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FAVAS

A fava simboliza o sol mineral, o embrião. Evoca o enxofre aprisionado na matéria.


As favas fazem parte dos frutos que compõem as oferendas rituais. Elas representam os
filhos-homens esperados; numerosas tradições confirmam e explicam essa aproximação.
Segundo Plínio, a fava era usada no culto dos mortos por acreditar-se que continha a
alma dos mortos. As favas, na qualidade de símbolos dos mortos e de sua prosperidade,
pertencem ao grupo dos Deuses protetores. No sacrifício que se costumava realizar na
primavera, elas representavam a primeira dádiva vinda de baixo da terra, a primeria
oferenda dos mortos aos vivos, o signo de sua fecundidade, ou seja de sua encarnação. E
isso leva-nos a compreender as razões da proibição estabelecida por Orfeu e Pitágoras
para os quais comer favas era o equivalente a comer a cabeça dos próprios pais, a
partilhar do alimento dos mortos e, graças a isso, permanecer dentro do ciclo das
reencarnações e sujeitar-se aos poderes da matéria. No entanto fora do âmbito dessa
teoria, as favas constituem, ao contrário, o elemento essencial da comunhão como os
Deuses, no ápice dos rituais.
Em resumo as favas são as primícias da terra, o símbolo de todas as benfeitorias
proveniente dos Deuses que habitam debaixo da terra.

O "campo de favas" - denominação que os egípcios usavam com sentido simbólico, era
o lugar onde os defuntos aguardavam a reencarnação. O que confirma a interpretação
simbólica geral dessa leguminosa.

Dentro do cultos dos Voduns/Orixas/inkices e outros, a fava representa e confirma a


ancestralidade dos Deuses.

Em nossos rituais, fazemos uso tanto da fava inteira como ralada, em forma de pó. O pó,
assim como a cinza é comparado ao sêmen, ao pólen das flores, à posteridade.

Inversamente, por vezes é signo da morte.

Fazer uso da fava e do pó da fava representa perpetuarmos nossa ancestralidade, as


primícias da terra e dos Deuses.
FAVAS II

1 - FAVA DE ABRE-CAMINHO

2 - BEJERECUM

3 - FAVA DE EXÚ

4 - GARRA DE EXU

5 - FAVA DE OBALUAYE

6 - DANDA DA COSTA

7 - IKIN

8 - FAVA DE OGUM
9 - FAVA TONCA

10 - FAVA DE JATOBA

11 - OROBO

12 - FAVA DE XANGO - ALIBÉ

13 - PIXURIN

14 - AMENDOIM

15 - COCO DO DENDE

16 - NOZ NOSCADA

17 - ATARÉ

18 - FAVA DE IANSÃ

19 - ARIDAN

20 - FAVA DE OXALÁ

21 - FAVA ARIO

22 - FAVA DE OXUM

23 - FAVA DE AGUÉ

24 - FAVA CUMARU

25 - FAVA OFA

26 - LELECUN

27 - FAVA DE LOGUN

28 - FAVA DE OBALUAYE

29 - FAVA DE OSAIN

30 - FAVA DE OXOSSI

31 - FAVA DE KARITE

Pesquisa e texto - Yatemi Jurema de Yansã (in memoriam) e Ekedi Rovena


Abo Ògánwó - Fava da Oxum

Nome Yorubá- Abo Ògánwó

Nome científico – Carapa Procera D.C., Meliaceae, Carapa guianensis Aubl. Sinonímia:
Carapa latifolia Willd.; Xylocarpus carapa Spreng.; Carapa macrocarpa Ducke.

Nome popular – Andiroba, Fava-de-Oxum, Andiroba-saruba, Iandirova, Iandiroba,


Carapá, Carapa e Nandiroba, no Brasil; Cachipou e Noix de Crab, na Guiana Francesa;
Carapa Tree, em inglês; Carapo, na ilha de Trindade.

Considerações: A Andiroba é comum nas várzeas da Amazônia. Velha conhecida dos


indígenas, dos caboclos e dos madeireiros, começa a ganhar fama internacional pela
comprovação científica de algo que os nativos sabem há muitas gerações: o bagaço da
castanha, quando queimado, solta uma fumaça que tem o poder de repelir mosquitos.
Alguns produtos sob a forma de vela estão sendo comercializados como um repelente
natural.
Desde a época do Descobrimento do Brasil, o óleo de andiroba era empregado pelos
índios Mundurukús como ingrediente na mumificação das cabeças dos inimigos, que
serviam de troféus de guerra. Hoje, o óleo é medicamento usado para muitos males,
principalmente como linimento contra pancadas e anti-inflamatório, contra dores de
garganta.
As sementes privadas das cascas produzem 70% de óleo amargo e concreto, amarelo-
escuro e muito espesso.

Descrição : Planta nativa da América do Sul. Os frutos produzem várias sementes que
são alimento de vários animais. É uma árvore grande, que mede até 30 metros de altura,
apresentando uma casca cinzenta e grossa. As folhas são imparipinadas ou abrupto-
pinadas, grandes, de até 1 metro de comprimento ou mais, composta de numerosos
folíolos subopostos, elíptico-oblongos, inteiros, acuminados e glabros. As flores são
pequenas, amarelas, vermelhas e axilares. O fruto é uma cápsula ovóide semi-globosa,
lenhosa, pardacenta, 4-vulvar, contendo número variável de sementes vermelhas,
coriáceas e quase lenhosas, convexas, angulosas ou irregularmente tetraédricas,
achatadas lateralmente

Uso Ritualístico: Planta associada a Oxum. As sementes são utilizadas em


assentamentos e em jogos de búzios por algumas pessoas. As folhas são utilizadas em
banhos e sacudimentos.

Elementos: Água / Masculino

Uso em Ifá; É apenas citada como planta de Ifá.

Outros nomes yorubá: Èfù ìyá, abo ògànwó (Verger 1995:644)

Àrìdan

Nome Yorubá- Àrìdan


Nome científico – Tetrepleura tetráptera (Schum & Thour.) Taub. Leguminosae-
Mimosoideae
Nome popular – Fava de aridan

Considerações: O fruto é constituído por uma polpa carnosa, com pequenas sementes
marron/escuro. A fruta possui uma fragrância, caracteristicamente picante e odor
aromático, o que é atribuído à sua propriedade repelente de insetos. É usado como
especiarias e aroma (exóticos aromas tropicais) e envenenamento de peixes.

Descrição : Árvore de origem africana é cultivada no Brasil, provavelmente trazida


pelos escravos para utilização litúrgica. A tetrapleura Tetráptera (Schumach. E Thonn)
Taub, Mimosaceae, vulgarmente conhecida como Aridan (fruta), termo(Yorubá) no
sudoeste da Nigéria também conhecida no Congo como, kiaka na língua (Akwa e
Mbaamba), eyaka (Lingala), chiacha (Tsangui) sekeseke (Bira, Mbuti) akolongo
(Azande) Angulu (África Central, provem de uma árvore robusta e perene de cerca de
30 m.de altura tem na cor um cinza / marrom, liso / casca áspera, A flor é amarela / rosa
e branco, a fruta tem cor castanho escura, quatro frutos alados 12-25 x 3,5-6.5cm.It é
geralmente encontrada na floresta de várzea da África tropical.

Uso Ritualístico: Pertence ao Orixá Ossayn. Os frutos do aridan são favas utilizadas nas
casas de candomblé, no àgbo do iniciado, em assentamentos de Exu, Ogun, Omolu,
Oxun e Xangô Baru, e na preparação de pó usado para combater feitiços . Certamente, o
fato de colocar as favas de aridan dentro dos assentamentos dos Orixás denota uma
preocupação em manter-se resguardado contra qualquer tipo de magia nefasta que tenha
por objetivo prejudicar a casa e as pessoas que zelam por tais objetos. Com a mesma
finalidade é comum encontrar-se favas penduradas atrás de portas, que, sugando alguns,
emitem uma luz “quando alguém manda algum feitiço”.

Qualificação da ação: a que brilha

Elementos: Terra/Masculino

Ataare - Pimenta da costa

Nome Yorubá- Ataare


Nome científico – Afromomum melegueta (roscoe). Zingiberaceae
Nome popular- Pimenta da Costa

Descrição: Planta da família das anonáceas, originária do continente africano, cultivada


no nordeste brasileiro.
Uso Ritualístico: Pertencente ao Orixá Ossayn. Embora atribuída a Exu, este tipo de
pimenta tem várias utilizadas nos rituais dos Orixás, sendo utilizada no borí, nos
assentamentos de alguns Orixás, nos rituais de Ossayn e para fazer pós e ebós. È um
vegetal ambíguo, pois presta-se também para trabalhos maléficos. Todavia, tem
destaque no culto, uma vez que é prestigiado no ritual da sassanha com um korin ewé
próprio. È comumente mastigada pelos sacerdotes quando dirigem suas súplicas e
desejos aos Orixás, pois acreditam que tem o poder de purificar o hálito.

Elementos: Fogo/Masculino
Uso em Ifá; Verger cita dezoito trabalhos de uso medicinal (oògùn, 1995:127, 129, 145,
149, 159, 183, 185, 187, 197, 199, 215, 219, 225, 229, 235, 245 e 257), cinco relativos à
gravidez e ao nascimento (ìbímo, 1995:273, 279, 281, 285 e 287), dois trabalhos para os
orixás (1995:313, 315) quinze trabalhos de uso benéficos (àwúre, 1995:335, 347, 355,
359, 367, 375, 383, 385, 387, 393, 395, 397 e 399) cinco trabalhos de uso maléfico
(àbìlù, 1995:407, 411, 415, 423 e 427) dez de proteção contra trabalhos maléficos
(ìdáàbòbò, 1995:447, 449, 451, 453, 455, 459 e 461) todos com pimenta-da-costa.

Sassanha:
Èta owó èta
Omo átáaré kú
Gbogbo gb”érù re o

Três é dinheiro,
Tre é filho
Átáaré leve os carregos de morte.

Outros nomes yorubá: Òbùró, ata, ata ire, ataué, atayé isa, atayé rere, etalúyà, atayé
atayé liya (Abéòkuta), atayé isa, atayéì jobì, atayé rere e etalúyà (ìjebú) (Verger
1995:628)
Àyò – Olho-de-gato

Nome Yorubá- Àyò


Nome científico – Caesalpina Bonduc (L.) Roxb., Leguminosae-Caesalpinoideae
Nome popular – Olho-de-gato, ariós, carniça, junquerionamo, silva-da-prata

Descrição: Planta encontrada em estado espontâneo, tanto no continente africano quanto


no brasil, provavelmente, porém, nativa da África.

Uso Ritualístico: Pertencente aos Orixás Orumilá e Exu. Apenas a semente é conhecida
e utilizada juntamente com uma pequena pedra de rio (seixo), em jogos divinatórios,
chamados de “amarração de ibo”. Conhecida popularmente como “fava da vidência”, a
planta toda está associada a Èxù e a Orúnmìlà. Pertence ao compartimento Terra com
característica gún

Elementos: Terra/Masculino

Uso em Ifá; A planta é usada nos rituais de Ifá, porém, com poucas citações.
A semente tem a mesma função oracular que nos terreiros, ou seja, é usada na
“amarração de ibô”.

Outros nomes yorubá: Sáyò, sénwò, séyò olópón (Verger 1995:641)


Bejerekun - Pimenta-de-macaco

Nome Yorubá- Bejerekun


Nome científico – Xylopia aromática (lam) Mart., Annonaceae
Nome popular – Pimenta-de-macaco, pimenta-de-negro, pimenta-da-guiné, pindaíba,
biriba
Considerações: Árvore até 8m de casca áspera, fissurada, castanho-acinzentada. As
folhas são alternas, em forma de lança, com até 18 cm de comprimento e cobertas por
pilosidade cor de ferrugem. Possui flores brancas ou rosadas, distribuídas ao longo dos
ramos, nas axilas das folhas. Os frutos são agregados, formados por 1 a 30 frutículos
verde-amarelados externamente e vermelhos por dentro. Ao abrir em duas partes ficam
expostas 1 a 7 sementes brilhantes de cor preta com arilo (estrutura carnosa) de cor
creme em uma das extremidades. As sementes tem cerca de 25 mm, tem coloração preta
e apresentam arilo.

Descrição : A Pimenta de Macaco, também conhecida como Pimenta de Negro, faz


parte da família das Anonáceas sendo parente da pinha, do biribá, da graviola e da
pindaíba. Ocorre basicamente na região dos Cerrados e dos Campos Cerrados do meio
do Brasil que abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso
do Sul. O pó de suas sementes é usado como tempero que além de aromático e
condimentar tem propriedades afrodisíacas.

Uso Ritualístico: Pertencente ao Orixá Ossayn e Ogun. Bejerekun é o nome dado nas
comunidades religiosas jêje-nagôs, aos frutos desta e de outras espécies similares de
annonaceas. Seu uso é extensivo a diversos orixás, e entra na composição do àgbo, em
alguns “assentamentos”, para plantar o àse do terreiro, na iniciação dos filhos-de-santo e
no preparo de atin (pó) com fim benéfico. É uma das sete árvores sagradas onde
habitam as Yamins.

Elementos: Terra/Masculino

Uso em Ifá;
Do odu Irosun-méjì, juntamente com osùn, em trabalho para causar malefício a alguém.
Do odu Òtúrá ogbè, em “trabalho para despejar um locatário” (Verger 1995:407)
Do odu Ogbè òtúrá, constam: “receita para deixar o corpo leve” (Verger 1995:277) e
“receita para ajudar a mulher a dar a luz suavemente” (Verger 1995:273)
De diversos odús, Verger (1995) cita, ainda, trinta e cinco receitas de uso medicinal
(Oògùn)

Outros nomes yorubá: èèrù, èèrunje, olórin


Dandá da Costa - Tiririca

Nome Yorubá- Dandá


Nome científico – Cyperus esculentus L., Cyperaceae
Nome popular – Tiririca, Junquinho, tiririca-amarela, junça, Tiririca-mansa, Três-quinas

Considerações:
Descrição : Espécie pantropical, nativa na América do Norte, Europa e Ásia, encontrada
hoje nos cinco continentes. Com inflorescência amarela família das Cyperaceae.
Também conhecida como tiririca do brejo, hamassuguê, capim-dandá, cebolinha, erva-
côco, junça-aromática, tiririca-comum.

Raiz
Uso Ritualístico: Pertencente aos Orixás Exu, Ogun, Oxossy e Ossayn. Dandá é o nome
dado aos tubérculos dessa cyperacae, que são muito utillizados com diversas
finalidades, entre eles, defumação, pós e amuletos para boa sorte.Ainda hoje, alguns
Zeladores confeccionam amuletos com este tubérculo, para “proteger pessoas contra
bandidos e maus policiais”. Pulverizada, é utilizada na sacralização de “assentamentos”
de diversos Orixás.

Elementos : Terra/Masculino

Folha

Nome Yorubá- Labé-labé

Uso Ritualístico: Pertencente aos Orixás Exu, Ogun, Oxossy e Ossayn. Planta muito
utilizada no culto com diversas finalidades. È comum mascarem seus tubérculos, que
também são chamados de Dandá-da-costa, com a finalidade de afastar os espíritos dos
mortos. As folhas podem ser usadas em agbo.

Qualificação da ação: folha que corta como uma faca

Elementos: Água/Masculino

Èpà - Amendoim

Nome Yorubá- Èpà


Nome científico – Arachis helodes Mart. ex Krapov. & Rigoni Leguminosae-
Papilionoideae
Nome popular- Amendoim

Considerações:
Descrição:Segundo alguns botânicos, o amendoim é nativo do brasil, porém foi levado
para a África, onde se constituiu como base alimentar.
Da família das Fabaceae. Também conhecida como amendoí, jinguba, mancarra,
mandobi, mandubi, mendubi, menduí, mindubi, mindubim, erdnub (espanhol); maní,
cacahuete ou amendoim (francês); cacahuète, pistache de terre, arachide (inglês); peanut
(italiano); arachide (italiano).

Uso Ritualístico: Pertencente aos Orixás Oxumaré e Oxum. Os grãos do amendoim são
utilizados em oferendas a Oxumaré; pulverizados, para Oxun; entretanto, seu consumo é
proibido (èwò) aos filhos de Oxalá. Mas também é utilizado na comida de Oxossy o
Axoxo. Também são muito utiilzados em trabalhos para conseguir a proteção das Ìyàmi.

Elementos: Água/Masculino

Outros nomes yorubá: òróré èpàda e èpà gidi.


Fava de Obará
Nome Yorubá-
Nome científico – Luehea Grandiflora Mart., et Zucc., Tiliaceae
Nome popular – Fava de Obará, Ivitinga, Mutamba-preta, Acoita-cavalo, Ubatinga

Descrição : Espécie bastante rústica, tem seu nome derivado de sua aplicação pelos
cavaleiros, antigamente. Galhos e folhas bastante ásperos. Sua floração perdura por uns
dois meses a partir de Fevereiro. família: Tiliaceae, sinônimos botânicos Luehea
ferruginea Turcz.; Luehea platypetala A. Rich.; Luehea rufescens Benth.; Luehea
tarapotina J.F. Macbr., outros nomes populares: envireira-do-campo, caa-abeti, ivantiji,
ivitinga, mutamba-preta, ubatinga, uvatinga, ivatinga, cacauei, vacona-do-campo,
papeá-guaçu. Folhas simples, alternas, com estípulas, serradas, com ápice agudo ou
acuminado. Medem de 9-15cm de comprimento por 2- 6cm de largura, de cor
esbranquiçada na face inferior.

Uso Ritualístico: Pertencete a Ifá. Os frutos desta planta é que são utilizados nos rituais
afro-brasileiros, em trabalhos com Obará, um dos signos de Ifá (Odú), com a finalidade
de atrair riquezas.

Elementos: Terra / Feminino

Fava Divina

Nome Yorubá-
Nome científico – Schizolobium Parahyba (Vell.) Blake, Leguminosae-Caesalpinoideae
Nome popular – Fava Divina, Guapuruvu

Descrição : Nativa do Brasil. Árvore decídua de 10 a 30 m de altura. Tronco sem


ramificação, coroa de folhas no ápice, casca lisa, acinzentada, com cicatrizes da queda
das folhas, sendo que quando jovem a casca é verde e lisa; o ápice dos ramos têm pêlos
glândulosos (pegajosos). Emite ramificações e grande altura para formar a copa, o que
lhe confere um porte majestoso. A copa densa, com galhos regulares, forma uma
abóboda perfeita. Folhas alternas, compostas bipinadas, com até 1 m de comprimento;
folíolos opostos, elípticos, com estípulas que caem com o tempo. Flores amarelas,
pilosas, em inflorescências densas. Fruto tipo legume, obovado, coriáceo, pardo-escuro,
de 10 a 15 cm de comprimento, com uma semente, forma elíptica, brilhante e muito
dura, protegida por endocarpo papiráceo.

Uso Ritualístico: Pertencente ao Orixá Oxum. Suas semente são utilizadas


popularmente para “simpatia” em crianças para aflorar a dentição.

Elementos: Terra / Masculino


Fava-de-omolú

Nome Yorubá-
Nome científico – Hevea Brasiliensis M. Arg., Euphorbiaceae
Nome popular – Fava-de-omolú, Seringueira
Descrição : Da família das Euphorbiaceae. Também conhecida como árvore-da-
borracha, seringueira-legítima. A planta da amazônia mais importante como fornecedora
de borracha. Pesquisador de Londres, descobriram que, quando injetados certos genes
nas árvores da seringueira, elas se transformam com a ajuda da energia solar em
indústrias farmacêuticas vivas. Podem ser obtidos, sem poluição ambiental e de forma
barata, antibióticos, vacinas, hormônios e uma ampla variedade de substâncias naturais.
A seringueira, pertencente ao gênero Hevea, da família Euphorbiaceae, que possui a
Hevea brasiliensis (Willd. ex Adr. de Juss.) Muell.-Arg. como a espécie mais importante
do gênero (GONÇALVES et al., 2002). Hevea brasiliensis é uma planta de ciclo perene,
de origem tropical, cultivada e utilizada de modo extrativo, com a finalidade de
produção de borracha natural (CAMPELO JÚNIOR, 2000). A partir da saída de seu
habitat passou a ser cultivada em grandes monocultivos, principalmente nos países
asiáticos. No Brasil, seu cultivo obteve grande sucesso nas Regiões Sudeste, Centro-
Oeste, na Bahia e mais recentemente no oeste do Paraná (MARINHO,2006).

Uso Ritualístico: Pertencente ao Orixá Omolú. As favas são utilizadas em trabalhos e


assentamentos deste Orixá.

Elementos: Terra / Masculino


Garra do Diabo

Nome Yorubá-

Nome científico – Martynia annua Martyniaceae

Nome popular – Garra do Diabo, Garra de Exú, Unha de Exú

Uso Ritualístico: Pertencente ao Orixá Exu. Muito apreciada pelos adeptos da religião
de Matriz Africana .... para pós, fundamentos e etc...

Elementos: Terra / Feminino


Àgbaó - Imbaúba

Nome Yorubá- Àgbaó / Àgbamodá / Àgbawó


Nome científico - - Cecropia palmata Wild., Moraceae
Nome popular – Umbaúba, Imbaúba, Árvore-da-preguiça, Umbaíba, Embaúba, Baúna

Considerações: Também chamada de arvore de preguiça, é uma arvore de tronco


reto,oco, esgalhado a semelhança com o mamoeiro, folhas longipecioladas, duras,
ásperas, esbranquiçadas por baixo, pecíolos lisos cilíndricos.

Descrição : Eficiência terapêutica comprovada pelo Ministério da Saúde.


Embaúba(Cecropia peltata, Vellozo). Outros nomes: imbaúba, umbaúba, ambaíba,
imbaíba, baúna, árvore da preguiça. Planta urticácea brasileira que existe também na
América Central. Tem o tronco ereto e oco e suas folhas são rijas, ásperas e branca de
baixo. O fruto é oval, roxo (quase preto) com polpa doce, branca e aquosa. O fruto é
gostoso e a madeira é fraca e leve. É medicinalmente usada nas afecções do trato
respiratório. Tem ação de aumentar a força contrátil do coração, e por isto seu uso
merece cuidados. É eficaz e eficientemente diurética.

Uso Ritualistico:
Pertence aos Orisàs Ossayn, Iyemonjà, nanã, xangô, oyá. Quando se vai coletar ervas
nas matas, deve-se colocar sob a imbaúba oferendas de vinho moscatel, aguardente,
fumo de rolo picado, mel, moedas e búzios, com a finalidade de agradar Ossayn, para
que este permita que os vegetais que procuramos sejam encontrados, caso contrário,
passaremos várias vezes pela planta procurada e não a veremos. São utilizadas em
rituais e banhos de purificação. Pode-se colocar oferendas de frutos para Ossayn sobre
esta folha. Utilizada nos rituais de iniciação, entra no omiero do orisa sango, dos seus
brotos e feito uma comida para este orisa nas ocasião do ritual de asese em seu troco
existem furos onde mora uma espécie de formiga, que é feito etutu nos caminho do orisa
obaluaye, existem tradições em que esta ewe também pertence ao orisa Nana, e seus
talos são usado em determinados ebos de ancestralidades.

Elementos: Terra/Feminino

Uso em Ifá; A única referência encontrada diz respeito à espécie Musanga cecropioides
R.Br., que também, pertence a família das Moraceae,

Sassanha:
TAWA NI IBÀ, NI AGBAÓ
TAWA NI IBÀ, NI AGBAÓ

É nossa a benção, É nossa a benção da embaúba.


É nossa a benção, É nossa a benção da embaúba

Outros nomes yorubá: Àgbamodá , Àgbawó, Ag

Akan - Cará-moela

Nome Yorubá- Akan


Nome científico – Dioscorea bulbifera l., Dioscoreaceae
Nome popular – Cará-moela, cará-do-ar, cará-de-corda, cará-de-sapateiro

Considerações: O Cará-do-ar é um tipo de inhame originário da África e Ásia. É uma


planta calcidiforme, trepadeira que produz batatas na sua parte aérea. Suas folhas são
cordiformes. É encontrado aqui em nosso país (Brasil), mas o seu cultivo é feito apenas
de forma doméstica nos quintais do interior. Por isto é raro encontrá-lo no comércio em
geral. Estes carás tem formato de uma moela de ave, e por isto também é chamado de
cará-moela e é consumido cozido. Pode ser cultivada também como uma exótica planta
ornamental. E na Flórida é considerada como uma espécie invasora.

Descrição : Utilizado em diversos pratos na culinária nacional, porém mais conhecido é


o arroz preparado com essa espécie, que faz parte da dieta da população do interior, e
também muito apreciado pelos africanos.

Uso Ritualistico: Pertencente ao Orixá Oxalá. Utilizado no preparo de um pó (atín) para


boa sorte, segundo uma formula conhecida em algumas casas de santo. “Em uma
vasilha de barro nova e seca, deposita-se um bife de carne de boi, pequeno e fino, deixa-
se a carne criar larvas, colocando-se a vasilha sobre um telhado. Quando a carne estiver
completamente seca, tritura-se até tomar a consistência de um pó. Rala-se um cará-
moela e mistura-se à carne pulverizada, torra-se tudo, adiciona-se efun, peneira-se até
que obtenha um pó fino usa-se em casa e no trabalho para obter properidade”

Elementos: Terra/Feminino

Uso em Ifá;

Sassanha:

Outros nomes yorubá: emìnà, ewùra esin e dadan


Àtòrìnà - Sabugueiro

Nome Yorubá- Àtòrìnà


Nome científico – Sambucus nigra L., Caprifoliaceae
Nome popular- Sabugueiro

Considerações: Pode ser encontrada desde o sul da Escandinávia até o norte da África, e
também na região sul do Brasil. Suas flores são bem pequenas e numerosas, agrupadas
em inflorescências, de cor branca, exalam perfume agradável. O Sabugueiro produz
pequenos frutos de cor violeta escuro, comestíveis, porém, o sabor é mais aceito após
cozimento.

Descrição : Pertence à família das Caprifoliáceas. Na forma de arbusto ou árvore


pequena, de 3 a 6 metros de altura. Os frutos são bagas de cor negra, violeta, redondas,
com duas sementes ovais. Se forem guardadas as flores estas devem ficar isoladas do ar
devido o apodrecimento acelerado; pois absorvem umidade com facilidade.Arbusto de
troncos e ramos lenhosos, que podem atingir de 2 a 4 m de altura com folhas caducas
grandes, e de flores esbranquiçadas que crescem em umbelas. Originária da Europa,
encontra-se por todo o País.

Uso Ritualístico: Pertencente ao Orixá Omolú. Suas folhas são empregadas nos rituais
de iniciação, oferendas e banhos purificatórios dos filhos de Omolú, ligado ao odu
iwori.

Qualificação da ação: vara de fogo

Elementos: Fogo/Masculino

Uso em Ifá;

Sassanha:

Outros nomes yorubá: Owó éégun, Átomirina


Eró igbin - Erva-de-Bicho
Nome Yorubá- Eró igbin
Nome científico – Brilhantaisia lamium (Ness) Benth., Acanthaceae
Nome popular- Erva-de-Bicho

Família: Polygonaceae.
Descrição : Planta originária da África. Planta anual, cuja altura varia de 50 cm a 1
metro. Muito vigorosa e de crescimento rápido. Seu caule possui anéis nodosos,
apresentando riscas avermelhadas. As folhas são alternas, inteiras, estreitas e
pontiagudas, no formato de lanças, de coloração verde-brilhante e às vezes rajadas de
vermelho. As flores são pequenas, de coloração branca ou rosada, e se dispõem em
espigas longas, finas e flexíveis, que nascem na junção das folhas ou na extremidade do
caule. O fruto-semente é um aquênio pequeno. O plantio é feito por fruto semente ou
estacas de galho, de preferência, em lugares úmidos, situados às margens dos rios.
Colhe-se a parte aérea da planta no momento em que as flores estão desabrochando. O
caule, a folha, a flor e o fruto apresentam um sabor fortemente apimentado.
Modo de conservar : Os caules, as folhas, as flores e os frutos são secos ao sol, em local
ventilado e sem umidade. Armazenar em sacos de papel ou de pano.

Uso Ritualístico:Pertence ao Orixá Oxalá. Folha considerada eró (de calma) . Sendo
uma das ervas mais utilizadas no culto a Oxalá, é empregada nos rituais de todos os
Orixás. Usada nos rituais de iniciação, sacralização dos assentamentos dos orixás, àgbo,
banhos e diversos trabalhos. Utilizada com a finalidade de se adquirir boa saúde,
prosperidade e acalmar a cabeça intranqüila. “Apreciada pelo igbin (caracol) como
alimento, daí ser chamada pelo "povo-de-santo” de eró igbin, sendo que este nome
significa "a calma ou o segredo do caracol” . (Barros & Napoleão 1999:137)
Elementos: Água/Masculino

Uso em Ifá;
Do odu ìwòrì òfún em “receita para tratar inchações” (Verger 1995:121)
Do odu Oyekú ogbè em “proteção contra ciclones” (Verger 1995:455)

Sassanha:

Outros nomes yorubá: ajíromi, òwò, ewé òwò, eró yewa e omi tútù. (Verger 1995:640).

Imbaúba:
Akàn:

Àtòrìná
Eró Igbin
Lelekun

Nome Yorubá - Lelekun

Nome científico – Aframomum melegueta, da família Zingiberaceae, Uapaca Heudelotii


Baill. [family EUPHORBIACEAE], Uapaca somon Aubrév. & Léandri
Nome popular – Grãos do paraíso, pepre nengrekondre, pimenta jacaré, grãos da guiné,
graines de paradis, atar, korner Paradies, Grani de Meleguetta, korrels Paradijs, paraíso
Grana, poivre de Guinée, malaguette, Malagettapfeffer, Grani de paradiso

Considerações: (*). Importante observar que a "Uapaca" possui aproximadamente 60


espécies, Os grãos-do-paraíso, também chamados de malagueta, com sabor acre e
picante, pertencem a uma espécie africana, Aframomum melegueta, da família
Zingiberaceae. Era a pimenta que os povos escravizados trazidos para o Brasil a partir
do século 16 conheciam. Esses povos, ao chegarem aqui, tiveram contato com as
pimentas do gênero Capsicum e, pela semelhança no sabor, passaram a chamá-las
também de malagueta.
Descrição : Pimenta do jacaré é um crescimento perene tropical até 5 "de altura,
originalmente do Oeste da África, trazida ao Suriname pelos escravos.
A forma de trombeta, flores roxas desenvolver em 5 - 7 centímetros cinzento longo -
marrom, enrugada secas vagens (cápsulas) contendo a pequena numerosas sementes.
Estes são quase de forma oval, duro, brilhante, e tem uma cor marrom-avermelhada.
Ela tem folhas lanceoladas com até 9 cm de comprimento.
As sementes são numerosas ter em cinzento - cápsulas marrom.
A parte importante desta planta é a semente, o pequeno (3-4 mm = 1 / 8 ") -
avermelhada sementes castanho tem um aroma pungente com pimenta - como calor.

Uso Ritualístico: Pertencentes a Obatalá, seus grãos possuem um sabor bastante picante,
por isso seu costumeiro uso em alguns pratos da Tradicional Culinária afro-baiana, já no
que se refere ao uso litúrgico, devido as propriedades que possui, é usada para
conquistas em geral. e banhos, seus grãos tem a propriedade de ativar a inteligência
[Yèyé para Òyé].

Elementos: Terra / Masculino

Outros nomes yorubá: Yéré, Lelekun, Òpòn Àtàkùn,

Ewé ègùnmò - Erva-moura, Maria-preta

Nome Yorubá- Ewé ègùnmò


Nome científico – Solanum americanum Mill., Solanacea
Nome popular – Erva-moura, Maria-preta, Pimenta-de-Galinha, Erva-mocó, caraxixu

Descrição : De origem européia, disseminada por vários continentes. No Brasil, ocorre


em estado espontâneo em todo território. Planta de folhas de cor verde escura, com
bordos irregulares. Suas flores são brancas e os frutos negros (bagas). Também
conhecida como solano, arachichu, maria-preta, pimenta-de-galinha.

Uso Ritualístico: Pertencente ao Orixá Omolú. Utilizada em banhos de proteção para os


filhos de Omolú, e em sacudimentos. Usada na iniciação dos filhos de Obaluaiyé e Nàná
e, na consagração de seus objetos rituais e sacudimentos.
Planta consagrada a Obaluaiyé, associada ao elemento Terra. Propriedade gún e
característica masculina.
Em Cuba, é conhecida pelos nomes lucumi atoré e efodá e atribuida a Ògún e Yemanjá
(Cabrera 1992:562).

Elementos: Terra / Masculino

Uso em Ifá; Do odu Òfún méjì em “trabalho para estabelecer um mercado público”
(Verger 1995:327). Cujo öfö da folha é:
òdú L’ó ní k’éni rere ó wá duro tìmí òdú diz que as pessoas boas devem vir e ficar ao
meu lado.

Sassanha:

Outros nomes yorubá: ègùnmò, ègùnmò, agunmò gàrà e òdú (Verger 1995:721)

A Vitória Régia, dentro do que aprendi pertence estritamente a Obá recebe o nome de
Ewé Omí Ojú....

Ejìnrìn- Melão de São Caetano sim ela é direcionada a Obalwuaiye e Nanã...Nosso


irmão KDP já explanou sobre ela aqui no tópico dê uma olhadinha lá...

Èsó Feleje - Trombeta Roxa, também não conheço como Ewé de Nanã, mas sim como
de Ossonyin, Oya e Esu..Está ewé deve ser colhida com muita caltela....Folha perigosa
pra quem não sabe colher....

Bom daqui alguns minutos vou discorrer sobre elas...Acredito eu que já há algumas aqui
direcionadas a Nanã até mesmo de fundamento dela.

Quanto as cores, na verdade não é uma máxima...apesar de observarmos a olho nú que a


maioria das Ewé que aprendentam certa cor teria sim maior aprovação de determinado
orisa.... (Nanã Roxo ou lilás, Osun o Amarelo, Oya o Rosa e o branco, Obá o Coral, e
por ai vai), mas não dá pra classificar por cor não...Porque uma dessas sempre terá um
ou mais orixas envolvidos em seu fundamento. MAs em geral Nanã se agrada com a
vivacidade dessas flores na cor indicada.

Ewé omí ojú - Vitória-régia

Nome Yorubá- Ewé omí ojú


Nome científico – Nymphaea victoria sch., Nymphaeaceae
Nome popular – Vitória-régia, rainha-dos-lagos, milho-d'água, rainha-dos-lagos, rainha-
dos-nenúfares, forno-d'água, forno-de-jaçanã, nanpé, jaçanã, aguapé-assú, cará-d'água

Descrição : Planta de origem amazônica que ocorre em grande extensões de águas


paradas, lagos e pântanos. A vitória-régia é uma planta aquática gigante e rizomatosa,
nativa da Amazônia. Suas folhas são circulares, enormes, podendo alcançar 2,5 metros
de diâmetro, e flutuantes, com bordos elevados em até 10 cm, que revelam a página
inferior espinhenta e avermelhada. Esta face inferior apresenta uma rede de grossas
nervuras e compartimentos de ar responsáveis pela flutuação da folha. A superfície da
folha ainda apresenta uma intrincada rede de canais para o escoamento da água, o que
também auxilia na sua capacidade de flutuar, até mesmo sob chuvas fortes.

Uso Ritualístico: Pertencente ao Orixá Obá. Além de ser empregada nos rituais de
iniciação e nos banhos purificatórios desta deusa, serve também par cobrir seu
assentamento, pois acredita-se que ela não gosta de ter seus objetos expostos.

Não vamos confundir a Vitória-Régia com o Oshibatá, são ewé parecidas, mas com usos
diferentes.

Èsó feleje - Trombeta-roxa

Nome Yorubá- Èsó feleje


Nome científico – Datura fastuosa L., Solanaceae
Nome popular – Trombeta-roxa, datura, manto-de-cristo, metel, trombeteira, trombeta-
cheirosa, cartucho-roxo, zambumba-roxa, saia-roxa, nogueira-de-metel, anágua-de-
viúva

Descrição : Da família das Solanaceae. Arbusto com mais de um metro de altura, que
produz flores no formato de trombeta com cálice tubuloso róseo. Originário da Ásia e
África, é encontrado no Brasil, com mais freqüência nas regiões nordeste e sudeste.
Também conhecida como babado, cartucheira, cartucho, copo-de-leite, saia-branca,
sete-saias, trombeta-de-anjo, trombeteiro e zabumba-branca. Angel’s trumpet (inglês),
datura (francês).

Uso Ritualístico: Pertencente aos Orixás Ossayn, Oyá e Exú. Utilizada em banhos,
sempre misturada com outras folhas, a trombeteira é também usada em trabalhos com
Exu. É verdade aos adeptos a aproximação desta planta, que muitas vezes modificam
seu caminho quando encontram este arbusto; por isso, apenas sacerdotes mais
qualificados podem coletá-la. Tanto as folhas quanto as sementes possuem propriedades
tóxicas em alta escala. Associada ao elemento Fogo, suas folhas são gún. O nome
apikán significa “matar formiga branca” (Verger 1967:23)

Elementos: Fogo/Feminino

Uso em Ifá;
Do odu Ògúndá esè kan em “trabalho para enlouquecer alguém” (Verger 1995:415)
Do odu Òkànràn ìretè em “trabalho para envenenar alguém” (Verger 1995:421)
Do odu Òfún òyèkú em “trabalho para fazer alguém vomitar e ter diarréia” (Verger
1995: 423).
Do odu Ògúndá méjì em “proteção contra cupim” (Verger 1995:437)
Ofò do odu Éji oko (Ògúndá méjì) (Verger 1967:22-23) em trabalho para fazer um
inimigo ficar louco.
Sassanha:
Wa pa kán ilé mi fun mi
Apikán, tete ba mi pa a danu

Venha mate a formiga branca em minha casa


Apikán, mate rápido para mim

Outros nomes yorubá: apìkán


Vamos lá a considerações sobre Ewé Omí Ojú e...

Osibata

Acredito que o Marcio, quando questinou sobre a Vitrória Regia a Nanã, quis na
verdade dizer Golfo de Flor Lilas, pois apesar de parecer com a Vitoria Régia não pode
ser confudida pelo simples fato de que a primeira pertece exclusivamente a um único
Orisa Obá, enquanto que a segunda, por ter várias espécies de uma mesma incluindo as
cores pode pertencer a outros orixas...Explico:

Osibata é uma das poucas ewé que são definidos pela cor da flor, isso porque temos:
- A de flor Branca - dedicado a Osala Iyemonja e algumas qualidades de Sango em
fundamento com esses Orisas sitados.
- A de Flor Amarela- Dedicado a Osun
- A de Flor Vermelha dedicado a Oya e Obá
- A de flor Lilás - Dedicado a Nanã e Iyewa

Logo pode-se sim dizer que Osibata pode vir a ser de Todos os Orisas, mas a Ewé Omí
Oju não....

Fotos Vitória Régia Amazonica

Ewé Omí Ojú


Vitória Régia Ewé Omí Ojú

Vitória Régia Ewé Omí Ojú


Osibata

Nomes Populares: Golfo de Flor:


-Branca
-Amarela
-Vermelha
-Lilás
Nomes cientificos:

Nymphaea alba L.,


Nuphar Luteum
Nymphaea Rubra Roxb.,
Nymphaea Caerulea ou (Nymphaea Capensis Thunb)

elementos: Agua/Feminino

Como ja disse há várias espécies de Golfo e são usadas nos rituais de Iniciação, Agbò e
banhos de purificação.
a Branca entra nas obrigações dos filhos de Osala, Iyemonja e alguns caminhos de
Sango com enrendo com os orisas citados.
A amarela dedicada e ultilizada a Osun
A Vermelha a Oya e Obá
E a Lilás a Nanã e Iyewa
Essa Ewé é indispensável tanto na inciação quanto principalmente nos 7 anos a qualquer
iniciado.
Era considerada sagrada na antiguidade e hoje está disseminada por diverso continentes.
Na Africa, segundo pesquisas de Verger a Osibata é vista sob o nome de Nymphaea
Lotus L., e acredita-se que foi substituida pelas que estão acima descritos quando da
chegada dos escravos nagô no Brasil, pois a Lotus não medrava nas Américas.
As Nymphaea são consideradas anafrodisiacas, podendo provavelmente ter a função de
tranquilizar sexualmente os neófitos por ocasião de reclusão. Fato que, segundo alguns
historiados afirmam que as várias espécies de Golfo eram usadas em conventos,
claustros, seminários.
Diz-se que a raiz acalma o desejo do homem e evita a gravidez de uma mulher logo
refere-a como abortiva.

Pode ser usada no combate a desinteria, diarreia e molestias da pele.

Osibata - Osun

Osibata Oya e Obá


Osibata Nanã e Iyewa
Osibata Osala, Iyemonja e algumas qualidades de Sango

Nymphoea Lotus L., - Em Africa. Osibata


Ogan de JAGUN
Mano, essa é a Maria pretinha que conheço e uso. Obrigada

Essa última foto, corresponde a Maria Pretinha, que conhecia e uso.


Agora, um pedido... dá para postar a foto da trombeta roxa? Conheço a branca ( Dagiri
Dobo ) e a amarela, a roxa, se conheço, não é por esses nomes.
Desculpe a minha ignorância

Pai Ogã quando compramos a folha Osibata no mercadão de Madureira, em sua maioria
não sabemos qual a cor da flor, pois só vemos a folha. Faz diferença na hora do
fundamento? Outra coisa caso falte esta folha existe alguma outra que possa substituí-!

E um ensinamento que Esu me deu foi que... Enquanto seus olhos não verem, a crença é
que vale. Agora, se no mercado da Madureira tivesse a venda a Ewé com a flor da cor
do Orisa (pois é a flor que difere o Orisa correspondente) seria por sua conta e risco.
Eu, em Sampa não compro folha... Não posso... Eu tenho que me virar e
encontrar.....Lembro que para as obrigações do Asé tinha que virar horas em lugares
reservados para conseguir pegar....rsrs coisa de Olossanyin

segue a foto da Trombeta Esò Feleje


Esò Feleje II
Referente a Alcaparreira

NOME CIENTÍFICO: Capparis spinosa


FAMÍLIA: Caparidáceas
NOME COMUM: alcaparra, alcaparreira, alcaparrón (espanhol), câpre (francês), caper,
spineless caper (inglês), cáppero (italiano)
ORIGEM: Região do Mediterrâneo

é dedicada ao Orisa Osumare e é positiva dentro do Ketu, mas não há uso liturgico que
eu conheça.
Entretanto o que sei dela é que é muito utilizada nos rituais de Angola, inclusive em
iniciação e outros fundamentos, sempre utilizando folhas e cascas verdes.
Pode ser administrada em banhos de preparação para obrigações e banhos de limpeza.
É também muito utilizada nos terreiros do Rio Grande Sul na nação Ijexa e Oyo de lá.
Algumas casas também atribuem a Yemanjá . Este vegetal é encontrado nos terrenos
rochosos ou pedregosos de
todo o litoral brasileiro, principalmente a variedade galeata que passa por planta
marinha.
Alcaparreira
Erva de Sangue

Nome Iyorubá: Falákalá

Nomes populares: Corredeira, Erva de Santa Luzia, Erva Andorinha, Erva de Cobre,
Erva de Sangue, Burra Leiteira, Alcanjoeira
Nome Cientifico : Chamaesyce Hirta L.

Sinonimia: Euphorbia Hirta L.


Euphorbia Opthalmica Pers.
Euphorbia Procumbens D.C.
Euphorbia Gemella Lag.
Euphorbia Capitala Lamk.

Familia: Euphorbiaceae

Elementos: Fogo/MAsculino

Denominada Corredeira, pois é seu nome mais conhecido, são encontradas em quase
todo território nacional.
Existem diversas espécies de corredeira tidas como ervad daninhas invasoras, sendo
está, a mais freqüente pois é tida como a Verdadeira Corredeira.
é utilizada nos candomblés brasileiros com a finalidade de afastar os inimigos e pessoas
indesejáveis, sendo indispensável quando assentando Esu.
Usada mais freqüentemente em forma de atin junto com outros ingredientes.

É uma folha gun ( de excitação).


Ewé Falákalá

Ipê-branco - Tabebuia roseoalba

É uma árvore brasileira, descrita inicialmente em 1890 como Bignonia roseo-alba.


Seus nomes, tanto científico quanto popular, vêm do tupi-guarani: ipê significa "árvore
de casca grossa" e tabebuia é "pau" ou "madeira que flutua".
É uma árvore usada como ornamental, nativa do cerrado e pantanal brasileiros.
Alcança de 7 a 16 metros de altura, com tronco medindo de 40 até 50 cm de diâmetro.
Dotado de copa alongada, possui um tronco ereto medindo de 40 a 50 cm de diâmetro,
com casca suberosa e superficialmente fissurada.
Possui folhas compostas trifolioladas.

Floresce principalmente durante os meses de agosto-outubro com a planta totalmente


despida da folhagem. Os frutos costumam amadurecer a partir do mês de outubro.
Trata-se de um tipo de ipê muito apreciado por sua beleza e exuberância, ficando
totalmente branco durante um período muito curto, pois sua floração não dura mais do
que dois dias (em geral, por volta do mês de agosto). Às vezes repete a floração por
volta de setembro, porém com menor intensidade.
Ipê-branco - Tabebuia roseoalba

A madeira é moderadamente pesada, macia com superfície lustrosa, de ótima


durabilidade que pode ser usada na construção civil, principalmente para acabamentos
internos.
A árvore é extremamente ornamental, não somente pelo exuberante florescimento que
pode ocorrer mais de uma vez por ano, mas também pela folhagem densa de cor verde
azulada e forma piramidal da copa. É considerada ótima para o paisagismo em geral, já
sendo amplamente utilizada para este fim, além de ser particularmente útil para a
arborização de ruas e avenidas, dado ao seu porte não muito grande.
Em função de sua adaptação a terrenos secos e pedregosos, é muito útil para
reflorestamentos nesse tipo de ambiente, destinados a recomposição da vegetação
arbórea.
Kankìnse - Maracujá

Nome cientifico: Passiflora Edulis Sims...(Esse todo mundo conhece...rsrsrs).

Nomes popupares: Maracujá, Maracujá comum, Maracujá de Garapa, Flor da Paixão

Elementos: Ar/Feminino

Disseminadas pelo Brasil, está medrada desde a Amazônia ao Sul do País. São Nativas
da America Tropical e ocorrem também na Africa.
há muitas espécies identificadas, todavia a mais popupar é a Passiflora Edulis Sims
(Maracujá comum), mas a Passiflora Alata , dizem que é a única encontrada na
fitoterapia brasileira (Correia Jr. & Ming & Scheffer).
Dentro do culto, identificada como uma trepadeira, pode ser utilizada em Agbò e banhos
purificatórios dos Filhos de Oya, pois a priori seu principio detém o poder de acalmar o
filho de santo.
Na fitoterapia o Maracuja é tido como calmante das excitações mentais acompanhadas
de insonia, diurético, desobtruinte e também indicado contra Tumores e inflamações de
hemorroidas.

Eu conheço os 2 tipos:

Passiflora Edulis-Kankìnse

PAssiflora Edulis- Kankìnse


Plassifora Alata - Kankìnse - MAracujá

Passiflora Alata
Algodão
Nome Yorubá: Ewe Owú
Nome cientifico: Gossypium barbadense L.
Sinonimas: Erioxylum Rose & Standl. Ingenhouzia DC. Notoxylinon Lewton Selera
Ulbr. Sturtia R. Br. Thurberia A. Gray Ultragossypium Roberty.

Espécies utilizadas para fins têxteis


Gossypium arboreum L. – Algodoeiro-arbóreo, nativo da Ásia meridional.
Gossypium barbadense L. – Algodoeiro egípcio, tambémdesignado como algodão-
crioulo ou algodão de Sea Island, nativo da América do Sul tropical.
Gossypium herbaceum L. – Algodoeiro-asiático ou algodoeiro-do-levante, nativo do sul
de África
Gossypium hirsutum L. – Algodoeiro-das-terras-altas ou Algodoeiro-americano, nativo
da América Central, das Caraíbas e do sul da Florida.
Gossypium vitifolium Lam. - cultivado nos Estados Unidos da América, México,
Antilhas e norte da América do Sul
Outras espécies de Gossypium
Gossypium sturtianum Willis – algodoeiro-de-Sturt, nativo da Austrália.
Gossypium thurberi Tod. – algodoeiro-selvagem-do-arizona, nativo do Arizona, Novo
México e norte do México.
Gossypium tomentosum Nutt. ex Seem – Ma‘o ou algodoeiro-do-Havai, espécie
endémica das ilhas do Havai. O seu lint é curto e castanho-avermelhado, não sendo
apropriado para a produção têxtil.

Uso liturgico

Esta ligado a Orunmilá

Essa Ewe (folha) é muito perigosa,esta contida no Itan oude Orunmila foi testado pelas
Iyás.

Elementos: Ar/Feminino e é uma Folha Gún (quente).

Uso Medicinal: A planta toda tem muitas aplicações na medicina doméstica.

Folhas: empregam-se. Por infusão, para os seguintes casos: catarros, disenteria, diarréia,
enterite. O sumo da folhas cura feridas. As folhas machucadas, postas sobre
queimaduras, proporcionam alivio imediato.

Flores: Usam-se para os mesmos fins que as folhas.

Raiz: A casca da raiz fresca, por decocção, emprega-se nas afecções das vias urinárias.
Tem propriedades diuréticas. Pelo seu poder e contratilidade das fibras musculares lisas,
produz contrações uterinas.

Tem igualmente boa ação hemostática, pelo que se emprega nas metrorragias.

Parte usada: Toda a planta.

Dose: 10 gramas em um litro de água; 4 a 5 xícaras por dia.


Complementação Ewé Òwú
Planta de grande prestígio entre os povos ditos jeje-nagò. Tem itans que o apontam esse
prestígio:
Um Deles diz que Òsá, um signo feminino, qual rege o fluxo menstrual, o útero, a
corrente sanguínea o figado e o coração, foi encarregado de guardar o primeiro
Algodoeiro criado por Olorum, pois constantemente os pássaros vinham comer suas
sementes e por isso não davam frutos. Òsá inventou uma rede e capturou as aves
predadoras, permitindo, assim que outras mudas viessem a existir...

Outra lenda, qual nosso mano Ogã KDP citou, sobre o enigma que Orúnmila teve que
desvendar, provocando o Equilibrio entre o masculino e o feminino, qual permite a
continuação da vida através da fecundação do Ovo (elemento feminino) pelo
algodão(elemento masculino).

O Fruto é direcionado a Osala, bem como o Algodão que está contido em seu interior,
pois serve para "envolver objetos rituais desse Orisa".
Os caroços negros funcionam como Favas e são colocadas dentro da Gamela que
contém os objetos ritualísticos de Airá.
O algodão é materia-prima na confecção do tecido predileto de OSala, o Morim, o
algodão puro.
Tambémk pode ser utilizado para pedir a saúde alguém cobrindo a oferenda com
Algodão.

Em Africa seus nomes iyorubas são: Àgbède. Kéréwùú e Òwú.


é muito importante notar a relação do Algodão com o ciclo mentrual e o utero no campo
religioso e no tratamento das mazelas deste, pois, Òsá foi escolhido por Olorum como
guardião do Algodoeiro primordial.
E também podemos dizer que o Algodoeiro no campo medicinal é indicado no combate
aos problemas da mulher neste quesito.
Dá um dos melhores resultados no combate as desordens menstruais em que há regras
abundantes e nas hemorragias após o parto.
Panaceia

Nome Cientifico: Solanum cernuum Vell.

nomes Populares: Panaceia, Azougue de Pobre

Familia: solanaceae.

Algumas nações como, Ketu, nagò ou jeje utilizam-na para Sango, outras para
Obalwuaiye...Na Angola é utilizada no culto de Nzazi ligado à justiça, ao fogo e de
natureza arrojada. Mitologicamente cavalga os céus com seus 12 cães (raios) e executa a
justiça. Neste caminho também anda Sango dos Yorubás.
Também muito usada na Umbanda.

Entra nas obrigações de ori e nos banhos de descarrego ou limpeza. O povo a aponta
como poderoso diurético e de grande eficácia no combate à sífilis, usando-se o chá. É
indicada também no tratamento das doenças de pele, e ainda debelar o reumatismo, em
banhos.
Eu não utilizo essa Ewé, a não ser que o Orisa peça....
Panaceia - Crescimento

Semin-Semin

Nomes popupares: Vassourinha de Osun, Vassourinha doce, Vassourinha benta,


Vassourinha, Tapixaba

Nome cientifico: Scoparia Dulcis L.


Sinonimia: Scoparia Procumbens Jacq.
Scoparia Ternata Forsk.

Encontrada em Todo território nacional, nativa da America Tropical, é conhecido como


Vassourinha de Osun tendo diversas finalidade, dentre elas banhos purificatórios e
sacudimentos.
Seus galhos dentro do jogo de buzios aumentam a claravidência e purificam o ambiente,
puverizados podem agir na influência para com as pessoas.
Na liturgia Iyorubá, sob o nome de Òmísínmísín gogoro, merénmesèn gogoro, Olómù
Yìnrín, Bímobímo e Màyìnmàyìn, empregada em receitas de persuasão entre outros cita
Verger.
Na fitoterapia é tida no combate de gripe, bronquite, catarro pulmonar hemorroida e
dores de ouvido, bastante eficaz. Mas também é quista como Emoliente, diurética,
tônico do estomago e antifebril.

Semin-Semin
Ewé mimolé - Brilhantina

Nome Yorubá- Ewé mimolé


Nome científico – Pilea microphylla Miq., Urticaceae; Sinonímia: Parietaria
mircophylla, Pilea muscosa, Pilea succulenta
Nome popular – Brilhantina

Descrição : Herbácea, nativa da América tropical, encontrada em todo território


nacional, cultivada e espontânea. Planta anual rasteira de caules grossos e suculentos.
Suas folhas são pequenas, ovaladas e carnosas. Planta herbácea perene muito ramificada
de altura até 0,30 m, formando moitas arredondadas de forma irregular superior a 40 cm
de diâmetro.
As folhas são a parte mais ornamental da planta, pequeninas, arredondadas e parecem
suculentas, de cor verde-clara brilhante.
As flores são tão pequenas que passam desapercebidas, pois nascem na axila das folhas.
Esta planta tem flores femininas e masculinas, sendo que estas ao amadurecerem
explodem literalmente, jogando para o ar uma nuvem de pólen para a fertilização das
flores femininas, daí o nome singular de planta-artilheira, nome por que é conhecida na
América do Norte. Esta planta tem caráter invasivo e costuma surgir em lugares
inesperados, como no meio de matas e em vasos de orquídeas.
Aprecia substrato rico em matéria orgânica, solo solto e permeável.
Aprecia umidade e luminosidade, embora o sol direto na parte da tarde costuma inibir
seu crescimento. Apresenta sua plenitude em locais à meia sombra, sem pisoteio, onde
possa se desenvolver.

Uso Ritualístico: Pertencente aos Orixás Oxalá e Oxun. Embora encontrada com
facilidade, seu uso é pouco freqüente; porém, é utilizada na composição de “banhos de
proteção juntamente com outras ervas”, sendo comum a reafirmação de não usa-la
isoladamente, provavelmente pelo fato de tratar-se de uma urticácea.

Elementos: Água/Feminino
Ápèjè - Dormideira

Nome Yorubá- Ápèjè


Nome científico – Mimosa pudica L., Fabaceae (Leguminosae)
Nome popular – Dormideira, sensitiva, malícia de mulher, Maria-fecha-porta, juquiri-
rasteiro,dorme-dorme, não-me-toques, erva-viva, malícia

Descrição : Da família das Fabaceae. Tem sua origem na América tropical, hoje
disseminada pelos continentes, inclusive a África. No Brasil, ocorre em quase todo País,
põem, com mais freqüência do Nordeste ao Sudeste. O gênero Mimosa tem entre 500 e
3 mil espécies de árvores e arbustos tropicais. As folhas são divididas em vários
pequenos pedaços (folíolos) que se juntam quando ela é tocada (sismonastia). Essa
sensibilidade e movimento das folhas da planta também ocorrem em outras espécies
dentro da família das ervilhas, tal como a Neptunia, ou em outras famílias, como o
gênero Biophytum na família Oxalidaceae.

Uso Ritualistico: Pertencente aos Orixás Exu e Oyá. Esta folha associada a outras,
compõe uma mistura ritual que é utilizada com a finalidade de tirar a consciência
mediúnica dos filhos-de-santo, porém, em outras ocasiões é utilizada para assentar Exu
e em trabalhos com este Orixá, e no preparo de atin (pó) com a finalidade de afastar de
casa pessoas inconvenientes.
Em Cuba, tem os nomes lucumi eran kumi, eran loyó, omimi e yaránimó é utilizada na
iniciação de pessoas de Ewá. Usada, também, para despertar a sensibilidade do iniciado
e, em trabalhos amorosos (Cabreira 1992:543). Seu nome (apèjè) significa “Matando o
sangue”(Verger 1967:23).
É uma folha ewe ero importantíssima no culto do orisa ode, em alguns seguimento é
usado para exu e oxumaré
É uma ewe muito usada no culto de ifá, depois de torrada e misturada com sabão da
costa e outros elementos.
A colheita desta ewe deve-se ter muito cuidado ao retira suas folhas, horário e posição
que a sombra é formada pelo sol, para que não traga resultados negativos para o seu uso.
Suas flores são rosa e muito delicadas.

Um dos seus nomes nas terras iorubás é ewé ápèjé, que pode significar folha de
axé/força. Esse aspecto pode ser constatado em um dos seus nomes populares sensitiva..
Por isso costuma ser utilizada para aumentar a sensibilidade de médiuns, ou ainda, para
induzir o transe e permitir a chegada do orixá.
Costuma ser associada a Senhora das Tempestades (Oyá) e Iyewá a Senhora dos
Disfarces. É interessante observarmos que, quando associada a Oyá, costuma ser
utilizada em trabalhos amorosos (de amarração), não devemos esquecer que Oyá é a
Senhora das Paixões, aquela que chega colocando fogo nos nossos corações.
Sua ligação com Iewá pode ser evidenciada a partir da personalidade desse orixá, que
está ligada a tudo que ainda não foi utilizado, a virgindade, ao mistério. Lembram do
seu nome, pudica?.. Outro nome popular dessa planta é "não me toque". Iyewá também
não costuma se mostrar para qualquer um, e também é capaz de turvar a nossa visão
quando não deseja ser vista.
Como folha de força é utilizada para o Senhor Elegbará (possuidor do poder (agbará)),
fato que justifica sua utilização nos assentamentos desse orixá. Segundo relatos ela seria
confundida com outra espécie muito parecida (Mimosa hostilis), que nós aqui
conhecemos como folha da Jurema. Foi observado que seu uso embora não
necessariamente provoque alucinações, pode promover sonolência. O que já é o
suficiente para classificá-la como ewé eró.
Quem observa as flores e folhas da dormideira não deve se enganar com relação a sua
fragilidade aparente.. É uma planta extremamente resistente, suportando altas
temperaturas e condições de solo nem sempre favoráveis. Seu caule esconde espinhos
que cortam e ferem a pele dos desavisados.

Continuação Ápèjè - Dormideira

Assim como a natureza de Iyewá, não adianta chegar e pegar um galho ou arrancar um
pé na rua para plantar em casa, geralmente ela seca e morre. Seu cultivo é fácil, mas
costuma dar mais certo quando são utilizadas suas sementes. É até engraçado, pois é
considerada uma planta invasora.
A dormideira é uma planta de porte arbustivo originária da América Tropical (regiões
quentes), pertencente à família das Leguminosas (Mimosacea), mesma do
tento/wérénjéjé (Abrus precatorius). Foram isolados de suas folhas e raízes um alcalóide
tóxico, a mimosina, além de tanino, cristais de oxalato de cálcio, galactose, manose e
uma substancia semelhante a adrenalina. Sua utilização na medicina popular é feita em
casos de dores de cabeça e dor de dente. Alguns estudos clínicos indicam a utilização do
extrato aquoso das raízes em distúrbios uterinos, muito freqüentes nas filhas de Oyá.

Qualificação da ação: quando chamada funciona

Elementos: Fogo/Masculino

Uso em Ifá;
Do odu Èjìogbè em “receita para reter o sêmen no corpo da mulher” (Verger 1995:287)
e “trabalho para fechar a vagina de alguém” (Verger 1995:431).
Do odu Ogbè ìrosùn em “trabalho para provocar coceira em alguém” (Vergher
1995:411)
Ofò do odù Òtúrá nira (Òtuá ògúndá) (Verger 1967:22-23) em trabalho para regular a
mestruação

Sassanha:
Tipátipá
Ni apèjè fi jeun tirè ninu igbó
Tipátipá
Com força, com força
Apèjè come sua comida na floresta
Com força, com força

Outros nomes yorubá: Patonmó, pamámó àlùro, paìdímó

Akonijé. Jokojé ou Jokonijé

Nomes populares: Jarrinha, cipó-mil-homens, Caçau, angelicó, Papo de Peru

Nome cientifico:Aristolochia Cymbifera MArt


Familia: Aristolochiaceae

Elementos: Terre/Feminino

Tem origem na America do Sul, provavelmente do Brasil, Argentina, Uruguai e


Paraguai, hoje disseminada por diversas áreas tropicais e subtropicais.
Considerada uma importante Ewé no culto, entra na iniciação.
é uma folha do ritual do Orò Ossanyin e tanbém é atribuída a Osun.
Sua fama é de abrir a fala do Orisa por isso a sua importância no ritual.
Folha usada para atrair prosperidade, utilizada na iniciação, no àgbo e no ritual de “abrir
a fala” do orixá. É uma folha feminina, ligada ao compartimento Terra e gún.

Nos terreiros, esta folha é mais conhecida pelos nomes akonijé ou jokonijé. Segundo
Barros (1993:109) seu nome jokonijé significa “senta sossegado”, todavia, alguns
informantes traduzem-no como “sentada ela come”, o que é reforçado pelo fato, desta
espécie, em alguns terreiros, ser colocada sob os assentamentos por ocasião das
oferendas e sacrifícios de animais.

Verger apenas cita como mil-homens, jarrinha e papo-de-peru, a espécie aristolochia


ringens Vahl., com o nome Yorubá Ànkémi létí (1995:635), mas não esclarece se o
nome latino trata-se de sinonímia da espécie utilizada no Brasil.
Em Ifá disse chamar ÀNKÉMI LÉTÍ .

Itan que cita Jokojé...para quem não conhece

Ossayin se vestia com uma roupa feita de folhas, aonde uma se destacava, o wérénjéjé.
Na sua mão carregava sua ferramenta, um feixe de sete hastes em forma de leque, que
utilizava muitas vezes para preparar a terra em que iria depositar suas sementes. Além
de sua ferramenta, o “Senhor das Folhas” sempre trazia em seu ombro Eyé o pássaro.
Este era o seu mensageiro, cada fato novo que observava na mata ia logo contando ao
seu senhor. Quando nascia uma planta nova Eye informava a Ossayin que para lá se
encaminhava, saudando a nova erva e procurando logo desvendar os seus segredos. Esse
pássaro, ao retornar com as novidades, sempre pousava na haste central da ferramenta
de seu senhor.
No meio do caminho avistou Ogun, que andava rapidamente, carregando o seu
inseparável obé.

-Ogunhe, Patakori!! Gritou Osssayin ao longe.

Ewe o! Exclamou alegremente o Senhor de Ire, que logo quis saber o que seu amigo
fazia por aquelas bandas. Logo que ficou sabendo o porquê da sua viagem quis
acompanhá-lo, pois Ogun adorava conhecer lugares novos e distantes. Ossayin ficou
muito contente em saber que teria a companhia de um amigo na sua empreitada. Para
comemorar ofereceu a Ogún o fruto predileto dos orixás, o obi. Com os dentes abriu o
fruto, que se partiu em duas partes, após envolvê-las em uma folha ofereceu metade
para Ogún.

Após muito caminharem chegaram ao ponto que unia o orun ao aye, um grande pé de
Iroko, cuja copa se erguia majestosa e imponente além das nuvens. Os dois orixás
saudaram a grande árvore com muito respeito, pois se tratava de uma árvore muito
antiga e que servia de morada para as temidas Yami Osorongá e para os espíritos
conhecidos por abikú. Descendo por seus galhos chegaram até o aye, ficando
impressionados com a paisagem magnífica que havia sido criada por Olorun.

Como estava ansioso para começar o trabalho Ogún foi logo sacando o seu obé, em
direção a uma trepadeira que lhe atrapalhava a passagem, no que foi detido
imediatamente por Ossayin:

Essa folha não pode cortar, é akonijé, folha da fala. Pertence à mim e também à Osun,
serve para curar mordida de idan (cobra).

Ogún então foi para outra parte, erguendo o seu facão em direção a outra folha, no que
foi detido por Ossayin:

-Ewe o! Essa folha também não, é ewé lara, folha de Osalá. Serve para oferecer comida
de orixá, curar dor de cabeça e pé cansado.

Em direção a outra folha novamente Ogún foi detido:

-Essa também não se corta, é peregún. Esqueceu que essa folha lhe pertence Ogún?
Além do mais ela é fundamental no àgbo.

-É mesmo, havia esquecido. Disse Ogún, que ao avistar outra folha já foi logo dizendo:

-Essa eu não corto de jeito nenhum, é o igi òpè, árvore de meu pai Osalá e uma das
minhas moradas. É dela também que eu retiro a minha roupa, o màrìwò. -“Ogún ko
l’aso, màrìwò l’aso Ogún”. Cantou alegremente o orixá.

O tempo foi passando e Ogún começou a ficar preocupado, pois Ossayin não permitia
que nenhuma folha fosse arrancada. Entretanto era necessário que o local fosse
preparado para a chegada do homem no aye,.por isso Olorun colocou Ogún no caminho
de Ossayin. Ogún era o “Senhor dos Caminhos”, quem os abria, aquele que vinha na
frente, por isso chamado Asiwaju. Cabia ao mesmo fundar a primeira aldeia, para que os
homens pudessem povoá-la e iniciar o culto aos orixás. Vendo que nada poderia ser
feito diante do impasse gerado por Ossayin decidiram que o melhor era voltarem para o
Orun.

Chegando na morada de Olódùmarè, os mesmos já eram esperados pelo “Senhor do


Orun”. Suas vestes eram brancas e seu rosto, jamais visto por nenhum orixá, se
apresentava coberto por um filá de contas marfim. Ao se aproximarem de Olorun os
dois orixás se prostraram ao chão dando dòbálè ao “Grande Pai”, em seguida beijando-
lhe as mãos.

-Pai perdão, falhei na minha missão. Disse Ossayin, extremamente triste.

-Acalma-te meu filho, disse calmamente Olorun. Esú, meu mensageiro, já me pôs a par
de tudo. Conheço cada um dos meus filhos e suas limitações. Quando lhe enviei para
essa missão foi com o objetivo que tu distribuísse o seu axé para todas as folhas do aye.
Agora tu deverás permanecer aqui no orun, para que Ogún possa voltar e terminar a
missão. Quando a primeira cidade estiver estabelecida voltarás novamente ao aye,
aonde escolherás um homem de sua confiança. Esse homem será chamado Babalossayin
e deverá ser dotado de uma ótima memória, pois a ele tu ensinarás seus segredos; o
nome secreto de cada folha, seu uso terapêutico e litúrgico, assim como os ofó
necessários para liberar o seu axé. Tu conversarás com ele principalmente através de
iká.

-Agora apressa-te Ogún, pois o odú que te rege é étà ògúndá. E como bem sabes este
caminho trás muito trabalho e dificuldades.

Após ouvirem atentamente as sabias palavras de seu Pai os dois orixás se despediram
respeitosamente e foram de encontro aos seus destinos, tão bem traçados por
Olódùmarè.

Àbàrà Òké - Baunilha de Nicuri, Baunilha-da-bahia

Nome Yorubá- Àbàrà Òké

Nome científico – Vanilla planifolia Jacks. ex Andrews, Orchidaceae; Sinonímia:


Myrobrona fragans Salisb.; Vanilla aromatica Willd.; Vanilla majaijensis Blanco; Vanilla
mexicana Mill.; Vanilla sativa Schiede; Vanilla viridiflora Bl.; Vanilla fragans Salis.

Nome popular- Baunilha de Nicuri, Baunilha-da-bahia, baunilha-silvestre, Baunilha e


Baunilheira, em português; Vanille, na Alemanha; Vainilla e Vanilla, em espanhol;
Vanillier, na França; Banilje, na Holanda; Vanilla e Husk, em inglês; Vaniglia, na Itália;
Tlilxochtil, em maia.

Considerações: A Baunilha foi muito utilizada pelos índios astecas na aromatização do


chocolate, que chamou a atenção dos conquistadores, sendo introduzida na Europa no
século XVI.
São conhecidas muitas espécies da família das Orquidáceas, constando segundo M. Pio
Côrrea as seguintes espécies: Vanilla aromatica Sw.; Vanilla palmarum Lindl.; Vanilla
parviflora Rodr.; Vanilla planifolia Andr. (espécie adotada nas farmacopéias); Vanilla
pompona Schiede e Vanilla riberioi Hoehne.
A Vanilla planifolia Andr. é caracterizada por apresentar um caule glabro, medindo até 2
centímetros de diâmetro e com uma ou duas raízes adventícias em cada nó. As folhas
são curto-pecioladas ou sésseis, oblongo-lanceoladas, longo-acuminadas, carnosas,
coriáceas, com até 22 centímetros de comprimento e 6 centímetros de largura. As flores
são verde-amareladas, grandes, de sépalas e pétalas oblongo-lanceoladas e labelo de 5
centímetros, amarelado e com estrias alaranjadas, dispostas em racimos no ápice do
ramo.
A Farmacopéia dos Estados Unidos do Brasil 2ª Edição (1959) descreve os frutos da
seguinte maneira: “A chamada fava de baunilha do comércio consiste do fruto maduro,
devidamente preparado por fermentação

Apresenta-se em cápsulas uniloculares, flexíveis, de 20 a 25 cm de comprimento e 5 a


12 mm de largura , atenuadas nas duas extremidades, recurvadas na base, mais ou
menos cilíndricas ou achatadas, e que dificilmente deixam advinhar a sua forma
primitiva, trígona. Sua superfície externa é pardo-negra, mais ou menos luzidia, de
aspecto untuoso, sulcada longitudinalmente por vincos bastante profundos, quase
paralelos e recobertos, nas melhores qualidades comerciais, de cristais abundantes de
vanilina. Em sua extremidade mais delgada, apresenta uma cicatriz procedente do
estilete e, na ponta, a cicatriz triangular das partes florais caducas. Cortada
transversalmente e comprimida, a baunilha liberta um suco viscoso de cor âmbar e
trazendo numerosas sementes, pequenas e pretas.
O pericarpo circunda uma cavidade triangular e possui seis placentas bifurcadas, cheias
de grande número de sementes pequenas, pretas, ovais ou arredondadas. A parte interna
do pericarpo, compreendida entre essas placentas, é guarnecida de papilas que segregam
o suco referido. É de odor aromático, característico e agradável. Não deve desprender
odor de heliotropina.”

Descrição:
Da família das Orchidacea. Nomes populares: vainilla (espanhol), vanille (francês),
vanilla (inglês).

Uso Ritualístico:
Utilizada nos rituais de iniciação, banhos purificatórios e na sacralização dos objetos
rituais do Orixá. Pertence ao Orixá Ossain.
A baunilha , assim como outras orquídeas estão vinculadas ao culto votivo à Euá.
Tanto suas folhas como principalmente sua perfumada fava entram junto a outras
folhas , como o cróton, nas ritualidades desta senhora.

Elementos: Terra / Masculino / Erò

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