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15-01-2009

INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS INDUSTRIAIS

ORIGEM DA INSTALAÇÃO ELÉCTRICA

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Origem da instalação eléctrica

• Para desempenhar a sua função, com toda a segurança, é condição


fundamental que seja concebida, tendo como objectivo a minimização
de risco inerentes ao seu uso e a maximização da sua
funcionalidade.

• Concepção baseada na forma, estrutura e dimensões do edifício


onde se irá executar a instalação bem como as actividades nele a
desenvolver.

• É importante também conhecer as características de localização


dos equipamentos a instalar, bem como as características do
ambiente de cada um dos espaços a utilizar.

Concepção das instalações eléctricas

• Definição dos equipamentos


• Avaliação da potência previsível
• Escolha do tipo de alimentação
• Estudo da localização e constituição dos quadros
eléctricos
• Dimensionamento e escolha das canalizações
• Equipamentos e instalações especiais
• Elaboração do projecto
• Execução da instalação
• Verificação da instalação conforme o projecto
• Manutenção da instalação

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Classificação das instalações eléctricas

• Tipo A - instalações de carácter permanente com produção


própria, não incluídas no tipo C.

• Tipo B – instalações alimentadas por instalações de serviço


público em média, alta, ou muito alta tensão.

• Tipo C – instalações alimentadas por uma rede de distribuição de


serviço público em baixa tensão ou instalações de carácter
permanente com produção própria em baixa tensão até 10 kVA, se
de segurança ou de socorro.

Conceitos

1. Limites das instalações


- Origem : ponto de entrega de energia
- Limite a jusante:
a) terminais de alimentação dos aparelhos de utilização ou dos
equipamentos eléctricos alimentados por canalizações fixas
b) tomadas
2. Instalação eléctrica
Conjunto de equipamentos associados com vista a uma aplicação e
possuindo características coordenadas.

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Conceitos

3. Valor estipulado
Valor de uma grandeza eléctrica fixado, em regra pelo fabricante na
placa de características para que os seus utilizadores conheçam os
limites das suas capacidades de funcionamento e utilização.

4. Valor nominal
Valor de uma grandeza eléctrica que flui nas redes e nas instalações
eléctricas.

Conceitos

5. Instalações temporárias
Instalações de duração limitada pela circunstâncias que as originam:
- instalações para reparações
- instalações para trabalhos
- instalações semi-permamentes
- instalações de estaleiros

6. Factor de utilização
relação entre a potência efectivamente absorvida por um dado aparelho
de utilização e a sua potência estipulada

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Conceitos

7. Factor de simultaneidade
relação entre o somatório das potências estipuladas dos equipamentos
susceptíveis de funcionarem simultaneamente e o somatório das
potências estipuladas de todos os equipamentos alimentados pelo
mesmo circuito ou pela mesma instalação.

Classificação dos equipamentos relativamente à protecção


contra os choques eléctricos
Equipamento da classe 0 – protecção garantida pelo isolamento
principal
Equipamento da classe I – protecção garantida pelo isolamento
principal + ligação das partes condutoras acessíveis a um condutor
de protecção ligado à terra
Equipamento da classe II – protecção garantida por duplo isolamento
ou isolamento reforçado sem ligação à terra das partes acessíveis
Equipamento da classe III – protecção garantida por meio de
alimentação a tensão reduzida de segurança (TRS) ou à tensão
reduzida de protecção (TRP) e no qual não são originadas tensões
superiores às do limite do domínio I.

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Avaliação da potência previsível


• A avaliação da potência reveste-se de muita importância porque vai
influenciar directamente os custos globais da instalação,
instalação quer no que diz
respeito aos materiais a usar,
usar ao custo dos equipamentos,
equipamentos como à
definição do grau de responsabilidade do projectista e ao tipo de
alimentação a usar (MT ou BT)
BT).

• Cálculo da potência previsível: compromisso entre a soma de todas


as potências de todos os receptores existentes ou previsíveis (potência
potência
instalada) e o regime de exploração previsto (potência
instalada potência realmente
utilizada).
utilizada

• Deve-se ter ainda em conta a evolução previsível da instalação, tanto


na alteração do Lay-Out como na ampliação das instalações ou da
potência consumida.

Avaliação da potência previsível

Potência a contratar: Pc = Pinst x Fu x Fs x Fe


Pc – potência contratada
Pinst – potência instalada
Fu – factor de utilização
Fs – factor de simultaneidade (quadros, circuitos eléctricos, receptores eléctricos)
Fe – factor de evolução - caracteriza a capacidade de aumento de potência instalada
estabelecida no âmbito da concepção da instalação, seja pela concepção de novos
receptores, seja pela alteração dos factores de simultaneidade

Receptores Factor de utilização


Iluminação 1
Tomadas Variável consoante a utilização*
Aquecimento 1
Motores 0,3-0,75
Outros tipos de utilização/receptores 1

* Na dúvida, aconselha-se o factor utilização 1

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Avaliação de equipamentos eléctricos

• Relação de todos os receptores existentes;


• Relação de todos os receptores cuja instalação a prazo seja
previsível;
• Características técnicas relevantes:
- potência útil (kW)
- rendimento
- factor de potência
- outra características relevantes
• Modos de exploração identificados (utilização e simultaneidade de
receptores);
• Previsão da evolução de cargas

Tipos de alimentação

A escolha do tipo de alimentação torna-se muito importante para a


definição dos custos e o tipo de instalação a projectar.

Baixa tensão Potência de instalação até 50 kVa


. Elevadas potência de utilização Necessidade de
adopção de um
Média tensão . Não disponibilidade do distribuidor de Posto de
energia eléctrica em fornecer baixa tensão Transformação
. Previsão de grandes evoluções da privativo
potência contratada

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Dispositivos de seccionamento, de comando e de protecção

• Seccionador – aparelho mecânico de conexão que satisfaz, na


posição de aberto, as especificações para a função seccionamento-
função destinada a garantir a colocação fora de tensão de toda ou de
parte de uma instalação, separando-a, por razões de segurança, das
fontes de energia eléctrica

• Interruptor – aparelho mecânico de conexão capaz de estabelecer,


estabelecer de
suportar e de interromper correntes nas condições normais do circuito,
incluindo, eventualmente, as condições específicas de sobrecarga em
serviço. Este aparelho é ainda capaz de suportar, num tempo
especificado, correntes nas condições anormais especificadas para o
circuito, tais como as resultantes de um curto-circuito.

Dispositivos de seccionamento, de comando e de protecção

• Fusível – aparelho cuja função é a de interromper, por fusão de um ou


mais dos seus elementos concebidos e calibrados para esse efeito, o
circuito no qual está inserido, cortando a corrente quando esta
ultrapassar, num tempo suficiente, um dado valor.

• Disjuntor – aparelho mecânico de conexão capaz de estabelecer, de


suportar e de interromper correntes nas condições normais do circuito.
Este aparelho é ainda capaz de estabelecer, de suportar, num tempo
especificado, e de interromper correntes em condições anormais
especificadas para o circuito, tais como as resultantes de um curto-
circuito.

• Contactor (mecânico) – aparelho mecânico de ligação com uma


única posição de repouso, comandado por um processo que não seja o
manual, capaz de estabelecer, de suportar e de interromper correntes
nas condições normais do circuito, incluindo as condições de
sobrecarga do serviço.

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POSTOS DE TRANSFORMAÇÃO

Posto de transformação
• função de reduzir a média tensão para a baixa tensão utilizável pelo
consumidor final doméstico, comercial ou pequeno industrial.
• instalações destinadas a transformar a energia eléctrica de níveis de
tensão mais elevados (15 ou 30 kV) para a tensão de utilização (400 V).
Funções::
Funções
• seccionamento – isolamento (separação física) da instalação em
relação à rede de alimentação
• interrupção: para actuação na instalação em regime de carga
• medida/contagem
• protecção: contra curto-circuitos, sobrecargas, sobretensões e
sobreaquecimento
• transformação de uma tensão mais elevada para a tensão de
distribuição
• alimentação de instalações em baixa tensão

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Esquema dum posto de transformação

Esquema dos quadros eléctricos duma instalação industrial


alimentada em AT

QPT

QG

QP QP QP QP
Condensadores
Força motriz

Força motriz
Força motriz

Força motriz
Iluminação

Tomadas

Tomadas

Tomadas
Tomadas

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CONDUTORES ELÉCTRICOS

Condutores eléctricos

• Condutor isolado
• Cabo isolado: conjunto constituído por:
a) um ou mais condutores isolados
b) o revestimento individual
c) o (ou os) revestimento(s) de protecção
d) eventualmente, um ou mais condutores não isolados
• Cabo monocondutor / cabo unipolar
• Cabo multicondutor / cabo multipolar
• Bainha de uma cabo
• Canalização

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Condutores eléctricos

Condutores

Condutores eléctricos

Isolamento

• PVC – policloreto de vinilo: boas características de isolamento e


rigidez dieléctrica.

• PEX – polietileno reticulado: boas características dieléctricas,


mecânicas e físico-químicas.

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Condutores eléctricos

• Nas instalações eléctricas podem ser utilizados cabos e condutores


com características diversas, para cada situação concreta de instalação
e potência a alimentar dependendo de:

- características da tensão de alimentação


- modos de instalação
- riscos a que ficam sujeitos pelas influências externas

Condutores eléctricos
Secções mínimas dos condutores
As secções dos condutores de fase nos circuitos de corrente alternada
e dos condutores activos nos circuitos de corrente contínua não devem
ser inferiores aos seguintes:

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Condutores eléctricos

• Condutores activos
Condutores afectos à transmissão de energia (fase) (L1, L2, L3 ou R,S,T)
e neutro
• Secções do condutor neutro

Circuitos monofásicos: secção condutor neutro = secção condutores


de fase

Circuitos trifásicos:
- se condutores de secção S < 16 mm2 → secção do neutro =
secção dos condutores fase
- se S ≥ 16 mm2 → secção neutro pode ser inferior à secção
dos condutores de fase.

Condutores eléctricos

• Marcação dos condutores de protecção

Os condutores de protecção podem desempenhar as seguintes funções:


- ligar uma massa a um eléctrodo da terra
- garantir uma ligação equipotencial

A marcação pelo isolamento da cor verde/amarela deve ser usada


apenas nos condutores que garantem a função de segurança

• Marcação do condutor PEN (PE+N)


Condutor ligado à terra e que tem, simultaneamente, as funções de
condutor de protecção (PE) e de condutor neutro (N)

O condutor PEN é verde/amarela em toda a sua extensão e nos


extremos das suas ligações deve ser marcado com a cor azul

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Métodos de referência para canalizações eléctricas

1. Correntes máximas admissíveis


Correntes admissíveis dependem:
- secção e natureza da alma dos condutores
- natureza do seu isolamento
- número de condutores em carga
- modo de estabelecimento (condutores não podem atingir
temperaturas superiores às que os seus isolamentos suportam)
• 7 Métodos de Referência designados pelas letras A, B, C, D, E, F e G
para avaliação das correntes.
• para saber qual a corrente admissível para uma dada canalização, basta
identificar o Método de referência que lhe é aplicável e consultar a
correspondente tabela de correntes admissíveis.

Métodos de referência para canalizações eléctricas

2. Modos de instalação

a) Canalizações em condutas circulares (tubos) permitidas em ocos de


construção
b) Canalizações sem fixação dos condutores ou cabos (permitidos em
ocos de construção)
c) Canalizações em caminhos de cabos, escadas e consolas
d) Canalizações sem fixação e com fixação em condutas circulares ou
em calhas
e) Canalizações em condutas não circulares e circulares permitidas em
oco de construção, caleiras, enterradas, embebidas e à vista
f) Canalizações embebidas em calhas, condutas não circulares ou
circulares, com ou sem fixação directa

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Condutas para instalações eléctricas

1. Condutas circulares
Constituição das condutas circulares:
- PVC
- PE – polietileno
- metálicas

2. Dimensão das condutas


A soma das áreas transversais da totalidade dos condutores inseridos
na conduta não deve exceder 40 % ou 33 % da secção transversal da
própria conduta conforme ela for à vista ou embebida, respectivamente.

Condutas para instalações eléctricas

Condutas circulares - tubos

Condutas não circulares - calhas


Para condutas não circulares, aplicam-se as
mesmas regras de percentagens máximas de
ocupação pelos condutores ou cabos nelas
instalados

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CONCEPÇÃO DAS INSTALAÇÕES

Todas as instalações têm obrigatoriamente um Quadro de Entrada (QE)


e podem ser dotadas de um ou vários Quadros Parciais (QPi)
conforme:

• implantação da instalação ( um ou vários andares)

• tipo de actividade desenvolvida

• existência de equipamentos com potências elevadas

• existência de uma elevada concentração de equipamentos no

mesmo local

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Modos de instalação

• Canalização fixa a superfícies de apoio


• Caleira
• Caminho de cabos
• Conduta, tubos
• Calha (coberta)
• Roço
• etc…

Circuitos de uma instalação eléctrica

Para definir o número de circuitos de uma instalação eléctrica é preciso


conhecer:
- forma e dimensões, compartimentação e funções do edifício onde
a instalação eléctrica se irá implementar;
- Lay-Out e potência de todo o equipamento a instalar;
- locais onde se irão instalar os quadros (geral e parciais);
- locais onde se irão instalar máquinas de potência significativa ou
com um elevado grau de fiabilidade que exijam circuitos dedicados;
- flexibilidade para se poder alterar o Lay-Out ou para futuras
ampliações da instalação sem custos elevados;
- definição de circuitos prioritários para eventual alimentação de
socorro.

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Estabelecimento das canalizações

Para o estabelecimento das canalizações eléctricas deve-se ter em


conta o seguinte:
- a tensão nominal da instalação
- as condições de serviço
- as influencias externas
- a acessibilidade das canalizações a pessoas e aos animais
- as características do local onde se instalam
- o tipo de equipamento por ela alimentado
- o tipo de condutores, tubos ou condutas
- a diversidade das canalizações disponíveis

Vizinhança de canalizações eléctricas com


canalizações não eléctricas
• Princípio geral:
- não colocação das canalizações eléctricas na vizinhança de
canalizações não eléctricas que produzam calor, fumos ou vapor;
- não colocação das canalizações eléctricas debaixo de outras
canalizações que possam originar condensações.

• Condições a observar no caso de vizinhança ou de proximidade


imediata, inevitáveis
- tomar precauções para evitar que a intervenção numa delas não causa
dano na outra;
- as canalizações eléctricas devem proteger-se contra os perigos que
possam resultar da utilização normal das outras canalizações;
- as canalizações metálicas não eléctricas devem ser considerados
elementos condutores e, por isso, devem ser ligados à terra.

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PROTECÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Protecções

Se não se tomarem medidas de protecção adequadas, a electricidade


pode:
- produzir efeitos nocivos no corpo humano e nos animais;
- ser causa de grave dano para as instalações e equipamentos
devido aos efeitos térmicos susceptíveis de causarem
queimaduras, incêndio, sobreaquecimento ou a própria
destruição.

Cumprimentos das regras:


- protecção das instalações
- protecção das pessoas

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Protecção das instalações


Condições de protecção contra curto-circuitos

• Dispositivos de protecção contra curto–circuitos têm que possuir


características que lhes permitam efectuar o corte da alimentação do
circuito que protegem quando neles ocorrem defeitos de impedância
desprezável, em resultado dos quais se geram correntes muito
elevadas;

• capacidade do dispositivo de protecção actuar, sem se danificar e


antes que as próprias instalações sofram dano, é designada por
Corte, que será, o valor máximo da corrente de curto-
Poder de Corte
circuito, expresso em kA, que o dispositivo pode interromper.

Aparelhos de protecção

• Os aparelhos de protecção têm como função proteger todos os


elementos que constituem uma instalação eléctrica contra os
diferentes tipos de defeitos que podem ocorrer.

• Os principais tipos de defeitos que podem ocorrer num circuito são:


- Sobreintensidades
- Sobretensões
- Subtensões

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Características dos dispositivos de protecção

• Corrente estipulada: valor de corrente a partir da qual são determinadas as


condições de funcionamento (160 ……..6300 A): industriais

• Corrente convencional de não funcionamento (de um dispositivo de


protecção): valor especificado de corrente que pode ser suportado num tempo
especifico (tempo convencional) sem provocar o seu funcionamento

• Corrente convencional de funcionamento (de um dispositivo de


protecção): valor especificado de corrente que provoca o funcionamento antes do
final de um tempo especificado (tempo convencional

• Poder de corte: valor da corrente que o dispositivo é capaz de cortar a uma


dada tensão especificada e em condições prescritas de emprego e de
funcionamento (3 -6 -10- 15- 20-25 -50 kA)

Sobreintensidade

• As sobreintensidades podem assumir duas formas :


- Sobrecarga
Sobrecarga: sobreintensidade que se produz num dado
circuito na ausência de defeito.
Objectivo da protecção: impedimento do funcionamento das canalizações e
dos aparelhos acima dos valores máximos admissíveis ou estipulados.

- Curto circuito: sobreintensidade que resulta de um defeito


Curto--circuito
de impedância desprezável entre condutores activos que em serviço
apresentam uma diferença de potencial
Objectivo da protecção: evitar a deterioração das características (mecânicas,
de isolamento) ou mesmo das canalizações, da aparelhagem associada e dos
equipamentos.

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Sobreintensidade

• Se a corrente eléctrica (I) nos condutores ultrapassar o valor nominal


(In) diz-se que há uma sobreintensidade;
sobreintensidade

• Por exemplo, demasiados equipamentos ligados simultaneamente


num mesmo circuito;

• Se por exemplo, dois pontos do circuito com potências


eléctricas diferentes entram em contacto directo entre si estamos
na presença de um curto-circuito que é uma sobreintensidade em que
a corrente do circuito é muito superior à intensidade nominal do
circuito ( I >>>> In)

Aparelhos de protecção contra sobreintensidades

• para proteger circuitos contra sobre intensidades (sobrecargas ou


curto-circuitos) são usados disjuntores magnetotérmicos ou corta
circuitos fusíveis que interrompem automaticamente a passagem da
corrente no circuito, evitando o sobreaquecimento dos condutores que
pode originar um incêndio.

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Disjuntor

• Características associadas às funções definidas

- Estabelecer poder de fecho em curto-circuito (Icm)


- Suportar corrente admissível de curta duração (Icw)
- Interromper Poder de corte (Icu – Ics)

Disjuntor

• Poder de fecho em curto-circuito (Icm): expresso como a crista


máxima da corrente prevista;

• Em corrente alternada o poder de


fecho em curto-circuito não deve ser
inferior ao poder de corte último em
curto-circuito (Icu), multiplicado pelo
factor da tabela.

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Disjuntor

• Um disjuntor é constituído pelo relé, com


um órgão de disparo (disparador) e um
órgão de corte (interruptor) e dotado
também de convenientes meios de extinção
do arco eléctrico (câmaras de extinção do
arco eléctrico.

• Disjuntor mais vulgar: disjuntor magnetotérmico: constituídos por


dois relés, um electromagnético, que protege contra curto-
curto-circuito e um
relé térmico
térmico, que protege contra sobrecargas.
sobrecargas

Disjuntores - curva intensidade tempo

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Características dos disjuntores


• Corrente estipulada (vulgarmente designada por calibre): valor para o qual o
disjuntor não actua.
Correntes estipuladas: 6 – 10 – 16 – 20 – 25 – 32 – 40 – 50 – 63 – 80 – 100 – 125 A
(domésticas)

60 – 250 – 400 – 630 – 800 – 1000 – 1250 – 1600 – 2000 – 2500 – 3200 – 4000 – 5000 - 6300 A
(industriais)

• Corrente convencional de não funcionamento: valor para o qual o disjuntor não


deve funcionar durante o tempo convencional.

• Corrente convencional de funcionamento: valor para o qual o disjuntor deve


funcionar antes de terminar o tempo convencional.

• Poder de corte: corrente máxima de curto-circuito que o disjuntor é capaz de


interromper sem se danificar.
Os poderes de corte estipulados normalizados são: 3 -6- 10 - \5 – 20 – 25 – 50 kA

Características dos disjuntores

• Tempo convencional de funcionamento:


Para In ≤ 63 A ⇒ t = 1 H

Para In ≥ 63 A ⇒ t = 2 H

• Disparo térmico:

disjuntores industriais: 1,05 x In a 1,30 x In (regulável)

Calibre (In) Corrente convencional de Corrente convencional


não funcionamento (Inf) de funcionamento (I2)
16 A 17 A (1,05 x In) 21 A (1,3 x In)

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Corta – circuitos fusível

• Um corta-circuitos é constituído por um fio condutor, dentro de um


invólucro. O fio condutor (prata, cobre, estanho,…) é calibrado de
forma a poder suportar sem fundir, a intensidade para a qual está
calibrado. Se a intensidade ultrapassar razoavelmente esse valor, ele
deve fundir (interronpemdo o circuito) tanto mais depressa quanto
maior o valor da intensidade

Fio condutor

Tipos de corta – circuitos fusível

Fusível do tipo Gardy Fusível do tipo rolo

Fusível do tipo cilíndrico (cartucho)


Fusível do tipo cartucho (facas) Tamanhos mais usuais: 8,5 x 31,5; 10,3
Tamanhos mais usuais: 00; 1; 2: 3; 4 x 38; 14 x 51; 22 x 58 mm

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Princípio de funcionamento dos fusíveis


é a curva que relaciona os valores da
Curva intensidade - tempo de fusão intensidade à qual o fusível funde com o
respectivo tempo que o fusível demora a
fundir.

O fusível não funde para a sua


intensidade nominal (IN) ou
calibre.
O fusível funde em B mais
depressa do que em A, visto que
I é mais elevado em B.

In – corrente estipulada
Iinf – corrente convencional de não
funcionamento
I2 – corrente convencional de
funcionamento

Características dos fusíveis


• Corrente estipulada: intensidade nominal (In) é a intensidade de
corrente que o fusível pode suportar permanentemente sem fundir.

• Corrente convencional de não funcionamento (Inf) valor da corrente


para o qual o fusível não deve funcionar durante o tempo convencional.

• Corrente convencional de funcionamento (I2) valor da corrente para o


qual o fusível deve funcionar antes de terminar o tempo convencional

• Poder de corte (Pdc) é a máxima intensidade de corrente que o fusível é


capaz de interromper, sem destruição do invólucro do elemento fusível.

• Tensão nominal (Un) é a tensão que serve de base ao


dimensionamento do fusível, do ponto de vista do isolamento eléctrico.

• Tensão de serviço – tensão realmente existente no ponto do circuito


onde o fusível está instalado

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Selectividade dos aparelhos de protecção

Diz-se que há selectividade dos aparelhos de protecção quando em caso


de defeito apenas actua o aparelho de protecção imediatamente a
montante do defeito.

Na prática a selectividade é garantida se:

• a intensidade nominal do corta-circuito fusível colocado a montante for


igual ou maior a três vezes a intensidade nominal do corta-circuitos
fusível colocado a jusante (selectividade entre corta-circuitos
fusível).

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Selectividade dos aparelhos de protecção

• a intensidade nominal do disjuntor colocado a montante for igual ou


maior a duas vezes a intensidade nominal do disjuntor colocado a
jusante (selectividade entre disjuntores).

• as curvas características do aparelho de protecção contra sobrecargas e


do aparelho de protecção contra curto-circuitos forem tais que actue o
primeiro aparelho situado a montante (selectividade entre disjuntores
e corta – circuitos fusível).

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Selectividade dos aparelhos de protecção

Porque é importante um bom sistema de protecção?

• para garantir a segurança da instalação e dos utilizadores em todos


os momentos
• identificar e isolar rapidamente a zona de defeito sem afectar a
continuidade no serviço nas áreas não relacionadas com o defeito
• garantir o reforço adequado em caso do aparelho destinado a actuar
não o faça correctamente
• reduzir os efeitos do defeito sobre outras partes da instalação
(perda de tensão, perda de estabilidade em máquinas rotativas,
etc…)
• reduzir o esforço nos componentes e os danos na zona afectada

Protecção das pessoas quando utilizadoras


das instalações eléctricas

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Choque eléctrico

• O choque eléctrico traduz-se basicamente pela sensação e feitos da


passagem da corrente eléctrica pelo corpo humano quando este é
sujeito a uma diferença de potencial.

• Dependendo de pessoa para pessoa, a resistência eléctrica do corpo


humano e as sensações à passagem da corrente eléctrica poderão ser
diferentes.

• A corrente eléctrica age sobre o corpo de três maneiras:


- Por contracção dos músculos (tetanização)
- Por queimaduras
- Por acção sobre o coração

Protecção das pessoas quando utilizadoras


das instalações eléctricas
Os efeitos da
corrente eléctrica
no corpo humano
não dependem só
do valor da
corrente mas
também do tempo
de exposição a
essa corrente!

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Protecção das pessoas

Nas instalações eléctricas de utilização devem ser adoptadas medidas


destinadas a garantir a protecção das pessoas contra os chamados
choques eléctricos.

Nas instalações de utilização devem ser tomadas medidas destinadas a


garantir a protecção das pessoas contra os contactos directos e os
contactos indirectos.

A protecção contra os contactos directos envolve fundamentalmente


medidas preventivas.

A protecção contra contactos indirectos é usualmente feita através


da utilização de aparelhos sensíveis à corrente diferencial - residual
resultante de um defeito de isolamento.

Contacto directo

Se uma pessoa entra em contacto com uma parte activa de um


elemento sob tensão, por negligência ou desrespeito das instruções
de segurança diz-se que ficou submetida a um contacto directo.

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Contacto indirecto

Se uma pessoa entra em contacto com um elemento que está


acidentalmente sob tensão devido, por exemplo a um defeito de
isolamento, a electrocussão é consequência de um defeito
imprevisível e não da negligência da pessoa. Esse contacto designa-
se por contacto indirecto.

Protecção contra contactos directos

• Limitação da corrente que possa percorrer o corpo humano a um valor


inferior ao da corrente de choque.

• Medidas que impeçam a corrente eléctrica de percorrer o corpo


humano.

• Modos de garantir a protecção de pessoas ou animais contra


contactos directos :

- por isolamento das partes activas

- por meio de barreiras ou obstáculos

- por colocação fora do alcance

- por protecção complementar com dispositivos diferenciais

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Protecção contra contactos indirectos

• Medidas que impeçam a corrente eléctrica de percorrer o corpo


humano .

• Limitação da corrente que possa percorrer o corpo humano a uma


valor inferior ao da corrente de choque.

• Corte automático da alimentação num tempo determinado de modo a


que a corrente não atinja os valores da corrente de choque.

Protecção contra contactos indirectos

A protecção contra contactos indirectos pode ser assegurada pelos


seguintes modos:

- protecção por corte automático da alimentação


- protecção por ligação equipotencial suplementar
- protecção por recurso a equipamentos da classe II de isolamento
- protecção por recurso a locais não condutores
- protecção por ligação equipotencial local não ligada à terra
- protecção por separação eléctrica

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Protecção contra contactos indirectos

Para a protecção das pessoas contra os contactos indirectos no regime de


neutro TT, instala-se no início do circuito um disjuntor diferencial (DDR) ou
interruptor diferencial (ID) e ligam-se as massas metálicas dos
equipamentos a um condutor de terra que será ligado a um eléctrodo de terra.

A diferença fundamental entre o Disjuntor ou


disjuntor diferencial e o interruptor interruptor diferencial
diferencial reside no facto de o
disjuntor, além de ter protecção
Motor
diferencial (contra as correntes de fuga),
eléctrico
tal como o interruptor diferencial, tem
também protecção magnetotérmica, isto
é, contra sobrecargas e curto-circuitos.
Portanto o disjuntor é mais completo, Condutor de terra
sendo o interruptor utilizado quando as Terra de
outras protecções (contra sobrecargas e protecção
curto-circuitos) já estão asseguradas por
outros órgãos de protecção.

Sobretensão

• As sobretensões (aumento da tensão) podem ser de origem externa


(descarga atmosférica nas linhas) ou de origem interna (falsas manobras,
deficiências de isolamento com linhas de tensão mais elevada).

• As sobretensões são geralmente bruscas e podem danificar a


aparelhagem eléctrica, particularmente a de informática e de electrónica.

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Protecção contra sobretensões de origem atmosférica

Para a protecção contra sobretensões usa-se um Descarregador de


SobreTensões (DST) a instalar à entrada da instalação (a montante
ou a jusante do dispositivo diferencial). Este tipo de protecção é
recomendada quando as instalações forem abastecidas por redes
aéreas de distribuição em BT (condutores nus ou torçadas) e quando a
segurança de bens e/ou a continuidade de serviço forem relevantes.

Subtensão
 As subtensões (abaixamento da tensão) podem ocorrer por:

- Excesso de carga ligada (originando quedas de tensão


nas linhas e cabos)

- Desequilíbrio acentuado na rede trifásica

- Rotura de uma das fases

- Contactos à terra de uma fase

 Dispositivos de protecção contra os abaixamentos de tensão devem


ser relacionados com os seguintes:
• Relés sensíveis aos abaixamentos de tensão ou disparadores
que façam actuar um disjuntor ou um interruptor
• Contactores sem encravamento

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Sistema de terra de protecção

Codificação Situação do Situação das massas Sistema de terra


neutro
TT Ponto da Ligadas directamente à Terra do neutro (de serviço)
alimentação ligado terra de protecção das separada da terra de
directamente a massas protecção das massas
terra
TN Ligado Ligadas ao neutro através Terra de neutro (de serviço)
directamente à de condutor com funções e terra de protecção das
terra simultâneas de N e PE massas (de protecção)
(PEN) ou apenas de constituindo um sistema
protecção único
IT Isolado Ligadas directamente à Neutro isolado
Ligado à terra de terra de protecção de Terra do neutro (de serviço)
serviço através de massas na opção impedante
impedância separada da terra de
protecção das massas ( de
protecção)

Tipos de esquemas de ligação à terra

Sistema TT

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Tipos de esquemas de ligação à terra

Sistema TN-C e TN-C-S

Tipos de esquemas de ligação à terra

Sistema TN-S

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Tipos de esquemas de ligação à terra

Sistema IT

O neutro pode ou não ser distribuído (*) O esquema pode ser isolado da terra

Sistema de terra de protecção

Critérios de selecção
• Todos os regimes referidos apresentam-se como equivalentes em termos de
eficiência da protecção de pessoas contra contactos indirectos;
• A selecção deve ser efectuada com base em critérios, o primeiro dos quais é o
da verificação de exigência prévia regulamentar.
regulamentar
• Outros parâmetros de selecção:
- concepção e execução das instalações ( características técnicas da rede de
alimentação ( tipo. MT ou BT); características técnicas dos receptores; riscos
operacionais (influências externas adversas, utilizações especiais);
- exploração das instalações (evolução previsível; disponibilidade para
acompanhamento da instalação por pessoal qualificado
(conservação/manutenção/controlo);
- avaliação económica (avaliação da relação custo/benefício)

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INSTALAÇÕES DE SEGURANÇA E SOCORRO

 Serviços de segurança e de socorro

 Alimentação de socorro – alimentação prevista para se manter em


funcionamento uma instalação, ou partes desta, em caso de falta da
alimentação normal por razões que não sejam a segurança das
pessoas

 Alimentação de segurança – alimentação prevista para manter em


funcionamento os equipamentos essenciais à segurança das pessoas

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Nas instalações afectas aos serviços de segurança ou como fontes de


socorro podem se utilizadas as fontes seguintes:
a) Baterias de acumuladores

b) Grupos geradores accionados por motores de combustão,


independentes da alimentação normal que tenham características
adequadas a arrancarem num tempo específico

c) Fonte exterior efectivamente independente da alimentação normal,


desde que esteja garantido que as duas alimentações não são
susceptíveis de falharem simultaneamente

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COMPENSAÇÃO DO FACTOR DE POTÊNCIA

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