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INSTITUTO SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Sistema de Telegestão para a iluminação pública em vias Rodoviárias


(STI-PVR)

TRABALHO DE FIM DE CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA DE


TELECOMUNICAÇÕES

AUTOR: JOSEMAR ANTÓNIO DA CONCEIÇÃO QUIPIPA

LUANDA, 2018
INSTITUTO SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Sistema de Telegestão para a iluminação pública em vias Rodoviárias


(STI-PVR)

TRABALHO DE FIM DE CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA DE


TELECOMUNICAÇÕES

AUTOR: JOSEMAR ANTÓNIO DA CONCEIÇÃO QUIPIPA

ORIENTADOR: MSc MANUEL ADÃO

LUANDA, 2018
AGRADECIMENTOS
Agradeço, em primeiro lugar, à Jeová Deus provedor de todos e de tudo, pelo tempo,
inteligência e sabedoria que me concedeu para a pesquisa, análise e elaboração deste
trabalho. Ao meu pai António Quipipa, minha mãe Lourdes da Conceição por servirem
como canal de bênção para mim e pela atenção desde a minha iniciação, ensino
primário, ensino secundário e o superior.

Aos meus irmãos, colegas e amigos, pela amizade, auxílio e apoio moral até mesmo
financeiro, agradeço-vos por estarem comigo nas horas de alegria e de dificuldades.

Ao meu tutor MSc. Manuel Adão pelo empenho que teve para que o trabalho chegasse
ao fim.

O Instituto Superior de Tecnologias de Informação e Comunicação (ISUTIC),


professores e funcionários pela disponibilidade e pelos serviços prestados.

Em fim, a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para atingir este objectivo.

Os meus agradecimentos.

iii
RESUMO
Este trabalho científico apresenta uma solução viável para a iluminação pública nas vias
rodoviária de baixo custo, com utilização do Arduíno UNO e Ethernet Shield. Também
faz o monitoramento e controle de luminosidade, temperatura das luminárias.

É um sistema novo, composto por equipamentos que poderão ser incorporados em


qualquer modelo de luminária, permitindo a realização da Telegestão em iluminação
pública. (Túneis, Ruas, Viadutos, Praças, Condomínios, etc.). Com o Sistema de
Telegestão é possível programar a hora de ligar, desligar e controlar o brilho das
luminárias, fazendo com que se tenha uma significativa redução no consumo de energia
(CONTROLOMATIC).

Como o acompanhamento (Procedimento) é realizado por meio de uma página via Web,
fica fácil identificar em um determinado grupo ou em um ponto específico, se o
funcionamento está normalizado, se existe ou não problemas e até mesmo falhas de
comunicação.

Caso alguma luminária não esteja trabalhando, um alerta será apresentado na tela e
com isso já é indicada qual luminária está com problema e também qual é a sua
localização (latitude, longitude e/ou endereço).

Após testes realizados chegou-se à conclusão que o projecto é eficiente e que pode ser
utilizado em diversas aplicações que tenham por objectivo realizar o monitoramento e
controle da iluminação pública.

Palavras-chave: Sistema de Telegestão, Automação de baixo custa, Arduino UNO,


Ethernet Shield.

iv
ABSTRACT
This scientific work show a viable solution to public lighting in the motorway of a low cost,
with use of Arduino UNO, and Ethernet shield. Also do keep an eye and light control and
lamp temperature.

Is a new system, with equipament that can be joined in any model lamp. To alloe
achievement of telemanagement in public lighting ( tunnels, road, overpass, square, and
condo, etc...). with telemanagement system is possible to plan hour of switch and turn,
and make dime lamp, make that have a significant down on consuption of energy.

As compony (procedure) is realized by a page web, is sase to identify in determinad


group or in specific point. If the opening is normalized, if exist or not problem or fault of
comunication.

After do the test we did make a conclusion that this project is eficient and can be used for
any aplication that have objective to realize the keep an eye and public lihgting control.

key – word : Telemanagement system, Automation of low cost, Arduino UNO, Ethernet
shield.

v
Sumário
AGRADECIMENTOS ........................................................................................................ iii

RESUMO........................................................................................................................... iv

ABSTRACT ........................................................................................................................v

Índice de Figuras e Tabelas .............................................................................................. ix

Lista de Abreviaturas e Símbolos ...................................................................................... xi

INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1

RESUMO DE CADA CAPITULO ....................................................................................... 4

CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 5

1.1 Breve Historial sobre iluminação pública ................................................................. 5

1.2 Conceito sobre Luminárias....................................................................................... 6

1.6.1 Tecnologia LED ................................................................................................ 8

1.3 Conceito sobre Telecomunicações .......................................................................... 9

1.3.1 Sistema de comunicação ................................................................................ 9

1.3.1.1 Enlace de comunicação ............................................................................. 10

1.3.1.2 Canal de rádio ............................................................................................. 10

1.3.1.3 Antenas ........................................................................................................ 12

1.4 Organismos de Telecomunicações ........................................................................ 12

1.5 Conceito sobre Rede de Computadores e a Internet ............................................. 12

1.5.1 Uma descrição detalhada da rede ................................................................ 12

1.6. Simulador Proteus................................................................................................. 15

1.6.2 Plataforma do Arduino .................................................................................. 16

1.7 Sensores ............................................................................................................... 19

1.7.1 Sensor de Luminosidade .............................................................................. 20

1.7.2 Sensor de Temperatura ................................................................................. 22

1.8.1 Interruptores usando foto célula .................................................................. 23


vi
1.8.2 Relógios Astronómicos ................................................................................. 24

1.8.3 Reguladores de Fluxo ................................................................................... 24

1.8.4 Sistemas de Telegestão ................................................................................ 25

1.9 Procedimentos Metodológicos Utilizada no Projecto ............................................. 26

1.10 Soluções existentes ............................................................................................. 27

1.11 Ferramentas nas quais se apoia para a solução.................................................. 29

Capitulo II: EXPLICAÇÃO DO TEMA .............................................................................. 30

2.1 Visão geral do problema ........................................................................................ 30

2.2 Visão geral do município de Viana província de Luanda ....................................... 31

2.3 Sistema de Telegestão para a iluminação pública em Vias Rodoviárias de LUANDA


(STI-PVR) .................................................................................................................... 32

2.4 Diagrama de estudo ............................................................................................... 34

2.4.1 Bloco de Foto célula ...................................................................................... 34

2.4.2 Bloco de Iluminaria ........................................................................................ 34

2.4.3 Bloco de Processamento .............................................................................. 34

2.4.4 Bloco de Sensor e de Temperatura .............................................................. 35

2.4.5 Bloco da Página Web .................................................................................... 35

2.5 Desenho da Página Web ....................................................................................... 35

2.6 Circuito eléctrico do Sistema em estudo ................................................................ 31

2.1.2 Cálculo para Luminosidade .......................................................................... 32

3.1.3 Cálculo para Temperatura ............................................................................. 33

CAPÍTULO III: DISCUSSÃO DO TEMA .......................................................................... 34

3.1. Proposta para melhorar a iluminação pública em Vias Rodoviárias de Viana-Catete


..................................................................................................................................... 34

3.2 Mapa do Sistema. .................................................................................................. 35

3.2.1 Formulário de Login. ..................................................................................... 35

vii
3.4.1 Luminosidade................................................................................................. 37

3.4.2 Temperatura ................................................................................................... 37

3.5 Simulações............................................................................................................. 37

3.5.1 Luminosidade................................................................................................. 37

3.4 Circuito eléctrico e o sistema de comunicação ...................................................... 39

3.5 Análise Social......................................................................................................... 41

CONCLUSÕES ............................................................................................................... 43

RECOMENDAÇÕES ....................................................................................................... 44

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 45

Anexo A ........................................................................................................................... 48

Anexo B ........................................................................................................................... 51

Anexo C........................................................................................................................... 52

Anexo D........................................................................................................................... 56

viii
ÍNDICE DE FIGURAS E TABELAS
Figura 1.1 - Vista nocturna do planeta Terra (Fonte:EUROPA, 2020)............................... 5
FIgura1.2 - Exemplos de luminárias utilizadas em IP funcional (Fonte: Pinto, 2016) ........ 6
Figura 1.3 - Luminárias utilizadas em iluminação decorativa ( Fonte: Pinto, 2016 ) .......... 7
Figura 1.4 - Tipos de lâmpadas usadas em iluminação pública (Fonte: Pinto, 2016) ....... 7

Figura 1.13 - Exemplo de LDR Fonte: (WENDLING,


2010)...........................................................19

Figura 1.14 - Gráfico da relação entre luminosidade e resistência Fonte: (WENDLING,


2010)....19

Figura 1.15 - Foto-condutivoFonte: (BRAGA,


2010).....................................................................20

Figura 1.16 - Foto-voltaico Fonte: (BRAGA,


2014)........................................................................21

Figura 1.17 - Curva característica RTD Fonte: (SILVA,


2006).......................................................22

Figura 1.18 - Curva caracerísticatermistor Fonte: (SILVA,


2006).................................................23

Figura 1.19 - Curva característica CI sensor Fonte: (SILVA,


2006)...............................................24

Figura 1.20 - Foto célula (Fonte: Autoria


Própria)..........................................................................25

Figura 1.21 - Sistema de telegestão PLC (Fonte:


CONTROLOMATIC)........................................29

Figura 1.22 - Sistema de telegestão wireless Fonte:


(CONTROLOMATIC)....................................30

Figura 2.1 - O sistema de iluminação pública em Luanda (Fonte: Jornal de Angola,


2018).........31

Figura 2.2 - Equipamentos para o funcionamento do Sistema (Fonte: TANENBAUM,


2003).......32

ix
Figura 2.3 - Diagrama em bloco (Fonte: Autoria
Própria)..............................................................32

Figura 2.4 - Desenho da página Web (Fonte: Autoria


Própria)......................................................35

Figura 2.5 - Circuito eléctrico (Fonte: Autoria


Própria)...................................................................35

Figura 3.1 Divisor de tensão usando LDR (Fonte: Autoria


Própria)..............................................37

Figura 3.2 - Formulário de Login (Fonte: Autoria


Própria)............................................................39

Figura 3.3 - Tela principal (Fonte: Autoria


Própria)........................................................................40

Figura 3.4 - Protópito do Projecto (Fonte: Autoria


Própria)...........................................................40

Figura 3.5 - Testando a luminosidade com a lâmpada acesa (Fonte: Autoria


Própria).................42

Figura 3.6 - Testando a luminosidade com a lâmpada acesa (Fonte: Autoria


Própria).................42

Figura 3.7 - Testando a temperatura com o secador (Fonte: Autoria


Própria)..............................43

Figura 3.8 - Testando a temperatura sem o secador (Fonte: Autoria


Própria)..............................43

x
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
CI – Circuito Integrado

GND: Ground (Terra)

cd – Candelas (unidade de medida básica do sistema internacional de unidades para a


intensidadeluminosa)

Lx – lux (unidade medida da iluminância)

LDR – Light Dependent Resistor.

RTD – Resistance Temperature Detector.

TTL – Transitor-Transistor Logic.

USB – Universal Serial Bus.

BT-Baixa Tensão

CFL- Lâmpada Fluorescente Compacta

DREEIP- Documento de Referência à Eficiência Energética na Iluminação Pública

HID- Lâmpadas de Alta Intensidade de Descarga

HPM - Vapor de Mercúrio de Alta Pressão

HPS -Vapor de Sódio de Alta Pressão

IRC - Índice de Reprodução de Cor

IV- Infravermelho

LED-Díodo Emissor de Luz

LPS-Vapor de Sódio de Baixa Pressão

MH-Iodetos Metálicos

PT-Posto de Transformação

UE-União Europeia

UV-Ultravioleta

PLC- Power Line Comunication

xi
INTRODUÇÃO
A iluminação pública é primordial para a segurança e qualidade de vida nas cidades.
Como utilizar energia eléctrica gera gastos para o município e encargos aos cidadãos.
Para diminuir estes custos, pensou-se primeiramente na criação deste trabalho científico
que será um Sistema de Telegestão para melhorar a iluminação pública em Vias
Rodoviária.

É um sistema que utilizam novos materiais, novas e eficientes tecnologias, utilizadas


actualmente na iluminação pública nas vias rodoviárias. Com este projecto espera-se
reduzir o consumo de energia eléctrica e, ao mesmo tempo, melhorar as condições de
iluminação nocturna nas vias rodoviárias.

Portanto, por causa da falta de luz ocorrida nas vias rodoviárias, em Luanda, empresas e
estudiosos da área energética vêm intensificando a busca de soluções para manter em
Angola a relação entre produção e consumo de energia eléctrica equilibrada.
Contribuindo para isto, várias empresas internacionais têm criado novas tecnologias que
apresentam-se como uma alternativa viável a muitos países para racionalizar o consumo
de energia eléctrica. Ao longo do trabalho será apresentada uma breve história sobre a
iluminação pública, conceito sobre Telecomunicações, Sistema de Rádio as suas
tecnologias usadas , Rede de computadores e para culminar falaremos sobre os
sistemas de telegestão existente para a iluminação pública.

1
Situação Problemática

Note-se que tem havido muitos acidentes nas vias rodoviárias e como resultado,
causando a morte de muitas pessoas.

Esses acidentes são causados por falta de iluminação nas vias rodoviárias.

A escuridão diminui a condução defensiva e tira o reflexo a quem conduz à noite devido,
entre outros factores, aos constantes encandeamentos. Quem anda pela província de
Luanda não consegue conter o seu desapontamento com a falta de iluminação pública
praticamente na maioria das ruas da capital angolana.

Muitas colisões entre veículos e atropelamentos poderiam ter sido evitadas se houvesse
iluminação pública em toda a extensão da província de Luanda.

Problema da investigação

Como o Sistema de telegestão resolverá o problema da iluminação pública nas vias


rodoviárias ?

Objecto de estudo

Sistemas de Telegestão para iluminação pública.

Campo de acção

Sistemas de Telegestão aplicados a iluminação pública.

Objectivo geral

Desenvolver um protótipo para um Sistema de telegestão para a iluminação pública nas


vias rodoviárias.

Objectivos específicos

1. Reunir todas as bibliografias com relações ao tema


2. Fazer a colecção e analisar os dados.
3. Definir as tecnologias e matérias que serão usadas.
4. Desenvolver um protótipo para um sistema de telegestão para a iluminação
pública nas vias rodoviárias.

Tarefas da Investigação para dar cumprimento aos objectivos propostos são:

1. Revisão de documentos e entrevista a trabalhadores.

2
2. Caracterização dos sistemas no âmbito nacional e internacional que realizam a
gestão de iluminação pública.
3. Selecção e caracterização dos métodos, ferramentas e tecnologias para o
desenvolvimento do sistema.
4. Obtenção dos requisitos para o funcionamento do sistema.
5. Criação de um protótipo para um sistema de telegestão para a iluminação
pública nas vias rodoviária de Viana -.Catete.

3
RESUMO DE CADA CAPITULO
A estrutura do trabalho está composta por três Capítulos, Resumo, Introdução,
Conclusões, Recomendações, Referências Bibliográficas, Anexos e um Glossário de
termos. A seguir, descrevem-se os principais aspectos abordados em cada um dos
capítulos:

Capítulo I: Fundamentação teórica. Neste capítulo abordará os principais conceitos


relacionados com o tema, realiza-se o estudo do estado da arte a nível nacional e
internacional sobre os sistemas de iluminação pública. Neste capitulo também serrado
abordados alguns desses constituintes, dando maior ênfase aos lâmpadas e outros
componentes, visto serem os principais constituintes de uma luminária, e que mais
afecta a eficiência energética da luminária. Também serrado abordadas as luminárias
LED, onde o foco serão nos componentes electrónicos. Também se definem as
ferramentas, metodologias e tecnologias a utilizar durante o desenvolvimento do
sistema.

Capítulo II: Explicação do Tema. Neste capítulo se faz uma descrição geral da solução
proposta e seu funcionamento, identificam-se os requisitos funcionais e não funcionais e
o diagrama do projecto, o circuito eléctrico e outros elementos importantes dentro do
processo de desenvolvimento.

Capítulo III: Discussão do Tema, esta é uma das partes mais importantes da tese cuja
finalidade é discutir, interpretar e analisar os Resultados. Nesta parte o autor mostrou
que as hipóteses foram verificadas e que os objectivos propostos foram atingidos
evidenciando sua contribuição ao conhecimento. É a parte em que o autor coloca sua
opinião sobre o tema e discute com seus pares, por meio do que existe de mais actual
na literatura.

4
CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 Breve Historial sobre iluminação pública

Assim, desde há vários séculos o Homem tem procurado formas de ter iluminação
durante a noite e em espaços escuros, como grutas, caves e túneis. Várias tecnologias
foram sendo desenvolvidas, passando pelos candeeiros a petróleo até à actual
iluminação eléctrica (Pinto, 2016).

A partir do fim do século XIX e, principalmente, no século XX a electricidade foi-se


expandindo por todo o mundo, podendo-se fazer uma analogia entre a qualidade de vida
das populações com a sua expansão. Na figura 1.1 pode-se observar que as zonas mais
iluminadas no nosso planeta terra correspondem às zonas mais desenvolvidas e ricas,
como a Europa, América do Norte e a zona sudeste da Ásia. Esta iluminação à noite
deve-se em grande parte à iluminação pública, mas também em parte à iluminação de
painéis publicitários e à própria poluição luminosa originada pelos edifícios (Pinto, 2016).

Figura 1.1 - Vista nocturna do planeta Terra (Fonte:EUROPA, 2020)

5
1.2 Conceito sobre Luminárias

De acordo com o Pinto (2016), uma luminária tem como função a distribuição da luz
emitida por uma ou mais lâmpadas, devendo incluir todos os elementos necessários
para a fixação e protecção das lâmpadas e para a sua ligaç ão ao circuito de
alimentação. Assim uma luminária é constituída por lâmpadas, balastros, refletores,
arrancadores, difusores, etc.

O DREEIP (2015) tem definido os principais conceitos luminotécnicos e electrotécnicos


usados nas luminárias, não se fazendo aqui uma descrição exaustiva de todos estes por
uma questão de espaço.

Ao nível das luminárias pode-se distinguir luminárias decorativas e funcionais, sendo que
as decorativas não seguem as mesmas regras das funcionais, tanto ao nível de
eficiência luminosa como eficiência energética. Neste trabalho ter-se-á sempre em foco
iluminação pública com luminária funcional. Nas figuras 1.2 e 1.3 tem-se exemplos de
luminárias funcionais e decorativas.

FIgura1.2 - Exemplos de luminárias utilizadas em IP funcional (Fonte: Pinto, 2016)

6
Figura 1.3 - Luminárias utilizadas em iluminação decorativa ( Fonte: Pinto, 2016 )

Na figura 1.4 pode-se comparar os diversos tipos de lâmpadas.

Figura 1.4 - Tipos de lâmpadas usadas em iluminação pública (Fonte: Pinto, 2016)

7
Ao nível do espectro de radiação os diversos tipos de lâmpadas também têm distintos
espectros, sendo por isso que as diversas lâmpadas normalmente têm uma cor
associada a cada uma. Agora falaremos mais sobre a tecnologia LEDs.

1.6.1 Tecnologia LED

Os LEDs são usados há muito tempo, e com sucesso, nos mais diversos equipamentos
electrónicos. Mais recentemente começaram a ser usados na sinalização viária, estando
agora a ser bastante aplicados na iluminação pública.

O LED é baseado no díodo semicondutor que, quando polarizado, faz com que os
electrões se recombinem no interior do dispositivo, libertando energia na forma de
fotões. A luz é emitida numa banda espectral relativamente estreita e é produzida pelas
interacções energéticas dos electrões. De acordo com o Pinto (2016), os LEDs de cor
branca tem vindo a evoluir rapidamente, quer em potência, quer em restituição
cromática, de tal forma que, hoje em dia, já conseguem ser uma boa alternativa à
iluminação convencional em todas as suas vertentes.

O fluxo luminoso emitido por um LED depende da temperatura de cor e da densidade de


corrente eléctrica que o alimenta. Quanto mais corrente o chip semicondutor do LED
conseguir administrar, mais fluxo luminoso será emitido. No entanto, a eficiência da
transformação da corrente em luz é reduzida, mas melhor comparativamente com as
outras tecnologias (Pinto, 2016).

Ao nível da implementação propriamente dita em iluminação pública, convém distinguir


os dois métodos distintos possíveis de utilizar LEDs num poste de iluminação pública.
Alguns fabricantes estão a produzir lâmpadas LED, mas o facto é que, mesmo que uma
lâmpada LED se encaixe numa luminária existente, a luz emitida e desempenho não
podem ser comparados com os de uma luminária LED. A carcaça de uma luminária LED
é projectada especialmente para as necessidades dos LEDs, para maximizar o seu
tempo de vida, eficiência e desempenho. Por outro lado “carcaças” tradicionais não
oferecem uma condição de funcionamento optimizado, especialmente do ponto de vista
do controlo de temperatura (DREEIP, 2015).

É impossível falar de sistema de telegestão sem primeiramente falar sobre


telecomunicações. Então abordaremos o conceito sobre telecomunicações.

8
1.3 Conceito sobre Telecomunicações

As telecomunicações constituem o ramo da engenharia eléctrica que trata do projecto,


da implantação e da manutenção dos sistemas de comunicações e têm por objectivo
principal atender à necessidade do ser inteligente de se comunicar a distância.

Através dos sistemas de comunicações os assinantes, usuários ou correspondentes


trocam informações, operando equipamentos, eléctricos ou electrónicos, tecnicamente
compatível com o sistema. As informações fluem pelos canais de comunicações fios,
rádio (espaço livre) ou fibra óptica, na forma de sinais eléctricos ou electromagnéticos
(Medeiros, 2007).

1.3.1 Sistema de comunicação

Esse conjunto de elementos para estabelecer uma comunicação é denominado


sistema de comunicação. A rede de telefonia e a internet permitem a troca de
informações diversas entre usuários, utilizando terminais tecnicamente compatíveis com
cada sistema. O diagrama da figura 1.5 representa um sistema de comunicação
analógico elementar.

Figura 1.5 Diagrama de sistema de comunicação analógico elementar

As comunicações só são possíveis porque os sinais que pretendemos transmitir são


transformados em sinais eléctricos e transmitidos sob a forma de ondas
electromagnéticas que se propagam em cabos e no espaço.

9
Canal de comunicação é o meio físico entre o transmissor e o receptor, pelo qual
transitam os sinais eléctricos ou electromagnéticos da informação. Ex: par trançado, fibra
óptica, cabo coaxial e espaço livre.

1.3.1.1 Enlace de comunicação

Enlace de comunicação é o estabelecimento de comunicação entre pelo menos dois


pontos. Sua classificação obedece a três características principais:

Número de pontos envolvidos.


Sentido de transmissão.
Mobilidade.

Quanto ao número de pontos envolvidos:

a) Enlace ponto a ponto


b) Enlace ponto-multiponto
c) Enlace multiponto-ponto
Quanto ao sentido de transmissão:
a) Simples - A transmissão acontece em apenas um sentido. Ex. Radiodifusão
comercial.
b) Half-duplex – A transmissão acontece nos dois sentidos, mas de forma alternada.
Ex. Radioamador.
c) Full-duplex – A transmissão acontece nos dois sentidos, de forma simultânea. Ex.
Telefonia fixa e móvel
Quanto à mobilidade:
a) Enlace fixo – Os elementos da rede estão em pontos definidos, sem mobilidade,
geralmente interligados por uma rede de fios e cabos. Ex. Rede telefónica cabeada.
b) Enlace móvel – Enlace estabelecido entre transmissores ou receptores móveis, por
meio de radiofrequência e portáteis.
c) Rádio base – Enlace estabelecido entre estações de rádio fixas no terreno.
d) Enlace misto – Enlace que utiliza rádios e rede fixa de comunicação.

1.3.1.2 Canal de rádio

É um segmento do espectro de frequências, com largura de banda BW, ocupado pela


onda electromagnética que transporta a informação. O espaço livre é o meio físico das

10
comunicações via rádio a figura 1.6 mostra um sistema de rádio em que usa um canal de
rádio (Carvalho e Badinhan, 2011).

Figura 1.6 representação esquemática do canal rádio

O canal rádio é o sistema que apresenta o menor custo, porém as ondas


electromagnéticas, por se propagarem no espaço livre, encontram problemas de
distúrbios e interferências, o que evidencia sua fragilidade.

Um enlace de radiocomunicação é formado por equipamentos chamados de


transceptores, capazes de captar e retransmitir os sinais, interligando todo o sistema.
Dentre os vários sistemas de rádio estão as transmissões de TV nas faixas de VHF e
UHF, as rádios comerciais FM e AM e as comunicações via satélite (Carvalho e
Badinhan, 2011).

1.3.1.2.1Tecnologia wireless

A tecnologia Wireless é uma forma de conexão entre dispositivos móveis ou fixos sem o
uso de cabos. A rede sem fio transmite dados entre dois ou mais pontos, estejam eles
próximos fisicamente ou não, e pode ser usada para o acesso Wi-Fi da Internet nos
computadores, no Bluetooth dos celulares e até mesmo na transmissão de dados via
satélite (Rappaport, 2009).

A transmissão de dados pode ser feita por radiação infravermelha, via satélite ou por
meio de radiofrequências - radiações electromagnéticas usadas, por exemplo, em
telefones móveis e walkie-talkies. O funcionamento se dá por meio do Access Point
(Ponto de Acesso), um aparelho que envia os dados na forma de ondas de rádio para
serem captadas por antenas e transmitidas para todos os dispositivos conectados à
rede.

11
1.3.1.3 Antenas

É um dispositivo geralmente metálico ( com um cilindro ou fio) para a radiação ou


recepção de onda de rádio (Balanis, 2009).

Uma antena é definida como um dispositivo para a radiação ou a recepção de onda de


rádio. Em outra palavras, uma antena é a estrutura intermediaria entre o espaço livre e o
guiamento, o dispositivo de guiamento, ou linha de transmissão, pode ter a forma de
cabo coaxial (Balanis, 2009).

1.4 Organismos de Telecomunicações

ITU- União Internacional de Telecomunicações

A União Internacional de Telecomunicações, com sede em Genebra, Suíça, é uma


organização internacional que congrega governos e sectores privados num Sistema
Unido de Nações, para coordenar as comunicações globais em rede e serviços
(Medeiros, 2007).

O MTTI é o organismo que régias políticas de Telecomunicações.

O INACOM é o organismo regulador em Angola e faz cumprir as normas definidas pelo


ITU, regulamentadas as especificidades nacionais.

1.5 Conceito sobre Rede de Computadores e a Internet

Neste trabalho, usaremos a Internet pública, uma rede de computadores específica,


como o veículo principal para discutir as redes de computadores e seus protocolos.
Gostaríamos de poder definir a Internet em uma única frase, mas infelizmente a Internet
é muito complexa e está sempre mudando, tanto em seus componentes de hardware e
software quanto aos seus serviços que oferece (KUROSE, 2006).

1.5.1 Uma descrição detalhada da rede

Em vez de darmos uma definição em uma única frase, tentaremos uma abordagem mais
descritiva. Há dois modos de fazer isso: um deles é descrever a Internet em detalhes,
isto é, os componentes básicos de hardware e software que formam; outro é descrever a
Internet como uma infra-estrutura de rede que provê serviços para aplicações
distribuídas (KUROSE, 2006). Começaremos com a descrição detalhada usando a figura
1.7 para ilustrar nossa discussão.

12
Figura 1.7 Exemplo de uma rede de Computadores

A Internet pública é uma rede de computadores mundial, isto é, uma rede que
interconecta milhões de equipamentos de computação em todo mundo. Não faz muito
tempo, esses equipamentos eram primordialmente PCs tradicionais de mesa, estações
de trabalho com sistema de Unix e os chamados servidores que armazenam e
transmitem informações, como página Web e mensagens de correio electrónico. Porém,
sistemas finais que não são componentes tradicionais da internet, como agendas digitais
(PDAs), TVs, computadores portáteis, telefones celulares, automóveis, equipamentos de
censoriamente ambiental, sistemas domésticos e de segurança, câmaras Web cada vez
mais estão sendo conectados à Internet (BBC, 2001). Realmente, o termo rede de
computadores está começando a soar um tanto desactualizado, dados os muitos
equipamento não tradicionais que estão sendo ligados à internet. No jargão da Internet,
todos esses equipamentos são denominados hospedeiros ou sistemas finais. Em Janeiro
de 2003, havia mais de 233 milhões de sistemas finais usando a Internet, e esse número
continua a crescer rapidamente (ISC, 2004).

Sistemas finais são conectados entre si por enlaces (links) de comunicação. Enlaces
diferentes podem transmitir dados em taxas diferentes, sendo a taxa de transmissão de
um enlace medida em bits por segundo (KUROSE, 2006).

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Em geral, sistemas finais não são interligados directamente por um único enlace de
comunicação. Em vez disso são interconectados indirectamente por equipamentos
intermediários de comutação conhecidos como comutadores de pacotes. Um comutador
de pacote encaminha a informação que está chegado em um de seus enlaces de
comunicação de entrada para um de seus enlaces de comunicação de saída. No jargão
das redes de computadores, o bloco de informação é denominado pacote. Há
comutadores de pacotes de todos os tipos e formas, mas os dois mais proeminentes na
Internet de hoje são roteadores e comutadores de camada de enlace (switches). Esses
dois tipos de comutadores encaminham pacotes a seus destinos finais (KUROSE, 2006).
Examinaremos com mais detalhe sobre os mesmo.

1.5.1.1 Roteador

O routeador

Um roteador é um dispositivo que encaminha pacotes de dados entre redes de


computadores, criando um conjunto de redes de sobreposição. Um roteador é conectado
a duas ou mais linhas de dados de redes diferentes. Quando um pacote de dados chega,
em uma das linhas, o roteador lê a informação de endereço no pacote para determinar o
seu destino final. Em seguida, usando a informação na sua política tabela de rateamento
ou encaminhamento, ele direcciona o pacote para a rede de próxima em sua viagem.

Figura 1.8 Exemplo de um Routeador

1.5.1.2 Switch

14
Figura 1.9 Exemplo de um Switch

1.6. Simulador Proteus

O software de desenho e simulação Proteus VSM é uma ferramenta útil para estudantes
e profissionais que desejam acelerar e melhorar suas habilidades para do
desenvolvimento de aplicações analógicas e digitais. Ele permite o desenho de circuitos
empregando um entorno gráfico no qual é possível colocar os símbolos representativos
dos componentes e realizar a simulação de seu funcionamento sem o risco de ocasionar
danos aos circuitos. A simulação pode incluir instrumentos de medição e a inclusão de
gráficas que representam os sinais obtidos na simulação (Breijo, 2008).

O que mais interesse despertou é a capacidade de simular adequadamente o


funcionamento dos microcontroladores mais populares (PICS, ATMEL-AVR, Motorola,
8051, etc.) Também tem a capacidade de passar o desenho a um programa integrado
chamado ARES no qual se pode levar a cabo o desenvolvimento de placas de circuitos
impressos (Breijo, 2008). A figura 1.10 baixo exemplifica o simulador proteus.

Figura 1.10 Simulador Proteus

15
1.7. Plataforma do Arduino

O projecto da placa de desenvolvimento Arduino se iniciou em 2005 na cidade de Ivrea,


Itália, e o mesmo pode ser visto na Figura1.9, como uma alternativa ao hardware que era
utilizado nas universidades da época, o qual possuía um custo elevado aos estudantes.
Entretanto seu reconhecimento só veio em 2006 com o recebimento de uma menção
honrosa na categoria Comunidades Digitais pela Prix Ars Electrónica (THOMPSON,
2008).

Figura 1.11 - Arduino UNO Fonte: (SOUZA, 2014)

O Arduino é uma plataforma física de computação, para prototipagem electrónica, sendo


uma placa microcontrolada com um ambiente de desenvolvimento para a escrita do
código para a mesma. É utilizado o micro controlador Atmel AVR de 8 bits com suporte
de entrada e saída, e sua linguagem de programação padrão tem origem em Wiring, e é
essencialmente C/C++ (O’BRIEN, 2008). A escolha do Arduino UNO se deu pois com
este é possível realizar a leitura de sensores e realizar o accionamento de actuadores,
assim é possível a implementação do foco do projecto, que é o desenvolvimento da
plataforma para o Sistema de Telegestão para melhorar a iluminação pública em Vias
Rodoviária. Com o mesmo é possível enviar ou receber informações de praticamente
todos os tipos de sistemas electrónicos, sendo assim está presente em diversos campos
de actuação, como por exemplo, impressão 3D, engenharia robótica.

De acordo com Grego (2009), seu objectivo é fornecer aos usuários a possibilidade da
criação de ferramentas acessíveis, com baixo custo, flexíveis e fácil de serem usadas.
16
Além de ser utilizada para projectos interactivos independentes, pode ser conectada,
através de uma interface serial ou USB (Universal Serial Bus), a um computador
hospedeiro, o qual pode receber e enviar dados para o Arduino. No entanto a plataforma
não possui recurso de rede, porém é possível o uso de extensões e a combinação de
mais placas Arduino, assim sendo possível a comunicação entre eles.

1.7.1 Ethernet Shield

O Arduino Ethernet Shield permite que um Arduino seja conectado à Internet. Ele é
baseado no chip Wiznet W5100 que fornece uma biblioteca de rede (IP) que suporta
tanto TCP como UDP, o mesmo pode ser visto na Figura1.10.

Figura 1.12 - Arduino Ethernet Shield Fonte: (MULTILOGICA SHOP, 2015).

A biblioteca Ethernet serve para escrever programas que se conectem a internet através
deste shield. Este shield se conecta ao arduino por barras de pinos empilháveis,
mantendo o layout e permitindo que outro shield se encaixe por cima. Há também uma
ranhura para cartões micro-SD que pode ser utilizado para armazenar arquivos que
estejam disponíveis na rede. É compatível com o Arduino UNO e com o Mega. O Arduino
comunica tanto com o W5100 e o cartão SD utilizando o barramento SPI (através do
cabeçalho ICSP). O compartilhando de W5100 e SD card do barramento SPI não são de
uso simultâneo.

1.7.2 Visão geral da IDE

Pronto! Após a instalação será possível abrir a IDE do Arduino, que tem a seguinte
aparência:

17
Figura 3.2 – IDE do Arduino versão 1.0.5-R2 sendo executada no Windows 8.1

A IDE do Arduino é muito simples e objetiva, tornando todo o processo de


desenvolvimento e gravação bastante intuitivo. Além do espaço em branco destinado ao
desenvolvimento do programa, existem 6 botões na parte superior: Verify, Upload
(destacado de vermelho), New, Open, Save e Serial Monitor. Eles são utilizados,
respectivamente para Verificar se existem erros no código, enviar (gravar) o programa no
Arduino, criar um novo código, abrir um código existente e um monitor de dados da porta
serial. Um código desenvolvido para Arduino é chamado de Sketch, traduzindo do inglês
ao pé da letra seria algo como “esboço” ou “rascunho”. Isso nos dá uma ideia de que
nunca terminamos um código, sempre haverá melhorias e novas funcionalidades. O
Sketch possui a extensão ‘.pde’. A partir de agora sempre que for necessário gravar um
novo programa no Arduino, basta conectá-lo na porta Usb, Selecionar a placa utilizada
em Tools > Board e em seguida selecionar a Porta Serial (COM) associada a ele, neste
caso Tools > Serial Port > COM3. Em seguida, após abrir o programa desejado, basta
clicar em “Upload”. Após executar estes passos, a IDE deverá exibir uma mensagem no
final “Done Uploading”.

18
1.7 Sensores

O termo sensor é aplicado a dispositivos que tem por finalidade serem sensíveis a
alguma forma de energia em um sistema, tais como luminosidade, temperatura e
humidade. Através de sensores, pode-se fazer a leitura de determinadas características
do ambiente e responder de acordo com elas, ou seja, criar um sistema capaz de
interagir com o ambiente. No entanto um sensor nem sempre possui as características
eléctricas necessárias para ser utilizado em um sistema de monitoramento e controle,
assim sendo necessário o uso de manipulações do sinal para possível leitura (PATSKO,
2006).

Segundo Thomazini e Albuquerque (2012), os sensores podem ser classificados como


analógicos e digitais, sendo esta divisão feita de acordo com a resposta do sensor diante
de variações em suas medidas. A diferença nas respostas pode ser vista na figura 1.11.

Os analógicos são mais antigos, portanto são mais comuns. Estes são assim designados
por poderem assumir valores dentro de um intervalo previamente estabelecido.

Figura 1.13 - Respostas dos sensores analógicos e digitais. Fonte: (PATSKO, 2006).

A sua utilização em circuitos analógicos é realizada sem problemas, entretanto quando é


necessário monitorá-lo através de um circuito digital, como um computador, o sinal deve
ser convertido em um sinal digital equivalente, os quais podem ser gravados e
processados mais facilmente que os analógicos (THOMAZINI e ALBUQUERQUE, 2012).

Por outro lado, sensores digitais são baseados em níveis de tensão bem definidos, e
podem ser descritos com alto ou baixo, ou simplesmente “1” e “0”, ou seja, seu

19
funcionamento é baseado na lógica binária, dessa forma não sendo possível a existência
de valores intermediários entre eles. Porém hoje em dia, os sensores digitais mais
complexos podem alternar entre várias respostas distintas, e sua adaptação pode ser
visualizada na Figura 1.12, a qual corresponde a uma discretização de um sinal
analógico (PATSKO, 2006).

Para este projecto foram utilizados sensores de luminosidade, e de temperatura, que


serão explicados posteriormente

Figura 1.14 - Sinal de saída de um sensor digital Fonte: (PATSKO, 2006).

1.7.1 Sensor de Luminosidade

Actualmente um sensor utilizado em diversas aplicações é o sensor fotoeléctrico, o qual


tem por finalidade converter um sinal luminoso em um sinal eléctrico que será
processado por um circuito electrónico assim pode realizar accionamentos de
dispositivos como lâmpadas. Entretanto, para a correcta utilização de sensores de
luminosidade deve-se conhecer bem as suas características, para que esses sejam
adequados ao tipo de projecto, e não prejudique seu funcionamento, afinal um sensor
pouco sensível ou com resposta lenta pode arruinar um projecto.

O sensor pode ser um transdutor ou um sensor propriamente dito, os quais convertem


luz em uma variação de uma grandeza como corrente ou resistência, sendo o caso de
LDRs (Light Dependent Resistor), que será brevemente exemplificado abaixo.

20
1.7.1.1 LDR

Os sensores LDRs também são conhecidos como foto-resistores, pois variam sua
resistência de acordo com a intensidade luminosa incidente nele, sendo assim, quanto
maior o diâmetro do sensor maior será sua capacidade de controlar correntes mais
intensas que passam por ele (WENDLING, 2010).

A utilização mais comum deste é na iluminação pública, onde é utilizado para accionar
ou desligar as lâmpadas de acordo com a luminosidade do ambiente, assim ocorrendo
um processo automatizado, sem necessidade de alguém para realizar o controlo. Um
modelo de LDR pode ser visto na Figura 1.15.

Figura 1.15 - Exemplo de LDR Fonte: (WENDLING, 2010).

Como pode ser visto na Figura 1.15, os LDRs possuem uma camada de sulfureto de
cádmio (CdS), que é um material semicondutor com a propriedade de diminuir sua
resistência à passagem da corrente eléctrica, quando há maior incidência de
luminosidade (PATSKO, 2006).

A sua resistência é inversamente proporcional à luminosidade, dessa forma quanto mais


luz no ambiente menor sua resistência, e conforme a intensidade luminosa diminui sua
resistência aumenta, conforme é exemplificado na figura 1.16.

21
Figura 1.16 - Gráfico da relação entre luminosidade e resistência Fonte: (WENDLING, 2010).

O mesmo possui a vantagem de ser um sensor bidireccional, assim pode actuar em


circuitos de corrente alternada (MENDES E STEVAN, 2013).

1.7.2 Sensor de Temperatura

Medir a temperatura de um ambiente não é algo tão simples, devido a essa medida ser
constituída de um sinal analógico que pode ser convertido para a forma digital, a sua
precisão pode ser afectada. Dessa forma a escolha de um sensor para determinada
aplicação envolve diversos factores, que se mal avaliados levam a resultados
inadequados em um projecto (BRAGA, 2014).

Os transdutores são conversores de grandezas, no caso, uma temperatura é convertida


em sinal eléctrico, e estes podem ser encontrados em muito tipos, exemplo é o CIs
(Circuito Integrado) Sensores.

1.7.2.3 CIs Sensores

São sensores que já possuem recursos que permitem obter uma resposta linear com
características que os circuitos normalmente utilizados podem operar. Entretanto, a faixa
de temperatura que os circuitos podem operar é restrita, de acordo com o CI utilizado, e
esses tipos de circuitos necessitam de uma fonte de alimentação externa, o que os torna
sensíveis ao próprio aquecimento, o que pode interferir na leitura dos dados de

22
temperatura do ambiente. A curva característica de um CI sensor pode ser vista na Figura
1.17.

Figura 1.17- Curva característica CI sensor Fonte: (SILVA, 2006)

1.8 Métodos de Controlo usado em Iluminação Pública

Existem diversos sistemas de controlo de iluminação pública, estando a surgir novas


tecnologias de gestão cada vez mais eficientes. Aqui serão abordados os principais
usados. Existem os que simplesmente permitem controlar o momento a que se ligam e
desligam os circuitos de IP, funcionando num sistema ON/OFF (Sensores crepusculares e
Relógios Astronómicos), e os reguláveis (Reguladores de Fluxo e Sistemas de
telegestão).

1.8.1 Interruptores usando foto célula

A célula fotoeléctrica existente no interruptor crepuscular reage à mudança de


luminosidade, ligando ou desligando a iluminação conforme o nível de luminosidade
estipulado, permitindo, desta forma, gerir racionalmente o funcionamento dos circuitos de
iluminação pública.

Neste sistema usa-se a foto célula para ligar o circuito de iluminação em função da
ausência de luz solar. Utilizam sensores de luz ambiente, também conhecidos como
Sensores de Luminosidades conforme mostra a figura 1.18, que permitem o controlo da
iluminação pública.

23
Figura 1.18- Foto célula (Fonte: Autoria Própria).

A colocação da foto célula poderá ser no PT, enviando o sinal a um conjunto de circuitos
de luminárias, ou então poderá ser parte integrante de cada ponto de iluminação
individual (Pinto, 2016).

1.8.2 Relógios Astronómicos

São sistema que usa-se relógio para ligar o circuito de iluminação em função de um
tempo. Os relógios astronómicos são equipamentos que efectuam o cálculo diário, com
base em fórmulas astronómicas, do número de horas de sol, da hora a que o sol nasce e
se põe, para determinada latitude de qualquer lugar da Terra. A instalação de relógios
astronómicos permite aos equipamentos de iluminação pública serem ligados ao pôr-do-
sol e desligados com o nascer do sol. Estes equipamentos permitem ser programados de
forma a ligarem ou desligarem após o pôr-do-sol ou antes de o nascer do sol,
respectivamente.

1.8.3 Reguladores de Fluxo

São sistema que usa-se sensor para controlar o fluxo da iluminação da luminária. São
dispositivos que permitem a regulação da intensidade luminosa em períodos de menor
necessidade de iluminação. Um regulador de fluxo pode estar integrado num sistema de
telegestão complexo, utilizando quer balastros electrónicos reguláveis para HID, quer
24
drivers com regulação de fluxo para luminárias LED, ou então, de maneira centralizada,
num dispositivo à cabeceira do PT.

Um regulador de fluxo à cabeceira do PT controla o fluxo de todas as luminárias de uma


rede de IP aí situada. Estes equipamentos devem ser programados de acordo com a
época do ano em que se encontram de modo a obter uma adequada regulação de fluxo.
Estes equipamentos permitem obter poupanças variadas. Um dos problemas é que caso
as lâmpadas de um circuito não sejam todas do mesmo tipo, não se conseguirá ter a
melhor poupança possível ou ter-se-á má regulação. Para lâmpadas de HID poder-se-á
obter poupanças energéticas até 50%, mas não se deve aplicar uma tensão abaixo do

1.8.4 Sistemas de Telegestão

É um sistema de telecomunicação usado para fazer a gestão do circuito de iluminação.


Os sistemas de telegestão são ferramentas usadas para gerir, controlar e monitorizar
redes de iluminação pública. Estes sistemas de telecomunicações permitem gerir remota
e individualmente as luminárias individuais fazendo pleno uso dos seus parâmetros
operacionais (Schréder, 2013). Com isso, é possível ter acesso à condição de cada
ponto de iluminação, com informações de consumo, tempo de utilização, ocorrências de
defeitos, parâmetros eléctricos de funcionamento, entre outras informações (Cardoso,
2011).

Oferecem novas maneiras de lidar com o uso eficiente da energia para iluminação
pública. Quando combinada com outros componentes específicos, esta tecnologia facilita
uma precisa e selectiva variação de intensidade luminosa de cada luminária. Cada
luminária recebe individualmente informações de configuração que melhor se adaptem à
sua função específica. É possível configurar com precisão a quantidade de luz
necessária em quaisquer circunstâncias, controlando a quantidade de energia utilizada
(Schréder, 2016).

O uso de LEDs em sistemas de telegestão é fulcral para maximizar o potencial destes


sistemas, embora muitos deles funcionem com lâmpadas de HID. Existem vários
sistemas de telegestão desenvolvidos e vendidos por diversas empresas. Por exemplo a
Schréder disponibiliza o sistema de telegestão OWLET cujas vantagens incluem a sua
natureza open-source, transmissão bidireccional e o uso do protocolo ZigBee.

25
O sistema de telegestão aplicada são aqueles que trabalham através de portadora de
corrente (ou PLC, do inglês Power Line Comuniction) e os trabalham através de rádio
frequência (Branco, 2010).

1.8.4.1 Vantagens do Sistema de Telegestão

As principais vantagens da utilização de um sistema de telegestão em iluminação pública


são: Possibilidade de dimerização de cada um dos pontos de iluminação, o que pode
diminuir a poluição luminosa e aumentar a vida útil da luminária LED, além de possibilitar
menor consumo de energia eléctrica em horários de menor tráfego de veículos e
pedestres; melhora nas operações de manutenção, pelo facto de um ponto com defeito
ser imediatamente identificado; contribuição na previsão de compras para reposição,
uma vez que é possível fazer um acompanhamento de vida útil de cada ponto de
iluminação; redução nos custos de manutenção, devido ao facto de não serem mais
necessárias equipa nocturnas que buscam pontos de iluminação defeituosos; acesso a
informação sobre o funcionamento de cada ponto de iluminação (como potência, tensão,
factor de potência, etc.), entre outras (Santos, 2011).

A principal desvantagem é que a implementação do sistema de telegestão aumentaria


ainda mais o custo de implantação de um sistema empregado LEDs, que já é
relativamente alto. Porém, se todo o sistema for bem projecto, a economia proveniente
do menor consumo de energia e da menor necessidade de manutenção podem
amortizar (dimming) o investimento ao menos dentro da vida útil das luminárias LEDs.
Agora será abordado os métodos usados para o funcionamento do projecto.

1.9 Procedimentos Metodológicos Utilizada no Projecto

Para o desenvolvimento deste projecto primeiramente será realizada uma pesquisa com
relação aos itens relacionados nos objectivos em carácter descritivo através de estudo
bibliográfico. A pesquisa bibliográfica será desenvolvida com base em material já
elaborado, constituído principalmente de livros, artigos científicos e trabalhos de
conclusões de cursos. Para auxílio nas pesquisas técnicas, meios como a internet serão
utilizados para assuntos gerais como o uso de Softwares para as simulações. Após o
levantamento teórico dos itens, será realizada uma pesquisa em campo a nível
exploratório nas vias rodoviárias de Luanda para identificar quais tecnologias são
usadas na implementação das iluminarias, tipos de lâmpadas, como elas são ligadas e
se existe controlo de fluxo das iluminarias.
26
A implementação para a proposta de solução. Empregam-se os métodos científicos da
investigação: Teóricos e Empíricos. Dos métodos teóricos se utilizam:

Analítico-Sintético: A aplicação deste método permitiu a busca,


investigação e análise dos documentos necessários para entender o processo
que se leva a cabo da iluminação pública. Também se conferiram diferentes
fontes bibliográficas.
Análise Histórica-Lógica: Utiliza-se para conhecer os antecedentes e
elementos da investigação referidos aos processos de panejamento e controle e a
determinação das tendências actuais sobre a temática que se estuda
(Hernándezet al, 2011). Seu emprego permitiu pesquisar a respeito da iluminação
pública existentes em Angola e no mundo que fazem o uso do mesmo.
Modelação: É o método mediante o qual se criam abstracções com o
objectivo de explicar a realidade (Hernándezet al, 2011).
Hipotético – Dedutivo (porque verificam as novas hipóteses e sobre a
realidade).

Dos métodos particulares se utilizam:

Entrevista: Realizaram-se a trabalhadores, que fazem o processo de


montagem de circuito de iluminação pública.
Observação (porque permite o recolhimento da informação de cada um
dos conceitos ou variáveis definidas na hipótese).

1.10 Soluções existentes

1.10.1 O sistema de telegestão usando a Tecnologia PLC

O sistema empregando PLC utiliza os cabos da própria rede eléctrica em estão ligadas
as luminárias para se comunicar com o centro de controlo, utilizando modulações de
onda a uma determinada frequência. A representação de um sistema de telegestão PLC
é mostrada na figura 1.19.

27
Figura 1.19 - Sistema de telegestão PLC (Fonte: CONTROLOMATIC)

1.10.2 O sistema de telegestão usando a Tecnologia Wireless

O sistema empregado rádio frequência pode fazer a comunicação da luminárias com o


centro de controlo através de uma rede wireless. Ambos os tipos de sistema de
telegestão têm seus centros de controlo ligados a uma central de monitoramento, que
possui um software que se comunica com os centros de controlo geralmente através de
protocolo TCP/IP ou mesmo através da rede GSM. Sistemas de telegestão modernos
permitem receber informações ou mesmo enviar comandos através de dispositivos
pessoas como celulares, tablests e notebooks (Schréder, 2013). A representação de um
sistema de telegestão wireless é mostrada na figura 1.20.

28
Figura 1.20 - Sistema de telegestão wireless Fonte: (CONTROLOMATIC)

1.11 Ferramentas nas quais se apoia para a solução

Simulador Proteus
Plantafoma Arduino
Programa Sublime Text 2
Google Chrome

29
CAPITULO II: EXPLICAÇÃO DO TEMA
2.1 Visão geral do problema

Segundo o Jornal de Angola, Nhuca Júnior(2018) diz que o acidente de viação não
aconteceu apenas devido ao excesso de velocidade do camião. Admite-se mesmo que a
falta de iluminação pública possa ter contribuído para a ocorrência do acidente de viação
numa estrada insegura à noite, como são praticamente todas em Angola, algumas mais
do que outras. A falta de iluminação pública é um “cancro” que precisa de ser extirpado
nas nossas estradas urbanas e rurais. Luanda pode ser um exemplo típico de uma
cidade africana que ainda está muito longe de ter a segurança rodoviária desejável no
período nocturno.

Praticamente na maioria das ruas da capital angolana. Muitas colisões entre veículos e
atropelamentos poderiam ter sido evitadas se houvesse iluminação pública em toda a
extensão da província de Luanda.

Figura 2.1- O sistema de iluminação pública em Luanda (Fonte: Jornal de Angola, 2018)

30
2.2 Visão geral do município de Viana província de Luanda

Viana é uma cidade e um município angolano da Província de Luanda, situado a 18 km


da capital do país.

Tem 1 344 km² e cerca de 68 mil habitantes. É limitado a Norte pelo município
do Cacuaco, a Este pelo município de Ícolo e Bengo, a Sul pelo município da Kissama e
a Oeste pelo Oceano Atlântico e pelos municípios de Samba, Kilamba Kiaxi e Rangel.

O município foi fundado em 13 de Dezembro de 1963 e é constituído por oito distritos.

Devido à sua proximidade com a cidade de Luanda, Viana tem verificado nos últimos
anos um crescimento muito acentuado da sua população residente e das indústrias
instaladas. A figura 2.2 abaixo mostra a delimitação do município de Viana.

Também em Viana é onde encontra-se a Zona Económica ZEE.

Figura 2.2 Delimitação do município de Viana

Catete é uma cidade e comuna, sendo a sede do município de Icolo e Bengo, província
de Luanda, Angola. A figura 2.3 abaixo mostra como é a rota da estrada de Catete..

31
Figura 2.3 Visualização da estrada de Catete

2.3 Sistema de Telegestão para a iluminação pública em Vias Rodoviárias


de LUANDA (STI-PVR)

É um sistema novo, composto por equipamentos que poderão ser incorporados em


qualquer modelo de luminária, permitindo a realização da Telegestão em iluminação
pública. (Túneis, Ruas, Viadutos, Praças, Condomínios, etc.). Com o sistema de
Telegestão é possível programar a hora de ligar, desligar e dimerizar as luminárias,
fazendo com que se tenha uma significativa redução no consumo de energia.

Como o acompanhamento é realizado por meio de uma página Web, fica fácil identificar
em um determinado grupo ou em um ponto específico, se o funcionamento está
normalizado, se existe ou não problemas e até mesmo falhas de comunicação.

Caso alguma luminária não esteja trabalhando, um alerta será apresentado na tela e
com isso já é indicada qual luminária está com problema e também qual é a sua
localização.

2.3.1 O que é necessário para ter o sistema?

32
Para o funcionamento do sistema STI-PVR, serão necessários alguns equipamentos,
conforme descrito abaixo pela figura 2.2.

Figura 2.4 - Equipamentos para o funcionamento do Sistema (Fonte: TANENBAUM, 2003)

Notebook / Smart Phone/ Router


Acesso a WEB
Luminária LED com driver dimerizável ou luminária convencional a Alta
pressão (ex: vapor de sódio, metálico).

O sistema STI-PVR é constituído por uma sensor LDR, um sensor LM 35 e uma


tecnologia Arduino, por sua vez é formado por um microcontrolador programável,
acompanhado com seu shield de Ethernet. Para que seja realizada a dimerização em
luminárias LED, será necessário a utilização de um circuito dimming.

2.3.2 Como será realizado o monitoramento das luminárias?

O monitoramento será realizado através de um usuário (Login e Password) específico


para a realização da telegestão, onde será possível:

Visualizar características eléctricas e térmicas das luminárias


Verificar problemas com luminárias (através de indicação de cores)
Programar as luminárias, para que acenda, apague e dimming.

33
2.4 Diagrama de estudo

Figura 2.5 - Diagrama em bloco (Fonte: Autoria Própria)

2.4.1 Bloco de Foto célula

Neste sistema usa-se a sensor de luz para ligar o circuito de iluminação em função da
ausência de luz solar.

O sensor de luminosidade que foi utilizado foi o LDR de 5mm, o qual tem a variação de
sua resistência dependendo da variação de luminosidade incidente nele. O sensor de
luminosidade LDR não possui polarização, assim podendo ser ligados de ambos os
lados no sistema.

2.4.2 Bloco de luminária

É um circuito que nos permite visualizar o que introduzimos no bloco de sensores,


exemplo uma lâmpada.

2.4.3 Bloco de Processamento

Por meio deste bloco serão executadas todas as instruções, nesta etapa é onde foi
programado os sensores de luz e de temperatura inseridas no próprio circuito eléctrico,
nesta etapa encontramos um arduino UNO e um a Arduíno Ethernet Shield.
34
2.4.4 Bloco de Sensor e de Temperatura

Neste bloco usamos o sensor LDR para medir o fluxo da intensidade dos LEDs das
Iluminarias em percentagem.

Neste bloco usamos o sensor de temperatura LM 35 para medir a temperatura dos LEDs
em caso de aquecimento elevado.

2.4.5 Bloco da Página Web

Neste bloco permite-nos visualizar o que introduzimos no bloco de sensores, para fazer o
monitoramento usando uma página via Web.

2.5 Desenho da Página Web

Figura 2.6 - Desenho da página Web

35
2.6 Circuito eléctrico do Sistema em estudo

Figura 2.7- Circuito eléctrico

31
Agora segui -se alguns cálculos usados para o funcionamento do projecto.

Figura 2.8 Divisor de tensão usando LDR

Escuro→LDR alto→ 𝑉0 alto Escuro→LDR alto → 𝑉0 baixo

Luz→LDR baixo→ 𝑉0 baixo Luz → LDR baixo → 𝑉0 alto

𝐿𝐷𝑅
𝑉𝑠𝑎í𝑑𝑎 = 𝑅+𝐿𝐷𝑅 × 𝑉𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 ...............................................................................................(3.1)

𝑅
𝑉𝑠𝑎í𝑑𝑎 = 𝑅+𝐿𝐷𝑅 × 𝑉𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 ................................................................................................(3.2)

2.1.2 Cálculo para Luminosidade

O sensor de luminosidade tem como saída um valor analógico que varia de 0 à 1023,
correspondentes à 0[V] e 5[V]. A figura 3.1 mostra o valor lido é uma variação de tensão
proveniente do divisor de tensão entre o LDR e o resistor de 330Ω e a essa variação é
vista na equação 3.3, onde 𝑉𝐴1 corresponde ao valor lido na entrada analógica do
Arduino.

5
𝑉𝐿𝑢𝑧 = 𝑉𝐴1 × ...................................................................................................(3.3)
1023

32
A equação da corrente que circula pelo circuito pode ser vista na equação 3.4, com o
uso de um resistor R.

𝑉0
𝐶= .........................................................................................................................(3.4)
𝑅

Se o LDR é alimentado com 5 [V], a resistência de saída proveniente do LDR pode ser
expressada pela equação 3.5.

5−𝑉0
𝑅 𝐿𝐷𝑅 = ............................................................................................................(3.5)
𝐶

Logo se obtém a equação 3.6 que é a relação entre a tensão e a medida da intensidade
luminosa em Lux. De acordo com Mendes e Stevan (2013), a mesma é uma equação
padrão.
−10
𝐿𝑢𝑥 = 255,84 × 𝑅𝐿𝐷𝑅 9 .................................................................................... (3.6)

3.1.3 Cálculo para Temperatura

Como no sensor de luminosidade, o sensor de temperatura tem como saída um valor


analógico que varia de 0 à 1023, baseado nisso pode-se determinar o valor de tensão na
entrada analógica do Arduino através da equação 3.7, onde 𝑉𝐴2 corresponde ao valor lido
na entrada analógica do Arduino.

5
𝑉𝑡𝑒𝑚𝑝 = 𝑉𝐴2 × ....................................................................................(3.7)
1023

Sabe-se que cada 10 [kV] de variação corresponde a 1ºC, segundo o datasheet do


fornecedor, o valor de temperatura é ajustado com o auxílio do cálculo presente na
equação 3.8, para que a leitura do sinal seja representada em graus Célsius.

𝑉𝑡𝑒𝑚𝑝
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 = ...............................................................................(3.8)
0.01

No projecto que está sendo aplicado, o sensor deve compreender uma faixa de 0ºC à
100ºC, que são valores mínimo e máximo de temperaturas que Lâmpadas podem atingir.
Agora segue-se o capítulo 3 que vai falar sobre discussão do tema.

33
CAPÍTULO III: DISCUSSÃO DO TEMA
3.1. Proposta para melhorar a iluminação pública em Vias Rodoviárias de
Viana

Para melhorar a iluminação pública, fez- se um estudo geral no município de Viana e


foi notado que as vias rodoviárias está sempre nas escuras e tem apresentado muitos
problemas, causando os acidentes, os assaltos nas vias, os vandalismos dos
património públicos, principalmente nos tempos chuvosos torna-se perigo para as
pessoas caminharem a pé. Isto acontece por falta de iluminação nas vias rodoviárias
de Luanda.

Para que não haja falta de iluminação nas vias rodoviárias de Luanda é necessário
mudar a tecnologia aplicada, primeiramente nas iluminarias deve-se substituir as
lâmpadas de vapor por lâmpadas a LEDs, para reduzir o custo gasto com o consumo
de energia e também deve-se ter um Sistema de monitoramento pois não se terá
necessidade de os técnicos ir até a vias rodoviárias para vê se uma luminária está
queimada ou já não está a funcionar.

Avaliando as diferentes soluções e reconhecendo o grande potencial desses sistemas


existente no mercado internacional, a má notícia é que no nosso país ainda não existe
um sistema de telegestão, a ideia é implementar um sistema de telegestão de baixo
custo usando novas tecnologias que muitas delas não são aplicadas nas soluções
apresentadas no capitulo I, lá falou-se, que tecnologias são usadas para a
implementação dos mesmos.

A solução usando a tecnologia PLC, utiliza os cabos da rede eléctrica para fazer a
comunicação de dados com o sistema das iluminarias, facilitando muito a interligação
entre os sistemas. Nesta interligação usa-se modens para fazer a adaptação ser um
sucesso. Nesta tecnologia é necessário sempre comprar modens para ter a
interligação com a rede de internet, e esse modens não são nada baratos.

Já a solução usando a tecnologia Wireless, utiliza a rádio frequência para pode fazer a
comunicação das luminárias. Neste sistema usa-se placa de RF para interligar com
uma rede telefónica e cada iluminaria tem que ter uma dessa placa para fazer o
monitoramento e o controle das luminárias. Essas placas são caras e para piorar cada
luminária deve ter pelo menos uma.
34
Então a solução apresentada neste trabalho científico, primeiramente só para recorda é
uma solução de baixo custo comparando com as soluções anteriores.

Usa-se a tecnologia Arduino, essa tecnologia é muito boa, porque com auxílio do shield
Ethernet da própria tecnologia já é possível interligar o projecto a uma rede de internet.
E uma placa dessa pode controlar mais de uma luminária.

Vai-se criar um protótipo para o sistema de telegestão para melhorar a iluminação


pública das vias rodoviárias de Luanda, esse protótipo terá uma versão V0.1, pois esse
sistema atenderá algumas necessidades básicas pois esse sistema ainda está a nascer.

Falando um pouco da versão V0.1, terá as seguintes funcionalidades, acender todas as


lâmpadas usando uma foto células em cada circuito de iluminação e essa foto células
será fixada no início de cada circuito de iluminação pública e mesmo medirá a
temperatura das lâmpadas em grau Célsius se a medirá a luminosidade do mesmo em
percentagem pois em horários morto, em função desses dados poderemos. isto é em
versões futuras teremos a redução do fluxos das intensidades das iluminarias de 100%
para 70%, de 70% para 50%, diminuindo assim consideravelmente o consumo de
energia eléctrica.

3.2 Mapa do Sistema.

3.2.1 Formulário de Login.

Figura 3.1- Formulário de Login (Fonte: Autoria Própria).

35
3.2.3 Tela principal.

Figura 3.2- Tela principal (Fonte: Autoria Própria).

3.3 Resultados

Os resultados são obtidos através de simulações realizadas com o protótipo


implementado, de acordo com o que foi explicado previamente, que pode ser visto na
Figura 3.3. Tais simulações foram realizadas com o intuito de se representar variações
de luminosidade, temperatura e accionar uma carga remotamente.

Figura 3.3- Tela principal (Fonte: Autoria Própria).

Figura 3.3 -Protótipo do Projecto (Fonte: Autoria Própria).

36
3.4 Condições para realização das simulações

3.4.1 Luminosidade

As simulações foram realizadas de dia. Para diferentes luminosidades o protótipo foi


colocado em um quarto fechado com lâmpadas e também foi utilizada uma lanterna para
maior intensidade luminosa. Dessa forma, o sensor poderia receber todas as
intensidades luminosas compreendidas em sua faixa de medição.

3.4.2 Temperatura

Para uma rápida variação de temperatura o protótipo foi colocado em um quarto


fechado, sendo assim deveria ser aquecido para o aumento de temperatura, e resfriado
para a diminuição de temperatura.

Para isso foi utilizado um secador de cabelo, que gradativamente elevou a temperatura
ao redor do sensor, e uma pedra de gelo que possibilitou o decrescimento do valor de
temperatura no mesmo.

3.5 Simulações

Os resultados foram obtidos através das simulações, e as mesmas foram apresentadas


a seguir, onde se considerou as condições anteriormente apresentadas.

3.5.1 Luminosidade

Como apresentado anteriormente, para as leituras de luminosidade, primeiramente o


sensor encontrou-se em um quarto fechado, logo uma lâmpada foi acesa, esse
procedimento deu origem a figura 3.4, e por fim com a lâmpada apagada, uma lanterna
aproximada do sensor para o aumento de luminosidade, esse procedimento deu origem
a figura 3.5.

37
Figura 3.4 - Testando a luminosidade com a lâmpada acesa(Fonte: Autoria Própria).

Figura 3.5- Testando a luminosidade com a lâmpada acesa(Fonte: Autoria Própria).

3.5.2 Temperatura

Assim para o aumento de temperatura, aproximou-se aos poucos um secador, e em


seguida afastou-se, para a queda de temperatura. O primeiro procedimento deu origem
a presente Figura 3.6, o segundo procedimento deu origem a presente Figura 3.7

O código fonte do projecto encontra-se no ANEXO D.

38
Figura 3.6 - Testando a temperatura sem o secador (Fonte: Autoria Própria).

Figura 3.7 - Testando a temperatura sem o secador (Fonte: Autoria Própria).

39
3.4 Circuito eléctrico para proposta

Figura 3.8 Circuito eléctrico para proposta da sistema de telegestão

40
O circuito da figura 3.8 mostra exactamente os equipamentos serão para o
funcionamento do sistema. Nesta figura encontramos o PT onde será colocado o sensor
de luminosidade para controlar o circuito da iluminação. Esse sensor é utilizado para
accionar ou desligar as lâmpadas de acordo com a luminosidade do ambiente, assim
ocorrendo um processo automatizado, sem necessidade de alguém para realizar o
controlo.

Depois encontramos as luminárias, bem dentro da luminária será colocado, o sensor de


luminosidade e o sensor de temperatura para controlar as características eléctricas e
térmicas das luminárias.

Depois encontramos o armário onde será colocado os equipamentos para o


accionamento e o controle da luminária, exemplo desses equipamentos o routeador e
switch. Esses equipamentos serão conectado com o circuito de luminária por meio de um
cabo de par trançado e um conector RJ 45.

41
3.5 Análise Social

A proposta em causa acarreta consigo muitas vantagens não só para a cidade de


Luanda mas também para as pessoas que caminhão a pé durante a noite, para os
automobilistas ao conduzirem a noite, evitando assim os assaltos nas vias rodoviárias.
Uma cidade bem iluminada evita os acidentes, por exemplo atropelamento, colisões
entre veículos e acima de tudo elimina a prática do vandalismo do património público.

O Sistema de Telegestão reduz consideravelmente os esforços dos técnicos que fazem


a manutenção das luminárias, pois não se terá necessidade de os técnicos ir até a vias
rodoviárias para vê se uma luminária está queimada ou já não está a funcionar.

Caso alguma luminária não esteja trabalhando, um alerta será apresentado na tela e
com isso já é indicada qual luminária que está com problema e também qual é a sua
localização.

E se for empregado lâmpadas a LEDs, essa tecnologia reduzirá consideravelmente o


custo com o consumo de energia.

42
CONCLUSÕES
Portanto neste trabalho falou-se como será futuramente a iluminação pública, notou-se
que a grande necessidade de manutenção das mesmas. Por outro lado pode-se
facilmente entender a importância da iluminação pública para os seres humanos.

A falta da iluminação pública nas vias rodoviárias pode causar sérios problemas, por
exemplo os acidentes, os assaltos nas vias e os vandalismos dos patrimónios públicos.

Como considerado no trabalho foram feitas e tomadas várias medidas para que tenha-se
iluminação pública em várias vias rodoviárias, mas contra partida viu se que estava a ter
um elevado consumo de energia.

Para reduzir o custo com o consumo de energia, optou-se na inserção de painéis solares
e geradores.

Mesmo com essa manobra aplicada notou-se que algumas luminárias não funcionavam,
porque não existe uma equipe para fazer a manutenção das luminárias, não só
precisava-se de técnicos mais também de um sistema de comunicação, que é
praticamente uma rede de controlo da iluminação dos postes ou luminária das vias
rodoviárias em Luanda.

Então sugeriu-se que, para que tenha-se esse sistema é necessária uma pesquisa
aprofundada sobre aplicação das telecomunicações em vias rodoviárias, claro sem
esquecer do investimento para que se tenha o projecto implementado. Esse trabalho
mostrou que o projecto que se deseja construir vai reduzir consideravelmente os
esforços do homem, pois não se terá necessidade do técnico ir até a vias rodoviárias
para vê se uma luminária está queimada ou já não está a funcionar. Com esse sistema
será visualizada e monitorado o circuito de iluminação remotamente. Uma das grandes
vantagens deste projecto é a poupança do consumo de energia eléctrica fornecida pela
ENDE para o requerido fim.

43
RECOMENDAÇÕES
Governo Provincial de Luanda – que façam o uso das novas tecnologias na
iluminação pública nas vias rodoviária de Luanda, como por exemplos a tecnologia
LEDs, para poupança de energia elétrica e um Sistema de Telegestão, para o
monitoramento e sinalização dos possíveis problemas das iluminarias e acima de tudo
facilitando a manutenção dos equipamentos. Assim teremos uma Luanda linda.
As Empresas do Sectores Eléctricos – que pesquisem mais sobre novas
tecnologias utilizadas na iluminação pública para melhorar os seus serviços de modo a
satisfazerem as necessidades das partes interessadas.

44
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Investigación Científica´´. Cuba : s.n., 2011.

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Dissertação de Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e de
Computadores, Fevereiro de 2016.
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.2. ed. São Paulo: Érica, 2007. ISBN 978-85-365-0033-1.
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Microcontroladores Pic. 4. ed. Marcombo, 2008. ISBN 978-84-2671-495-4
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Telecomunicações. São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2011. ISBN 978-85-8028-
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7. Kurose, Jame - Redes de Computadores e a Internet. 3. ed. São Paulo: Pearson
Addison Wesley, 2006. ISBN 978-85-88639-18-1.
8. Nascimento, Juares - Telecomunicações São Paulo: Markron Books, 1992.
9. Balanis, Constantine A. - Teoria de antenas: Análise e síntese, 3. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2009. ISBN 978-85-216.1653-5
10. Rappaport, Theodore S. - Comunicações Sem Fio: Princípios e Práticas . 2. ed. São
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11. Young, Paul H.- Técnica de Comunicações electrónica. 5.ed.São Paulo: Peason
Prentise Hall, 2006. ISBN 978-85-7605-049-8
12. “Documento de Referência para a Eficiência Energética na Iluminação Pública,” 2011.
13. R. F. M. Brandão, “Eficiência Energética na Iluminação Pública,” Neutro à Terra, pp.
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shop.com/Arduino-Ethernet-Shield>. Acesso em 2018.

45
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http://www2.feg.unesp.br/Home/PaginasPessoais/ProfMarceloWendling/4---sensores-
v2.0.pdf. Acesso em 2018.
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http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/como-funciona/4715-art1181>. Acesso
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<http://www.dca.fee.unicamp.br/courses/EA078/1s2004/arquivos/turma_ab/cap8.pdf>.
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ambiente: funcionamento e aplicações. Ponta Grossa: UTFPR, 2013.

23. O'BRIEN, Duane. Construindo um Jogo de Laser Baseado no Arduino, Parte 1:


Princípios Básicos do Arduino. 2008. Disponível em:

24. <http://www.ibm.com/developerworks/br/library/os-arduino1/index.html>.Acesso em
2018.

25. PATSKO, Luis Fernando. Tutorial, Aplicações, Funcionamento e Utilização de


Sensores. 2006.
26. SOUZA, Fabio. Arduino: Comunicação Serial. 2014. Disponível em:
<http://www.embarcados.com.br/arduino-comunicacao-serial/>. Acesso em 2018.
27. TANENBAUM, Andrew S. Redes de Computadores. 5. ed. Pearson, 2003. Tradução
de: Vandenberg D. de Souza.
28. THOMAZINI, Daniel; ALBUQUERQUE, Pedro Urbano Braga de. Sensores Indutriais:
Fundamentos e Aplicações. 4. ed. Érica, 2012.

46
29. THOMPSON, Clive. BuildIt. Share It. Profit. Can Open Source Hardware Work? 2008.
Disponível em: <http://www.wired.com/2008/10/ff-openmanufacturing Acesso em
2018.
30. CARDOSO, A. Gestão de iluminação pública. In: SEMINÁRIO DE ILUMINAÇÃO
PÚBLICA EFICIENTE (SEMPE), 1.,2011, juíz de fora.Anais... Juíz de Fora: UFJF-
PROCEL,2011.
31. SCHRÉDER, Disponível em: www.schreder.com. Acesso em 2013.
32. SANTOS, C.R.A. Iluminação Pública e Sustentabilidade Energética. Dissertação
(Mestrado)-Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Porto, 2011.
33. BOYLESTAD, R. Introdução À Análise de Circuito. PRENTICE – HALL DO BRASIL
LTDA, 2009.

47
ANEXO A
BC546/547/5
48/549/550
BC546/547/548/549/550
Switching and Applications

• HighVoltage: BC546, VCEO=65V

• Low Noise: BC549, BC550

• Complement to BC556 ... BC560 TO-


1. Collector 922.Base
1 3.Emitter
NPN Epitaxial Silicon Transistor

Absolute Maximum Ratings Ta=25°C unless otherwise noted

Symbol Parameter Value Units

VCBO Collector-Base Voltage : BC546 80 V

: BC547/550 50 V

: BC548/549 30 V

VCEO Collector-EmitterVoltage : BC546 65 V

: BC547/550 45 V

: BC548/549 30 V

VEBO Emitter-Base 6 V
Voltage :
5 V
BC546/547 :
BC548/549/550

IC CollectorCurrent (DC) 100 mA

PC CollectorPowerDissipation 500 mW

TJ Junction Temperature 150 °C

TSTG Storage Temperature -65 ~ 150 °C

48
Electrical Characteristics Ta=25°C unless otherwise noted

Symbol Parameter Test Condition Min. Typ. Max. Units

ICBO CollectorCut-off Current VCB=30V, IE=0 15 nA

hFE DC CurrentGain VCE=5V, IC=2mA 110 800

VCE (sat) Collector- IC=10mA, 90 250 mVmV


EmitterSaturationVoltage IB=0.5mA
200 600
IC=100mA,
IB=5mA

VBE (sat) Base- IC=10mA, 700 mVmV


EmitterSaturationVoltage IB=0.5mA
900
IC=100mA,
IB=5mA

VBE (on) Base-EmitterOnVoltage VCE=5V, 580 660 700 mVmV


IC=2mA 720
VCE=5V,
IC=10mA

fT CurrentGainBandwidthProduct VCE=5V, 300 MHz


IC=10mA,
f=100MHz

Cob Output Capacitance VCB=10V, IE=0, 3.5 6 pF


f=1MHz

Cib Input Capacitance VEB=0.5V, IC=0, 9 pF


f=1MHz

NF Noise Figure : VCE=5V, 2 10 dB


BC546/547/548 IC=200µA dBdBdB
1.2 4
f=1KHz,
: BC549/550 1.4
4
RG=2KΩ
: BC549 1.4
VCE=5V, 3
: BC550

49
IC=200µA

RG=2KΩ,
f=30~15000MHz

hFEClassification

Classification A B C

hFE 110 ~ 220 200 ~ 450 420 ~ 800

50
ANEXO B 51
ANEXO C

CDS Light-Dependent

Photoresistors
Light-DependentPhotoresistors for

Sensor Applications

Preview

The cadmium sulfide (CdS) or light dependent resistor (LDR) whose


resistance is inversly dependent on the amount of light falling on it, is known
by many names including the photo resistor, photoresistor, photoconductor,
photoconductive cell, or simply the photocell.

A typical structure for a photoresistor uses an active semiconductor layer that is


deposited on an insulating substrate. The semiconductor is normally lightly doped to
enable it to have the required level of conductivity. Contacts are then placed either
side of the exposed area.

The photo-resistor, CdS, or LDR finds many uses as a low cost photo sensitive
element and was used for many years in photographic light meters as well as in other
applications such as smoke, flame and burglar detectors, card readers and lighting
controls for street lamps.

Providing design engineers with an economical CdS or LDR with high quality
performance, Token Electronics now offers commercial grade PGM photoresistor.
Designated the PGM Series, the photoresistors are available in 5mm, 12mm and
20mm sizes, the conformally epoxy or hermetical package offer high quality
performance for applications that require quick response and good characteristic of
spectrum.

Token has been designing and manufacturing high performance light dependent
resistors for decades. Our product offerings are extensive and our experience with
custom photoresistor is equally extensive. Contactuswithyourspecificneeds.

52
Features

- Quick Response

- Reliable Performance

- Epoxyorhermetical package

- GoodCharacteristicofSpectrum

Applications

- Photoswitch

- PhotoelectricControl

- Auto Flash for Camera

- ElectronicToys, Industrial Control

Terminology

● Light Resistance :
Sensitivesurface
Measured at 10 lux with standard light A Electrodes
Ceramicsubstrate
(2854K-color temperature) and 2hr.
ResinEncapsulation Conductingresin
preillumination at 400-600 lux prior testing.

● DarkResistance : Lead wires

Measured at 10th seconds after closing 10 lux.

● Gammacharacteristic :

Under 10 lux and 100 lux and given by γ = log(R10/R100) / log(100/10)


= log(R10/R100) R10, R100:
resistance at 10 lux and 100 lux. R
el
Thetoleranceofγis ±0.1.
ati 100 CdS
ve
● Pmax : 80
se CdSe
Max. power dissipation at ambient ns 60
iti Cd(S.Se)
temperature of 25°C.At higher ambient vit 40

temperature,the maximum power y( 20


% 0
permissible may be lowered.
)
53
● Vmax :

Max. voltage in darkness that may be

applied to thedevicecontinuously. 400 500 600 700 800 900


1000

Wavelength(nm)

● Spectralpeak :

Spectral sensitivity of photoresistors depends on the wavelength of light they


are exposed to and in accordance with figure ‘Spectral Response’.
Thetoleranceofspectralpeakis ±50nm.

Physical and EnvironmentalCharacteristics

ITEM CONDITIONS PERFORMANCE

Puttheterminalsintoweldingtank at temp. 230±5°C for


Solderability wetting>95%
2±0.5s (terminal roots are 5mm awayfromthetinsurface).

Change of temperature in accordancewith: TA: -40°C Drift of R10 = ± 20%


TemperatureChanging
TB: +60°C Number of cycles: 5 Exposureduration: 30min No visible damage

1. Putthedevice in test box at Temperature: 60±5°


Constanthumidity Drift of R10= ± 30%
CHumidity: 90-95% Illumination: 0lux Duration:
and heat 100h 2. Takethedevice and measure after24h at No visible damage
normal temperature and humidity.

At 25±5°C

Constant load Temperature Illumination: 150lux at ratedpower No visible damage

Duration: 600h

Bend thewire terminal at itsroot to 90 degree,andthenbendit


WireTerminalsStrength No visible damage
to a oppositedirection.

54
Frequency: 50Hz

Swing: 1.5mm with


Vibration No visible dam
Directions: parallel to ceramicsubstrate normal to
ceramicsubstrate. Duration:2h

55
ANEXO D

//#include<Ethernet_v2.h> //para segunda geracao do shieldethernet

#include<Ethernet.h> //para primeira geracao do shieldethernet

#include <SD.h>

#include <SPI.h>

byte mac[] = {

0xDE, 0xAD, 0xBE, 0xEF, 0xFE, 0xED

};

IPAddressip(192, 168, 1, 106);

EthernetServerserver(80);

File webFile;

#define REQ_BUF_SZ 40

charHTTP_req[REQ_BUF_SZ] = { 0 };

charreq_index = 0;

constint LM35 = A1;

constint LDR = A0;

int luz = 0;

inttemperatura = 0;

int temp = 0;

constint carga1 = 9;

int flag1 = 0;

void setup() {

pinMode(carga1, OUTPUT);

analogReference(INTERNAL);

56
Ethernet.begin(mac, ip);

server.begin();

Serial.begin(9600);

Serial.println("Inicializando cartaoMicroSD...");

if (!SD.begin(4)) {

Serial.println("ERRO - iniciallizacao do cartao falhou!");

return;

Serial.println("SUCESSO - cartaoMicroSD inicializado.");

if (!SD.exists("index.htm")) {

Serial.println("ERRO - index.htm nao foi encontrado!");

return;

Serial.println("SUCESSO - Encontrado arquivo index.htm.");

void loop() {

EthernetClient client = server.available();

if (client) {

booleancurrentLineIsBlank = true;

while (client.connected()) {

if (client.available()) {

char c = client.read();

if (req_index< (REQ_BUF_SZ - 1)) {

HTTP_req[req_index] = c;

req_index++;

57
if (c == '\n' &&currentLineIsBlank) {

client.println("HTTP/1.1 200 OK");

client.println("Content-Type: text/html");

client.println("Connection: close");

client.println();

if (StrContains(HTTP_req, "ajax_LerDados")) {

LerDados(client);

if (StrContains(HTTP_req, "ajax_carga1")){

SetCarga1();

} else {

webFile = SD.open("index.htm");

if (webFile) {

while (webFile.available()) {

client.write(webFile.read());

webFile.close();

Serial.println(HTTP_req);

req_index = 0;

StrClear(HTTP_req, REQ_BUF_SZ);

break;

if (c == '\n') {

currentLineIsBlank = true;

58
}

else if (c != '\r') {

currentLineIsBlank = false;

delay(1);

client.stop();

voidLerDados(EthernetClientnovoCliente) {

luz = analogRead(LDR);

luz = map(luz, 0, 1023, 0, 100);

novoCliente.print(luz);

novoCliente.println("%");

novoCliente.print("|");

temperatura = analogRead(LM35);

temperatura = temperatura * 0.1075268817204301;

temp = (int)temperatura;

novoCliente.print(temp);

novoCliente.println("*C");

novoCliente.print("|");

novoCliente.print(flag1);

novoCliente.print("|");

//espero receber algo como 90%|25*C|0|

59
}

voidStrClear(char *str, char length) {

for (inti = 0; i< length; i++) {

str[i] = 0;

charStrContains(char *str, char *sfind)

char found = 0;

char index = 0;

charlen;

len = strlen(str);

if (strlen(sfind) >len) {

return 0;

while (index <len) {

if (str[index] == sfind[found]) {

found++;

if (strlen(sfind) == found) {

return 1;

else {

found = 0;

index++;

60
}

return 0;

void SetCarga1(){

if(flag1 == 0){

digitalWrite(carga1, HIGH);

flag1 = 1;

else{

digitalWrite(carga1, LOW);

flag1 = 0;

código fonte

custo

61

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