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DE
CONCRETO
ARMADO
SUMÁRIO
1. CONCEITOS BÁSICOS .................................................................................................................. 3
1.1 CARGAS CARACTERÍSTICAS .................................................................................................. 3
1.2 ESFORÇOS SOLICITANTES E REAÇÕES .................................................................................... 4
2. REGRAS DE PRÉ-DIMENSIONAMENTO DE PEÇAS........................................................................... 6
2.1 Agressividade do ambiente ................................................................................................. 6
2.2 FLEXÃO SIMPLES ................................................................................................................. 8
2.3 Módulo de elasticidade do concreto .......................................................................................... 9
2.4 Estado limite último convencional na flexão............................................................................. 11
3. LAJES ...................................................................................................................................... 14
3.1 LAJES RETANGULARES MACIÇAS ........................................................................................ 14
3.1.1 LAJES ARMADAS EM UMA DIREÇÃO................................................................................ 14
3.1.2 LAJES ARMADAS EM DUAS DIREÇÕES (EM CRUZ) ............................................................. 19
3.2 LAJES NERVURADAS ............................................................................................................... 23
4. VIGAS ..................................................................................................................................... 24
4.1 VIGA DE SEÇÃO RETANGULAR COM ARMADURA SIMPLES ......................................................... 24
4.2 VIGA DE SEÇÃO “T” COM ARMADURA SIMPLES ........................................................................ 25
4.3 VIGA DE SEÇÃO RETANGULAR COM ARMADURA DUPLA ........................................................... 26
5. PILARES................................................................................................................................... 28
5.1 Tipos de pilares...................................................................................................................... 32
5.2 Situação de cálculo................................................................................................................. 32
5.3 Dimensões Mínimas ............................................................................................................... 35
5.4 Disposições Construtivas, Bitolas e Espaçamentos .................................................................... 35
5.5 Armaduras transversais .......................................................................................................... 36
5.6 Travamentos Adicionais na Seção transversal ........................................................................... 37
6. REFERÊNCIAS........................................................................................................................... 39
1. CONCEITOS BÁSICOS
Além dos aspectos econômicos e estéticos, uma estrutura de concreto deve ser projetada para
atender aos seguintes requisitos:
1) Segurança: dentro de um nível de segurança preestabelecido, a estrutura deve suportar as
ações que lhe são impostas durante a sua vida útil (incluindo a fase construtiva), sem a
ocorrência de ruptura ou perda do equilíbrio estático;
2) Bom desempenho em serviço: nas condições normais de utilização, as deformações da
estrutura devem ser suficientemente pequenas para não provocar danos inaceitáveis em
elementos não estruturais, não afetar o seu uso ou a sua aparência, nem causar desconforto
aos usuários; o grau de fissuração não deve afetar o uso ou a aparência da estrutura, nem
prejudicar a proteção da armadura;
3) Durabilidade: a estrutura deve se manter em bom estado de conservação sob as influências
ambientais previstas, sem necessidade de reparos de alto custo ao longo de sua vida.
- Cargas permanentes: são aquelas que ocorrem com valores praticamente constantes durante
toda a vida da construção, além daquelas que aumentam com o tempo, mas tendem a um valor
limite constante (ABNT, 2014).
As ações permanentes diretas são o peso próprio da estrutura, o peso de elementos fixos e de
empuxos permanentes.
As ações permanentes indiretas são a retração do concreto (encurtamento), a fluência do concreto
(deformações lentas), deslocamentos de apoio (pilares, fundação, etc.), imperfeições geométricas
locais e/ou gerais (deslocamentos e momento mínimo) e protensão.
- Cargas variáveis ou acidentais: São aquelas que não atuam de forma permanente na
estrutura. As ações variáveis ou acidentais também podem ser diretas ou indiretas.
As ações variáveis diretas são aquelas constituídas pelas cargas acidentais previstas para o uso da
construção (residência, biblioteca, depósito, etc.), e seus valores de referência podem ser obtidos
através da norma brasileira NBR-6120, pelas cargas de vento que atuam conforme a norma
brasileira NBR-6123, pelos empuxos de água e ações variáveis de execução.
As ações variáveis indiretas incluem as variações de temperatura que podem ser uniformes ou não
e as ações dinâmicas relativas ao uso (vibrações ou choques).
- Cargas excepcionais: são aquelas que não podem ser controladas, como é o caso de furacões
e terremotos.
- Manutenção da seção plana: as seções transversais da peça, quando fletidas, não perdem a
configuração plana;
Ainda sobre a agressividade do ambiente, é importante saber que o engenheiro projetista deve ficar
atento à resistência do concreto a ser especificada no projeto. A classe do concreto também varia
com o grau de agressividade.
2.2 FLEXÃO SIMPLES
As hipóteses básicas admitidas no dimensionamento de uma seção transversal de concreto armado,
submetida à flexão simples ou composta, são as seguintes:
b) Aderência perfeita
Admite-se a existência de uma aderência perfeita entre o concreto e o aço, ou seja, nenhum
escorregamento da armadura é considerado. Com isso, as armaduras vão estar sujeitas às mesmas
deformações do concreto que as envolve.
c) Concreto em tração
Devido à baixa resistência do concreto à tração, as considerações dessa situação são importantes
nas condições de serviço da estrutura. Despreza-se totalmente a resistência à tração do concreto
no estado limite último, onde é feito seu dimensionamento. Com isso, todo o esforço de tração é
resistido pelas armaduras.
Na flexão simples, a ação pode ser admitida como sendo representada apenas pelo Momento de
Projeto = Md ; são adotadas como resistências aquelas oferecidas pelo concreto (fck), pelo aço (fyk)
e pela seção transversal (Mud); e a segurança adequada é quando é verificada a condição: Md ≤ Mud.
Por razão de economia, faz-se Md = Mud.
O concreto mais utilizado tem como característica um fck entre 20 e 30 MPa (KN/cm²), enquanto
que o aço mais utilizado, o CA50, tem como fyk um valor de 50 KN/cm².
Além da resistência, existem ainda outras características inerentes ao concreto e ao aço, que serão
utilizadas para efeito de cálculo, a saber:
Concreto Aço
fck = 20 a 30 MPa fyk = 50 KN/cm²
γc = 1,4 γs = 1,15
Onde:
fck é o valor característico da resistência do concreto;
fyk é o valor característico de resistência da armadura correspondente ao patamar de
escoamento;
γc é o coeficiente de ponderação de resistência do concreto (coeficiente de segurança);
γs é o coeficiente de ponderação de resistência da armadura (coeficiente de segurança);
Sendo
αE = 1,2 para basalto e diabásio; αE = 1,0 para granito e gnaisse;
Onde Eci e fck são dados em megapascal (MPa). O módulo de deformação secante pode ser
obtido segundo método de ensaio estabelecido na NBR 8522, ou estimado pela expressão:
Ecs = αi . Eci
A tabela abaixo apresenta os valores estimados arredondados que podem ser utilizados no
projeto estrutural.
Classe de
C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50 C60 C70 C80 C90
resistência
Eci (GPa) 25 28 31 33 35 38 40 42 43 45 47
Ecs (GPa 21 24 27 29 32 34 37 40 42 45 47
αi 0,85 0,86 0,88 0,89 0,90 0,91 0,93 0,95 0,98 1,00 1,00
Para tensões de compressão menores que 0,5 fc e tensões de tração menores que fct, o
coeficiente de Poisson ν pode ser tomado como igual a 0,2 e o módulo de elasticidade
transversal G igual a Ecs / 2,4.
- Diagrama parábola-retângulo
Diagrama retangular simplificado
Domínios de deformação
O estado limite último convencional ocorre quando o diagrama de deformação passa por
limites, representados na figura seguinte:
- Lajes armadas em duas direções ou em cruz: quando as curvaturas paralelas aos lados são
valores comparáveis entre si, são lajes apoiadas em todo seu contorno e com lados não muito
diferentes entre si (l ≤ (ly / lx) ≤ 2).
Sejam, lx, o vão teórico da laje, normalmente, igual à distância entre os eixos das vigas de
apoio, e ly o seu comprimento. Os cortes AA e BB mostram, de forma esquemática, os
deslocamentos apresentados pela laje ao ser submetida à uma carga distribuída uniforme de
valor p. Constata-se a presença de curvatura de momento fletor segundo o corte AA, e
segundo o corte BB ocorre, praticamente uma translação com curvatura e flexão desprezíveis.
Considere-se, agora, faixas isolados de larguras unitárias paralelos ao corte AA:
o carregamento de uma dessas faixas é constituído de carga uniforme de valor p. Cada uma
dessas faixas tem, aparentemente, o comportamento de uma viga isostática e o diagrama de
momento fletor é uma parábola de ordenada igual a MF = q .
Para que as faces superior e inferior mantenham-se paralelas entre si aparece um momenfo
fletor my = υ ⋅ mx atuando no plano paralelo ao lado ly, também por unidade de largura, sendo
my = 0,2 ⋅ mx, pois no concreto υ = 0,2.
Esforços Solicitantes
- Laje Isolada: nesse caso, a faixa de largura unitária da laje corresponde a uma viga isolada
sujeita a carga distribuída uniforme;
mx = .
my = ʋ.mx
vx = q.
- Laje em balanço: nesse caso, a faixa de largura unitária da laje corresponde a uma viga
em balanço e o carregamento consiste numa carga uniforme distribuída q mais uma
concentrada P aplicada junto à extremidade do balanço.
m’x = .
vx = q.lx + P
- Laje contínua: nesse caso, a faixa de largura unitária da laje corresponde a uma viga
contínua.
A armadura de flexão será distribuída no largura de 100 cm. Em geral, tem-se nos vãos,
num mesmo ponto, dois momentos fletores (mx e my positivos) perpendiculares entre
si.
Desta forma, a cada um desses momentos corresponde uma altura útil; dx para o
momento fletor mx e dy para o momento fletor my.
Normalmente, mx é maior que my; por isso costuma-se adotar dx > dy; para isto, a
armadura correspondente ao momento fletor my (Asy) é colocada sobre a armadura
correspondente ao momento fletor mx (Asx):
dx = h - c - φx /2 e dy = h - c - φx - φy /2
onde
dx = h - c - 0,5 cm e dy = h - c - 1,0 cm
Cálculo das Armaduras
e a armadura
Onde
Segundo a NBR 6118, qualquer barra da armadura de flexão deve ter diâmetro no
máximo igual a h/8. As barras da armadura principal de flexão devem apresentar
espaçamento no máximo igual a 2.h ou 20 cm, prevalecendo o menor desses dois
valores na região dos maiores momentos fletores.
Nas lajes maciças armadas em uma ou em duas direções, em que seja dispensada
armadura transversal de acordo com o item 19.4.1, e quando não houver avaliação
explícita dos acréscimos das armaduras decorrentes da presença dos momentos
volventes nas lajes, toda a armadura positiva deve ser levada até os apoios, não se
permitindo escalonamento desta armadura. A armadura deve ser prolongada no
mínimo 4 cm além do eixo teórico do apoio.
A armadura secundária de flexão deve ser igual ou superior a 20 % da armadura principal,
mantendo-se, ainda, um espaçamento entre barras de no máximo 33 cm.
mx = mx ⋅ cos²α + my ⋅ sen²α
Nas lajes interessam, particularmente, os momentos fletores máximos nos vãos e sobre
os apoios (quando engastados).
Existem tabelas que nos fornecem estes momentos máximos para alguns casos usuais
de lajes maciças. Nos edifícios, onde o carregamento usual é constituído de carga
distribuída uniforme, são muito úteis as tabelas de Czèrny preparadas com coeficiente
de Poisson 0,2 (admitido para o concreto).
Os momentos fletores extremos são dados por:
Método simplificado
Lajes isoladas: inicialmente separam-se as lajes admitindo-se, para cada uma delas, as
seguintes condições de apoio:
- Apoio livre, quando não existir laje vizinha a este apoio;
- Apoio engastado, quando existir laje vizinha no mesmo nível, permitindo assim a
continuidade da armadura negativa de flexão de uma laje para a outra;
- Vigas rígidas de apoio da laje;
e, calculam-se os momentos fletores máximos (em valor absoluto) nestas lajes isoladas
(mx, my, m’x, m’y).
Altura útil
Da mesma forma que para as lajes armadas em uma só direção, as alturas úteis são
dadas por:
dx = h - c - φ x / 2 e dy = h - c – φ x - φ y / 2
podendo ser estimadas, nas lajes usuais, por
dx = h - c – 0,5 cm e dy = h - c – 1,0 cm
Cálculo de As
e a armadura
Onde
As = Asx para m = mx
As = Asy para m = my
As = A’s para m = m’
Armaduras mínimas
- Armadura de vão:
- Diâmetro: φ ≤ h / 8;
As lajes maciças podem ser recomendadas para vãos até cerca de 5m. Para vãos maiores,
ela se torna antieconômica devido ao seu grande peso próprio. Uma opção melhor para
este caso pode ser conseguida através das lajes nervuradas.
As nervuras têm a função de garantir a altura necessária para a armadura de tração
resistir à flexão.
- Os esforços solicitantes podem ser obtidos pela teoria das placas para faixas de largura
unitária; multiplicando estes esforços pelos espaçamentos entre nervuras tem-se os
esforços atuantes em cada nervura;
- A armadura é constituída por barras agrupadas junto à borda tracionada e pode ser
imaginada concentrada no seu centro de gravidade.
Equações de equilíbrio
Nos casos de dimensionamento, tem-se b, fck e faz-se Mud = Md, (momento fletor
solicitante em valor de cálculo).
Desta forma, a equação 2 nos fornece o valor de x:
- Domínio 4, se X ≥ X34, neste caso convém alterar a seção para se evitar a peça
superarmada, aumentando-se h ou adotando-se armadura dupla.
A análise de uma seção “T” pode ser feita como se indica a seguir:
Este momento deve ser resistido pela parte 2 que é uma seção retangular bw por
d, portanto:
Portanto
Quando se tem, além da armadura de tração As, outra A’s posicionada junto à borda
comprimida, temos uma seção com armadura dupla. Isto é feito para se conseguir uma
seção subarmada sem alterar as dimensões de seção transversal.
A armadura comprimida introduz uma parcela adicional na resultante de compressão,
permitindo assim, aumentar a resistência da seção. Vejamos as equações de equilíbrio:
As = Rsd1 / fyd
∆Md = Md - Mwd
Também,
∆Md = R’sd ⋅ (d - d’) = A’sd ⋅ σ’cd ⋅ (d - d’) e ∆Md = R’sd2 ⋅ (d - d’) = A’s2 ⋅ σ’cd ⋅ (d - d’)
O cálculo de A’s , requer a determinação de tensão σ’sd. Com X ≤ Xlim, tem-se, no domínio
3, εc = 0,0035 e, no domínio 2:
Logo,
ε’s = εc ⋅ (x - d’) / x
Finalmente,
Pilares são estruturas de concreto armado que transmitem as cargas para a fundação. A
carga principal, nos edifícios, tem o sentido vertical (peso).
Por isso, o esforço solicitante nos pilares é constituído essencialmente pela força normal
de compressão. Ações outras como, por exemplo, a do vento, introduzem solicitações
transversais nos pilares. Como a força normal de compressão é grande, deve-se ainda
considerar os efeitos provenientes do desaprumo construtivo, da indefinição do ponto
de aplicação das reações das vigas e dos deslocamentos apresentados pelos pilares
(efeito de segunda ordem).
De fato, considere-se o pilar e seus esforços solicitantes usuais:
Mh = H ⋅ l = 10 ⋅ 4,0 = 40 kN ⋅ m
Ma = P ⋅ a = 800 ⋅ 0,02 = 16 kN ⋅ m
Para se ter uma idéia do efeito dos deslocamentos (efeito de segunda ordem),
considere-se, no momento, o comportamento elástico linear do concreto com Eo = 3000
kN / cm² e seção transversal de 25 x 25 cm (seção quadrada).
O momento fletor adicional máximo vale M2 = P ⋅ a, então M = 800 ⋅ 0,0466 = 37,3 kN⋅m.
A figura a seguir representa M2:
Nota-se que o efeito de segunda ordem é desprezível para valores de l até em torno de
40 e que a partir deste valor a sua influência é cada vez maior. Assim, para efeito de um
método de verificação e de cálculo, a NBR 6118 propõe a seguinte classificação dos
pilares em função do índice de esbeltez:
- Pilar Curto: para λ ≤ 40; pode-se desprezar o efeito de segunda ordem e fluência;
- Pilar Medianamente Esbelto: para 40 ≤ λ ≤ 80; o efeito de segunda ordem deve der
considerado (podendo-se utilizar o método do pilar padrão) e pode-se desprezar o
efeito da fluência;
- Pilar Esbelto: para 80 ≤ λ ≤ 140; o efeito de segunda ordem deve der considerado
(podendo-se utilizar o método do pilar padrão) e deve-se considerar o efeito da fluência
(podendo ser estimada através de uma excentricidade complementar equivalente);
- Pilar Muito Esbelto: para 140 ≤ λ ≤ 200; o efeito de segunda ordem e a fluência devem
ser considerados e calculados de forma “rigorosa”, além disso o coeficiente de
ponderação das ações deve der majorado, passando a valer.
5.1 Tipos de pilares
- Pilares de Contraventamento: são aqueles que, devido à sua grande rigidez, permitem
considerar os diversos pisos do edifício como, praticamente, indeslocáveis (caixas de
elevadores, pilares enrijecidos); o seu cálculo exige sua consideração como um todo;
- Pilares de canto: situados junto aos cantos do piso; para situação de projeto considera-
se como esforços solicitantes a força normal (N) de compressão e dois momentos
fletores (Mx e My), atuando segundo os planos constituídos pelo pilar e por cada uma
das vigas nele apoiadas; normalmente o conjunto de valores (N, Mx e My) é substituído
por (N), (eix = Mx / N) e (eiy = My / N).
. . . . .
* + . ,+- ; *′ + . ,+- ; ÿ ( 2 3 . + . ,+- ( *;
/ / / / /
.
Com (ÿ tem-se, para a seção do meio do vão 2 3 .+
4 4 /
Ou + 6
5 /
.
. 4
7/
Por outro lado, sendo 1/r = (εco + εo) / d, a NBR 6118 permite considerar pilares
medianamente esbeltos e esbeltos:
Segundo a NBR 6118, a seção transversal de pilares, qualquer que seja a sua forma, não
pode apresentar dimensão menor que 19 cm.
Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 14 cm, desde
que se multipliquem os esforços solicitantes de cálculo a serem considerados no
dimensionamento por um coeficiente adicional γn, de acordo com o indicado na Tabela
abaixo.
Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior a 360 cm².
b (cm) ≥ 19 18 17 16 15 14
ƴn 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25
Onde:
γn = 1,95 – 0,05 . b
b é a menor dimensão da seção transversal, expressa em centímetros (cm).
Valores mínimos
A armadura longitudinal mínima deve ser:
I=
E?,FGH 0,15. D 0,004. E
<=
O diâmetro das barras longitudinais não pode ser inferior a 10 mm nem superior a 1/8
da menor dimensão transversal.
Valores máximos
A máxima armadura permitida em pilares deve considerar inclusive a sobreposição de
armadura existente em regiões de emenda, devendo ser também respeitado o disposto
em 18.4.2.2.
E?,FK 0,08. E
O espaçamento máximo entre eixos das barras, ou de centros de feixes de barras, deve
ser menor ou igual a duas vezes a menor dimensão da seção no trecho considerado, sem
exceder 400 mm.
A armadura transversal de pilares, constituída por estribos e, quando for o caso, por
grampos suplementares, deve ser colocada em toda a altura do pilar, sendo obrigatória
sua colocação na região de cruzamento com vigas e lajes.
O diâmetro dos estribos em pilares não pode ser inferior a 5 mm nem a 1/4 do diâmetro
da barra isolada ou do diâmetro equivalente do feixe que constitui a armadura
longitudinal.
O espaçamento longitudinal entre estribos, medido na direção do eixo do pilar, para
garantir o posicionamento, impedir a flambagem das barras longitudinais e garantir a
costura das emendas de barras longitudinais nos pilares usuais, deve ser igual ou inferior
ao menor dos seguintes valores:
— 200 mm;
— menor dimensão da seção;
— 24 φ para CA-25; 12 φ para CA-50.
Pode ser adotado o valor φt < φ/4, desde que as armaduras sejam constituídas do
mesmo tipo de aço e o espaçamento respeite também a limitação:
∅
,FK 90000 2 N 3 . com fyk em megapascal.
∅ O
5.6 Travamentos Adicionais na Seção transversal
Segundo a NBR 6118 em seu item 18.2.4 especifica que sempre que houver possibilidade
de flambagem das barras da armadura, situadas junto à superfície do elemento
estrutural, devem ser tomadas precauções para evitá-la.
Quando houver mais de duas barras nesse trecho ou barra fora dele, deve haver estribos
suplementares.
Figura (a): neste caso, as duas barras localizadas no centro da seção do pilar está a uma
distância menor de 20.Øt do canto do estribo poligonal. Desta maneira, ela se encontra
assegurada contra a flambagem.
Figura (b): perceba que neste caso, todas as barras encontram-se a uma distância menor
do que 20.Øt do canto do estribo poligonal. Todavia, perceba que nesta distância há
mais de duas barras, sendo que a terceira barra na seção deverá ser travada por um
estribo suplementar.
Figura (c): neste caso, as barras no centro da seção estão a uma distância maior do que
20.Øt , sendo necessário prever o estribo suplementar.
6. REFERÊNCIAS