Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CD 01
[Solo]
[Solo]
Voando em arco
Esgueiro o corpo num balanço
Como um piloto do inferno
Assalto
Nas asas guerreiras de um anjo
Seja louvado
Malaca, Malaca
A guerra é a guerra
No céu e na terra
Nos dentes a faca
Avanço e avanço
A guerra é a guerra
No céu e na terra
Balanço, balanço
Cruzado cruzado
A guerra é a guerra
No céu e na terra
O mais enfeitado
Largar largar
O fogo no mar
Seja bendito
De todos o mais enfeitado
Olha p’ra mim o mais guerreiro
Ao vivo
Olha p’ra mim o teu amado
E o céu a arder
Barcos em chamas
Erguidas
Parecia coisa sonhada
Queimados
Os gritos horrendos da besta
Ferida
Malaca, Malaca
A guerra é a guerra
No céu e na terra
Nos dentes a faca
Avanço e avanço
A guerra é a guerra
No céu e na terra
Balanço, balanço
Cruzado cruzado
A guerra é a guerra
No céu e na terra
O mais enfeitado
Largar largar
O fogo no mar
Malaca, Malaca
A guerra é a guerra
No céu e na terra
Nos dentes a faca
Avanço e avanço
A guerra é a guerra
No céu e na terra
Balanço, balanço
Malaca, Malaca
A guerra é a guerra
No céu e na terra
Nos dentes a faca
Avanço e avanço
A guerra é a guerra
No céu e na terra
Balanço, balanço
Cruzado cruzado
A guerra é a guerra
No céu e na terra
O mais enfeitado
Malaca, Malaca
A guerra é a guerra
No céu e na terra
Nos dentes a faca
Avanço e avanço
A guerra é a guerra
No céu e na terra
Balanço, balanço
Cruzado cruzado
A guerra é a guerra
No céu e na terra
O mais enfeitado
Malaca, Malaca
A guerra é a guerra
No céu e na terra
Nos dentes a faca
Avanço e avanço
A guerra é a guerra
No céu e na terra
Balanço, balanço
07 – A ILHA (4:42)
Olhamos tudo em silêncio na linha da praia
De olhos na noite suspensos do céu que desmaia
Ai lua nova de Outubro, trazes as chuvas e ventos
A alma a segredar, a boca a murmurar tormentos
Adeus
Ó ai meu bem
Como baila o bailador
Ó meu amor
A caravela também
Ó bonitinha
Ai que é das penas
Que é das mágoas
Sendo nós como a sardinha
A voar por cima das águas
Ena que alegria enorme (Eh!)
Uns mais ou menos conforme (Certo!)
Mas que terras maravilha
Mais parece uma aguarela
Que eu vejo da minha barca
Branca, azul e amarela
Ó ai meu bem
Como baila o bailador
Ó meu amor
A caravela também
Ó bonitinha
Ai que é das penas
Que é das mágoas
Sendo nós como a sardinha
A voar por cima das águas
Ó é tão lindo
Ó é tão lindo
Ó é tão lindo
Ó é tão lindo
Ó ai meu bem
Como baila o bailador
Ó meu amor
A caravela também
Ó bonitinha
Ai que é das penas
Que é das mágoas
Sendo nós como a sardinha
A voar por cima das águas
Ó é tão lindo
Ó é tão lindo
Ó é tão lindo
Ó é tão lindo
Ó é tão lindo
Ó é tão lindo
Ó é tão lindo
Ó é tão lindo
Olha o fado
Olha o fado
CD 02
Meu sonho
Quanto eu te quero
Eu nem sei
Eu nem sei
Fica um bocadinho mais
Que eu também
Que eu também
Meu bem
Meu sonho
Quanto eu te quero
Eu nem sei
Eu nem sei
Fica um bocadinho mais
Que eu também
Que eu também
Meu bem
Meu sonho
Quanto eu te quero
Eu nem sei
Eu nem sei
Fica um bocadinho mais
Que eu também
Que eu também
Meu bem
Meu sonho
Quanto eu te quero
Eu nem sei
Eu nem sei
Fica um bocadinho mais
Que eu também
Que eu também
Meu bem
[Solo]
Abranda Senhor
A pena dos mortos
P’ra que te louvem
Com sono quieto
Abranda Senhor
A pena dos mortos
P’ra que te louvem
Com sono quieto
Abranda Senhor
A pena dos mortos
P’ra que te louvem
Com sono quieto
Abranda Senhor
A pena dos mortos
P’ra que te louvem
Com sono quieto
No cortejo os penitentes
Bebem tragos de bebida amarga
Da urina que depois vomitam
Pela noite mal aventurada
No cortejo os penitentes
Comem postas de sangue coalhado
Da sangria dos outros romeiros
Suavemente mutilados
Abranda Senhor
A pena dos mortos
P’ra que te louvem
Com sono quieto
Abranda Senhor
A pena dos mortos
P’ra que te louvem
Com sono quieto
Abranda Senhor
A pena dos mortos
P’ra que te louvem
Com sono quieto
Abranda Senhor
A pena dos mortos
P’ra que te louvem
Com sono quieto
Abranda Senhor
A pena dos mortos
P’ra que te louvem
Com sono quieto
Abranda Senhor
A pena dos mortos
P’ra que te louvem
Com sono quieto
[Solo]
Já é governador
Do reino de Pegu
Mais forte do que o rei
Mais rico por golpes mestrais
Naquela cidade
Vivia um mercador
De nome Mambogoá
De fortuna sem fim
E naquele dia
O dia das bodas
Casava uma filha
Com Manica Mandarim
Diogo Soares
Passou por ali
Ao saber da festa
Felicitou noivos e pais
Então o galego
Em vez de guardar
O devido decoro
Prendeu-o e disse-lhe assim:
Ó moça formosa
És minha, só minha
A ninguém pertences
A ninguém, senão a mim
O pai Mambogoá
Ao ver pegar o bruto
Tão rijo na filha
Ouvindo este insulto de espanto
Eu peço-te Senhor
Por reverência a Deus
Que adoras concebido
No ventre sem mancha e pecado
E a noiva estrangulou-se
Numa fita de seda
Antes que a possuísse
À força o sensual galego
A terra e os ares
Tremeram com os gritos
Do choro das mulheres
Tamanhos que metiam medo
E o pai Mambogoá
Pedindo pelas ruas
Justiça ao assassino
Acorda a cidade em sossego
Ó gentes Ó gentes
Saí como raios
Na ira das chuvas
Na ventania do açoite
E o fogo consuma
Seus últimos dias
E lhe despedace
As carnes no meio da noite
Em menos de um credo
Numa grande grita
P’lo amor dos aflitos
Juntou-se ao velho o povo inteiro
E o povo a clamar
Que a sua veia seja
Tão vazia de sangue
De quanto está o inferno cheio
E subiu ao cadafalso
Cada degrau beijou
Murmurando baixinho
O nome de Jesus a meio
Ensopado na baba
Do ódio dos homens
Escuma animal
De todos os cães esfaimados
As crianças e os moços
Trouxeram seu corpo
Sem vida pelas ruas
Arrastado pela garganta
E a gente dava esmola
Oferecida aos meninos
Dava como se fosse
Uma obra muito pia e santa
Navegar navegar
Mas ó minha cana verde
Mergulhar no teu corpo
Entre quatro paredes
Dar-te um beijo e ficar
Ir ao fundo e voltar
Ó minha cana verde
Navegar navegar
Eu fui a mercadoria
Lá na praça do Mocá
Quase às avé-marias
Nos abismos do mar
Navegar navegar
Mas ó minha cana verde
Mergulhar no teu corpo
Entre quatro paredes
Dar-te um beijo e ficar
Ir ao fundo e voltar
Ó minha cana verde
Navegar navegar
Navegar navegar
Mas ó minha cana verde
Mergulhar no teu corpo
Entre quatro paredes
Dar-te um beijo e ficar
Ir ao fundo e voltar
Ó minha cana verde
Navegar navegar
Já é tempo de partir
Adeus morenas de Goa
Já é tempo de voltar
Tenho saudades tuas
Meu amor de Lisboa
Navegar navegar
Mas ó minha cana verde
Mergulhar no teu corpo
Entre quatro paredes
Dar-te um beijo e ficar
Ir ao fundo e voltar
Ó minha cana verde
Navegar navegar
Navegar navegar
Mas ó minha cana verde
Mergulhar no teu corpo
Entre quatro paredes
Dar-te um beijo e ficar
Ir ao fundo e voltar
Ó minha cana verde
Navegar navegar
Navegar navegar
Mas ó minha cana verde
Mergulhar no teu corpo
Entre quatro paredes
Dar-te um beijo e ficar
Ir ao fundo e voltar
Ó minha cana verde
Navegar navegar
Navegar navegar
Mas ó minha cana verde
Mergulhar no teu corpo
Entre quatro paredes
Dar-te um beijo e ficar
Ir ao fundo e voltar
Ó minha cana verde
Navegar navegar
Ai navegar
Ó cana verde
E no teu corpo
Entre quatro paredes
Ai dar-te um beijo
E ir ao fundo
Ó cana verde
Ai navegar navegar
Ai navegar
Ó cana verde
E no teu corpo
Entre quatro paredes
Ai dar-te um beijo
E ir ao fundo
Ó cana verde
Ai navegar navegar
Ai navegar
Ó cana verde
E no teu corpo
Entre quatro paredes
Ai dar-te um beijo
E ir ao fundo
Ó cana verde
Ai navegar navegar
Ai navegar
Ó cana verde
E no teu corpo
Entre quatro paredes
Ai dar-te um beijo
E ir ao fundo
Ó cana verde
Ai navegar navegar
Ai navegar
Ó cana verde
E no teu corpo
Entre quatro paredes
Ai dar-te um beijo
E ir ao fundo
Ó cana verde
Ai navegar navegar
Ai navegar
Ó cana verde
E no teu corpo
Entre quatro paredes
Ai dar-te um beijo
E ir ao fundo
Ó cana verde
Ai navegar navegar
Tão indiferente
Consumista na força bravia
Todo o encanto das coisas que havia
E lançaste na praia ardente
Náuseas e pragas
Despojos de almas
As carnes em chagas
As mágoas
Condenaste-me à noite
De sangue e fogo
E vento e sombras
Ao teu quebranto
Ó mar
Lago imenso de oceanos salgados
Onde os rios também naufragados
Vão por fim descansar
Ó mar
Tecem murmúrios
Sensuais
Como os amantes
Depois
Repousam em paz
No teu ciúme
Ó sereia do braço da ira
Seduziste na tua mentira
E arrastaste contigo o mundo
Todos os sonhos
Os meus desejos
Os suaves Outonos
O Tejo
Ó mar
Lago imenso de oceanos salgados
Onde os rios também naufragados
Vão por fim descansar
Ó mar
Ai como eu te quero
Ai de madrugada
Ai alma da terra
Ai linda assim deitada
Ai como eu te amo
Ai tão sossegada
Ai beijo o teu corpo
Ai seara tão desejada
[Solo]
Ai como eu te quero
Ai de madrugada
Ai alma da terra
Ai assim deitada
[Solo]
Lembra-me um sonho lindo quase acabado
Ai como eu te amo
Lembra-me um céu aberto outro fechado
Ai tão sossegada
Estala-me a veia em sangue, estrangulada
Ai beijo o teu corpo
Estoira no peito um grito, à desfilada
Ai seara tão desejada
No rescaldo da afronta
(Abordai, sois escravo)
Rezo pela desconta
(És cruzado, és o pago)
Dos pecados sem conta
(Aguenta safado)
(Dos pecados sem conta)
(És o mais enjeitado)
(Do aperto em que estás)
(Olha o cobre e o ouro)
(Que se escapa do sonho)
(Que te dá a fraqueza)
(Enriquece Badio)
(No rescaldo da afronta)
(Há que atacar este cabo longe)
(Sem um anjo, cem bons)
(Rezam pela desconta)
(Entre pulos e gritas)