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Para ajudar as crianças a quantificarem objetos é

interessante pedir que comparem 2 conjuntos,


incentivando-as a fazerem novos conjuntos.
As crianças constroem conceitos numéricos pela
abstração reflexiva a medida que atuam
(mentalmente) sobre o objeto.
É importante criar bases para que a criança se
emancipe e use a contagem de conjuntos práticos,
instintiva e orientadamente, desenvolvendo
habilidades observativas e lógicas para a solução de
problemas cotidianos.
De acordo com Montessori, o ensino com barras
marcadas de tamanhos variados (1 menor, 2 maior
que o 1 e menor que o 3, e assim sucessivamente) é
uma forma efetiva de ensinar conjuntos, assim que
além da lógica o orientador-professor sempre
questione os métodos da criança, estimulando-o a
entender o porque da organização especifíca das
barras, e levando-o a ver e entender que um
conjunto se encaixa no outro, indo além da estética
lógica, mas aplicando e ilustrando o conceito base a
ser ensinado.
O conhecimento lógico-matemático é construído
pela coordenação de relações feitas pela criança, e
nada é arbitrário nessa coordenação. Se as crianças
questionarem bastante, cedo ou tarde descobrirão
a verdade, sem nenhum ensino ou correção feitos
pelo professor. Por exemplo, num jogo de baralho,
se a criança disse que 2+4=5, ela acabará por
descobrir a verdade discutindo bastante com outros
jogadores que discordem, por isso a interação e
debate são essenciais para o desenvolvimento
integral da criança.
Corrigir e ser corrigido pelos colegas nos jogos é
muito melhor que aquilo que porventura possa ser
aprendido através de cadernos de exercícios.
Tentativa e erro é o modo de desenvolvimento e
aprendizado ideal para a lógica-matemática e o
professor deve atentar-se para o processo de
raciocínio da criança. Corrigir a falha no processo de
raciocínio, que levou ao erro, é muito mais eficiente
do que corrigir a resposta.
O arranjo espacial torna-se irrelevante quando a
lógica da criança for bem desenvolvida.
Pela observação do comportamento da criança o
professor pode inferir se ela esta abordando o
problema de forma intuitiva, espacial ou lógica.
Uma estratégia muito interessante que leva ao
trabalho coletivo de muitos conceitos lógicos
quantitativos relativos a conjuntos é a distribuição
do lanche entres as crianças, como por exemplo,
uma tigela de passas para cada grupo da sala,
incentivando-os a utilizar a própria
retro-alimentação através de perguntas e respostas
desenvolvidas entre as próprias crianças, com
interferência mínima do educador, apenas
intervindo quando for pertinente ao progresso do
raciocínio geral das crianças.

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