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ANEXO 14









Foi um recrutamento massivo de médicos pois se precisava completar a quantidade de médicos

para o brasil, a maioria foram trasladados da Venezuela, o contrato estava pronto só para ser
assinado na UCCM havana, sem conhecimento do valor que realmente era pago no Brasil pelos
serviços médicos prestados, para nos foi informado o salário de 2.927 reais.
A preparação foi de emergência, eu cheguei da Venezuela o dia 01/02/2014 e o curso começo

no dia 03/02/2014, foi muito curto pois tínhamos que estar no Brasil a princípio de março.
Cheguei no Brasil o dia 12/03/2014 onde realizamos um curso em Porto Alegre até o dia
17/04/2014 que foi para o município de Boqueirão do Leão/RS.
O encerramento do Programa foi no dia 10/07/2017, eu solicitei a renovação do contrato o qual

foi negado pela OPAS e Cuba, ficando como desertor.



Ofício nº 760/2019
De Frente Parlamentar Mista da Liberdade Religiosa,

Refugiados e Ajuda Humanitária (FPMLRRAH) e Associação
Nacional de Juristas Evangélicos (ANAJURE)
Para Excelentíssima Sra. Daniella Velloso Borges Ribeiro
Assunto Solicitação de Reunião
Brasília, DF 30 de outubro de 2019.
À Excelentíssima Sra. Daniella Velloso Borges Ribeiro

Senadora da República Federativa do Brasil.
A Associação Nacional de Juristas Evangélicos ANAJURE, membro fundador

da Frente Parlamentar Mista da Liberdade Religiosa, Refugiados e Ajuda Humanitária
FPMLRRAH, na condição de representante da Sociedade Civil, vem, através da
presente missiva, solicitar reunião com Vossa Excelência para o dia de hoje, no turno
da tarde, à partir das 15h00. Caso haja desimpedimento na agenda, sugere-se que o
encontro ocorra às 17h00, ou em horário conforme Vossa disponibilidade. A reunião
tem por objetivo a apresentação de Emenda Modificativa referente à Medida Provisória
nº 890/2019, que institui o Programa Médicos pelo Brasil.
Em novembro de 2018, com o anúncio do término do Programa Mais Médicos
(PMM), a ANAJURE prontificou-se a oferecer assessoria jurídica pro bono aos cubanos
integrantes do programa que desejassem requerer asilo político no Brasil. Desde
então, a entidade tem dialogado com diversos médicos cubanos, que apresentaram
sérias denúncias de violações de direitos humanos quando da participação no PMM,
cujos efeitos se estendem até o presente momento.

Assim, em resposta aos apelos dos médicos, uma equipe de juristas da

ANAJURE analisou que a MP nº 890/19 não abarca centenas de médicos cubanos que
foram submetidos a situações de graves violações aos direitos humanos durante a sua
atuação no PMM, contudo, por terem decidido permanecer no Brasil entre os anos de
2016 e 2018, não cumprem os critérios exigidos de inclusão ao novo Programa,
justificando, assim, a Emenda Modificativa. Tais violações poderão ser apresentadas em
maiores detalhes durante a reunião.
Para tanto, aguardo confirmação acerca de Vossa disponibilidade.
Desde já, agradeço por vossa ilustre atenção, subscrevendo este ofício com
estima e respeito.
Atenciosamente,
Dr. Uziel Santana

Presidente da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (ANAJURE) e Diretor Executivo da
Frente Parlamentar Mista da Liberdade Religiosa, Refugiados e Ajuda Humanitária (FPMLRRAH)
SOBRE A ANAJURE - Entidade brasileira composta por operadores do direito integrantes do Poder
Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública, da OAB, das Procuradorias Federais e Estaduais,
assim como Professores e estudantes de todo o país, estando presente em 24 Estados da República
Fede a i a B a ilei a, e em c m lema a Defe a da Libe dade Ci i F dame ai , em e ecial, a
Liberdade Religiosa, de Expressão e a Dignidade da Pessoa Humana. A ANAJURE também é filiada a
instituições internacionais que trabalham em defesa das liberdades civis fundamentais em todo o mundo,
como a Federação Interamericana de Juristas Cristãos e a Religious Liberty Partnership.
SOBRE A FRENTE PARLAMENTAR MISTA DA LIBERDADE RELIGIOSA, REFUGIADOS

E AJUDA HUMANITÁRIA - A Frente Parlamentar Mista da Liberdade Religiosa, Refugiados e Ajuda
Humanitária (FPMLRRAH) é uma entidade associativa com atuação no âmbito da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal, ativada no ano de 2015 e reaberta na 56ª legislatura, cujo objetivo é
estimular e auxiliar a formulação de políticas públicas de proteção e apoio à Liberdade Religiosa, aos
Refugiados, bem como prestar Ajuda Humanitária às pessoas e comunidades em situação de
vulnerabilidade. A Atual Diretoria da Frente é composta pelas seguintes autoridades: Deputado Federal
Roberto de Lucena Presidente; Senadora Daniella Ribeiro Vice-Presidente; Deputado Federal
Laércio Oliveira Secretário; Deputado Federal José Medeiros Tesoureiro; Dr. Uziel Santana
Diretor Executivo.

EMENDA MODIFICATIVA N° _____ À MEDIDA PROVISÓRIA N° 890, de 2019

- Programa Médicos pelo Brasil.
Altere-se o art. 34 do Projeto de Lei de Conversão n° 25, de 2019 (proveniente

da Medida Provisória n° 890, de 2019), passando a ter a seguinte redação:
Art. 34. A Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013, passa a vigorar

acrescida do seguinte art. 23-A:
“Art. 23-A. Será reincorporado ao Projeto Mais Médicos para o Brasil,

na forma do inciso II do caput do art. 13 desta Lei, pelo prazo
improrrogável de dois anos, o médico intercambista que atenda
cumulativamente aos seguintes requisitos:
I – ter atuado no âmbito do Projeto Mais Médicos para o Brasil em razão

do 80º Termo de Cooperação Técnica para implementação do Projeto
Ampliação do Acesso da População Brasileira à Atenção Básica em
Saúde, firmado entre o Governo da República Federativa do Brasil e a
Organização Pan-Americana da Saúde;
II – ter sido desligado do Projeto Mais Médicos para o Brasil

unilateralmente pelo país de origem ou em virtude da conclusão contratual;
III – ter permanecido no território nacional até a data de publicação da

Medida Provisória nº 890, de 1º de agosto de 2019, na condição de
naturalizado, residente ou solicitante de refúgio.”
JUSTIFICAÇÃO
A presente emenda visa incluir, no rol de reincorporação do Projeto Mais

Médicos para o Brasil, os mais de 600 médicos intercambistas cubanos que exerciam suas
atividades no âmbito do Programa e que foram desligados antes da ruptura do acordo de
cooperação entre o Ministério da Saúde Pública de Cuba e a Organização Pan-Americana
da Saúde, i.e., os médicos cubanos que, por volta de 2016, denunciaram violações de
direitos humanos, e, por esse motivo, tiveram os contratos rescindidos. Desde então, não
conseguem a legalização profissional no Brasil e são considerados desertores pelo regime
cubano, impossibilitados de regressarem ao país de origem. Esse grupo merece especial
atenção, pois, conforme relatado por diversas organizações1, tais médicos vêm sofrendo
violações de direitos humanos, ameaças e retaliações, encontrando-se em situação de
vulnerabilidade no Brasil.
Para melhor compreendermos a situação em que esses médicos se encontram,

importa considerar que, após os médicos perceberem que o contrato assinado com o
governo cubano os submetia a trabalho análogo a escravidão, ingressaram com ações
judiciais contra o governo cubano, governo brasileiro e OPAS para questionar diversas
violações (como a retenção de quase 70% do salário2, retenção de documentos,
impossibilidade de renovação contratual, violação ao direito à convivência/reunião
familiar) e manifestando expressamente o animus de permanecer no Brasil.
A consequência imediata imposta por Cuba foi o rompimento do contrato e

impossibilidade de qualquer renovação contratual, seguido por perseguição política aos
que decidiram permanecer no Brasil, classificando-os como desertores, e por isso, estão
impedidos de voltarem a Cuba por, no mínimo, 8 anos. Essa punição impede, inclusive,
que façam a legalização dos diplomas.
Atualmente, impossibilitados de renovarem seus contratos e atuarem em suas

profissões, se submetem a trabalhos sub-humanos ou em trabalhos informais que não
suprem suas necessidades básicas. Assim, vale destacar que esses médicos não estavam
exercendo suas atividades no dia 13 de novembro de 2018. Ou seja, não cumprem o
requisito proposto pela redação atual do artigo 34, do Projeto de Lei de Conversão n° 25,
de 2019, objeto da presente Emenda.
Consideramos, portanto, que, por terem sido considerados como desertores, com
os contratos rompidos, impossibilitando-os de exercerem dignamente a profissão, o
Estado brasileiro não pode, neste momento oportuno, deixar de contemplar os
médicos cubanos que agora encontram-se desamparados. Por isso, temos a plena certeza
de que podemos contar com o apoio de todos os Nobres Pares pela aprovação desta
Emenda.
Senadora DANIELLA RIBEIRO
1
ANAJURE - https://www.anajure.org.br/anajure-encaminha-representacao-a-pgr-para-investigacao-dos-
convenios-programas-e-contratos-firmados-entre-o-ministerio-da-saude-a-opas-e-o-governo-de-cuba/
2
UOL - https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2018/11/30/cubanos-processam-organizacao-pan-
americana-da-saude-por-mais-medicos.htm

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A preparação foi de emergência, eu cheguei da Venezuela o dia 01/02/2014 e o curso começo

O encerramento do Programa foi no dia 10/07/2017, eu solicitei a renovação do contrato o qual

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À Excelentíssima Sra. Daniella Velloso Borges Ribeiro

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Assim, em resposta aos apelos dos médicos, uma equipe de juristas da

Dr. Uziel Santana

SOBRE A FRENTE PARLAMENTAR MISTA DA LIBERDADE RELIGIOSA, REFUGIADOS

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Altere-se o art. 34 do Projeto de Lei de Conversão n° 25, de 2019 (proveniente

Art. 34. A Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013, passa a vigorar

“Art. 23-A. Será reincorporado ao Projeto Mais Médicos para o Brasil,

I – ter atuado no âmbito do Projeto Mais Médicos para o Brasil em razão

II – ter sido desligado do Projeto Mais Médicos para o Brasil

III – ter permanecido no território nacional até a data de publicação da

A presente emenda visa incluir, no rol de reincorporação do Projeto Mais

Para melhor compreendermos a situação em que esses médicos se encontram,

A consequência imediata imposta por Cuba foi o rompimento do contrato e

Atualmente, impossibilitados de renovarem seus contratos e atuarem em suas

Senadora DANIELLA RIBEIRO

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