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Técnicas Construtivas.

Aula 02

1) Início:

- Obra: Trabalho de engenharia que irá resultar em criação, modificação ou reparo.

- Anteprojeto: É um esboço do que você quer construir, não apresentando cotas,


desníveis e elevações.

- Projeto básico: Tem elementos que são fundamentais e necessários para você
contratar a execução da obra, podendo, por exemplo, licitar e locar uma obra com a
veemência do poder publico, mesmo não sendo ideal licitar com o projeto básico.
Pode-se também realizar uma estimativa orçamentaria, um custo médio por já ter a
metragem (m2) e estabelecer o padrão do empreendimento (A, B, C, etc). É elaborado
a partir das indicações dos estudos técnicos preliminares.

- Projeto Executivo: É o projeto em que se faz uso para executar de fato a obra, aonde
se encontram todos os elementos, detalhes construtivos como cortes, elevações, etc.

- ‘As built’ (como construído): Dificilmente, a obra irá ser construída exatamente como
o projeto manda, podem ter mudanças que têm que ser registrado no papel. Se
ocasionalmente, houve mudanças no projeto, e não foi eventualmente registrado,
quando se fizer uma reforma pode ocasionar em algum dano. Se, por exemplo, houve
modificação no projeto com relação aonde iria passar um tubo de água ou iria ser um
tubo elétrico ao invés de agua, quando fosse fazer uma reforma, poderia furar o tubo
de agua, portanto tem que mudar o projeto.

Obs: Se você tem um orçamento, geralmente irá orçar as estruturas que são básicas e os
acabamentos você irá adequar a sua realidade orçamentaria.

1.1) Tipos de plantas:

- Planta de situação: Situa-se o empreendimento em relação aos limites do terreno.

- Planta de localização: Localiza-se o empreendimento em relação aos lotes contíguos (situado


ao lado de), às edificações vizinhas.

Obs: Quem faz a planta de locação é o estruturalista.

1.2) Cronograma físico-financeiro:

Compatibilizar a parte financeira com a parte cronológica. Se você diminui o seu tempo,
diminui o seu custo final. Exemplo: Uma edificação de 32 pavimentos está planejada em
projeto para terminar em 25 meses, porém a construtora terminou em 22 meses, isso lhes
rendeu uma economia de 3 meses de mão-de-obra. E se não entregar a chave no dia, será
aplicado uma multa. Quando um construtor coloca o coeficiente de segurança muito alto, você
vai perder capital, mas se colocar também muito baixo pode tomar um prejuízo estratosférico,
tem que ter cuidado.

2) Estudos Iniciais:

Fazer uma inspeção geotécnica e aspectos legais para avaliar o terreno e não ter problemas
como:

- Fundação em solo problemático, pois ele pode ser heterogêneo, podendo gastar muito na
fundação a ponto de inviabilizar a obra naquele terreno;

- Regiões onde se tem Área de Preservação Ambiental (APA);

- Terreno muito acidentado, aonde terá que fazer uma movimentação de terra muito grande,
uma terraplanagem muito grande, podendo determinar que o local não seja bom para edificar;

- Solo com baixa capacidade de suporte;

- Lugares sem redes de drenagem, esgoto, água, iluminação, etc;

- Disponibilidade de obra-prima, se, por exemplo, você quer asfaltar, mas a usina que fabrica é
muito longe, pode ser inviável;

- Fazer prédios com custo elevado em regiões menos privilegiadas, tendo então que adequar o
empreendimento à realidade local.

1) Estudos iniciais:

Estudo inicial é o levantamento topográfico, no que concerne o levantamento topográfico? É


você reunir informações a cerca da topografia do relevo do terreno, de tal maneira
consubstanciar projetos especialmente projetos executivos, então, ter informações a cerca do
terreno para que possa a partir dos dados computados, elaborar projetos e tornar exequível
aquilo que você quer materializar. Então, não temos que obter informações apenas do relevo
do terreno, mas também informações a respeito da vigilância e dos logradouros contíguos.
Tem que se pensar em levantar as curvas de nível, mas o que é curva de nível? É uma
representação em planta da altimetria do terreno. Essas curvas de nível geralmente devem ser
apresentadas com distancias não superiores a 12 metros, e é como você fatiasse esta elevação
em fatias equidistantes, ou seja, de mesma altura e as projetasse em um plano, esse é o tal de
plano topográfico.

É importante também demarcar o terreno das eventuais edificações que existem no lote,
então se você tem um terreno e nesse terreno já existe uma edificação e essa edificação pode
ou não fazer parte do projeto final, é fundamental que seja feito um cadastro, quem sabe você
não possa aproveitar essa edificação como um canteiro depois de feita uma verificação, depois
ela pode ser demolida.
Então é importante a gente demarcar a chamada faixa ‘non aedificandi’ e o que seria essa
faixa? É uma faixa aonde você não pode edificar como exemplo um rio que corta o terreno,
não se pode interceptar o rio, mas não o corpo d’água por si só, o terreno tem que estar
dentro da legislação, especialmente o código florestal, no que concerne a distancia mínima
estabelecida, que é de 15 metros, em Salvador na Magalhães Neto existem edificações em que
impedem de acessar o canal, pois todas as suas margens estão tomadas, e não é apenas a
população de baixa renda que ocupa de forma indevida, a própria construção formal ocupa de
maneira informal uma área formal, com a consciência do poder publico.

Pergunta: Começou a executar o bate-estaca ou escavação, você verificou que existe


uma rede de drenagem, quais as soluções?

Resposta: Deve consultar primeiramente o poder publico, para discutir a possibilidade de


desviar essa rede, a rede surgiu primeiro do que sua edificação, você não pode tirar a rede do
seu local de origem. Outra solução além de tentar desviar seria no intuito de melhorar essa
rede, envelopa-la, ou seja, envolver a rede de drenagem em concreto de tal maneira torna-la
mais rígida, ou mais resistente aos esforços que serão aplicados. Tem que também se
inspecionar o envelopamento da rede de drenagem, com pena de constrição ou obalamento
do concreto.

Bom, hoje em dia com a topografia, se fazem muitos levantamentos topográficos de uma
forma mais sofisticada, em Salvador, por exemplo, o que tem mais se usado é a tal estação
total, então, teodolitos eletrônicos computadorizados, robotizados, e modernamente tem se
usado drone pra levantamento topográfico. Lembrando, o levantamento topográfico é
fundamental, pois se você fizer erroneamente, pode ocasionar em muitos problemas, sendo
muito comum, projetos serem feitos apenas no escritório sendo assim são raros os
levantamentos pegos em campo, então tem casos em que você pega o terreno que está
próximo à orla marítima e quando você vai loca-la, parte dela cai no mar, sendo isso fruto de
levantamento topográfico feito de forma inadequada. Você pode trabalhar com plano de
coordenadas cartesianas e trabalhar com coordenadas GPS, podendo ocasionar um problema
porque quando você sai de um sistema local para global, as coordenadas não são as mesmas.
Só relembrando um pouco de topografia, eu fiz, por exemplo, um levantamento topográfico
onde considerando que meu ponto de partida é aqui (foto), e quando você vai jogar pra um
sistema de coordenadas UTM, seu ponto de origem muda, ou seja, se você tem um ponto mil
marcado no sistema de coordenadas local, como a origem do UTM é diferente, seu ponto mil
no UTM também vai ser localizado em um ponto diferente.

É importante no levantamento topográfico você ter a chamada amarração e controle, porque


nas obras de terraplanagem, nas obras de ações de terra, existe marcos que você perde, então
é preciso restaura-los, resgatá-los, então é importante ter pontos físicos bem materializados,
pode ser uma árvore, um poste, ou até mesmo um marco de concreto que você mande
implantar na obra. Geralmente em uma construção predial, você não já precisa credenciar sua
obra, dificilmente, se você quer implantar a obra em um lugar, já levantou topograficamente,
conhece o terreno, então, por exemplo, você tem um poste próximo a um terreno, então toda
sua locação, toda sua implantação vai ser com base nesse poste, ou então com base em um
marco de concreto construído, mas o piquete serve para materializar o levantamento
topográfico.

Então, como resultados têm diversos pontos do levantamento topográfico, estão geralmente
associados a par de coordenadas, x y. Todo levantamento praticamente é planialtimetrico,
você pensa no plano, mas também pensa na diferença entre cotas, ou que existe entre os
pontos, então com relação à cota, você tem um marco referencial arbitrário, por exemplo, se
eu digo que a cota é 10, é 10 em relação ao referencial de nível que você adotou de alguma
forma, qualquer coisa acima disso é maior que 10, e abaixo é menor, e esse referencial de nível
terá que ser mantido em todo o processo da construção.

Com a tecnologia que hoje existe, é possível você estabelecer a chamada nuvem de pontos,
então é como você lesse como se fosse uma foto em terceira dimensão do terreno, pois os
pontos são tão próximos, com questão de milímetros, não conseguindo fazer com material
tradicional. No passado, se levava um mês pra executar um levantamento, hoje em dia, leva
questão de um a dois dias pra fazer. Importante frisa que a terraplanagem tem uma função,
ela modifica o relevo. A topografia tem que estar envolvido em todo o processo executivo
desde os estudos iniciais ate o ‘as build’

- Sondagem

Qual a proposta de sondar um terreno? Importante para inspecionar o solo, tendo casos em
que o solo inviabilize o processo executivo. O solo é um material heterogêneo, então eu faço
prospecção geotécnica nesse terreno, em obra não se sonda o terreno todo, se trabalha com
estatística de certa área do terreno, tendo uma representatividade daquela sua amostra.
Ainda se observa a espessura das camadas do solo, cada solo tem sua respectiva espessura, e
também é importante verificar o posicionamento lençol freático, sendo importante para que
se tiver um solo saturado embaixo pode recalcar e também a depender do método executivo
da fundação e seu lençol freático tem nível elevado, você começará a achar agua então essa
agua pode não ser permitiva à sua fundação. Em alguns casos, no geral, você pode partir para
o rebaixamento do lençol freático.

Se você tem informações sobre o seu terreno, você poderá definir qual tipo de fundação usar,
evidentemente não só com respeito ao solo, mas também se conhece os carregamentos
oriundos da estrutura. Imagina que eu tenho uma edificação com três pavimentos, com
fundação de sapata, evidentemente que, existe um carregamento pavimento a pavimento
oriundo do peso próprio da estrutura, carga móvel e acidental, todo destinado ao solo então o
mesmo tem que ter capacidade de suporte para não romper, e não causar recalque que é a
ruptura do solo, sendo que TODA e qualquer fundação recalca, o que queremos é que esse
recalque seja admissível, mínimo, deformando plasticamente, mas minimamente. Mas se você
tiver um solo de baixa capacidade de suporte, mas se quer um carregamento grande, terá que
construir uma sapata gigantesca ou se a sapata não seja a melhor solução, tendo que partir pra
fundações profundas para atingir camadas abaixo que tenham capacidade de suporte maior. O
que é massapê? É um solo com características bastante argilosas, que contêm argilominerais
que na presença de agua sofre expansão, na ausência sofre contração, então quando você tem
massapê no solo e você tem que fazer fundação superficial às vezes o solo com a variação de
umidade sofre grandes deformações e isso é extremamente prejudicial à estrutura,
ocasionando fissuras, rachaduras, entre outras e o tipo de contenção necessária.

Norma 8036; O projetista determina as condições de sondagem, se ele fez trabalhos


próximos ao terreno, já conhece o terreno, precisa de pouca sondagem no local. Se
você tem uma situação onde não tem parâmetro algum, você se baseia na norma,
você não pode estar à margem da norma. As sondagens devem ser no mínimo, uma para
cada 200m2 de área da projeção em planta do edifício, até 1200m2 de área, ou seja, se você
tem uma situação de um terreno, (foto) se eu vou construir nessa área, vou sondar na área
que vou construir, se eu tiver 1200 m2, eu vou ter que fazer seis furos. A profundidade da
sondagem é dita pelo projetista ou feita até atingir o impenetrável. Existe uma expectativa
de quantos metros vai furar, saber quantas pessoas vão participar, quantos furos, para ter
uma estimativa de custo. Entre 1200 m2 e 2400m2 deve-se fazer uma sondagem para cada
400m2 que excederem de 1200m2, ou seja, se eu tenho um terreno com 2200 m2, tenho que
ter seis furos ate 1200 m2, dois furos até 2000 m2, e como não posso ter meio furo adiciona
um, tendo assim nove furos. Acima de 2400m2 o número de sondagens deve ser fixado de
acordo com o plano particular da construção, ou seja, fica de acordo com o projetista que
estabelece quantos furos vão ter.

Importante é que já que se trabalha com estatística, e o solo é heterogêneo, tem que tentar
criar uma representatividade no terreno, jamais devia representar assim (foto), e sim da
melhor forma a distribuir melhor no terreno. A norma ainda diz que Em qualquer
circunstância o número mínimo de sondagens deve ser: Dois para área da projeção em
planta do edifício até 200m2 e Três para área entre 200m2 e 400m2. Nos casos em que não
houver ainda disposição em planta dos edifícios, como nos estudos de viabilidade ou escolha do
local, o número de sondagens deve ser fixado de forma que a distância máxima entre elas seja
de 100m, com um mínimo de 03 sondagens, ou seja, se eu quero comprar um terreno, eu
quero ter ideia das características do solo não tendo nem projeto em mãos, não se sabe se
vale a pena adquirir o terreno desejado, podendo por conta própria bancar uma sondagem,
até pra que eu não possa entrar em uma furada, ou outro exemplo, se a Odebrecht foi
contratada pelo governo federal pra fazer uma estrada e fazer um estudo de viabilidade para
saber como está o solo naquela região então ele vai ter que fazer prospecções geotécnicas no
sentido de ter elementos no que concerne a caracterizar aquele solo até para que ele possa
elaborar o projeto executivo e propor soluções. Para obras de pequeno porte, são admitidos
processos simples de investigação, como sondagem a trado para obtenção de amostras
deformadas e caracterização visual.

O SPT consiste na cravação de um amostrador- padrão, por meio de golpes de um martelo de


65 kg em queda livre de 75 cm, então na verdade o que você mede é a quantidade de golpes
para penetrar 30 cm no solo desse amostrador-padrão. Então você tem um ‘tripé’ que na
verdade tem quatro pernas, e inicialmente se faz um pré-furo a trado, nesse furo você retirou
solo, você coleta a amostra daquele solo para depois fazer uma inspeção tátil visual e
evidentemente, você tem um tubo de geralmente duas polegadas no máximo , e dentro desse
tubo existe o amostrador padrão, e aqui (foto) tem a cabeça de bater ou martelo de peso
padronizado de 65 kg e que é solto de uma altura padronizada de 75 cm. Nesse amostrador,
são marcados três segmentos cada um com 15 cm. O NSPT, corresponde ao número de golpes
desferidos considerando essa situação, para permitir que esses 30 cm finais sejam cravados no
solo. Na verdade, esses 15 cm iniciais são estatisticamente desprezados, pois é como se fosse
um processo de acomodação do solo, na cravação do amostrador-padrão. E você faz isso
camada a camada, a cada 1 metro você tira, escava com o trado e coloca de novo, essa
avaliação é feita de metro a metro. Escavou com um trado de certo diâmetro, instalou o
equipamento, desferiu tantos golpes necessários para fazer a cravação dos 30 cm finais, depois
você retira o amostrador, abre o amostrador, retira a amostra, tendo amostra porque ele é
oco e coloca no saco plástico para que não perca umidade já que vai ser encaminhado a um
laboratório para ser avaliado. Se por exemplo eu estabelecer que quero uma profundidade de
15 metros, tem que fazer ate chegar os 15 metros se você conseguir ate os 15, pois às vezes o
solo não deixa chegar até ele por ser muito rígido, tendo o objetivo de você conseguir atingir
um solo com características do solo tais que consiga resistir ao carregamento previsto para seu
empreendimento. Existe uma guia também para que guie o martelo até a cabeça de bater, já
que se desferem muitos golpes. Trado é um elemento helicoidal que é manipulado
manualmente, mas também existe mecânico, a usando como uma alavanca para que ela
consiga penetrar o solo.

 Etapa 01 – Planejamento dos furos;


 Etapa 02 – Marcação inicial no terreno “pré –furo”;
 Etapa 03 – Coleta de amostra da camada superficial;
 Etapa 04 – Continuar a perfuração com auxílio de trado manual;
 Etapa 05 – Atingida a profundidade de 1,0m é posicionado o amostrador padrão e a
cabeça de bater;
 Etapa 06 – Antes do início da cravação, marca-se com giz segmento de 45 cm, dividido
em 03 partes iguais de 15 cm. Tal marcação servirá como referência para as contagens
das batidas do martelo;
 Etapa 07 – O martelo é posicionado a 75 cm. Após são realizados golpes para cravação
dos 45 cm. São anotados o número de golpes para cada trecho de 15 cm;
 Etapa 08 – Após a cravação dos 45 cm, retira-se o amostrador e coleta-se amostras de
solo.
 Etapa 09 – O processo segue e a cada camada de 1 metro de espessura os
procedimentos de 04 a 08 são repetidos até que se encontre o nível d’água;
 Etapa 10 – Quando a equipe de sondagem identifica que o solo escavado está úmido,
ela faz o teste para saber se o nível d’água foi atingindo. Introduz-se um equipamento
chamado “piu” que emite um sinal sonoro ao tocar na água para determinar o nível do
lençol freático;
 Etapa 11 – Deste ponto até o final, a perfuração continua com o método conhecido
como lavagem. É utilizado equipamento chamado de trépano de lavagem (cujo
amostrador é modificado a ponta, e tem um conjunto motor-bomba que começa a
circular água), que permite coletar amostras do material escavado pela circulação de
água, já que amolece o solo para favorecer o processo;
 Etapa 12 – A sondagem prossegue até que se atinja alguns dos critérios estabelecidos
na norma NBR 6484 (Sondagens de simples reconhecimento com SPT).

Se objetiva ter um perfil de sondagem, e nesse perfil como relatório final é importante
ter : Planta de locação dos furos, importante para fazer uma avaliação mais
contundente do que está acontecendo ou estabelecer uma nova sondagem ; A RN dos
furos, toda sondagem tem que estar associada a um referencial de nível, por exemplo,
eu consegui encontrar lençol freático na cota tal, se eu tenho estabelecido um
referencial de nível de cota 100, ou seja, to dizendo que a cota do solo é 100, furou
4,50 metros, qual a cota do lençol freático no furo? 95,50 metros. Descrição das
camadas de solo ; Índice de resistência à penetração ; Gráfico resistência X profundidade;
Classificação das camadas, Profundidade; Limite da sondagem a percussão por furo; Indicação
do lençol freático.

Com aquelas inspeções tátil visuais, já dá para caracterizar cada camada de solo, por exemplo,
a cada 1 metro que eu tirei uma amostra, tirando 3 metros de amostra tendo similaridades
entre elas, já furando mais um metro se encontrou diferenças entre os solos, dá para
caracterizar a respeito da granulometria e coloração. Pode ter um solo com matéria orgânica
que é ruim especialmente para fundação, já que pode sofrer decomposição e evidentemente o
solo perder nesse processo capacidade de suporte. Com base na quantidade de golpes camada
a camada, é possível fazer uma correlação com a capacidade de suporte, ou seja, se o solo tem
NSPT menor que quatro o solo é mais fofo tendo menos capacidade de suporte.

- Rochas

Um problema que aconteceu em uma obra: havia uma formação rochosa no poço do elevador,
e deixaram isso para o final, construíram tudo, mas achavam que conseguiriam isso com o
elevador, e ai com a dilatação térmica já que a rocha era um tanto fraturada, conseguiu
quebrar a rocha, esquentava e esfriava até que ela fraturasse mais ainda.

 Bloco de rocha: fragmento de rocha, com diâmetro superior a 1 m;


 Matacão: fragmento de rocha, comumente arredondado por intemperismo ou
abrasão, com uma dimensão compreendida entre 200 mm e 1 m;
 Pedra-de-mão (rachão): Fragmento de rocha com diâmetro compreendido entre 60
mm e 200 mm;

O solo vem da decomposição da rocha, tendo diversos tipos de solos. Em Santos, fez-se uma
sondagem de tantos metros, porém mais embaixo havia uma camada de argila, que ocasionou
em recalque.

Areia (com diâmetros compreendidos entre 0,06 mm e 2,0 mm) fina tem uma superfície
específica maior, portanto, pra que você tenha resistências compatíveis tem que tem maior
consumo de cimento, então, acontece que o calor de hidratação, teoricamente vai ser maior, e
assim acontece maior fissuração da peça, retração, etc. É importante conhecer a
granulometria do solo. Silte é um solo bem fino sendo formado por partículas com diâmetros
compreendidos entre 0,002 mm e 0,06 mm, mas tem menor coesão do que a argila que é
constituído por partículas com dimensões menores que 0,002 mm, sendo assim, dificilmente
um torrão de argila você conseguirá quebrar com a mão, o que não ocorreria com o silte e a
argila é muito rija, tem uma alta coesão entre as partículas. Turfa é um solo muito mole, que é
rico em matéria orgânica, sendo ruim para construir, pois pode entrar em estado de
decomposição gerando recalque, só sendo bom para plantio. Pedregulho pode ser usado como
base de pavimentação e são formados por minerais ou partículas de rocha, com diâmetro
compreendido entre 2,0 mm e 60 mm.

Existem outros tipos de sondagem como:


- SPT-T (Standard Penetration Test com Torque) possibilita informar o momento torsor
entre amostrador e o solo;
- CPT (Cone Penetration Test): consiste na cravação estática lenta de um cone, mecânica
ou elétrica, que armazena em um computador os dados a cada 20 cm;
- Sondagem rotativa: com uso de uma coroa amostradora de aço, na qual são
encrustados pequenos diamantes;
- Pressiômetro (para estabelecer estimativas de recalque ou para a previsão de
capacidade de carga-l imite);
- Cisalhamento de palheta (Vane test): uma palheta de seção cruciforme é
cravada em argilas saturadas, de consistência mole, e é submetida ao torque
necessário para cisalhar o solo por rotação etc.

Uma pergunta interessante: se eu tenho rocha, eu posso fazer SPT? A resposta é não, pois vai
dar impenetrável. Outra pergunta: Se eu quiser prospectar a rocha, o que eu faço? A
resposta é sondagem rotativa, por exemplo, se você tem um exemplo que você tem solo em
condições normais e encontra rocha, é claro que o seu custo para fazer uma prospecção
geotécnica vai ser diferente, o trecho em solo é mais barato que trecho em rocha.

Se você quiser chegar a profundida de 10 metros com o trado, você chega à mão? Chega até
5,6, mas 10 haja braço. Para aumentar o torque, você aumenta o braço de alavanca do trado.
Como exemplo de fundação escavada a trado, temos a estaca-broca.

2) Serviços Iniciais

Em resumo:

•Limpeza do Terreno
•Verificação das condição de vizinhança
•Instalações de força e Luz
•Demolições e retirada de entulho
•Terraplenagem
•Contenções vizinhas
•Drenagem e esgotamento do lençol freático
•Instalação do canteiro

1 – Limpeza do Terreno:

Se eu tenho um terreno na Graça, cinco pés de mangueira se eu passar serra nela tem que
avisar ao poder público municipal para erradicar ou podar qualquer tipo de vegetação para
conseguir um alvarás para tais fins, ou uma multa grande. O órgão da prefeitura que emite
alvará é SEDUR (acho). Três serviços de limpeza de terreno, capinar é tirar capim, vegetação
rasteira; roçagem já implica também em tirar arbusto, destocamento já é retirada de raiz de
árvore para usar uma destocadora ou você pode usar os tratores. Geralmente, se compra um
terreno de duas, três, quatro casas para construir a edificação e se houver vegetação, irá se
conseguir os alvarás necessários para tal.
Qual a diferença entre terraplanagem e limpeza do terreno? Terraplanar é você modificar o
relevo do terreno e limpeza não modifica o relevo. Uma das primícias da construção civil
atualmente é você tentar modificar o mínimo possível do seu terreno natural, minorando os
impactos ambientais adequando o seu projeto à realidade do seu terreno. Instrumento de
cortar grama é a roçadeira.

-Capinação: consiste na remoção de vegetação rasteira e pequenos arbustos.

-Roçagem: além da vegetação rasteira implica também na remoção de árvores de pequeno


porte.

-Destocamento: consiste na remoção do tronco e parte da raiz de árvores de médio e grande


porte erradicadas.

2 – Verificação das condições de vizinhança:

Se você comprou o terreno, colocou a placa e não bateu nenhum prego, o cidadão
vizinho pode imputar a responsabilidade à construtora de alguma patologia
supostamente não já existente em sua residência. Outro exemplo, se a sua fundação
for de cravação de estacas em que exerce uma energia vibratória, isso seria
impactante com relação à vizinhança. Portanto, é importante se averiguar se já não
existe alguma patologia antes e durante o processo construtivo, para que não haja
problemas civis e penais, por algo que você não fez.
Não existe uma norma para essas condições de vizinhança, mas o raio mínimo seria de
mais ou menos de 20 a 30 metros para conseguir verificar as condições de vizinhos
dessa distancia da sua obra, porém se não tiver esse espaço (terreno limitado entre
duas construções). Se o vizinho não deixa a construtora averiguar se existem
patologias já existentes, você pode protocolar um aviso de AR, pode protocolar com o
vizinho e deixar ajuizado que tentou ter acesso ao prédio e não deixaram.
É importante também ter o relatório fotográfico do que você vistoriou sendo
importante também a data da foto que foi efetuada a verificação, precisa que elabore
um croqui situacional posicionando as edificações vizinhas em relação ao contexto. No
laudo técnico deve conter: endereço; data da vistoria; autor da vistoria; características do
imóvel (padrão construtivo, idade aparente e estado de conservação); descrição das condições
do imóvel e o estado de conservação. Se possível é importante registrar o laudo em cartório,
seria bom, mas não é obrigatório.
As empresas podem ter ou não um corpo técnico pericial para emitir tal laudo ou contratam
uma empresa de prestação de serviços para fazê-lo. A depender do estado de conservação ou
do nível de severidade das patologias observadas nas construções vizinhas, a empresa
construtora pode propor alterações no projeto ou método construtivo, ou seja, você pode sair
de uma situação de cravação de estacas para tubulão. Se por exemplo, você for construir
sabendo que poderá causar dano às edificações vizinhas, você terá que se dispor a fazer um
reforço na fundação vizinha e também se responsabilizar por patologias durante o seu
processo construtivo como fissuras, rachaduras, etc.
Outro exemplo importante é de quando a construtora pega a cota do terreno do vizinho no
levantamento topográfico, porque se você tem um terreno e você quer criar níveis de
garagem, portanto terá que escavar e descalçar a contenção do vizinho, tendo que assim fazer
o reforço, já tendo em vista que o custo será implantado.
A norma NBR 12722/1992 - Discriminação de serviços para construção de edifícios estabelece:
4.1.10.1 Toda vez que for necessário resguardar interesses às propriedades vizinhas à obra (ou
ao logradouro público) a ser executada, seja em virtude do tipo das fundações a executar, das
escavações, aterros, sistemas de escoramento e estabilização, rebaixamento de lençol d’água,
serviços provisórios ou definitivos a realizar, deve ser feita por profissional especializado
habilitado uma vistoria, da qual devem resultar os seguintes elementos:

A) planta de localização de todas as edificações e logradouros confinantes, bem como de todos


os logradouros não confinantes, mas suscetíveis de sofrerem algum dano por efeito da
execução da obra;

B) relatório descritivo com todos os detalhes que se fizerem necessários a cada caso, das
condições de fundação e estabilidade daquelas edificações e logradouros, além da constatação
de defeitos ou danos porventura existentes nelas.

4.1.10.2 Todos os documentos referentes à vistoria devem ser visados pelos interessados,
devendo haver cópia à disposição deles.

Dificuldades encontradas ao realizar a vistoria:

-Impossibilidade de visualização do imóvel;


-Imóvel fechado;
-Morador não autoriza a vistoria.

Possíveis medidas a serem adotadas:


-Protocolar correspondência (pelo correio, com o vizinho);
-Registrar no laudo a impossibilidade de realização da vistoria;
-Medidas judiciais (podendo, com conscientização do juiz a vistoria predial, sendo sempre o
pior caminho).

Existe o problema também de evitar construir ilhas de calor, não tendo recuo lateral frontal,
assim não tendo ventilação. Também se discute em relação à elevação de edificações em orla
para não ter sombreamento nas praias.
Na região próxima ao aeroporto existe um limite de gabarito por causa da zona ou cone de
aproximação, quanto mais próximo da pista menor o gabarito.

3- Instalações Provisórias de Luz e Força:

Quando você vai implementar sua edificação, você precisa observar quais são os
equipamentos necessários para a materialização da sua obra, pois se precisa saber qual a
potência demandada de cada equipamento e a partir dai estabelecer quais as instalações
provisórias de luz e força que eu precisarei ter. Primeiro, dificilmente você irá ligar tudo de vez,
então do ponto de vista estatística, você calcula através do fator de demanda, sendo
importante o estabelecimento do valor do mesmo. Se você tem listado todos os equipamentos
da sua obra, com todas as potencias individuais, considerando fator de demanda de 60%,
significando assim que você precisa dimensionar sua instalação para tantos watts relacionados
ao fator de demanda. Então, a depender vai ter que ter subestação ou não, será que vale a
pena fazer isso provisório, etc.
Na imagem, se tem um silo que serve para armazenar argamassa, cimento. Dependendo do
que você tem, você pode criar sua própria unidade produtora (usina) de concreto.
O que é uma bomba autoescorvante? É uma bomba centrífuga que elimina o
ar da tubulação de sucção e evita a cavitação (Fenômeno físico que ocorre em bombas
centrífugas no momento em que o fluido succionado pela mesma tem sua pressão reduzida,
atingindo valores iguais ou inferiores a sua pressão de vapor (líquido - vapor). Com isso,
formam-se bolhas que são conduzidas pelo deslocamento do fluido até o rotor onde implodem
ao atingirem novamente pressões elevadas (vapor - líquido) e ela causa ruídos, danos e queda
no desempenho hidráulico das bombas).
Além dos equipamentos mais comuns, em função do tipo de empreendimento, pode ser
necessária a instalação de equipamentos de maior porte, a exemplo de gruas.

4 - Demolições e retirada de entulho

A demolição é feita com um plano, não é simplesmente executar, deverá ser solicitado alvará
de demolição junto à prefeitura. A demolição diferente de implosão, com relação à demolição
é feita com marreta e implosão é feita com bomba e a definição de implosão é uma explosão
controlada, planejada. Como exemplo de implosão, podemos ver um caso em que as bombas
são pensadas a serem colocadas nos apoios para que por peso próprio essa estrutura vai ruir e
depois vem com os equipamentos mecânicos para fazer a diminuição dos entulhos. A empresa
para fazer implosão se faz de acordo com a Defesa Civil, para desmobilização ou sinalização
(que vai ser tirada do bolso da empresa) sendo importante a vistoria antes e depois, durante é
complicado.
Existe demolição manual, robotizada e mecanizada. A máquina “picão” (imagem slide) ,o
picador de obra ou martelete pneumático acoplado a uma escavadeira pneumática, também
existe a famosa “sexta-feira” ou chamam de segunda (martelo grande), e também um martele
elétrico. Para uma mini escavadeira estar no topo do prédio, tem que usar um guindaste para
iça-la.
O objetivo de uma demolição robotizada, é de adentrar em locais aonde o ser humano não
possa estar ou alcançar.
Em casos onde não podem haver vibrações impactantes, utiliza-se a chamada demolição
controlada, ou seja, eu quero quebrar uma viga pois estou fazendo uma reforma e irá passar
uma tubulação, fazendo antes uma consulta ao projetista e permitir que fure ou vaze essa
seção, de tal maneira que não haja impacto ou energia vibratória que irá comprometer ou
abalar a estrutura então posso fazer o trabalho, e isso pode ser feito através de alguns
equipamentos, como uma broca diamantada, um disco de corte diamantado , portanto, eu
posso desmontar estruturas ou remontar, alguns casos com resina epóxi.
Na imagem que você precisa de um furo maior mas tem uma broca com diâmetro pequeno,
pode fazer pontos sucessivos para conseguir o diâmetro desejado.
A NR 18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção) estabelece
algumas providências e precauções a serem tomadas durante e execução dos serviços de
demolição: 18.5.1 - para que você comece qualquer coisa em relação à demolição é
importante cortar qualquer tipo de fornecimento (energia elétrica, água, inflamáveis líquidos e
gasosos liquefeitos, substâncias tóxicas, canalizações de esgoto e de escoamento de água) ;
18.5.2 - As construções vizinhas à obra de demolição devem ser examinadas, prévia e
periodicamente, no sentido de ser preservada sua estabilidade e a integridade física de
terceiros ; 18.5.3 - Toda demolição deve ser programada e dirigida por profissional legalmente
habilitado ; 18.5.4 - Antes de se iniciar a demolição, devem ser removidos os vidros, ripados,
estuques e outros elementos frágeis pois esses objetos podem ferir o trabalhador; 18.5.5 -
Antes de se iniciar a demolição de um pavimento, devem ser fechadas todas as aberturas
existentes no piso, salvo as que forem utilizadas para escoamento de materiais, ficando
proibida a permanência de pessoas nos pavimentos que possam ter sua estabilidade
comprometida no processo de demolição ; 18.5.6 - As escadas devem ser mantidas
desimpedidas e livres para a circulação de emergência e somente serão demolidas à medida
que forem sendo retirados os materiais dos pavimentos superiores pois deverá ser feita a
evacuação rápida se perceber que houve um abalo significativo na demolição do prédio;
18.5.10 - Durante a execução de serviços de demolição, devem ser instaladas, no máximo, a 2
(dois) pavimentos abaixo do que será demolido, plataformas de retenção de entulhos, com
dimensão mínima de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) e inclinação de 45º
(quarenta e cinco graus), em todo o perímetro da obra; 18.5.11 - Os elementos da construção
em demolição não devem ser abandonados em posição que torne possível o seu desabamento;
18.5.12 - Os materiais das edificações, durante a demolição e remoção, devem ser previamente
umedecidos; 18.5.13 - As paredes somente podem ser demolidas antes da estrutura, quando
esta for metálica ou de concreto armado. Do ponto de vista da remoção dos entulhos, é
irracional, imaginando que eu tenha uma parede erguida de bloco, para embutir uma
tubulação tem que quebrar a parede para embutir, gerando assim entulho.
O responsável pelo entulho da obra é o construtor, tentar minimizar entulho e impactos
ambientais. Na remoção de entulho com poeira, que seja previamente umidificado para que
não gere partículas poluidoras ao ar podendo ter hospitais, regiões vizinhas, etc.
RESOLUÇÃO CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002 :
Considera que os geradores de resíduos da construção civil devem ser responsáveis pelos
resíduos das atividades de construção, reforma, reparos e demolições de estruturas e estradas,
bem como por aqueles resultantes da remoção de vegetação e escavação de solos;
Art. 4o Os geradores deverão ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e,
secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação final.
§ 1o Os resíduos da construção civil não poderão ser dispostos em aterros de resíduos
domiciliares, em áreas de “bota fora”, em encostas, corpos d água, lotes vagos e em áreas
protegidas por Lei [...], ou seja, se você gerou resíduo você precisa separar ele, para tentar
reutilizá-lo, utilizando os 3 R´s: reaproveitar, reduzir e reciclar. Quando não tiver jeito, será
feito o descarte de forma adequada, só que esse descarte custa dinheiro.

Terraplanagem -

Qual o objetivo da terraplanagem? Modificar o relevo. Por exemplo, quando você faz a
remoção da vegetação superficial, em um trabalho de limpeza ou fazendo um trabalho de
demolição você não está terraplanando. Basicamente são três etapas de terraplanagem:
Escavação, transporte e aterro. Movimentar terra é o “x” da questão, por exemplo, se você
quer construir uma estrada, em estrada, terraplanagem é extremamente preponderante, é
grande valor em uma obra de estradas, então, se um topógrafo não faz o levantamento
adequado, não estabelece um projeto de seções transversais que permitam o calculo dos
volumes corretos, não prevendo, por exemplo, empolamento (expansividade do solo).Você
tem que correlacionar a quantidade de equipamentos com o cronograma da sua obra, sendo o
planejamento, por tanto, muito importante.
Se você tem um solo e faz uma escavação nesse solo, você cria um alivio de tensões, as
partículas que outrora estavam aglutinadas, próximas, tendem a se afastar. Então, se
contratamos um trabalho de terraplanagem, o contratante tem que definir no contrato, qual o
valor do empolamento pretendida ou máxima, por exemplo, se eu tenho um solo argiloso e foi
definido para este solo como valor de empolamento de 30%, e na sua terraplanagem você irá
movimentar 10 mil m3, se você tem um empolamento de 30%, esse volume sobe para 13 mil
m3 de material, se você imaginar que o transporte em caminhão basculante o metro cubico
custe por exemplo 10 reais por m3, se você desprezar o empolamento você tem uma perda de
30 mil reais, é pouco, mas o custo fictício do exemplo ajudou a isso, então um erro por falta de
conhecimento pode ocasionar em prejuízo para o construtor. Quando você tem alguns
materiais que quando escavados, têm uma granulometria maior, durante o transporte na
caçamba, tem vários espaços vazios que não são preenchidos por conta da granulometria,
evidentemente tem um acréscimo de volume por causa desse fato.

Pergunta: Como eu posso saber se eu posso reutilizar o material retirado na obra, ou


não?

Resposta: Tem que se verificar a qualidade do material para saber se ele perdeu sua
capacidade resistiva, fazer uma analise das características do solo ,ver se o material é uma
turfa assim já existindo matéria orgânica para que não ocorra recalque ao se decompor, fará
um estudo geotécnico e geológico para saber se vai ser usado em algum aterro ou vai ser
descartado essa material, realizando assim o “bota fora”.

O DNIT estabelece 3 tipos de categorias para escavações de materiais, sendo que o


material de maior qualidade, duro, é a terceira categoria pois são dificilmente
escavados por equipamentos, sendo utilizados explosivos:

 Primeira categoria – materiais escavados facilmente pela lâmina das máquinas: areia,
arenoso, argila comum, cascalho, etc.
 Segunda categoria – materiais que para serem escavados precisam de escarificação:
argilitos, rochas em decomposição, massapê, etc.
 Terceira categoria – materiais que para serem escavados necessitam de explosivos:
granitos, gnaisse, calcários, etc.

O movimento de terra pode ser feito tanto manualmente quanto mecanizado. A


seguiremos falar dos equipamentos utilizados (obs: caminhão pode ser usado em obra,
mas para retirada de vegetação, mas material granular é caçamba)

1. Caçambas toco e truck: Qual a diferença entre a caçamba toco e a caçamba truck?
A caçamba toco tem dois eixos, e a caçamba truck tem três ou mais eixos, isso
capacita a ter uma condição de transportar uma quantidade maior de material,
evidentemente, se você transporta um volume maior de materiais de mesmo peso
especifico, você vai transportar mais peso. Ás vezes, aspectos legais são impeditivos
para uso de algum equipamento, por exemplo, você não vai usar uma “caçamba fora
de estrada” em meio a um centro urbano, pois não irá passar por isso tem que ser
planejado previamente na sua obra. A caçamba toco seria utilizada em um contexto
de transporte de areia, por exemplo.

Caçamba toco Caçamba truck

2. Escavadeira hidráulica de esteira: Ela tem a proposta de passar em um terreno


com dificuldades de acesso, solo natural reduzido, lama, chuva, não quer dizer que
essa maquina não vá atolar mas é menos propensa do que a de pneu, existe uma
escavadeira de pneu para usar em via publica, para não danificar o revestimento
asfáltico. Se você quiser movimentar pelo centro urbano uma escavadeira hidráulica
de esteira, você terá que alugar ou solicitar o serviço de uma prancha, também
incluído no custo. Essa escavadeira consegue alcançar 20 metros, aproximadamente
e ela serve para escavar. A diferença de uma retroescavadeira e uma escadeira
hidráulica é em relação ao alcance.

Escavadeira hidráulica de esteira


3. Pá carregadeira: A pá carregadeira tem a função de carregar material que pode ser
tanto de pneu ou de esteira, por exemplo, em um processo em que você tem um
terreno que precisa ser terraplanado, uma escavadeira procede ao corte, e a
depender do planejamento, você pode pensar nesse equipamento apenas fazer o
corte e pá carregadeira carregar e colocar na caçamba.

Pá carregadeira

4. Retro escavadeira: A retro escavadeira tem a função tanto de escavação quanto


de carga, a diferença é que o braço tem um alcance menor se comparado a uma
escavadeira hidráulica, por exemplo, se eu for fazer uma fundação profunda, e eu
preciso fazer uma escavação dos blocos de ancoragem, eu posso efetua-la com o
uso da retro escavadeira.

Retro escavadeira

5. Bobycat: Também chamado de mini carregadeira. Pode ser usado em obras de


terraplanagem, mas em obras de menor porte, até porque a produtividade será
baixa.
Bobycat

6. Motoniveladora: Tem a função de nivelar ou regularizar uma superfície, e também


consegue cortar o solo, até certa profundidade, e essa lamina consegue atingir uma
angulação próxima a 90 graus usada para regularizar talude. Essas três garras atrás se
chamam de escarificador que tem a função de arranhar o solo para desagregar a
camada mais superficial para favorecer o processo de corte pela lamina, e isso é
utilizado quando o solo é mais resistente, mais duro.

Motoniveladora

7. Trator de esteira: O trator sai empurrando tudo, é usado para fazer cortes, também
pode usar trator para fazer desmatamento com vegetação densa, não só empurrar
mas também puxar uma arvore, você vai ter uma capacidade de tração com esteira,
dificilmente irá patinar e ele também tem escarificador.
COLOCAR FOTO
8. Rolo pé de carneiro: Ele é mais eficiente em solos argilosos e siltosos, porque
geralmente a compactação é de baixo para cima, ou seja, as camadas mais inferiores
vão sendo compactadas, cada tipo de material tem um equipamento de
compactação mais adequado. Existem equipamentos de menor porte de
compactação como sapo mecânico, placa vibratória, etc. O rolo vai pesar 20
toneladas, mas você pode variar o peso do rolo utilizando dentro do cilindro em que
as pequenas sapatas ficam presas, areia ou água, mas qual a intenção em mudar o
peso do rolo? Se eu tenho um solo, quando eu escavo crio um alivio de tensões, e
agora eu quero reconfinar o solo, reunindo de novo as partículas aplicando certa
energia com golpes, então, quanto maior for o piso do rolo mais próximas irão estar
próximas às partículas. Em função do que você quer, você vai definir quantas vezes
irão passar o rolo, porque em laboratório você fez ensaios, e você conseguiu chegar a
um nível de compactação pretendido em projeto.
COLOCAR FOTO

9. Rolo de pneus: Se usa muito em pavimentação asfáltica, para fazer a compactação


da massa asfáltica ou CBUQ, para que você diminua os poros, crie uma selagem para
diminuir a passagem de agua que iria diminuir a vida útil do pavimento. Mas também
pode usar em solos coesivos, solos mais argilosos.

Obs: Se você tem uma argila, você irá molhar chegando à chamada umidade ótima,
para conseguir a aproximação de partículas para se compactar, mas areia não se
compacta, ela adensa com água.

10. Rolo vibratório: É uma maquina que é mais usada para trabalhar em solos
pedregulhosos ou granulosos, e vai trabalhar por vibração, para tentar adensar,
acomodar.

Obs: Melhor tipo de base de pavimentação que existe é pedregulho e matacão.

Projeto de terraplanagem, temos aqui uma topografia levantada com as seções transversais
necessárias para realizar os cálculos de volumes, então se você tem um terreno, no processo
de terraplanagem, devem ser implantados marcos, piquetes e estacas testemunhas, pois o
cidadão que está operando a maquina não sabe ate que profundidade ele irá escavar, sabendo
assim a cota de implantação do empreendimento. Às vezes, temos um empreendimento em
cotas distintas dependendo do que se tenha no projeto executivo, como grupos de garagens.
Seções transversais

Talude: Você tem uma superfície do solo que precisa ser cortada, se busca na escavação um
equilíbrio nas partículas do solo, o solo deve ser cortado com um ângulo tal que essas
partículas fiquem em equilíbrio. Taludamento: você tem um morro, onde se está trabalhando
uma topografia, para fazer uma via de acesso, processo de escavação já que é muito alta a
estrutura se criou uma bancada de serviço para ter acesso, ou fazer uma contenção. O
taludamento se busca o ângulo de equilíbrio à superfície, isso pode ser feito também da
escavadeira ou retro escavadeira, dependendo do tamanho do talude. A Motoniveladora, sua
lamina pode ter um ângulo próximo a 90 graus para fazer regularização da superfície do
talude, não só regula o solo horizontal.
Drenagem –

O método que mais se usa para rebaixamento do lençol freático é feita por ponteiras
filtrantes, é feito geralmente de forma temporária durante a obra, sendo assim, se pode retirar
aquele elemento que fazia o rebaixamento, pode-se usar também os poços profundos além de
ponteiras filtrantes. No sistema de ponteiras filtrantes, você tem na verdade um tubo inserido
em uma perfuração do solo, é pelado para evitar que as partículas se obstruam, e já que a
água tende a se elevar, e você conecta essas ponteiras que são inseridas distantes no máximo
três metros uma da outra em todo o perímetro onde se quer rebaixar o lençol freático, você
consegue, ligando essas ponteiras a um tubo horizontal ao qual está ligado ao conjunto de
motor bomba e existem vários motores, dimensionado a partir da velocidade e o nível com
que esse lençol freático irá subir e da permeabilidade do solo.
https://www.youtube.com/watch?v=ZAWWh-LfVyk

Se eu tenho um solo e tiro a agua que está no solo, que antes não estava poluído por causa da
presença da agua, as partículas tendem a se aproximar, ou seja, você diminui a pressão neutra
e aumenta a pressão efetiva, e nesse processo de retirada da agua você faz com que haja um
processo de adensamento, recalque do solo. A água no subsolo está em constante movimento,
então você pode alterar o regime de escoamento, subsuperficial e provocar recalque em
edificações vizinhas, então se você retira a agua do solo que estava apoiado a fundação pode
recalcar e causar dano àquela fundação, ter a supervisão de um geotécnico pra não ocasionar
problemas. Esse sistema tem uma eficácia de profundidades ate 5 metros, mas se você
precisar de mais metros, por exemplo 10 metros, você coloca uma ponteira filtrante, rebaixa 5
metros, coloca outra ponteira, e rebaixa mais 5 metros, o problema é na sucção porque você
consegue elevar a agua a alturas muito grandes. Quando se fizer a fundação no local aonde
rebaixou, e garantiu que já está com a capacidade resistiva necessária, irá se desligar esse
sistema de rebaixamento, mas não imediatamente, por causa da tensão de baixo para cima
que pode ocasionar na flutuação da fundação e para retirar essa agua que volta se for em uma
garagem, você vai drenar de alguma forma para conduzir para uma calha diferente.

3) Canteiro de Obras

Planejar um canteiro de obras requer um conhecimento especifico, algumas empresas


terceirizam o processo de planejamento do canteiro, a depender do porte da obra. Quais são
os métodos de produção que você vai usar?! Qual vai ser o tipo, tamanho e duração da obra?!
A duração da obra é um aspecto significativo com relação ao planejamento da obra. Quais são
as técnicas de transporte?! Vou efetuar o processo de demolição em um terreno comprado, e
quer saber se vai poder usar, por exemplo, uma grua para fazer o transporte vertical?!
Depende, para saber se eu vou ter condições para manusear a minha grua, se a área possibilita
que a grua possa ser empregada, se vai usar elevador cremalheira, etc. Quais os recursos
operacionais disponíveis, isso evidentemente, está relacionado ao tempo de execução, se eu
planejo executar em 28 meses, tenho que dimensionar minha equipe de trabalho de forma
compatível com esse período que foi estabelecido, por exemplo, sou um construtor que vou
buscar financiamento em uma entidade financeira, se eu tenho apartamentos na planta, e
começo a atrasar meu processo de entrega, primeiramente tenho que arcar com multas, pois
não foi cumprido o contrato, além disso, se você ultrapassa o tempo previsto para sua obra há
um impacto no custo, vez que os recursos operacionais têm impacto direto no custo, quanto
maior o tempo, maior o custo da mão-de-obra. Construir um canteiro é caro, e no fim você vai
desmontar.

O que acontece hoje é, terreno é muito caro, comprei quatro imóveis e efetuei a demolição, o
meu projeto para eu maximizar meu lucro, eu vou ocupar o máximo desse terreno, e nesse
processo, muitas vezes eu não tenho área de imediato suficiente para fazer o canteiro, como
opções temos: posso alugar um imóvel vizinho para servir de canteiro, ou planejar a obra em
etapas de modo a permitir a montagem do canteiro e esse canteiro vai ser modificado à
medida que o empreendimento vai sendo construído. Ou também ocupar parte da edificação
já construída para servir de canteiro provisoriamente, é comum utilizar a primeira laje já
batida para guardar materiais, conexões, tubulações, etc. Quando se pensa em canteiro,
quando se trabalha com mão-de-obra, temos que olhar algumas normas NR-18, e ela trabalha
as condições do ambiente de trabalho na construção civil, a construção civil é um setor em que
há os maiores índices de acidentes no Brasil, para não criar custos a mais na sua obra, você
tem que adequar o seu projeto à norma, pois o ministério do trabalho pode ir visitar a obra.

Quando for planejar um canteiro de obras, você tem que pensar nas áreas operacionais e
áreas de vivencias, a área de vivencia é aonde o corpo operacional irá estar em certos
momentos, como instalações sanitárias, alojamentos que tem que ter dependendo do porte
da obra, pois se tiver uma mão-de-obra que veio do interior, terá que alojar as pessoas,
diferentemente de uma construção de uma barragem, bem longe, geralmente esse tipo de
obras dão origem a cidades, pelo porte, pelas características.

Componentes da infraestrutura que devem estar presentes em todos os canteiros de obras:

Áreas de vivência:

escritório de obras
local para refeições
vestiários
instalações sanitárias
Armazenamento e estocagem de materiais:

almoxarifado
galpões para depósito


Central de carpintaria
Fornecimento de água
Esgoto da obra
Instalações elétricas
Caminhos para veículos e pedestres
Equipamentos de transporte:

gruas
bombas de concreto
elevadores
outros tipos de transporte

Instalações de segurança:

instalações de proteção do trabalho


proteção das vias públicas de tráfego
proteção contra emissões

Concepção moderna da construção, é a chamada construção seca, ou seja, você tenta tornar
sua obra menos artesanal, no caso de você não ter fornecedores, uma empresa de maior porte
supre com fornecedores de outros estados. Central de carpintaria não é obrigatório na obra,
mas dificilmente você não vai ter algo ligado à carpintaria, mesmo pré-moldada. Tem que
pensar nas rotas de veículos e pedestres por logística e segurança.

1 – Escritório de obras:

Qual o melhor local para eu posicionar o escritório na minha obra? De maneira geral, um local
que me dê uma visão geral da obra, do todo, pois qualquer problema que esteja ocorrendo
você resolve, sendo até melhor do escritório estar em um nível mais elevado. Pode ser usado
contêiner como escritório, tem que climatizar para não vire um forno.

Exemplo de um bom escritório de obras ; Aceitável para nossa realidade


A NR 18 estabelece que: Tratando-se de adaptação de contêineres, originalmente utilizados
no transporte ou acondicionamento de cargas, deverá ser mantido no canteiro de obras, à
disposição da fiscalização do trabalho e do sindicato profissional, laudo técnico elaborado por
profissional legalmente habilitado, relativo à ausência de riscos químicos, biológicos e físicos
(especificamente para radiações) com a identificação da empresa responsável pela adaptação.
Se for um contêiner novo, nunca antes utilizado, sem problemas.

2 – Local para refeições:

Como chega a refeição a uma obra? É a quentinha ou bandejão, mesmo sendo quentinha você
tem que ter um local especifico para fazer as refeições. De modo geral, atender as
condicionantes da NR18 é custoso, mas se também se não as fizer, você pode sofrer multa e as
adequações que se façam necessárias.



NR 18: “Nos canteiros de obra é obrigatória à existência de local adequado para
refeições.”

NR 18: “Independentemente do número de trabalhadores e da existência ou não de cozinha,


em todo canteiro de obra deve haver local exclusivo para aquecimento de refeições, dotado de
equipamento adequado e seguro para o aquecimento.”

NR 18: “É proibido preparar, aquecer e tomar refeições fora dos locais estabelecidos.”


NR 18: “ O local para refeições deve:

a) ter paredes que permitam o isolamento durante as refeições;


b) ter piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável;
c) ter cobertura que proteja das intempéries;
d) ter capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário das
refeições;
e) ter ventilação e iluminação natural e/ou artificial;
f) não estar situado em subsolos ou porões das edificações
g) não ter comunicação direta com as instalações sanitárias;
h) ter lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior;
i) ter pé direito mínimo de 2,80m, ou respeitando-se o que determina o Código de Obras do
Município.
Bons lugares para refeições

A sua obrigação como construtor é oferecer comida para todos, se tem 47 funcionários tem
que se fazer 47 pratos. A quantidade mínima de comida é estabelecida através de um acordo
coletivo da construção civil e também na razoabilidade. A logística de fornecimento de
refeições, é algo que tem que ser pensado, sendo até a parte, você tem uma estrutura para
atender toda a equipe. Não se faz necessário à separação entre gêneros, com relação a
refeitório para não ser bem visto do ponto de vista de integração da equipe e o engenheiro
teoricamente deveria almoçar com os funcionários para não mostrar que existem níveis,
barreiras entre eles.

3 – Vestiário:

O local ideal para o vestiário se situar, seria o mais próximo possível da porta de entrada e
saída, para ele não entrar na obra sem os seus equipamentos de proteção individual (EPI’s),
portanto, se acontecer algum acidente de trabalho, você sem duvidas será penalizado.

Obs: Se o operário sai de casa para ir trabalhar, indo pela mesma rota constantemente, e ele
se acidenta, é acidente de trabalho. O juiz acha que o trabalhador é o lado mais frágil da
situação.



NR 18: “ Todo canteiro de obra deve possuir vestiário para troca de roupa dos
trabalhadores que não residem no local.”

NR 18: “ A localização do vestiário deve ser próxima aos alojamentos e/ou à entrada da obra,
sem ligação direta com o local destinado às refeições.”

NR 18: “ Os vestiários devem:

a)ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;


b) ter pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente;
c)ter cobertura que proteja contra intempéries;
d)ter área de ventilação correspondente a 1/10 de área do piso;
e)ter iluminação natural e/ou artificial;
f)ter armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado;
g)ter pé direito mínimo de 2,50m, ou respeitando-se o que determina o Código de Obras do
Município.

Se eu tenho 300 operários, quantos armários eu precisarei ter? 300 armários. Mas se minha
obra é regime 24 horas por dia , trabalha 150 e 150 no total300, precisarei de 300 armários
pois o funcionário não leva EPI para casa, portanto precisa-se do armário pessoal.

Bom exemplo de vestiário Estado precário

4 – Instalações Sanitárias:

Se eu tenho 300 operários, eu preciso de quantos vasos, quantos chuveiros e quantos


mictórios? 15 vasos sanitários, 30 chuveiros, 15 mictórios. Se nesse grupo eu tenho 290
homens e 10 mulheres, qual a solução? Eu tenho que ter um sanitário feminino. Existe
também um sanitário para os engenheiros que é provavelmente próximo ao escritório.



NR 18: “ As instalações sanitárias devem:

a)ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser construída de modo a


manter o resguardo conveniente;
b)estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um
deslocamento superior a 150 metros do posto de trabalho aos gabinetes sanitários,
mictórios e lavatórios;
c)ser independente para homens e mulheres, quando necessário”
d) ter paredes de material resistente e lavável, podendo ser de madeira;
e) ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante;
f) não se ligar diretamente com os locais destinados às refeições;
g)ter ventilação e iluminação adequadas;
h)ter instalações elétricas adequadamente protegidas;
i) ter pé direito mínimo de 2,50m, ou respeitando-se o que determina o Código de
Obras do Município;

Se não for respeitada essa distancia de 150 metros, é importante fazer uso de sanitário
químico. Existem vários tipos de canteiros, tem o restrito que é predial e também existe o
amplo, que não é perto do local da obra. Também pode fazer uso de um futuro banheiro em
alguma laje para uso, mas posteriormente deixar em perfeita forma para o futuro morador.

Qual o tipo de vaso que usa no sanitário de canteiro de obras? De plástico convencional, mas
também é usado o vaso turco que favorece o processo de evacuação, não indo contra a
norma, e ainda evita acidentes.

Tem a área de Box, se você vários chuveiros, é obrigatório ter divisórias? Não, mas seria
melhor colocar para não causar confusão. A norma diz que tem que ter água quente no
chuveiro, principalmente em lugares que são frios. A distancia mínima da distancia da torneira
é de 60 cm, podendo ter lavatório tipo calha e tem que ter uma lixeira, mictório pode ser tipo
calha, que geralmente é o mais utilizado.
5 – Ambulatório:

Necessário quando se tem na obra, mais de 50 operários. O que é ambulatório? É um


lugar onde você se preocupa com primeiros socorros bem diminuto, qualquer coisa
maior tem que ser conduzido a um atendimento mais adequado.
Ambulatório

6 – Almoxarifado:

Os matérias tem estar dispostos logisticamente, ou seja, colocar os materiais que serão usados
previamente mais fáceis de pegar. Você tem que ter um canteiro em que tenha a capacidade
de armazenar muitos materiais, isso se torna um problema para você, você tem que pensar no
fluxo de materiais correlacionado com o fluxo do processo construtivo. Pode existir muito
furto em obra, em almoxarifado, tem que ter um controle maior dos materiais que entram e
que saem. Organização e setorização são importantes, se você vai estocar madeira será
estocada na horizontal e se for estocada no chão, dar uma distancia de 10 cm para evitar que
umidade danifique a madeira, o mesmo valendo para o cilindro.

7 – Galpão para depósito:

Toda obra vai ter? Não. Depende das características da obra, mas toda obra tem que ter
evidentemente umas com maior porte e outras com menor porte, dependendo do método
construtivo. Então se pensamos em galpão para deposito, a forma que está na foto da
disposição do aço está incorreta, se, por exemplo, eu tenho uma obra e eu vou executar uma
laje e eu não tenho espaço na minha obra e vou usar esse ferro dentro de cinco dias, não é a
condição ideal, mas é aceitável, dentro dessa ótica, mas se você pensar em estocar isso não
da, tendo que ter pelo menos um local para que o aço não fique exposto a intempéries, e a
possibilidade de oxidar. Pode-se usar uma barra oxidada em concreto armado? Existem
limitações para tal uso. Então, no caso da foto, se você tem uma situação que é extremamente
temporária, curto espaço de tempo pra isso ficar acondicionado, pode, mas não é aceitável.

Estocagem incorreta Estocagem ideal

Então essa é a condição ideal para se estocar aço, uma pergunta interessante: como chega
barra de aço na obra? Se você tem um projeto estrutural e você quer otimizar o seu processo
construtivo, essas barras devem chegar geralmente, cortadas, alguns casos dobradas e até
armadas, pronta pra colocar na fôrma.

Bom, se eu pensar, por exemplo, em galpão para deposito, isso é uma das maneiras
adequadas para armazenar tijolos, não devendo deixar ao ar livre, pois fica sujeito ao
intemperismo recebendo umidade e favorecer, por exemplo, o processo de desagregamento
do material, então o ideal é o da imagem acima.

Com relação à estocamento de areia, brita, ou seja, os agregados, eles devem ser armazenados
em baias separados por sua granulometria, areia nas suas diversas granulometrias (fina e
grossa) e tamanhos de britas, e o ideal é que você tenha um estrado, uma base dentro do
possível impermeável pra você não ter alteração de umidade. Como você ira organizar,
depende das características do seu processo construtivo, depende da área disponível do
canteiro, etc.

8 – Central de Carpintaria

Toda obra tem que ter central de carpintaria? Não, mas pelo menos uma serra tem que ter, só
se você for trabalhar com fôrma metálica, dificilmente você irá conseguir isso, no geral o que
se usa são as chamadas fôrmas mistas, você tem a estrutura metálica e as chapas são
geralmente em compensado, madeirite, etc.
Dá para ver na imagem que você trabalha com madeira e existe um extintor de incêndio,
próximo ao local, questão de segurança. Com questão em relação à segurança do trabalho, no
compete no uso dessa serra, então todo equipamento tem que ter uma proteção superior
para evitar alguns acidentes que acontecem.

10 – Instalações de Infraestrutura:

Pensando em instalações de infraestrutura, percebem o quanto é complexo um canteiro de


obras, então construir não é difícil, mas o planejamento das ações requer estudos.
Tem que pensar nos caminhos de acesso dos diversos equipamentos que irão entrar na obra,
deslocamento horizontal, transporte vertical, nos abastecimentos de energia, de agua,
dimensioná-los de acordo com meu uso, sabendo o tamanho do reservatório, pensar nos EPI´s
e EPC´s, pensar nos andaimes pra ter acesso à medida que a obra for subindo, grua, etc.

10.1 - Fornecimento de água

Eu preciso de água na obra pra que? Para consumo humano, preparo de argamassa, concreto,
lavar equipamentos. Então eu dimensiono em função da minha demanda, tem que ter noção
do que vai ser utilizado, por exemplo, se eu tenho 300 homens no canteiro, tenho que ter uma
noção per capita, então quantos litros cada trabalhador em tese iria consumir?! Não sendo o
mesmo per capita dentro do apartamento sendo 150 litros pensando de forma
economicamente correta, sendo na norma 200 litros. Então tem que ter reservatório, pois se
faltar agua na obra se a embasa vai fazer algum tipo de trabalho em uma linha e vai ficar sem
água, vai ter que usar então caminhão-pipa tendo prejuízo menor do que ficar três dias com
homens parados.

A NR18 diz que toda obra deve ter agua filtrada e potável. Agora, o que é agua filtrada? Já vi
muito cidadão não colocar bebedouro e pegar aquelas garrafas de 2 litros, empedra, e leva pra
obra e ao longo do dia vai descongelar, evidentemente isso vai de encontro com o que você
acha incorreto. A NR18 estabelece que toda obra deve ter bebedouros com água filtrada e
potável na proporção de um bebedouro para cada grupo de 25 trabalhadores. Se eu tenho
uma obra, por exemplo, aonde eu não tenho como instalar um bebedouro, se trabalha com
agua mineral, ou seja, você tem que criar estratégias para atender os requisitos na obra, não
podendo deixar sem agua para consumo humano.

10.2 – Esgoto da Obra

Se você tem ser humano, pessoas em um canteiro de obra, dejetos humanos serão gerados,
então tenho que trata-los de forma adequada, geralmente você vai ter suas instalações
sanitárias ligadas à rede publica, caso ela não exista no processo de implantação, você precisa
criar situações que fossem temporárias. Sendo como opção abrir uma fossa (estrutura
construída pelo homem, como se fosse uma caixa, então você consegue armazenar solido e a
parte liquida se você não tem condição de mandar para rede publica (indo tudo junto lá), a
parte liquida irá para o sumidouro, o liquido irá infiltrar no solo tendo como problema ter que
fazer uma avaliação com relação a mananciais, para não polui-los), antigamente existia a tal da
fossa negra que era um buraco embaixo da chamada casinha, onde se faziam os dejetos, após
encher o buraco o tapava e mudava a casinha de lugar, cavando outro.

10.3 - Instalações elétricas

É importante o cuidado não só no dimensionamento, mas na proteção do trabalhador pra


evitar acidentes de trabalho.

De acordo com a NR18, as instalações elétricas provisórias de um canteiro de obras devem ser
constituídas de:

a) chave geral do tipo blindada de acordo com a aprovação da concessionária local, localizada
no quadro principal de distribuição.

b) chave individual para cada circuito de derivação;

c) chave-faca blindada em quadro de tomadas;

d) chaves magnéticas e disjuntores, para os equipamentos.


Instalação inadequada Solução utópica

Então você vai ter um quadro geral de distribuição bem sinalizado, até isolada a área para
terem acessos só pessoas autorizadas especialmente quando você tem uma área de alta
tensão, um transformador, uma subestação, ter tudo devidamente aterrado.

10.4 - Caminhos para veículos e pedestres dentro do canteiro.

Então, às vezes a área que você vai edificar é tão reduzida que você não consegue ter acesso
aos veículos que você necessita para materializar o empreendimento, mas às vezes você tem
um terreno amplo em que você tem que disciplinar esse acesso pra evitar acidentes e para que
não haja comprometimento da dinâmica do processo construtivo.

Então o ideal é ter caminhos planejados, direções distintas, tendo caminhões indo em mãos
contrárias para que não haja conturbação ao fluxo e, portanto na dinâmica do processo.
Pergunta, quantos acessos eu terei na minha obra? Eu tenho que ter acesso ao canteiro,
preferencialmente, um de pedestres e um de veículos, estando o mais próximos possíveis, por
causa da segurança. Você pode ter também um acesso que seja terminantemente trancado e
você só abre esse acesso, por exemplo, na concretagem, e para os caminhões entrarem e
saírem é melhor ter dois portões, portanto o ideal é você ter um acesso pra pedestres e outro
para veículos, e esses devem estar dispostos com certa proximidade por causa da guarita que
vai efetuar a guarda, a essas duas entradas e saídas. Se for pequeno o canteiro, e não dá pra
entrar veículo algum, para o veiculo na rua, por exemplo, o cidadão está concretando embaixo
do talude, e o caminhão betoneira abriu em cima do talude as sapatas pra manter
estabilidade, concretando um bloco de fundação embaixo, como não tinha acesso à obra, o
caminhão-betoneira pelo fato do talude ter desmoronado, esmagou o trabalhador chegando a
vitimá-lo, então seria melhor verificar as condições do solo do talude ou ter um trabalhador a
mais para verificar quando o talude ruiu.

Equipamentos de cargas, caçambas, tem horários para circular nos centros urbanos, isso é um
limitador para o processo construtivo, terá que programar com relação aos horários, sendo
impactante no cronograma de obra.
Então, você tem que buscar dentro do possível espaço entre o gabarito e o caminho de
veículos, especialmente no núcleo urbano que você demole quatro casas, você tem que
planejar.

Há necessidade se avaliar um percurso, pois às vezes o caminhão tem parcial acesso até
passando pelo gabarito, para executar no prazo que você estabeleceu.

10.5 - Equipamentos de transporte

Transporte dentro do canteiro é algo extremamente necessário, mas não agrega nenhum valor
a seu empreendimento, exemplo, se você quer alugar uma grua, ela não vai agregar em nada
no valor do seu empreendimento, mas é necessário para maximizar o processo construtivo. A
NR18 estabelece que para edificações acima de oito pavimentos, você é obrigado a colocar
elevador, para o trabalhador não subir e descer frequentemente escada. Impacta 80% das
atividades de uma edificação, principalmente na terraplanagem então você tem que pensar na
montagem do equipamento, da disposição do equipamento em relação ao contexto da obra,
se você tem, por exemplo, duas edificações você pode colocar uma única grua para adequar às
duas edificações. Eu tenho que posicionar esses equipamentos em relação ao fluxo de
materiais, não podendo jamais, por exemplo, colocar meu equipamento distante do deposito
de cimento que vou precisar, ou da central de produção de argamassa, porque além de
transporte vertical, vou ter que ter deslocamento horizontal, que resulta em custo e perda de
tempo, prejudicando a dinâmica.

10.6 – Grua

Hoje em dia, nas construções modernas se usa muito grua, e existem basicamente quatro tipos
de grua, três sendo os mais utilizados. Para ter grua no meu canteiro, preciso pensar no espaço
disponível sobre o canteiro de obras; tamanho e peso dos materiais a serem transportados;
métodos usados na execução da obra. Então veja, é importante na verdade estabelecer o
chamado plano de carga de grua, grua é um equipamento que tem uma função, transportar
materiais exclusivamente, não podendo transportar pessoas. Quando a grua está em
operação, não pode ficar próximo a grua, pois se romper o cabo da grua, pode cair em alguma
pessoa, o capacete não irá proteger, irá proteger de uma queda de prego, por exemplo, sendo
assim o EPI minimiza as consequências, não impede o acidente. Sobe-se na grua pela escada,
se monta a grua com guindaste. Às vezes, a carga que a grua faz na edificação, não é elevada,
mas o concreto da edificação é tão jovem que não aguenta aquela carga. Tem que ter um
plano de montagem e um responsável técnico porque pode ocorrer alguma tragédia com
relação a tombamento de grua. De acordo com a NR 18, a implantação, instalação,
manutenção e retirada de gruas deve ser supervisionada por engenheiro legalmente habilitado
com vínculo à respectiva empresa e, para tais serviços, deve ser emitida ART - Anotação de
Responsabilidade Técnica. Geralmente quem trabalhar com grua é Engenheiro Mecânico, ou
ate civil se ele tiver expertise nisso. Você tem que perguntar antes para o projetista, sendo
pré-definido o tipo de grua a ser usado.
10.6.1 – Grua Ascensional

Ela é presa à própria estrutura da edificação, você vai subindo a grua na medida em
que a edificação vai sendo erguida, geralmente essa grua é instalada no poço do
elevador, a não ser que você quer que faça janelas na sua laje, tendo que fazer
fechamento delas por problemas de infiltração. Essa grua vai subindo com macaco
hidráulico, você a trava no andar que você quiser, assim liberando o pavimento
utilizado anteriormente. Ela sai do interior da edificação então ela usa a própria
estrutura da edificação para apoiar a grua, tendo que ter uma consulta ao projetista da
edificação para saber se essas cargas com uso da grua não vão impactar na estrutura
recém-construída, se você comparar com os outros tipos que saem do chão até a
altura que você quiser. Mais barata que a grua fixa, por ter menos elementos a serem
utilizados e por não necessitar de ter fundação. Permite um raio de ação global,
principalmente em empreendimentos com apenas uma torre. De modo geral:

Vantagens

Custo menor;

Permite um raio de ação global, principalmente em empreendimentos com apenas uma


torre;

Utiliza a própria fundação do edifício.

Desvantagens

Se o canteiro não for bem planejado, o elevador pode ser entregue sem que a grua tenha
sido desmontada, não sendo incomum;

Uma grua ascensional com lança longa sobrecarrega a estrutura que a sustenta pelo
aumento do peso próprio do equipamento;

Esse tipo de grua também exige maior cuidado de impermeabilização, porque quando você
tem uma laje e vai concretar a laje toda, e abriu uma janela pra passar a grua, e você precisa
depois fechar a janela, você criou uma junta fria ou junta de construção.

10.6.2 – Grua torre fixa com lança fixa

Essa grua vai necessitar ter uma fundação própria, e para que o momento tombador não leve a
estrutura a ruína, deverá colocar um contrapeso no fim da extremidade oposta ao braço da
grua, ou seja, um peso que equilibre, sendo ligeiramente maior, se for muito maior a grua cai
pra trás. Se eu tenho uma torre fixa, preciso de uma fundação própria, e uso mais elementos,
ela é mais cara, precisa ser devidamente estaiada para evitar tombamentos. De modo geral:

Vantagens

Se comparada às ascensionais, pode ter maior capacidade de carga e tamanho de lança.

Não interfere no andamento da obra nas lajes.

Pode ser colocada entre duas torres para atender empreendimentos com mais de uma
edificação.

Desvantagens

Por causa da relação entre peso e altura, necessita de fundação própria.

Dependendo do tamanho da lança, há mais risco de interferir nos imóveis vizinhos.

A carga horizontal provocada pelo estaiamento ou fixação da torre no prédio não pode ser
desconsiderada pelo calculista.

Tem custo médio mais alto que as ascensionais, já que possui mais peças.

10.6.3 – Grua torre fixa com lança móvel

Diferentemente da grua torre fixa com lança fixa, ela tem o movimento vertical, ou seja,
quando for manobrar em movimento horizontal e existir algum obstáculo, ela poderá evitar
eles, de modo geral:

Vantagens

Tem altura máxima maior que as de lança fixa.

A subida da lança pode servir como manobra para evitar choques com edificações vizinhas.

A distribuição de esforços com a lança levantada confere uma pequena vantagem estrutural
(redução do momento) em comparação com as gruas de lança fixa.

Desvantagens

Se comparadas às ascensionais, possuem as mesmas desvantagens de uma grua de torre e


lança fixas.

Maior resistência ao vento. A lança erguida chega a alturas maiores, onde o vento é mais
forte, aumentando consideravelmente os esforços horizontais.

Obs: A NR 18 estabelece que toda grua deve dispor de dispositivo automático com
alarme sonoro que indique a ocorrência de ventos superiores a 42 km/h.
10.6.4 – Grua Torre Móvel

É mais comum em um porto, ou vale a pena em uma edificação muito grande aonde você
precisasse deslocar essa grua pra atender uma sequencia de edificações, pois ela desliza sobre
trilhos, causando custo adicional na instalação desse item.

Vantagens

Pode atender a diversos edifícios em condomínios com várias torres, como em conjuntos
habitacionais.

Desvantagens

Como não possui estaiamento, nem é presa no corpo dos edifícios, tem altura limitada, pois
é móvel, tendo dificuldade de estabilidade já que não é estaiada.



- NR 18 / Anexo III – Plano de cargas para gruas:

Trata-se de todas as informações desde o local de instalação da grua na obra até o conteúdo
programático para treinamento dos operadores de gruas. É dito que toda grua tem que ter
aonde ser instalada, como deve ser instalada, etc.

10.7 – Elevadores

Hoje em dia, o tipo de elevador mais utilizado é o cremalheira, mas a norma não proíbe
elevadores a cabo, ninguém usa a cabo. O que é uma cremalheira? Usa-se o mesmo sistema do
portão automático. Então, você converte um movimento rotacional em movimento de vai e
vem, horizontal e vertical, sobe e desce. O elevador a cabo tem uma cabine, a cremalheira tem
duas cabines, conseguindo em uma obra levar bloco pro decimo pavimento e levar argamassa
pro terceiro, tendo uma flexibilidade na questão executiva, e a cremalheira é parafusada,
usando ganchos, travas, usando a própria estrutura da torre. Se o eixo do elevador cremalheira
quebrar, tem uma trava de segurança.

OUTROS TIPOS DE TRANSPORTE

Caminhão Munck:

Serve para duas coisas, transporte horizontal e vertical, porém tem limitação na sua altura.
Existem dois tipos de braços, telescópica e convencional.
Plataforma Vertical Elevatória:

Tendo alcance máximo de 57 metros, mas balança muito por causa do vento, é instável porém
de modo geral tem 20 metros. O operador que está em cima que controla a maquina. Justifica-
se usar em pintura de viaduto, to na garantia e deu um problema na fachada do terceiro
pavimento, não se usa em um prédio com, por exemplo, 30 pavimentos.

Empilhadeiras:

Uso em pallets, dentro de um processo de logística para favorecer por exemplo, a


movimentação de blocos, cimento, pode usar isso como equipamento de transporte horizontal
e até certo limite, vertical.

Qual o melhor método de transporte em uma obra?

Você irá adequar os diversos tipos de equipamentos existentes a sua necessidade de obra
então você pode ter na mesma obra, elevador (transporta materiais e pessoas) e grua
(transporta só materiais).

Canteiro Racional:

É um canteiro onde pensa na racionalização do processo construtivo, não pensando só no


processo, pensa no todo, por exemplo, menos impactante ao meio ambiente, gerar menos
resíduo, reaproveite agua, aproveite iluminação natural, estando afinado com o método
executivo ele promova redução de acidentes de trabalho, pensar na disposição dos diferentes
setores para execução e materialização do seu empreendimento.
Layout do Canteiro:

Para montar o layout do canteiro, você tem que pensar no macro layout, no arranjo físico de
forma macro, e depois você começa com a parte de setorização.

Obs: To fazendo demolição tem os operadores das maquinas, você irá computar no
contingente da obra, estagiário também conta.

Cronograma de Implantação:

A montagem do canteiro compreende o cronograma, se você pensar nas diversas fases, se


você na primeira fase vai ter dois contêineres, na segunda fase vai ter uma estrutura que é
provisória, mas é fixa, por exemplo, madeirite. No caso de empreendimento comercial, você
tem que pensar em stand de vendas, deve posicionar no lugar mais visível possível, e custa
muito dinheiro (até 1 milhão) para fazer sendo inteligente, pois é um investimento, mas se for
um cara bem inteligente, você pode propor seu stand de vendas em uma futura área de lazer.

Instalações de Segurança

Quando você pensa em segurança, a gente precisa dispor de alguns equipamentos de proteção
coletiva, como:

Bandeja de proteção:

É um elemento que tem um objetivo, que é a queda de materiais de maior porte até certo
limite, para não permitir que acessem pavimentos inferiores, e ela não tem a função de
carregar pessoas nela se quiser fazer, por exemplo, revestimento da fachada. Segundo a NR
18: Em todo perímetro da construção de edifícios com mais de 4 (quatro) pavimentos ou altura
equivalente, é obrigatória a instalação de uma plataforma principal de proteção na altura da
primeira laje que esteja, no mínimo, um pé-direito acima do nível do terreno. Geralmente é
alugado e se prende na própria estrutura construída com parafuso ou chumba, geralmente é
parafusado. A norma também diz que acima e a partir da plataforma principal de proteção,
devem ser instaladas, também, plataformas secundárias de proteção, em balanço, de 3 (três)
em 3 (três) lajes. Pergunta: qual a hora de retirar a plataforma? Quando eu já fizer o
fechamento do pavimento correspondente àquela plataforma, ou seja, se eu fechar 3 níveis,
eu já posso retirar a bandeja. Eu nunca vou ter essa bandeja de proteção para fazer um
revestimento de fachada, pois essa bandeja irá ser um elemento impeditivo quando eu fizer o
mapeamento da fachada, quando estico os fios de prumo que serão referencia para a
aplicação do revestimento cimentício.
Tela de proteção:

Tendo aquela velha máxima (ruim com ela, pior sem ela) tendo que existir tela, ela sendo bem
fixada ela vai resolver, tendo a função de evitar saída, queda de material particulado (pó) em
residências, pessoas, por exemplo, se você tem uma casa perto do seu futuro
empreendimento, é claro que não vai evitar 100% do material, sendo assim, se faz um acordo
na conversa com o dono da casa, recuperando algo, pintar casa, etc;

Guarda-corpos:

Tendo o intuito de proteger contra queda;


Tapume:

É obrigatório em obra, pois se alguém entrar de forma inadvertida no seu canteiro você será
totalmente responsável por tal ato, era usado antigamente madeirite (são laminas de madeira
de certa forma orientadas e coladas) e agora se usa telha metálica ou de alumínio (plastificado
ou resinado, sendo melhor resinado porque dura mais ainda), pois tem durabilidade maior,
sendo, portanto também mais caro. Você tem que pensar também em segurança patrimonial,
usando sistema de vigilância eletrônica, alarme, arame farpado, geralmente ocorre furtos,
pode acontecer de mão armada também.

FECHAMENTO NA PERIFERIA DA EDIFICAÇÃO

É uma tela tapume com fechamento de madeira pra evitar que alguém caia. Você pode usar
também estruturas metálicas ligadas à madeira e tela tapume.
Obs: Se eu estiver no topo de uma laje, se usa um cabo de aço no perímetro da laje, que se
chama de linha de vida.

Então é fundamental observar os EPI´s e EPC´s, pois você como empresário não quer
que ocorram acidentes, então interdições; iluminação e instalação de sinais de alerta;
caminhos firmes e, se necessários, com anteparos de proteção; escadas firmadas nos
pés e no alto; cobertura de escavações, anteparos de proteção de buracos; pontes,
passarelas, galerias e andaimes de proteção; segurança na forma de depositar
materiais (empilhamento) são medidas de segurança a serem adotadas.

1) Locação de Obra

O que é locar uma obra? É você materializar pontos no seu terreno que te permitam executar
ou implantar seu empreendimento. Você tem que ter um projeto executivo, que é concebido a
partir das leis de uso do solo onde se prevê recuos laterais, frontais, então você tem que ter o
projeto na sua mão tendo pontos de referencia para a partir dele materializar os pontos de
interesse para sua obra. De modo geral, para execução de uma edificação, o que eu faço pra
locar a obra? Monto um gabarito, que é um eixo cartesiano, se ele é um eixo cartesiano, se faz
uma verificação da ortogonalidade do gabarito, pois o eixo cartesiano é ortogonal. A planta de
locação quem faz é o estruturalista, então ele fala que vai ter uma sapata que vai estar 5
metros no eixo x e 6 metros no eixo y, esticou-se duas linhas e no cruzamento das duas linhas,
feito a verificação do prumo, vai estar o piquete onde estará marcada a posição da estaca.
Teodolito é usado para locar, ele hoje é computadorizado, se insere as coordenadas dos
pontos e vou dando comandos ao auxiliar que fica com o prisma, marcando um ponto e
colocar a estaca, fazendo isso nas obras de grande porte. O gabarito favorece todo processo de
marcação ate mesmo no processo de implantação se alguma marca se perder você tem um
gabarito montado devidamente nivelado e com as faces não paralelas ortogonalizadas, você
consegue depois resgatar esse encontro e fazer as devidas correções. Você também pode
marcar situações curvas, tendo que conhecer o raio de curvatura.

Se eu quiser bater o nível, já que se você marcou um RN e precisa construir uma linha
horizontalizada e precisa marcar esse ponto em outra extremidade, para aferir se estão no
mesmo nível, se pode fazer com mangueira de nível (principio dos vasos comunicantes) ou
nível a laser, sendo esse ultimo mais preciso.

Pra você ter um ponto de partida para locar, você pode pegar um elemento da rua, poste, ou
marco de concreto implantado na obra, algo materializado para ser o seu referencial, dali você
irá mandar a locação. Se você tem um terreno, e o projeto é tomar o terreno todo, então não
tem como locar fazendo a locação pregando no imóvel vizinho, pois não tem recuos laterais e
frontais.

Se você tem a cota de arrasamento das estacas, você tem que ter uma cota como referencia
para tal e também o gabarito serve como referencia para o arrasamento. Se eu penso na
sapata armada, preciso conhecer qual a cota de apoio do fundo da sapata, ou seja, nível
máximo de escavação da vala, a partir dai aplico concreto magro para regularização e começo
a construção do elemento. Imagine que tenho uma edificação para locar, eu preciso marcar no
terreno referencias , toda locação é feita pelo eixo da parede, pois em planta baixa você só
tem um eixo e se você fosse marcar por face, teria duas faces, a de dentro e a de fora, então se
pode ocasionar um problema já que se você não informar qual a face a ser locada, o
trabalhador irá se confundir, e poderá locar errado. Se eu tenho um elemento prismático, uma
sapata visto em planta se loca além de ser por eixo, loca-se os vértices do elemento. Se existe
sapata concêntrica em que o centro do pilar coincide com o centro geométrico da sapata.
Imaginemos no metrô, aonde você tem pilares pré-moldados, aonde você vem com vigas
metálicas fabricadas com dimensão especifica e aquilo não encaixa.

Isso é uma planta de locação, tendo no detalhe 1, três estacas e um pilar, geralmente as
estacas são unidas por um bloco de coroamento, que tem a função de fazer transição de
elementos com características diferentes (estaca metálica cravada e pilar de concreto, por
exemplo) ou melhorar a distribuição do carregamento para os três elementos que compõem a
fundação. Como na imagem, tudo é feito por eixo ler planta é igual a ler livro, de cima pra
baixo, da esquerda para a direita.

Obs: Essa cota de arrasamento é com base no RN adotado na sua obra.

O gabarito que é a tabua corrida deve estar nivelado de preferencia com base no RN ou o nível
do topo do gabarito deve estar linkado ao seu RN.

Viga baldrame, já adiantando, tem duas funções: amarração entre estruturas, e servir como
alicerce para paredes, por exemplo, no subsolo, primeiro pavimento, etc.
O gabarito é você ter uma estrutura de madeira (tabeira em São Paulo), uma tabua corrida
fixada a barrotes com distancia entre os barrotes não passando de 2 metros, que circunda a
edificação ou o perímetro dela, então é conveniente que tenha uma folga de 1,5 m em relação
aos limites existentes e ate a própria estrutura a ser executada, ela permitir uma zona de
transição, de acesso, de passagem, pra que não haja comprometimento do gabarito. Pode-se
usar também cavalete (duas estacas e uma madeira (ripa) que une as duas estacas) para locar,
existe um problema em locar com cavalete, por exemplo, um cidadão no processo executivo,
esbarra em um cavalete, ele pode sair do alinhamento com relação aos demais,
comprometendo o processo de locação, sendo bom utilizar tabua corrida. Mas, um cavalete
pode ser utilizado pra locar o eixo da rede de drenagem, ai você consegue locar, coloca o
cavalete em uma ponta. É comum efetuar a pintura da face interna do gabarito, o que facilita a
visualização das marcações que vão ser feitas.

1) Locação de Obras (continuação)

Vocês estão vendo uma tabeira que está colada nos limites do terreno, não sendo
adequado, mas que está ocorrendo muito nos dias de hoje já que se visa maximizar o
seu lucro preenchendo todo o terreno, não vai desperdiçar nada.

Algumas condições para inicio dos serviços de terraplanagem, então teremos que ter o
terreno limpo, terraplanado, executado demolições, contenções e drenagem
necessárias, definir RN para permitir as demais marcações do terreno e você ter em
posse todos os projetos para materializar e locar sua obra.

Para materializar você precisa de marcos para implantar uma obra, você tem que
definir um ponto de referencia, hoje em dia com processos mais avançados de
topografia, pode-se também locar por estação total, porem em uma obra predial você
vai usar o gabarito, pois é uma forma de garantia, você consegue checar a todo o
momento a posição dos elementos a serem implantados, muito embora haja uma
tendência de locar, futuramente, por elementos topográficos. Se você loca por piquete
pode correr o risco de deslocamentos no processo de execução, mas quando se tem
um gabarito periférico, e um tanto distante das escavações, você tem garantias do
sentido de verificar se aqueles elementos irão ser locados de forma devida
preconizado em projeto.

O problema do gabarito, é que é muitas vezes dificultador na própria realização das


escavações, então você em alguns momentos precisa deixar o gabarito com algumas
aberturas pra permitir o acesso dos equipamentos. Então dentro dos pontos que eu
posso ter como referencia posso ter um poste, meio-fio, uma calçada, uma arvore algo
que eu tenha certeza que não irá sair durante o processo da construção. O próprio
ponto que o topógrafo deixou para executar o levantamento do terreno trouxe
elementos e consubstanciou a elaboração do projeto executivo. Às vezes seu gabarito
vai “colar” na parede do vizinho, usando a lateral existente de uma de edificação
vizinha como sendo sua referencia.

Não só é necessário ter um referencial planimétrico, mas também altimetrico, ter um


referencial de nível, se arbitra uma cota de valor elevado para não ter cotas negativas
no processo de construção.

Quanto maior o porte da obra, mais sofisticado o mecanismo de locação da obra, pode
ser usado ainda mangueira de nível em obra, sendo muitas obras bem locadas com
esse uso, mas a tendência é que deixe de ser utilizado.

A locação vai estar presente em varias etapas do processo, locando as estruturas de


fundação, locar as estruturas de concreto armado que se fazem necessárias ao
empreendimento, locar as alvenarias que chamamos de marcação, também em
relação às instalações hidro sanitárias, elétricas, e todas que sejam necessárias, então,
por exemplo, se precisa locar uma sapata que é um elemento prismático, precisa locar
o eixo do pilar e seus vértices, posicionar os gastalhos que irão permitir a montagem
da forma no caso do pilar, precisando posicionar a marcação das paredes, então
diferentemente de quando se loca uma viga de fundação que se loca por eixo, as
paredes locamos com base nos eixos chamados de amarração e controle que vem lá
da fundação, mas a marcação da parede é feita por face com base nos eixos, usando o
que foi obtido pela locação.

Posicionar essas caixas elétricas (foto) durante, por exemplo, o processo de


concretagem, sendo importante o locar essas caixas adequadamente, já que
imaginemos que temos uma laje em que você loca a caixa errada, e aonde você locou
errado seria disposto outro material, causando assim um problema.

Se você tem um gabarito, uma tabeira que circunda todo o perímetro da


futura edificação que está devidamente nivelado isso facilita sobremaneira o processo
de escavação e a verificação a todo o momento da cota na qual vai ser implantado o
bloco de coroamento que é um elemento de fundação profunda, não confundindo
bloco que se constitui em fundação superficial. Em geral, esses blocos tem que ficar
sob o pavimento, abaixo do nível do solo, podendo ocorrer, por exemplo, em uma
garagem em que os trabalhadores realizaram mal o serviço e o bloco ficou acima da
cota da garagem perdendo assim, uma vaga de garagem, tendo como solução de
cortar o bloco por exemplo.

Se eu tenho um solo em que não tem capacidade resistiva para suprir todo o
carregamento em que o bloco irá incidir, esse bloco irá penetrar facilmente no solo,
então a ideia de se criar uma sapata, você irá aumentar a área da sapata para assim,
diminuir a pressão no solo, para que assim o solo admita essa pressão. Qual a
diferença entre carregamento e esforço? Se você tem uma viga, por exemplo, e você
aplica um carregamento uniformemente distribuído, essa viga vai ser solicitada por
esse carregamento e vai apresentar do ponto de vista de esforços, um diagrama de
momento, então o carregamento é o que solicita a viga e os esforços são uma resposta
da estrutura ao carregamento ao que ele é exposto.

O funcionamento da transmissão de esforços em uma estaca se da por, como a


estaca é um elemento longilíneo, essa transmissão de esforços se dá pelo fuste ou
corpo da estaca, pelo atrito lateral da estaca com o solo, como esforço de
cisalhamento, muito mais por esse atrito do que pela ponta da estaca.

Repetindo, a viga baldrame é um elemento de fundação que serve de alicerce


para paredes de subsolo, primeiro pavimento e também serve como elemento de
travamento da estrutura, e ela pode ou não substituir o uso de sapata, se for uma
coisa bem singela pode ser que substitua.

Qual o problema de locar errado? Cria uma excentricidade que pode gerar
momento, posicionar mal o pilar na planta, perda de m2 do apartamento em que na
planta tinha maior área, podendo gerar problema judicial. Não tem porque circundar
redes de drenagem de 2 km, usando assim cavaletes a cada 20 m, averiguando a
declividade do cavalete para saber se está coadunando com o projeto.

Nivelamento óptico verifica-se com a mira as alturas de escavação no processo


de terraplanagem.
Nível Óptico
Essa tabua tem 30 x 12,5, a face pregrada fica pra dentro pra favorecer o
processo de inscrição, vai se escrever os diversos elementos que você irá implantar
nessa tabua, associando os pilares com as sapatas, e ser pintada de branco para
melhorar a visualização das marcações escritas. As tabeiras tem de um a um metro e
meio de altura, então pra baixo fica de 30 a meio metro pra você ter uma fixação desse
elemento. O barrote de madeira, tem seção media de 7x7 cm, e usa também um
pontalete secundário para fazer um contraventamento ou mão francesa, para não ter
deslocamento, você irá tensionar linhas, geralmente arame 18 para você locar os
pontos que se quer. Você faz a verificação da ortogonalidade, por exemplo, uso do
esquadro, um triangulo pitagórico, ou um teodolito posicionado no centro e criar uma
linha de referencia e depois verificar, então com o esquadro, você mede 3m em um
eixo e no outro eixo 4m, se tiver 90 graus entre as faces não paralelas, eu tenho na
hipotenusa 5m já que o triangulo é pitagórico, isso é importante porque se mudar a
inclinação ou não for verificado devidamente, o ponto será locado mais a direita com a
mesma medida, por exemplo, do que se pretendia quando ortogonal. Usa-se muito
tubulão porque é barato.

Se você tem um gabarito que está montado, se você quiser fazer uma escavação de um
bloco de coroamento de forma mecanizada, tem que permitir acesso ao gabarito para
o equipamento, para não comprometer o mesmo.

Depois que se faz a verificação da ortogonalidade do gabarito, se parte para a fixação


dos pregos e esticar o arame. Geralmente não se coloca só um prego, coloca-se um
central e dois periféricos, utiliza esses pregos como auxiliares no processo de
tensionamento, pois um prego só pode soltar ou envergar, e o problema de locar a
laser ao invés de linhas por causa da luz, a visualização do laser. O ponto em que está o
encontro das linhas esticadas não está em cima, está no solo, projeta-se verticalmente
com o uso do prumo de centro, se usa as leis de Kepler, atração gravitacional, o ponto
superior será materializado no ponto inferior, se insere um pedaço de madeira no solo
e ali que vai se processar a locação. Precisa-se locar a sapata além de seu eixo, os seus
vértices, pois é um elemento prismático, e se tiver outra forma também prismática,
tem que locar sim seus vértices além do eixo.

Depois que se marcam os piquetes, se podem retirar os arames, ate dificulta o


trabalho, só não pode tirar o prego para marcação de tinta. Para medir o quanto quer
se escavar do bloco, se utiliza geralmente uma galga. Como você tem o topo do
gabarito nivelado, então quando você crava o pontalete geralmente ele é serrado e a
tabua que é fixada em todo o perímetro, ou tabeira, deve estar devidamente nivelada
porque se ela está nivelada e você conhece a cota do topo da tabeira, você consegue a
todo tempo e facilmente a profundidade de escavação dos elementos de fundação
superficial. Então, você pode pegar um carpinteiro, cortar um pedaço de madeira, um
sarrafo, pra esse elemento você tem que escavar 1 metro (cota de implantação) em
relação ao topo do gabarito, você pode ter uma galga de 2,30m. Se você tem varias
cotas diferentes de blocos, você pode ter galgas diferentes ou fazer o uso de trena.
Quando você vai implantar uma viga de fundação, você precisa evidentemente,
posicionar pregos de tal maneira que coadune com a largura da vala que vai ser
aberta, pois quando se implanta uma viga de, por exemplo, 20x40, e você tem fôrma
para colocar, não escavará só 20, escavar na pior das hipóteses 10 cm pra cada lado,
mas no geral se escava 20 pra cada lado, seria uma vida de 60 e não de 20.

Tem que se verificar o posicionamento dos elementos como pilares, para que sejam
mantidos pavimento a pavimento, em relação à verticalidade. Cada pavimento a ser
implantado, deve levar em consideração os eixos de amarração e controle, então
geralmente se escolhe dois eixos não coincidentes com eixos principais, eixos de
pilares, para que possam ser replicados pavimento a pavimento, e se faz na própria
estrutura da forma nas estruturas que usam forma, se utiliza um vergalhão de 12 mm
no máximo 16 mm que é implementado no processo de concretagem, então você
consegue replicar o fio do eixo de amarração de controle, a partir do fio de prumo,
você traz essa marcação para o pavimento que você está construindo. Se existe um
desvio de verticalidade, você corrige a partir de reboco se não for tão perceptível,
custo para a construtora, às vezes realmente acontece. Se for fachada de vidro, com
erros de verticalidade, tem que trazer talvez peças especiais.

De lá de baixo, o cidadão está transferindo o eixo de um pavimento para o outro, e


esse eixo veio lá do gabarito, então o gabarito está sendo replicado pavimento a
pavimento, com o objetivo de a partir desse eixo posicionar os gastalhos e fazer a
montagem das formas dos pilares, e depois usa para marcar a alvenaria, que é
marcada pela face, mas locada pelo eixo,
eixo que você tem de amarração e controle.

A linha indicada veio lá do gabarito


Transferência de eixo do gabarito

Você tem que posicionar de forma adequada e aferir a verticalidade do pilar. Quando
se faz a transferência do eixo dos fios de um gabarito para o ponto de implantação, se
usa o prumo de centro, e na verificação da verticalidade de um pilar ou qualquer
elemento, se utiliza um prumo de face.

2) Fundação Superficial

A fundação superficial é aquela cujo carregamento é transmitido mediante as funções


de contato base-solo. Ela é definida, em norma, é a qual tem profundidade de
assentamento é inferior a duas vezes a menor dimensão da estrutura em planta.
O que é fundamental entender na fundação superficial, você tem um carregamento
aplicado no elemento calculado, e esse carregamento gera tensões são distribuídas ao
solo mediante ao contato do solo, então o carregamento é transmitido pela base. É
importante que essa base esteja em uma profundidade tal que haja garantia de que
esse solo não sofra influencia dos agentes atmosféricos, sendo por norma não inferior
a 1,5 m, a não ser que seja baldrame, muito comum em interior o cidadão fazer uma
vala de 70 cm e é preenchida com pedra e envolta em concreto, o chamado concreto
ciclópico.

Algumas observações no que diz respeito à interação desses elementos um com os


outros, sob pena de você fragilizar o solo nas proximidades dos elementos a serem
executados. O carregamento da sapata aplicado ao solo, irá se formar o bulbo de
tensões, quando você tem fundações muito próximas e em cotas distintas, o cuidado
que deve existir é em relação ao ângulo, quanto maior ele, mais afastados irão estar
esses elementos, e se eles estiverem muito próximos, pode ocorrer à superposição
desses bulbos de tensão, você pode estar submetendo seu solo a um carregamento
para o qual ele não está preparado. Quanto menos resistente o solo, maior o ângulo e,
portanto mais afastadas as sapatas para evitar a superposição.

Toda fundação superficial (e também bloco de coroamento em fundações profundas)


deve ter sob ela lastro de concreto não estrutural ou concreto magro, com o objetivo
de criar uma regularização no que concerne a aplicação das cargas no solo. Esse lastro
de concreto magro serve como cobrimento da armadura do fundo do cobrimento da
sapata? O concreto magro ele de acerta forma protege a armadura do efeito
migratório da agua, mas ele não é cobrimento. Você tem exceção se você for apoiar a
sapata em uma rocha, é o melhor tipo de solo se não for fraturada, sendo nesse caso,
tem que ter uma resistência compatível com a própria resistência da estrutura de
suporte então não pode ter concreto magro não, porque a sapata tem que estar
nivelada.

Funções dos elementos de concreto armado:

-Estribo: Compõe os esqueleto da armadura e suporta o esforço cortante.

-Cobrimento: Para evitar a oxidação da armadura, quanto maior o nível de agressividade


ambiental, maior o cobrimento.

Se quiser fazer uma fundação superficial, se escava areia de algumas formas como: se for
algo não muito profundo, você adensa areia molhando-a ou também você escava de
forma confinada, pois a areia é muito desagregável, usa pranchões metálicos com perfil
em “L”, por aumentar a inercia da peça, depois de escavar com a escavadeira, você
amarra um cabo de aço entre os pranchões e com o dente do próprio equipamento você
consegue puxar, então você escava e fecha repetidas vezes. Se eu tenho um elemento
de diâmetro de 20 cm a ser cravado por percussão, e quisesse cravar um elemento com
perfil em “I”, o que consegue cravar mais fácil é o perfil “I” por ter área de contato
menor, tendo então uma maior pressão.

Se você tem um terreno muito acidentado, em diferentes níveis, não precisa terraplanar
todo o terreno, você adequa a sapata com o solo em diferentes níveis e o gabarito vai
ser escalonado. Qualquer talude instável com profundidade superior de 1,25 m,
segundo a NR18, deve ter sua estabilidade garantida por meio de estruturas, tendo
formas de garantir como, por exemplo: escoramento metálico que é muito caro. Você
tem que achar o ângulo em que as partículas do talude estejam em equilíbrio e assim
você consegue naquele limite de 1,25m, escavar o talude de forma adequada sem
nenhum tipo de anteparo, e essa angulação depende das características do solo.
Acontece de ter parede a 90 graus, taludes desnudos em pontos de cidades.

2.1) Bloco

Bloco que é uma estrutura de fundação rasa e bloco de coroamento que é uma
estrutura de fundação profunda, sendo que a diferença é que o primeiro não é armado,
já o segundo é. O bloco de fundação rasa, ele resiste ao carregamento que se aplica a
ele, existindo um limite máximo para as tensões de tração de modo que só são resistidas
pelo concreto. Nesse caso em especial, você tem o solo e vai fazer a escavação, aplica o
concreto magro, vai fazer o bloco, antes de fazer o bloco tem que deixar o arranque do
pilar (armadura do pilar), mas não é armado, diferentemente da sapata. A armadura do
pilar se conecta com o bloco, chega a certo limite, você faz a conexão de um pilar com o
outro por meio de vigas, para travar a estrutura. Se você for escavar em um solo de
argila rija para colocar um bloco de 1x1m, que permite você escavar no formato em
projeto, não precisando armar fôrma, só que como vai estar em uma profundidade de
1,5m, você escava 1,5m a vala, e no projeto estando a altura dele 40 cm, você irá
concretar 40 cm, você tem que deixar o arranque do pilar antes de concretar.

2.2) Sapata corrida por alvenaria de tijolos


Locação;

- Abertura da vala;

- Apiloamento e regularização de vala;

- Execução de lastro de concreto magro com espessura de 5 cm (consumo 150kg cimento por
m3);

- Execução de placa de concreto armado (se não tiver muita rigidez), de no mínimo 10 cm de
espessura, excedendo ao menos 10 cm de cada lado da sapata de alvenaria;

- Assentamento dos tijolos;

- Coroamento da fundação (na ultima fiada de blocos, você coloca uma argamassa mais
espessa);

- Impermeabilização da fundação (importante para não haver infiltração por capilaridade).

Obs: Ainda se recomenta a jogar um pouco de água no fundo da vala, pois pode ter
formigueiro, galho de planta, se tiver matéria orgânica tem que se retirar por causa da
decomposição que causará futuramente recalque. No interior, eu só faço meu concreto magro
e coloco o bloco, mas se você quiser algo mais garantido, é conveniente armar uma laje
embaixo sob pena de sofrer uma flexão e a estrutura recalcar. Toda fundação precisa ser
impermeabilizado, pois a agua pode subir por capilaridade, efeito vibratório de agua, e
comprometer a alvenaria futuramente, exemplo, se tivéssemos no térreo e tiver viga
baldrame, ela deveria ser impermeabilizada, e é caro resolver problemas de infiltração em
fundação e geralmente não é feito como deve. O subsolo e primeiro pavimento precisa
impermeabilizar a fundação.

2.3) Sapata
A sapata tem armadura, então depois de executar o lastro de concreto magro, você
deve armar a fôrma da sapata e posicionar a armadura de forma adequada respeitando
o cobrimento dela, colocando espaçadores no fundo da armadura antes da concretagem
(entre a armadura e o lastro de concreto magro).

Sapata concêntrica

A sapata concêntrica é quando o centro geométrico do pilar coincide com o centro


geométrico da sapata, não se gerando momento. Se você tiver um terreno limitador, e
não ter espaço para coloca-la concêntrica, você terá que a usar como excêntrica ou de
divisa, gerando momento já que o centro geométrico do pilar não coincide com o centro
geométrico da sapata, não devendo claro escavar território vizinho pra fazer a fundação
obviamente.

2.4) Sapata Associada


Ocorre quando no projeto os carregamentos do pilares próximos são tão grandes e
o solo com baixa capacidade de suporte, que quando se dimensiona elas causam
uma influencia uma sobre a outra que é mais convencional juntar as duas sapatas
em uma e transformar em uma sapata associada, ou seja, em uma única sapata
você tem dois pilares. Existem casos em que não vai precisar disso, mas tudo passa
pela mão do projetista, para averiguar a melhor opção.

2.5) Sapata Corrida

Essa estrutura é armada em que uma sapata sustenta uma extensão de pilares
associados.
2.6) Sapata de Divisa

Existe o problema do momento, já que o centro geométrico do pilar não coincide


com o centro geométrico da sapata, sendo assim, o projetista de fundações cria
uma viga de equilíbrio ou alavanca, que tenta compensar parte do momento de tal
maneira fazer com que essa sapata que é excêntrica passe a trabalhar como a
carga fosse concêntrica. Esse tipo de viga é diferente de baldrame.

Resumindo, os procedimentos para a realização de uma fundação superficial é:

a) Locar (do eixo e dos vértices se for um elemento prismático ou só o eixo se for
uma estaca);
b) Escavação;
c) Regularização do fundo da vala;
d) Aplicação do concreto magro;
e) Armar a fôrma após decidir qual vai ser o elemento de fundação (ideal é armar
fôrma, mas pode não ter fôrma também);

O chapisco das paredes com argamassa serve para evitar que no processo de
concretagem, o solo se misture ao concreto e comprometa a resistência dele, mas
é feito quando não se arma fôrma. Obs: quando o solo é muito heterogêneo, é
melhor armar a fôrma.

Se você tem uma lateral com um metro de comprimento, você tem que cavar a
vala no mínimo 20 cm para cada lado, totalizando assim 1,40 m.

Para saber qual fundação usar, você tem que analisar cada caso depende da
topografia da região, do orçamento proposto, do carregamento que vai aplicar ao
solo, das características do solo, verificação feita a partir da inspeção das
edificações vizinhas, então, por exemplo, se eu vou pro interior fazer uma casa e
tem muita pedra, vou fazer uma alvenaria de pedra embaixo para ser meu
alicerce, a casa sustentada por alvenarias de pedra, dimensionada
adequadamente. Entre bloco, sapata corrida por alvenaria de tijolos e sapata
armada, qual a fundação mais resistente? Sapata armada, pois é armada, e vai
resistir à uma tensão de tração que o concreto sozinho não resiste. Entre sapata
corrida e sapata armada, não tem como dizer qual resiste mais.

A viga baldrame ela fica no nível do solo porque serve de alicerce para parede e
trava a estrutura para movimentos horizontais. Se a sapata for excêntrica, além
da viga baldrame, a depender da profundidade que estiver a sapata, geralmente
abaixo de 1,5m, vou ter que ter uma viga alavanca por conta do momento. Por
exemplo, se a profundidade de implantação de sapata em relação à altura da viga
alavanca fosse de tal maneira que podia aproveitar a viga alavanca para servir de
alicerce para a alvenaria, tendo dupla função, mas em geral não se faz isso.

2.7) Sapata Cofre

O próprio nome já diz, cofre é pra guardar um pilar, então podemos pensar em
usar ela em estruturas pré-moldadas, pilar pré-moldada, essa sapata inclusive
pode ser pré-moldada, nada me impede de ter uma sapata pré-moldada, o
problema é o peso que ela oferece a logística. A sapata está sendo moldada in
loco, mas esse vazio é exatamente para receber o pilar.

A transição ou ligação do pilar com a sapata pode usar graute, que é uma
argamassa ou concreto de alto desempenho, para solidarizar o pilar pré-moldado
com a sapata cofre. A sapata é armada e tem que ter concreto magro.

Obs: Para conseguir fazer a sapata na sua forma, você tem que ter ajuda de duas
guias, você primeiro concreta a sapata ate fôrma quadrada, você espera que o
concreto chegue próximo à pega, ai você começa a tentar moldar a parte superior,
o ideal é que a estrutura seja monolítica, fazer tudo no mesmo dia.
1) Fundações (continuação)

A locação é um processo importante, fundamental e inicial no processo de fundação


tanto superficial ou profunda. Pode-se usar uma lona plástica ao cortar o solo, se não
usar fôrma, sendo muito usado na execução de bloco de coroamento, cada um usa a
técnica que quer, mas o ideal é usar fôrma. O lastro de concreto magro tem como
funções: ajuda no processo de impermeabilização, funciona como a fôrma de fundo da
fundação a executar, distribuir tensões da base sobre o solo. A sapata tem que estar
nivelada, mesmo com o terreno acidentado, ou seja, você coloca nivelada e coloca um
concreto de espessura em que nivele a sapata com a rocha e que tenha resistência
compatível com o nível de tensões aplicadas pelo fundo da vala, diferente do concreto
magro, o solo que vai ser o elemento importante.

A sapata pode ser não chanfrada vista em corte e sim integra. Se você no processo de
dimensionamento verifica que as tensões de tração no interior da peça têm,
geralmente, uma angulação de 45 graus, esse trecho termina sendo desnecessário,
sendo contra a economia, mas nada te impede. Pra você conformar o chanfro você usa
guias e forro, então você concreta o fundo da sapata, quando o concreto começa a
ficar perto da pega, com o concreto mais seco você faz o chanfro, ou utilizando uma
fôrma, um tronco de cone pronto.

1.1) Radier

Quando você pensa em radier, você pensa em uma placa, se a área de sapata corrida
em relação à da edificação ultrapasse 50%, é mais vantajoso do ponto de vista
econômico e pratico o uso de Radier. Muitas obras, alguns sistemas construtivos
adotam na sua essência o radier total como sendo a estrutura de fundação mais
adequada, geralmente paredes de concreto faz uso de radier. O radier armado de
forma convencional, mas pode ter também radier protendido, colocando cordoalhas e
tensionar isso. Protensão é tensionar a estrutura, você aumenta a capacidade de
suporte da estrutura, você cria uma tensão amarrando um cabo de aço e traciona-os.
Se por exemplo, eu tenho 3 blocos, e são separados, amarro um cabo de aço e o
traciono, esses blocos vão ficar cada vez mais unidos, aumentando a capacidade de
suporte da estrutura.

O radier total é usado em edificações de 3, 4,5 até 15 pavimentos.

Radier Total
Radier parcial

Observe, eu preciso pensar de maneira planejada, qualquer tipo de instalação hidros


sanitária, elétrica, deve ser executada antes sob pena de você ter que romper o
elemento e depois executar. Quando você tem uma estrutura muito alta ou de 1 ou 2
pavimentos em geral, o pessoal cria um shaft que é um espaço destinado à passagem
de tubulações para evitar qualquer tipo de alteração posterior. A estrutura é
dimensionada para trabalhar em flexão, por isso é toda armada. O radier parcial, a laje
engloba apenas parte da edificação em planta.

Sob a laje é conveniente colocar uma camada de brita de geralmente 7 cm de


espessura que serve como regularização funda. Sobre essa camada se coloca essa lona
preta para evitar que argamassa do concreto seja absorvida pelo solo que ela habita
podendo comprometer a capacidade de suporte resistiva da peça e ajudar de certa
forma na impermeabilização evitando que a ferragem sofra um processo de oxidação
pelo efeito ascendente, migratório da água. Se quiser fazer uma quadra poliesportiva,
essa é a mesma execução. A laje pode ter 100 a 200 m2, pode ter um lajão pra
abranger varias casas ao mesmo tempo, diferente da sapata que é algo menor, como
2x2. Temos que avaliar o custo como um todo, nunca de forma micro.

1.2) Viga baldrame

Serve de alicerce para paredes e executa o travamento das superestruturas. A


execução da viga baldrame é feita por primeiramente locação, depois a escavação, e
posterior regularização do fundo da vala, faz-se o uso do concreto magro no fundo, e
como usa fôrma depois do passo passado, é muito comum, usar o desmoldante que se
passa na fôrma de madeira que permite que ele possa ser desmoldado facilmente, e
assim aproveite a fôrma mais vezes e não comprometa a face do concreto em contato
com a fôrma, coloca as armaduras de acordo com o projeto estrutural. Não se
posiciona as esperas dos pilares, pois as esperas já estavam lá, pois veio da fundação
não importando qual a fundação, porém é possível se for uma coisa diminuta, a
própria viga baldrame pode ser um elemento de fundação, assim tendo que subir com
o arranque do pilar, mas no geral vem já da fundação.

Viga baldrame x Radier parcial: Radier parcial é uma placa e tem área maior, e a viga
tem maior inercia, mais longilíneo e seção transversal mais robusta.

Obs: A depender da cota de fundação, a viga baldrame pode ser concretada junto com
fundação.

Posso ter viga baldrame de forma metálica ou de madeira, só que de madeira é mais
barato, metálica é cara, então se eu fizer 500 casas do mesmo padrão, repetindo
muito, então é mais fácil fôrma de madeira por causa da economia. A viga baldrame
fica no nível do piso, então depois de você desformar com o concreto com resistência
suficiente, fazendo correções como aterro, compactação, nivelamento do piso com a
viga baldrame, pensando em colocar até uma tela.

2) Fundações profundas (olhar slide)

De modo geral, uma carga que vai ser distribuída por um elemento de transição que
evidentemente transmite aos elementos que estão no solo. Se forem estacas cravadas,
eu tenho uma resistência lateral, um atrito lateral muito grande, então esse tipo de
carga vai ser transmitido em sua essência vai ser transmitido pelo fuste e um pouco
pela ponta da estaca. Eu posso ter estacas em cruz, hexágono, contanto que tenha
uma simetria axial e radial, geometria definida, então se for uma peça não simétrica,
não pode executar, pois vai produzir momento.

Serve de modo geral, para transmitir cargas profundas, contenção de empuxos


laterais, por exemplo, se eu tenho um maciço e eu preciso fazer um corte nele, se esse
corte vai ser feito de tal maneira que esse solo não fica m equilibro no que diz respeito
às partículas internas que p compõem, se faz necessário a construção de um elemento
que seja capaz de conter um empuxo que é o esforço desse maciço sobre esse
anteparo que vai ser criado, podendo as estacas serem utilizadas com essa finalidade.
Podemos ter estacas pré-moldadas e moldadas in loco. Sendo as primeiras podendo
ser de madeira, aço, concreto e do ponto de vista podemos usar métodos de cravação
que pode ser por prensagem, percussão e vibração.

Para a escolha de qual fundação usar, se faz necessário a verificação das edificações
vizinhas para verificar se existem patologias, características do solo do terreno e sua
capacidade de suporte, nível do lençol freático, custo, disponibilidade do equipamento
da fundação, avaliar o nível de carregamento a ser aplicado, avaliar tipo de estrutura
que está se executando, etc.

Em pontes, se coloca um cilindro de aço em torno de 1,5 m de diâmetro e 75 metros


de comprimento, tamponam os cilindros e vira um flutuador, tem ar dentro e faz com
que isso vá sobre o rio, e faz isso com balsa gigante.

A todo momento você tem que aferir se a estaca está sendo locada adequadamente
pelo eixo, verificando as distancias com o topografo ou seja, tem o controle de
cravação do processo, verificar também o prumo da estaca, a estaca tem que ter um
limite em relação a vertical, se não, vai provocar esforços em que ela não foi
dimensionada para tal. Como o bate-estaca é automatico, ele por si so já ajuda no
processo de posicionamento e controle, já quando for mais tradicional, você faz junto
ao topografo.

Eu posso cravar trilho de trem (perfil em “T”), sendo muito caro, mas tem que estar
em condições adequadas. Se você tem que inspecionar a peça para ver se ela tem
condições de saber se ela pode ser cravada, avaliar com relação aos esforços.

É importante que a cravação da primeira estaca (estaca prova), seja acompanhada


pelo projetista e ou consultor de fundações para confirmação das premissas de
projeto. É recomendável que seja escolhida uma estaca próxima a uma sondagem.

Se tem o SPT, sabe o nível de carregamento, sabe as características do solo, então se


eu tenho uma carga x, se eu preciso que esse solo aguente essa carga, preciso ter um
elemento cravado a 15 metros de profundidade, quando chega a mais de 15 metros,
existe vários tipos de controle, o que se usa mais ainda é a nega e repique elástico.
Nega é a negação que a estaca tem ao ato de cravação, por exemplo, você tem um
martelo de 6 toneladas e vai soltando ele para cravar, chega um momento que ele não
irá cravar mais, se você não acompanhar e bater insistentemente pode romper a
estaca, então o projetista com base em premissas e equações, ele avalia em certa
profundidade que ele ache importante para o solo aguentar aquele carregamento,
qual deve ser a penetração que a estaca deve ter nos últimos metros em função da
quantidade de (ALGO). Imagine que a nega é 0,5 cm, então eu vou dar 10 golpes
quando a estaca chegar a 10 metros de profundidade, ela só pode penetrar 0,5 cm, se
acontecer isso deu nega, então ali é suficiente para suportar o carregamento. Então, se
você chega perto dos 15 metros previstos, você começa a contar 10 golpes, e deu 0,8
cm, não deu a nega, fez de novo, deu 0,7 cm, não deu nega, e assim vai até dar 0,5 cm,
aí deu nega.

A estaca você loca pelo eixo só sempre, não pelo vértice como nos blocos.

A norma 6122/2010 prevê uma tolerância de 1% de desaprumo, ou seja, você afere a


todo instante a verticalidade com o prumo, então se tiver desaprumado, você corrige.

Repique elástico, quando você crava uma estaca, o solo se deforma plasticamente que
é a nega, e tem certa deformação elástica (se recupera) meio que empurrando a
estaca para cima, o repique avalia isso. E isso é feito através de gráfico, que é formado
através do movimento registrado com um lápis encostado na estaca, pra ver se bate
com o que ele esperava.

Além de avaliar a qualidade da cravação da estaca, a norma também estabelece que o


controle de cravação deve ser também mediante a ensaios, como exemplo ensaios de
carregamento dinâmico e estático. No caso do dinâmico, você instrumentaliza a estaca
e faz uma avaliação dessa estaca durante o processo de cravação, para saber como
está sendo o comportamento da estaca mediantes os esforços gerados no seu interior.
Então, não é só pensar como se comporta o solo, é pensar na integralidade da estaca.
No ensaio do carregamento dinâmico, você tem 4 sensores e faz um furo diminuto
para que você consiga instalar o sensor e isso é acoplado ao computador de bordo,
você avalia através de gráficos, informações, etc. A depender do numero de estacas, a
norma estabelece uma quantidade mínima de estacas a serem passadas por esse
processo, pois esse processo é caro.

No ensaio do carregamento estático, você depois que as estacas forem cravadas,


colocar elementos que simulem o carregamento que vai se aplicado na estaca e avaliar
o seu comportamento e o recalque que irá ocorrer com esse carregamento.

Outra técnica que existe é a chamada “lançagem”, com a proposta de quando tiver
solo muito duro, você utiliza jatos de agua, de ar para favorecer o processo de
cravação, ate certo limite, especialmente quando você fica perto da nega, isso pode
falsear o resultado da nega então, a lançagem você faz um pré-furo com um elemento
e os últimos metros você vai fazer a cravação adequada. Se você usa isso e parte da
premissa que a estaca tem a transmissão de esforços mediante o fuste, ao criar um
desconfinamento você diminui o atrito lateral, então tem que ser avaliado e
considerado no processo de dimensionamento da estrutura.
Eu posso cravar uma estaca inclinada, desde que seja dimensionada para esse fim, e é
usado em estruturas marítimas, justificado por ter além do carregamento da ponte
que é vertical, tem uma carga horizontal e oriunda das correntes marítimas.

2.1) Estacas de madeira (olhar slide)

Usa-se estaca de madeira no sul do país, países europeus. Os problemas de se


trabalhar com estaca de madeira seriam: em relação a outros materiais tem menos
resistência; vida útil por causa da variação da umidade constante, por exemplo, em
píer a maré alta bate em certo ponto na madeira, após algum tempo, ocorre a maré
baixa, variando constantemente a umidade apodrecendo a madeira e desenvolvendo
fungos, então você tem que proteger com concreto ou algum tipo de anteparo no
ponto em que tem essa variação. No caso de uma estaca de madeira, se você crava
ela, o ideal é que ela fique abaixo do lençol freático, pois não irá ter assim variação, ou
ter uma proteção aonde existe essa variação. Evitar estaca de madeira onde tem
matacão, pois é uma pedra, e vai quebrar a estaca. Em terrenos muito resistentes,
você protege a ponta da estaca com uma ponteira de aço, para que você consiga
romper o solo mais facilmente.

2.2) Estacas de aço (olhar slide)

O problema é que é uma estaca cara, quando está completamente envolta de solo tem
uma vida útil e proteção maior, mas tem que ter cuidado quando você crava estaca
metálica em solo que tem matéria orgânica, protegendo a estaca, pois é um ambiente
de decomposição de matéria orgânica, podendo ser agressivo a estaca, um processo
de oxidação da estaca acelerado, podendo revestir em concreto, fazer pintura epóxi,
pintura eletrostática, etc. Qualquer tipo de estaca você pode emendar estacas, a de
aço se emenda parafusando, soldando, etc. No geral são aceitáveis estacas com raio
de curvatura maior que 400m, quando maior o raio, mais a curva se aproxima de uma
reta, ou seja, você vai ter uma estaca mais próxima de uma reta quanto maior o raio
de curvatura, mais verticalizada.

2.3) Estacas pré- moldadas (olhar slide)

É sempre armada e a função da armadura da estaca é evitar fissuração da peça, pois


quando se vai promover a cravação da estaca, ela é içada então a depender de que
forma o içamento for feito, você submete a peça a tensões. Tudo que você não quer é
uma peça fissurada, pois pode ocorrer ataques quimicos, já que o solo é heterogeneo.
A estaca pré-moldada pode quebrar também com terrenos com matacões e tem um
comprimento limitado por causa do transporte, principalmente em via publica, por
exemplo estaca de 50 metros, pensar na logistica.

2.4) Estacas moldadas in loco (ver slide)

Você faz perfurações no solo e enche de concreto. Nessas estacas moldadas in loco,
muitas vezes o solo não tem caracteristicas suficientes para resistir aos esforços
durante o processo de escavação, a depender do metodo que se utilize, essas
escavações podem ser ou não revestidas de encmaisamento, podendo ser
reaproveitados ou não, mas em geral se reaproveita por ser caro o revestimento
metálico.

2.5) Bate- estaca (ver slide)

Lembra o processo do SPT, você precisa ter uma energia aplicada na cabeça do
elemento para que o mesmo possa ser cravado. Se eu penso em uma estaca de
concreto, é importante proteger a cabela da estaca, pois no impacto do martelo que
pesa 3 a 4 toneladas, pode danificar a cabeça da estaca.

O capacete da estaca serve para proteger a cabeça da estaca, a madeira é dura (sepo),
no sentido de tenaz (a diferença entre tenacidade e dureza é que tenacidade é
resistencia ao impacto e dureza é resistencia ao risco) recebe e absorve o impacto, e o
coxim de madeira mole amortece. A depender da cravação, pode ocasionar faíscas na
cabeça da estaca, pode ter combustão.

Problema em cravar estaca é vibração, observar nas estruturas de fundação vizinhas se


vai interferir, observar se realmente a fundação com estaca é a melhor opção.

Bate-estaca pneumatico Bate-estaca por gravidade

O segundo se desloca por si só (autopropelido), o outro se desloca sobre roletes,


sendo a tendencia usar o segundo.

Como o bloco tem uma altura da ordem de um metro, 80cm, 1 metro e pouco, você
consegue concretar sem muitos problemas, sem ocorrer segregação quando se lançar
de muito longe.

2.6) Estaca Mega (ver slide)


Ela é uma estaca pré-moldada podendo ser de concreto ou metálica, cravada com
prensagem e é usada em reforço de fundações. Por exemplo, você tinha um muro,
uma edificação existente e um cidadão quis fazer uma obra, e escavou expondo a
fundação vizinha, tendo que criar um reforço para essa fundação exposta. Escava uma
vala proxima da estrutura de fundação, no caso perto da parede que está recalcada, se
usou aqui uma estaca mega metalica, as talas servem pros trilhos não deslizarem um
sobre o outro, para executar o travamento. Ele posicionou o elemento e colocou o
macaco hidraulico abaixo da viga baldrame, então a propria estrutura existente vai
servir de apoio, para que você possa ligar um esforço aplicado a estrutura e ao
elemento a ser cravado por prensagem. Então como o macaco não consegue levantar
a casa, vai empurrar o elemento que é a estaca que vai ser cravado por prensagem.
Então no final das contas, no topo o cidadão solda uma chapa de aço presa ao fundo
da viga baldrame e para tornar a estrutura monolitica (unir elementos), ele faz um
corte para criar um tipo de cachimbo, ele concretou o elemento. Se imaginamos que
eu tenho um pilar, quando fui concretar, desformei e dei vacilo, e uma parte ficou sem
concreto, como faço pra concretar um pilar que já foi concretado e desformado? Se
usa a chamada fôrma cachimbo (ver como é o uso, ele detalha com imagem no
quadro). Para saber a profundidade que vai ficar no solo, você faz um ensaio
geotecnico.

Estaca Mega Escavando valas


Estacas tipo mega metálicas Talas laterais soldadas

Cravando a estaca mega

Detalhe da emenda de topo das estacas |Estaca cravada e base apoiada no fundo do baldrame
Foto esquerda: Estaca cravada e base apoiada no fundo do baldrame
Foto direita: Consolidado com concreto base da estaca mega com a viga baldrame

Uma fissura de 45 graus é caracteristico de recalque diferencial, como representado


na figura. Tem que fazer uma avaliação para ver o que vai fazer, mas como é uma casa,
é de menor porte, pode usar uma estaca mega.

2.7) Estaca Broca

Se eu quiser fazer um muro, faz com esse tipo de fundação. Você pode fazer um
baldrame apoiado sobre estaca broca, aí sobe com suas esperas para fazer amarração.
É feita com um trado helicoidal, favorece a escavação mediante a rotação. Se eu
tivesse que instalar 500 postes, eu posso utilizar o equipamento da primeira foto, para
tal. Não suporta cargas muito grandes, algo em torno de 5 tonelas ( praticamente o
peso de 5 carros).
Esse tipo de fundações, você escava com o trado, e utiliza o concreto com a
consistencia mais seca, e vai fazer a compactação do concreto, vai socar o concreto
com vergalhão de ferro, para adensar, diminuir o vazio, torná-lo mais compacto, e
fazer isso em um solo que tenha uma certa coesão.

Eu estou fazendo uma casa e o solo é areia, não consigo escavar com broca, eu posso
fazer como? Molhando ou comprando manilha e colocar ela em pé, e escavar por
dentro dela. O diametro menor admitido da manilha, seria por Norma, 60 cm.
2.8) Estaca Franki (ver slide)

É uma estaca concretada in loco, ela é escavada por meio da cravação de um tubo
metalico, moldada no solo. A ideia é ter um tubo oco prende no bate estaca, e dentro
desse tubo eu coloco uma mistura de brita e areia, aí eu começo a desferir golpes com
o pilão de 3 a 4 toneladas , a altura da bucha deve ser uma coisa de 1,5 a 2 vezes o
diametro do tubo, pois se você tiver uma bucha muito grande, você vai cravar esse
tubo demais. A medida em que eu vou aplicando sucessivos golpes contra essa mistura
de areia e brita dentro do tubo que é oco e que está apoiado no solo, vão se formar
nas paredes internas, tensões cisalhantes, e vai chegar uma hora em que as tensões
são tão grandes, que o tubo começa a ser cravado no solo, esse tubo não está preso ao
bate estaca, só está guiado pelo bate-estaca. Esse tubo vai ser descido até a
profundidade requerida, verificado a nega do tubo, e então o tubo é preso ao bate
estaca, e continua a bater o pilão na bucha, você vai expulsar a bucha com o tubo já
cravado nesse solo, nesse processo de expulsão, você começa a formar um
alargamento desse solo. Então, o resto prossegue com a inserção do concreto para
que você alargue ainda mais esse bulbo. Cada estaca tem uma caracteristica, quando
você tem uma estaca que é cravada a percussão, se cria uma tensão cisalhante muito
grande entre o solo e o fuste, então nesse caso da Franki se você retira o tubo, por
mais compactado que esteja esse concreto, a tensão cisalhante não é tão grande
assim, há um alivio de tensões na parede, muito embora existam tensões. Essa estaca
é armada, antes de concluir o processo de concretagem, o pilão se desloca por dentro
da armadura que é colocada. À medida que o concreto vai preenchendo o espaço, o
tubo vai sendo expulso. O encamisamento, no geral, é recuperavel, mas tem um Franki
modificado no qual o encamisamento é perdido. Depois que você alargou a base,
coloca a armadura, começa a concretar, vai colocando suaves camadas, vai
compactando e a medida que compacta vai retirando o revestimento metalico.
2.9) Estaca Strauss

O soquete desse tipo de estaca, é menos pesado com relação a Franki, pesando 300
kg, então tem menor capacidade pq a energia de cravação maior (Franki), você
consegue cravar tubos de maior diametro, atingir maior profundidade. Ela é escavada
e concretada in loco. Posterior a locação, escavação é feita tendo um tripé sobre o
ponto a ser executado, você começa a desferir golpes do soquete ou da piteira para
formar um pré-furo e posteriormente posicionar os tubos metalicos com diametros
maiores que o pilão e na ponta do tubo tem uma coroa que favorece o processo de
penetração do tubo no solo. A piteira é como fosse um pilão, so que ela é oca, vazada
também na ponta dela e do lado, portanto gera muita lama pois você joga agua e
como ela é um solvente universal, você amolece o solo e nesse processo de
amolecimento e golpeamento, essa piteira vai retirando o solo e a todo momento que
você enche a piteira, você tira a piteira, lava a piteira e coloca de novo, e nesse
processo você vai removendo o solo. Se você tem um tubo e você vai escavando
tirando solo que está abaixo do tubo, a tendencia é ele descer e você vai emendando o
tubo.
Essa estaca pode ser ou não armada. Se por exemplo, no dimensionamento verificasse
que iria ter esforços laterais, é importante armar. Quando você tem uma estaca pré-
moldada, você inspecionou o corpo da estaca, você sabe que ela está continua, já a
estaca moldada in loco, você tem que ter cuidado para não ter a descontinuidade do
corpo da estaca, é recomendado que algumas dessas estacas você faça uma escavação
proxima a essas estacas para aferir a integralidade do corpo da estaca, para não
comprometer sua capacidade de suporte. Depois que o tubo é totalmente cravado e
recuperado, você prende ele ao bate estaca e esse bate estaca tem um motor e
consegue manobrar e retirar depois o tubo.

Para concretagem dessa estaca, que tem diametro 0,30 m, e to lançando o concreto a
8 metros de profundidade, mas quero evitar a segregação, usando portanto a
tremonha que é um funil, só que a seção é menor com tubo de 8 a 10 cm, porque
consigo não segregar o concreto, é que nem o mangote em lançamento de concreto,
ele é pequeno.
Facilidade de locomação na obra, porque o equipamento é menor. Você consegue
verificar se tem corpos estranhos no solo, pois você tem a retirada do solo no
processo. Você tem uma energia vibratoria menor, portanto pode executar proximo a
divisa. Tem uma limitação com relação ao nivel do lençol freatico pois pode haver em
solos muito arenosos, colapsiveis ou com lençol freatico elevado, o fechamento do
furo, especialmente quando você retira o revestimento.

2.10) Estaca Raiz

É uma estaca em que você realiza atraves do movimento rotopercussivo, você


consegue executar essa estaca inclinada e vertical, é uma estaca que tem uma
facilidade de execução, pode ter equipamentos em que acessam lugares mais dificieis,
e a execução é feita por intermedio de agua ou lama betonitica. A betonita, ele
favorece a cristalização, endurecimento das paredes favorecendo o processo de
escavação, evitando o desmoronamento das paredes e fechamento do furo, mas o
problema do seu uso, é que quando é lançado em manancial e ele sendo muito denso,
pode ser agressivo a vida marinha. Ela utiliza argamassa ao inves de concreto.

Amolecer o solo para facilitar a escavação, e usa o revestimento. Depois que escavou
tudo, procedeu a lavagem do furo, limpou o furo, e então depois de se montar uma
ferragem (não é espiral, é um helicoide), se bota a ferragem com o içamento feito pelo
proprio equipamento para tal. Posteriormente, vai ser colocada a argamassa através
de PVC dentro do furo e depois procedes a lavagem dos equipamentos. Tem que ter
uma central de produção de argamassa, e ter a perfuratriz necessaria. A água que está
localizada dentro do furo, é expulsa atraves da densidade da argamassa. Os tubos de
revestimento são rosqueados na perfuratriz.

Obs: No bloco de coroamento, voce escava o bloco para expor a estaca e então
arrasar-las.
Técnicas Construtivas. Aula 07

1) Fundações (continuação)

1.1) Tubulão

O tubulão na verdade consiste em escavar o solo e se concretar. Podemos ter 2


tipos de tubulões, a céu aberto e a ar comprimido. Em céu aberto ele pode ser
encamisado e descamisado, o ar comprimido se usa quando a cota de implantação
do tubulão estiver inferior ao nível do lençol freático, sendo cada vez menos
usado, mas se usa mais em obras marítimas. Sendo o tubulão armado.

Tubulão a céu aberto Tubulão ar comprimido

O diâmetro mínimo de um tubulão seria por Norma, 80 cm ou 0,80 m, sendo bem


apertado para escavar. Ela estabelece também se houver tendência para
desmoronamento das paredes você precisa revestir as paredes com manilha de
concreto, tubo de concreto ou tubo metálico sendo em geral não sendo
recuperável, pois é dificultoso retirar podendo até retirar em alguns tipos de
tubulões, mas em geral não. A maioria dos tubulões que vemos por ai são
descamisados porque é mais barato se não usar revestimento, e se usa muito
tubulão ainda hoje, pois é algo barato.

Para fazer o tubulão a céu aberto precisa de um bom peão, pá, cavadeira, balde,
sarrilho e corda. Comparando com, por exemplo, a hélice continua que você vai
precisar de uma maquina que custa entre 800.000 e 1.000.000 de reais, precisa de
no mínimo uma pá carregadeira ou talvez uma escavadeira, central de concreto,
etc. O tubulão a céu aberto você não pode escavar abaixo do nível d´água, tendo
que usar o tubulão pneumático ou pressurizado.

A gente precisa ter sondagem ou estudo geotécnico para profundidades


superiores a 3 metros; precisamos pensar em qualquer tipo de medida no ponto
de vista coletivo e individual; pensar na possibilidade de tubulões que são
adjacentes, especialmente os que são de base alargada. A base alargada ajuda as
fundações que são moldadas in loco na distribuição das tensões no solo. A norma
diz que você é vedado a execução de forma simultânea a escavação dos tubulões
que tem base alargada, a possibilidade de desmoronamento ou desconfinamento
de material é grande, então se você tem tubulões muito próximos, você executa
um, o concreta, espera que a concreto ganhe a resistência adequada e possa fazer
posteriormente o tubulão adjacente próximo.
Etapas:

1-Locação;

2- Escavação do poço até a cota especificada em projeto;

3- Faz-se o alargamento da base de acordo com as dimensões do projeto, com


toda avaliação geotécnica necessária sob pena de desmoronamento e fechamento
da vale e morte do trabalhador;

4 - Verificação das dimensões do poço feita pelo engenheiro ou alguém com


conhecimento técnico adequado como um especialista em fundações, como:
profundidade, alargamento da base, e ainda o tipo de solo na base. Certifica-se,
também, se os poços estão limpos;

5 - Colocação da armadura;

6 – A concretagem é feita lançando-se o concreto da superfície, através de um


funil (tremonha), já que, por exemplo, você pode ter um tubulão a céu aberto com
profundidade de 8 metros, com o uso do funil você dificulta a segregação do
concreto (separação da pasta do concreto do material pétreo) que pode ocasionar
nos nichos de pedra ou bicheiras.

Base alargada

Você pode pensar em uma casinha para que proteja o sol que dá na cabeça do
cidadão como:
Você tem anéis de concretos que vão sendo superpostos à medida que você vai
escavando, você vai escavando dentro do concreto e vai fazendo com que o
anterior desça e você coloca um em cima.

Anéis de concreto

Você pode, com o tubulão a céu aberto, executar próximo a divisas, pois
praticamente não tem vibração. Diferentemente de uma estaca que é cravada por
prensagem, percussão, e vibração, eu necessariamente não preciso ter bloco de
coroamento, pois posso ter um único tubulão associado a um pilar, nascer do
tubulão a espera do pilar, não sendo obrigatório o uso do bloco de coroamento.
Execução tubulão em divisas

O sarrilho é um tripé, com um balde e os funcionários vão descer com o pé no


balde, segura na corda e vai descendo. Existe a escavação do tubulão mecanizado
na vertical, mas no geral, em uma das fases executivas você tem a descida do
homem nem que seja para inspecionar o tubulão se tiver base alargada, então,
sempre haverá descida do homem em uma das fases da execução do tubulão.

Você irá fazer o lançamento do concreto em um diâmetro bem menor, fazendo


com que evite a segregação do concreto. Essa tremonha que se usa, você vai
retirando ela à medida que você concreta. Você não consegue vibrar concreto em
estruturas com mais de 10 metros de profundidade apenas em estrutura
superficial, pois o mangote tem grande possibilidade de ficar preso, então o
concreto tem que ser auto adensável.

Concretagem com a tremonha

Tubulão ar comprimido, tem se usado cada vez menos. Você usa onde tenha
lençol freático elevado, muito comum em obras marítimas.
Obras marítimas tubulão ar comprimido

A ideia é você escavar o solo manualmente até acima do lençol freático, até onde
a agua não atrapalhe a escavação, se faz a concretagem do chamado cachimbo, e
nesse trecho inicial você vai prender a campanula. Tendo uma pessoa na parte
inferior e outra na parte superior.

Você pressuriza toda a estrutura fazendo com que a aplicação de uma pressão
acima da pressão atmosférica, faça o nível do lençol freático abaixar. Se você
mergulha, por exemplo, você tem que descer e subir devagar, e se possível, na
diagonal porque você quer gerar uma descompressão gradual, não gerando uma
despressurização abrupta, o que gera a morte do individuo, como acontecia
geralmente nos tubulões ar comprimido. Por norma, a pressão máxima é 3,4
kgf/cm2 ou aproximadamente 34 m de coluna d´água, o mesmo que você
mergulhar a uma profundidade de 34 metros. A própria campanula pode servir
como câmara de descompressão, para não haver embolia pulmonar no individuo.

Funcionamento, você tem um cidadão em cima e em baixo, e está tudo


pressurizado, todas as portas fechadas, e tem uma janela para entrar o concreto e
outra para sair material. Então, o cidadão de baixo encheu o balde com material,
puxou, então você abre a escotilha do cilindro de aço e joga na janela de saída de
material que sai por peso próprio, abre a próxima janela. Se tudo fechada, está
tudo bem, porque continua pressurizado, mas a janela que sai material abre de
forma abrupta, e a pressão tende a se igualar de forma muito rápida e quem está
dentro da campanula pode morrer.
Se compararmos o tubulão a céu aberto, os custos de mobilização e desmobilização são
menores que, por exemplo, bate-estaca. Até a estrutura do tubulão do ar comprimido,
comparado com o bate-estaca é menor; tem menor ruído; pode se observar camada a camada
do solo, pois a melhor forma de inspecionar o solo é abrir um poço nesse solo e acompanhar a
estratificação do solo de acordo com a profundidade; você pode trabalhar em solos com
matacões; consegue variar o diâmetro do tubulão especialmente a céu aberto, ao longo da
escavação; é possível apoiar cada pilar em um único fuste, dispensando blocos de
coroamento, sendo a única estrutura de fundação que pode dispensar o uso do bloco de
coroamento.

1.2) Estaca Hélice Continua

Basicamente, a estaca hélice contínua, ela se compreende em 3 fases, perfuração, e


concomitantemente à retirada da hélice você vai executar a concretagem e posterior
colocação da armadura. Obvio que qualquer tipo de fundação, prescinde de locação. Ela é tão
cara que a depender do numero de estacas que você tenha em sua obra, não justifica o seu
uso. A hélice é um helicoide de revolução.

Estaca de hélice continua

Como vantagens desse tipo de fundação, temos elevada produtividade que faz com que você
tenha que ter uma central de concreto na obra, ou ter uma logística muito bem estabelecida
para que você tenha o fornecimento do concreto durante a execução, pois
concomitantemente à retirada da hélice é injetado o concreto pela parte central dessa hélice;
ela promove um menor nível de ruído se comparada com uma estaca no processo de
escavação, percussão; não utiliza lama betonítica se comparada à estaca raiz tem essa
vantagem.

Como desvantagem, você precisa ter, evidentemente, locais que facilitem a mobilização do
equipamento porque é de porte; precisa geralmente de central de concreto ou logística, não
dá pra furar primeiro e concretar no dia seguinte; precisa ter geralmente um equipamento
auxiliar, seja uma pá, uma retro ou uma escavadeira para retirar o excesso de resíduo que é
gerado do processo de escavação; estrutura de fundação cara, depende do custo-benefício,
como por exemplo uma edificação de 10 fundações, se a condição geológica permitir, seria
mais interessante o uso de uma estaca cravada ou um tubulão do que uma hélice continua,
mas a tendência é que isso caia.

A profundidade está limitado ao tamanho da haste, pode ter equipamentos com 30 metros de
hélice. O processo de escavação consiste em girar a hélice e escavando, à medida que ela vai
penetrando no solo, esse material vai subindo pelas aletas da hélice, por isso que você precisa
de uma pá carregadeira ou uma retro, associado ao processo de escavação pois você tem que
enxergar o que está fazendo.

Quando você colocou a hélice toda lá embaixo, à medida que você vai removendo essa
hélice, o concreto vai sendo colocado através da haste central, vai preenchendo o
espaço que ficou, depois que você retira a haste toda, está sem armadura, esse
concreto tem que ter um estado de fluidez, tendo um slump alto (concreto seco tem
slump baixo). Precisa colocar a armadura posterior a concretagem (que está com
espaçadores para salvaguardar o recobrimento estabelecido em projeto) e no final
para conseguir aonde se quer, a escavadeira hidráulica ajuda no processo.
E no final, você vai arrasar a cabeça da estaca porque você vai ter a construção do bloco de
coroamento. Não se precisa de armadura de fretagem como na estaca cravada metálica de
perfil “I”, para evitar a possibilidade de fissuração do bloco em função dos esforços de
compressão.

Obs : Aonde irá se usar fundação profunda: Se você tem um carregamento (revestimento, peso
próprio, uso que ela vai ter) associado a uma estrutura, essa estrutura vai ter que ser
suportada pelo solo. Se o solo não reúne condições de resistência nas camadas iniciais, você
vai buscar as mais profundas. Avalia-se também o que todo engenheiro tem que pensar, que é
o custo, você avalia o porte, avalia prazo de entrega da obra, então avalia de forma global.

2) Concreto

A durabilidade de uma estrutura de concreto depende de basicamente 2 coisas, de como você


executa e do controle relativo que se tem desse concreto. De acordo com controle
tecnológico, duas formas de se controlar esse concreto em obra podem ser em seu estado
fresco (slump test) e no estado endurecido (ensaio de compressão). Obs: ler como são esses
ensaios.

Evidentemente, que a qualidade do concreto, tem a ver com a qualidade dos materiais que se
utiliza na sua composição, então se você produz concreto em seu canteiro, você precisa
conhecer esses materiais, caracterizar os agregados, sob pena de você produzir concretos que
não coadunem com o que você necessita na sua obra, que apresentem uma resistência final
que não atenda a suas especificações. A reação de endurecimento do concreto é uma reação
exotérmica.

O plano de concretagem, você tem que pensar de que forma vai concretar; se o concreto vai
ser produzido na sua obra; que tipo de sistema você vai usar para lançar, adensar; cuidados
que você precisa ter; as condições de meteorologia a serem observados; dimensionar a equipe
de trabalho, etc.

Cimento - O tipo de cimento deve estar afinado com as características da obra, por exemplo,
se você está fazendo uma obra marítima, você vai utilizar RS, pois tem resistência aos sulfatos
e se você tiver fazendo uma obra ligada a embasa, trabalha com esgoto sanitário, também irá
usar RS. Se eu necessito entrega rápida, posso pensar no CPV-ARI, concreto de alta resistência
inicial, para que você tenha ganho rápido inicialmente, é preciso ter um alto calor de
hidratação, e a possibilidade de ter fissuração na peça é maior, para tal alguns cuidados devem
ser observados. Então se eu tenho vigas de 30 metros de comprimento, se utiliza gelo seco no
processo de concretagem, para abaixar o calor de hidratação e diminuir a possiblidade de
fissuração.

O cimento que mais se usa hoje é o cimento CP-II-Z-32, pois possivelmente na composição dele
você tem materiais que tornam o processo de fabricação barato, cimento de uso mais comum.
O cimento tem custo de 24 a 26 reais.
Se eu vou produzir concreto na minha obra, eu tenho cimento estocado e se você decidiu que
irá comprar todo o concreto, eu preciso também ter cimento na obra, pois se, por exemplo,
são 20 horas e chegou o ultimo caminhão que eu contratei, e faltou meio metro de concreto,
você tem que ter um traço coringa, e rodar na mão. Porém se você tem uma estrutura com 40
Mpa, é difícil, e a depender de como fique (se a estrutura não tiver um momento fletor
elevado) deixa o canto lá, no outro dia você resolve.

A Norma 12655/2015 diz que sacos devem ser empilhados em altura de no máximo 15
unidades, quando ficarem retidos por período inferior a 15 dias, ou em altura de no máximo
10 unidades, quando permanecerem por período mais longo, por causa da umidade e pode
ocorrer endurecimento do cimento por compressão. De qualquer jeito, você vai perder
cimento se ficar por muito tempo, por mais que você coloque estrado, às vezes o barraco vaze
e cause pingos, e umidade no cimento. O ideal é que você evite contato direto com o solo para
evitar umidade ascendente e empedrar ou endurecer o cimento por hidratação, com um trado
colocado por baixo dos sacos de cimento.

Armazenagem correta Armazenagem incorreta

Agregados – Se deve armazena-los de acordo com suas frações granulométricas, como a brita
1 da brita 0, e o ideal é que você tenha uma lona ou um estrado de madeira, ou você pega um
pouco de cimento e mistura com o solo e impermeabiliza uma base especifica para que você
possa construir o seu silo.

Para fazer concreto, eu não posso usar areia de praia, você pode ter uma agressão severa à
armadura diminuindo portanto a seção do aço, comprometendo a resistência da peça; as
areias de praia em geral tem uma granulometria diminuta, então, quanto menor a
granulometria da areia, maior a sua superfície especifica, isto posto, para uma dada resistência
eu vou ter um consumo maior de cimento, por conseguinte, eu tenho um calor de hidratação
maior e uma possiblidade maior de fissuração; o cloreto de sódio pode ocasionar a dissolução
desses sais e a migração de água pela estrutura do concreto e a dissolução desses sais e a
deposição na superfície, formando uma patologia chamada eflorescência ou bicheira e além
disso, e muito mais grave, esse ataque por sulfato pode resultar no ataque à pasta do concreto
e por conseguinte, essa reação é expansiva, então posso ter aumento de tensões internas na
peça promovendo fissuração, fragilizando ainda mais a peça.

Se só tiver areia da praia para construir, eu vou comprar uma maquina para lavar essa areia,
sendo ambientalmente desamigável, então qualquer tipo de areia, ela tem sal, temos que
observar se esse teor de sal é tolerado na areia, a Norma prevê isso para não ter fissuração na
peça. O sal ele modifica a pega do concreto.

Água - Da mesma forma que eu não posso fazer obra com areia de praia, não posso usar água
do mar, mas quem mora perto de mar, tem gente que faz, não pode mas fazem. A água
adequada para se fazer o concreto é uma agua não agressiva ao concreto, alguma potabilidade
nessa água. Acabou-se a agua, você vai parar a obra? Joga agua mineral, mas o certo é que
tenha uma logística para que não aconteça isso.

Aditivo – Você pode usar aditivo desde que atenda as especificações. Um superplastificante
desenvolvido em Dubai conseguiu bombear concreto de forma continua por mais de 600
metros, com uma bomba especial.

A norma NBR 12655/2015 distingue duas modalidades de preparo dos concretos, concreto
executado na obra e aquele que é executado por empresas concreteiras, então
concreto que é preparado na obra, para executar manualmente o concreto quem faz
isso é o servente. Procedimento para um saco de cimento:

•espalhar a areia sobre a superfície (caixa) formando uma camada de 15 cm;


•espalhar o cimento sobre a camada de areia;
•misturar a areia e o cimento até conseguir uma mistura homogênea;
•formar uma camada de mais ou menos 15 cm;
•espalhar a pedra sobre a camada e misture tudo;
•depois de bem misturado, formar um monte com um buraco no meio (boca de um vulcão);
•despejar a água aos poucos e misturar vigorosamente até obter a consistência desejada
(depois de colocada a água, continuar misturando, pois o concreto ficará mais mole).

Então se forma uma boca de vulcão, e você coloca a agua aos pouquinhos, a agua prevista no
traço, agua de amassamento. Enxada e pá quadrada (pá de bico usa para cavar, por exemplo,
defunto, pois tem o bico fico e favorece o processo de escavação) se usam para fazer o
concreto manualmente.

Em geral, no interior usa muito isso, pega um pouco de solo, mistura com cimento e fazem
como se fossem uma bacia, e é nesse lugar, chamado de masseira, que eles vão traçar o
concreto porque não tem risco da água de amassamento se evadir para o solo,
comprometendo o traço. O ideal é ter um estrado impermeável para traçar o concreto.

O tempo mínimo previsto em Norma, da mistura de concreto na betoneira é 1 minuto e o


tempo médio de mistura de concreto no geral é de 2 a 3 minutos. Se você deixa pouco ou
muito tempo, você irá ter problemas. Se deixar o concreto muito tempo na betoneira, você
altera a relação agua-cimento, e altera a consistência do mesmo.

Concreto misturado manualmente:

Betoneira - A betoneira sem carregadeira, de carregamento direto, a ordem de


colocação da betoneira:
 Adicionar metade da água;
 Agregado graúdo;
 Cimento;
 Areia e o restante da água;

Você coloca a agua com a brita e liga para limpar a betoneira. Para dosagem eu uso uma
padiola, que é uma caixa de madeira com dimensões que gera um volume especifico em
função do traço especifico estabelecido para seu concreto.

A betoneira com carregadeira automática tem o procedimento:

 Adicionar metade do agregado graúdo;


 Cimento;
 Agregado miúdo;
 Restante da brita;

Concreto usinado em central:

Você vai comprar um produto que não vai ser produzido na obra. Se o concreto que chega a
sua obra, você concreta, e depois de 28 dias não deu a resistência esperada após romper o
corpo de prova, você tem que tomar devidas atitudes como medidas estruturais passiveis a
estrutura como reforço. Você molda 2 corpos de prova por amostra, por idade (7, 14, 28 dias,
porem tem obra em que se rompe com 3 dias, pois com 3 dias ele já chega a uma resistência
de percentual elevado, em torno da ordem 50% e ainda gera um indicativo se a amostra irá
conseguir a resistência desejada), o ideal é que a concreteiras tenha seus corpos de prova
moldados, pois ela pode discordar do seu resultado, então a concreteira exige um corpo de
prova da estrutura, vai se fazer uma analise de pontos específicos da estrutura aonde você
possa retirar uma amostra, com uma broca rotativa, você vai ter que fazer a recuperação da
estrutura que você retirou a amostra, e essa amostra você vai rompê-la. Se ainda assim você
verificar que esse concreto de fato não atende, você aciona judicialmente a concreteira para
que ela arque com seus prejuízos, a depender você pode ter demolição parcial ou total e
reforço estrutural.

Vantagens da central:

1. Economia de materiais, menor perda de areia, brita e cimento, por exemplo, se eu vou fazer
um concreto, uma coisa é eu ter que fazer 1000 m3 e outra coisa é uma concreteira que só faz
isso, faz no mês 30, 50 mil m3, então até a negociação de matérias com fornecedores é melhor
pela quantidade;
2. Maior controle tecnológico dos materiais, dosagem, resistência e consistência, com
melhoria da qualidade, então, a concreteira tem que ter um laboratório montado para fazer a
avaliação do material, porque se você muda o fornecedor de areia, com certeza você tem areia
diferente, granulometria, teor de umidade, uma serie de características do material, tem que
ser avaliado de forma laboratorial. Discute-se muito no meio técnico, que muitos concretos
produzidos são de péssima qualidade, sendo o problema de quem vende;
3. Racionalização do número de ajudantes na obra, com a consequente redução dos encargos
trabalhistas, obvio porque se você produz em outro local, na sua obra você só tem a logística
de aplicação do concreto;
4. Melhor produtividade da equipe;
5. Redução no controle de suprimentos e eliminação de áreas de estoque no canteiro, porque
diminui o numero de trabalhadores. Se você tem uma área reduzida para construir, você com
certeza vai comprar concreto;
6. Redução do custo da obra, pois se diminui o numero de ajudantes na obra.

Existem basicamente alternativas para dosagem do concreto:

•Dosagem experimental, ela consome mais tempo, é mais cara, vai ser usado em obra de
responsabilidade e vai consumir trabalho e experimentação.
•Dosagem por tabela de traço: Por exemplo, se eu sou construtor, eu desenvolvi um traço em
laboratório, comprei areia de fornecedor x, brita de y, e cimento padrão, e esse traço me dá
um concreto de 25 Mpa que pra minha obra está bom, se eu for fazer uma nova obra, e quero
fazer esse mesmo traço que já conheço, só que o fornecedor de areia que era x, virou w, e a
brita que era y virou a, então mudou o fornecedor, então o perigo de você manter esse traço é
grande. Para uma obra de porte, um prédio de 15 pavimentos, você irá com certeza fazer
dosagem experimental ou comprar um concreto usinado.
Obs: Diferença entre consistência e trabalhabilidade : A consistência é uma característica
intrínseca do material e a trabalhabilidade está vinculada a aplicação do material, ou seja, está
vinculada às características da obra. Você pode ter dois concretos de mesma consistência, ele
pode ter boa trabalhabilidade para ser aplicado no lastro de um piso, mas pode não ter boa
trabalhabilidade para concretar um pilar esbelto (esbelto é um elemento em que sua área
transversal é menos preponderante com relação ao comprimento).

Um concreto de 25 Mpa, é o que foi pedido, chegou à obra, você irá conferir o lacre com a
nota fiscal em função das características do que foi solicitado. Chegou o concreto, preciso fazer
pelo menos corpo de prova para aferir o slump, querendo 10+-2, se ele mediu o slump e deu 7,
manda voltar

Se o concreto chegar à obra já dando pega, você vai ter problema em usar esse
concreto, porque você nem vibra mais e quando você dimensiona o concreto, você
parte do pressuposto que existe uma aderência da barra com o concreto, se você usa
concreto já dando pega, você perde essa aderência. A pega se dá em 2 horas e meia.
Se eu quero concreto com pega de tantas horas, você depende do seu processo
executivo, você pode ter uma situação em que vai se usar um retardador de pega, pois
não se quer a pega em 2 horas e meia.

O caminhão betoneira é ligado ao caminhão bomba e gera-se um primeiro jato de uma


pequena quantidade de concreto, que é descartado, para que você pegue uma quantidade
homogeneizada, então depois se faz a moldagem do corpo de prova.

Existem dois tipos de ensaio que você faz: (ver procedimento)

•Ensaio de consistência;
•Ensaio de resistência à compressão.

Para o concreto preparado pelo executante da obra devem ser realizados ensaios de
consistência sempre que ocorrerem alterações na umidade dos agregados e nas seguintes
situações:
• na primeira amassada do dia;
• ao reiniciar o preparo após uma interrupção da jornada de concretagem de pelo menos 2 h,
porque pode ocorrer variação da consistência em função do tempo ;
• na troca dos operadores, porque um trabalhador pode deixar o concreto 1 minuto e meio, e
outro trabalhador pode deixar 3 minutos;
• cada vez que forem moldados corpos-de-prova.

Para concretos preparados por empresa de serviços de concretagem, devem ser realizados
ensaios de consistência a cada chegada do caminhão betoneira. Cada corpo de prova impacta
no custo

Obs 1: No slump, se der colapso, pode ter ocorrido um erro no ensaio, você pode repetir, se
acontecer de novo, o concreto está fora da sua exigência. Você dificilmente consegue medir
slump de um concreto auto adensável pois é muito fluido.

Obs 2: Se eu concretei uma viga, eu irei desformar essa viga com, no geral, 3 dias. Se você tem
20 pavimentos para fazer, você não vai ter 20 jogos de fôrmas, você tem que cumprir um
cronograma, cada vez mais se acelera o processo. E quando você trabalha com concreto de
alta resistência inicial, você ajuda também.

Ensaio de resistência à compressão: (ver procedimento)

Todo corpo de prova tem que ser curado, ou seja, feito um procedimento em que impeça a
saída abrupta da água, para que não ocorra fissuração e fragilizar a peça. Tudo que você quer é
que sua peça não seja porosa, que é mais facilmente atacada pelo intemperismo, então ela
pode sofrer mais de ações deletérias.

Você avalia os seus corpos de prova, imagine que você tem um lote com certo percentual
sobre o concreto. Se certo potencial da sua amostragem em relação ao todo (5%) for rejeitado,
você pode considerar que seu universo está reprovado.
Transporte do concreto –

Jerica x Carro de mão – A caçamba da Jerica tem um volume muito mais definido e regular. Se
você quer ocupar volume, você pega pelo menos uma lata de tinta, enche a lata de areia e
passa um sarrafo na superfície para regularizar, então se você conhece o teor de umidade da
areia, você está medindo o volume.

Tipos de transporte:

Carrinhos e jericas;

Guinchos;

Gruas e caçambas ;

Calhas e correias transportadoras ;

Bombeamento.

Transporte por Bombeamento: A vantagem do bombeamento é que é muito mais rápido,


podendo ter a bomba lança que é acoplada a um caminhão ou posso ter uma bomba
estacionaria. A bomba lança tem um limite de altura no máximo de 36 a 40 m.

A caçamba balde é içada ou por um guincho ou pelo caminhão Munck. A ideia dela é você
despejar o concreto pela sua parte inferior, você consegue controlar quantidade do concreto.
É importante que você distribua o concreto de forma gradual, para que você não tenha
concentração de carga em um único ponto. Os cuidados necessários com relação ao transporte
do concreto com bomba e lanças, são:

•O diâmetro interno da tubulação deve ser maior que o triplo do diâmetro máximo do
agregado graúdo;
•Lubrificar a tubulação com nata de cimento, antes da utilização, para favorecer a fluidez do
concreto;
•Reforçar as curvas com escoras e travamento para suportar o golpe de aríete provocado pelo
bombeamento, evitar rupturas no local;
•Designar, no mínimo, dois operários para segurar a extremidade do mangote de lançamento;
•Operar usando rádios comunicadores e controle remoto da lança;
•Verificar se a movimentação da lança não provoca danos nas instalações elétricas, telefônicas
e vizinhas;
•Manter a continuidade da concretagem, com um caminhão sempre na espera.

Em geral, no lançamento do concreto, você concreta de um lugar mais longe, para um lugar
mais perto.

É importante observar que no processo de concretagem, a temperatura do concreto no


momento do lançamento não deve ser inferior a 5°, de acordo com a Norma, pois inibe a pega
e você pode ter problema de expansão da água. Quando a agua chega a uma temperatura, ela
verifica uma expansão, e consequentemente favorecer um processo de fissuração. Para
controlar isso, você trabalha com termômetro, o chamado termopar, você consegue aferir a
temperatura do concreto.

Em condições severas e adversas, com a temperatura de 40° e um vento acima de 60 m/s, por
causa da evaporação abrupta da água.

Plano de Concretagem: São tomadas as medidas e providencias que devem ser adotadas para
que você consiga executar sua concretagem de maneira adequada e correta.

-Primeiramente, preciso dimensionar o volume de concreto, sempre falta, nunca sobra, então
se diz que o caminhão tem 6 m3, nunca tem 6, pode ter 5,8, então é importante pedir mais,
melhor sobrar do que faltar.

-Preciso dimensionar a equipe envolvida nas operações de lançamento, adensamento e cura


do concreto.

-Preciso prever interrupções nos pontos de descontinuidade das fôrmas como: juntas de
concretagem previstas e encontros de pilares, paredes com vigas ou lajes etc. Se eu tenho uma
laje de 500 m2, é impossível concretar no mesmo dia. No ponto de interrupção do concreto
vão surgir juntas, chamada junta fria ou de concretagem que é diferente de junta estrutural
(que é prevista no projeto estrutural), então tem que ser pensada estruturalmente, ver aonde
tem maior esforço para não parar nesse local.

-Especificar a forma de lançamento: convencional ou bombeado, com lança, caçamba, etc, pois
cada tipo de sistema vai impactar no numero de operários, na logística do processo
construtivo.

-Providenciar os equipamentos e ferramentas como:

-equipamento para transporte dentro da obra (carrinhos, jericas, dumper (transporte de


materiais), bombas, guinchos, guindaste, caçamba etc.);
-ferramentas diversas (enxadas, pás, desempenadeiras, etc.);
-tomadas de força para os equipamentos elétricos.
- Se minha concretagem vai se estender a noite, preciso pensar em refeições; iluminação;
pensar nas condições climáticas como velocidade do vento, se vai chover, temperatura, etc.

Obs: Se eu estou concretando, começou a chover forte, e o concreto não deu pega, irá alterar
o fator agua cimento.

Dumper

Em linhas gerais, o tempo de concretagem não deve passar de 2 horas e 30 minutos, salvo
condições especiais que você irá discutir com o fornecedor do concreto, para que coloque
algum aditivo especifico que ele irá oferecer.

Condições gerais durante o lançamento

•evitar o acúmulo de concreto em determinados pontos da fôrma, distribuindo a massa sobre


a fôrma;

•lançar a partir das extremidades para o centro das fôrmas;

•lançar nova camada antes do início de pega da camada inferior, para não criar junta fria;

•a altura de lançamento não deve ultrapassar 2,0 metros e, se for o caso, utilizar trombas,
calhas, funis, etc, para evitar a segregação. Se eu vou concretar um pilar de 3 metros,
geralmente faz de baixo para cima para diminuir a segregação com a bomba, mas se não fizer
isso, abre uma janela, aí você concreta, fecha e faz a parte de cima.

1) Concreto (continuação)

Na concretagem, a superfície do piso deve estar nivelada. Contra piso é uma camada
que se coloca sobre a laje ou pavimento pronto, com o objetivo de regularizar a
superfície, estabelecer declividades para caixas coletoras e sistemas de drenagem,
pode usa-lo como elemento para esconder tubulações que vejam sobre o piso, e ainda
pode servir como camada de proteção mecânica na existência de sistemas de
impermeabilização. Você não tem que executar necessariamente o contra piso,
portanto, eu poderia executar minha laje, regulariza-la e sobre essa laje aplicar o meu
piso que é o acabamento final. Houve um caso, por exemplo, de execução de contra
piso zero nos banheiros existindo um problema, pois em áreas molhadas precisa-se ter
uma declividade mínima, para quando chover ou a pessoa tomar banho a agua escorra
pro ralo, e nesse caso, como solução colocaram um filete (parte inferior do Box de
mármore) maior e dentro do Box foi feito um piso com nível diferente de outros
cômodos da casa.

Se você tem uma estrutura para concretar, você tem que antes de qualquer coisa,
conhecer o tipo de concreto; tipo de fornecimento se comprado ou feito na obra;
controles tecnológicos que irão existir independente do tipo de fornecimento. Mas se
você tem sua fôrma para moldar o concreto, ela já foi devidamente executada,
primeiro se checa as dimensões da forma se coadunam com o projeto estrutural; se as
ferragens ou armaduras que foram dispostas estão devidamente posicionadas, as
bitolas e espaçamentos estabelecidos no projeto estrutural; se foram respeitados os
cobrimentos das barras sob pena de você ter problemas de oxidação posteriores; você
tem que averiguar se as instalações elétricas e hidros-sanitárias foram posicionadas já
que evidentemente, existem sistemas e subsistemas que se superpõem e se
complementam; se você tiver uma situação de concretagem em uma fundação precisa
ter cuidado pra que não haja contaminação de solo no concreto comprometendo a sua
resistência final; então temos que ter equipes treinadas e capacidades para atender
essas necessidades como eletricistas, armadores, carpinteiros, etc.

Se chover, terá que interromper a concretagem, sendo ideal, se possível cobrir com
lona plástica, sendo recomendado que seja guardado no seu almoxarifado; tem que
também dar atenção especial à armadura negativa (armadura que é colocada para
resistir a esforços em uma estrutura como trechos entre pilar que tem um momento
máximo no centro que é positivo, então terei uma armadura que resista esse
momento que surgiu em função do carregamento uniformemente distribuído). Então
imaginem, no processo de concretagem, ela está no ápice, e ai tem uma armadura que
ficar em cima, se o trabalhador pisar em cima da armadura tendo o problema de
fissura nesse trecho compreendido na laje no encontro sobre uma viga, então tem que
verificar e posicionar essas armaduras negativas. Se as barras não tiverem
comprimento necessário, irão ter emendas e na parte superior irá ficar a armadura
negativa.

1.1) Adensamento:

Adensamento do concreto tem o proposito de você diminuir os espaços vazios do


concreto, pois o ar pode ocupar esses vazios. Você quer nesse processo é retirar o ar,
tornar essa peça menos porosa, pois quanto menos porosa for a peça de concreto
mais resistente teoricamente ela é (teoricamente, pois você tem que observar o fck do
concreto), mas se você comparar peças, mesmo fck’s, mesmo fator agua-cimento,
porém uma foi devidamente adensada e outra não, possivelmente essa que não foi
tão bem adensada apresentará resistência e durabilidade menor se comparada a outra
que não foi feita de forma adequada.

O equipamento que mais se usa em obra, pra fazer adensamento é o chamado


vibrador de imersão. Essa ponta, que geralmente se chama de agulha, vai ser
introduzida à massa do concreto para que se faça o processo de vibração. Ele alcança
no máximo 3 metros.

Vibrador de Imersão

Se eu for adensar o concreto em uma laje com vibrador de imersão, não irei vibrar de
ponto em ponto. Também não se pode vibrar no aço para que vibre toda a laje, pois
quando você dimensiona uma estrutura de concreto, você parte do pressuposto que
existe uma aderência entre o aço e a estrutura, então quando você vibra criam-se
pontos em que o aço pode se destacar ligeiramente da estrutura de concreto,
principalmente perto da pega, e assim você compromete a resistência da peça.
Portanto, jamais podemos vibrar a armadura.

Você tem que vibrar o concreto, dentro do possível, o mais vertical possível e na
quantidade máxima de pontos, com distancia de 10-15 cm de um ponto.

Se eu for concretar uma laje com 100 m2 e quero fazer essa concretagem de uma única
vez, terei que ter dois vibradores de imersão no mínimo, um para usar e outro como
reserva se o primeiro quebrar, porém se não der tempo de conseguir concretar essa
laje toda só com dois vibradores, se eu tiver vibração em dois pontos, terei que ter no
mínimo quatro.

Tanto a falta como excesso de vibração pode causar problemas, por exemplo, o
excesso pode causar exsudação, que é o fenômeno migratório ou subida da agua do
concreto para a superfície do mesmo, e para saber se está exsudando é visualmente, o
limite é quando a superfície apresentar-se brilhante, então está começando a exsudar
ao estar brilhante, e quando o mesmo ocorre você compromete o processo de
hidratação do concreto.

A norma diz que ao vibrar uma camada de concreto, o vibrador deve penetrar cerca
de 10 cm na camada anterior para que você tenha uma peça homogênea;
preferencialmente aplicar o vibrador na posição vertical, vibrar o maior número
possível de pontos ao longo do elemento estrutural, quanto mais você vibra melhor o
concreto vai estar adensado, sem espaços vazios; retirar o vibrador lentamente,
mantendo-o sempre ligado, a fim de que a cavidade formada pela agulha se feche
novamente e não se forme espaço vazio durante a retirada; não permitir que o
vibrador entre em contato com a parede da fôrma, para evitar a formação de bolhas
de ar na superfície da peça, mas promover um adensamento uniforme e adequado de
toda a massa de concreto, observando cantos e arestas, de maneira que não se
formem vazios; mudar o vibrador de posição quando a superfície apresentar-se
brilhante, por conta da exsudação.

Obs 1: A concretagem do pilar tem que ser por etapas, para que, por exemplo, esse
vibrador de imersão não fique preso durante a vibração.

1.2) Vazios:

No processo de concretagem do pilar, batem na fôrma para que você evite nichos de
pedra ou bicheiras que são espaços vazios.

Se eu desformei o pilar e existe um vazio de concretagem, você usa a fôrma cachimbo.


Mas a primeira coisa a fazer, é falar com estruturalista, para ver se da pra colocar
graute que é um concreto ou argamassa de auto desempenho.

A concretagem do pilar começa pela locação, com base nos eixos de amarração e
controle, você tem eixos de locação que são transportados laje a laje para evitar que o
prédio saia torto e esses eixos vão servir para locação das fôrmas do pilar. Só que
antes de montar a fôrma e depois da concretagem, você vai apicoar o pé do pilar para
retirar a nata, então a própria barra de certa forma, junto com o apicoamento, você
cria uma ponte de aderência entre concreto novo e velho, então do ponto de vista
estrutural, essa estrutura está monolítica.

- Causas dos vazios de concretagem:

Dosagem inadequada do concreto: concreto muito fluido, sem coesão e com excesso
de agregado graúdo;

Lançamento do concreto em alturas superiores a 3 m, pois pode causar desagregação;

Erro no detalhamento da armadura: alta concentração de barras, com distancias


bastante reduzidas, e agregado graúdo com dimensão incompatível com aquele
espaçamento, gera problema de passagem de propriedade, podendo ocasionar vazio
de concretagem;

Peças esbeltas, preenchidas com concreto de baixo slump;

Fôrmas mal executadas, sem estanqueidade, se você perder pasta você pode favorecer
o processo de formação de nichos de pedra.

1.3) Juntas:

Junta Fria x Junta de Projeto: Junta de projeto é uma junta que está prevista no
projeto, por exemplo, se eu tiver um pavimento que é uma garagem, e no projeto
estrutural você tem entre duas estruturas você tem uma junta, essa junta vai ter todo
um trancamento, uma selagem, se colocar um tarucel, um mastique pra fazer vedação
e permitir trabalho, então o tratamento da junta de projeto deve ter um material que
permita a dilatação térmica, trabalho da estrutura por causa da variação térmica.
Diferente de você, durante o processo de concretagem, ter formado uma junta por
não conseguir concretar a laje toda (já tendo deixado posicionado certa as armaduras),
e se for essa junta, você pode usar resina epóxica, alguns materiais que melhorem a
aderência entre o concreto velho e o novo que vai ser lançado.
Posso fazer tratamento dessa junta fria com o chamado Corte Verde, que funciona
assim: no dia seguinte à concretagem ou logo após de dar pega, algumas horas depois,
você com jato d’água retira a nata de cimento que estava sobre essa junta para que
você exponha nessa região o agregado graúdo e isso crie uma superfície rugosa e
favoreça a aderência do concreto novo. É melhor tratar concreto no inicio da pega,
pois é mais fácil de trabalhar, mas corte endurecido também existe e é feito com uso
de ponteiro. A própria armadura existente na laje ajuda no processo de aderência, mas
não quer dizer que vai ser a única, pois o tratamento da superfície é fundamental.

Obs 2: Exemplo, eu to com uma laje a certa altura, e eu preciso ter acesso a um
terreno e quero fazer uma escada, mas não tenho nenhuma ferragem de espera, e
você tem uma armadura especificada com barras de 8.0 mm e você irá fazer um furo
com broca que tenha cerca de 9.0 mm, diâmetro ligeiramente superior, inserir a resina
epoxica dentro, e aí da pra fazer uma escada.

Obs 3: Poste de luz: Se eu tenho um poste metálico e a base de concreto, e tenho


parafusos para unir os dois, eu posso fazer a base de concreto deixar ganhar
resistência após 28 dias, coloco um gabarito e marco a localização dos furos, os
executo com uma furadeira, depois a haste é rosqueada e se usa um chumbador
químico, que é um tipo de material parecido com epóxi que vai permitir esse trabalho.
Por tanto, esse poste dificilmente sairá.

1.4) Cura do concreto:

A cura do concreto são métodos em que se busca evitar a saída abrupta de água do
concreto, evitar que o concreto seque muito rápido e que pode causar fissuração do
mesmo. Você pode, inclusive, acelerar esse endurecimento por meio de tratamento
térmico ou, evidentemente, com aditivos que não contenham cloreto que possa
causar corrosão e até processo de expansão. O período ideal para fazer cura é 7 dias,
no mínimo 3 dias.

Método de cura que mais é conhecido é por aspersão, ou seja, lançar agua na
superfície do concreto. Se eu tiver uma laje para aspergir, e secar por causa do sol, se
molha de novo, porém se busca usar manta, material geotêxtil. Por exemplo, no
interior quando o cidadão vai curar o concreto da sua laje, ele usa o saco do cimento,
abre, estende sobre a superfície da laje e umedece o saco, com o proposito de reter
por maior tempo a água sobre a laje.

Obs 4: BIDIM é uma marca de manta geotêxtil.

Além de molhar, posso:

-Manter uma lamina d’água sobre a superfície que você consegue criando uma fiada
de bloco ao redor da laje só pra agua não escapulir e assim se joga água;

-Espalhar areia, serragem ou sacos (arroz, estopa, cimento etc.) sobre a superfície e
mantê-los umedecidos (lajes e pisos);

-Manter as fôrmas sempre molhadas (pilares, vigas e escadas);

-Molhar e cobrir com lona;

- Cura química: Na imagem abaixo, se tem o chamado helicóptero, que tem uma hélice
e tem como finalidade de dar acabamento superficial ao concreto, pode ser feito o
piso sem utilizar esse equipamento, por exemplo, esse piso é o piso de alta resistência,
tipo granilite, para se chegar a esse acabamento superficial você usa equipamentos
que não são as acabadoras, mas são lixadeiras de alta rotação, água e lixa, água e lixa.
Essa superfície está esbranquiçada em alguns pontos, isso denota que aplicou nessa
imagem um produto objetivando a cura química. A cura química é uma película que se
aplica e não compromete pisos com acabamento superficial importante,
diferentemente de saco de areia, molhar, etc. Geralmente esses pisos são
dimensionados a flexão.
Existe a possibilidade de se usar em parede de concreto, se você tem um elemento
vertical você não tem condições de ficar molhando, utilizar sacos de areia, só se fosse
fôrma de madeira e depois da desforma se usa a cura química.
Obs 5: A título de curiosidade, pelo piso que sugere que haverá continuidade do
mesmo, essas barras que estão dispostas nas laterais do piso concretado, são
chamadas de barras de transferências e é usado para transferir os esforços entre
pedaços de piso.

Alguns exemplos de materiais que são usados em cura química:

1.5) Concretagem submersa:

Em linhas gerais, se você tem uma situação em que você bombeia e a água invade,
repetidamente, às vezes não da. No mar, é possível bombear água, mas em geral, você
pode pensar em, por exemplo, se eu tiver um tubo metálico cravado em alto-mar, e eu
preciso fazer a estaca, vai ser estaca de revestimento perdido, está cheio de água, eu
posso lançar concreto muito denso que a água não consiga alterar sua relação agua-
cimento. Então esse concreto vai ocupar o espaço em que a água outrora ocupava e à
medida que vai sendo lançado o concreto, a água vai sendo expulsa, até o momento
em que só tenha concreto, portanto o método mais utilizado é o lançamento do
concreto com a total expulsão da água presente nas formas. Esse tipo de concreto que
vai ter consumo de cimento superior a 400 kg/m3.

A ordem de consumo de cimento em concreto estrutural de 25 a 30 Mpa é 300/350


kg/m3 sem usar aditivo. Com aditivo, você consegue diminuir o consumo de cimento
em concretos de alto desempenho.
Expulsão da água através do lançamento do concreto

Se isso é dentro do mar, você precisa pensar no tipo de cimento que vá se adequar a
este ambiente que vai ser bastante agressivo, que vá proteger a armadura.

1.6) Concretagem de grandes peças

Se eu tenho que concretar um elemento de grande dimensão eu tenho que me


preocupar com calor de hidratação, para diminui-lo posso usar gelo; usar um cimento
que tenha um calor de hidratação mais adequado; baixar a temperatura do agregado;
utilizar água resfriada.

Você evidentemente vai trabalhar com cimentos compostos com escoria de alto forno,
importante porque eles têm calor de hidratação baixo como CPIII e CPIV, jamais
usando o CPV; você pode pensar em retardar a pega, pois se você a retarda você tem
uma hidratação mais gradual; você pode buscar um consumo de cimento menor, eu
posso trabalhar com a granulometria, por exemplo, uma peça de grande volume, e
coloco uma areia fina demais, aumenta a superfície especifica, aumenta a quantidade
de cimento e assim, aumenta o calor de hidratação; se eu reduzo a resistência à
compressão inicial eu também faço com que haja um processo de endurecimento mais
gradual; posso aumentar a dimensão máxima do agregado; posso trabalhar em
camadas que se eu concreto uma peça de uma vez só, o volume é x, se eu trabalho em
camadas eu evidentemente consigo diminuir esse volume e que vai gerar uma maior
dissipação de calor.

Se você pensar em uma peça que seja um bloco, que tem que tomar cuidado em uma
região agressiva a peça, pois se fissurar ela vai ficar fragilizada.

Obs 6: Imagine que eu tenha uma viga de 1,20 m e um pilar, essa viga pode fissurar,
então é comum nesse tipo de estrutura, além das armaduras que tem a função de
resistir os esforços, você também pode utilizar de uma armadura que não tem função
estrutural, mas tem a função de se contrapor aos esforços que surgem em função da
dilatação do concreto, do calor gerado no processo de concretagem, é a chamada
armadura de pele, portanto, tem a função de evitar fissuração.
Obs 7: Na imagem abaixo, prédio em Dubai com mais de 800 metros de altura, se
utilizou bombeamento de concreto de 80 Mpa até 600 metros de altura sem
interrupção, usando um aditivo hiperplastificante aumentando a resistência inicial do
concreto.

Obs 8: Na imagem abaixo, a viga não tem nada em cima para que caia, mas o que está
embaixo, nesse caso a estrutura é mista, parte do carregamento é portado pela
alvenaria que teoricamente teria função de vedação, mas tudo ajuda no processo,
então mesmo dimensionada para tal, ela vai carregar algo. Você tem uma casa
uniformemente distribuída sobre a parede.

1.7) Fôrmas

Quando você vai concretar uma estrutura, você precisa montar sua fôrma conforme
dimensões pré-estabelecidos em projeto. Se você tem uma viga, e a dimensão dela é
20x40, no projeto estrutural reza que a viga é nessas dimensões, quando você monta a
fôrma não se pode assegurar que elas têm realmente aquelas dimensões, dificilmente
você irá conseguir ser preciso a esse ponto, portanto a norma prevê tolerâncias. Por
isso que no dimensionamento, você minora a capacidade resistiva da peça e majora o
carregamento, você usa os coeficientes de segurança.

Em uma planta de fôrma, quando se tem um X, não tem laje, é um espaço vazio. Para
se ler uma planta de fôrma é igual a de pilar, de cima pra baixo, da esquerda para
direita.

Focando no detalhe da viga, é biapoiada, se apoiando no pilar P14 e na viga V22. Eu


tenho armadura na parte superior e na parte inferior. Na parte central são os estribos,
no caso 28 estribos de seção 6.30 espaçados a cada 20 cm. São 4 barras de 12.5mm
que correspondem às barras longitudinais, e cada barra tem comprimento reto de 5,55
m e uma dobra de ancoragem de 20 cm, comprimento total de 5,95 m.

A segunda camada da armadura irá ser colocada junto ao estribo, já que ele serve para
estruturar a armadura da peça.
Quando eu monto as fôrmas eu preciso criar estruturas de suporte que são transitórias
e temporárias. Eu preciso pensar que existem cargas que vão estar associadas ao
processo de montagem, portanto, pensar no maior peso que a estrutura inicialmente
suporta que é o peso próprio, acrescentada de fatores ambientais como vento intenso,
ou também estruturas auxiliares.

Se eu tenho um prédio de 30 pavimentos-tipo (iguais), em geral, um cronograma


aceitável seria 2 anos e meio/ 3 anos, e tenho que ter pelo menos 2/3 jogos de fôrmas
para que não ocorra atraso, por exemplo, demora de 30 dias para desformar a fôrma,
vai acabar o cronograma e não concretou a estrutura. Quando você está com o
primeiro pavimento concretado e tirou parte da fôrma, pelo menos os pilares e você já
começa a montar na parte superior, então veja, nesse processo de montagem, essa
estrutura que é jovem ainda e que não tem capacidade resistiva suficiente, ela vai ter
que ser capaz também de suportar esse carregamento do pavimento superior, mas
como ela não pode suportar, eu tenho que re-escorar essa estrutura. Então, temos
que avaliar os carregamentos que vão ser impostos à estrutura em função do processo
de montagem de concretagem.

Escora x Cimbramento – Cimbramento é todo conjunto de vigotas que ficam na parte


inferior e escora é um elemento especifico vertical.

Você tem que pensar nos efeitos dinâmicos, como o lançamento do concreto que é
causado além do peso próprio, por exemplo, na torcida em um estádio de futebol que
se torce pulando, além do efeito estático existe o dinâmico associado ao pular.

A instalação da rede de esgoto está em cima do pavimento que se está, é sempre


assim, então quando você vai concretar a laje, você tem que deixar passagem da
tubulação (shaft). Pode ocorrer de o vaso sanitário estar torto ou fora do local pré-
estabelecido, precisa-se então quebrar ou também um operário chuta a marcação de
uma caixa, provocando problemas que podem ocorrer no processo de concretagem.

Desmoldante tem função de facilitar o processo de desforma, aumentar a vida útil da


fôrma (reutilizar mais vezes), pois se você coloca concreto varias vezes, começa a
ocorrer a aderência do concreto com a madeira, então você vai ter evidentemente
redução da vida útil da fôrma. Não deve usar óleo queimado que vende em oficinas
mecânicas para passar na fôrma, pois você pode manchar a superfície do concreto, da
peça. É igual a usar impermeabilizante em parede, se pecar pelo excesso a massa fica
muito plastificada, você compromete a aderência da massa com o substrato, pode ter
destacamento da argamassa de revestimento da parede por conta do excesso de
impermeabilizante.

Obs 9: Toda estrutura fissura, porem essas fissuras tem que ficar em um limite
admissível.

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