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CAMPUS RUSSAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SOFTWARE
RUSSAS
2018
BÁRBARA FEIJÃO RODRIGUES
RUSSAS
2018
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Universidade Federal do Ceará
Biblioteca Universitária
Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
Aprovada em:
BANCA EXAMINADORA
A Deus, por ter permitido eu chegar até aqui. Obrigado pai, pela força que me
concedestes todos os dias, por ter me concedido ânimo e perseverança para seguir em frente
independente das circunstâncias, e pela fé que me fez e fará chegar em lugares inimagináveis.
Deus é bom o tempo todo, e o tempo todo Deus é bom!
Aos meus pais, Célia e Domingos, que são meu alicerce e minha base, pelos valores
e educação que me foi dada, por sempre me apoiar, incentivar e sempre acreditar em mim! Eu
amo vocês eternamente e nunca haverá forma de retribuir o que me proporcionaram.
Aos meu irmãos, Rhuan e Luan por todo encorajamento, apoio, conselhos e puxões
de orelha. Meu irmão Rhuan (Rhu), obrigado por tudo, você é mais que um irmão, meu segundo
pai, sempre cuidando de mim como irmão mais velho e sempre me motivando a ir cada vez mais
longe. Meu irmão Luan (Luiz), obrigada por todo carinho, mimos, risos soltos, que fazem meus
dias melhores, e por sempre acreditar no meu potencial. Vocês são para mim os melhores irmãos
que alguém poderia ter, e eu tive a grande sorte! Amo vocês.
Obrigada, a toda minha família, meu maior patrimônio, minhas avós Raimundinha e
Odete, por sempre incentivar a minha formação, as minhas tias e tios, primos e primas, por todo
apoio e carinho, vocês são igualmente responsáveis pela minha formação como pessoa.
Ao meu namorado Rafael Cidrão, por todo carinho, apoio, compreensão, paciência
e por sempre acreditar em mim. Que apesar da distância, sempre esteve presente em todos
os momentos, tornando mais leve os dias mais tensos. Você foi o melhor presente que ganhei
durante esses 4 anos de formação. Meu colega de área, meu amigo, meu companheiro e meu
amor!Te amo muito!
Aos meus irmãos que a UFC me proporcionou, Anna Isabelly (Isaa), Lavínia Matoso
(Lafínha), Thiago Oliveira (Migow) e Alex Felipe (Alequinho), por todos os momentos de
distração, conversas, conselhos, passadas de vergonha, compartilhamento de desesperos e
humilhações gratuitas, sempre ajudando e apoiando uns aos outros durante esses longos anos de
vivência acadêmica. Vocês são os melhores!
Obrigada as minhas colegas e companheiras do projeto de extensão Verilene Dantas
e Tamires Silva, por terem contribuído de forma direta e indireta para a realização deste trabalho.
As minhas orientadoras Marília Mendes e Anna Beatriz, pela orientação, apoio,
dedicação, incentivo e confiança necessária para desenvolver este trabalho. Espero continuar
cooperando, crescendo e aprendendo com seus conhecimentos.
Ao professor Lindberg Lima Gonçalves, diretor do campus da UFC em Russas. Por
ter lutado pela implantação deste campus e todo empenho para conceder subsídios necessários
para minha formação acadêmica.
A Isabelle Ferreira e Rhamon Paiva, servidores da UFC, amigos que a UFC me
presenteou, que torceram e colaboraram diretamente nos ajustes finais para a minha formação,
apoiando na resolução de diversos problemas, dentre eles a minha colação de grau. Obrigada por
tudo, vocês são demais!
Enfim, agradeço a todos que contribuiram de forma direta e indireta na realização
deste trabalho e durante a minha caminhada na minha graduação. Não deixaria de agradecer
também, a todos que duvidaram do meu potencial, que de certa forma me deram forças para
sempre seguir em frente, e mostrar que sou capaz de atingir meus objetivos.
Gratidão Sempre!
“A imaginação é a faculdade da descoberta, emi-
nentemente. É o que penetra nos mundos nunca
vistos ao nosso redor, os mundos da ciência.”
(Ada Lovelace)
RESUMO
O avanço da tecnologia tem proporcionando autonomia a pessoas com diferentes tipos de defici-
ência, bem como uma maior integração destes indivíduos com a sociedade. Na comunidade de
Interação Humano-Computador (IHC), têm-se muitas pesquisas sobre a acessibilidade digital
direcionadas a pessoas com diversos tipos de deficiência, como por exemplo: deficiência inte-
lectual, visual, física ou auditiva. Entretanto, pesquisas relacionadas a deficiências cognitivas
como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ainda são escassas. Em contrapartida, diversas
pesquisas têm apontado que a inserção de aplicativos interativos a pessoas com TEA favorecem
o desenvolvimento de suas funções cognitivas, como a comunicação, por exemplo. Este estudo
tem por finalidade avaliar as aplicações desenvolvidas para crianças com TEA da comunidade
Russana por meio de um projeto de extensão da Universidade Federal do Ceará - Campus
Russas. Este estudo envolve: a) análises de software existentes; b) pesquisas realizadas sobre
recomendações para desenvolvimento de aplicativos destinados a esse público; c) estudo dos
usuários-alvo; e d) Avaliações de usabilidade e acessibilidade dos aplicativos. Como resul-
tado, apresentam-se os perfis de usuários com TEA da comunidade russana; os resultados das
avaliações e recomendações de design para a refatoração dos aplicativos desenvolvidos.
The advancement of technology has provided autonomy to people with different types of
deficiency, as well as a greater integration of these individuals with society. In the Human-
Computer Interaction (IHC) community, there is a great deal of research on digital accessibility
aimed at people with several types of disabilities, such as: intellectual, visual, physical or auditory
deficiency. However, research related to cognitive deficits like Autism Spectrum Disorder (TEA)
is still scarce. In contrast, several researches have pointed out that the insertion of interactive
applications to people with TEA favors the development of their cognitive functions, for example,
the communication. This study aims to evaluate the applications developed for children with
TEA of the Russas community through an extension project of the Federal University of Ceará
- Campus Russas. This study involves: a) existing software analyzes; b) research carried out
on recommendations for the development of applications destined to this public; c) study of
target users; and d) Evaluations of usability and accessibility of the applications. As a result,
the profiles of users with TEA from the Russas community are presented; and the results of the
evaluations and design recommendations for the refactoring of the developed applications.
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.1 Motivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.2 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.2.1 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.2.2 Objetivos Específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.3 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.4 Organização do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.1 Acessibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.2 Softwares acessíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.2.1 Usuários com transtorno do espectro autistao . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.3 Avaliação de software . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.4 Avaliação de usabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.5 Avaliação da acessibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3 TRABALHOS RELACIONADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4 ESTUDO DE CASO: AVALIAÇÃO DE SOFTWARES ACESSÍVEIS
PARA O MUNICÍPIO DE RUSSAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4.1 Contextualização do projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4.2 Usuários do projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4.2.1 Condução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.2.2 Resultado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
4.3 Aplicações desenvolvidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
4.4 Avaliação dos aplicativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.4.1 Avaliação heurística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.4.2 Teste de usabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.4.3 Aderência as diretrizes do GAIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.4.4 Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.4.4.1 Avaliação heurística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.4.4.2 Teste de usabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4.4.4.3 Aderência as diretrizes do GAIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
5.1 Contribuição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
5.2 Trabalhos futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
APÊNDICES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
APÊNDICE A – Entrevista com os cuidadores . . . . . . . . . . . . . . . 48
APÊNDICE B – Conversa com a Gerente do núcleo de educação especial 52
APÊNDICE C – Entrevista com a Gerente do núcleo de educação especial
- Segunda visita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
APÊNDICE D – Roteiro de teste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
APÊNDICE E – Termo de consentimento . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
APÊNDICE F – Questionário de identificação de perfis de cuidadores de
pessoas com TEA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
APÊNDICE G – Perfil dos Cuidadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
APÊNDICE H – Avaliação Heurística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
APÊNDICE I – Checklist GAIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
APÊNDICE J – Análise teste de Usabilidade . . . . . . . . . . . . . . . 95
APÊNDICE K – Resultado SUS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
ANEXOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
ANEXO A – Tabela de Nível de Gravidade TEA (DSM-5, 2014) . . . . . 97
ANEXO B – Tabela das dez heuríssticas de Nielsen . . . . . . . . . . . . 98
14
1 INTRODUÇÃO
1.1 Motivação
Considerando que o TEA não possui cura, pesquisas buscam de alguma forma
entender e propor intervenções que auxiliem na minimização e/ou reabilitação dos sintomas do
autismo.
Segundo Naoe (2012) a atração de crianças com TEA por dispositivos tecnológicos
é frequentemente relatada por pais e médicos e que nos últimos anos esse fascínio tem sido
aproveitado por pesquisadores para o desenvolvimento de técnicas de ensino mais eficazes, por
exemplo, com o uso de vídeos, dispositivos móveis e realidade virtual. Leblanc (apud Naoe ,
2012) diz que automatizar determinadas intervenções utilizando a tecnologia pode aumentar sua
precisão e consistência, o que pode tornar o tratamento mais eficaz, além de reduzir tempo e
custos. Além disso, a tecnologia nos permite ensinar certos tipos de habilidades com segurança
quando o treinamento ao vivo seria difícil ou perigoso.
Diante disso, pode-se inferir a importância da tecnologia tanto para entretenimento
como para fins de auxílio no tratamento, que além das áreas diretamente relacionadas ao
tratamento do autismo como Medicina, Psicologia e Educação, a Computação, com o uso de
tecnologias e inovações, entra como uma grande aliada para auxiliar no tratamento de indivíduos
com autismo e também desenvolvendo pesquisas e produtos para esse público.
Conforme mencionado, a motivação para este trabalho partiu da participação da
autora deste trabalho no projeto de extensão intitulado: "Projeto e desenvolvimento de sistemas
acessíveis para o município de Russas". Neste projeto, alunos de colégio do ensino médio
da cidade de Russas desenvolveram aplicativos direcionados ao público TEA. No entanto, o
desenvolvimento de aplicativos acessíveis não é trivial, pois além do conhecimento sobre o
público-alvo, também envolve o conhecimento de técnicas de projetos acessíveis e questões
16
1.2 Objetivos
1.3 Metodologia
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO
Esta seção apresenta o embasamento teórico no qual esta pesquisa foi fundamentada,
objetivando auxiliar no entendimento dos estudos.
2.1 Acessibilidade
Acessibilidade deve garantir que uma ampla variedade de usuários (com necessidades
especiais ou não) e que dispositivos possam ter acesso à informação (TANAKA et al., 2004). De
acordo com Britto et al. (2016) ao interagir com um software, pessoas com TEA podem se deparar
19
com barreiras como mecanismos complexos de navegação que são difíceis de compreender,
passagens longas de textos sem imagens, gráficos ou outras ilustrações que destaquem o contexto
e conteúdos intermitentes (animações, conteúdos que se movimentam, piscam ou brilham) ou
sonoros (áudios de fundo) que não podem ser desligados.
Estas barreiras podem inibir ou desnortear esses indivíduos em sua interação e
softwares acessíveis inserem-se nesse contexto a fim de proporcionar uma melhor interação
de usuários com algum tipo de necessidade especial com estes dispositivos. Segundo Millen,
Edlin-White e Cobb, (2010); Putnam e Chong, 2008 (apud BRITTO et. al., 2016) soluções
computacionais projetadas adequadamente para pessoas com TEA permitem que a tecnologia
seja utilizada de forma benéfica para intervenção pedagógica ou terapêutica. Entretanto, se a
tecnologia não for bem projetada, ela pode gerar barreiras de interação para que a pessoa com
TEA não utilize a tecnologia de forma autônoma ou, em casos extremos, causar desconforto e
estresse desnecessário ao indivíduo.
O desenvolvimento de softwares acessíveis buscam suprir possíveis problemas
que poderão ocasionar uma interação desconfortável aos usuários. Estes softwares vão desde
ferramentas de apoio a interação, comunicação e aprendizagem até jogos.
De acordo com CID (apud SONZA , 2009), o autismo pode ser descrito de duas
maneiras:
Por muitos anos o TEA foi considerado como uma psicose, sendo comum ouvir
profissionais se referindo a pessoas diagnosticadas com TEA como esquizofrênicas ou psicóticas,
e tendo várias denominações durante os anos (MAGATON; BIM, 2017). Segundo Magaton
e Bim (2017) no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais Cinco (DSM -V)
é realizada a fusão dos termos "Transtorno Autista", "Transtorno de Asperger"e "Transtorno
Global do Desenvolvimento"no termo "Transtorno do Espectro Autista". Segundo o manual, os
sintomas desses transtornos são similares podendo ser classificados em intensidades que variam
de leve a grave nos domínios de comunicação social e de comportamentos restritivos e repetitivos.
No manual, a intensidade leve é representada pelo nível 1, a moderada pelo nível 2 e a grave
pelo nível 3.
A Association (2014) apresenta uma tabela (Anexo A) com a descrição mais deta-
lhada sobre os níveis de gravidade do TEA. Segue uma breve explanação dos três graus definidos
no manual:
• NÍVEL DE GRAVIDADE: Nível 3 - “exigindo apoio muito substancial”: déficits graves
nas habilidades de comunicação social verbal e não verbal causam prejuízos graves de
funcionamento, limitação em iniciar interações sociais e resposta mínima a aberturas
sociais que partem de outros (DSM -5, 2014).
• NÍVEL DE GRAVIDADE: Nível 2 - “exigindo apoio substancial”: déficits graves nas
habilidades de comunicação social verbal e não verbal, prejuízos sociais aparentes mesmo
na presença de apoio, limitação em dar início a interações sociais e resposta reduzida ou
anormal a aberturas sociais que partem dos outros (DSM -5, 2014).
• NÍVEL DE GRAVIDADE: Nível 1 - “Exigindo apoio”: na ausência de apoio, déficits na
comunicação social causam prejuízos notáveis. Dificuldade para iniciar interações sociais
e exemplos claros de respostas atípicas ou sem sucesso a aberturas sociais dos outros. Pode
aparentar pouco interesse por interações sociais (DSM -5, 2014).
Estudos e pesquisas envolvendo responsáveis e docentes de crianças do público TEA
mostram que a tecnologia é atrativa para as crianças desse grupo (BARRY; PITT, 2006). Deste
modo, tem-se observado pesquisas e tecnologias disponíveis para este grupo, as quais visam
auxiliar na alfabetização, na aquisição de vocabulário, na comunicação e interação dos indivíduos
com TEA.
Estudos de caso realizados com esse público buscam avaliar o comportamento destes
indivíduos frente a dispositivos tecnológicos e verificar a eficiência de aplicativos no auxilio de
21
atividades cotidianas, bem como, suas principais dificuldades durante a interação. Assim como
outras DCNAs - Deficiências Cognitivas, Neuronais ou de Aprendizagem, o TEA apresenta
diferentes níveis de manifestação nas pessoas e esta variabilidade torna-o complexo e desafiador,
pois nem sempre é possível estabelecer barreiras de interação e recomendações de acessibilidade
comuns a todas as pessoas que apresentam esta síndrome (BRITTO et al., 2016).
Cada pessoa com TEA possui características particulares que devem ser consideradas,
de forma que o uso de um software pode ser eficiente para uma e não se adequar a outra.
Avaliações realizadas com este público mostram que usuários com TEA podem ter sérias
dificuldades durante a interação com aplicativos como áudios de feedback ou de fundo que
incomodam, cores e desenho de interface pouco atrativos ou animações que podem tirar a atenção
destes usuários (MAGATON; BIM, 2017).
Como por exemplo, segundo a pesquisa relatada por Barry e Pitt (2006 ), docentes
de uma escola irlandesa reportaram falhas significativas de softwares educacionais usados em
sala de aula com crianças diagnosticadas com TEA. As dificuldades reportadas vão desde
áudios inadequados de feedback de mensagens até a falta de prevenção de erros em sistemas
computacionais.
Nielsen Norman Group (apud ROGERS; SHARP; PREECE, 2013) observam que
a experiência do usuário abrange todos os aspectos da interação do usuário final. O primeiro
requisito para uma experiência exemplar é atender às necessidades específicas do cliente, sem
protestos ou incômodos. Segundo Barbosa e Silva (2010), a avaliação tem por objetivo principal
verificar se o sistema apoia adequadamente os usuários a atingirem seus objetivos em um
contexto de uso. A avaliação de IHC é fundamental em qualquer processo de desenvolvimento
a fim de se obter um sistema interativo com alta qualidade de uso. Os critérios de qualidades
avaliados são relacionados ao uso, tais como: usabilidade, experiência do usuário, acessibilidade
e comunicabilidade (BARBOSA; SILVA, 2010).
erros operacionais e oferece alto grau de satisfação para seus usuários e resolve eficientemente
as tarefas para quais ele foi projetado.
Preece, Rogers e Sharp (2005) afirmam que a usabilidade assegura que produtos
sejam fáceis de aprender a usar, eficazes e agradáveis – da perspectiva do usuário, tendo como
princípios ser eficaz no uso (eficácia), ser eficiente (eficiência), seguro (segurança), boa utilidade
(utilidade), fácil de aprender (learnability), fácil de lembrar como se usa (memorability).
Entretanto, a grande maioria dos processos de desenvolvimento foca-se inteiramente
nas especificações técnicas e processuais, razão pela qual os sistemas são parcialmente utilizados,
mal utilizados e muitas vezes não conseguem ganhar ampla aceitação. Em consequência são
necessárias metodologias que comportem processos de análises para o refinamento de propostas
de mecanismos de interação com os usuários (MARTINS et al., 2013).
A avaliação da usabilidade aborda métodos para inspecionar interfaces de software
com base em princípios mencionados anteriormente. Existem diferentes modelos de avaliação
de usabilidade. Alguns são realizados com o próprio usuário, enquanto outros são realizados por
especialistas da área de usabilidade (BARBOSA; SILVA, 2010).
Martins et al. (2013) menciona quatro principais testes de usabilidade: teste, expe-
riência controlada, inquérito e inspeção. Os três primeiros são normalmente utilizados com a
presença do usuário, obtendo informações durante o uso e o quarto baseia-se na inspeção feita
por especialistas.
De acordo com Barbosa e Silva (2010), o teste de usabilidade visa avaliar a usabi-
lidade de um sistema interativo a partir de experiências de uso de seus usuários-alvo, visando
determinar quais critérios de usabilidade devem ser medidos. Para a realização dessas medições,
um grupo de usuários é convidado a realizar um conjunto de tarefas utilizando o sistema em um
ambiente controlado. Durante as experiências de uso observadas, são registrados vários dados
sobre o desempenho dos participantes na realização das tarefas e suas opiniões e sentimentos
decorrentes de suas experiências de uso. Barbosa e Silva (2010) também dizem que os teste de
usabilidade são separados em atividades de preparação, coleta de dados, interpretação, consoli-
dação dos resultados e relato de resultados. A coleta de dados inclui o questionário pré-teste,
sessão de observação e a entrevista pós-teste .
A inspeção de usabilidade permite ao avaliador examinar uma solução de IHC
para tentar antever as possíveis consequências de certas decisões de design não envolvendo
diretamente os usuários (BARBOSA; SILVA, 2010). Existem vários métodos de inspeção de
23
em dispositivos móveis na qual Guimarães e Tavares (2014) afirmam ser um desafio, por
necessitar de um método que considere questões de acessibilidade, usabilidade, avaliação móvel
e experiência do usuário de forma integrada. Para apoiar a acessibilidade com foco em aspectos
do autismo, Britto et al. (2016) propõe o GAIA (Guidelines for Accessible Interfaces para
pessoas com autismo) que consiste em um conjunto de 28 diretrizes com o objetivo de guiar
desenvolvedores de software e educadores digitais a entender melhor como desenvolver um site
que seja adequado às necessidades de crianças com autismo. O GAIA tem por objetivo propor
um conjunto de recomendações de acessibilidade para o design de interface e interação web com
foco nas características e necessidades de pessoas com autismo.
26
3 TRABALHOS RELACIONADOS
Esses elementos eram pareados de modo que a criança pudesse escolher qual das formas ela
preferia, podendo se repetir como por exemplo: forma humana em desenho ou forma humana
em foto.
O trabalho de Melo, Barreto e Conte (2016) propõe um processo de apoio a projetos
de interfaces de produtos de software para crianças autistas que visa criar protótipos iniciais
chamado ProAut. ProAut é baseado nas abordagens de Design Centrado no Usuário (SPINIZZI,
2005) e Design Participativo (BENTON et al., 2014) com o intuito de entender as preferências
das crianças, validando algumas propostas iniciais do projeto, reunindo novas ideias e avaliando
quais são os aspectos que provocam um maior nível de motivação para a interação. ProAut é
constituído de duas etapas principais: Design Inicial de protótipos e Avaliação e Refinamento do
Protótipo.
No trabalho de Magaton e Bim (2017) é realizado um estudo de caso com 8 diferen-
tes tipos de aplicativos móveis educacionais por seis crianças com TEA. Durante o estudo, foi
realizado avaliação do uso dos aplicativos utilizando a técnica de observação, com o acompa-
nhamento por profissionais da área de psicologia. A interação de cada criança com o aplicativo
foi observada durante 30 minutos. As aplicações escolhidas para as observações foram de
cunho educacional, desenvolvidas ou não para o público TEA. Além da observação também
foram aplicados questionários com perguntas abertas, enviadas por e-mail aos profissionais e
pais/mães/responsáveis das crianças observadas com o objetivo de compreender a dinâmica da
clínica e a opinião destes(as) profissionais sobre o uso da tecnologia no processo educacional
de crianças com TEA, além de investigar a relação das crianças com TEA com a tecnologia em
outros contextos.
Em Peres et al. () foram avaliados a interface de quatro aplicativos de comunicação
aumentativa e alternativa direcionadas para pessoas com TEA. Neste trabalho foram pesquisadas
interfaces e aplicativos direcionados ao público alvo em questão para serem utilizadas em espaços
educativos formais, não formais e outros. Utilizou-se da aplicação de três questionários adaptados
para a realização da avaliação: Ergolist, SUMI e EduCatalog, resultando assim num checklist no
qual foi submetido ao julgamento de cinco especialistas de tecnologia da informação.
Alarcon-Licona e Loke (2017) realizaram um estudo de campo em uma escola de
crianças com TEA com o objetivo de entender como elas utilizam a tecnologia. Foi utilizada como
técnica grupos focais com 9 profissionais de educação, observações de 15 crianças com TEA em
sessões de terapia e entrevistas com pais de quatro crianças. As crianças foram observadas por
28
4.2.1 Condução
Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Agaci Fernandes CAIC e Escola
Municipal de Educação Infantil Tia Benilce.
4.2.2 Resultado
Fonte: A autora.
Também foi elaborado uma persona a partir do perfil dos alunos com TEA. Para isso,
foram utilizadas as informações relatadas pela gerente do núcleo especial e pelos cuidadores.
Durante a aplicação do questionário com o cuidador, todos relataram um pouco sobre o perfil da
criança que ele acompanhava, sendo assim possível elaborar a persona apresentada na Figura 2.
1 A ferramenta Xtensio foi utilizada como template e está disponível em: <https://app.xtensio.com/>. Acesso em
30 de maio de 2018.
32
Fonte: A autora.
direcionadas ao autista.
4. AutQuiz
O AutQuiz (Figura 6) tem o intuito de auxiliar na memorização dos autistas, já que eles
possuem dificuldade de aprendizado. Este aplicativo disponibiliza jogos de perguntas que
contribuem na melhora do aprendizado e na memorização.
Fonte: A autora.
Fonte: A autora.
34
Fonte: A autora.
Fonte: A autora.
o que é autismo, tipos de autismo, curiosidades e brincadeiras. Em cada sessão de teste, foi
aplicado um questionário (Apêndice F) e em seguida realizada uma conversa a fim de conhecer
o perfil do participante, suas atividades e experiências prévias com aplicativos de apoio ao
cuidador. Também foi solicitada a autorização da gravação de áudio e vídeo dos participantes,
com a assinatura do termo de consentimento (Apêndice E). A conversa inicial foi composta
pelas seguintes perguntas: a) o que você faz quando chega na escola? b) a mãe da criança te
passa alguma recomendação a respeito do autista? c) você utiliza a internet para pesquisa de
informações sobre o autismo? se sim com que frequência? d) você já utiliza ou utilizou algum
aplicativo que auxilie no seu cotidiano como cuidador?
Em seguida, o participante foi convidado a realizar ações no Guia de um autista.
As ações foram: a) verifique quais as possíveis causas do autismo; b) busque as principais
características do autismo clássico; c) identifique outros possíveis tipos de autismo; d) busque
qual dia é comemorado dia mundial o autismo; e) busque alguma informação que você considere
novidade sobre o autismo; e por fim, f) busque dicas de como melhorar a interação de um autista
em brincadeiras; g) busque alguma forma de entretenimento que poderia ser realizada com o
autista.
Ao final de cada sessão de teste, o participante respondeu ao questionário SUS, que
foi adaptado tal situação de avaliação, afirmando se concorda ou discorda das afirmações, tais
como:
1. Eu acho que gostaria de usar esse sistema com frequência;
2. Eu acho o sistema desnecessariamente complexo;
3. Eu achei o sistema fácil de usar;
4. Eu acho que precisaria de ajuda de uma pessoa com conhecimentos técnicos para usar o
sistema;
5. Eu acho que o sistema atendeu minhas necessidades;
6. Eu acho que o sistema apresenta muita inconsistência;
7. Eu imagino que as pessoas aprenderão como usar esse sistema rapidamente;
8. Eu achei o sistema atrapalhado de usar;
9. Eu me senti confiante ao usar o sistema;
10. Eu precisei aprender várias coisas novas antes de conseguir usar o sistema.
Para cada afirmação, o participante deveria responder dentre as 5 opções: 1) discordo
fortemente; 2) discordo; 3) não discordo nem concordo; 4) concordo; ou 5) concordo fortemente.
38
4.4.4 Resultados
Com a avaliação heurística foi possível inspecionar alguns problemas com relação a
interface, os quais podem ocasionar problemas de interações desde os mais pequenos aos mais
catastróficos. Os graus de severidade das heurísticas foram considerados: 0 – Eu não concordo
39
que isto seja um problema; 1 – Cosmético (não necessita ser consertado a menos que tenha
tempo extra); 2 – Pequeno (baixa prioridade); 3 – Grande (Alta prioridade); 4 – Catastrófico
(é imperativo corrigir antes de lançar o produto). Foi possível criar gráficos que quantificam o
número de problemas encontrados por heurísticas e número de problemas por heurística e seu
grau de severidade.
As Figuras 7 e 8 exibem os gráficos de resultados do aplicativo Autplus e no Apêndice
H (Tabela 1) consta a descrição de todos os problemas por heurística e suas respectivas melhorias
sugeridas. Pode-se notar que o Autplus apresenta um total de 8 problemas (Figura 8) que podem
afetar a interação, dentre eles grandes problemas de estética (3), prevenção de erros (2) e um
problema catastrófico de liberdade e controle do usuário.
Fonte: A autora.
Fonte: A autora.
40
Fonte: A autora.
Fonte: A autora.
Fonte: A autora.
Fonte: A autora.
Fonte: A autora.
Fonte: A autora.
5 CONCLUSÃO
5.1 Contribuição
Durante a realização deste trabalho, foi verificada a ausência de diretrizes que guiem
o desenvolvedor na construção de softwares mobile para o público com TEA, portanto, como
trabalho futuro, deve ser realizado um estudo para elaboração de diretrizes de desenvolvimento e
avaliação da acessibilidade em aplicativos mobile.
46
REFERÊNCIAS
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In: ACM. Proceedings of the 2006 conference on Interaction design and children. [S.l.],
2006. p. 33–36.
BENTON, L.; VASALOU, A.; KHALED, R.; JOHNSON, H.; GOOCH, D. Diversity for design:
a framework for involving neurodiverse children in the technology design process. In: ACM.
Proceedings of the SIGCHI conference on Human Factors in Computing Systems. [S.l.],
2014. p. 3747–3756.
MAGATON, H. C.; BIM, S. A. The use of educational applications by children with autistic
spectrum disorder: A case of study. In: ACM. Proceedings of the XVI Brazilian Symposium
on Human Factors in Computing Systems. [S.l.], 2017. p. 50.
MELO, A.; SANTOS, J.; RIVERO, L.; BARRETO, R. Searching for preferences of autistic
children to support the design of user interfaces. In: ACM. Proceedings of the XVI Brazilian
Symposium on Human Factors in Computing Systems. [S.l.], 2017. p. 45.
MELO, Á. H. d. S.; BARRETO, R.; CONTE, T. Proaut: Um processo para apoio de projetos de
interface de produtos de software para crianças autista. Cadernos de Informática, v. 9, n. 1, p.
27–41, 2016.
NAOE, A. Tecnologia pode ajudar no tratamento de pessoas com autismo. 2012. Acesso
em 12 de novembro de 2017. Disponível em: <http://www.dicyt.com/viewNews.php?newsId=
24139>.
PERES, F. M.; ESPÍNDOLA, D.; BÄRWALDT, R.; MACHADO, R.; GRILO, T. Análise de
aplicativos para comunicação aumentativa ealternativa a indivíduos com transtorno do espectro
autista.
PREECE, J.; ROGERS, Y.; SHARP, H. Design de interação. [S.l.]: bookman, 2005.
RUBIN, J.; CHISNELL, D. Handbook of usability testing: howto plan, design, and conduct
effective tests. [S.l.]: John Wiley & Sons, 2008.
ZHU, J.; CONNELL, J.; KERNS, C.; LYON, N.; VECERE, N.; LIM, D.; MYERS, C. Toward
interactive social stories for children with autism. In: ACM. Proceedings of the first ACM
SIGCHI annual symposium on Computer-human interaction in play. [S.l.], 2014. p.
453–454.
48
Tentar passar de todas as formas que mesmo ele sendo especial ele tem direito a tudo como
os outros, a fazer tudo o que os outros fazem, e passar também para os outros alunos.
8. Qual sua maior dificuldade quanto à inclusão do autista no meio escolar?
9. O que te levou a assumir essa função de cuidador(a)?
A primeira vez que eu fui chamada, não perdi a oportunidade, mas no começo foi muito
difícil, que tem que estar sempre atento, com muita paciência, e faço isso com muito amor
e carinho.
10. Quanto tem de experiência como cuidador de autistas?
11. Você tem contato com o autista fora da escola?
Não
12. Você tem contato direto com os pais do autista?
Sim, com a mãe dele
13. Qual a suas principais atividades?
Tento fazer as atividades diárias que os outros fazem.
14. Você já passou por momentos onde não sabia qual atitude tomar frente ao autista? Você
recorreu a alguém ou a algo? O que, por exemplo?
Sim, geralmente recorro a professora, mas devido a formação, lembro o que tenho que
fazer e já faço
15. O que você faz para fomentar os atos comunicativos do autista?
Esse meu não fala. Quando eu vou da o lanche dele, ele direciona minha mão para o
lanche. As vezes já sei o que devo fazer, porém deixo ele veio para pedir e direcionar a
minha mão para o que ele quer.
16. Você sente necessidade de alguma ferramenta que lhe auxilie? De que modo?
Como ele gosta muito de morder, sempre peço a mãe que traga um brinquedo, porém eles
enjoam muito fácil e acaba ficando complicado. Tendo que sempre procurar outra coisa
nova para fazer.
Cuidador 3:
1. Qual a sua idade?
23 anos
2. Qual o seu sexo?
Feminino
3. Qual o seu nível de escolaridade?
51
com graus mais complicado, e que seria melhor tratar todos os níveis como TEA (Transtorno
do Espectro Autista). Sâmia disse que maior dificuldade do município com essas crianças era a
barreira atitudinal de convencer as pessoas que é possível melhorar os sintomas do autismo, e
que possuem também dificuldades na fase de adaptação. Outra dificuldade mencionada por ela é
a barreira de inclusão nas escolas, do fato de as escolas não saber lhe dar direito e a aceitação.
54
Coração de Jesus
End. Av. Joaquim de Sousa Barreto, s/n
Bairro: Várzea Alegre
2. Seria possível realizarmos pesquisas nessas escolas? Se sim, o que precisamos providenciar
para isso?
Sim, mas para isso terá que informar e dispor o calendário especificando o turno e o tem po,
56
a relação dos alunos acadêmicos que irão desenvolver e o o cronograma, com antecedência
ao núcleo de educação especial e as escolas relacionadas acima.
3. As escolas que possuem as salas AEE possuem um cronograma de atividades individual e
em grupo que possamos ter acesso?
Sim, as perguntas relacionadas ao trabalho pedagógico são realizadas com o professor da
sala de recursos multifuncionais, ele será embasamento na vivencia de atendimento ao
aluno.
4. Qual o software disponibilizado pelo governo?
Boardmaker, v.6.
5. Já foi observado algum resultado positivo após o uso desse software? Se sim, quais?
As perguntas relacionadas ao trabalho pedagógico serão realizadas com o professor da sala
de recursos multifuncionais, ele terá embasamento na vivencia de atendimento.
6. O atendimento ao cuidador no núcleo especial também segue algum cronograma ou é
aleatório - por exemplo, quando o cuidador procura, o atendimento é feito. Ou o núcleo
promove atividades onde os cuidadores comparecem?
É ofertado mensalmente encontros de formação aos cuidadores dos alunos com deficiência.
E em casos extras as escolas solicitam por oficio nosso acompanhamento junto a escola.
7. Poderíamos saber um pouco mais sobre como é a rotina definida para a adaptação dos
alunos com TEA.
Não existe uma rotina fixa, ofertamos quando a escola, o professor, sente a necessidade de
utiliza lá. As escolas que possuem maior número:
Tia Benilce
End. Av. Dom Lino,204, centro
Inácio de Barros
End. João Antônio,2383, distrito de Flores
CEI- Ana de Oliveira Rocha
End. Av. Maria Ramalho,s/n, Várzea Alegre
CAIC- Francisco Agaci Fenandes
End. Rua25, s/n, Mutirão
57
TABULAÇÃO DE DADOS
1 Renomeie os arquivos de áudio e vídeo para o formato <ID>-<Nome-participante> (Ex.:
P1-Maria.mp3 e P1-Maria.mp4)
2 Faça o Upload para a pasta Sessões:
3 Inicie a tabulação de dados nas sequências das abas (2 a 5)
4 Informe quando finalizar
60
Condicionar a confirmação da
P8 - O usuário pode confirmar
pergunta, de modo que só será
H5 - Flexibilidade e a pergunta antes de responder,
4 mostrado a pergunta correta se
eficiência de uso e o aplicativo apresenta a
o usuário marcas algum item
resposta certa (Figura 4)
ou pedir a resposta correta.
Figura 3 - Quiz geografia. Opção "Resultado" e "Próxima Figura 4 - Escolha da resposta e confirmando resposta.
questão desabilitado.
Figura 5 - Selecionando a opção "Confirmar". Figura 6 - Fim das perguntas do quiz de Matamática.
Severidad
Heurística associada Problemas Identificados e Melhorias Sugeridas
P1 - O aplicativo não fornece
feedback das respostas do O aplicativo deve fornecer feedback
H1 - Visibilidade do usuário, informando se está ao usuário, informando se a resposta
4
status do sistema certa ou errada em nenhum está certa ou errada, com cores e
dos jogos disponíveis no desenhos correspondentes a
aplicativo. respostas.
P2 - No jogo de matemática,
tem-se a impressão que a
resposta será digitada no
H1 - Visibilidade do espaço da conta, pois contém
3
status do sistema um cursor piscando ao lado
desta. Porém quando se Retirar o cursor do campo da
digita a resposta, ela é pergunta colocando apenas onde a
inserida no espaço ao lado. resposta será inserida.
P3 - No jogo de relacionar as
figuras geométricas, as duas
H1 - Visibilidade do
últimas figuras ao serem 3
status do sistema selecionadas não aparecem Exibir as imagens para mostrar a
no seu devido lugar. conclusão do jogo ao usuário.
P4 - No jogo de relacionar as
formas geométricas com seu
desenho e montagem de
palavras, o aplicativo não Deve ser possível o usuário
H2 - Liberdade e
permite que o usuário mova a 4 movimentar as peças do jogo para a
Controle do usuário figura para o desenho, ao opção que desejar, e se tiver
clicar na figura, o aplicativo já incorreta, o jogo coloca a peça de
move o desenho para a volta ao lugar de origem, fixando
figura. esta quando ele acertar a relação.
P5 - No jogo de matemática, o
H3 - Prevenção de aplicativo permite que o Deixar desabilitado a área do cálculo
4
erros usuário apague o cálculo a a ser resolvido par que não haja erros
ser resolvido. ou confusão por parte do usuário
P8 - As imagens que
referenciam os jogos do
aplicativo não se destacam na
H5 - Estética e interface, expressando que é
3
design minimalista uma funcionalidade. Inserir ícones e imagens que tornam
Representa aparentemente as opções visivelmente interativas,
apenas imagens, e não como botões, imagens sombreadas,
funcionalidades. com ícones.
P9 - Os jogos de formas
geométricas e de montagem
de palavras, estão com as
H5 - Estética e imagens que fazem o uso do
4
design minimalista conceito affordance trocadas
por imagens que não
possuem nenhuma Utilizar o conceito de affordance
funcionalidade. referenciando corretamente os jogos.
Figura 3 - Soma das operações e resposta correta. Falta de Figura 4 – Jogo montagem de palavras
feedback ao usuário.
Figura 26 - Jogo formas geométricas
Melhorias
Severidade
Heurística associada Problemas Identificados sugeridas
P1 -O sistema apresenta falhas ao
selecionar intercaladamente a Revisar a
H1 - Liberdade e
funcionalidade “O que é autismo” com 4 implementação das
Controle do usuário qualquer outra funcionalidade do sistema, funcionalidades e a
fechando a aplicação. (Figura 6) sequência entre elas.
Inserir as informações
P2 - O aplicativo não exibe as informações com o mesmo estilo
H2 - Consistência e
padronizada entre suas funcionalidades. 2 de formatação, estilo
padronização (Figuras 2, 3, 4 e 5) de fonte, tamanho,
posição e cores.
Inserir ícones,
P3 - O aplicativo não fornece nenhum tipo
símbolos ou figuras
H3 - Reconhecer ao de símbolo ou ícones que passam
2 que transmitem o que
invés de lembrar informações intuitivas das
contém em cada
funcionalidades do sistema. (Figura 1)
funcionalidade.
O aplicativo poderia
apresentar de forma
P4 - O aplicativo possui excesso de resumida e objetiva as
H4 - Estética e design
informações, muitos textos. (Figuras 2, 3, 4 4 informações, bem
minimalista e 5) como conter imagens
ou vídeos que as
ilustre.
3. Engajamento
4. Representações
redundantes
5. Multimídia
6. Respostas as ações
7. Affordance
No jogo de relacionar
7.1 Elementos e interações
formas geométrica, as
similares devem produzir
X duas últimas formas ao
resultados similares,
serem relacionadas, não
consistentes e previsíveis.
fica visível ao usuário
8. Navegabilidade
9. Visibilidade do estado do
Sistema
1. Vocabulário visual e
textual
2. Customização
3. Engajamento
No aplicativo as
funcionalidade (ação,
3.1 Evite utilizar elementos sentimento e dor física)
que distraem e interfiram no apresentam as opções de
foco ou na atenção. Caso querer ou estar que há a
X
utilize, forneça opções para possibilidade de nunca
suprimir estes elementos na serem utilizadas pelo
tela usuário, pois ele pode
ficar distraídos com as
outras imagens
4. Representações
redundantes
4.1 A aplicação não deve se
As imagens das
concentrar somente em
funcionalidades não
textos para apresentação de
possuem rótulos para
conteúdo, forneça também
representação, contendo
representações em imagem, X
apenas imagens. Não há
áudio ou vídeo que garanta
vídeos apenas áudios
que estas apresentações
referente a função
estejam próximas ao texto
selecionada.
correspondente.
5. Multimídia
6. Respostas as ações
7. Affordance
7.1 Elementos e interações
similares devem produzir
X
resultados similares,
consistentes e previsíveis.
8. Navegabilidade
9. Visibilidade do estado do
Sistema
1. Vocabulário visual e
textual
2. Customização
3. Engajamento
4. Representações
redundantes
5. Multimídia
6. Respostas as ações
6.1 Forneça feedback
confirmando ações corretas
ou aletrando sobre possíveis Pois no quis quando o
erros e utilize áudios, textos usuário erra a pergunta
e imagens para representar X aparece apenas a opção
a mensagem, evitando correta e não a opção que
ícones que envolvam o usuário marcou.
emoções ou expressões
faciais.
7. Affordance
8. Navegabilidade
9. Visibilidade do estado do
Sistema
9.1 Apresente instruções
adequadas para interação
Não contém acesso a
com os elementos da
nenhum tipo de ajuda ou
página, forneça mensagens X
instruções, nem feedback
claras sobre os erros
de erros.
mecanismos para solucionar
os erros.
9.3 Em atividades
alternativas e lições No quiz quando seleciona
interativas, é recomendável corfirmar em qualquer
que o sistema permita até X pergunta a resposta vai
cinco tentativas em uma aparecer logo na primeira
atividade antes de mostrar a tentativa.
resposta correta