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METODOLOGIAS

ÁGEIS
O CAMINHO PARA O
CRESCIMENTO DO SEU NEGÓCIO
1) METODOLOGIAS ÁGEIS
Flexibilidade, adaptação, otimização dos processos e aumento da eficiência. Esses são apenas alguns
dos objetivos das chamadas metodologias ágeis.

Cerca de 94% das empresas que trabalham com gerenciamento de projetos já utilizam essas
metodologias como parte de sua estratégia para entregar soluções de forma cada vez mais rápida,
fácil e com inteligência de recursos.

Projetos guiados pelas metodologias ágeis são estruturados em ciclos mais curtos, com etapas
(entregas) bem definidas. Ou seja, ao contrário da Gestão de Projetos tradicional, as metodologias
ágeis trabalham com a restrição de tempo, entregando frações de um projeto de maneira frequente,
ao final de cada .

Foi pensando em te ajudar a dar seus primeiros passos para o Agile que preparamos esse material com
o top 5 métodos ágeis mais usados pelas startups e por trás do sucesso de gigantes do mercado. Boa
leitura!

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1.1. O QUE SÃO AS METODOLOGIAS ÁGEIS

Tradicionalmente, a maioria dos gestores têm o hábito de planejar um projeto de uma vez só, propondo
recursos, processos, atividades e até mesmo o orçamento necessário. Bem, embora não seja um método
errado, a possibilidade de encontrar problemas no meio do caminho são grandes e podem atrasar ou
modificar todo um planejamento.

É nesse cenário que surgem as metodologias ágeis. O primeiro indício da sua utilização está registrado
na década de 1940 com a Toyota, onde o foco estava na redução de custos e desperdícios.

Mas foi apenas em 2001, com o Manifesto Ágil, uma resposta dos profissionais de TI à crise no
desenvolvimento de softwares enfrentada desde o início dos anos 90, que as metodologias ágeis
ganharam forma e se consolidaram.

As metodologias ágeis são estruturadas em processos mais curtos, com entregas pré-determinadas
e em um menor espaço de tempo, focando principalmente na melhoria contínua e no alinhamento da
equipe para a correção de desvios.

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Ambientes ágeis de desenvolvimento normalmente são construídos por equipes pequenas, que têm
autonomia e que são capazes de se auto-organizar. Além disso, todo o esforço da equipe é empregado
na qualidade da solução apresentada e, principalmente, na valorização do projeto para o cliente.

Atualmente, muitas startups utilizam os métodos ágeis e comprovam que suas eficiência e eficácia são
inquestionáveis.

1.2. MANIFESTO ÁGIL

Em 2001, 17 profissionais criaram e deram início à implantação das metodologias ágeis, a partir do que
chamaram Manifesto Ágil, um documento que serviria como código de conduta aos novos processos
de desenvolvimento de software e posteriormente para empresas de diversos setores.

Esse manifesto reúne os 4 valores das metodologias ágeis, deixando claro o que é, e o que não é ágil,
por meio de algumas premissas:

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1 Comunicação - Indivíduos e interações são
mais que processos e ferramentas 2 Praticidade - Softwares em funcionamento
são mais que documentação abrangente

A troca contínua de informações e a comunicação direta Esqueça a cultura de fazer testes e promover revisões apenas
entre equipe e cliente é fundamental! Nada de esconder no final do trabalho. As metodologias ágeis são baseadas
ideias ou processos, as metodologias ágeis acreditam que no desenvolvimento de análises e revisões constantes sobre
a interatividade e a troca de informações fazem toda a o trabalho que já foi realizado. Ao final de cada ciclo, as
diferença no resultado do projeto. funcionalidades são validadas e os requisitos dos clientes
atendidos. O resultado é um software totalmente alinhado
às necessidades do cliente e usuários, capaz de gerar muito
valor em cada funcionalidade desenvolvida.

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Alinhamento de expectativas e colaborações
Adaptabilidade e flexibilidade - responder a
- A colaboração com o cliente é mais que a
mudanças é mais que seguir um plano
negociação de contratos

A comunicação interna e externa são fundamentais no Mudanças fazem parte do processo. Equipes ágeis se
desenvolvimento das metodologias ágeis. Quando os clientes adaptam a diversos problemas e empecilhos que possam
podem participar dos projetos e dar a sua opinião acerca do surgir no decorrer dos processos. O sucesso do projeto
andamento dos processos, a qualidade do produto final é não é medido apenas pelo seu resultado, mas também em
drasticamente melhorada. Muitas equipes ágeis fazem uso relação ao progresso em direção às metas estratégicas.
de reuniões diárias ou stand-ups (alinhamento estratégico e Por isso, a estratégia do produto e os planos táticos são
motivacional do time) para colocar esse princípio em prática revisados, ajustados e compartilhados regularmente para
e manter todos conectados.
refletir mudanças e novas descobertas.

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2) OS PRINCIPAIS MÉTODOS ÁGEIS
Separamos os principais métodos para que você possa avaliar qual o melhor para a sua startup.

A escolha certa para a sua equipe dependerá de vários fatores, como necessidades e objetivos internos
e externos que podem contribuir para a aceleração dos processos de desenvolvimento e ajudar as
empresas a obterem os melhores resultados possíveis em seus projetos.

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2.1. SCRUM

Uma das principais metodologias ágeis, o Scrum adota uma abordagem que permite agilidade de
resposta. Ele se diferencia por fracionar as entregas de um projeto. O Scrum é pensado para reduzir o
risco e, ao mesmo tempo, fornecer valor rapidamente.

FOCO
Geração de valor

NA PRÁTICA

O Scrum começa com um requisito ou lista de funcionalidades a serem desenvolvidas para um produto
ou serviço, denominada Product Backlog. Em seguida, o trabalho é dividido em Sprints, janelas de
execução de tarefas de acordo com a capacidade da equipe de absorver as funcionalidades dentro
da sprint.

Ao fracionar o projeto em pequenas partes, caso algo saia fora do planejado, é mais fácil corrigir e
evitar retrabalhos. Esse método evita que problemas virem grandes dores de cabeça para a equipe.

Cada Sprint possui uma equipe e um planejamento a ser seguido, com as atividades que ela será
capaz de implementar. Ao final de cada Sprint, é promovida outra reunião de alinhamento sobre o

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que foi entregue. A partir daí, a equipe começa a planejar o próximo Sprint, até que o produto final
seja entregue.

Para que o método funcione de forma eficiente, é preciso que cada integrante da equipe entenda o
seu papel e suas atividades de forma clara. Além disso, é necessário um representante do cliente na
equipe para a criação de listas de prioridades.

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ROTINA COM SCRUM

No Scrum, as pessoas assumem papéis e não cargos. As equipes geralmente são formadas por 7
indivíduos, mas isso pode variar dependendo da complexidade do projeto.

Um quadro com o Product backlog separado pelas tarefas que estão sendo executadas e o status
das atividades da sprint atual. Nele, as alterações são bem-vindas, mesmo que tardiamente.

As entregas são cronometradas. E podem ser adaptadas ao longo do projeto a partir do resultado
das sprints. Cada segundo importa. E as mudanças de projeto são realizadas na busca de maior
geração de valor para o cliente.

E a rotina é dividida em papéis, eventos e artefatos.

Product Owner (P.O.) - responsável pela parte de negócios. Faz a comunicação com o cliente, define
tarefas e prioridades e a gestão do “Product Backlog”.

Scrum Master - responsável pela moderação e treinamento. Especialista em Scrum e outras


metodologias ágeis, percebe a necessidade do time e atua na resolução de problemas.

Squad - pessoas envolvidas na construção de um projeto. Equipe multidisciplinar com objetivo


específico 9
VOCABULÁRIO (DE ACORDO COM O SCRUM GUIDE)

Product backlog - Documento com o que deverá ter no projeto, organizado a partir de prioridades.
Sprint - Janela de tempo para gerar valor para o cliente, seja ele interno (gestor) ou externo. Dura,
no máximo, um mês.

Planning - Reunião de abertura do projeto, com a apresentação do Product backlog e discussão do


que deverá ser feito na sprint iniciada. Duram 5% do tempo da sprint*.

Daily - Comunicação diária do time com abordagem restrita a: “o que eu fiz, o que eu vou fazer e se
tive algum problema ou impedimento”. Duram, idealmente, até 15 minutos.

Sprint backlog - A cada sprint, um subconjunto prioritário do Product backlog é separado para ser
trabalhado pela equipe. Além da previsão do próximo.

Review - Ao final de cada sprint uma reunião de alinhamento com o cliente: resultados, erros e
mudanças de projeto. Duram 2,5% do tempo da sprint.

Retrospectiva - Após a review, somente o time discute o desempenho, satisfação da equipe e


melhorias.

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PARA QUEM É RECOMENDADO?

O Scrum é recomendado para equipes e clientes com participação ativa dos envolvidos em todos os
Sprints. Por ser realizado por equipes pequenas e voltadas para a eficácia em vez do volume de tarefas,
essa é uma metodologia indicada a qualquer tipo de negócio.

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2.2. LEAN

Muito utilizado no mercado das startups, o método Lean é indicado para projetos menores e mais
objetivos. Seu foco principal é eliminar os desperdícios em todos os níveis da empresa, ou seja, nos
processos, gestão, administrativo, produção, entre outros.
Seguindo os princípios lean, líderes e gestores são capazes de aproveitar melhor o tempo dos
colaboradores e aumentar a produtividade de suas equipes.

FOCO
Otimização de recursos

NA PRÁTICA

Pelo Lean, tudo aquilo que não é estritamente necessário para realizar determinado trabalho é visto
como excesso, que pode ser eliminado. Esse processo é feito de forma contínua, identificando e
cortando todos os desperdícios para aumentar os resultados, entregando mais valor aos clientes.

Inicialmente é preciso mapear todos os processos e atividades para identificar os pontos que geram
desperdícios e aqueles que devem ser aprimorados, criando assim os fluxos de valor. A pesquisa será
fundamental para descobrir o que não gera valor tanto para o cliente e o que pode ser considerado
desperdício de tempo, esforços e recursos.
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Esse método é indicado para a validação de ideias e hipóteses e é constituído por três passos:
construir; medir; aprender.

Mas, atenção! Mesmo com todas as reduções a qualidade do produto não deve ser deixada de lado.
Pelo contrário: a entrega ao consumidor deve ser sempre a melhor possível.

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PARA QUEM É RECOMENDADO?

Apesar de ser indicada para qualquer tipo de empresa, as


startups são o principal mercado da metodologia lean. Em geral,
é recomendada para negócios que estão em busca de inovações
ou na sua fase inicial de funcionamento com poucos recursos
disponíveis. Com uma proposta mais enxuta, é possível fabricar
protótipos e testar produtos gastando menos, encurtando o
caminho para o sucesso.

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2.3. KANBAN

Kanban é um método de gestão focado em fluxos de valor. Criado para organizar as tarefas de uma
empresa, seja com post-its coloridos ou softwares virtuais, deixando visível para todos os envolvidos
cada etapa das atividades.

O método nasceu em uma fábrica da Toyota e se popularizou por times ágeis de desenvolvimento de
novos produtos e soluções graças a sua flexibilidade, velocidade e eficiência.

Atualmente é bastante usado em processos de melhoria contínua, na busca por evolução. E na gestão
de estoque fabril e produção.

FOCO
Controle e produtividade

NA PRÁTICA

Como o Kanban é um fluxo de trabalho visual, ele usa um quadro (físico ou digital) para planejar e
acompanhar as tarefas. Normalmente, esse quadro é dividido em três colunas:

• To do/para fazer: atividades que não começaram, mas precisam ser feitas;
• Doing/em execução: atividades que estão em andamento;
• Done/concluídas: atividades que foram finalizadas pela equipe. 15
Além dessas três colunas, as empresas têm como customizar suas etapas, criando as que façam
sentido para seus times.

O Kaban não é baseado no tempo, mas sim na prioridade. O principal objetivo do método Kanban
é controlar o trabalho em andamento. Isso significa que a equipe deve executar apenas algumas
tarefas por vez em um determinado projeto. Como há menos reuniões de planejamento, para que a
abordagem tenha sucesso é preciso que toda a equipe esteja extremamente próxima.

ROTINA COM KANBAN


O dia a dia com o Kanban é organizado a
partir de sete cadências, nomes dados às
reuniões de comunicação bidirecional, que
envolvem todos os níveis necessários da
organização.

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• 7 cadências do Kanban

- Análise de risco (mensal): discutir e concordar em relação aos riscos relacionados a determinadas
tarefas e mudanças, com foco em lucratividade e confiança e na identificação de causas raízes de
falhas do passado.

- Revisão da estratégia (trimestral): revisão em nível mais alto da estratégia da empresa, amparada
por dados do mercado e de clientes. Serve para identificar se a empresa ainda está no caminho
certo e pode impactar os KPIs (Indicadores-chave de performance).
- Standup meeting/reunião de pé (diário): alinhamento rápido. Pode ter vários formatos e até ser
digital. Seu objetivo é verificar se existe algum impedimento à realização das tarefas pela equipe, se
alguém precisa de ajuda e se todos estão cumprindo prazos.

- Revisão da entrega de serviço (semanal): serve para verificar o desempenho da equipe em qualidade,
metas e prazos e se as atividades estão gerando valor para o cliente.

- Revisão das operações (mensal): similar à revisão de entrega de serviço, porém com abrangência
temporal maior, com revisitação às operações para otimização do fluxo. O resultado são insights
que devem ser testados.

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- Reabastecimento (semanal): reunião de planejamento da Sprint, com a verificação de tarefas,
volumes e priorizações de entregas mais relevantes a partir de feedbacks estratégicos.

- Planejamento de entrega (por entrega): planejamento cuidadoso de cada entrega prevista,


principalmente as que não entram em produção imediatamente, permite a repriorização e
reclassificação das entregas.

PRA QUEM É RECOMENDADO?

O Kanban pode ser aplicado em departamentos de marketing, desenvolvedores, indústrias de varejo


e outras áreas que desejam agilizar processos, organizando por partes de execução.

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2.4. OBJECTIVE KEY RESULTS (OKR’S)

Muito utilizada no Vale do Silício, a metodologia Objective Key Results (OKRs) é um modelo de gestão
ágil de desempenho com foco nos resultados. A metodologia foi criada pelo ex-CEO da Intel, Andrew
S. Grove, mas se tornou mais conhecida quando, em 1999, um dos investidores do Google, John Doerr,
apresentou a metodologia para os funcionários da empresa.

De forma simplificada, os OKRs são um conjunto de objetivos interrelacionados que contribuem para
a estratégia (objetivos macro) da organização.

FOCO
Resultado de impacto

NA PRÁTICA

John Doerr, o executivo da Intel que introduziu a metodologia OKR, determinou a seguinte estrutura
para implantar os OKRs: “Eu vou” (Objetivo), “medido por” (conjunto de resultados-chave). Assim,
nos OKRs dois componentes são fundamentais:

Objetivos (O): de forma objetiva e motivacional, os objetivos devem apresentar a direção desejada
pela empresa. Com prazo de conclusão e um responsável, os objetivos devem motivar e desafiar a
equipe.
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Resultados-chaves (KR): todos os objetivos devem ser medidos de forma quantitativa e mensurável.
Os resultados-chaves são um conjunto de métricas que indicam o nível de alcance dos objetivos.
E atenção, se não tem número não pode ser considerado um resultado-chave. Para cada objetivo
sugere-se entre dois e cinco resultados-chaves.

EXEMPLO DA COBLUE MAIOR ESPECIALISTA EM OKR’S DO BRASIL

OBJETIVO: Melhorar a satisfação dos clientes

• KR1: conseguir 200 respostas na pesquisa de satisfação


• KR2: manter a média do Net Promoter Score acima de 50;
• KR3: manter a taxa de resolução, no mínimo, em 95%;
• KR4: apresentar um plano de ação de 10 melhorias para o próximo semestre.

Para garantir o bom funcionamento, alguns cuidados devem ser tomados: defina metas claras e
específicas; defina os objetivos top-down e bottom-up; determine prazos curtos; acompanhe os
resultados de forma constante; deixe os OKRs visíveis a toda a equipe.

A construção dos OKRs é colaborativa, com as pessoas escolhendo aproximadamente 50% dos
seus próprios objetivos e metas. Com o senso de pertencimento em alta, essa metodologia gera
engajamento e cria superpoderes na equipe.
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ROTINA COM OKRS

Depois de construídos, os OKRs precisam entrar na rotina da equipe para serem efetivos, evitando
surpresas nos fechamentos trimestrais e permitindo que a equipe desfrute dos benefícios da
metodologia.

Recomenda-se os check-ins semanais para alinhamento, priorizações e até correções de rumos dos
OKRs.

Check-in (semanal): 15 minutos de duração, limitada a até uma hora. Podem ser reuniões em pé
(informais) ou formais, como foco na avaliação dos resultados e em como melhorar o desempenho.

Estrutura ideal de ckeck-in

- Dados: qual a medida atual do KR e sua variação desde o último check-in.

- Níveis de confiança: com as informações atuais qual o nível de confiança temos no alcance do
KR (alerta verde, amarelo ou vermelho).

- Impedimentos: fatores internos e externos que estão bloqueando a evolução do KR.

- Iniciativas: o que será feito para melhorar o resultado. 21


SUPERPODERES DOS OKRS

Foco e comprometimento: com a construção de OKRs trimestrais, que abastecem os anuais, fica
fácil perceber o que deve e o que não deve ser feito no período.

Alinhamento e conexão: metas cocriadas ajudam a manter as pessoas, os times e a empresa alinhados.
As pessoas percebem a importância que suas tarefas têm no processo de crescimento da empresa.

Acompanhamento da responsabilidade: os alinhamentos constantes permitem revisões e


adaptações.

Esforço pelo surpreendente: metas ousadas, com alta dose de risco, colocam o time para buscar as
entregas wow.

PARA QUEM É RECOMENDADO?

A metodologia dos OKRs é muito interessante para empresas que desejam acelerar o seu crescimento
e cumprir o seu propósito. Alguns perfis de empresas não se identificam tanto com a metodologia
OKR, principalmente as mais tradicionais em que o ciclo de produção é muito longo. Mas, mesmo
nesses casos, os OKRs podem ser implantados para determinados departamentos, como as áreas
de inovação, tecnologia e marketing.

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2.5. DECISÃO RELÂMPAGO (DR)

Com o foco em substituir discussões desestruturadas, por um processo claro de resolução de problema,
a metodologia decisão relâmpago pode ser utilizada em vários momentos de decisão da sua startup e
não só no lançamento de novos projetos.

FOCO
Priorização e tomada de decisão
NA PRÁTICA

Reúna sua equipe em um pequeno grupo de 4 a


6 pessoas e separe post-is ou papéis para escrita
das ideias. A metodologia é baseada na aplicação
de 4Cs e na analogia com o movimento de um
barco:

Coletar: como as coisas estão funcionando? Seja


na equipe ou no projeto. Escreva tudo que está
indo bem, que é positivo sobre o tópico (tudo o
que é vento para a vela/movimento para o barco)
e o que está indo mal, que é negativo, que causa
problemas sobre o tópico (tudo o que funciona
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Concordar: os participantes devem votar nos problemas
que acham mais pertinentes de serem resolvidos. Em
seguida, eles devem ser organizados em ordem de
prioridade, os mais votados para os menos votados.
Nesse momento, o moderador deverá reescrever o
problema mais votado, em um formato padrão de “Como
podemos” (CP) + desafio. Por exemplo: Como podemos
garantir que toda a equipe tenha conhecimento das
nossas metas?

Criar: esse é o momento de criar alternativas para melhorar


o projeto e pensar em ações que possam colaborar
para a solução do problema identificado. Novamente as
soluções mais votadas são organizadas e posicionadas
em um gráfico de impacto e esforço. Será testada a ideia
que exige menor esforço e com maior impacto.

Combinar: finalizando, a equipe deverá criar três passos para testar a solução. Aqui o ideal é que os
passos para testar a solução possam ser concluídos entre 1-2 semanas.

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Após a reunião, a equipe terá tarefas claras com as quais poderão se comprometer ao longo das
próximas semanas.

PARA QUEM É RECOMENDADO?

A decisão relâmpago é indicada para soluções de problemas internos, organização de eventos,


melhorar o fluxo de vendas, entre outros momentos.

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3) AGILIDADE VS TRADICIONALIDADE
Você já deve ter percebido até aqui ou no dia a dia do seu trabalho que sem um método de organização
a gestão do trabalho, horários, tarefas e recursos necessários, poucas mudanças ou descobertas teriam
acontecido, certo?

Se você parar para ler a história de grandes empresas e revoluções vai perceber que durante muito
tempo as técnicas de gestão eram de conhecimento quase que exclusivo das estatais e dos governos.

Depois da Revolução Industrial, com o surgimento de novas indústrias e produtos, o cenário começou
a mudar e muitas organizações viram a necessidade de rever seus métodos de gestão ou até mesmo
criá-los.

Agora, estamos passando pela chamada quarta revolução industrial, ou indústria 4.0, marcada por
uma forte interação entre processos humanos e tecnologias. Nesse cenário, os processos novamente
precisaram ser revistos, com prazos mais reduzidos de implantação.

As metodologias tradicionais eram baseadas em etapas mais rígidas e controladas, em contrapartida,


as metodologias ágeis têm como base a flexibilidade e a adaptabilidade das estratégias e cronogramas.

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Nos modelos tradicionais, existem etapas que devem ser cumpridas de maneira sequencial para que
o projeto seja concluído. Já as metodologias ágeis, trabalham com entregas parciais que facilitam a
gestão de mudanças que podem ocorrer durante o projeto.

METODOLOGIAS TRADICIONAIS METODOLOGIAS ÁGEIS

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Você deve estar se perguntando agora, mas como saber qual utilizar? E se a minha empresa ou startup
ainda não estiver preparada para as novas metodologias?

Isso vai depender muito do tipo de projeto e cultura da empresa. Metodologias são recursos que o
gestor deve escolher de acordo com as necessidades do seu projeto e com base em análises.

O ideal é estudar o projeto, conhecer os requisitos, tecnologias a serem utilizadas e outros critérios
que podem ajudar a decidir qual metodologia ágil é o melhor ponto de partida.

Projetos que terão mudanças frequentes, com planejamento mais flexível, tendem a se encaixar melhor
nas metodologias ágeis.

Utilize da própria metodologia ágil para implantar a metodologia ágil na sua empresa. Execute, colete
feedbacks, corrija a rota e rode o ciclo novamente.

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4) BENEFÍCIOS DAS METODOLOGIAS ÁGEIS
Em total sintonia com os propósitos das startups, as metodologias ágeis estão ligadas a processos
mais rápidos, leves e engajados. A realização frequente de testes no processo garante menos tempo
desperdiçado na direção errada e mais agilidade para responder às mudanças.

Rapidez
Nos principais métodos ágeis a velocidade é o grande diferencial. Com etapas e processos bem
estruturados, há uma maior eficiência na execução dos processos e nas entregas do projeto. Os
clientes não esperam meses ou anos apenas para obter exatamente o que não querem, eles conseguem
acompanhar e validar o projeto em várias etapas.

Flexibilidade
Metodologias ágeis são flexíveis a mudanças e alterações. Se ocorrer algum erro durante o processo,
ele é facilmente identificado e apenas a etapa com falha precisa ser corrigida. O sistema se ajusta
rapidamente para refinar a solução de sucesso do cliente.

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Colaboração
A colaboração é um dos principais pilares das metodologias ágeis, seja entre equipes e clientes. Com a
criação de equipes multidisciplinares, é possível favorecer a troca de informações e maior cooperação
entre áreas e pessoas.

Valorização e produtividade
Não é novidade para ninguém que equipes valorizadas são mais produtivas do que aqueles que são
obrigados a seguir um conjunto de regras. A Metodologia Ágil respeita os funcionários, dando-lhes
autonomia ou cocriando o objetivo e confiando neles para alcançá-los.

Simplicidade
À primeira vista, os métodos ágeis podem parecer complexos, mas na prática, eles são mais simples e
assertivos. Enquanto metodologias tradicionais se empenham em planejamentos longos, pois o foco
é antecipar o máximo possível de trabalho, em uma metodologia ágil é suficiente ter um backlog com
as entregas pendentes do projeto.

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5) DESAFIOS E SOLUÇÕES
Se você chegou até aqui, já deve ter notado que o maior desafio das startups e empresas que optam
pela implantação de metodologias ágeis é a mudança cultural.

Essa barreira é ainda maior quando falamos de organizações com culturas bem enraizadas em processos,
metodologias, líderes e até nos próprios funcionários. Uma cultura de transformação ágil vai requerer
mudança de mindset de todos, especialmente de líderes.

Sabe aquela frase que diz “o hábito faz o monge”? Pois bem, transformar a cultura
organizacional é um processo lento e a longo prazo. É preciso exercitar os novos
princípios todos os dias, até que virem um hábito, motivando as pessoas e apresentando
de forma clara quais são os benefícios dessa transformação, tanto no âmbito pessoal
quanto profissional.

Confira algumas dicas para facilitar a implantação da cultura ágil:

- Conheça sua organização: o primeiro passo é conhecer o ambiente que passará pelas mudanças. A
adoção das novas metodologias exige não só conhecimentos novos, mas também desaprender valores,
premissas e posturas antigas de trabalho, antes que se possa agregar novos comportamentos.

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Os elementos primordiais dessa mudança cultural são: apoio da alta gestão e treinamento;

- Envolva a liderança: a participação das lideranças e chefias são essenciais para a inspiração do time;

- Promova a integração dos setores: tenha sempre uma comunicação clara com todos os setores, isso
contribui para a criação de um clima de harmonia e apoio mútuo, fortalecendo ações em prol de um
mesmo objetivo definido no planejamento estratégico da empresa;

- Seja transparente: Seja claro e transparente na hora de mostrar tanto os desafios do processo, quanto
todos os resultados que serão conquistados, para que estes “falem a mesma língua” durante a execução
de suas tarefas;

- Envolva os clientes: os clientes externos devem interagir ativamente no processo de desenvolvimento


de produtos, serviços ou resultados, mantendo comunicação constante. Evitar conflitos e procurar
soluções em conjunto são aspectos importantes dessa relação;

- Vá com calma: Tenha em mente que você está experimentando algo novo, talvez por isso não seja
recomendado a implantação no maior projeto da empresa. O tamanho ou mesmo a dificuldade do
projeto piloto deve ser tratada com cuidado.

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Conclusão

Ao adotar as metodologias ágeis, é possível garantir entregas de qualidade dentro dos requisitos,
custos e prazos previamente definidos.

O principal é entender o impacto que a nova metodologia terá na cultura da sua empresa ou startup,
entender que a mudança requer um período de transição e de adaptação, treinamento, orientação e
persistência até que os novos processos façam parte do modo de trabalhar das pessoas e do modo de
executar projetos.

Neste ebook, você pôde conferir algumas dicas e exemplos de metodologias ágeis para implementar
em sua empresa ou startup. Com essas alternativas, você pode alcançar excelentes resultados.

Gostou de saber sobre as metodologias ágeis? Inicie a implantação e perceba a mudança do ambiente
quando o foco do time está treinado para buscar o desenvolvimento e crescimento do negócio!

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