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ACERVO TÉCNICO

ÉTICA E EXERCÍCIO PROFISSIONAL

Prof.: Rafael Araújo Guillou


e-mail: rafael.guillou@ifalpalmeira.edu.br
ACERVO TÉCNICO
ACERVO TÉCNICO

Acervo Técnico: é o conjunto das atividades desenvolvidas ao


longo da vida do profissional compatíveis com suas atribuições e
registradas no Crea por meio de anotações de responsabilidade
técnica.

• Instituído pela Resolução do CONFEA nº 317 de 1986

• Regulamentado pela resolução do CONFEA nº 1.025 de 2009


ACERVO TÉCNICO
• O acervo técnico compõe o portfólio do profissional e demonstra
a experiência por ele adquirida ao longo de sua vida.

• Esse acervo é formado pelas obras/serviços objeto de anotação


de responsabilidade técnica

• Se constitui em valioso currículo profissional disputado pelas


empresas.

• O acervo técnico é do profissional que registrou a ART.


• Quando o profissional faz parte do quadro técnico de uma pessoa
jurídica, ele está emprestando a ela o seu acervo.
• Ao se desvincular da pessoa jurídica o profissional leva consigo o
acervo técnico.
ACERVO TÉCNICO

• Constituirão o acervo técnico do profissional as atividades


finalizadas cujas ARTs correspondentes atendam às seguintes
condições:
• Tenham sido baixadas;
• Não tenham sido baixadas, mas tenha sido apresentado atestado que
comprove a execução de parte das atividades nela consignadas.

• A capacidade técnico-profissional de uma pessoa jurídica é


representada pelo conjunto dos acervos técnicos dos
profissionais integrantes de seu quadro técnico.
ACERVO TÉCNICO

• Constituirão o acervo técnico do profissional as atividades


finalizadas cujas ARTs correspondentes atendam às seguintes
condições:
• Tenham sido baixadas;
• Não tenham sido baixadas, mas tenha sido apresentado atestado que
comprove a execução de parte das atividades nela consignadas.

• A capacidade técnico-profissional de uma pessoa jurídica é


representada pelo conjunto dos acervos técnicos dos
profissionais integrantes de seu quadro técnico.
CERTIDÃO DE ACERVO TÉCNICO
(CAT)
CERTIDÃO DE ACERVO
TÉCNICO (CAT)
CAT: é o instrumento que certifica, para os efeitos legais, que
consta dos assentamentos do Crea a anotação da responsabilidade
técnica pelas atividades consignadas no acervo técnico do
profissional

• A CAT deve ser requerida ao Crea pelo profissional por meio de


formulário próprio, com indicação do período ou especificação
do número das ARTs que constarão da certidão.
• No caso de o profissional especificar ART de obra ou serviço em
andamento, o requerimento deve ser instruído com atestado que
comprove a efetiva participação do profissional na execução da
obra ou prestação do serviço, caracterizando, explicitamente, o
período e as atividades ou as etapas finalizadas.
CERTIDÃO DE ACERVO
TÉCNICO (CAT)
• A emissão de CAT aos responsáveis técnicos pela execução e
fiscalização de obras deverá ser condicionada à apresentação do
respectivo Livro de Ordem ao Crea.
• A CAT é válida em todo o território nacional.
• A validade da CAT pode ser conferida no site do Crea ou do
Confea.
• Deve conter número de controle para consulta acerca da autenticidade e
da validade do documento.
• A CAT perderá a validade no caso de modificação dos dados
técnicos qualitativos ou quantitativos nela contidos em razão de
substituição ou anulação da ART.
CERTIDÃO DE ACERVO
TÉCNICO (CAT)
• A CAT é válida em todo o território nacional.
• A validade da CAT pode ser conferida no site do Crea ou do
Confea.
• Deve conter número de controle para consulta acerca da autenticidade e
da validade do documento.
• A CAT perderá a validade no caso de modificação dos dados
técnicos qualitativos ou quantitativos nela contidos em razão de
substituição ou anulação da ART.
• É vedada a emissão de CAT em nome da pessoa jurídica.
• A CAT constituirá prova da capacidade técnico-profissional da pessoa
jurídica somente se o responsável técnico indicado estiver a ela
vinculado como integrante de seu quadro técnico.
CERTIDÃO DE ACERVO
TÉCNICO (CAT)
• A emissão de CAT aos responsáveis técnicos pela execução e
fiscalização de obras deverá ser condicionada à apresentação do
respectivo Livro de Ordem ao Crea.
• Livro de Ordem constitui a memória escrita de todas as atividades
relacionadas com a obra ou serviço e serve de subsídio para:
• Comprovar autoria de trabalhos;
• Garantir o cumprimento das instruções, tanto técnicas como administrativas;
• Dirimir dúvidas sobre a orientação técnica relativa à obra;
• Avaliar motivos de eventuais falhas técnicas, gastos imprevistos e acidentes de
trabalho; e
• Eventual fonte de dados para trabalhos estatísticos.
• Os modelos porventura já existentes, físicos ou eletrônicos, tais
como Boletim Diário, Livro de Ocorrências Diárias, Diário de
Obras, Cadernetas de Obras etc. poderão ser admitidos como Livro
de Ordem, desde que atendam às exigências da Resolução do Confea
nº 1.094/2017.
ATESTADO DE CAPACIDADE
TÉCNICA
ATESTADO DE CAPACIDADE
TÉCNICA
• O atestado é a declaração fornecida pela contratante da obra ou
serviço, pessoa física ou jurídica de direito público ou privado,
que:
• Atesta a execução de obra ou a prestação de serviço;
• Identifica seus elementos quantitativos e qualitativos;
• Identifica o local e o período de execução;
• Identifica os responsáveis técnicos envolvidos;
• Identifica as atividades técnicas executadas.
ATESTADO DE CAPACIDADE
TÉCNICA
• É facultado ao profissional requerer o registro de atestado
fornecido por pessoa física ou jurídica de direito público ou
privado contratante com o objetivo de fazer prova de aptidão
para desempenho de atividade pertinente e compatível em
características, quantidades e prazos.

• As informações acerca da execução da obra ou prestação de


serviço, bem como os dados técnicos qualitativos e quantitativos
do atestado devem ser declarados por profissional que possua
habilitação nas profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea.
• No caso em que a contratante não possua em seu quadro técnico
profissional habilitado, o atestado deverá ser objeto de laudo técnico.
ATESTADO DE CAPACIDADE
TÉCNICA
• É facultado ao profissional requerer o registro de atestado
fornecido por pessoa física ou jurídica de direito público ou
privado contratante com o objetivo de fazer prova de aptidão
para desempenho de atividade pertinente e compatível em
características, quantidades e prazos.
• As informações acerca da execução da obra ou prestação de
serviço, bem como os dados técnicos qualitativos e quantitativos
do atestado devem ser declarados por profissional que possua
habilitação nas profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea.
• No caso em que a contratante não possua em seu quadro técnico
profissional habilitado, o atestado deverá ser objeto de laudo técnico.
• O registro de atestado será efetivado por meio de sua vinculação
à CAT, que especificará somente as ARTs a ele correspondentes.
ATESTADO DE CAPACIDADE
TÉCNICA
• Dados mínimos necessários em atestado de capacidade técnica
para registro no CREA-AL:
• Número do Contrato ou Convênio, se houver;
• Contratante: Razão Social e CNPJ;
• Contratado: Se pessoa jurídica, Razão Social e CNPJ; Se pessoa física,
Título, Nome completo e Número de Registro no CONFEA/CREA;
• Identificação do(s) responsável(is) técnico(s): Título; Nome Completo;
Número Registro no CREA-AL;
• Descrição dos Serviços: caracterização das atividades técnicas
desenvolvidas com as devidas quantidades;
• Assinatura do representante legal da Contratante devidamente
identificada: título profissional (se houver), nome completo e
cargo/função;
ATESTADO DE CAPACIDADE
TÉCNICA
• Dados mínimos necessários em atestado de capacidade técnica
para registro no CREA-AL:
• Planilhas anexas somente serão registradas caso estejam mencionadas
no corpo do atestado, com todas as suas folhas devidamente rubricadas e
carimbadas pelo emitente;
• Informar número da(s) ART(s) referente(s) ao contrato;
• Informar período do serviço (início e término);
• O atestado que referenciar serviços de supervisão, coordenação, direção
ou condução de equipe técnica deverá relacionar os demais profissionais
da equipe e suas respectivas ARTs;
• Consultar o Anexo IV da Resolução nº 1.025/2009 para caso de atestado
relativo a consórcio, obra própria ou subcontratação.
REGISTRO DA CAT E DO
ATESTADO
REGISTRO DA CAT E DO
ATESTADO
• Deve ser feito no site do CREA da sua região;
• Tipos de Certidões:
• Certidão de Registro e Quitação: Certifica apenas que o profissional
está devidamente registrado no CREA;
• Certidão de Acervo Técnico Sem Atestado: Não é válido em todas as
situações. Ex.: Licitações é necessário o atestado.
• Certidão de Acervo Técnico Com Atestado: Para emissão dessa
certidão, é necessário anexar o Atestado de Responsabilidade Técnica.
• Certidão de Acervo Técnico Parcial Com Atestado: Para casos em
que o serviço ou obra ainda não foi concluído ou houve rescisão
contratual da responsabilidade antes do término da obra/serviço.
REGISTRO DA CAT E DO
ATESTADO
REGISTRO DA CAT E DO
ATESTADO
• A CAT deve ser vinculada a uma ou mais ART’s “baixadas”.
• Com exceção da CAT Parcial, em que a ART pode não ter tido baixa
ainda.

• Para a emissão da CAT é necessário anexar uma cópia da ART


assinada por ambas as partes;

• O custo para emissão da CAT é sempre o Valor mínimo da


ART;
ACERVO TÉCNICO E A LEI 8.666
ACERVO TÉCNICO E A LEI 8.666

• A Lei 8.666 de 1993, estabelece normas gerais sobre licitações e


contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive
de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
• De extrema importância para os engenheiros civis;
• Parte da lei é específica para obras e serviços de engenharia!
ACERVO TÉCNICO E A LEI 8.666

• Para participar de uma licitação, qualquer pessoa física ou


jurídica, de estar habilitada quanto:
• Habilitação jurídica;
• Qualificação técnica;
• Qualificação econômico-financeira;
• Regularidade fiscal e trabalhista;
• Cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da Constituição
Federal.
• As licitações podem ser classificadas segundo sua modalidade:
• Menor Preço;
• Melhor Técnica;
• Melhor Técnica e Preço.
ACERVO TÉCNICO E A LEI 8.666

• Nas modalidades “Melhor Técnica” e “Melhor Técnica e


Preço” a Qualificação Técnica é de extrema importância e de
caráter classificatório;

• Na modalidade melhor preço, a Qualificação Técnica mínima


é de caráter eliminatório;

• O acervo técnico está intrinsicamente ligado à Qualificação


Técnica.

• É a partir da Certidão de Acervo Técnico com Atestado, que


se comprova a Qualificação Técnica.
ACERVO TÉCNICO E A LEI 8.666
• Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-
á a:
I - registro ou inscrição na entidade profissional competente;
II - comprovação de aptidão para desempenho de atividade
pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com
o objeto da licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e
do pessoal técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto da
licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe
técnica que se responsabilizará pelos trabalhos;
III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os
documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as
informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações
objeto da licitação;
IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando
for o caso.
ACERVO TÉCNICO E A LEI 8.666

§1º A comprovação de aptidão referida no inciso II do "caput"


deste artigo, no caso das licitações pertinentes a obras e serviços,
será feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de
direito público ou privado, devidamente registrados nas
entidades profissionais competentes, limitadas as exigências a:
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
I - capacitação técnico-profissional: comprovação do licitante de possuir
em seu quadro permanente, na data prevista para entrega da proposta,
profissional de nível superior ou outro devidamente reconhecido pela
entidade competente, detentor de atestado de responsabilidade técnica
por execução de obra ou serviço de características semelhantes,
limitadas estas exclusivamente às parcelas de maior relevância e valor
significativo do objeto da licitação, vedadas as exigências de
quantidades mínimas ou prazos máximos;
ACERVO TÉCNICO E A LEI 8.666
• Em acórdãos do plenário do TCU:
“Da forma como foram delineadas, as exigências de habilitação técnica
encontram respaldo no ordenamento jurídico e na jurisprudência do
Tribunal. O art. 37, inciso XXI, da Constituição federal, c/c o artigo 30,
§1º, inciso I, §2º. da Lei 8.666/1993, estabelece que a comprovação da
execução pretérita de serviços para fins de qualificação técnica de
licitantes deverá limitar-se às parcelas de maior relevância e valor
significativo da licitação. A jurisprudência desta Corte construiu o
entendimento de que a comprovação da capacidade técnico-
operacional da empresa, salvo justificativa fundamentada em razão
das peculiaridades do caso concreto, deve limitar-se a 50% das
quantidades licitadas dos serviços especificados (acórdãos 1.284/2003,
2.088/2004, 1.635/2007, 1.636/2007, 2.656/2007, 1.949/2008,
2.215/2008, 2.882/2008, todos do Plenário, e 4.009/2009-TCU-1ª
Câmara).”
ACERVO TÉCNICO E A LEI 8.666

§10º Os profissionais indicados pelo licitante para fins de


comprovação da capacitação técnico-operacional de que trata o
inciso I do § 1º deste artigo deverão participar da obra ou serviço
objeto da licitação, admitindo-se a substituição por profissionais
de experiência equivalente ou superior, desde que aprovada pela
administração.
ACERVO TÉCNICO

ÉTICA E EXERCÍCIO PROFISSIONAL

Prof.: Rafael Araújo Guillou


e-mail: rafael.guillou@ifalpalmeira.edu.br

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