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T 2 4ºAno 1ºSemestre
Fisiologia da Cicatrização – Professora Almeida Alves
A pele…
A pele é um órgão que faz parte do sistema tegumentar, é uma capa protectora sem a
qual a vida se tornaria impossível. A pele não é uniforme em toda a superfície cutânea,
uma vez que se adapta, segundo as zonas e as funções que tem que desempenhar.
1. Epiderme
2. Derme
3. Hipoderme
Nas palmas das mãos e nas plantas dos pés a epiderme é muito espessa, possuindo uma
grande camada córnea para poder desempenhar a sua função protectora. Já nas
pálpebras, a pele é muito mais fina e tem uma grande quantidade de terminações
nervosas que lhe conferem muita sensibilidade.
1. Excretora
2. Protectora
3. De relação
4. Termorreguladora
5. Metabólica
Apontamentos : Ana Isabel F.P.
Mamede
Ao longo deste trabalho serão apresentados e estudados apenas as funções da pele.
Função Excretora
Em condições normais, através do suor que contém 99% de água, são eliminados sais
minerais, ureia, ácido úrico, ácidos gordos e colesterol.
Função Protectora
· Penetração de substâncias :
A pele opõe-se á penetração de substâncias porque a camada córnea forma uma barreira
capaz de neutralizar ácidos e bases diluídos e impede que a epiderme absorva
compostos tóxicos ou irritantes. Este sistema nem sempre funciona. A epiderme pode
ser invadida em pequenas quantidades. A absorção pode ser por via transepidérmica
(camadas epidérmica) ou por via transanexial (através do folículo piloso e da glândula
sebácea)
o Dimensão molecular.
o Solubilidade (as substâncias lipófilas são melhor absorvidas).
o Concentração no seu excipiente (quanto maior é a concentração, maior é o fluxo).
o Excipiente utilizado.
· Traumatismos :
A pele, através da sua camada córnea, que forma uma couraça densa e resistente,
protege-nos da dessecação, evita a desidratação e permite que a água se difunda
lentamente através da epiderme.
Apontamentos : Ana Isabel F.P.
Mamede
A pele, por ser elástica, flexível e resistente, é capaz de amortizar golpes e resistir a
tracções sem se desgastar.
· Radiações solares :
A pele também serve para proteger-nos dos raio U.V, pois possui dois mecanismos que
se dão simultaneamente:
· Germes patogénicos :
Função de Relação
A captação de sensações, tais como o tacto, pressão, dor, entre outros, é realizada por
receptores sensoriais que os transmitem ao sistema nervoso central.
Função Termorreguladora
Se a temperatura diminui, gera-se uma vaso contracção que ao mesmo tempo activa
mecanismos de termogénese para gerarem calor.
Função Metabólica
Classificação da Ferida:
A reparação tecidual pode ser classificada em três ou cinco fases, complexas, dinâmicas e
sobrepostas. A liberação de mediadores ocorre em cascata, atraindo estruturas à periferia da
região traumatizada.
FASE PROLIFERATIVA
Tem a duração de 12 a 14 dias. Ocorrem neo-angiogênese, produção de colágenos jovens
pelos fibroblastos e intensa migração celular, principalmente queratinócitos, promovendo a
epitelização. A cicatriz possui aspecto avermelhado.
Fases de Cicatrização:
maléolo externo
trocânter
caixa torácica, na região das costelas
acrómio
pavilhão auricular
face externa dos joelhos
Em decúbito dorsal:
calcâneos
região sacro coccígea
cotovelos
região occipital
omoplatas
Em posição de Fowler:
região sagrada
região isquiática
calcâneos
Úlcera de Perna
Úlcera de perna é uma ferida que se desenvolve na extremidade dos membros inferiores (pé e
perna) e de evolução crônica. As úlceras de perna podem ser de diversas etiologias, no entanto
as úlceras por estase venosa (diminuição da circulação do sangue) perfazem 60 a 70% de
todas as úlceras de perna. Assim, pela sua grande freqüência e conseqüente importância social,
trataremos aqui apenas das úlceras de perna provocadas pela estase venosa.
Questionar:
História Clínica;
Avaliação dos membros;
Investigação (Indice tornozelo braço e tempo de enchimento capilar)
Provável etiologia:
Úlcera Venosa Ocorre na sequência de insuficiência das válvulas, não chega ás extremidades, o
sangue arterial, varicozidades. Zona cm hipertensão venosa há um aumento da pressão hidrostática, aumento
da libertação de líquidos. Aumenta o risco de formação de coágulos e trombos. Nestas feridas o fulcral é tratar o
Localizam-se, na maior parte dos casos, nos tornozelos ou terço inferior das pernas e
pés.
O que se sente?
Os sintomas do paciente com úlcera de perna por insuficiência venosa crônica são:
dor,
cansaço,
sensação de peso nos membros inferiores,
edema,
prurido (coceira) nas áreas onde há inflamação da pele.
A úlcera costuma ser pouco dolorosa. A dor se manifesta nos casos onde há infecção
associada, ou em pacientes hipertensos sem o controle adequado da pressão arterial.
O diagnóstico de insuficiência venosa crônica é feito, na grande maioria dos casos, por
exame clínico, mas, algumas vezes, é necessário um estudo mais detalhado da
circulação venosa através de exames como Flebografia ou Ecodoppler venoso
(ecografia que avalia o fluxo venoso superficial e profundo).
Como se trata?
Após a cicatrização da úlcera, indica-se correção cirúrgica das varizes se esta for a
causa da hipertensão venosa.
Em alguns casos indica-se o uso constante de meias elásticas, colocadas pela manhã,
antes de levantar, e retiradas à noite.
Energia e Proteínas
Um aporte calórico adequado é essencial para o crescimento celular.
Quando esse aporte é insuficiente o organismo recorre à massa magra e às
proteínas viscerais como fonte de energia.
As proteínas são necessárias para a proliferação de fibroblastos, síntese do
colagéneo e remodelação das feridas. Um aporte inadequado de proteína
pode provocar a depleção da massa magra, redução de proteínas
circulatórias e aumento do risco de infecção. Além disso os estadios
inflamatórios e de remodelação da ferida, presentes no processo de
cicatrização, são retardados como resultado de uma desnutrição proteica. 7
Um dos indicadores de desnutrição proteica é o edema periférico, no
entanto este é muitas vezes menosprezado. Os profissionais devem estar
alerta para estes sinais, apesar de o doente poder aparentar um estado
geral satisfatório.
Numa pessoa saudável, as necessidades normais são de 25-35 Kcal/Kg/dia
e de 0,8- 1,0g/Kg/dia de proteínas. No entanto, pacientes com úlceras de
pressão ou outros factores destress têm necessidades acrescidas. As
recomendações para manter uma nutrição optimizada durante a fase
catabólica de resposta aos t res s e a fase anabólica de recuperação podem
Em suma…
A desnutrição está intimamente relacionada com a boa evolução cicatricial das
úlceras de pressão, crónicas, etc. Provocando um aumento na sua propensão.
Arginina
Inflamação
Anti-oxidantes e
Vit C
Proliferação e
Calorias, Proteínas,
Maturação
Arginina, Micro-
nutrientes.
Cuidados de Enfermagem:
Avaliação da Desnutrição:
História Clínica; História Dietética; Exame Físico; Parâmetros Antropométricos;
Testes Laboratoriais; Testes de Reactividade Cutânea.
Cuidados Específicos:
Úlcera Venosa:
A válvula dilata até extravazar
para a pele e originar edema. A
fibrina e os GV extravazam para a
pele, o que dá a coloração escura
e pele seca. Não permite as
transferências no vaso, que leva a
isquémia, que perante edema
leva a “rebentamento”, porque
não há capacidade de
vascularização, leva a carapaça de
isquémia numa perna doente.
Fisiopatologia:
Úlcera Arterial:
IPTB = > Pé / > Braço, dá-nos a percepção da quantidade de sangue que vai do coração
aos membros inferiores.
~
Diagnóstico Diferencial:
Avaliação Clínica: Historia clínica, exame físico.
Testes de Avaliação Neurológicos e Vasculares: Sensitivo, vibratório, tendinoso.
Notas:
Faz-se o despiste para doença vascular. Se IPTB > 1.3 é indicador de calcificação de
rede vascular. É mandatório recorrer ao Doppler.
Parestesias, Caimbrãs, Dor, Sensibilidade Neuropatia
Úlcera Isquémica:
Resulta de uma doença grave de doença artroesclerotida dos vasos dos membros inferiores.
Frequentemente latero-digital. É muito dolorosa. Risco de infecção aumentado.
A pele é o nosso revestimento externo do corpo, constituindo o seu maior orgão. Ocupa
aproximadamente cerca de 15% do peso do corpo e é constituída por três camadas: epiderme,
derme e hipoderme. Tem como principais funções:
Quando a pele é destruída por uma queimadura perde-se o seu normal funcionamento,
tornando o indivíduo vulnerável, não só pela elevada perda de líquidos por ruptura dos vasos,
como também pelo risco de infecção por perda da pele enquanto barreira.
Existem vários agentes causais para as queimaduras que se incluem em quatro grupos
principais:
Queimaduras eléctricas: podem ser causadas por “ flash” eléctrico ou pela passagem
Queimaduras químicas: podem ser provocadas por ácidos ( ex. ácido clorídrico) ou
bases ( exs. soda caústica, lixívia). Estes produtos quando absorvidos podem provocar
lesão para além da pele, os órgãos internos. O grau de destruição dos tecidos depende
da natureza do agente químico, da sua concentração e da duração de contacto com a
pele.
Associado a estes tipos de queimadura pode existir também queimadura inalatória, classificada
como uma lesão causada por calor, em que existe inalação de monóxido de carbono ou fumo
(que contém outros diferentes tipos de gases).
Ed o frio
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Recuperação em 2 a
3 semanas, por
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dos tecidos
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A substância que provoca a queimadura pode torná-la mais grave quanto maior o tempo de contacto. Na
queimadura eléctrica, quanto mais alta é a voltagem e o tempo de contacto, mais grave poderá ser a
lesão.
Quanto mais profunda é a queimadura, ou seja, quanto mais camadas da pele são afectadas,
maior o tempo de cicatrização e os riscos envolventes.
a localização da lesão;
Quanto mais área corporal queimada, maiores os riscos para o doente a nível dos vários
sistemas do organismo.
a idade;
os antecedentes pessoais;
A história clínica do doente, isto é, as doenças que ele já possa ter (ex: diabetes; tensão arterial
alta; doenças renais ou respiratórias) podem tornar mais grave a sua situação.
Quando existe intoxicação com "fumo" o doente apresenta complicações respiratórias que
complicam o sua recuperação.
A unidade de queimados
As unidades de queimados são serviços hospitalares com uma estrutura física e características
muito específicas no que respeita aos recursos humanos e ao tipo de cuidados prestados.
Os profissionais apresentam-se vestidos com fatos esterilizados, barrete, máscara e socos, que
são vestidos num espaço exterior ao serviço, separado por uma barreira física chamada
“transfere”.
• Técnica mais rápida e eficaz para remover tecido necrótico, resíduos tóxicos e bactérias.
• A circulação local pode ser imediatamente melhorada.
• Diminuição do risco de infecção.
• A hemorragia provocada, liberta várias citoquinas, importantes no processo inicial de
reparação das feridas.
Desbridamento autolítico
Ocorre naturalmente em todas as feridas onde existe um processo altamente selectivo
que envolve células (ex: macrófagos) que liquidificam e separam espontaneamente o
tecido necrótico do tecido saudável.
Desbridamento mecânico
É um método não discriminatório que remove fisicamente os detritos da queimadura.
Pode ser feito através da raspagem com uma compressa húmida, pinça, tesoura...
Enxerto
Procedimento realizado sempre que não existe uma epitelização espontânea da área
afectada. Podem ser realizados em “placa”, isto é, com a pele inteira tal como foi
retirada da zona dadora e aplicado directamente sobre a área queimada, com agrafos
(geralmente utilizado nas mãos, face e região cervical, áreas mais visíveis). Pode ser
feito também em quando existe pouca pele disponível para recolha.
Autoenxerto
Consiste na remoção de pele do próprio indivvíduo para colocar sobre a sua área
queimada.
1º Grau
São as menos graves pois envolvem apenas a epiderme ( superfície exterior da pele).
2º Grau
3º Grau
As queimaduras das vias aéreas são sempre graves e deve-se sempre suspeitar
quando existem queimaduras da face, sobretudo em redor da boca e nariz. Geralmente, a
vítima tosse, expelindo partículas de carvão e sangue, e tem dificuldade respiratória,
devido ao edema da laringe, podendo, ainda apresentar flictenas nos lábios e língua.
As queimaduras dos órgãos genitais são também sempre consideradas graves.
Cuidados de Enfermagem:
Controlo da dor
Suporte nutricional
O suporte nutricional é muito importante para o doente queimado pois as suas necessidades
metabólicas estão alteradas pela queimadura. Estes doentes têm que se alimentar de uma dieta
hipercalórica e hiperproteica que contribui para a sua cicatrização.
O doente grande queimado grave inicia normalmente a alimentação entérica tardiamente, tal
como, devido às anestesias para a realização dos pensos, fica muitas vezes em jejum. Assim,
é importante prevenir: a perda de peso e massa muscular; a desnutrição; o íleo paralítico; o
risco de infecção, bem como promover o bom funcionamento gastro-intestinal, através da
ingestão de líquidos precoce e de suplementos alimaentares.
Prevenção da infecção
A perda da pele enquanto barreira ao meio ambiente, expõe o indivíduo aos microorganismos e
consequentemente a infecções que podem colocar em risco a vida do doente. A infecção
continua a ser a principal causa de morbilidade e mortalidade no doente queimado apesar das
conquistas a nível da sua prevenção e tratamento.
São muitas as medidas assumidas nas unidades de queimados que contribuem para a
prevenção da infecção, tais como: o uso de material individualizado e esterilizado (bata e luvas)
para procedimentos; uso de touca e máscara; a lavagem e desinfecção das mãos tanto dos
profissionais como das visitas; o isolamento e cuidados redobrados a doentes infectados; a
limpeza e desinfecção cuidada de superfícies e materiais; antibioterapia dirigida e normas
respeitadas por todos. È papel do enfermeiro informar doentes e família acerca destas normas
para que possam ser cumpridas.
Sequência do Tratamento:
II
A ida ao Balneo é um factor de grande stress para o doente que implica a sua sedação.
Tratamento da Ferida:
Método Exposto;
Método Fechado;
Enxertia: Auto-enxerto; Homo-enxerto; hetero-enxerto
Auto-Imagem;
Mama;
Mãos;
Alta do Doente:
Creme gordo; Nivea; Sabao de glicerina; Roupa interior de algodão; evitar o sol; vestuário
elástico (X) evita as cicatrizes hipertroficas, fazem contenção do corpo, diminuição da cicatriz
contráctil.
Avaliação:
Tamanho
Cor
Odor
Exsudado
Hemorragia
Prurido
Descamação
Processo de desenvolvimento
O processo de desenvolvimento de úlcera de pressão deve-se à pressão e/ou forças de
deslizamento, tal como ilustrado (Figura 2 - Pressão e/ou forças de desenvolvimento nas
úlceras de pressão).
Figura 2 - Pressão e/ou forças de desenvolvimento nas úlceras de pressão
Os locais onde é mais frequente surgirem úlceras de pressão são a região do sacro,
região
trocantérica e calcanhares. Qualquer zona do corpo que esteja sujeita a uma pressão
não
aliviada é passível de desenvolver úlcera de pressão (cabeça, orelhas, braços, pernas,
etc.).
Diagnostico Diferencial:
Causas;
Localização;
Forma;
Profundidade;
Tipos de Escalas:
Andersen (1982)
Braden (1989)
Apontamentos : Ana Isabel F.P.
Mamede
Knoll
Norton (1988)
Lowthian (1989)
Waterlow (1995)
Selecção de Material:
Almofada de Espuma
Almofadas de Gel
Almofadas de Ar
Almofadas de Água
Visco-elástico
Pressão Alterna
Objectivo Primordial:
Maximizar a área de contacto por:
Imersão ↑
Profundidade de penetração (imersão) numa superfície
Envolvimento ↑
A capacidade de uma superfície de apoio se adaptar, moldar, em torno das irregularidades do corpo.
(NPUAP 2007)
EDUCAÇÃO
Fornecer informações a pessoa sentada, seus familiares e / ou cuidador