os estudos nesta
área necessitam, dentre outras ferramentas, das inúmeras informações que
podem ser adquiridas por meio das coleções osteológicas, as quais são de
grande importância científica tanto em museus quanto em universidades (2).
Sendo assim, tais coleções têm, como principais objetivos armazenar,
preservar e ordenar o acervo de espécimes representando a diversidade
biológica de uma determinada área (SILVEIRA & OLIVEIRA 2008).
Como os fósseis são considerados bens da união, estes são protegidos
por leis federais, sendo assim considerado crime contra o patrimônio a sua
destruição. Estes fatos não só justificam como torna imprescindível a
implantação deste programa de Investigação, Monitoramento e Salvamento
Paleontológico.

5.24.4. OBJETIVOS

5.24.4.1. OBJETIVO GERAL

Impedir ou mesmo minimizar a destruição, extravio e a perda do


patrimônio paleontológico, promovendo o monitoramento sistêmico e
salvamento dos registros fósseis que, porventura, possam ser interferidos por
ocasião das obras construtivas em especial durante as escavações das torres.

5.24.4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Definição das torres a serem monitoradas durante a fase construtiva do


empreendimento;
- Acompanhamento das equipes de escavação nas bases de torres onde
ocorram unidades litoestratigráficas potencialmente fossilíferas, visando o
resgate dos espécimes fósseis que porventura possam aparecer;

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.24. Programa de Monitoramento Paleontológico
Página 383
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Promoção de cursos de capacitação técnica em paleontologia destinados as


equipes técnicas notadamente das frentes de escavação das empreiteiras e
responsáveis pela execução e fiscalização da obra;
- Realização de estudos e publicações científicas, caso ocorram achados
inéditos ou de notório interesse à paleontologia, que corroborem de forma
significativa na interpretação e entendimento dos aspectos evolutivos,
paleoambientais e geológico-climáticos ocorridos em território brasileiro;
- Promover a difusão do conhecimento e a popularização da Paleontologia,
através da exposição dos fósseis em mostras públicas de museus e centros de
pesquisas.

5.24.5. PÚBLICO-ALVO

O público-alvo deste Programa é em primeira instância o


empreendedor e as diversas empreiteiras e empresas vinculadas a execução
do empreendimento. No caso de serem identificados fósseis, o DNPM, o
INEMA e a instituição a ser selecionada para a curadoria, assim como toda a
comunidade acadêmica voltada a este tipo de estudos paleontológicos.

5.24.6. METODOLOGIA

5.24.6.1. FASE PRÉ - IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

5.24.6.1.1. ANÁLISE DE SONDAGENS

A fim de selecionar as torres que participarão do monitoramento


sistemático. Deverão ser executadas sondagens do tipo SPT (a cargo do
empreendedor) nas torres inseridas em áreas de alto potencial paleontológico
conforme o relatório de Avaliação das Potencialidades Paleontológicas. As
torres cujas fundações seccionarem rochas a profundidades inferiores a 4m
deverão ser selecionadas para a fase de monitoramento e salvamento.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.24. Programa de Monitoramento Paleontológico
Página 384
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Tabela 4: Torres em áreas de alto potencial paleontológico definidas durante a avaliação das
potencialidades paleontológicas
Unidade Potencial
Trecho Torre
Litoestratigráfica Paleontológico
Entroncamento - SE Rio 1/1 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Rio 1/2 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Rio 4/2 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Rio 18/3 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Rio 19/1 Formação São Alto
Grande II Desidério
Entroncamento - SE Rio 19/2 Formação São Alto
Grande II Desidério
Entroncamento - SE Rio 20/1 Formação São Alto
Grande II Desidério
Entroncamento - SE Rio 20/2 Formação São Alto
Grande II Desidério
Entroncamento - SE Rio 21/1 Formação São Alto
Grande II Desidério
Entroncamento - SE Rio 21/2 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Rio 22/1 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Rio 22/3 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Rio 23/1 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Rio 23/2 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Rio 24/1 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Rio 32/1 Grupo Urucuia Alto

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.24. Programa de Monitoramento Paleontológico
Página 385
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Unidade Potencial
Trecho Torre
Litoestratigráfica Paleontológico
Grande II
Entroncamento - SE Rio 32/2 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Rio 34/1 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Rio 34/2 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Rio 35/1 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Rio 39/1 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Rio 40/1 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Rio 40/2 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Rio 41/1 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Rio 42/2 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Rio 43/1 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Rio 44/1 Grupo Urucuia Alto
Grande II
Entroncamento - SE Barreiras 3/1 Grupo Urucuia Alto
Entroncamento - SE Barreiras 4/2 Grupo Urucuia Alto
Entroncamento - SE Barreiras 4/2 Grupo Urucuia Alto
II
Entroncamento - SE Barreiras 5/2 Grupo Urucuia Alto
II
Entroncamento - SE Barreiras 5/3 Grupo Urucuia Alto
II

5.24.6.2. FASE DE IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO


Plano de Controle Ambiental (PCA)
5.24. Programa de Monitoramento Paleontológico
Página 386
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.24.6.2.1. EDUCAÇÃO PATRIMONIAL - CURSOS DE TREINAMENTO E


CAPACITAÇÃO TÉCNICA EM PALEONTOLOGIA

Tal atividade objetiva ministrar mini-cursos de capacitação em


paleontologia (Figura 24), destinados prioritariamente aos funcionários das
empreiteiras que irão operar no canteiro de obras, notoriamente nas
escavações das bases de torres em áreas selecionadas como possuindo
médio potencial paleontológico (Tabela 5) de acordo com o relatório de
Avaliação das Potencialidades Paleontológicas. Os cursos serão teórico-
práticos e possibilitarão, na ausência da equipe de paleontologia, o
reconhecimento prévio de possíveis fósseis. Encarregados, fiscais e inspetores
ambientais devem participar destes módulos. Este curso será considerado pré-
requisito para as atividades de escavação nas torres de médio potencial
elencadas abaixo.
Detalhamentos e especificações referentes à esta atividade encontram-se
no respectivo Programa de Educação Patrimonial, o qual consta no Plano de
Controle Ambiental do presente empreendimento.

Figura 27: Exemplo de curso de capacitação em paleontologia - aula teórica

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.24. Programa de Monitoramento Paleontológico
Página 387
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Tabela 5: Torres em áreas de médio potencial paleontológico definidas durante a avaliação


das potencialidades paleontológicas.

Unidade Potencial
Trecho Torre
Litoestratigráfica Paleontológico
Entroncamento - SE Rio 2/1 Formação Serra da Médio
Grande II Mamona
Entroncamento - SE Rio 2/2 Formação Serra da Médio
Grande II Mamona
Entroncamento - SE Rio 3/1 Formação Serra da Médio
Grande II Mamona
Entroncamento - SE Rio 3/2 Formação Serra da Médio
Grande II Mamona
Entroncamento - SE Rio 3/3 Formação Serra da Médio
Grande II Mamona
Entroncamento - SE Rio 4/1 Formação Serra da Médio
Grande II Mamona
Entroncamento - SE Barreiras 5/1 Formação Serra da Médio
Mamona
Entroncamento - SE Barreiras 5/2 Formação Serra da Médio
Mamona
Entroncamento - SE Barreiras 6/1 Formação Serra da Médio
Mamona
Entroncamento - SE Barreiras 6/2 Formação Serra da Médio
Mamona
Entroncamento - SE Barreiras 7/1 Formação Serra da Médio
Mamona
Entroncamento - SE Barreiras 8/1 Formação Serra da Médio
Mamona
Entroncamento - SE Barreiras 5/1 Formação Serra da Médio
II Mamona

5.24.6.2.2. MONITORAMENTO, RESGATE E TRANSPORTE DE MATERIAL


PALEONTOLÓGICO

As intervenções realizadas na Área de Influência Direta do


empreendimento seguirão as seguintes diretrizes:
Plano de Controle Ambiental (PCA)
5.24. Programa de Monitoramento Paleontológico
Página 388
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Acompanhamento dos trabalhos de escavação (Figura 25) em torres


previamente selecionadas de acordo com seu potencial fossilífero e presença
de rochas a profundidade inferior a 4m. O acompanhamento será feito até a
escavação alcançar a profundidade pretendida ou atingir rocha afossilífera;
- Para a utilização de retro-escavadeira e escavadeira, o acompanhamento
será feito na margem de segurança de utilização do equipamento, com
observação direta da escavação e indireta do material retirado e disposto à
parte;
- No caso de localização de fósseis, os espécimes resgatados serão
acondicionados individualmente e separados por sua localização geográfica.
As partes fragmentadas serão reforçadas com resina ou cola de fácil remoção.
A rocha circundante será escavada para delinear a forma, tamanho, posição e
articulação das peças fósseis. Na sequência, será feita a coleta de forma
manual, se o material estiver bem consolidado, ou com uma proteção física
(gesso ou resina) para a retirada e transporte até o repositório final. Todas as
etapas terão completo registro fotográfico de todo processo de retirada do
material científico;
- Todo fóssil resgatado deverá ser identificado anotando-se: data, localização
com coordenadas UTM, litologia e unidade Litoestratigráfica;
- Os espécimes fósseis coletados deverão ser previamente bem
acondicionados para o transporte em caixas, de modo a não sofrer quaisquer
tipos de impacto e intempéries do meio externo, de acordo com a
especificidade inerente a cada um dos tipos de registro paleontológico.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.24. Programa de Monitoramento Paleontológico
Página 389
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Figura 28: Exemplo de acompanhamento paleontológico com achado de materiais fósseis.

5.24.6.3. FASE PÓS IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Esta fase compreende a elaboração e emissão de um relatório final


que abordará todas as atividades realizadas pelo programa até o momento.

5.24.7. METAS / ATIVIDADES / AÇÕES

Metas Atividades / Ações

Monitorar as escavações de todas as


torres selecionadas através de métodos Monitoramento e sondagem das
de sondagens determinantes para a escavações
seleção das estruturas que realmente
denotem potencial paleontológico.
Ministrar cursos para equipes de
escavação que atuarão diretamente nas Ministrar cursos
escavações das bases de torres
inseridas em áreas de médio potencial
paleontológico.
Resgate dos fósseis identificados
durante o monitoramento sistemático ou Resgatar o material fossilizado
achados fortuitos durante as escavações

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.24. Programa de Monitoramento Paleontológico
Página 390
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Metas Atividades / Ações

em áreas de médio potencial


paleontológico.
Transporte de todos os espécimes
resgatados para um centro de pesquisa Embalar e transportar todos os materiais
a ser apontado pelo DNPM ou INEMA. resgatados

Avaliação de dados complementares, a


fim de enriquecer os estudos Avaliar dados adicionais coletados
previamente realizados.
Delimitação das torres que efetivamente
deverão participar da etapade Identificar e delimitar as torres para o
Monitoramento e Salvamento monitoramento e salvamento
Paleontológico.
Aplicação de treinamentos e capacitação
técnica em paleontologia para os Aplicar treinamentos e capacitação
funcionários das empreiteiras técnica
responsáveis pelas escavações das
torres, permitindo o reconhecimento e
identificação prévia de possíveis fósseis
quando da ausência da equipe de
paleontologia.
Monitoramento e salvamento
paleontológicos nas áreas críticas de alto Monitorar e resgatar o material
potencial fossilífero. paleontológico encontrado

Todos os materiais resgatados deverão


ser transportados e depositados em uma Depositar, em instituições de pesquisa,
instituição de pesquisa paleontológica a todo o material resgatado
ser escolhida pelo DNPM.

5.24.8. AVALIAÇÃO

A avaliação do programa se dará através dos seguintes indicadores:

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.24. Programa de Monitoramento Paleontológico
Página 391
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

- Número de fundações selecionadas para o monitoramento a partir da


avaliação dos dados de sondagem;
- Número de fundações acompanhadas por profissional especializado;
- Número e tipologia de fósseis resgatados.

Relatório
Trata-se de um relatório final que consolidará todos os dados coletados
até esta fase. Este texto abordará todas as ações do Programa de
Monitoramento e Salvamento Paleontológico, o qual permitirá ao órgão
ambiental uma visão sistêmica dos trabalhos empreendidos.

5.24.9. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

A legislação brasileira que ampara juridicamente a preservação dos


jazigos fossilíferos é listada e resumidamente comentada a seguir.

Decreto-Lei 4.146, de 04 de março de 1942:


O art. 1o considera que “os depósitos fossilíferos são propriedade da
Nação, e, como tais, a extração de espécimes fósseis depende de
autorização prévia e fiscalização do Departamento Nacional da Produção
Mineral, do Ministério da Agricultura”;
Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988:
– O art. 20 determina: “são bens da União: - os que atualmente lhe
pertencem e os que lhe vieram a ser atribuídos; IX - os recursos minerais,
inclusive os do subsolo; X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios
arqueológicos e pré-históricos.” Pode-se, neste caso, considerar que os
jazigos fossilíferos são bens da União, pelo que está disposto nesse texto;
– O art. 126 estabelece que “Constituem patrimônio cultural brasileiro os
bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em
conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos
diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se
incluem:...

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.24. Programa de Monitoramento Paleontológico
Página 392
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico,


artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.”

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.24. Programa de Monitoramento Paleontológico
Página 393
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.24.10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO


CRONOGRAMA FÍSICO
ITEM DESCRIÇÃO RESPONSÁVEL MESES APÓS A EMISSÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
ASSINATURAS E LICENÇAS
LI
a Emissão de Licença de Instalação CLIENTE
1 ENGENHARIA
Topografia - Locação das torres no campo e
1.1 TOPOCART
PLDV

1.2 Sondagem e Resistividade SAETOWERS

2 CONSTRUÇÃO / MONTAGEM
7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1% 7,1%
Mobilização e Instalação do Canteiro
2.1 SAETOWERS . . . . . . . . . . . . 5 . . . . . . . .
Administração e Manutenção do Canteiro
15,0% 17,5% 17,5% 17,5% 17,5% 15,0%
2.2 Supressão de Vegetação SAETOWERS . . . . . .

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


2.3 Construção das Estradas de Acesso SAETOWERS . . . .

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


2.4 Escavação das Fundações SAETOWERS . . . .

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%


2.5 Fundações / Reaterro SAETOWERS . . . . . .

3 PROGRAMA DE MONITORAMENTO E SALVAMENTO PALEONTOLÓGICO


Definição das torres a serem monitoradas, 33,0% 34,0% 33,0%
3.1 com base na análise da sondagem, durante a NOVO NORTE
fase construtiva do empreendimento
Acompanhar as equipes de escavação nas 20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%
3.2 NOVO NORTE
bases de torres
Promover cursos de capacitação técnica em 16,66% 16,66% 16,66% 16,66% 16,66% 16,66%
3.3 NOVO NORTE
paleontologia para as equipes técnicas
20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%
Realizar o monitoramento e o resgate do
3.4 NOVO NORTE
material encontrado
16,66% 16,66% 16,66% 16,66% 16,66% 16,66%
Encaminhaminhamento do material coletado
3.5 NOVO NORTE
para instituições de pesquisa e coleções
Desenvolver estudos e fazer publicações 9,0% 9,1% 9,09% 9,09% 9,09% 9,09% 9,09% 9,09% 9,09% 9,09% 9,09%
3.6 científicas, caso ocorram achados inéditos ou NOVO NORTE
de notório interesse à paleontologia
Promover a difusão do conhecimento e a 9,0% 9,1% 9,09% 9,09% 9,09% 9,09% 9,09% 9,09% 9,09% 9,09% 9,09%
3.7 popularização da Paleontologia, através da NOVO NORTE
exposição dos fósseis em mostras públicas
Elaboração e emissão do Relatório 100,0%
3.8 NOVO NORTE
Consolidado

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.24. Programa de Monitoramento Paleontológico
Página 394
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.24.11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

______. LT 230kV Barreiras – Rio Grande II: Relatório de Avaliação das


Potencialidades Paleontológicas. Fevereiro 2015.

NUNES, P.V. & PERÔNCIO, C. (2003). Implantação e proposta de


informatização da coleção osteológica de referência do laboratório de
zoologia e anatomia comparada do Unileste MG. Disponível
em:http://www.unilestemg.br/revistaonline/volumes/02/downloads/artigo_19.pdf

MEDEIROS, J. D. (2003). A biotecnologia e as extinções das espécies.


Revista Biotecnologia Ciência e Desenvolvimento, 109-113p..

SILVEIRA, M.J. & OLIVEIRA, E.F. (2008). A importância das coleções


osteológicas para o estudo da biodiversidade. SaBios: Revista de Saúde e
Biologia, 3:(1), 1-4p..

Plano de Controle Ambiental (PCA)


5.24. Programa de Monitoramento Paleontológico
Página 395
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

ANEXOS

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos
Página 396
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Anexo 4.1. – Mapa da localização dos municípios afetados pelo


empreendimento, o traçado da linha de transmissão, as vias de acesso
existentes, a cobertura vegetal a ser suprimida no decorrer do trecho, a linha
de transmissão existente paralela à LT a ser construída e as Áreas de
Preservação Permanente.

Anexo 4.2. – Mapa com a escolha do traçado preferencial da linha de


transmissão 230 kV SE Barreiras II/ SE Rio Grande II – Barreiras/São
Desidério.

Anexo 5.17.1 – Mapa dos pontos de monitoramento de fauna

Anexo 5.18.1 – Pré-campanha de Fauna Silvestre

Anexo 5.18.2 – Carta de anuência para recebimento de material zoobotânico

Anexo 5.20.1 – Mapa da supressão da vegetação

Anexo 5.20.2. – Mapa com a localização das APPs e nascentes

Anexo 5.24.1 – Avaliação das Potencialidades Paleontológicas LT 230 kV


Barreiras II – Rio Grande II

Anexos – ART. Marcela Marques; Rafhael Mamede Camargo Dutra; Patrícia


Regina Alves Palermo; Sabine Garcia; Juliana Veronese.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos
Página 397
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Anexo 4.1. – Mapa da localização dos municípios afetados pelo empreendimento, o traçado da linha de transmissão, as vias de acesso existentes, a cobertura vegetal a ser suprimida no decorrer
do trecho, a linha de transmissão existente paralela à LT a ser construída e as Áreas de Preservação Permanente.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos
Página 398
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Anexo 4.2. – Mapa com a escolha do traçado preferencial da linha de transmissão 230 kV SE Barreiras II/ SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos
Página 399
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Anexo 5.17.1 – Mapa dos pontos de monitoramento de fauna

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos
Página 400
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Anexo 5.18.1 – Pré-campanha de Fauna Silvestre

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 401
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.18.1. PRÉ-CAMPANHA DE FAUNA SILVESTRE

5.18.1.1. INTRODUÇÃO
O Cerrado brasileiro está entre os biomas mais ameaçados do país,
devido, principalmente, pela degradação ambiental ocasionada por atividades
antrópicas como o cultivo de grãos e a criação de animais de corte.
Reconhecido mundialmente como um hospot, o Cerrado constitui áreas
prioritárias para conservação, uma vez que o bioma apresenta alta diversidade
de plantas e animais, inclusive inúmeros endemismo, além de estar sofrendo
uma rápida redução de sua área original total, que já chegou a ocupar dois
milhões de Km2 do território brasileiro (MACHADO et al., 2004).
Atualmente, o contexto de desenvolvimento do Brasil vem buscando a
sustentabilidade gradual de suas atividades e, ao mesmo tempo, busca atender
a crescente demanda energética dos mais variados setores da nossa
sociedade. Nas últimas décadas diversos empreendimentos energéticos foram
implantados por todo o país, desde grandes Usinas Hidrelétricas (UHE) até
Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) e Linhas de Transmissão (LT), os quais
acarretaram diversos impactos, de maior ou menor monta, tanto aos sistemas
físico-biótico, quanto aos sistemas socioeconômico e cultural nos locais e
regiões em que foram instaladas. Porém, consciente dessas questões e em
atenção à legislação ambiental, o setor elétrico vem procurando, nos últimos
anos, incorporar a dimensão socioambiental em seus planejamentos e ao longo
do processo de instalação e operação de seus empreendimentos.
Dentre o conjunto de processos impactantes ocasionados por grandes
obras, há de se destacar a atividade de supressão vegetal, que implica na
retirada local da vegetação nativa e consequente deslocamento compulsivo da
fauna e/ou retirada de indivíduos do local. Desta forma, é comum, desde a
década de 70 (ELETROBRÁS 1999), se proceder a ações de afugentamento,
resgate e aproveitamento científico da fauna, como forma de mitigar os efeitos
sobre ela. Além da implementação de atividades de monitoramento e inventário
faunístico, as quais buscam aumentar o conhecimento científico referente à
fauna local. Contudo, este tema, ainda polêmico, continua sendo amplamente
discutido, tanto entre pesquisadores quanto entre os profissionais do setor de
consultoria ambiental e geração de energia (RODRIGUES 2006).

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 402
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.18.1.2. JUSTIFICATIVA
A presente campanha de campo se fez necessária para o cumprimento
de condicionante apresentada pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos – INEMA, na Portaria n° 9463, para concessão de Licença de
Instalação (LI). A condicionante solicita uma campanha pré-instalação de fauna
e consta no item III, letra D da mesma Portaria. Este relatório será incluso
como Anexo no Programa de Afugentamento e Resgate da Fauna Silvestre.

5.18.1.2. OBJETIVO
A presente campanha teve como objetivo principal registrar e identificar
os animais encontrados nas estradas vicinais, federais e estaduais próximas ao
empreendimento, bem como caracterizar a fauna residente na Área de
Influência Direta (AID) da LT 230 kV SE Barreiras II / SE Rio Grande II –
Barreiras / São Desidério.

5.18.1.3. EVOLUÇÃO DAS ATIVIDADES E RESULTADOS


Entre os dias 17 e 21 de maio de 2015 foi realizada uma pré-campanha
de fauna na AID do presente empreendimento, a fim de caracterizar a fauna
local, bem como a composição florística dos locais percorridos (Figura 1 e 2).
Neste período o número de registros, por dia, variou entre 15 e 18, sendo que
no dia 20 de maio a amostragem de fauna ocorreu apenas no período da
manhã, o que explica o baixo número de registros (n= 2) (Figura 3).

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 403
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Figura 1: Equipe de campo Figura 2: Equipe de campo


realizando registros fotográficos da registrando informações da área.
área.

Figura 3: Gráfico indicando o número de registros por dia de amostragem.

O deslocamento foi realizado, em sua maioria, com veículo, a uma


velocidade média de 60 Km/h, nas rodovias, e 40 Km/h nas estradas vicinais. O
deslocamento a pé ocorreu nas proximidades das Áreas de Preservação
Permanente pré-estabelecidas.

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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Neste período de cinco dias foi percorrido uma média de 520 Km,
distribuídos entre estradas vicinais (Figura 4), estaduais e federais. Os registros
de fauna estão distribuídos ao longo de toda a área amostrada, incluindo a AID
e a ADA do empreendimento.

Figura 4: Estrada vicinal na Comunidade Taboa (coordenada 0515566


8653153).

Foram obtidos um total de 67 registros, distribuídos entre avistamentos


(n= 35), atropelamentos (n= 25), vocalizações (n= 3) e vestígios (n= 3). Além
disso, foi possível montar uma lista das espécies registradas, totalizando 33
espécies da fauna local.

Tabela1: Lista das espécies registradas ao longo dos acessos percorridos.


NÚMEROS DE
CLASSE FAMÍLIA ESPÉCIE NOME COMUM
REGISTROS
Reptilia Teiidae Ameiva ameiva ameiva lagarto 1
Reptilia Amphisbaenidae Amphisbaenia sp. cobra-de-duas-cabeças 2
Reptilia Dipsadidae Apostolepis ammodites serpente 1
Ave Rallidae Aramides cajaneus saracura 1
Ave Psittacidae Aratinga cactarum periquito-da-caatinga 1
Ave Strigidae Athene cunicularia coruja-buraqueira 2
Reptilia Boidae Boa constrictor jiboia 1
Mammalia Callitrichidae Callithrix penicillata sagui 3
Ave Falconidae Caracara plancus carcará 4
Reptilia Colubridae Chironius sp. serpente 1

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NÚMEROS DE
CLASSE FAMÍLIA ESPÉCIE NOME COMUM
REGISTROS
Ave Columbidae Columbina minuta pomba 2
Ave Columbidae Columbina picui rolinha 1
Ave Columbidae Columbina sp. pomba 2
Ave Cathartidae Coragyps atratus urubu 4
Ave Cuculidae Crotophaga ani anu-preto 4
Mammalia Didelphidae Didelphis albiventris gambá 4
Ave Tyrannidae Empidonomus varius peitica 1
Reptilia Boidae Epicrates crassus jiboia-arco-íris 1
Ave Psittacidae Eupsittula aurea periquito-rei 9
Ave Cuculidae Guira guira anu-branco 1
Ave Icteridae Icterus jamacaii corrupião 1
Amphibia Leptodactylidae Leptodactylus fuscus rã 1
Mammalia Canidae Lycalopex gymnocercus graxaim 1
Mammalia Cervidae Mazama gouazoubira veado 1
Mammalia Cervidae Mazama sp. veado 1
Ave Tyrannidae Pitangus sulphuratus bem-te-vi 1
Mammalia Procyonidae Procyon cancrivorus mão-pelada 1
Ave Rheidae Rhea americana ema 1
Ave Thraupidae Schistochlamys ruficapillus bico-de-veludo 1
Reptilia Tropiduridae Tropidurus hispidus calango 2
Ave Charadriidae Vanellus chilensis quero-quero 3
Reptilia Dipsadidae Xenodon merremii boipeva 1

Foi registrado apenas um representante da Classe Amphibia,


pertencente à espécie Leptodactylus fuscus (rã) (Figura 5), cujo a causa da
morte não pode ser determinada.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 406
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Figura 5: Leptodactylus fuscus


(coordenada 0498753 8653114).

Do total de registros, 64% (n= 44) correspondem apenas à Classe das


Aves, seguida pelas Classes Reptilia e Mammalia, com 18% (n= 12) e 17% (n=
11) dos registros, respectivamente. As espécies com maior número de registros
de avistamentos pertencem à Classe das Aves, são elas: periquito-rei
(Eupsittula aurea), carcará (Caracara plancus), urubu-da-cabeça-preta
(Coragyps atratus) e anu-preto (Crotophaga ani). As duas famílias taxonômicas
registradas com maior frequência no monitoramento de fauna atropelada
foram: Dipsadidae (serpentes) e Didelphidae (mamíferos marsupiais). Já para
os avistamentos, foram observados, com maior frequência, exemplares das
famílias: Psittacidae (n= 10), Columbidae (n= 4) e Cuculidae (n= 4), as três
pertencentes à Classe das Aves.
Observou-se três picos de registros distribuídos entre avistamentos,
atropelamentos, vestígios e vocalizações, ao longo do dia, durante o período
de amostragem (Figura 6). Em relação às vias de acesso, foi possível observar
um maior número de registros de atropelamento na rodovia federal (BR 242)
(Figura 7) enquanto que as rodovias estaduais apresentaram maior número de
registros de avistamento (Figura 8).

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 407
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Figura 6: Gráfico indicando os horário com maior número de registros de fauna.

Figura 7: Gráfico indicando a porcentagem de registros de fauna atropelada


nas diferentes vias de acesso.

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Anexos Página 408
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Figura 8: Gráfico indicando a porcentagem de registros de avistamento nas


diferentes vias de acesso.

Em relação aos vestígios, foram observadas duas marcas de pegada


(Figuras 9 e 10) e uma pele pertencente, provavelmente, à alguma espécie de
cervídeo que ocorre na região (Figuras 11 e 12). Além disso, a pele de veado
foi encontrada junto à um acampamento (Figuras 13A e 13B).

Figura 9: Pegada de ema (Rhea Figura 10: Pegada de veado (Mazama


americana) (coordenada geográfica gouazoubira) (coordenada geográfica
0477537 8607389) 0477475 8607296).

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 409
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Figura 11: Pele de cervídeo (coordenada geográfica 0477475 8607296).

Figura 12: Pele de cervídeo.

B
A
Figura 13A e 13B: Acampamento de caçadores dentro da AID do
empreendimento. (coordenada geográfica 0477475 8607296)

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 410
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Além das observações referentes à fauna, a equipe também registrou


tocas ativas de tatu, as quais podem ser utilizadas por outras espécies, como
esconderijo e/ou abrigo. Foram registradas um total de 12 tocas as quais estão
distribuídas nas proximidades da Vereda Passaginha (0477475 8607296)
(Figura 14A e 14B) e das duas nascentes (Nascente 1: 0477537 8607389,
Nascente 2: 0466285 8595706) caracterizadas pela equipe de campo.
Segundo o Estudo de Médio Impacto (EMI) referente ao empreendimento, há
ocorrência das seguintes espécies de tatu na região: Euphractus sexcinctus
(tatu-peba) e Tolypeutes tricinctus (tatu-bola). Entretanto tal informação não
pode ser confirmada na presente campanha pois nenhum indivíduo de tais
espécies foi encontrado.

A B
Figura 14A e 14B: Vegetação característica da Vereda Passaginha
(coordenada 0467564 8592361).

Dentre os registros feitos apenas quatro não foram identificados, sendo


eles um réptil (serpente) (Figura 15), pertencente à Família Dipsadidae, e três
aves. Dentre as aves estão um Falconiforme, um Passeriforme (Figura 16) e
um representante da Família Anatidae (ave aquática) (Figura 17).

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 411
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Figura 15: Serpente (NI) (coordenada Figura 16: Passeriforme (NI)


0499355 8637473). (coordenada 0523486 8658168).

Figura 17: Ave aquática (NI) (coordenada 0503097 8633039).

A área percorrida apresenta diferentes tipos de conformações vegetais,


variando entre o Bioma Cerrado, Áreas de Transição e Vegetação Ciliar (Figura
18). As formações vegetais com maior número de registros de fauna foram:
Cerrado Latu senso (sentido amplo), também chamado de cerrado/campo sujo;
área antropizada e Cerrado strictu senso (Figura 19). Além destas, a equipe de
campo também observou a presença de uma monocultura de eucalipto (Figura
20), vereda (Figuras 14A e 14B) e taboa (Figura 21). As diferentes tipologias
vegetais encontram-se distribuídas ao longo do traçado da LT (Figura 22).

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 412
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Strictu senso
Mata de Galeria

Campo

Figura 18: Imagem ilustrativa representando três das formações vegetais


encontradas na região amostrada. (Fonte: CI - MACHADO et al., 2008)

Figura 19: Gráfico indicando o número de registros de fauna em relação às


diferentes formações vegetais observadas ao longo das vias de acesso.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 413
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Figura 20: Monocultura de eucalipto (coordenada 0469956 8598263).

Figura 21: Vegetação de taboa (coordenada 0503097 8633039).

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 414
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Figura 22: Imagem de satélite indicando a localização das diferentes formações


vegetais observadas ao longo das vias de acesso. (Fonte: GoogleEarth)

5.18.1.4. CONSIDERAÇÕES FINAIS


O Bioma Cerrado é formado por uma grande variedade de ambientes os
quais dispõem de inúmeros recursos ecológicos e uma composição faunística
característica. A fauna deste bioma possui adaptações específicas às suas
necessidades biológicas e às características ambientais de cada tipologia
vegetal. Tais características garantem o sucesso reprodutivo das espécies,
possibilitando, também, a alta biodiversidade animal encontrada no Cerrado.
Para o Cerrado são conhecidos até o momento mais de 1.500 espécies
de animais, entre vertebrados e invertebrados, sendo, muitas delas, endêmicas
do bioma. Segundo Mittermeier et al. (1999), o Cerrado apresenta 837
espécies de aves (3,4% de endemismo), 161 de mamíferos (11% de
endemismo); 120 de répteis (20% de endemismo) e 150 espécies de anfíbios
(30% de endemismo), ou seja, considerando-se apenas as plantas e os

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 415
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

vertebrados terrestres, a taxa de endemismo dos Cerrados estaria entre os 3%


e os 50%. Além disso, também apresenta 4,3% da diversidade global.
A presente campanha de campo registrou um número significativo de
indivíduos e espécies, tanto solitários quanto em bandos. Nenhuma das
espécies observadas apresenta alto grau de ameaça, segundo IUCN (2015),
apenas a ema (Rhea americana) apresenta certo grau de ameaça devido,
principalmente à caça, sendo classifica como “Quase Ameaçada” (IUCN,
2015).
A caça ilegal e predatória está entre as principais ameaças à
biodiversidade. Nesta campanha foi possível verificar, pela presença de um
acampamento com fogueira e de uma pele de veado (Figuras 8 a 10), que
existe pressão de caça sobre a fauna da região, o que, juntamente à
degradação do habitat, podem atuar como fortes fatores de redução da
biodiversidade.
Os picos de registros no início da manhã (das 7:00 às 9:00), na metade
do dia (das 10:00 às 12:00) e no início da tarde (14:00) podem estar
relacionados à maior atividade dos animais nestes períodos e/ou maior fluxo de
veículos nas vias. Em relação ao número de observações de fauna por
formação vegetal, verificou-se mais registros no Cerrado Latu senso (sentido
amplo), o que pode ser explicado pelo predomínio dessa tipologia nas áreas
visitadas.
O atropelamento de fauna nas rodovias federais e estaduais é uma
realidade frequente em todo o território brasileiro. Por meio das observações
feitas em campo foi possível confirmar o elevado número deste tipo de evento
também nas rodovias monitoradas na região foco do trabalho. Este fato ocorre
devido ao grande fluxo de veículos em tais estradas, quando comparadas às
estradas vicinais, as quais são pouco utilizadas. Além disso, a alta velocidade
dos veículos e presença de caminhões e demais veículos de carga também
favorece esta situação.
Desta forma, por meio do levantamento proposto foi possível comprovar
a alta diversidade zoológica da região, bem como seu status de conservação e
preservação do bioma.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 416
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.18.1.5. EQUIPE RESPONSÁVEL

REGISTRO ÓRGÃO DE
PROFISSIONAL FORMAÇÃO FUNÇÃO
CLASSE

Marcela Marques Bióloga Coordenadora CRBio 72.861/08 - RS

Executora e
Sabine Garcia de Oliveira Bióloga Responsável pelo CRBio 81372/03D
relatório

Juliana Veronese Bióloga Executora CRBio 76552/04D

Patrícia Palermo Geógrafa Produção de mapas CREA/MT 019195

5.18.1.6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ELETROBRÁS (1999). O tratamento do impacto das hidrelétricas sobre


a fauna terrestre. Reunião Temática, Centrais Elétricas Brasileiras S.A., Rio de
Janeiro, 53pp..
IUCN, 2015. IUCN Red List of Threaterned Species. Disponível em
<http:// www.iucnredlist.org.> Acesso em 28/05/2015.
MACHADO, R.B., RAMOS NETO, M.B.; PEREIRA, P.G.P.; CALDAS,
E.F.; GONÇALVES, D.A.; SANTOS, N.S.; TABOR, K. & STEININGER, M.
(2004). Estimativas de perda da área do Cerrado brasileiro. Relatório técnico
não publicado. Conservação Internacional, Brasília, DF, 26pp..
MACHADO, R.B.; AGUIAR, L.M.S.; CASTRO, A.A.; NOGUEIRA, C.C. &
NETO, M.B.R. (2008). Caracterização da fauna e flora do Cerrado. International
Conservation, IX Simpósio Nacional Cerrado, II Simpósio Internacional
Savanas Tropicais, Brasília, DF, 12 a 17 de outubro.
MITTERMEIER, R.A.; MYERS, N.; ROBLES GIL, P. & MITTERMEIER,
C.G. (1999). Hotspots: earth biologically richest and most endangered terrestrial
ecoregions. CEMEX. Agrupación Sierra Madre, México.
RODRIGUES, M. (2006). Hidrelétricas, ecologia comportamental,
resgate de fauna: uma falácia. Natureza e Conservação, 4(1):29-38.

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 417
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

5.18.1.7. ANEXOS: Registros Fotográficos

Toca (coordenada 0465655 8594463) Toca (coordenada 0465640 8594224)

Toca (coordenada 0465781 8594831) Toca (coordenada 0465198 8594326)

Toca (coordenada 0465629 8594458) Toca (coordenada 0467618 8592412)

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 418
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Toca (coordenada 0470031 8598238) Xenodon merremii (coordenada


0468147 8593024)

Xenodon merremii (coordenada Xenodon merremii (coordenada


0468147 8593024) 0468147 8593024)

Eupsittula aurea (coordenada Columbina minuta (coordenada


0465640 8594224) 0479157 8606861)

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 419
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Caracara plancus (coordenada Empidonomus varius (coordenada


0482173 8613158) 0483068 8616141)

Didelphis albiventris (coordenada Didelphis albiventris (coordenada


0498592 8640237) 0498592 8640237)

Columbina sp. (coordenada Amphisbaenia sp. (coordenada


0498267 8650712) 0480087 8607890)

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 420
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Amphisbaenia sp. (coordenada Amphisbaenia sp. (coordenada


0480087 8607890) 0480087 8607890)

Crotophaga ani (coordenada Schistochlamys ruficapillus


0497298 8643364) (coordenada 0466020 8594990)

Aramides cajaneus (coordenada Aramides cajaneus (coordenada


0500538 8656952) 0500538 8656952)

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 421
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Tropidurus hispidus (coordenada Tropidurus hispidus (coordenada


0481552 8611099) 0481552 8611099)

Didelphis albiventris (coordenada Callithrix penicillata (coordenada


0498132 8641285) 0498753 8653114)

Lycalopex gymnocercus (coordenada Lycalopex gymnocercus (coordenada


0510777 8657816) 0510777 8657816)

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 422
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Coragyps atratus (coordenada Didelphis albiventris (coordenada


0511703 8655866) 0511116 8657744)

Epicrates crassus (coordenada Epicrates crassus (coordenada


0509389 8658106) 0509389 8658106)

Aratinga cactarum (coordenada Amphisbaenia sp. (coordenada


0515054 8650170) 0480087 8607890)

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 423
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Amphisbaenia sp. (coordenada Chironius sp. (coordenada 0509115


0480087 8607890) 8658162)

Chironius sp. (coordenada 0509115 Procyon cancrivorus (coordenada


8658162) 0508076 8658373)

Procyon cancrivorus (coordenada Ameiva ameiva ameiva (coordenada


0508076 8658373) 0507093 8649140)

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 424
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Athene cunicularia (coordenada Guira guira (coordenada 0506049


0506049 8650446) 8650446)

Icterus jamacaii (coordenada Eupsittula aurea (coordenada


0505881 8650535) 0536189 8656002)

Eupsittula aurea (coordenada Athene cunicularia (coordenada


0536189 8656002) 0498516 8651804)

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 425
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Helicops sp. (coordenada 0499355 Helicops sp. (coordenada 0499355


8637473) 8637473)

Helicops sp. (coordenada 0499355 Helicops sp. (coordenada 0497776


8637473) 8648204)

Helicops sp. (coordenada 0497776 Crotophaga ani (coordenada


8648204) 0497910 8649258)

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 426
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Callithrix penicillata (coordenada Callithrix penicillata (coordenada


0510773 8657813) 0510773 8657813)

Boa constrictor (coordenada Boa constrictor (coordenada


0512113 8657725) 0512113 8657725)

Apostolepis ammodites (coordenada Apostolepis ammodites (coordenada


0497629 8642435) 0497629 8642435)

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 427
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Anexo 5.18.2 – Carta de anuência para recebimento de material zoobotânico

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 428
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Anexo 5.20.1 – Mapa da supressão da vegetação

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 429
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Anexo 5.20.2. – Mapa com a localização das APPs e nascentes

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 430
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Anexo 5.24.1. Avaliação das Potencialidades Paleontológicas

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 431
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

12/1/2015

AVALIAÇÃO DAS POTENCIALIDADES


PALEONTOLÓGICAS

Plano de Controle Ambiental (PCA)

Página 0
AVALIAÇÃO DAS PROGRAMA DE
PRESERVAÇÃO DE SÍTIOS
POTENCIALIDADES LT 600kV CC Coletora Porto
PALEONTOLÓGICOS
Velho – Araraquara 2
PALEONTOLÓGICAS
1
Índice

1 Introdução ............................................................................................... 1

2 Metodologia ............................................................................................ 2

3 Geologia da Área de Estudo .................................................................. 4


3.1 Grupo Bambuí ........................................................................................ 4
3.1.1 Formação São Desidério ........................................................................................ 5
3.1.2 Formação Serra da Mamona ................................................................................. 5
3.1.3 Formação Riachão das Neves ................................................................................ 5
3.2 Bacia Sanfranciscana ............................................................................ 5
3.3 Grupo Urucuia ........................................................................................ 6
3.4 Depósitos aluviais recentes .................................................................. 7

4 Indicadores ............................................................................................. 8

5 Dados de Campo .................................................................................. 10

6 Potencialidade Paleontológica do Empreendimento ........................ 19

7 Resultados Obtidos.............................................................................. 22
7.1 Mapa geológico de detalhe ................................................................. 22
7.2 Mapa de Potencialidades Paleontológicas ....................................... 22
7.3 Tabela de Intervalos de Potenciais Paleontológicos ....................... 22

8 Síntese Conclusiva ............................................................................... 24

9 Recomendações ................................................................................... 25
9.1.1 Avaliação de Dados Complementares................................................................. 25
9.1.2 Curso de Treinamento e Capacitação Técnica em Paleontologia ....................... 25
9.1.3 Monitoramento e Salvamento Paleontológico ................................................... 25

10 Bibliografia ............................................................................................ 27

11 Anexos .................................................................................................. 28
11.1 Anexo 1 – Tabela de Fotos dos Pontos Vistoriados ........................ 28
11.2 Anexo 2 – Mapa Geológico de Detalhe .............................................. 77
11.3 Anexo 3 – Mapa de Potencialidade Paleontológica ......................... 81
1 Introdução
A LT 230kV Barreiras II - Rio Grande II seccionará os municípios de Barreiras e São Desidério no
estado da Bahia. Está sub-dividida em 4 trechos: SE Barreiras II – Seccionamento (3,8 km)
(Trecho 1), SE Barreiras II – Entroncamento (12 km) (Trecho 2), SE Barreiras - Entroncamento
(9,9 km) (Trecho 3) e Entroncamento – SE Rio Grande II (99 km) (Trecho 4), totalizando 124,7
km de extensão. Será implantada notadamente em sequência cretácea associada à Formação
Urucuia da Bacia Sanfranciscana. Ocorrem também, em menor distribuição, sequências
Proterozóicas do embasamento cristalino representado pelas formações Riachão das Neves,
Serra da Mamona e São Desidério, além de depósitos cenozoicos.
De acordo com o diagnóstico paleontológico previamente elaborado com dados
secundários, parte das unidades litoestratigráficas interferidas poderiam apresentar algum
potencial paleontológico. Sendo assim, foi recomendado a implantação de um Programa de
Investigação, Monitoramento e Salvamento Paleontológico com objetivo de se conhecer em
campo as características geológicas e geomorfológicas do traçado a fim de se levantar as
principais localidades potencialmente fossilíferas com vistas a uma avaliação paleontológica
mais fidedigna, assim como reunir dados e informações para subsidiar um plano estratégico
que possibilite o monitoramento e resgate dos exemplares fósseis passíveis de serem
interferidos. Subordinadamente, realizar uma checagem no mapa geológico ao longo de todo
o traçado através da verificação de seus contatos, formas de ocorrências, litologias, assim
como confrontar com os dados secundários inventariados na fase dos estudos para o
diagnóstico preliminar. Estes procedimentos revestem-se de grande importância face à íntima
associação entre a possibilidade da presença de fósseis e a tipologia dos estratos rochosos.
Como metas vinculadas ao objetivo principal de se identificar as áreas com real interesse
paleontológico estão:
 Caminhamento ao longo de todo o empreendimento afim de melhor
compreender a geologia e geomorfologia da área;
 Detalhamento dos contatos geológicos, identificação/descrição de afloramentos
e confecção de mapa base mais confiável, haja vista a íntima inter-relação entre
os litologias seccionadas e a potencialidade paleontológica;
 Identificação de eventuais sítios paleontológicos presentes na área do
empreendimento.

AVALIAÇÃO DAS POTENCIALIDADES PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO, LT 230kV Rio Grande II –


MONITORAMENTO E SALVAMENTO Barreiras II
PALEONTOLÓGICAS
PALEONTOLÓGICO 1
2 Metodologia
Os estudos foram desenvolvidos em três etapas no mês de dezembro de 2014, sendo a
primeira em gabinete, a segunda em campo e a terceira, conclusiva, em gabinete.
Para a etapa preliminar em escritório, na qual foi realizado o inventário e compilação dos
dados secundários e, por conseguinte, planificação da saída a campo, utilizou-se como
metodologia: análise criteriosa de mapas geológicos da CPRM, na escala 1:1.000.000 e
imagens do software Google Earth PRO, detida consulta bibliográfica dos aspectos geológicos,
geomorfológicos e pedológicos e identificação e mapeamento dos acessos.
A avaliação em campo foi executada em uma única saída compreendida entre 6 e 14 de
dezembro de 2014 e que teve como premissa o levantamento de dados primários de forma a
consubstanciar um relatório detalhado que efetivamente identificasse os intervalos com real
interesse paleontológico, este estudo deverá fundamentar as etapas subsequentes do
Programa de Investigação, Monitoramento e Salvamento Paleontológico do empreendimento.
Para o sucesso do estudo adotou-se avaliar de maneira criteriosa todas as sequências
sedimentares siliciclásticas cretácicas e as metamórficas químicas proterozoicas, tendo ou não
registro paleontológico descrito na bibliografia, objetivando-se selecionar os trechos que
pudessem representar possibilidades de interferência junto a jazigos fossilíferos.
Em campo o mapa geológico auxiliou na identificação das unidades presentes, contudo, em
função de sua pequena escala, não se pode precisar com exatidão os contatos entre elas o que
de fato foi realizado durante a coleta de dados primários, auxiliado por imagens do Google
Earth e Birdseye da GARMIN, que permitiram a localização e avaliação dos pontos chaves tais
como quebras de relevo onde poderiam ocorrer afloramentos ou até mesmo contatos
geológicos.
Os estudos primários possibilitaram a seleção e descrição dos pontos ao longo do eixo da LT e
áreas contíguas, objetivando uma melhor compreensão do contexto regional. Esta análise
permitiu uma caracterização litológica, geomorfológica e pedológica, de forma a se conhecer
um padrão regional e, por conseguinte, estabelecer analogias com áreas de geologia bem
conhecidas e com algum interesse paleontológico. Este procedimento reveste-se de grande
relevância, especialmente para regiões com amplas coberturas de solo. Todos os pontos
investigados foram descritos, fotografados e georreferenciados com uso de receptor GPS e
GLONASS GARMIN Monterra.

AVALIAÇÃO DAS POTENCIALIDADES PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO, LT 230kV Rio Grande II –


MONITORAMENTO E SALVAMENTO Barreiras II
PALEONTOLÓGICAS
PALEONTOLÓGICO 2
Devido à ausência da localização das torres até o presente momento, utilizou-se a avaliação
por intervalos, quilômetro a quilômetro, compreendidas nos 4 trechos do empreendimento.
Para a obtenção dos resultados, reuniu-se aos dados já descritos o mapa topográfico
estruturado a partir das bases cartográficas do INPE, de forma a subsidiar a confecção do mapa
geológico que por sua vez embasou a consolidação deste relatório e também do mapa das
potencialidades paleontológicas da LT, produto mais importante desta primeira etapa do
Programa de Investigação, Monitoramento e Salvamento Paleontológico.

AVALIAÇÃO DAS POTENCIALIDADES PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO, LT 230kV Rio Grande II –


MONITORAMENTO E SALVAMENTO Barreiras II
PALEONTOLÓGICAS
PALEONTOLÓGICO 3
3 Geologia da Área de Estudo

A LT 230kV Barreiras II - Rio Grande II está inserida na região norte da Bacia Sanfranciscana,
porém a única unidade fanerozoica a ser impactada será o Grupo Urucuia. Em uma faixa de
500 m ao longo do empreendimento são interferidas, além das unidades neoproterozoicas
atribuídas ao Grupo Bambuí: formações Riachão das Neves, Serra da Mamona e São Desidério,
e os depósitos aluvionares, de idade quaternária. Segue descrição sucinta das unidades
geológicas seccionadas pelo empreendimento.

Tabela 6: Tabela de unidades geológicas por município interferido pelos trechos da


Linha de Transmissão.
Porcentagem de
Trecho Sigla Nome Litologia
Ocorrência
Trecho1 BARII - Grupo Arenito conglomerático, 3,03 %
K2u
SEC Urucuia Rocha pelítica, Arenito
Trecho2 BARII - Grupo Arenito conglomerático, 9,16 %
K2u
ENT Urucuia Rocha pelítica, Arenito
Formação Metasiltito, Ardósia,
Trecho2 BARII - NP2b 0,43 %
Serra da Metarenito, Mármore,
ENT m
Mamona Metamarga
Aglomerado, Laterita,
Trecho3 BAR - Depósitos 0,59 %
NQdl Depósitos de areia, Depósitos
ENT Cenozóicos
de argila
Formação Metasiltito, Ardósia,
Trecho3 BAR - NP2b 2,34 %
Serra da Metarenito, Mármore,
ENT m
Mamona Metamarga
Formação
Trecho3 BAR - NP2b 0,94 %
Riachão das Metarcóseo, Metasiltito
ENT r
Neves
Trecho3 BAR - Grupo Arenito conglomerático, 4,11 %
K2u
ENT Urucuia Rocha pelítica, Arenito
Formação
Trecho4 ENT - NP2b Metasiltito, Mármore, 2,53 %
São
BRGII d Metamarga
Desidério
Trecho4 ENT - Grupo Arenito conglomerático, 74,63 %
K2u
BRGII Urucuia Rocha pelítica, Arenito
Formação Metasiltito, Ardósia,
Trecho4 ENT - NP2b 2,24 %
Serra da Metarenito, Mármore,
BRGII m
Mamona Metamarga

3.1 Grupo Bambuí


O Grupo Bambuí compõe o embasamento regional da Bacia Sanfranciscana na sua porção
centro/norte. No oeste baiano foi subdivido por Egydio-Silva et al. (1989) em três formações:
Formação São Desidério, na base sobrepostas pelas formações Serra da Mamona e Riachão
das Neves. Na área de estudo em questão ocorre intercalado aos arenitos cretácicos do Grupo

AVALIAÇÃO DAS POTENCIALIDADES PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO, LT 230kV Rio Grande II –


MONITORAMENTO E SALVAMENTO Barreiras II
PALEONTOLÓGICAS
PALEONTOLÓGICO 4
Urucuia em toda face norte, especialmente nas cotas mais baixas dos 4 trechos, ocupando
cerca de 8,53% do traçado.

3.1.1 Formação São Desidério


Compõe-se de calcários cinza-escuros com intercalações de margas e siltitos, metamorfizadas
na fácies xisto verde, com espessura estimada de 450 metros. Para o topo mostra contato
gradativo com a Formação Serra da Mamona. Ocorre desde o km 19 do Trecho 4 até o km 22,
passando pelo km 24. É seccionada pelo buffer de 250m do empreendimento em alguns
pontos entre os quilômetros 32 e 35 porém sem ser diretamente afetada pela LT. É seccionada
diretamente por cerca 2,55% do empreendimento.

3.1.2 Formação Serra da Mamona


É marcada pela alternância de camadas de metacarbonatos e metapelitos de grau
metamórfico fácies xisto verde, com espessura máxima estimada em 300 m. Tem
representação no trecho 3, entre a SE Barreiras e o entroncamento no intervalo entre o km 1 e
o 5. No Trecho 2 insere-se no fundo do vale que cruza o km 7 e no Trecho 4 entre o kms 2 e 5.
No total compreende cerca de 5,04% do traçado.

3.1.3 Formação Riachão das Neves


É constituída por metarcóseos, metagrauvacas e metassiltitos correlacionável à Formação Três
Marias, com espessura estimada de 400 m. No limite Cráton/Faixa Dobrada, a Formação
Canabravinha é empurrada para sul sobre a Formação Serra da Mamona, na zona de
cisalhamento de Cariparé (Egydio-Silva 1987). O Grupo Bambuí na região mostra intensa
deformação que, no sentido sul, sofre progressiva redução, até a predominância de camadas
sub-horizontais. Está presente apenas na área da SE Barreiras e no primeiro quilômetro do
Trecho 3. Representa menos de 1% do empreendimento.

3.2 Bacia Sanfranciscana


A Bacia Sanfranciscana distribui-se por uma área de cerca de 500.000 km2, que compreende
uma zona de sedimentação cretácica na região do Alto Rio São Francisco (Ladeira et al., 1971).
Como parte de seu embasamento encontram-se o Grupo Araxá, Grupo Canastra, Sub-Grupo
Paraopeba (Marini et al., 1987) e o Grupo Bambuí.

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MONITORAMENTO E SALVAMENTO Barreiras II
PALEONTOLÓGICAS
PALEONTOLÓGICO 5
O seu preenchimento sedimentar está relacionado com o último evento tectônico que afetou
a bacia neoproterozoica do São Francisco, após a sedimentação dos grupos Macaúbas,
Paranoá e Bambuí. A história evolutiva das sequências fanerozoicas pode ser dividida em cinco
ciclos tectono-sedimentares distintos. O primeiro ocorreu no Permo-Carbonífero, com
sedimentação glaciogênica do Grupo Santa Fé. O segundo desenvolveu-se no Cretáceo
Inferior, representado pelo Grupo Areado, depósitos de leques aluviais, wadi, lagos, dunas,
rios e flúvio-deltaicos, no contexto de um amplo sistema desértico. O terceiro ciclo tectono–
sedimentar originou o Grupo Mata da Corda – uma associação de rochas alcalinas
kamafugíticas (90-80 Ma), com sedimentos vulcanoclásticos. O quarto é caracterizado pela
deposição, no Cretáceo Superior, do Grupo Urucuia, que se estende na parte setentrional da
bacia, composto por sedimentos fluviais, eólicos e lacustres. O último ciclo teve efeito no e
conglomerados friáveis e oxidados que recobrem os platôs da bacia (Sgarbi et al., 2001).

3.3 Grupo Urucuia


Representa a unidade de maior relevância, compondo os maiores volumes de rochas e ampla
distribuição regional na área de influência da linha de transmissão. De acordo com o mapa
geológico o Grupo Urucuia ocorre a partir da SE Rio Grande II e segue por 62km quando passa
a ser intercalado com os platôs pré-cambrianos do embasamento cristalino. Dentro da bacia o
Grupo Urucuia inicia no paralelo 17°, ocupando amplas regiões em direção ao norte até o
sudeste do estado do Piauí, onde se sobrepõe aos sedimentos da Bacia do Parnaíba.
As ocorrências do Grupo Urucuia na Sub-Bacia Abaeté e no Alto do Paracatu são descontínuas,
sendo em geral representadas por morros testemunhos, geomorfologicamente marcados por
formas de relevo de mesetas típicas, que se destacam na paisagem regional. Possui espessura
que varia desde cerca de 25 metros, ao sul da Bacia, até cerca de 200 metros no meio norte.
No depocentro, Chang et al. (1992), baseando-se em dados sísmicos, estimam uma espessura
da ordem de poucas centenas de metros. Esta unidade assenta-se, na maior parte da bacia,
diretamente sobre o embasamento regional (Grupo Bambuí), podendo também recobrir
localmente faixas granito gnáissicas, unidades do Grupo Santa Fé (e.g. região de Posse/GO),
sobrepor-se a Formação Três Barras (e.g. região da Serra da Palmeira) ou a Formação Abaeté
(e.g. Serra do Boqueirão na região Bonfinópolis de Minas).
Podem ser caracterizadas duas unidades litológicas: uma basal denominada de Formação
Posse e a Formação Serra das Araras (Campos & Dardene, 1997).
Litologicamente a Formação Posse está subdividida em duas Fácies, uma constituída por
arenitos muito finos, finos e médios, com boa maturidade textural e mineralógica, geralmente

AVALIAÇÃO DAS POTENCIALIDADES PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO, LT 230kV Rio Grande II –


MONITORAMENTO E SALVAMENTO Barreiras II
PALEONTOLÓGICAS
PALEONTOLÓGICO 6
apresentando bom selecionamento e outra por arenitos brancos, ocres, finos, argilosos ou
não, bem selecionados e, comparativamente aos arenitos da fácies l, menos maturos. São
classificados como arenitos feldspáticos e quartzo arenitos, onde o quartzo monocristalino é o
constituinte mais recorrente. Contém ainda feldspatos (geralmente alterados), epidoto, zircão,
turmalina e opacos como minerais acessórios subordinados. Grãos de quartzo esféricos com
aspecto fosco ocorrem isolados no arcabouço detrítico, sendo importantes por evidenciar
significativo contraste no conjunto geral do arenito, sendo uma feição comum nas seções
delgadas descritas.
A Formação Serra das Araras é constituída por arenitos, argilitos, e conglomerados com
coloração avermelhada, intercalados em bancos plano-paralelos com espessuras variando de
50cm a 2 metros. Os arenitos são polimodais, silicificados, vermelhos e com níveis amarelados.
A cimentação por sílica e óxidos de ferro podem ser tão intensas que a rocha perde sua
estruturação interna, assemelhando-se a um silexito. O quartzo é dominante, sendo a
turmalina e o zircão subordinados. Estratificações cruzadas acanaladas de pequeno porte são
observadas, sendo os estratos plano-paralelos mais comuns.
Tanto a Formação Posses quanto a Formação Serra das Araras foram observadas em campo. A
primeira ocorre geralmente em cortes próximos ao contato com as formações Serra das
Mamonas ou São Desidério e possui geralmente poucos metros de espessura, já a Formação
Serra das Araras ocorre em diversos seccionamentos do Grupo Urucuia ou persiste à erosão
devido aos matacões de arenito extremamente silicificados, arredondados e com marcas de
dissolução. Geralmente representa-se por depósitos de blocos de “silexito” mesmo nas áreas
mais planas no relevo conhecido como “Chapadão Central”. O Grupo Urucuia está distribuído
por toda a extensão dos 4 trechos onde não ocorrem as outras unidades e representa 91,47%
da LT.

3.4 Depósitos aluviais recentes


Caracterizam-se como depósitos sedimentares atuais associados a planícies aluviais das
drenagens que cortam parte da área investigada. Manifestam-se principalmente sob a forma
de sedimentos arenosos, contendo níveis rudáceos e lutáceos associados a acumulações locais
de sedimentos ricos em matéria orgânica. Este tipo de depósito só foi observado no km 2 do
Trecho 3 do empreendimento.

AVALIAÇÃO DAS POTENCIALIDADES PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO, LT 230kV Rio Grande II –


MONITORAMENTO E SALVAMENTO Barreiras II
PALEONTOLÓGICAS
PALEONTOLÓGICO 7
4 Indicadores
Foram percorridos 1.048km, com uso de Jeep 4x4 e cerca de 30km a pé. Devido à falta de
acessos ou mesmo de suas precárias condições de acessibilidade, as caminhadas foram longas
tendo sido necessário a abertura de picadas em meio à densa vegetação. Foi utilizada como
base a cidade de Barreiras no extremo norte do empreendimento. No total foram anotados 62
pontos para controle geológico e paleontológico em 8 dias de investigações. Segue a Tabela 7,
com os pontos vistoriados.

Tabela 7: Dados gerais dos pontos vistoriados em campo


UTM 23L Distância
Trecho Ponto Cota Data Hora
X Y para a LT (m)
3 1 505905 8658486 475 8m 07/12/2014 09:08:36
3 2 506345 8658200 484 254 m 07/12/2014 10:30:11
3 3 508034 8658416 488 2m 07/12/2014 10:57:32
3 4 508263 8657945 515 162 m 07/12/2014 12:37:26
3 5 509189 8656954 539 9m 07/12/2014 12:26:20
3 6 509583 8655398 684 45 m 07/12/2014 14:22:11
3 7 510470 8652370 701 0m 07/12/2014 14:57:19
1 8 520006 8656773 703 6m 07/12/2014 15:31:31
2 9 521067 8653679 724 2m 07/12/2014 15:47:11
2 10 520175 8652751 712 1m 07/12/2014 16:45:19
2 11 518035 8652566 715 0m 07/12/2014 17:01:31
2 12 515462 8653920 655 1122 m 07/12/2014 17:47:24
2 13 515478 8652795 595 3m 07/12/2014 18:05:22
2 14 512696 8652530 704 7m 08/12/2014 09:19:08
2 15 510890 8651522 687 3m 08/12/2014 09:18:43
4 16 510099 8648841 514 180 m 08/12/2014 11:38:19
4 17 510130 8647987 553 4m 08/12/2014 13:08:06
4 18 509478 8644205 707 2m 08/12/2014 13:11:59
4 19 508889 8643038 699 5m 08/12/2014 16:12:05
4 20 506272 8640589 699 10 m 08/12/2014 13:44:05
4 21 504321 8638659 677 119 m 08/12/2014 15:30:09
4 22 503319 8638076 687 9m 09/12/2014 11:03:31
4 23 502772 8636016 642 1267 m 08/12/2014 16:58:26
4 24 503027 8635664 599 1601 m 09/12/2014 11:40:37
4 25 502260 8637371 680 35 m 09/12/2014 11:06:16
4 26 501950 8637837 629 594 m 09/12/2014 11:31:24

AVALIAÇÃO DAS POTENCIALIDADES PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO, LT 230kV Rio Grande II –


MONITORAMENTO E SALVAMENTO Barreiras II
PALEONTOLÓGICAS
PALEONTOLÓGICO 8
UTM 23L Distância
Trecho Ponto Cota Data Hora
X Y para a LT (m)
4 27 501855 8637968 583 756 m 09/12/2014 13:50:17
4 28 501425 8635891 526 8m 09/12/2014 14:00:42
4 29 501303 8635430 501 14 m 09/12/2014 14:32:03
4 30 500778 8634640 493 3m 09/12/2014 16:54:48
4 31 499863 8633529 656 2m 09/12/2014 17:38:06
4 32 499296 8632220 572 0m 10/12/2014 10:36:35
4 33 499134 8631791 607 21 m 10/12/2014 11:23:44
4 34 498851 8631181 576 2m 10/12/2014 11:50:33
4 35 497766 8628679 623 3m 10/12/2014 12:18:51
4 36 496409 8625526 620 0m 10/12/2014 14:07:10
4 37 495402 8624814 584 643 m 10/12/2014 14:17:14
4 38 495344 8624106 605 237 m 10/12/2014 16:22:26
4 39 493926 8623204 602 617 m 11/12/2014 17:35:12
4 40 493711 8622753 592 454 m 11/12/2014 14:49:21
4 41 493878 8622276 609 1m 11/12/2014 15:24:47
4 42 492003 8620365 637 1m 11/12/2014 17:36:41
4 43 490993 8619343 546 4m 11/12/2014 18:04:03
4 44 491027 8619470 569 69 m 11/12/2014 18:14:58
4 45 490712 8618286 555 536 m 12/12/2014 09:46:28
4 46 490690 8619226 553 138 m 12/12/2014 10:25:44
4 47 490468 8618752 596 36 m 12/12/2014 10:51:28
4 48 488442 8616747 612 5m 12/12/2014 13:48:38
4 49 487454 8615748 656 10 m 12/12/2014 14:16:42
4 50 485004 8613241 710 1m 12/12/2014 14:40:29
4 51 480951 8609119 723 4m 12/12/2014 15:09:40
4 52 477875 8605740 731 6m 12/12/2014 15:26:15
4 53 475347 8602945 732 5m 12/12/2014 15:40:49
4 54 472389 8599675 727 4m 12/12/2014 15:53:46
4 55 470408 8597484 720 3m 13/12/2014 09:58:38
4 56 466857 8593214 728 3m 13/12/2014 10:44:53
4 57 465360 8590136 727 0m 13/12/2014 10:29:36
4 58 462519 8587808 721 2m 13/12/2014 10:47:00
4 59 457694 8584057 746 6m 13/12/2014 11:08:10
4 60 453483 8582493 747 0m 13/12/2014 11:18:56
4 61 450463 8581367 751 1m 13/12/2014 11:35:25
4 62 447385 8580223 754 3m 13/12/2014 12:00:49

AVALIAÇÃO DAS POTENCIALIDADES PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO, LT 230kV Rio Grande II –


MONITORAMENTO E SALVAMENTO Barreiras II
PALEONTOLÓGICAS
PALEONTOLÓGICO 9
5 Dados de Campo
Abaixo estão descritos os pontos de controle vistoriados em campo.
Interesse Distância
Ponto Trecho Cota Descrições Fotos
Paleont. da LT (m) (Anexo 1)
Área de pastagem, marco "MASE01",
com cobertura de solo areno-argiloso
fino a médio com grãos arredondados
1 3 475 Não 8m 1, 2
revestidos por óxido de ferro. Capa de
alteração da Formação Riachão das
Neves.
Blocos de quartzito compacto de
granulometria fina associado a
2 3 484 Não 254 m 3, 4
Formação Serra da Mamona, contato
com a Formação Riachão das Neves.
Área plana, marco MAB1.2-02,
mostrando cobertura de solo argiloso,
3 3 488 Não 2m 5, 6
marrom claro, proveniente de
depósitos quaternários.
Ponto de controle geológico
mostrando litossolo formado por
seixos e blocos de metasiltito
finamente laminados de cor creme
4 3 515 Não 162 m 7, 8, 9
com blocos de arenito bastante
silicificado de coloração vermelha.
Litologia da Formação Serra da
Mamona.
Afloramento de marga de coloração
cinza a creme mostrando evidente
evento tectonometamórfico com forte
foliação e estratos bastante dobrados.
Litologia da Formação Serra da
Mamona. Embora sem acesso as
5 3 539 Sim 9m 10, 11, 12
observações permitiram inferir que
para o topo da chapada, sentido vante
da LT, ocorre fraturamento intenso em
metarenitos da mesma unidade,
possível contato com arenitos da
Formação Urucuia.

AVALIAÇÃO DAS POTENCIALIDADES PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO, LT 230kV Rio Grande II –


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PALEONTOLÓGICO 10
Interesse Distância
Ponto Trecho Cota Descrições Fotos
Paleont. da LT (m) (Anexo 1)
Área de relevo plano apresentando
solo marrom avermelhado, arenoso,
6 3 684 Não 45 m 13, 14
fino com raros blocos de calcedônia.
Cobertura do Grupo Urucuia.
Interseção do Trecho 1 com estrada
vicinal mostrando cobertura de solo
marrom claro, arenoso, composto de
7 3 701 Não 0m 15, 16
quartzo de granulometria fina a média,
e grãos sub arredondados. Possível
cobertura do Grupo Urucuia.
Seccionamento para a SE Barreiras 2
mostrando, em região aplainada, solo
arenoso, fino, amarelado, quartzoso,
8 1 703 Não 6m 17, 18
compondo cobertura do Grupo
Urucuia. Ocorrem na localidade blocos
decimétricos de silexito.
Saída da SE Barreiras II em área
bastante plana apresentando
9 2 724 cobertura de solo arenoso, fino, Não 2m 19, 20
marrom. Capa espessa de alteração do
Grupo Urucuia.
Área plana de cerrado denso com
cobertura de solo marrom areno-
10 2 712 Não 1m 21, 22
argiloso proveniente do intemperismo
do Grupo Urucuia.
Área de cerrado com cobertura de solo
arenoso composto de quartzo, de
11 2 715 granulometria fina e coloração Não 0m 23, 24
marrom. Cobertura espessa do Grupo
Urucuia.
Afloramento de arenito e siltito de
coloração variando de ocre para o topo
e branco na base com evidentes
feições metamórficas. Perfil com cerca
de 5 m de espessura apresentando
12 2 655 Não 1122 m 25, 26,
inúmeros blocos e matacões de silexito 27, 28, 29
arredondados com feições de
dissolução. Presença de arenito
subordinado. Litologia da Formação
Serra da Mamona.

AVALIAÇÃO DAS POTENCIALIDADES PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO, LT 230kV Rio Grande II –


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PALEONTOLÓGICO 11
Interesse Distância
Ponto Trecho Cota Descrições Fotos
Paleont. da LT (m) (Anexo 1)
Cruzamento da LT com estrada vicinal
mostrando solo siltoso de coloração
13 2 595 marrom com blocos de silexito. Não 3m 30, 31
Litologia da Formação Serra da
Mamona.
Área plana de cerrado com cobertura
de solo espesso, de cor marrom,
14 2 704 Não 7m 32, 33
proveniente do intemperismo do
Grupo Urucuia.
Área plana de cerrado com cobertura
15 2 687 de solo arenoso marrom bastante Não 3m 34, 35
espesso do Grupo Urucuia.
Ponto de controle geológico, a 150 m
do eixo da LT, com presença de blocos
de marga/metacalcário bastante
16 4 514 Sim 180 m 36, 37, 38
laminado de coloração negra alterando
para creme. Litologias da Formação
Serra da Mamona.
Marco "MA-ENT-03". Afloramento de
marga negra alterando para creme,
17 4 553 Sim 4m 39, 40
com foliação vertical. Litologia da
Formação Serra da Mamona.
Marco "MA-ENT-04". Área plana com
cobertura arenosa bastante espessa,
18 4 707 Não 2m 41, 42
granulometria fina, composta de
quartzo. Cobertura do Grupo Urucuia.
Marco "MA2-1-03". Área plana com
espessa camada arenosa de
19 4 699 Não 5m 43, 44
granulometria fina, quartzosa.
Cobertura do Grupo Urucuia.
Área plana com solo profundo
20 4 699 composto de areia fina, avermelhada Não 10 m 45, 46
associada ao Grupo Urucuia.
Área de relevo plano onde tem início a
nascente de curso d’água. Cobertura
21 4 677 de solo arenoso, vermelho, fino, com Não 119 m 47, 48
blocos decimétricos de silexito. Capa
de alteração do Grupo Urucuia.

AVALIAÇÃO DAS POTENCIALIDADES PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO, LT 230kV Rio Grande II –


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PALEONTOLÓGICO 12
Interesse Distância
Ponto Trecho Cota Descrições Fotos
Paleont. da LT (m) (Anexo 1)
Área plana com cobertura arenosa fina,
22 4 687 marrom, provavelmente espessa Não 9m 49, 50
atribuída ao Grupo Urucuia.
Afloramento em vertente mostrando
perfil de 2 m de espessura, composto
por capa de solo arenoso com 50cm
23 4 642 cobrindo arenito arcoseano semi- Sim 1267 m 51, 52
alterado de coloração avermelhada
alterando para branco (caulim).
Litologia do Grupo Urucuia.
Contato entre as formações Urucuia e
São Desidério. O contato se dá em
quebra do relevo mostrando na parte
24 4 599 Sim 1601 m 53, 54, 55
superior arenitos e silexitos do Urucuia
sobrepostos a metacalcários negros da
Formação São Desidério.
Área plana com cobertura arenosa fina,
25 4 680 marrom, bastante espessa associada ao Não 35 m 56, 57
Grupo Urucuia.
Afloramento de arenito quartzoso, de
coloração vermelha, composto de
grãos médios, subarredondados a
26 4 629 Sim 594 m 58, 59, 60
arredondados. Não foram observadas
estruturas sedimentares. Litologias do
Grupo Urucuia.
Contato entre as formações Urucuia e
São Desidério. A interface se dá na
quebra do relevo mostrando, na
27 4 583 porção superior, arenitos e silexitos do Sim 756 m 61, 62, 63
Urucuia, sotopostos ocorrem
metacalcários negros da Formação São
Desidério.
Mudança nas feições geomorfológicas
mostrando possível contato entre as
28 4 526 formações Urucuia e São Desidério. Não 8m 64, 65
Presença de blocos de sílex e arenito
bastante silicificado.

AVALIAÇÃO DAS POTENCIALIDADES PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO, LT 230kV Rio Grande II –


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PALEONTOLÓGICO 13
Interesse Distância
Ponto Trecho Cota Descrições Fotos
Paleont. da LT (m) (Anexo 1)
Afloramento de calcário negro da
Formação São Desidério com
29 4 501 faturamentos verticais, horizontais e Sim 14 m 66, 67
diagonais. Não foram observados
registros paleontológicos.
Estrada vicinal com blocos e matacões
de calcário negro entrecortado de
estruturas fitadas de coloração cinza
30 4 493 Sim 3m 68, 69
claro atribuídos a Formação São
Desidério. Não foram identificados
fósseis.
Área de cerrado, próxima ao topo de
encosta, coberta por blocos de silexito
e arenito muito silicificado. Durante o
caminhamento foi percorrida toda a
31 4 656 Não 2m 70, 71, 72
vertente, saindo do solo argiloso
vermelho, passando pelos calcários
negros da Formação São Desidério até
os arenitos da Formação Urucuia.
Área de cerrado com cobertura
espessa de sedimentos arenosos
32 4 572 Não 0m 73, 74
marrom claro provenientes do
intemperismo do Grupo Urucuia.
Entrevista com o Sr. José Pedro da
fazenda do Didi. Disse conhecer
cavidades para o leste do traçado da
LT, porém não ocorrem no eixo e no
buffer de 250m até o chapadão, o que
33 4 607 Não 21 m 75, 76, 77
pode ser confirmado através do
caminhamento e da inexistência de
calcários. Neste ponto ocorre espesso
manto de intemperismo da Formação
Urucuia.
Base de vertente mostrando cobertura
de solo orgânico escuro recobrindo
sedimentos arenosos fino a médio do
34 4 576 Não 2m 78, 79
Grupo Urucuia. Não ocorrem litologias
da Formação São Desidério desde o
ponto 32.

AVALIAÇÃO DAS POTENCIALIDADES PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO, LT 230kV Rio Grande II –


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PALEONTOLÓGICO 14
Interesse Distância
Ponto Trecho Cota Descrições Fotos
Paleont. da LT (m) (Anexo 1)
Área de cerrado com cobertura de solo
espessa, arenosa, de coloração marrom
35 4 623 e granulometria média, atribuída ao Não 3m 80, 81
Grupo Urucuia. Não ocorrem litologias
carbonáticas desde o ponto 34.
Área plana mostrando cobertura de
solo espesso de coloração amarelada e
36 4 620 Não 0m 82, 83
granulometria fina a média atribuída
ao Grupo Urucuia.
Afloramento formando relevo
ruiniforme desenvolvido em calcários
negros, por vezes dolomíticos, com 84, 85,
37 4 584 Sim 643 m 86, 87,
presença de pequenas cavidades de
88, 89, 90
abatimento e dissolução. Litologia da
Formação São Desidério.
Afloramento de calcário negro com
feições cársticas com cerca de 15 m de
38 4 605 Sim 237 m 91, 92,
altura. Litologia da Formação São 93, 94
Desidério.
Ponto de controle geológico
mostrando afloramento de calcário
negro da Formação São Desidério com
feições de dissolução compostas
39 4 602 Sim 617 m 95, 96,
notadamente por lapiás do tipo 97, 98
caneluras, em fenda e alveolares. O
afloramento possui cerca de 100 m de
extensão e não apresenta cavidades.
Perfil com cerca de 15 m de altura
mostrando forte faturamento e grande
número de feições de dissolução,
40 4 592 Sim 454 m 99, 100,
incluindo uma cavidade ovalada, cerca 101, 102
de 3 m de altura por 1 m de largura de
pequenas dimensões.
Área de pastagem com cobertura de
solo marrom areno-argiloso
41 4 609 Não 1m 103, 104
proveniente da alteração de litologias
do Grupo Urucuia.

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PALEONTOLÓGICO 15
Interesse Distância
Ponto Trecho Cota Descrições Fotos
Paleont. da LT (m) (Anexo 1)
Cruzamento da LT com estrada vicinal
mostrando extensa cobertura arenosa
42 4 637 amarelada muito espessa. Manto de Não 1m 105, 106
intemperismo associado a Formação
Urucuia.
Área de cerrado com cobertura de solo
arenoso, amarelo avermelhado,
43 4 546 Não 4m 107, 108
resultante do intemperismo de
litologias do Grupo Urucuia.
Afloramento do Grupo Urucuia em
corte de estrada para o rio Grande
mostrando, em perfil de 2,5 m, arenito
vermelho com estratificações cruzadas 109, 110,
44 4 569 Sim 69 m 111, 112,
planares de pequeno porte. Arenito
113
muito fino a médio com grãos mal
selecionados, notadamente sub-
angulosos.
Entrevista com o Sr. Adailton da
localidade de Coqueirinho, às margens
do rio Grande. De acordo com suas
45 4 555 Não 536 m 114, 115
informações, disse desconhecer a
presença de fósseis na região, mesmo
no interior de cavidades.
Margem esquerda do rio Grande
mostrando, durante todo o
caminhamento, afloramento de arenito
muito silicificado, eventualmente
46 4 553 friável, composto de grãos médios a Sim 138 m 116, 117
finos, sub-arredondados a angulosos.
Litologia do Grupo Urucuia. Não foram
identificados calcários da Formação
São Desidério.
Área de cerrado na vertente da
margem esquerda do rio Grande
mostrando cobertura espessa de solo
47 4 596 arenoso proveniente do intemperismo Não 36 m 118, 119
do Grupo Urucuia. Não ocorrem
litologias da Formação São Desidério
próximo as vertentes e canal do rio.

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PALEONTOLÓGICO 16
Interesse Distância
Ponto Trecho Cota Descrições Fotos
Paleont. da LT (m) (Anexo 1)
Vertente da margem esquerda do rio
Grande mostrando solo arenoso
48 4 612 quartzoso com blocos de calcedônia Não 5m 120, 121
centimétricos. Cobertura de
intemperismo do Grupo Urucuia.
Área de cerrado em superfície bastante
plana, conhecida geomorfologicamente
como Chapadão Central, mostrando
49 4 656 solo arenoso amarelado com presença Não 10 m 122, 123
de blocos de calcedônia e arenito
silicificado, angulosos a sub-
arredondados do Grupo Urucuia.
Área plana de cerrado com espessa
capa de solo arenoso quartzoso, de
50 4 710 Não 1m 124, 125
granulometria média, proveniente do
intemperismo do Grupo Urucuia.
Área plana de cerrado com espessa
cobertura arenosa, formada por areia
51 4 723 Não 4m 126, 127
média, quartzosa, proveniente do
intemperismo do Grupo Urucuia.
Área plana de cerrado com espessa
cobertura de solo arenoso quartzoso,
52 4 731 Não 6m 128, 129
médio, proveniente do intemperismo
do Grupo Urucuia.
Área plana de cerrado com espessa
cobertura de solo arenoso marrom,
53 4 732 Não 5m 130, 131
médio a fino, proveniente do
intemperismo do Grupo Urucuia.
Área plana de cerrado com espessa
cobertura de solo arenoso marrom,
54 4 727 Não 4m 132, 133
médio a fino, proveniente do
intemperismo do Grupo Urucuia.
Área plana de cerrado com espessa
cobertura de solo arenoso marrom,
55 4 720 Não 3m 134, 135
médio a fino, proveniente do
intemperismo do Grupo Urucuia.

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PALEONTOLÓGICAS
PALEONTOLÓGICO 17
Interesse Distância
Ponto Trecho Cota Descrições Fotos
Paleont. da LT (m) (Anexo 1)
Área plana de cerrado com espessa
cobertura de solo arenoso marrom
56 4 728 avermelhado, médio a fino, Não 3m 136, 137
proveniente do intemperismo do
Grupo Urucuia.
Área plana com espessa cobertura de
solo arenoso, marrom, médio a fino,
57 4 727 Não 0m 138, 139,
proveniente do intemperismo do 140
Grupo Urucuia.
Área plana de cerrado com espessa
cobertura de solo arenoso acinzentado,
58 4 721 Não 2m 141, 142
fino, proveniente do intemperismo do
Grupo Urucuia.
Área plana de cerrado com espessa
cobertura de solo arenoso marrom,
59 4 746 Não 6m 143, 144
médio a fino, proveniente do
intemperismo do Grupo Urucuia.
Área plana de cerrado com espessa
cobertura de solo areno-siltoso
60 4 747 marrom escuro, rico em matéria Não 0m 145, 146
orgânica, fino, proveniente do
intemperismo do Grupo Urucuia.
Área plana de cerrado com espessa
cobertura de solo areno-siltoso
61 4 751 marrom escuro, rico em matéria Não 1m 147, 148
orgânica, fino, proveniente do
intemperismo do Grupo Urucuia.
Área da SE Rio Grande II no final da LT,
62 4 754 mostrando espesso solo arenoso Não 3m 149, 150,
151
acinzentado do Grupo Urucuia.

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PALEONTOLÓGICO 18
6 Potencialidade Paleontológica do Empreendimento
Conforme descrito na Avaliação de Impacto Ambiental, o empreendimento será implantado
sobre rochas sedimentares e metassedimentares da Bacia Sanfranciscana e seu embasamento.
De acordo com os estudos preliminares existe um comprovado, porém escasso, registro
paleontológico descrito na bibliografia.
Grande parte das ocorrências paleontológicas regionais encontra-se associada às cavidades
naturais do município de São Desidério, bastante conhecidas, como as do carste do Parque
Municipal da Lagoa Azul. Contudo a única cavidade natural presente na Área Diretamente
Afetada pelo empreendimento é de baixa relevância, não dispondo assim de espeleotemas,
biota cavernícula vivente e material fossilífero, o que torna esta eventual potencialidade sem
relevância no contexto deste estudo.
Foram ainda apontadas as Formações São Desidério e Serra da Mamona, do Grupo Bambuí,
como as unidades Proterozoicas de maior importância paleontológica, além do Grupo Urucuia,
do Cretáceo da Bacia Sanfranciscana.
As unidades carbonáticas do Grupo Bambuí, foram investigadas criteriosamente em campo
que, conforme relatório preliminar, apresenta potencial para abrigar fósseis das primeiras
formas de vida do planeta, conhecidos como estromatólitos (Figura 29), assim como registros
mais complexos atribuídos à biota Ediacarana, tais como os descobertos no estado da Bahia
pelo Serviço Geológico do Brasil – CPRM (Figura 30). As sequências neoproterozoicas
associadas ao Gr. Bambuí possuem historicamente: idade, paleoambiente deposicional e
litologia compatível a preservação destes registros paleobióticos, consolidando-o como
relevante unidade metassedimentar a ser prospectada.

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PALEONTOLÓGICO 19
Figura 29: Estromatólitos atuais de Shark's bay na Austrália (esquerda) e estromatólitos
fósseis do Grupo Paraopeba no Tocantins (direita).

Figura 30: Fósseis com estruturas circulares concêntricas e bordas ornamentadas de


organismos complexos de 600 milhões de anos encontrados na Bahia, Grupo Barreiras.
(Fonte: CPRM)

Os estudos que antecederam esta primeira etapa apontaram o Grupo Urucuia como sendo o
de maior potencial paleontológico do empreendimento, mesmo considerado tendo sido
apontado como afossilífero por Gaspar et al. (2012). Existem alguns raros registros sem
procedência identificados na base Paleo, porém o que corrobora o seu real potencial foram os
achados descritos por Leal et al. (2013) e identificados durante uma prospecção paleontológica
nesta unidade, iniciada em 2010 e finalizada em 2012, nos municípios de Correntina, Coribe e
Cocos, na Bahia. De acordo com os autores foram encontrados icnofósseis na forma de tubos
de vermes e possíveis vegetais fósseis.
No empreendimento o Grupo Urucuia está representado por espessos mantos de alteração
compostos por areia fina a média, distribuídos em áreas geomorfologicamente planas, onde os
poucos afloramentos se restringem às fortes quebras no relevo. A Formação Posse, que faz
contato com as unidades pré-cambrianas, representa maior chance para identificação de

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PALEONTOLÓGICO 20
fósseis, já a Formação Serra das Araras, composta por arenitos extremamente silicificados,
dificulta a identificação destes registros.
Mesmo pelas dificuldades existentes supracitadas, contudo por ser composto por arenitos,
conglomerados e pelitos fluviais de idade cretácica, é plausível a possibilidade de ocorrência de
novos fósseis em suas litologias, podendo inclusive em analogia com unidades similares de
bacias sedimentares vizinhas, apresentar uma diversidade de ocorrências paleontológicas,
desde invertebrados e peixes até grandes répteis como crocodilos e dinossauros.
Quanto aos depósitos cenozoicos, não representam potencial paleontológico na área do
empreendimento e serão descartados do programa.

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PALEONTOLÓGICO 21
7 Resultados Obtidos

7.1 Mapa geológico de detalhe


Como primeiro produto deste estudo, foi confeccionado um mapa geológico de detalhe afim
de subsidiar a interpretação e construção do mapa de Potencialidades Paleontológicas do
empreendimento (Anexo 2).

7.2 Mapa de Potencialidades Paleontológicas


Como principal resultado deste estudo, foi gerado o mapa de Potencialidades Paleontológicas
que tem por finalidade ser o guia básico na identificação das torres ou intervalos com real
interesse fossilífero. É a partir deste guia de informações é que deverão ser postas em prática
as ações e etapas subsequentes do Programa de Investigação, Monitoramento e Salvamento
Paleontológico (Anexo 3).

7.3 Tabela de Intervalos de Potenciais Paleontológicos


Como resumo dos dados do mapa de Potencialidades Paleontológicas foi gerada a Tabela 8
abaixo contendo os intervalos e seus respectivos potenciais paleontológicos.

Tabela 8: Tabela das Potencialidades Paleontológicas do empreendimento.


Trecho do Potencial
Início Final
Empreendimento Paleontológico
Trecho 1 SE BarII Secc Baixo
SE BarII km 6 Baixo
km 6 km 6,5 Alto
Trecho 2 km 6,5 km 7,08 Médio
km 7,08 km 7,64 Alto
km 7,64 Ent Baixo
SE Bar km 1 Baixo
km 1 km 2 Médio
km 2 km 2,6 Baixo
km 2,6 km 4,8 Médio
Trecho 3
km 4,8 km 5,6 Alto
km 5,6 km 6,38 Baixo
km 6,38 km 6,8 Alto
km 6,8 Ent Baixo

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PALEONTOLÓGICO 22
Trecho do Potencial
Início Final
Empreendimento Paleontológico

Ent km 1,17 Baixo


km 1,17 km 1,89 Alto
km 1,89 km 4,7 Médio
km 4,7 km 5,1 Alto
km 5,1 km 18,75 Baixo
km 18,75 km 25 Alto
km 25 km 31,7 Baixo
km 31,7 km 33 Alto
Trecho 4 km 33 km 34,23 Baixo
km 34,23 km 35,49 Alto
km 35,49 km 39 Baixo
km 39 km 41,76 Alto
km 41,76 km 42,32 Baixo
km 42,32 km 43,63 Alto
km 43,63 km 44 Baixo
km 44 km 44,54 Alto
km 44,54 SE RGII Baixo

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8 Síntese Conclusiva
Durante a investigação que deu origem a este relatório de Avaliação das
Potencialidades Paleontológicas, foram identificadas unidades litoestratigráficas com
potencialidades paleontológicas comprovadas na bibliografia especializada. Como resultado
desta investigação foram produzidos 2 produtos, o primeiro um mapa de manchas contendo
as áreas com real interesse paleontológico e uma síntese deste com os intervalos mais
específicos (Tabela 8), onde deverão concentrar as ações a serem contempladas no Projeto
Executivo do Programa de Paleontologia Preventiva da Linha de Transmissão 230kV Barreiras II
– Rio Grande II.
De maneira a tornar mais compreensível e objetiva, definiu-se 3 classes de potencialidades
paleontológicas para o empreendimento:
 1ª Alto Potencial Paleontológico: Está composta pelas áreas com presença de
litologias comprovadamente fossilíferas, sendo que no empreendimento está
representada por arenitos do Grupo Urucuia geralmente presentes nas vertentes dos
grandes planaltos conhecidos como Chapadão Central. Estas áreas necessitarão de
monitoramento sistêmico por equipe de especialistas durante a fase construtiva e só
serão melhor identificadas pontualmente quando os dados de sondagens forem
disponibilizados.
 2ª Médio Potencial Paleontológico: não necessitarão de monitoramento durante as
escavações, porem todo o material rochoso proveniente das escavações das torres,
deverá ser deixado na área próxima da cava aberta até que uma equipe especializada
em paleontologia execute a triagem e resgate dos eventuais registros fósseis que
possam existir. Entre as unidades inseridas nestas áreas estão as formações São
Desidério e Serra da Mamona e as litologias alvo serão metacalcários e metamargas.
 3ª Baixo Potencial Paleontológico: São todas as demais áreas do empreendimento
estando representadas por espessos mantos de intemperismo, sedimentos cenozoicos
aluviais ou mesmo litologias consideradas afossilíferas.

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PALEONTOLÓGICAS
PALEONTOLÓGICO 24
9 Recomendações
Em face à comprovada presença de registros fóssilíferos associadas às unidades
litoestratigráficas interceptadas pelo futuro empreendimento, torna-se imprescindível a
execução das demais etapas do Programa de Investigação, Monitoramento e Salvamento
Paleontológico como forma efetiva de garantir a total integridade e proteção ao patrimônio
paleontológico destas localidades em consonância ao que pressupõem o DNPM.
As demais etapas deste programa estão descritas nos subitens que se seguem.

Etapas Previstas:
1. Avaliação dos Dados Complementares (Sondagens/ Planta e Perfil) para a confecção do
Projeto Executivo do Programa.
2. Curso de Treinamento e Capacitação Técnica em Paleontologia
3. Monitoramento e Salvamento Paleontológico

9.1.1 Avaliação de Dados Complementares


Tem por objetivo complementar os estudos realizados a fim de delimitar com exatidão
todas as torres que participarão da Etapa 3 de Monitoramento e Salvamento Paleontológico,
subsidiando a confecção do Projeto Executivo para execução das demais etapas do Programa
de Paleontologia. Com estas análises e comparações de novos dados será possível a
construção de um plano estratégico que possibilite o monitoramento e resgate dos
exemplares fósseis passíveis de serem interferidos. Esta etapa proporcionará uma melhor
resolução no delineamento das próximas ações necessárias ao bom desempenho do programa
como um todo.

9.1.2 Curso de Treinamento e Capacitação Técnica em Paleontologia


Dependendo dos resultados da etapa supracitada, devido a real potencialidade para achados
fortuitos de fósseis no empreendimento, poderá ser necessária a capacitação dos funcionários
das empreiteiras responsáveis pelas escavações para as fundações das bases de torres dando
subsídios para que estes cooperadores possam fazer o reconhecimento prévio de possíveis
fósseis quando da ausência da equipe de paleontologia.

9.1.3 Monitoramento e Salvamento Paleontológico


Visa contemplar investigações na área crítica de alto e médio potencial fossilífero definidas
como resultado da Etapa 1, objetivando o monitoramento sistêmico das escavações de torres

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PALEONTOLÓGICAS
PALEONTOLÓGICO 25
em áreas de Alto potencial paleontológico e triagem de litologias em torres marcadas como de
médio potencial paleontológico com vistas a um resgate dos fósseis encontrados.
Ao final do programa, todos os exemplares resgatados deverão ser transportados e
depositados em uma instituição de pesquisa paleontológica a ser escolhida pelo DNPM.

Luiz Carlos Borges Ribeiro Francisco Macedo Neto


CREA – MG 39860 CRBio: 62344/04-D
IBAMA- 614310 IBAMA – 2693610

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PALEONTOLÓGICO 26
10 Bibliografia
Campos, J.E.G. & Dardenne, M.A. 1997. Estratigrafia e Sedimentação da Bacia Sanfranciscana:
Uma Revisão. Revista Brasileira de Geociências 27(3):269-282, setembro de 1997. Brasília-DF.
CECAV – Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas – ICMBio -
http://www.icmbio.gov.br/cecav/downloads.html
Chang, H.K.; Bender, A.A & Kowsmann, R.O. 1992. O papel das tensões intraplaca na evolução
de bacias sedimentares: exemplo da Formação Urucuia. In: Congresso Brasileiro de Geologia,
37. São Paulo, 1992. Anais...São Paulo, SBG. Vol. 2,. 568 e 569.
Egydio-Silva M. 1987. O sistema de dobramentos Rio Preto e suas relações com o Cráton São
Francisco. Tese de doutorado, IGC-USP, São Paulo, 95 p.
Egydio-Silva M., Karmann I. & Trompette R.R. 1989. Litoestratigrafia do Supergrupo Espinhaço
e Grupo Bambuí no noroeste do estado da Bahia. Revista Brasileira de Geociências, 19(2):101-
112.
GeoBank – Serviço Geológico do Brasil - http://geobank.sa.cprm.gov.br/
Ladeira, E.A.; Braun, O.P.G.; Cardoso, R.N. & Hasui, Y. 1971. O Cretáceo em Minas Gerais. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 25, São Paulo. Anais... São Paulo, Sociedade Brasileira
de Geologia, v. 1, p. 15-31.
Leal, L.A.; Campos, L.S.; Da Silva, J.A. & Souza, T.S. 2013. Prospecção Paleontológica no Grupo
Urucuia (Cretáceo) da Bacia Sanfranciscana, Oeste do Estado da Bahia. Paleontologia em
Destaque. 2013. Nº 66 – P. 113 – 114. Ano 28.
Marini, O.J.; Fuck, R.A.; Dardenne, M.A. & Danni, J.C.M. 1987. Província Tocantins – setores
central e sudeste. In: O Pré-Cambriano do Brasil. Ed. Edgar Blücher Ltda.
PALEO – Base de Dados Paleontológicos - Serviço Geológico do Brasil -
http://geobank.sa.cprm.gov.br/

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11 Anexos

11.1 Anexo 1 – Tabela de Fotos dos Pontos Vistoriados

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11.2 Anexo 2 – Mapa Geológico de Detalhe

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11.3 Anexo 3 – Mapa de Potencialidade Paleontológica

AVALIAÇÃO DAS POTENCIALIDADES PROGRAMA DE INVESTIGAÇÃO, LT 230kV Rio Grande II –


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Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Anexos – ART (Anotação de Responsabilidade Técnica)

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 85
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 86
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 87
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 88
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 89
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 90
Linha de Transmissão 230 kV SE Barreiras II/SE Rio Grande II – Barreiras/São Desidério

Plano de Controle Ambiental (PCA)


Anexos Página 91

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