Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Introdução
Cada vez mais a ciência vem avançando mais e trazendo novas descobertas a
sociedade. Com essa evolução é bastante perceptível a influência dos astros para tudo
o que conhecemos, já que eles são o passado da humanidade e o que tornou possível
a vida. Contando com isso, vê-se que o ciclo de maior influência é o das estrelas, já que
elas que geraram e mantem o universo fluindo. Desde da mais primordial nebulosa, as
protoestrelas, até o avanço das estrelas já forma um ciclo consideravelmente grande,
mas vem somente nas estrelas mais velhas e em seu fim que elementos necessários
para que a vida pudesse existir foram criados. Com o fim das maiores e mais perigosas
estrelas, que houve a criação dos buracos negros, que possibilitam manter uma galáxia
unida. E, por fim, um dos mais importante, o centro do sistema solar onde se encontra
a Terra, o Sol. Uma estrela que sustenta um sistema solar e uma diversidade de seres
vivos.
As nebulosas escuras são zonas que se constituem de poucos gases e poeira cósmica.
Em virtude de a quantidade de matéria ser baixa, elas possuem também um campo
gravitacional mais intenso, atraindo os gases e poeira que as envolvem. Com o tempo, seu
campo gravitacional irá aumentar cada vez mais. Sendo assim, aumenta em conjunto a
atração, criando uma acreção gravitacional, que é o processo de auto acumulação.
Como resultado, tem-se uma protoestrela com um núcleo muito mais quente que as
camadas envoltórias, a superfície. Assim, no interior, o calor começa a se difundir do centro,
deslocando para as áreas mais frias. Inicialmente o transporte ocorre por correntes
convectivas, ou seja, por bolhas de material quente que se expandem do centro em direção à
superfície, enquanto quantidade de material relativamente mais frio desce da superfície para o
centro. As correntes de convecção na protoestrela conduzem-na ao equilíbrio térmico.
Quando tal etapa é atingida, é dito que ocorreu o equilíbrio convectivo.
Esse transporte provoca uma queda na pressão e temperatura do núcleo. Por outro
lado, com a queda da pressa, as enormes camadas de gases que envolvem o núcleo começam
a pressiona-lo. Isto resulta numa compressão maior dos gases do núcleo e, portanto, a
temperatura se eleva, causando uma pressão no centro da protoestrela e temperatura cada
vez maiores.
Com esse aumento de pressão e densidade, o processo convectivo não mais será um
meio eficiente de transporte de energia. A energia começara a ser transportada por radiação.
4
Essas reações são responsáveis pela origem da energia nas estrelas. Esse fato é o
principal que caracteriza o nascimento de uma estrela.
4. Estágios da estrela:
Tempo na
Massa Temperatura Luminosidade
sequencia principal
(Sol = 1) (Kelvin) (Sol = 1) (anos)
25 35.000 80.000 3 Milhões
15 30.000 10.000 15 Milhões
3 11.000 60 500 Milhões
1,5 7.000 5 3 Bilhões
1 6.000 1 10 Bilhões
1,75 5.000 0,5 15 Bilhões
0,75 4.000 0,025 200 lhões
5
O núcleo passa a se constituir somente de hélio. O colapso deste núcleo rico em hélio
o levara a uma elevação violenta de pressão e temperatura, fazendo com que a camada que
reveste o núcleo aqueça. As camadas que estão entre o núcleo e superfície estelar contêm
ainda hidrogênio; Logo em seguida, a temperatura acima do núcleo em contração torna-se
suficiente para que o hidrogênio comece a queimar, construindo um envelope ao redor do
núcleo.
Enquanto ocorre essas alterações nas camadas externas, o núcleo inativo continua a se
contrair. Produzindo um aumento na densidade e na temperatura do núcleo estelar.
Quando esta temperatura atinge o nível de cem milhões Kelvins, inicia-se uma nova
reação termonuclear. A temperatura e pressão, os núcleos de hélio podem se fundir formando
átomos de carbono e oxigênio, o que caracteriza a etapa denominada queima de hélio. Essa
queima do núcleo de hélio é uma consequência da temperatura do núcleo, ao redor do qual
existe um envoltório onde por sua vez está ocorrendo a queima de hidrogênio.
necessária ao
ignição do manutenção do
nuclear início do
processo processo
processo
(Sol = 1) (Kelvin) (Kelvin)
Queima de
0,1 4 Milhões 20 Milhões
hidrogênio
Queima de hélio 0,5 100 Milhões 200 Milhões
Queima de
4 600 Milhões 800 Milhões
carbono
Queima de
6 1 Bilhão 2 Bilhão
oxigênio
Queima de silício 8 2 Bilhões 1. Bilhões
Após passar por esse processo, atingindo um estágio mais avançado, se a estrela
possuir mais de quatro massas solares, a densidade temperatura no seu núcleo serão
suficientes para que se inicia a queima de carbono. Nas reações termonucleares de núcleos de
carbono são produzidos núcleos de oxigênio, neônio, sódio e magnésio. Ocorrem então três
reações termonucleares independentes. Assim, ao redor do núcleo que queima carbono,
existe uma camada que queima hélio e, em volta dessa, uma outra que queima hidrogênio.
Se a estrela possui mais de 6 massas solares, a contração do núcleo pode alcançar uma
temperatura de um bilhão Kelvin e começa a queima de oxigênio, produzindo silício e enxofre.
Ao ocorrer a interrupção da queima do núcleo de oxigênio, se a massa da estrela for oito
massas solares, sua temperatura poderá atingir de dois bilhões Kelvin e, assim, inicia-se a
queima de silício.
Como consequência, ocorre a formação de níquel e ferro. O núcleo de ferro não pode
queima-se. Se a estrela possuir massa elevada de mais de dez massas solares, a queima de
silício continuará ao redor de um núcleo de ferro, apresentada na FIG. 2.
7
As estrelas que ultrapassarem essa etapa de sua vida terão um fim muito violento, pois
o núcleo de ferro é instável e acabará por provocar a sua implosão. O colapso gravitacional
repentino, irá produz uma quantidade enorme de energia, dando origem às catastróficas
explosões estelares, conhecidas como supernovas.
Todas as estrelas estão lançando matéria no espaço, que produzem ao seu redor um
vento estelar. Esse vento reduz a massa de uma estrela, ao longo da vida, à sua metade.
As estrelas de baixa massa solar, logo que queima o hidrogênio e o hélio ao redor do
seu núcleo inerte de carbono e oxigênio, sofre uma serie de instabilidade térmica. Como
consequência, a estrela começa a pulsar, que é a atmosfera que se expande e contrai,
aumentando a intensidade. Essas pulsações, que podem se tornar muito intensas, tem como
fim a separação das camadas exteriores do núcleo. O núcleo muito quente e denso fica
exposto.
A estrela, que agora contém somente o núcleo, tende a esfriar. Nessa estrela de baixa
massa solar não é possível iniciar a queima de carbono. Sua temperatura declina, as camadas
externas se tornam mais frias e o núcleo se compacta mais. Sua densidade pode atingir cerca
de 1 mil toneladas por centímetro cúbico. Todos os elétrons no interior da estrela se
comprimem o limite, e a matéria que é assim constituída tem o nome de matéria degenerada.
Quando a concentração gravitacional, faz a estrela atingir as dimensões do nosso planeta
(cerca de seis mil quilômetros de raio), há uma pressão muito intensa sobre os elétrons em
estado degenerado, que a estrela interrompe sua contração. Nessa etapa se estabelece a
temperatura superficial da estrela num nível da ordem de 50 mil Kelvin. A estrela está morta –
pois não há nenhuma fonte interna de energia. Mas a estrela possui ainda uma temperatura
superficial elevada, e sua emissão de luz é muito reduzida, gerada por suas dimensões. Tem
aparência branca, quente e de pequenas dimensões, o que justifica a denominação anã
branca. Existem mais de 500 anãs brancas nas vizinhanças do Sol.
8
A evolução de uma gigante vermelha para uma anã branca representam uma
substancial perda de massa, como pode-se verificar na tabela a seguir:
Todas as anãs brancas provem de estrelas que contêm uma massa menor que o valor
de 1,4 massa solar. Por outro lado, todas as de massa muito elevada (da ordem de cinquenta
massas solares) têm grande dificuldade em ejetar quarenta e oito massas solares durante a sua
explosão como supernovas. Desde que elas sejam mais maciças que o limite de Chandrasekhar
(1,4 massa solar) a pressão degenerada dos elétrons será incapaz de suportar a estrela, que
não poderá se tornar uma anã branca. Elas continuam a se contrair, dando origem às estrelas
de nêutrons e aos buracos negros.
Quando avista-se uma estrela de cor azul no céu, isso significa que o pico da curva está
situado próximo aos comprimentos de onda ultravioleta; assim será emitido muito mais luz
azul do que vermelha. Essas estrelas têm a aproximadamente 10.000 Kelvin de temperatura.
Já quando a estrela tem uma cor avermelhada, isso indica que o pico da curva situado
no infravermelho. A temperatura desse tipo de estrela é relativamente fria, cerca de 3.000
Kelvins.
9
No entanto, esta estrela, a anã VB8, teve uma vida muito curta e vive
completamente só. Não foi detectada ainda nenhuma outra anã marrom.
Mantendo essas quase estrelas ainda no campo da teoria.
d. Estrela de nêutrons:
Elas seriam decorrentes da própria evolução estelar, quando o interior
de uma estrela muito velha e maciça entra em colapso gravitacional. Neste
momento, no interior da estrela, os espaços intra-atômicos deixariam de
existir. Os elétrons e prótons se transformariam em nêutrons, como um sólido
ou um fluido bilhões de vezes mais densos do que o aço.
Quando uma estrela atinge o estágio final da sua vida, ela pode se
transformar numa anã branca, numa estrela de nêutrons ou num buraco
negro. Estas três soluções dependem da massa final, que a estrela obteve no
ultimo estagio da sua evolução. As estrelas com massa de ordem de uma e
meia massa solar se transformariam em anãs brancas; as estrelas com cerca de
duas ou duas e meia massas solares dariam origem às estrelas de nêutrons; e
as com mais de três massas solares deveriam se transformar nos célebres
buracos negros.
e. Buracos negros
A solução de Schwarzschild propõe um buraco negro com simetria
esférica e massa. Nesta solução, a estrela que lhe originou não devia possuir
rotação, carga elétrica e campo magnético. À medida que ocorre o colapso
gravitacional, as trajetórias dos raios luminosos emitidos pela estrela se
encurvam em direção ao seu próprio núcleo. No último estágio da evolução
estelar, os raios de luz emitidos não conseguem sair para fora do
convencionado horizonte de eventos. Aliás, no interior do horizonte de
eventos nenhum evento pode ser observado. Mesmo depois que uma estrela
agonizante tiver ultrapassado o seu próprio horizonte dos eventos, nada o
impossibilita de continuar sua contração gravitacional, que continuará
contraindo-se até a sua implosão em um ponto no centro do buraco negro. A
11
bailarinos. Todo bailarino, para atingir uma grande velocidade, fecha o braço
ao redor do seu corpo, numa aplicação inconsciente desta lei.
Data da
Tipo Parâmetros Descrição
elaboração
Buraco negro Constitui o mais simples dos buracos
de 1916 Massa (M) negros. Possui somente massa e a sua
Schwarzschild simetria é esférica.
Buraco negro O buraco negro carregado possui
Massa (M) e
de Reissner- 1916/1918 massa e carga (elétrica ou magnética).
carga (c)
Nordströn Sua inércia é esférica.
O buraco negro rotacional possui
Buraco negro Massa (M) e
1963 massa e momento singular. Sua
de Kerr rotação (r)
simetria é axial.
Buraco negro Massa (M) e O buraco negro rotacional e carregado
de Kerr- 1965 carga (c) e é o mais complexo. Sua simetria é
Newmann rotação (r) axial.
9. Conclusão:
Appenzeller, Mariana. Estrelas e planetas. Judith Millidge. São Paulo - SP, 1999.
Mourão, Ronaldo Rogério de Freitas. Nascimento vida e morte das estrelas: a evolução estelar.
Vozes Ltda. Petrópolis – RJ, 1995.