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4. Os artefatos ______________________________________________ 12
4.1. Objetivo do produto _________________________________________________ 12
4.2. Criação de backlog do produto _______________________________________ 13
4.2.1. PBB (Product Backlog Building) ____________________________________ 14
4.2.2. Hierarquia de construção __________________________________________ 16
4.3. Objetivo da Sprint___________________________________________________ 17
4.4. Definition of Ready (DoR) ____________________________________________ 18
4.5. Critérios de aceite __________________________________________________ 19
4.6. Definition of Done (DoD) _____________________________________________ 20
5. As cerimônias ____________________________________________ 21
5.1. Daily ______________________________________________________________ 21
5.2. Refinamento de negócio _____________________________________________ 23
5.3. Refinamento técnico ________________________________________________ 24
5.4. Planning __________________________________________________________ 25
5.5. Review ____________________________________________________________ 27
5.6. Retrospectiva ______________________________________________________ 29
5.7. Fluxo de trabalho ___________________________________________________ 33
5.8 Timebox ___________________________________________________________ 34
5.9. Calendário eventos Scrum ___________________________________________ 35
7. Estimativas _______________________________________________ 39
7.1 T-Shirt ____________________________________________________________ 40
7.2 Fibonacci __________________________________________________________ 41
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9. Comunicação _____________________________________________ 55
9.1. Comunicação não violenta ___________________________________________ 55
9.2. Rapport ___________________________________________________________ 57
9.3. Empatia ___________________________________________________________ 58
9.4. Gestão de equipes/pessoas __________________________________________ 59
9.5. Como redigir um bom e-mail __________________________________________ 60
9.6. Gestão do relacionamento com o Cliente _______________________________ 62
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IMPORTANTE!
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1. O que é agilidade
O que tem que ficar claro é que agilidade não quer dizer apenas velocidade ou rapidez.
Quando se fala de agilidade, fala-se de um conjunto de características, que são: velocidade com
colaboração, flexibilidade, adaptação e sustentabilidade de acordo com os valores e princípios
do manifesto ágil publicado em 2001.
O “Manifesto Ágil”, foi elaborado em uma reunião formada por 17 pessoas que na época
trabalhavam usando metodologias, visando uma reformulação das técnicas existentes até aquele
momento. Nessa reunião foram identificados pontos em comum que todos utilizavam no dia a
dia.
A partir disso, chega-se à conclusão que, ser ágil não é ser rápido! Ser ágil é entregar
valor de forma flexível se adaptando às mudanças de forma colaborativa, entregando valor para
o cliente frequentemente com a melhor qualidade possível!
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2. O que é o Scrum
O Scrum é um framework composto por papéis, artefatos e eventos (tópicos que serão
vistos respectivamente nos capítulos 3, 4 e 5) sustentado em 3 pilares: transparência, inspeção
e adaptação.
Tudo começa com um backlog de produto, tema que será aprofundado no capítulo 4.
Este é criado pelo Product Owner (PO) em conjunto com os Stakeholders (cujo papel será
detalhado no capítulo 3) e contém os itens necessários para melhorar ou construir um produto.
Este backlog de produto precisa ter um objetivo principal, chamado de meta do produto. A meta
pode ser a melhoria de um produto existente ou a construção de um novo para resolver algum
problema ou necessidade. Uma vez definida a meta, esta deverá ser cumprida ou abandonada
antes de assumir a próxima.
Todo trabalho necessário para atingir a meta do produto acontece dentro das sprints que
são períodos em que acontecem os desenvolvimentos e entregas de valor. Os itens do backlog
devem ser priorizados e ordenados de forma que seja possível trabalhar com alguns deles
durante uma sprint. O evento que vai selecionar quais itens serão trabalhados na sprint é
chamado de Sprint Planning.
Neste evento, detalha-se o que é e como será feito o trabalho de desenvolvimento durante
a sprint. Define-se também o objetivo ou meta para a sprint. Isso ajuda a ter coerência e foco no
que será trabalhado sempre considerando a meta do produto.
Durante a sprint, o trabalho é inspecionado diariamente com o objetivo de identificar
possíveis problemas e impedimentos para conseguir resolver ou pelo menos diminuir seus
impactos e adaptar o sprint backlog.
Já no final da sprint realiza-se um evento para apresentar o que foi desenvolvido para
todas as partes interessadas chamado de review e um outro evento onde o time reflete sobre o
que foi bem e o que pode melhorar nos processos internos e na forma de trabalhar do mesmo.
Esse trabalho por sprints cria previsibilidade e garante que o trabalho seja inspecionado e
adaptado em direção à meta do produto.
O Framework Scrum te diz a estrutura de trabalho que você deve seguir, mas não diz
exatamente como o time precisa fazer o trabalho. Isso vai depender das melhores práticas
usadas no contexto do time. Por exemplo, em um time de desenvolvimento de software, existem
boas práticas de codificação, de testes etc.
Outro exemplo aplicado ao framework é que não existe um evento definido para o
refinamento do backlog. O refinamento é uma boa prática na construção de um bom backlog pois
melhora o seu estado discutindo junto com o time o que precisa ser entendido para reduzir as
incertezas no desenvolvimento. Na seguinte figura apresenta-se de maneira gráfica toda a
estrutura do Scrum.
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F RAMEWORK S CRUM
F O NTE : THELIBERATO RS . COM
Vale ressaltar que o Centers Studio Agile da NTT Data Brasil, leva para todas as alocações
em clientes a necessidade de ter flexibilidade e saber satisfazer os anseios do cliente pois o
framework é uma estrutura de trabalho complementada com boas práticas e não uma “receita
de bolo mágica” que vai resolver todos os seus problemas.
Dito isso, conclui-se que o objetivo da utilização desse framework é entregar um produto
que agregue valor para o cliente final. Esse valor pode ser agregado com entregas funcionais
contínuas e periódicas de qualidade, com respostas rápidas a mudanças. Isto permite estar
sempre prontos para reagir ao inesperado, financeiramente, gerando retorno sobre o
investimento feito pelo cliente e ainda por produtividade. Quando é priorizado o indivíduo e suas
interações e colaboração com o cliente, gera-se um ambiente de trabalho mais “leve”.
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3. Papéis e responsabilidades
Neste capítulo será abordado cada papel que compõe um Time Scrum, que chamaremos
em certas ocasiões de Squad, e suas responsabilidades. Os principais papéis dentro de uma
squad que roda Scrum são na ordem:
Além dos papéis que compõem um time scrum existe o papel dos Stakeholders que
embora não façam parte do time, vão aparecer em momentos específicos e, portanto, é
necessário considerar sua participação.
Quem trabalha com desenvolvimento de software está acostumado a ouvir os nomes
acima mencionados, mas nem sempre conhece quais as funções e responsabilidades de cada
papel. Por isso, este assunto tão importante será detalhado neste capítulo.
Product Owner é o profissional responsável por direcionar o time para que estejam
trabalhando em "atividades" que possuem um valor maximizado de acordo com a necessidade
do Cliente, visto que, ele é o dono do produto, entende as necessidades da empresa e as leva
para o time.
Qual a importância desse papel? A figura do PO é fundamental em projetos ágeis pois,
hoje em dia, as necessidades das empresas mudam a uma velocidade vertiginosa, de acordo
com alterações de escopo, objetivos ou mudanças de mercado. Para isso o PO precisa se
adaptar e flexibilizar para responder adequadamente às mudanças necessárias!
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Por fim, é preciso salientar que o PO, necessita estar o tempo todo em contato com os
Stakeholders e com o Dev Team, mantendo desta forma uma comunicação clara e objetiva
para que se possa obter a melhor resposta possível às mudanças, com o maior valor
agregado.
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3.4. Stakeholder
Como comentado anteriormente, Stakeholder não faz parte de um time Scrum. Porém,
neste guia este papel é ressaltado devido ao fato de ele estar presente e ter uma atribuição
importante no dia a dia das organizações.
Neste guia quando se fala de Stakeholder, geralmente refere-se às partes interessadas
de alguma forma com o resultado ou entrega do projeto/produto, desde gestores da empresa,
acionistas, colaboradores até fornecedores ou investidores/sponsors do projeto.
O papel em questão, nos projetos em que os funcionários da NTT Data atuam, tem a
função de demandante e patrocinador do projeto, sendo o interessado direto pela entrega do
produto. Em vários cenários o Stakeholder, junto ao PO, detém o conhecimento da visão do
negócio e qual objetivo ele quer alcançar com o produto, sempre pensando na visão de mercado
e no retorno de investimento que cada incremento irá gerar para a empresa.
Por estes, dentre outros motivos, o papel do Stakeholder é destacado, visto que na
vivência diária é este que, tanto o Scrum Master quanto o Product Owner, irão procurar na hora
de validar alguma decisão estratégica, já que são os interessados diretos no sucesso do produto
e são eles que viabilizam financeiramente.
Dito isto ressalta-se a importância de uma comunicação clara, objetiva e constante entre
todos os papéis, buscando sempre a maior transparência possível, capacidade de adaptação às
mudanças e inspeção contínua para garantir a qualidade da entrega e a colaboração entre as
partes para todos estarem sempre na “mesma página”.
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4. Os artefatos
A proposta deste tópico é esclarecer os conceitos mais comuns sobre artefatos de forma
objetiva e sempre que possível trazendo vivências do dia a dia nas operações com alocação de
Agilistas da NTT Data. Um artefato representa o trabalho ou valor entregue e dá transparência
ao processo. Segundo o scrum guide, existem 3 artefatos principais: O Product backlog, o sprint
backlog e o incremento do produto. Cada artefato tem um compromisso que ajuda a aumentar o
foco e o alinhamento
• Product backlog: é a lista ordenada dos itens que são necessários para o
desenvolvimento ou melhoria de um produto. O PO é o responsável por ordenar e
priorizar o PB. Seu compromisso é a meta/objetivo do produto que ajuda a ao time a ter
um objetivo de longo prazo a se cumprir antes de se embarcarem em um novo.
• Sprint backlog: é uma lista ordenada dos itens que o time de desenvolvimento planeja
realizar durante uma sprint. Ele nasce a partir do product backlog e tem como
compromisso a meta/objetivo da sprint. Esta meta ajuda a manter o foco durante uma
sprint encorajando o Scrum Team a trabalhar junto ao invés de ter iniciativas separadas.
• Incremento: é a soma dos itens do sprint backlog completados em uma sprint. Cada
incremento é um passo para alcançar a meta do produto e deve funcionar junto com
outros incrementos entregues anterior ou posteriormente. O trabalho feito durante a
sprint não poderá ser considerado parte do incremento a menos que atenda o
compromisso da definição de pronto (DoD). DoD é uma descrição formal do que o time
deve considerar para afirmar que o trabalho está entregue.
A seguir serão abordados os compromissos dos artefatos com maior profundidade junto
com outros temas que ajudam a melhorar e manter os artefatos mencionados.
Algumas perguntas recorrentes nas operações são: “por que estou desenvolvendo isso?”,
“qual o valor para o usuário final?”, “estou atendendo a necessidade do usuário, ou do negócio?”,
entre outras. Bom, dito isso, é necessário alinhar as expectativas e deixar claro o que se entende
por objetivo do produto.
Quando se fala de objetivo do produto o foco é sempre o negócio diferente de personas
cujo foco são os usuários. Partindo desta premissa e considerando as práticas de uma Lean
Inception (Ver capítulo de leituras recomendadas) em que as expectativas são alinhadas
podemos discursar sobre objetivo do produto.
Afinal, como saber qual é o objetivo do produto então? Para isso, é necessário em primeiro
lugar identificar um problema, que seja na sociedade, uma demanda de mercado ou uma
melhoria de algo existente. Após identificar um problema, será necessário propor soluções
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práticas para esse problema, de forma que agregue algum benefício/valor tanto para a empresa
quanto para a persona (usuário final), que irá utilizar o produto ou serviço.
Uma boa prática para alinhar ideias e construir o produto certo do zero é rodar uma Lean
Inception. Esta prática vai ajudar o time a identificar problemas, propor soluções, alinhar
expectativas, identificar o público-alvo junto com jornadas de usuário, ou seja, como um usuário
interage com o produto. Tudo isto vai permitir que o time entenda o objetivo do produto e
identifique funcionalidades com o maior senso de valor.
O método acima vai direcionar e nortear o time para onde querem chegar, dessa forma,
eles terão uma meta clara, objetiva e palpável. Esta meta será o objetivo do produto.
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É importante destacar que não existe uma forma certa ou errada de se criar um backlog.
O que existem são boas práticas que podem ser adotadas para facilitar essa construção. Existem
muitos métodos que auxiliam nessa construção, aqui será apresentado um deles que é o PBB
criado pelo Fabio Aguiar. Ele servirá como apoio ao Product Owner caso ele precise definir um
Product Backlog ou melhorar um Product Backlog existente. Lembre-se que uma jornada de
criação de backlog precisa de todas as partes interessadas incluindo pessoas com domínio
técnico.
No PBB Canvas mostrado acima existem seis etapas que ajudam a construir um Backlog
de produto. O Canvas mostrado já está preenchido para auxiliar o entendimento com um
exemplo. O produto exemplo é uma plataforma para registrar e organizar palestras.
1. NOME DO PRODUTO
Essa é a parte em que se define o nome do produto.
2. PROBLEMAS
Nesta segunda etapa é muito importante que as pessoas de negócio consigam
identificar e compreender o estado atual do cliente, desta forma, destacando de
maneira colaborativa, quais problemas o cliente está enfrentando e que o produto
poderia resolver.
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3. EXPECTATIVAS
No terceiro passo, o principal é identificar o estado desejado, ou seja, onde
queremos chegar, quais são as expectativas do cliente em relação ao produto.
Para alinhar as expectativas do estado desejado, é necessário propor soluções
para o estado atual, assim, chegando de forma compartilhada a um ponto comum.
4. PERSONAS
As personas ajudam a identificar quem é o público-alvo. É necessário definir
exatamente o tipo de persona que o produto quer atingir, para isso, é necessário
ser bem preciso, identificando características únicas e exatas da persona. É
interessante que a persona identificada esteja acompanhada do que ela faz
atualmente com produtos similares ou manualmente e o que ela espera que o
produto permita fazer.
5. FEATURES
Uma vez definidas as personas, é necessário identificar de maneira macro, as
features, ou funcionalidades. Uma funcionalidade é a descrição de uma ação ou
uma interação de um usuário com o produto. Na hora de escrever as
funcionalidades, é necessário verificar quais problemas resolve e quais benefícios
entrega para o usuário.
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4.2.2.Hierarquia de construção
Hierarquia de construção é uma forma de organizar e refinar o Product Backlog até chegar
a um PBI que esteja pequeno e refinado o suficiente para se tornar um incremento do produto.
Como não existe um padrão de hierarquia de construção, variando de ferramenta para
ferramenta e do entendimento do time, isso ocasiona grande confusão. Portanto, será
apresentada a hierarquia usada no cotidiano dos agilitas da NTT Data.
ÉPICO - EPIC
TAREFA - TASK
Foi citado no tópico 4.2.1. a feature como uma funcionalidade macro. Essa funcionalidade
pode ser considerada como um épico na hierarquia de construção. Épico é uma história que
ainda não foi detalhada, é muito grande ou ainda possui muitas incertezas de negócio e/ou
técnicas. Os épicos, ainda precisam ser “quebrados” em histórias de usuário menores.
Exemplo de épico: Eu, enquanto praticante de esportes, desejo poder marcar jogos por
um aplicativo para que eu não precise ligar para tantos lugares.
Exemplo de US 1: Eu, enquanto praticante de esportes, desejo reservar uma quadra por
um aplicativo para otimizar meu tempo.
Exemplos de Tasks: Criar tela de cadastro, criar tabela no banco de dados, validar
campos etc.
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Segundo o Scrum Guide o objetivo da sprint é definido como: “Uma meta que serve como
guia para o time de desenvolvimento, pois ela reflete o que se espera alcançar ao final da Sprint,
do ponto de vista de negócio”.
É muito importante ter bem definida a meta da sprint e a prioridade de entrega, para que
todo o time saiba exatamente o porquê está desenvolvendo e onde necessita chegar
promovendo a colaboração, uma sprint sem meta clara e objetiva pode acabar perdendo o foco
e entregando no final dela algo que não agregue valor ao cliente.
Uma pergunta que poderia automaticamente surgir é: quem é o responsável por definir o
objetivo da sprint? Não existe uma pessoa específica ou papel que vai criar a meta sozinha, mas
ela pode ser identificada pelo PO olhando para o objetivo do produto e discutida/ajustada pelo
time. O PO consegue colocar todos na mesma página, dando um norte para o time.
Embora o ideal seria partir de uma pessoa de negócio como o PO, acontece também na
prática que o próprio Scrum Master e Dev Team precisam ter uma compreensão geral do produto
para conseguir identificar a meta na ausência de um PO.
Cabe ressaltar que a cada sprint o objetivo será diferente, mas sempre inserido no
contexto do produto e atrelado aos objetivos de negócio estabelecidos pela organização, por isso
é preciso que o time esteja na mesma página sempre alinhados com as expectativas claras.
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O DoR ou definição de preparado, é um conjunto de critérios definidos pelo time, que vão
detalhar o que uma US precisa ter ou cumprir para que possa ser desenvolvida pelo Dev Team.
Resumidamente, são os critérios que vão dizer se a história está preparada para entrar no
backlog sprint.
A responsabilidade para que a escrita das User Story possua DoR é do time e provocado
pelo Scrum master na ausência dele. O benefício do DoR é facilitar o entendimento do time para
que a US tenha menor quantidade possível de incertezas e falta de informação tanto de negócio
quanto técnica.
Vale ressaltar que não se deve tornar o DoR um impedimento em seu projeto. Ou seja, a
Definition of Ready não precisa estar 100% detalhada, mas precisa ter um detalhamento
suficiente para que o time de desenvolvimento se sinta confortável com a história e ela esteja
preparada para entrar em uma sprint.
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Os critérios de aceite são parte fundamental de uma User Story. Isso significa que, para
uma US estar completa, ela precisa ter critérios de aceite bem definidos e listados. Normalmente,
os critérios de aceite são representados em forma de lista de regras de negócio que apresentam
os resultados esperados para validar as funcionalidades implementadas.
Chama-se assim pois, por meio dessa lista é possível descobrir se a US, quando entregue,
atende ou não às expectativas do PO, do ponto de vista do negócio. Geralmente os critérios de
aceite estão em conformidade com as regras de negócio que o PO identificou, mas são muito
usados para a criação de cenários de testes e por tanto o Dev Team também pode ajudar a
refinar esses critérios.
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A verdade é que, justamente para evitar esse tipo de dúvida em saber quando realmente
uma história está pronta, é preciso combinar o DoD. Dessa forma não haverá confusão nem
dúvidas de quando a história está pronta.
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5. As cerimônias
5.1. Daily
A Daily é uma reunião rápida diária. O Scrum Guide estabelece um Timebox de 15 minutos
onde todo o time Dev fala da evolução da sprint. Esta é uma oportunidade de inspecionar e
adaptar o trabalho. Para a realização desta cerimônia é esperada a participação do Dev Team e
do SM. Já o PO não é obrigatório, mas ele pode entrar para saber o estado atual do
desenvolvimento e para ajudar a tirar dúvidas.
Em um contexto de agilidade existe a realidade da teoria e da prática. Cada Squad é única
e, portanto, a Daily também tem de ser! Isso significa que pode-se fazer da cerimônia o que bem
entender? Também não, existem algumas boas práticas que serão orientadas a seguir.
Primeiramente a Daily é uma reunião rápida, se deixar estender demais perde-se o foco e
o objetivo da reunião. O objetivo principal da cerimônia é permitir que todo o time esteja na
mesma página ao longo da sprint, que ele consiga levantar impedimentos e identificar possíveis
atrasos que podem vir a acontecer.
Em algumas alocações o SM chama um desenvolvedor de cada vez para ele passar um
panorama geral de como está a evolução de suas tarefas e se existe algum impedimento. Em
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outros projetos o SM comenta sobre uma história e quem estiver trabalhando nela informa se
existe algum bloqueio ou impedimento e como está o decorrer do desenvolvimento.
A verificação por história ajuda a entender o trabalho de vários Devs atuando em paralelo,
por exemplo: ao mesmo tempo que um desenvolvedor está trabalhando no back-end outro pode
trabalhar no front-end e ao mesmo tempo um QA pode estar gerando massas de teste.
O Scrum Guide não estabelece a presença do PO como obrigatória. Pela experiência, é
recomendada a participação dele nas Dailies desde que seja produtiva. O papel do SM durante
a cerimônia é de intervir e certificar-se de que qualquer impedimento ou problema será tratado
em um fórum separado com a presença dos interessados (cuidado com a forma de falar).
Finalmente, orienta-se que em times menos experientes, o SM provoque o time Dev para
apresentar a situação real do andamento da sprint. Percebe-se que em algumas ocasiões existe
uma resistência em apresentar impedimentos e pedir ajuda. O Scrum Master deve fazer com que
o time entenda que a Daily é um ambiente seguro, colaborativo, para gerenciamento de risco e
alinhamentos, de suma importância para o sucesso da uma Sprint.
A continuação apresenta-se, de maneira resumida, a sequência de trabalho para a
condução de uma Daily.
Use o workflow como um guia para aplicar na condução das suas cerimônias, mas não
como uma regra, visto que, cada time pode possuir formas ou necessidades diferentes de como
executar os eventos.
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É indicado fazer o refinamento em dois dias pois entende-se que, pelas experiências em
alocações, o formato mais eficaz é alternar um refinamento de negócio com um refinamento
técnico, para que no segundo encontro de cada, sejam solucionadas pendências de negócios e
técnicas dos encontros anteriores.
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5.4. Planning
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Use o workflow como um guia para aplicar na condução das suas cerimônias, mas não
como uma regra, visto que, cada time pode possuir formas ou necessidades diferentes de como
executar os eventos.
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5.5. Review
Já teve dificuldades em cumprir objetivos da sua empresa? Isso é muito mais comum do
que se imagina, mesmo tendo as metas bem definidas, às vezes acontece de “deixar para trás”
os objetivos. Nesse sentido, revisar o desenvolvimento e as entregas periodicamente é de suma
importância para manter o foco no resultado.
A Sprint Review surge com o intuito de verificar a cada sprint o incremento entregue pelo
time e verificar se o que está sendo feito ajuda a cumprir os objetivos tanto da sprint quanto do
negócio. A review é uma cerimônia prevista no Framework Scrum para revisar e validar as
entregas ao final de cada Sprint. Para esta cerimônia é indicada a participação do time Scrum
como um todo.
Como é a dinâmica dessa reunião? Parte-se da ideia de que a apresentação da entrega
tem que ser do software funcionando, e não a apresentação apenas de prints ou um power
points. Apresenta-se a entrega funcionando no ambiente combinado, de acordo com os critérios
de aceite e DoD definidos pelo time. É indicado que o Dev Team, de preferência alguém de testes
(QA), apresente o incremento funcional para o PO e stakeholders, já que a última etapa de um
desenvolvimento normalmente é o teste do desenvolvimento.
A dinâmica é a seguinte: alguém da equipe de QA (caso não tenha um time de QA, será
algum dev que trabalhou e testou a história) apresenta as histórias funcionando no sistema, com
os incrementos solicitados pelo PO na Sprint em questão. Ele demonstra que o desenvolvimento
atende os critérios de aceite e a DoD junto às definições de UX e o PO junto com as partes
interessadas validam ou não a US. Caso a validação não seja explícita, o Scrum Master pode
questionar para ter transparência no entendimento.
Se a história for validada, apresenta-se a próxima história e segue a mesma dinâmica.
Caso a história não for validada, o Scrum Master precisa verificar com o Product Owner o que
faltou, quais critérios de aceite ou qual ponto do DoD não foi atendido. A continuação com a
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facilitação do SM, o time negocia a entrega e validação posterior dessa US ou de uma nova US
para terminar o trabalho ou da realização de alguma melhoria que será priorizada ou não pelo
PO nas próximas sprints. Tente evitar ao máximo este cenário, caso isso aconteça é necessário
avaliar se a descrição da User Story não estava clara ou se faltou atenção/qualidade durante o
desenvolvimento ou testes do incremento.
Uma outra dica é, sempre que tiver validação de histórias, solicite a formalização na
ferramenta de trabalho para o Product Owner ou aprovador. Caso o projeto não possua uma
ferramenta oficial, o Scrum Master pode pedir uma formalização por e-mail, para formalizar um
registro de entregas que será levado na próxima review ou em uma futura apresentação de valor
agregado ao projeto.
A continuação apresenta-se de maneira resumida a sequência de trabalho para a
condução de uma review.
Use o workflow como um guia para aplicar na condução das suas cerimônias, mas não
como uma regra, visto que, cada time pode possuir formas ou necessidades diferentes de como
executar os eventos.
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5.6. Retrospectiva
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9). Uma sugestão é fazer o time entender que eles são os protagonistas do sucesso do time.
Então, todas as melhorias resultarão em melhorias diretas no dia a dia de trabalho de cada um
na Squad, na forma de experimentos pequenos.
Para montar um plano de ação, o Scrum Master deve ressaltar a importância de colocarem
ações concretas que, possivelmente, resolvam algum problema levantado pela equipe do que
não foi bem durante a Sprint. Caso surjam muitas propostas, deixa aberto para a discussão,
priorizem de forma colaborativa e escolham o que for possível implementar já na próxima sprint.
Soluções de médio e longo prazo, não devem ser descartadas, mas é necessária uma análise
do impacto delas nas tarefas do dia a dia.
A continuação apresenta-se de maneira resumida a sequência de trabalho para a
condução de uma retrospectiva.
Use o workflow como um guia para aplicar na condução das suas cerimônias, mas não
como uma regra, visto que, cada time pode possuir formas ou necessidades diferentes de como
executar os eventos.
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Por fim, segue abaixo alguns exemplos de boards de retrospectivas que foram aplicadas
em alguns projetos do Studio Agilidade Centers.
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A seguir, mostra-se o fluxo de trabalho durante uma sprint. Ressalta-se que, antes de
começar uma sprint é necessário fazer refinamentos para preparar as histórias que serão levadas
na planning. Além disso é importante que, no decorrer de uma sprint sejam feitos refinamentos
para preparar as histórias suficientes de uma ou de duas sprints na frente. Dessa forma garante-
se que o fluxo de trabalho do time não seja interrompido por falta de histórias.
No refinamento verifica-se a definição DoR junto com os critérios de aceite e DoD. Na
planning também verifica-se os critérios anteriores e são discutidos ou adicionados novos
critérios que não tenham sido identificados nos refinamentos. Se a história tem ainda muitas
incertezas para definir os critérios, ela voltará para um outro refinamento e não será considerada
para a sprint. Nas dailies, verifica-se diariamente como está o andamento das histórias que foram
planejadas e adapta-se o trabalho removendo qualquer bloqueio ou impedimento para que o time
consiga continuar o trabalho.
Na review verifica-se se as histórias foram concluídas usando a DoD. Caso uma história
não atenda essa definição, volta-se ao backlog para que seja terminada na próxima sprint com
a prioridade que o PO considere. Por fim, na retrospectiva, verifica-se o que deu certo e não tão
certo para criar planos de melhoria na forma de fazer experimentos que serão considerados na
próxima sprint dentro da planning ou inclusive nos refinamentos, caso eles sejam atingidos pelas
melhorias.
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5.8 Timebox
O conceito de Timebox é uma caixa de tempo, previamente estabelecido e que não deveria
ser ultrapassado. O Timebox ajuda a manter qualquer tipo de reunião objetiva evitando tratar
outros assuntos que não agregam. Com esse objetivo todos os eventos ou cerimônias Scrum
tem um timebox estabelecido pelo Scrum guide. Uma daily por exemplo, tem um timebox de 15
minutos de duração. Embora seja importante manter esse timebox, é recomendado ter
flexibilidade é não ser “by the book” e muito menos “Xiitas” sempre que a situação o permita.
Utilize técnicas e boas práticas ou realize um trabalho prévio para manter o timebox.
As expressões acima, trazem o conceito de não seguir cegamente o livro. Não se deve
“levar tudo ao pé da letra”. É importante ser flexíveis e adaptar às necessidades do dia a dia.
Sabe-se que em algumas situações o time não vai ficar exatamente 15 minutos em uma Daily.
Esta, muitas vezes, dura 20 ou até 30 minutos. Mais do que isso já sai fora do objetivo da reunião.
Uma técnica para manter o timebox dentro de uma daily é o Parking Lot, sugerida por Mary
Provinciatto e Paulo Caroli, em seu livro Sprint a Sprint. O parking lot é um espaço (dentro da
ferramenta de gestão utilizada ou da ferramenta de colaboração como o Miro) onde são
registradas todas as dúvidas ou assuntos que são importantes, mas que no momento saem do
objetivo da cerimônia. Após o término da reunião pode se puxar uma outra sala para tratar esses
assuntos específicos, de acordo com a necessidade e sem timebox definido.
Uma boa prática para manter o timebox durante uma Sprint Planning pode-se realizar
refinamento de histórias tanto no que diz respeito à visão de negócio quanto em relação à visão
técnica. Essa prática é fundamental para uma Planning mais produtiva e assertiva, tanto quanto
as estimativas. Nesse último caso, os líderes já estarão familiarizados com as histórias e no
entendimento do que precisa fazer para realizar uma entrega de valor o que facilitará as
discussões durante o processo de estimar cada história. Dessa forma na Planning faz-se um
alinhamento com o time, estima-se as histórias/tarefas a serem feitas na Sprint, e emprega-se
mais esforços na mitigação dos riscos com todos ficando na mesma página.
Outra boa prática, aplicada a qualquer reunião com timebox definido, é realizar um “Pré
Work” para organização. Desta forma a pauta da reunião já estará preparada com anterioridade,
e poderá ser evitado qualquer outro assunto fora do objetivo da reunião. Com isso ganha-se
tempo e mantem-se o timebox.
E quem deve estar presente nesse “Pré Work”? O que é feito? Por se tratar de
organização, é importante a presença de pessoas estratégicas apenas quando necessário tais
como, o PO, o SM atuando como facilitador e dando dinamismo à reunião, os DEVs que são os
líderes, “os mais experientes” dentro de suas respectivas tecnologias, por exemplo: o QA “mais
experiente”, que está à frente, o Back-End, Dev de Front, e assim por diante.
A seguir mostra-se um calendário para uma sprint de 15 dias, o calendário mostra quais
cerimônias os dias e os timebox esperados para cada uma.
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Você pode perceber que no calendário acima aparece apenas uma reunião de refinamento
semanal. Existem times mais maduros ou times cuja realidade não permite fazer refinamentos
em dois dias. Nesses casos faz-se apenas um refinamento juntando negócio e técnico. Caso
exista a necessidade de fazer um refinamento de negócio e um refinamento técnico, use as dicas
mencionadas na seção 5.3.
Dicas: tente reduzir a duração da sua planning para não ficar tão pesada para o time,
ainda mais se for um time remoto. Use os refinamentos para tentar reduzir esse tempo tirando
qualquer incerteza e dependência. Tente deixar um espaço de tempo de pelo menos 10-15 min
entre a Review e a Retro para que o time consiga descansar. A Daily pode se estender além dos
15 minutos, sempre que for para cumprir os objetivos da cerimônia. Em times maiores, às vezes,
15 minutos é pouco tempo.
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6. Histórias de Usuário
As histórias de usuário nasceram como uma representação dos itens do product backlog (PB)
do ponto de vista de um usuário. Como o PO é o responsável pelo PB, ele costuma escrever
as histórias de usuário, porém, qualquer pessoa do time pode escrevê-las sempre que façam
sentido para o negócio, sejam validadas e priorizadas pelo PO.
Escrever uma boa História de Usuário (US) não é uma tarefa tão simples quanto parece.
No dia a dia, percebe-se que em muitas alocações é necessário apoiar o PO para melhorar a
sua escrita. Existem vários métodos e boas práticas para auxiliar na escrita de uma boa história,
uma delas é o critério INVEST.
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Por fim, testável. Não tem como considerar uma história entregue se ela não tiver cenários
de testes. É necessário que toda história ofereça possibilidades de ser testada para poder
garantir a qualidade e que a funcionalidade entregue atenda as expectativas do cliente.
Explicados todos os pontos do critério INVEST sobre escrita de histórias, ressalta-se que
esse é um critério ideal para uma história de usuário adequada e pronta para ser desenvolvida.
Porém, no dia a dia, muitas vezes acontece de a US não conseguir atender todos esses pontos
por vários motivos. Isso não significa que a funcionalidade deixará de ser desenvolvida.
Nesse cenário, é preciso analisar com todo o time e com o PO se a história ainda assim
faz sentido o desenvolvimento e se ela irá agregar algum tipo de valor. Caso a resposta seja sim,
a US será desenvolvida. Caso a resposta seja não, o ideal é que a história seja refinada
novamente para entrar nas próximas sprints.
Como comentado, as histórias de usuário são uma forma de representar itens do PB.
Existe uma outra forma de fazer essa representação que inclusive pode auxiliar em uma eventual
escrita de histórias de usuário no modelo tradicional (que será mostrado a seguir).
O Modelo ARO é uma representação da ação de um usuário com o produto.
MODELO ARO
AÇÃO
RESULTADO
OBJETO
A escrita começa com a ação que deverá ser um verbo, na sequência está o resultado e
em seguida o objeto. Por exemplo: efetuar a compra de um livro, está no modelo ARO. Efetuar
é a Ação, a compra é o Resultado e o livro é o Objeto.
6.2. Modelo 3W
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MODELO 3 W
AS A (WHO?)
I WANT (WHAT?)
BECAUSE (WHY?)
6.3. Habilitadores
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7. Estimativas
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tempo para ser feita. O primeiro caso foi um exemplo de estimativa relativa e o segundo de
estimativa absoluta.
Aplicando os conceitos no dia a dia de um SM, a estimativa relativa vai permitir que as
pessoas dos times consigam estimar em conjunto o esforço das histórias de usuário e chegar
em um consenso olhando para 3 características principais:
Uma boa prática quando o time está começando com estimativas relativas é encontrar
uma linha base de esforço para estimar. Sempre inicia-se selecionando uma história de usuário
como referência e a partir dela, estima-se as outras comparando o seu esforço.
Existem várias técnicas para estimar uma história usando os conceitos de estimativas
relativas, aqui serão apresentados dois dos mais populares, tamanho de camisetas ou t-shirt
sizes e pontos de história baseados na sequência de Fibonacci.
7.1 T-Shirt
Tamanho de camisetas é uma técnica que ajuda a estimar uma história atribuindo um
tamanho de camiseta (do PP ao XXG) que representa seu esforço relativo. Ver imagem.
Usar esses tamanhos ajuda ao time a abstrair o esforço fugindo dos números que são
muito associados ao tempo.
Um bom exercício para iniciar com estimativas é usar tamanho de camisetas junto com
exemplos fora da área de TI. Considere que o time precisa estimar o tamanho relativo das frutas
da tabela abaixo. Como primeiro exercício eles deverão estimar o tamanho relativo de cada fruta
e depois a dificuldade para cortar.
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Neste caso, o time pode começar pela fruta com maior tamanho ou menor tamanho e
estimar as demais usando essa primeira como referência. Embora não tenha um certo ou errado
nas estimativas, sempre devemos considerar o bom senso na hora de comparar e manter uma
consistência dentro do time.
7.2 Fibonacci
A sequência de Fibonacci é outra técnica muito utilizada para estimar usando pontos de
história ou Story points. Os pontos de história são números que representam uma escala para
comparar o esforço de uma história.
A sequência de Fibonacci é muito útil para estimar porque os dois últimos números na
sequência são adicionados para criar o próximo número (1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144...).
Isto faz com que a distância entre os números aumente conforme a escala aumenta. Usando
essa escala fica mais fácil realizar a comparação e chegar em um consenso.
Com o tempo, os times vão começar a perceber um padrão nas estimativas à medida
que várias pessoas trabalham com itens com os mesmos valores de pontuação. Por exemplo, 1
Story Point significa que o esforço pode ser entregue rapidamente, em um dia ou menos. Por
outro lado, um item com 13 pontos de história significa que é muito complexo e pode levar várias
até uma semana para ser concluído.
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A forma mais popular para realizar o processo de estimativa dentro de um time é o planning
poker. O planning poker é uma estratégia facilitada pelo SM que busca chegar em uma estimativa
via o consenso do time. A continuação segue o passo a passo de uma sessão de estimativas
usando planning poker, vale ressaltar que este é um processo feito uma história de usuário de
cada vez:
1. Cada membro do time recebe um conjunto de cartas com os valores de uma sequência
(geralmente a sequência de Fibonacci). Cada número dessa sequência corresponde a
uma carta que por sua vez corresponde com um valor da estimativa.
2. Cada membro do time de desenvolvimento seleciona uma carta sem mostrar seu valor
para os demais membros do time.
3. Quando todos estiverem prontos, ou seja, cada um escolheu uma carta, agora é a hora
de mostrar para todos.
4. Caso todos selecionem a mesma carta ou concordem com algum valor, será considerado
esse valor para estimar a história.
5. Se as cartas forem diferentes, os membros discutem e expõem seu ponto de vista do
porquê da escolha. Nesse ponto é importante que o SM proteja as opiniões de todos e
evite que algumas pessoas sejam obrigadas a mudar de carta. Após essa discussão é
feita mais uma rodada (volta-se ao passo 2).
Existem ferramentas virtuais para facilitar uma sessão de planning poker onde cada participante
irá escolher uma carta mostrada na tela do computador. No final de cada rodada o host revela
os valores das cartas para todos ao mesmo tempo. Uma dessas ferramentas gratuitas é o Scrum
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Sem métricas, o time tende a atuar de forma reativa diante os problemas. Com as métricas,
as equipes param de reagir e passam a agir com antecedência. Dessa forma, as falhas são
antecipadas e os ajustes podem ser feitos ao longo do caminho.
Como no gráfico usa-se SP, a confiabilidade dele vai depender muito de boas estimativas.
Por isso as estimativas feitas pelo time devem melhorar com o tempo para atingir bons
resultados. A linha de desenvolvimento real sempre deve acompanhar de perto a linha ideal, se
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ela se desviar muito indica que algo está acontecendo no time. Por exemplo, pode ajudar a
detectar lentidão no processo de desenvolvimento possibilita que o time atue antes de virar um
problema maior.
Segue abaixo vários exemplos de como analisar gráficos de Burndown.
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8.2. Velocity
Velocidade
50
40
30
SP
20
10
0
1 2 3 4 5 6
Sprint
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8.3. Capacity
Seja qual for a unidade que o time definiu, você terá que verificar o planejado x realizado,
e conflitar as informações.
No Studio de agilidade, existem vários Agilistas que já trabalharam com técnicas diversas,
mas o Story points é a técnica mais usada.
Veja o exemplo abaixo, quando é utilizado o gráfico de Burnup, para projetar os Story
points daquilo que foi planejado x realizado.
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Dados:
Total em Story
Sprint 1 Planejado Realizado Projeção
Points
04/10/2021 157,00 0,0 0,0 0,0
05/10/2021 157,00 2,0 6,5 6,5
06/10/2021 157,00 28,0 26,8 26,8
07/10/2021 157,00 44,0 27,2 27,2
08/10/2021 157,00 70,0 57,7 57,7
11/10/2021 157,00 78,0 61,3 61,3
13/10/2021 157,00 94,0 63,4 63,4
14/10/2021 157,00 107,0 68,0 68,0
15/10/2021 157,00 157,0 71,7 71,7
Os dados acima usados para plotar o gráfico, pertencia a um time novo, que estava
iniciando suas atividades na primeira sprint. Aqui já é possível realizar algumas análises:
A partir dos insights, buscamos conversar com o time, corrigir a rota e tomar a melhor
decisão, sempre buscando a melhoria contínua dos processos.
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Mudança de escopo refere-se aos itens do backlog adicionados ou removidos durante uma
sprint. Idealmente, isto não deveria acontecer e o time deveria fazer um bom planejamento para
a sprint com todas as histórias refinadas e priorizadas. Porém, em um contexto real pode
acontecer adição ou remoção de escopo.
• O backlog não está bem refinado e algumas histórias prioritárias ficam preparadas
após o início da sprint.
• PO entende que uma história não é mais necessária para aquela sprint.
• Aparece uma história com maior prioridade para o negócio e que está alinhada com
objetivo da sprint.
Scope Change
Adicionado Removido
60% 50%
40% 33%
20%
0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
0%
1 2 3 4 5 6
-20% -11%
-40% -28%
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Um backlog que não está preparado pode afetar qualquer time ágil. Uma métrica que você
pode usar para rastrear a saúde do seu backlog é comparar a quantidade de itens preparados
para a próxima sprint com a média de entregas do time.
É uma boa prática ter preparadas histórias o suficiente para desenvolver 2 sprints de
acordo com a velocidade do time. Você pode usar tanto SP quanto a quantidade de histórias
entregues para calcular a saúde do backlog. Por exemplo, a velocidade do time geralmente é de
5,6 histórias por sprint. Após a última reunião de refinamento, a quantidade de histórias
preparadas no backlog é de 8.
Quantidade total de histórias preparadas/Velocidade = 8/5,6 = 1,4 = 1 sprint.
O resultado anterior mostra que no backlog tem histórias preparadas para 1 sprint.
Como mencionado anteriormente, esse cálculo pode ser feito usando pontos de história. Nesse
caso, é preciso estimar as histórias antes da Planning, nos refinamentos.
A métrica pode ser mostrada de forma chamativa, para ter transparência e ser de fácil
consulta. Segue um exemplo abaixo. No caso pode ser colocada uma seta apontando para a
saúde atual do backlog.
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Tempo que o item de trabalho leva Tempo que o item fica em uma
do momento em que ele "entra" até determinada etapa do processo
o momento que "sai" do quadro
Kanban
O Lead time e Cycle time não são métricas de avaliação de performance e sim de
avaliação de “processo”, ou seja, deve ser utilizado para melhorar o fluxo. A melhora de
performance é consequência.
O Cycle Time também pode ser analisado com relação a data que ele começa a ser
executado de fato até o tempo de conclusão.
Para contextualizar:
Um exemplo muito prático é, quando fazemos uma solicitação no ifood ou qualquer outra
plataforma. No momento em que a atendente diz que ficará pronto em x tempo, gera uma
expectativa que daqui a x tempo vou receber meu pedido. Este exato momento que a atendente
se compromete comigo até a entrega, é chamado Lead time.
Outra forma lúdica de explicar é o momento que o chapeiro pega os ingredientes, passa
todos eles na chapa e informa para quem vai montar o lanche que já estão prontos para
montagem. Esse ciclo é chamado Cycle Time. É tempo que o produto demora numa determinada
etapa do meu processo, do meu fluxo. E aqui podemos pegar outro processo, a montagem do
lanche e assim por diante.
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Lead Time
18 16
15
16
14 12
11
12
10
7 7
8 6 66
6
3 3
4 2 2 2 2 22
1 1
2
0
COMO CALCULAR?
• No gráfico de dispersão, acha-se a demanda com maior lead time e trace uma
linha no lead time inferior
• Divida a quantidade de demandas abaixo da linha pela quantidade de demandas
total.
Lead Time
18
16
14
12
10
8
6 Total de demandas: 08
4
Demandas abaixo da linha:
2 05
0
Confiança: 62,5%
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9. Comunicação
Nesse capítulo serão abordados os temas: comunicação não violenta, empatia e rapport.
Existe uma grande diferença entre falar com as pessoas, se comunicar e ser compreendido da
maneira correta. É exatamente esse ponto que será apresentado aqui.
Quanto à comunicação não violenta, visto que não somos psicólogos para abordar tão a
fundo o tema, o conteúdo desse capítulo é baseado na abordagem de Marshall Rosenberg,
psicólogo que desenvolveu a técnica apresentada abaixo em seu livro “Comunicação não-
violenta”.
No livro destacam-se inicialmente quatro componentes usados como método de
comunicação e para mediação. Lembrando que esse método foi elaborado nos anos 60, para
intermediar a comunicação em uma época de segregação racial e luta por direitos civis nos
Estados Unidos.
1. Observação
Primeiramente, o psicólogo orienta realmente observar a situação com um olhar
crítico livre de julgamentos. Só após observar toda a situação ou fala, extrair e
compreender o que achou bom e o que não achou bom.
2. Sentimento
Em seguida, é necessário extrair o sentimento que a situação ou fala despertou
em você, como por exemplo, mágoa, raiva, felicidade, entre outros. Após
identificado o sentimento, Rosenberg destaca saber diferenciar o que se sente do
que se pensa ou interpreta.
3. Necessidades
A partir do sentimento que foi despertado, é necessário identificar quais
necessidades estão ligadas a ele. Quando manifestamos nossas necessidades
para terceiros, de forma objetiva, vinculada ao sentimento e fato observado,
Rosenberg destaca que a chance de se ter a necessidade atendida aumenta.
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4. Pedido
Por fim, através de uma solicitação clara e objetiva, ligada a ações concretas, é
possível fazer um pedido para outra pessoa. Nesse caso, o orientado pelo
psicólogo é utilizar uma linguagem positiva afirmativa, evitando frases ambíguas
ou abstratas para um sucesso maior no pedido.
Product Owner, quando você grita com a equipe (observação), a equipe pode se sentir
acuada e diminuída (sentimento). O pessoal precisa sentir que está em um ambiente seguro
onde possam expressar todas as suas dores sem ressentimentos (necessidades). Você poderia
tentar evitar gritar com a equipe e manter um tom de voz mais amigável? (pedido).
Para conseguir utilizar essa técnica de comunicação é necessário saber ouvir atentamente
o que os outros expressam, saber analisar a situação, extrair o que tem de bom e o que tem de
ruim, escolher atentamente as palavras que serão usadas, ter empatia na hora de se expressar,
entre outros pontos que podem ser mencionados.
Portanto, pratique a escuta ativa, pratique se colocar no lugar do outro e sobretudo
pratique os quatro componentes elencados acima. A partir disso, com certeza vai perceber uma
evolução grande na hora de se comunicar com o time e vai ter melhor relacionamento com todos,
resolvendo um dos principais pontos de uma equipe, a comunicação.
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9.2. Rapport
Rapport é uma técnica utilizada para criar uma ligação de sintonia e empatia com outra
pessoa. Este método é muito utilizado na área comercial e é um conceito do ramo da psicologia.
O Rapport ocorre quando existe uma sensação de sincronização entre duas ou mais
pessoas, porque elas se relacionam de forma agradável. Na teoria, três componentes
comportamentais constituem o Rapport: atenção mútua, positividade mútua e coordenação.
É muito importante destacar que pessoas às vezes tentam “forçar” situações para que
ocorra o Rapport, dessa forma tendo um resultado negativo e caricato. Nesse contexto é
necessário reforçar que para se obter o resultado esperado é necessário realmente querer uma
ligação genuína com as outras pessoas.
O Rapport é, fundamentalmente, uma das bases da PNL (Programação Neurolinguística),
ciência que estuda a mente humana e tem por objetivo reprogramar comportamentos
indesejados.
Partindo de toda essa introdução serão evidenciadas algumas técnicas. A mais famosa e
muito utilizada na área de vendas é chamada de espelhamento. Esta técnica consiste em uma
pessoa imitar elementos corporais da outra (postura, gestos, expressões faciais etc.). Um
cuidado grande que deve se levar em consideração ao utilizar essa técnica é que esse “jogo de
imitação” tem que ser gradual e aparentar natural, para não ser confundido com deboche de
características comportamentais do outro.
A reciprocidade é outra forma de criar Rapport, de uma forma simples. Consiste em dar
presentes ou realizar favores sem esperar nada em troca do outro. E por fim, para estabelecer
um senso de pertencimento, camaradagem e confiança, outra forma de criar Rapport é encontrar
interesses em comum que não necessariamente precisam estar relacionados ao ambiente de
trabalho, muito pelo contrário, na maioria das vezes os melhores elos que se criam são com
interesses externos.
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9.3. Empatia
Empatia é a capacidade de sentir o que outra pessoa sentiria caso estivesse na mesma
situação vivenciada por ela. Em uma linguagem mais comum, “se colocar no lugar do outro”.
Essa capacidade para algumas pessoas já vem inata, mas para outras, é mais difícil e
nesse caso é preciso praticar. Essa habilidade vai te ajudar a criar conexões e vínculos com
outras pessoas, do trabalho até a vida particular. Essa característica está diretamente ligada ao
altruísmo, amor e interesse pelo próximo e desenvolve a capacidade de ajudar os outros.
Um exemplo de empatia seria o caso de uma pessoa da sua equipe mencionar que está
sobrecarregada de atividades. Você pode ter empatia e tentar se colocar no lugar dela para saber
de verdade o sentimento dela. Mesmo que você também esteja sobrecarregado, tente evitar
comparações do tipo: “se você está sobrecarregado, precisa ver eu!”.
Isso pode ser interpretado pela outra pessoa como indiferença pelos sentimentos dela.
Busque utilizar frases positivas, pergunte o que pode ser feito para ajudar, enfim, se coloque no
lugar do próximo e imagine o que você gostaria de ouvir.
Um exemplo de resposta para esse caso seria: “imagino como se sente, também me sinto
assim às vezes. Tem algo que eu possa fazer para te ajudar dentro do que está em meu
alcance/alçada?”
Para finalizar, pode-se dizer que o importante, quando se trata de relacionamento com
outras pessoas, não é muito o que você fala e sim saber ouvir da maneira correta e responder
com frases positivas e principalmente escolhendo as palavras com sabedoria. E para isso
sempre imagine o que você gostaria de ouvir caso os papéis se invertessem e claro, sendo
honesto sempre na resposta.
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As pessoas dentro do ambiente de trabalho, na maioria das vezes, são diferentes umas
das outras, e nós como Agilistas ou SM temos que conhecer o time, os liderados, a equipe que
trabalha, enfim, conheça as pessoas.
O manifesto ágil diz que devemos cuidar das interações com as pessoas. Fazendo isso e
tornando as pessoas motivadas, o Delivery será potencializado. Como conhecer as pessoas?
Saiba quem são, como são, do que gostam, onde moram, saiba sobre os seus problemas e
motivadores.
Seja um líder servidor! Em um case de sucesso de uma equipe que os agilistas da NTT
Data atuaram, em toda reunião marcada com o time às 13:00 horas, um dos participantes não
podia atender essa agenda. Normalmente o horário do almoço era das 12:00 às 13:00, então os
agilistas não entendiam o porquê das ausências.
Foi então que a pessoa foi chamada para uma conversa, um bate papo informal.
Conversando com ele, foi dito que a esposa trabalhava em outro estado, e ele quem fazia comida
para seu filho de 5 anos, o levava para escola todos os dias, e devido a isso, ele tinha uma
necessidade diferente aos demais enquanto a seu horário de almoço.
Foi analisado junto com ele suas horas semanais, ele disse que entrava uma hora antes
todos os dias, para suprir sua necessidade na hora do almoço, e quando precisávamos dele,
após o horário, ele ficava até mais tarde.
O profissional em questão, era um profissional estratégico no time, conhecedor da área
de negócio, alguém cuja presença nas reuniões era importante. A causa foi abraçada e ajustada
pelo time com apoio dos agilistas. Isso mostra a importância de conhecer as pessoas que formam
o time e fazer ajustes para não impactar o processo. Como bom gestor, é importante acompanhar
o time de perto, oferecer ajuda e conquistar a confiança deles.
Se prontifique, e tenha tudo documentado: solicitação de “Day Off”, férias planejadas
antecipadamente, planeje a compensação de horas extras do time. Faça acordos com o seu
time, mantenha comunicação, em qualquer afastamento/ausência, mantenha o alinhamento,
estreite essa conexão. Considere sempre uma boa comunicação e momentos de feedback, tanto
dos liderados para com o líder, quanto do líder para os liderados. Quando for se ausentar, como
líder, alinhe com o time, crie transparência, comunique.
Seja transparente e fale sempre abertamente com o time, caso necessário, chame em
particular, faça o “face to face” ou “1-1”. Alinhe as expectativas, ofereça ajuda, exerça sua
liderança servidora.
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Ao longo de um projeto, você será a principal fonte de comunicação para o time Scrum e
para stakeholders. Como Scrum master, você irá se comunicar constantemente por meio de e-
mails, mensagens, reuniões ou calls, software de gestão e alguns outros documentos. Em cada
comunicação, você precisa fornecer clareza, acionáveis, verificar progressos, reforçar
informações importantes e dar atualizações de forma efetiva, inclusive múltiplas vezes e de
várias formas.
Um dos meios de comunicação mais usados ainda é mensagens por e-mail. Você vai
precisar se comunicar muito usando esse meio. Seguem aqui algumas dicas que vão ajudá-lo a
redigir um bom e-mail.
Antes de começar a redigir o e-mail, pense no que você quer, quando você precisa disso
e qual é a melhor forma de obter isso que você quer. Algumas dicas podem ser:
Resuma o conteúdo e tire qualquer frase que não ajude a definir ou esclarecer aquilo que
você está escrevendo. O leitor deverá ter todas as informações necessárias para não ter
perguntas adicionais sobre aquilo que você quer. Sempre considere seu público, por exemplo,
executivos são pessoas muito ocupadas e não vão querer ler e-mails com muito texto ou clicar
em alguns links externos para ter mais contexto.
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Isto tem a ver com a estrutura visual do e-mail. O leitor deve ser capaz de encontrar
informação importante com facilidade. Para isso pode usar:
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O apoio ao Product Owner é uma tarefa muito importante no dia a dia do Agilista. É
possível reparar dessa forma se o PO sabe seu papel e responsabilidades ou se ele só está
ocupando o papel para representar o cliente sem saber as responsabilidades do papel, muito
menos como executá-las.
Na maioria das vezes, o PO é simplesmente um porta voz do cliente, o que requer uma
cautela ainda maior por parte do Agilista, o qual deverá entender se a pessoa está disposta a
aprender o papel e suas atribuições ou se está ali somente para “cobrar” o time sem dar abertura
a melhoria.
Em se tratando de cliente, é importante ser colaborativo. Se prontifique, coloque-se à
disposição. Muitas vezes o PO não tem familiaridade com a ferramenta de gestão, ajude o PO,
ensine-o a usar a ferramenta de gestão.
Uma das técnicas de gestão de backlog que pode ser ensinada aos POs é a
Fatiar/Descartar/Priorizar, conhecida como “F.D.P.”.
• Fatiar – Quebre os itens grandes do backlog em itens menores, de tal forma, que
caibam em uma sprint;
• Descartar – Visite e revisite sempre o backlog. As histórias que não fazem mais
sentido, podem ser descartadas. Como o backlog “é vivo”, emergente, dinâmico,
as histórias podem deixar de fazer sentido.
• Priorizar – Ordene seu backlog, crie rotinas de visita ao backlog, e priorize os
itens do backlog, à medida que forem emergindo.
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10.2. Agilidade: Seja flexível (Não ser "by the book") “pense ágil”
Agilidade não é mais um contexto apenas de TI. Já faz um tempo que passou a fazer parte
do dia a dia das empresas entrando em diferentes áreas e até na forma de trabalhar como um
todo para melhorar processos e entregar valor com frequência para os clientes, sejam eles
internos ou externos.
Hoje em dia fala-se de um ágil mais leve e adaptado ao mundo atual cheio de incertezas,
mudanças e ambiguidades. Para conseguir mostrar o valor da agilidade para os clientes deve-
se “pensar ágil” e ser flexível sempre que puder. Dentro da agilidade existem muitos frameworks,
métodos, boas práticas e ferramentas que ajudam muito, mas que podem tornar os processos
burocráticos e pesados. É importante saber identificar e analisar as necessidades dos clientes
para chegar a uma forma de trabalho que satisfaça todas as partes. Por isso é importante que,
ao invés de seguir as práticas “by the book” ser flexível adaptando o trabalho e buscando sempre
o melhor relacionamento e satisfação das partes envolvidas.
Quando se fala em pensar ágil, é usar os valores e princípios da agilidade e aplicá-los no
dia a dia. Não é só implementar alguma metodologia ou prática. É internalizar uma cultura de
agilidade nas ações e propostas levadas para os clientes. No primeiro capítulo deste guia foram
mostrados os valores e princípios da agilidade criados em 2001 pensando em um contexto de
software. Existe uma aproximação mais moderna desses valores que pode ajudar a orientar as
ações em outros contextos.
• Torne as pessoas o foco. Para que um produto ou empresa seja bem-sucedido deve-se
fazer com que as pessoas consigam alcançar resultados e atacar aquilo que está
segurando-as. Todas as pessoas devem ser envolvidas, quem compra o produto, quem
usa o produto, quem desenvolve, quem vende, quem financia, quem planeja. Isto não é
mais que promover a colaboração.
• Vise sempre a segurança das pessoas. Você deve gerar um ambiente seguro para todos
e proteger o tempo, a informação enviada e recebida, e a participação das pessoas. Isto
ajuda a promover interações entre todos os envolvidos.
• Experimente e aprenda rápido. Crie pequenos experimentos que sejam seguros. Caso
falharem, que permitam aprender rapidamente. Não espere muito tempo para aprender
com seus experimentos e sempre melhore. Adapte-se às necessidades respondendo às
mudanças e identifique soluções para o cliente.
• Entregue valor a todo instante. O que não é entregue não gera valor. Faça com que as
entregas sejam frequentes e de qualidade quebrando as entregas de valor em pequenas
quantidades. Lembre-se, delivery bem-feito gera oportunidades.
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Exemplo
Dentro das operações, em alguns clientes, ocorreram vários momentos em que foi
necessário aplicar os valores citados anteriormente e com flexibilidade. Por exemplo, em um
cliente a pessoa que fazia o papel de PO não estava presente nas cerimônias Scrum e nem
acompanhava direito o trabalho do time. Ele só aparecia nas reviews. Neste caso, não podemos
levantar a mão e falar que sem a presença do PO não podemos continuar rodando Scrum ou
algo do tipo. Precisamos verificar alternativas para trazer o PO mais no dia a dia da squad. Por
exemplo, fazer o experimento de criar alguma agenda curta com ele para explicar quais são as
responsabilidades de um PO dentro da squad, o que se espera dele e fazer planos de ação de
acordo com a sua realidade. Assim conseguimos fazer melhorias incrementais pequenas até que
o PO comece a ser mais participativo e se aproxime mais do time inclusive se ele não entra nas
cerimônias, enquanto essa evolução acontece, você precisará trabalhar e se adaptar nesse
cenário fazendo com que a squad continue rodando reduzindo os prejuízos da ausência do PO
enquanto a situação é contornada.
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Adaptabilidade é uma skill importante no dia a dia de um projeto, ainda mais quando
falamos de projetos ágeis. Durante todo o processo de planejamento e execução de cada entrega
é importante identificar e ter um plano para os possíveis riscos que possam impactar o projeto
de forma que consigamos adaptar o nosso trabalho.
Um risco é um evento que pode acontecer e afetar um projeto de maneira positiva
(oportunidade) ou negativa (problema). Quando um risco acontece com resultados negativos,
falamos que não é mais um risco e sim um problema e se isso é real e está afetando o projeto
precisa ser resolvido.
A gestão de riscos é o processo de identificar e avaliar os riscos criando planos de ação
para mitigar os impactos antes que eles aconteçam. É um processo recorrente durante qualquer
projeto. Em projetos tradicionais, a gestão de riscos envolve 5 atividades ou etapas principais:
Dentro do guia Scrum não é mencionada uma prática para a gestão de riscos. Porém, os
riscos devem ser abordados por todas as pessoas envolvidas e a todo momento. Identificar,
analisar, responder ou tratar e monitorar continuamente os riscos devem ser atividades a realizar
nas Dailys, Plannings, refinamentos, reviews e retrospectivas. Estas atividades de gestão de
risco podem ser realizadas de forma orgânica, ou seja, podem surgir naturalmente durante as
discussões em cada cerimônia, ou então podem ser realizadas formalizando uma pauta.
Identificação do risco
Para projetos ágeis, a identificação dos riscos pode ser feita pelo time durante qualquer
cerimônia ou reunião, principalmente durante os refinamentos, a Planning e/ou as Dailys.
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Devido aos períodos curtos de cada iteração, ter análises qualitativas dos riscos faz mais
sentido e é mais efetivo do que ter análises quantitativas, muito usadas em projetos com
metodologias tradicionais. O objetivo da análise é priorizar os riscos identificados. Isso é feito
durante qualquer cerimônia, inicialmente durante os refinamentos e a Planning.
Tratamento do risco
Em um time ágil, a tratativa dos riscos é realizada pelo próprio time. Eles podem
desenvolver alternativas e ações para mitigar ou conter os possíveis impactos de cada risco.
Existem várias formas em que o time pode tratar um risco:
• Evitar o risco, é a ação de eliminar a causa dele inviabilizando a sua ocorrência. Por
exemplo, uma pessoa sênior vai sair de férias. Vamos chamar uma outra pessoa do
mesmo nível para ajudar o time enquanto a pessoa voltar.
• Aceitar o risco, é a ação de aceitar o impacto do risco pois não temos o que fazer ou
sua probabilidade de ocorrência é muito baixa. Por exemplo, poderemos atrasar a entrega
de uma tarefa, mas o atraso será apenas de um dia e não afeta muito a entrega planejada
para a sprint.
• Controlar ou conter o risco, é a ação planejar atividades para controlar o risco. Por
exemplo, tem uma pessoa que frequentemente entrega com algum atraso, mas ela tem
uma qualidade muito boa. O plano de ação será acompanhar aquela pessoa ajudando a
remover qualquer impedimento para que ela não entregue atrasado.
• Transferir o risco, é a ação de passar o risco para uma outra pessoa, time ou empresa
para que o risco fique com ela. Por exemplo, fazer um outsourcing de um componente pois
o não temos pessoas disponíveis na empresa para entregar a tempo.
Durante cada cerimônia os riscos deverão ser revisitados pelo time para monitorar seu
status. É importante que essa atividade seja realizada diariamente na Daily fazendo uma
reavaliação de todos os riscos.
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Uma boa prática para fazer todas as atividades envolvidas na gestão de riscos é a criação
de um quadro de riscos parecido com um quadro de tarefas ou histórias no Scrum. Dessa forma
todos os riscos são identificados e priorizados recorrentemente e permanecem visíveis para
todos.
A seguir temos um exemplo onde os riscos são classificados nas categorias Mitigar, Evitar
e Aceitar, porém, esse quadro pode ter várias categorias de acordo com os combinados do time.
Por exemplo, podemos ter mais uma categoria transferir como mencionado anteriormente nas
formas de tratar os riscos.
À medida que os riscos vão sendo identificados e priorizados, eles vão sendo adicionados
ao quadro na ordem certa. Para as colunas de Mitigar e Aceitar podemos ter um elemento para
cada risco e ter um subelemento detalhando o plano de mitigação ou de contingência caso o
risco ocorrer. Por exemplo, na figura temos um Plano de mitigação para o Risco 1 e um plano de
contingência para o risco 4.
É importante que tanto o risco quanto os planos de mitigação ou contingência tenham um
responsável e que seja explicito qual que seria o impacto caso o risco aconteça.
Se você gosta de usar post-its pode usar o modelo abaixo. Pode colocar os riscos em post
its vermelhos com a informação relevante e os planos em uma outra cor, por exemplo amarela.
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11. Ferramentas
Neste capítulo serão apresentadas algumas das ferramentas digitais que ajudam a realizar
o gerenciamento do trabalho, a colaborar de forma remota e a comunicar aspectos importantes
em um projeto ágil. As ferramentas abordadas aqui têm sido utilizadas em vários clientes, porém
pode acontecer que um cliente use alguma outra ferramenta. Nesse caso é muito importante se
familiarizar com as ferramentas que o cliente utiliza o mais rápido possível porque você irá usá-
las no seu dia a dia.
Dentro do Azure é possível configurar quadros Kanban separados, por exemplo um para
acompanhar o Product Backlog e outro para acompanhar o sprint backlog junto com as tarefas
associadas a cada item, podendo configurar o fluxo de trabalho (colunas) da forma que
considerar melhor para o dia a dia da sua squad.
Os cards que são criados dentro das colunas podem ser arrastados entre elas e configurar
itens de tarefa com pontuações de esforço ou % de realização, dessa forma a ferramenta permite
um acompanhamento mais próximo do que está ocorrendo ao longo do projeto. Para conseguir
acompanhar a evolução do time no dia a dia é recomendado criar a cultura de atualizar board
todos os dias. Caso contrário as métricas geradas pela ferramenta não serão realistas. A
continuação mostra-se um exemplo de board para um sprint backlog com algumas tarefas
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associadas. Na parte esquerda mostram-se os itens do backlog e depois o quadro kanban com
o fluxo de trabalho para as tasks ou tarefas a serem desenvolvidas.
A ferramenta permite também marcar o tipo de trabalho que cada card representa e o
status do card, desde novo até encerrado, de tal maneira que é possível manter uma
rastreabilidade e filtragem mais simples de cada item do projeto.
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Outro ponto positivo dessa ferramenta é a criação de dashboards com vários tipos de
gráfico de acompanhamento como por exemplo gráfico Burndown e dados de Velocity da equipe.
Como foi mencionado a precisão dos gráficos vai depender de uma correta configuração dos
cards, das estimativas de trabalho e da atualização do trabalho diariamente por parte do time.
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11.2. Jira
Cabe ressaltar que o uso da conta free deverá ser pessoal. A NTTDATA não permite o
uso de licenças free para produtos pagos nas operações. Se o seu cliente tiver uma licença do
Jira para o seu projeto por favor solicite o acesso a ferramenta com eles diretamente. Em caso
de dúvidas procure sempre seu mentor ou líder mais próximo.
Como criar um projeto no Jira? Quando você acessa o Jira, pela guia projetos, o software
apresenta a tela abaixo.
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3º Passo: Após escolher o template, você deverá confirmar, no caso clique em Kanban e
depois usar template.
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4º Passo: Aqui você pode escolher um tipo de projeto, gerenciado pela empresa (caso a
empresa tenha um administrador centralizado) ou pela equipe, neste exemplo optou-se por um
projeto gerenciado pela equipe.
5º Passo: Nesta etapa, adicione o nome do projeto ou altere o template do projeto caso
você tenha errado nos passos anteriores ou queira alterar antes da criação do projeto. Para o
exemplo o nome do projeto será Projeto Jira 2022
6º Passo: Ainda na tela acima, o Jira mostra uma opção muito importante, a de conectar
a um repositório e outros documentos, por exemplo conexão com confluence.
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7º Passo: Após clicar em criar projeto no passo anterior, a ferramenta Jira permite a
conexão com uma outra ferramenta, para este exemplo pode-se pular essa etapa.
8º Passo: O projeto é criado conforme o nome Projeto Jira 2022. Para facilitar a
visualização, Jira cria uma sigla para o projeto criado, neste caso PJ2 = Projeto Jira 2022.
Uma vez que o projeto é criado pode-se navegar e verificar as configurações que a
ferramenta possibilita. Por exemplo, no menu de Pessoas aparece a opção de criar uma equipe
ou convidar um membro da equipe para ter acesso ao quadro Kanban, conforme imagem abaixo.
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Rolando com o mouse dentro do card, podem-se configurar mais informações para esse
épico. Atribuir responsável, colocar o time responsável, data limite de entrega, data início, a cor
que vai ter o rótulo do épico (Nesse caso é roxo). Aqui também pode-se anexar documentação
ou algum outro arquivo de importância e até pode ser associado um block, caso exista, conforme
abaixo. Após realizar as configurações, consolida-se usando o botão azul “Create”.
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Da mesma forma podem-se criar histórias trocando o tipo de item a ser criado, Cada
história pode ter informações como estimativa em pontos, atribuir responsáveis e dentro de uma
sprint planning, pode-se atribuir a uma sprint (Cabe mencionar que uma sprint deve ser criada
com antecedência).
Por fim, da mesma forma pode ser criada uma tarefa, lembre-se que uma história de
usuário poderá ter várias tarefas atreladas. Desta forma, você pode criar várias tarefas e depois
associá-las a uma história.
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Rolando com o mouse dentro do card, pode-se configurar a tarefa, atribuindo responsável,
nomeando o time responsável e categoria. Aqui também pode ser vinculada uma história a cada
tarefa.
Usando a opção painel do menu lateral, pode-se verificar o fluxo de trabalho. Faça uma
análise do seu fluxo e defina quais colunas do quadro se adequam a ele. Depois tire ou adicionei
novas colunas para representar o fluxo desejado.
Para adicionar uma coluna, basta clicar no Botão “+” em destaque na cor verde e adicionar
quantas colunas você precisar para descrever o seu fluxo.
A opção Backlog (em destaque na cor amarela) do menu lateral permite a criação de uma
sprint, assim como dar início a mesma após uma sprint planning. Uma outra opção em destaque
(cor rosa) ajuda na atribuição de uma história criada a um épico, o qual a história pertence.
Uma outra opção do menu lateral é a criação de relatórios. Esta opção automatiza a
criação de tudo o que tem a ver com gráficos e métricas dentro do projeto. A ferramenta Jira é
capaz de gerar gráficos como Burnup/burndown, Velocidade, CFD (muito útil para olhar a
performance do fluxo de trabalho), Cycle time e frequência de implementação. Conforme nos
mostra a imagem abaixo.
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Uma das opções mais importantes é a pesquisa avançada de itens, que fica na aba Filtros,
conforme destacado em azul na imagem abaixo.
Na pesquisa avançada por itens, consegue-se buscar informações de forma rápida o que
traz uma economia de tempo considerável. Ao clicar em pesquisa avançada de itens, o Jira, irá
apresentar a tela abaixo.
O filtro “Projeto”, destacado em laranja acima, possibilita a seleção do projeto no qual você
deseja fazer a pesquisa.
O filtro “Tipo”, conforme destacado abaixo em amarelo, permite filtrar o tipo do item, se é
uma história, uma tarefa, um épico, um bug, subtarefa e assim por diante.
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O filtro “Status”, conforme destacado em verde na imagem abaixo, permite filtrar qual o
estado do item que você está buscando, ou seja, em qual parte do fluxo se encontra.
Existem mais tipos de filtro que você pode explorar para auxiliar na sua busca, nesse caso
use a opção “+Mais” destacada abaixo em azul.
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Embora você possa estranhar e até achar o Jira uma ferramenta complexa no primeiro
contato, ela é bem intuitiva. Não tenha medo de mexer nela e em caso de dúvidas procure
alguém que posso direcionar. Mais do que a ferramenta em si, o maior desafio como Agilista
será manter os times abastecendo e atualizando a ferramenta todos os dias com informações e
movimentando os cards que são de suas responsabilidades. Sem um compromisso por parte de
todos os envolvidos a ferramenta não será usada com eficácia e eficiência e se tornará complexo
acompanhar o trabalho do time.
E aqui encerra-se a jornada pelo Jira. Procure mais informações no próprio site da
Atlassian e verifique com seu cliente quais são as práticas que eles utilizam na hora de usar a
ferramenta.
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11.3. Miro
Com a consolidação do trabalho remoto, é necessário conhecer várias ferramentas que
permitem a colaboração de forma digital. Um dos tipos de ferramentas mais usadas são as
chamadas lousas interativas ou quadros infinitos. Embora existam várias opções, as mais
populares são Miro e Mural.
Miro é uma ferramenta digital que nos permite executar diversas tarefas no
desenvolvimento de projetos. Por exemplo, a formulação de mapas mentais e diagramas de
fluxo, planejamento de projetos, pesquisas, criação de esboços e wireframes, workshops e aulas
interativas.
A ferramenta conta com um canvas/quadro infinito e a disponibilização de templates, o
que deixa o trabalho ainda mais prático. Os diversos templates disponíveis podem ser
encontrados no site e podem ser utilizados gratuitamente.
Miro conta com uma opção gratuita limitada em funcionalidades e número de quadros.
Lembre-se que por política da NTTDATA, não podemos usar esse tipo de licenças dentro da
empresa ou com nossos clientes, mas podemos usar de forma pessoal. Caso precisemos usar
a ferramenta verifique a licença com seu gestor ou com o cliente caso ele já use.
Área de trabalho
Quando você acessa ao Miro, irá interagir o tempo todo com a área de trabalho.
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e mover um objeto dentro do quadro use a seta. Veja a imagem para entender como trocar de
cursor.
Templates
Dentro da área de trabalho, você pode selecionar um modelo de template para começar a
trabalhar dependendo das necessidades. Existem mais de 50 templates com objetivos
específicos, por exemplo, existem templates de Kanban, templates para brainstorming, templates
para fazer workshops, diagramas, design etc.
Para adicionar um template na sua área de trabalho basta clicar na opção de templates
no menu esquerdo como mostrado na imagem abaixo.
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Compartilhamento
Uma outra opção muito importante para usar dentro do Miro é o compartilhamento dos
seus quadros com outras pessoas. No final, você vai usar essa ferramenta para trabalhar
colaborativamente, não é? Para compartilhar basta clicar na opção do canto superior direito
“Share”. Aqui existem 3 opções: compartilhar com um e-mail em específico, compartilhar com
um grupo de usuários e compartilhar com quaisquer pessoas com acesso ao link. Após decidir
qual das 3 opções selecionar, você deverá escolher o nível de permissão que gostaria de dar
para as pessoas, ou seja, se as pessoas poderão apenas ver ou comentar o conteúdo, editar
qualquer parte do conteúdo ou não ter acesso.
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Estimule o seu time a criar uma rotina, definir uma agenda para foca diária/semanal ou
criar um quadro com as atividades, isso faz toda diferença. Criar uma rotina ajuda a gerir o seu
tempo, maximizar seu dia e sua produtividade. As agendas são importantes, ajudam a ter melhor
controle do seu tempo e consequentemente a melhorar o seu desempenho, sua produtividade
além de promover a disciplina.
Da mesma forma que gerencia-se o trabalho do time, gerencie o seu próprio trabalho. Criar
um quadro para gerenciar suas atividades ajuda a visualizar as atividades pendentes, em
andamento, finalizadas e as atividades futuras.
A gestão da rotina passa por todos desde você até o time em que você atua. Um case de
sucesso em uma operação foi que o time não atualizava suas atividades na ferramenta Jira. Foi
sugerido criar uma rotina, todos os dias pela manhã, primeira coisa a fazer será atualizar a
ferramenta e quem quiser pode até marcar um evento na sua agenda para não esquecer. Da
mesma forma, o Agilista ou SM tem que gerenciar sua agenda semanal e criar eventos para
gerenciar sua rotina.
Cuide da sua rotina pessoal, organize e tenha tempo para você, cuide de você, cuide da
sua saúde. Quando é reservado espaço na agenda para nós, desenvolvemos a criatividade. Ter
um período para meditar, pensar, conversar sozinhos é um gatilho para criatividade. Reserve um
tempo de “Foco”. A técnica de pomodoro auxilia na manutenção desse foco. A técnica consiste
em ter períodos de trabalho e de pausa, por exemplo a cada 25 minutos trabalhados, tenha
intervalos curtos de 4 a 5 minutos para realizar uma pausa. Após 4 períodos de 25 minutos, faça
uma pausa maior de 10 a 30 minutos. A partir deste ponto começa um novo período retornando
ao primeiro passo.
Outra forma de gerenciar sua rotina é criando metas pessoais e metas referentes ao seu
trabalho. De tempos em tempos, verifique se está conseguindo seguir na direção certa, caso não
estiver, corrija a rota, e replaneje em direção a sua meta.
Existem algumas técnicas que ajudam a gerenciar sua rotina na realização de tarefas, um
exemplo disso é a criação de um quadro digital em ferramentas como Miro ou Mural. Para o
modelo presencial, use a velha e boa parede para criar um quadro simples com post-its e separe
seu fluxo de trabalho no mínimo em três etapas: a fazer, fazendo e concluído. Após criar o
quadro, priorize suas atividades usando técnicas de priorização como por exemplo a Matriz
Eisenhower ou matriz GUT.
Finalmente, planeje seu próximo dia de trabalho baseado no seu quadro de atividades.
Não faça múltiplas tarefas ao mesmo tempo, tente terminar uma atividade antes de passar para
a próxima. A priorização ajuda a evitar a vontade de começar outra tarefa e atuar em várias ao
mesmo tempo. Estabeleça prazos para suas atividades e fique atento com as atividades
inesperadas, diga não a uma nova atividade nova quando necessário, sempre mantendo o bom
senso e com argumentos valiosos.
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Aprenda com os erros e acertos de um time O principal objetivo desta obra é oferecer as
ágil, acompanhe tudo o que aconteceu atividades e ferramentas necessárias para
Sprint a Sprint e encontre o caminho para a deixar todos à vontade, alinhados e prontos
melhoria contínua! para fazer parte da melhor experiência
possível. Neste livro, os autores reuniram
Ao procurar a junção de uma narrativa
anos de experiência para fornecer
envolvente com muitos materiais teóricos,
atividades simples, diretas, eficazes e
você encontra esse livro. Essa obra vai lhe
envolventes para ter um time alinhado,
mostrar cada passo do caminho que você e
comprometido e colaborativo.
a sua equipe vão percorrer em busca do
sucesso do seu produto!
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Com uma frequência cada vez maior, os Ao longo de oito décadas, este livro se
Scrum Masters e os gerentes de projeto tornou a referência quando o assunto é o
estão sendo solicitados a treinar as equipes. desenvolvimento das relações humanas,
Isso exige novas habilidades ― bem como das habilidades sociais e da comunicação
o sutil entendimento de quando avançar ou eficiente.
recuar. Deixar de lado a síndrome de Partindo do princípio de que é preciso se
centralização e controle em prol do interessar genuinamente por aqueles com
treinamento ágil requer um novo mindset. quem interagimos, ele mudou a vida de
Em Treinamento de Equipes Ágeis, você milhões de pessoas, fazendo-as se sentirem
explorará a fundo o papel de agile coach, mais seguras, abertas e confiantes em seus
descobrirá o que funciona e o que não encontros sociais e profissionais.
funciona e aprenderá a adaptar as Com saborosas histórias, exemplos práticos
habilidades poderosas de muitas disciplinas e ótimos conselhos, esta é uma leitura
aliadas, incluindo as áreas de atuação prazerosa e fundamental para quem deseja
profissional de coaching e mentoria. criar bons vínculos, se tornar mais
persuasivo, deixar uma marca positiva e
inspirar os outros com energia e gentileza.
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